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A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, visa à

regulamentação das relações individuais e coletivas do


trabalho.

A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, foi criada por meio do Decreto-Lei
nº 5.452, de 01 de maio de 1943, e dispõe sobre o Direito do Trabalho e o
Direito Processual do Trabalho. Essa Lei visa à regulamentação das relações
individuais e coletivas do trabalho, nela previstas. Aquele que é regido pela
CLT é denominado celetista, ou seja, trabalha com registro de carteira de
trabalho ,assinada pelo empregador.

Seguindo os parâmetros da CLT, considera-se empregador toda a empresa,


individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica,
admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço. Da mesma forma,
são denominados empregadores os profissionais liberais, as instituições de
beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

Já o empregado é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não


eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. E, de
forma alguma, haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição
de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. Além disso,
a todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de
sexo.

Quanto à indenização e estabilidade do empregado em uma empresa, deverão


ser obrigatoriamente computados, na contagem de tempo, os períodos em que
estiver afastado do trabalho prestando serviço militar ou por motivo de acidente
do trabalho.

Tais normas deverão ser seguidas pelo empregador, caso contrário, este
arcará com as penalidades previstas em lei

Sancionada pelo presidente Getúlio Vargas a Consolidação das Leis do


Trabalho – CLT-, completou 70 anos em 2013 com muitas mudanças. Foi
criada por meio do Decreto-Lei nº 5.452, durante o Estado Novo que foi
marcado por centralizar o poder e pelo autoritarismo.
Neste cenário foram criados também o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) que, mais tarde,
deu origem à Petrobras em 1953. A intenção principal era modernizar o país e
industrializá-lo e para isso, tornava-se necessário a criação de uma legislação
eficiente que protegesse o trabalhador contra abusos praticados pelos
empregadores.
A proteção da classe operária se tornou fundamental para que a modernização
e industrialização pela qual passava o país não ficasse prejudicada.
“Assim, em 1º de maio de 1943 a Consolidação das Leis do Trabalho foi
sancionada pelo então Presidente Getúlio Vargas, unificando a legislação
trabalhista já existente no país e inserindo novos direitos trabalhistas na
legislação pátria. Foram criadas a carteira de trabalho, a Justiça do Trabalho, o
salário mínimo, o descanso semanal remunerado e a estabilidade do emprego
depois de dez anos de serviço, que foi revogada em 1966, dando lugar ao Fundo
de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”.

Além disso, foram fixadas a jornada de trabalho em oito horas diárias sendo
regulamentado, ainda, o trabalho dos menores de idade, da mulher e o trabalho
noturno.

O que mudou desde então?

Poucas alterações relevantes ocorreram no texto da Consolidação das Leis do


Trabalho. “Destaca-se, a Constituição Federal de 1988 que trouxe relevantes
alterações à Consolidação das Leis do Trabalho, especialmente, por meio do
seu artigo 7º que dispõe a respeito dos direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais”. Já para especialista em relações do trabalho do Vieira a CLT
acompanha as mudanças sociais, políticas, tecnológicas, culturais que
influenciam a necessidade de atualizações e adequações legais, a fim de
regularizar de forma justa e equilibrada as relações trabalhistas.

“Com todas essas regulamentações, não se pode negar que a legislação sofreu
ajustes, ainda que insuficientes e justamente por isso que hoje, cada vez mais
ocorrem discussões a respeito da chamada flexibilização das normas
trabalhistas, já que a CLT, promulgada na década de 40, já não satisfaz
totalmente às necessidades sociais e práticas dos conflitos existentes entre
empregado e empregador”

Qual a importância da CLT e o que podemos esperar para o


futuro?
A Consolidação das Leis do Trabalho é um importante instrumento de proteção
ao trabalhador. “Não podemos esquecer que a Consolidação das Leis do
Trabalho foi promulgada em uma época que a grande massa de trabalhadores
era operária, ou seja, muitos deles não tinham qualquer tipo de orientação e se
submetiam a qualquer tipo de trabalho para poder sustentar a si e a sua família,
especialmente após a depressão de 1929 que atingiu o mundo inteiro, causando
enorme crise econômica e desemprego”.

A importância principal da CLT é refletir a normatização, organização e


democratização das relações de trabalho na composição de conflitos laborais
com intuito de pacificar as relações sociais entre empregadores e trabalhadores,
garantindo assim a geração de riquezas e uma justa compensação pelos
serviços prestados.

Quanto ao futuro da CLT as duas profissionais foram unânimes ao reivindicarem


com urgência a flexibilização da CLT, adequando-a a nova realidade das
relações empregatícias.

CLT deve ter mais de 100 artigos alterados

Mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem ser
suprimidos ou alterados pela reforma trabalhista, Projeto de Lei nº 6.787/2016
na Câmara dos Deputados, empresários do Grupo de Líderes Empresariais
(Lide). Criada em 1943, a CLT tem 922 artigos, muitos deles considerados
obsoletos pelos idealizadores da reforma.
Filtrar a judicialização é um dos pontos mais importantes do projeto de lei, que
perdeu o caráter de “mini reforma”e se transformou em uma reforma robusta, a
maior desde que foi criada a Constituição Federal, em 1988. “É uma reforma
para valer”, garantiu. As 844 emendas protocoladas na comissão especial, que
levaram a reforma trabalhista ao status de terceiro projeto mais emendado na
Câmara em 14 anos, são um reflexo da demanda reprimida sobre o tema,
defende o relator.
“Todos os direitos fundamentais estão assegurados porque estão na
Constituição Federal. Nem que eu quisesse tirar, o que não é o caso, eu não
poderia. O que tem como fazer por meio de lei, estou fazendo”, garantiu Marinho.
Entre os pontos que não podem ser mexidos estão 13º salário, Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e aviso-prévio remunerado. O resto
precisaria ser legislado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição
(PEC).
Estrutura sindical
Após a aprovação da reforma, muitos pontos ainda ficarão pendentes para
modernizar a legislação trabalhista brasileira. Um deles diz respeito à estrutura
sindical. “O imposto sindical é opcional ,a CLT garante que “não será
reconhecido mais de um sindicato representativo da mesma categoria
econômica ou profissional, ou profissão liberal, em uma data base territorial”.
“Têm várias situações na graduação de jornada de trabalho e na forma de
atuação no mercado que não posso mexer” que não descarta a possibilidade de
haver uma PEC sobre o assunto.

Principais direitos do trabalhador brasileiro


O trabalhador brasileiro com Carteira assinada tem alguns direitos que são
garantidos pela CLT e pela Constituição Federal. Conheça-os!
O trabalhador brasileiro com Carteira assinada tem alguns direitos que são
garantidos pela CLT e pela Constituição Federal. Para quem não conhece, CLT
quer dizer Consolidação das Leis do Trabalho.

Quem é contratado no sistema da CLT tem direito a: 13° salário, férias


remuneradas, FGTS, assistência médica, vale transporte, seguro desemprego,
licença maternidade, entre outros benefícios.

Carteira de Trabalho

É um documento obrigatório para qualquer pessoa que presta algum serviço.


Nesse documento é registrada toda a vida profissional do indivíduo, servindo
como base para que o trabalhador tenha acesso aos seus direitos.

A carteira de trabalho pode ficar retida na empresa para ser feitas anotações,
como por exemplo, no momento de rescisão de contrato, mas deve ser devolvida
no período máximo de 48 horas.

Jornada de Trabalho e Hora Extra

Pela constituição Federal a Jornada de trabalho deve ser de 8 horas por dia e
de, no máximo, 44 horas semanais. Se passar disso, é considerada hora extra.
Importante informar que hora extra não é obrigatória, aceitar ou não fica a critério
do trabalhador, a não ser em caso de força maior.

13° Salário

É um valor pago no final do ano, e deve ser no mesmo valor que a remuneração
do trabalhador, sempre fazendo referência ao Mês de Dezembro.

Férias
As férias também devem ser remuneradas. Depois de um ano de trabalho com
carteira assinada, o trabalhador tem direito a 30 dias de férias, que pode ser 30
dias corridos ou em dois períodos, nunca inferiores a 10 dias.

Esse benefício deve ser agendado em até 12 meses do aniversário de 1 ano de


registro em carteira.

FGTS

Depósito pela empresa de 8% do salário bruto do trabalhador e tem como


objetivo garantir uma reserva de dinheiro em momentos em que o trabalhador
se encontrar em dificuldade, como demissão, diagnóstico de câncer, Aids, ou
outras eventualidades.

Seguro-desemprego

É uma assistência em dinheiro dado ao trabalhador em caso de demissão sem


justa causa.

Vale Transporte

Deve receber adiantado para que possa propiciar a locomoção entre o emprego
e a sua casa.

Abono salarial

É um benefício de salário mínimo a cada ano para quem possui uma renda
mensal de até dois salários mínimos.

Licença-Maternidade

Benefício que concede licença de 120 dias remunerados às mulheres no pós-


parto.
Assistência médica e Alimentação

Não são obrigatórios pela empresa.

Aviso Prévio

Em caso de quebra de contrato, a outra parte deve ser avisada com 30 dias de
antecedência. Para quem tem mais de um ano na empresa, deve ser
acrescentado 3 dias por cada ano trabalhado.

Adicional noturno

A remuneração deve ser 20% maior para pessoas que trabalham entre 22:00
horas de um dia às 5:00 horas do próximo dia.

DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art.


180 da Constituição,

DECRETA:

Art. 1º. Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este
decreto-lei acompanha, com as alterações por ela introduzidas na legislação
vigente.

Parágrafo único. Continuam em vigor as disposições legais transitórias ou de


emergência, bem como as que não tenham aplicação em todo o território
nacional.

Art. 2º O presente decreto-lei entrará em vigor em 10 de novembro de 1

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

TITULO I
INTRODUÇÃO
Art. 1º Esta Consolidação estatue as normas que regulam as relações
individuais e coletivas de trabalho, nela previstas.

Art. 2º Considera-se empregador, a empresa, individual ou coletiva, que,


assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviços.

§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de


emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as
associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem
trabalhadores como empregados.

§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou
administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer
outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego,
solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.

Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de


natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante
salário.

Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à


condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

Art. 4º. Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado


esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo
disposição especial expressamente consignada.

Art. 5º. A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem
distinção de sexo.

Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do


empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja
caracterizada a relação de emprego.

Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for,


em cada caso, expressamente determinado em contrário, não se aplica:

Aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que


prestam serviços de natureza não econômica à pessoa ou à família no âmbito
residencial destas;
Aos trabalhadores rurais, assim considerados e queles que, exercendo funções
diretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em
atividades que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela
finalidade de suas operações, se classifiquem como industriais ou comerciais;
c) Aos servidores públicos do Estado e das entidades paraestatais;
Aos servidores de autarquias administrativas cujos empregados estejam sujeitos
a regime especial de trabalho, em virtude de lei;
Aos empregados das empresas de propriedade da União Federal, quando por
estas ou pelos Estados administradas, salvo em se tratando daquela cuja
propriedade ou administração resultem de circunstâncias transitórias.

Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho na falta de


disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela
jurisprudência, por analogia, por equidade e outros princípios e normas gerais
do direito, principalmente do direito de trabalho, e, ainda, de acordo com os usos
e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse
de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.

Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho,


naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.

Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de


desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente
Consolidação.

Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa, não afetará os


direitos adquiridos por seus empregados.

Art. 11. Não havendo disposição especial em contrário nesta Consolidação,


prescreve em dois anos o direito de pleitear a reparação de qualquer ato
infringente de dispositivo nela contido.

Art. 12. Os preceitos concernentes ao regime de seguro social são objeto de


lei especial.
A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, visa à
regulamentação das relações individuais e coletivas do
trabalho, nela previstas
A CLT, Consolidação das Leis do Trabalho, foi criada por meio do Decreto-Lei nº 5.452,
de 01 de maio de 1943, e dispõe sobre o Direito do Trabalho e o Direito Processual do
Trabalho. Essa Lei visa à regulamentação das relações individuais e coletivas do trabalho,
nela previstas. Aquele que é regido pela CLT é denominado celetista, ou seja, trabalha
com registro de carteira de trabalho, assinada pelo empregador.

Seguindo os parâmetros da CLT, considera-se empregador toda a empresa, individual ou


coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a
prestação pessoal de serviço. Da mesma forma, são denominados empregadores os
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras
instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

Já o empregado é toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a
empregador, sob a dependência deste e mediante salário. E, de forma alguma, haverá
distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o
trabalho intelectual, técnico e manual. Além disso, a todo trabalho de igual valor
corresponderá salário igual, sem distinção de sexo.

Quanto à indenização e estabilidade do empregado em uma empresa, deverão ser


obrigatoriamente computados, na contagem de tempo, os períodos em que estiver
afastado do trabalho prestando serviço militar ou por motivo de acidente do trabalho.

Tais normas deverão ser seguidas pelo empregador, caso contrário, este arcará com as
penalidades previstas em lei

Sancionada pelo presidente Getúlio Vargas a Consolidação das Leis do Trabalho –


CLT-, completou 70 anos em 2013 com muitas mudanças. Foi criada por meio do
Decreto-Lei nº 5.452, durante o Estado Novo que foi marcado por centralizar o
poder e pelo autoritarismo.
Neste cenário foram criados também o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) que, mais tarde, deu origem à
Petrobras em 1953. A intenção principal era modernizar o país e industrializá-lo e para
isso, tornava-se necessário a criação de uma legislação eficiente que protegesse o
trabalhador contra abusos praticados pelos empregadores.
Segundo Amanda Silva Pacca, coordenadora do direto do trabalho do Regis de
Oliveira, Corigliano e Beneti Advogados, a proteção da classe operária se tornou
fundamental para que a modernização e industrialização pela qual passava o país não
ficasse prejudicada.
“Assim, em 1º de maio de 1943 a Consolidação das Leis do Trabalho foi sancionada pelo
então Presidente Getúlio Vargas, unificando a legislação trabalhista já existente no país e
inserindo novos direitos trabalhistas na legislação pátria. Foram criadas a carteira de
trabalho, a Justiça do Trabalho, o salário mínimo, o descanso semanal remunerado e a
estabilidade do emprego depois de dez anos de serviço, que foi revogada em 1966, dando
lugar ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)”, explica Amanda.

Além disso, foram fixadas a jornada de trabalho em oito horas diárias sendo
regulamentado, ainda, o trabalho dos menores de idade, da mulher e o trabalho noturno.

O que mudou desde então?

Poucas alterações relevantes ocorreram no texto da Consolidação das Leis do Trabalho.


“Destaca-se, a Constituição Federal de 1988 que trouxe relevantes alterações à
Consolidação das Leis do Trabalho, especialmente, por meio do seu artigo 7º que dispõe
a respeito dos direitos dos trabalhadores urbanos e rurais”, enfatiza Amanda.

Já para especialista em relações do trabalho do Vieira e Pessanha Advogados


Associados, a CLT acompanha as mudanças sociais, políticas, tecnológicas, culturais que
influenciam a necessidade de atualizações e adequações legais, a fim de regularizar de
forma justa e equilibrada as relações trabalhistas.
“Com todas essas regulamentações, não se pode negar que a legislação sofreu ajustes,
ainda que insuficientes e justamente por isso que hoje, cada vez mais ocorrem discussões
a respeito da chamada flexibilização das normas trabalhistas, já que a CLT, promulgada
na década de 40, já não satisfaz totalmente às necessidades sociais e práticas dos conflitos
existentes entre empregado e empregador”

Qual a importância da CLT e o que podemos esperar para o


futuro?
A Consolidação das Leis do Trabalho é um importante instrumento de proteção ao
trabalhador. “Não podemos esquecer que a Consolidação das Leis do Trabalho foi
promulgada em uma época que a grande massa de trabalhadores era operária, ou seja,
muitos deles não tinham qualquer tipo de orientação e se submetiam a qualquer tipo de
trabalho para poder sustentar a si e a sua família, especialmente após a depressão de 1929
que atingiu o mundo inteiro, causando enorme crise econômica e desemprego”.

A importância principal da CLT é refletir a normatização, organização e democratização


das relações de trabalho na composição de conflitos laborais com intuito de pacificar as
relações sociais entre empregadores e trabalhadores, garantindo assim a geração de
riquezas e uma justa compensação pelos serviços prestados.
Quanto ao futuro da CLT as duas profissionais foram unânimes ao reivindicarem com
urgência a flexibilização da CLT, adequando-a a nova realidade das relações
empregatícias.

CLT deve ter mais de 100 artigos


alterados
Mais de 100 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) devem ser
suprimidos ou alterados pela reforma trabalhista, Projeto de Lei nº 6.787/2016 na
Câmara dos Deputados, empresários do Grupo de Líderes Empresariais (Lide).
Criada em 1943, a CLT tem 922 artigos, muitos deles considerados obsoletos
pelos idealizadores da reforma.
Emendas
Filtrar a judicialização é um dos pontos mais importantes do projeto de lei, que
perdeu o caráter de “mini reforma”e se transformou em uma reforma robusta, a
maior desde que foi criada a Constituição Federal, em 1988. “É uma reforma
para valer”, garantiu. As 844 emendas protocoladas na comissão especial, que
levaram a reforma trabalhista ao status de terceiro projeto mais emendado na
Câmara em 14 anos, são um reflexo da demanda reprimida sobre o tema, defende
o relator.
“Todos os direitos fundamentais estão assegurados porque estão na Constituição
Federal. Nem que eu quisesse tirar, o que não é o caso, eu não poderia. O que
tem como fazer por meio de lei, estou fazendo”, garantiu Marinho. Entre os
pontos que não podem ser mexidos estão 13º salário, Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço (FGTS) e aviso-prévio remunerado. O resto precisaria ser
legislado por meio de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
Estrutura sindical
Após a aprovação da reforma, muitos pontos ainda ficarão pendentes para
modernizar a legislação trabalhista brasileira. Um deles diz respeito à estrutura
sindical. “O imposto sindical é opcional ,a CLT garante que “não será
reconhecido mais de um sindicato representativo da mesma categoria econômica
ou profissional, ou profissão liberal, em uma data base territorial”.
“Têm várias situações na graduação de jornada de trabalho e na forma de atuação
no mercado que não posso mexer” que não descarta a possibilidade de haver uma
PEC sobre o assunto.

Principais direitos do trabalhador brasileiro


O trabalhador brasileiro com Carteira assinada tem alguns direitos que são
garantidos pela CLT e pela Constituição Federal. Conheça-os!

O trabalhador brasileiro com Carteira assinada tem alguns direitos que são
garantidos pela CLT e pela Constituição Federal. Para quem não conhece, CLT quer
dizer Consolidação das Leis do Trabalho.

Quem é contratado no sistema da CLT tem direito a: 13° salário, férias remuneradas,
FGTS, assistência médica, vale transporte, seguro desemprego, licença maternidade,
entre outros benefícios.

Confira abaixo todos os seus direitos e as regras para sua aplicação!

Carteira de Trabalho
É um documento obrigatório para qualquer pessoa que presta algum serviço. Nesse
documento é registrada toda a vida profissional do indivíduo, servindo como base
para que o trabalhador tenha acesso aos seus direitos.

A carteira de trabalho pode ficar retida na empresa para ser feitas anotações, como
por exemplo, no momento de rescisão de contrato, mas deve ser devolvida no
período máximo de 48 horas.

Jornada de Trabalho e Hora Extra


Pela constituição Federal a Jornada de trabalho deve ser de 8 horas por dia e de, no
máximo, 44 horas semanais. Se passar disso, é considerada hora extra. Importante
informar que hora extra não é obrigatória, aceitar ou não fica a critério do
trabalhador, a não ser em caso de força maior.

13° Salário
É um valor pago no final do ano, e deve ser no mesmo valor que a remuneração do
trabalhador, sempre fazendo referência ao Mês de Dezembro.

Férias
As férias também devem ser remuneradas. Depois de um ano de trabalho com
carteira assinada, o trabalhador tem direito a 30 dias de férias, que pode ser 30 dias
corridos ou em dois períodos, nunca inferiores a 10 dias.

Esse benefício deve ser agendado em até 12 meses do aniversário de 1 ano de


registro em carteira.

FGTS
Depósito pela empresa de 8% do salário bruto do trabalhador e tem como objetivo
garantir uma reserva de dinheiro em momentos em que o trabalhador se encontrar
em dificuldade, como demissão, diagnóstico de câncer, Aids, ou outras
eventualidades.

Seguro-desemprego
É uma assistência em dinheiro dado ao trabalhador em caso de demissão sem justa
causa.

Vale Transporte
Deve receber adiantado para que possa propiciar a locomoção entre o emprego e a
sua casa.

Abono salarial
É um benefício de salário mínimo a cada ano para quem possui uma renda mensal
de até dois salários mínimos.

Licença-Maternidade
Benefício que concede licença de 120 dias remunerados às mulheres no pós-parto.

Assistência médica e Alimentação


Não são obrigatórios pela empresa.

Aviso Prévio
Em caso de quebra de contrato, a outra parte deve ser avisada com 30 dias de
antecedência. Para quem tem mais de um ano na empresa, deve ser acrescentado 3
dias por cada ano trabalhado.

Adicional noturno
A remuneração deve ser 20% maior para pessoas que trabalham entre 22:00 horas
de um dia às 5:00 horas do próximo dia.

Quer conhecer mais sobre os direitos do Trabalhador brasileiro? Então, faça já a sua
matrícula no curso de Direito do Trabalho do iPED.

DECRETO-LEI Nº 5.452, DE 1º
DE MAIO DE 1943
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da
Constituição,
DECRETA:

Art. 1º. Fica aprovada a Consolidação das Leis do Trabalho, que a este decreto-lei
acompanha, com as alterações por ela introduzidas na legislação vigente.

Parágrafo único. Continuam em vigor as disposições legais transitórias ou de


emergência, bem como as que não tenham aplicação em todo o território nacional.

Art. 2º O presente decreto-lei entrará em vigor em 10 de novembro de 1943.

Rio de Janeiro, 1º de maio de 1943, 122º da Independência e 55º da República.

GETÚLIO VARGAS.
Alexandre Marcondes Filho.

CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO

TITULO I
INTRODUÇÃO

Art. 1º Esta Consolidação estatue as normas que regulam as relações individuais e


coletivas de trabalho, nela previstas.

Art. 2º Considera-se empregador, a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo


os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de
serviços.

§ 1º Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego,


os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.

§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada uma delas,
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a
empresa principal e cada uma das subordinadas.

Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.

Parágrafo único. Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição


de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.

Art. 4º. Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja
à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição
especial expressamente consignada.

Art. 5º. A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de
sexo.

Art. 6º Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do


empregador e o executado no domicílio do empregado, desde que esteja caracterizada a
relação de emprego.

Art. 7º Os preceitos constantes da presente Consolidação, salvo quando for, em cada


caso, expressamente determinado em contrário, não se aplica:

Aos empregados domésticos, assim considerados, de um modo geral, os que


a) prestam serviços de natureza não econômica à pessoa ou à família no âmbito
residencial destas;
Aos trabalhadores rurais, assim considerados e queles que, exercendo funções
diretamente ligadas à agricultura e à pecuária, não sejam empregados em
b)
atividades que, pelos métodos de execução dos respectivos trabalhos ou pela
finalidade de suas operações, se classifiquem como industriais ou comerciais;
c) Aos servidores públicos do Estado e das entidades paraestatais;
Aos servidores de autarquias administrativas cujos empregados estejam
d)
sujeitos a regime especial de trabalho, em virtude de lei;
Aos empregados das empresas de propriedade da União Federal, quando por
e) estas ou pelos Estados administradas, salvo em se tratando daquela cuja
propriedade ou administração resultem de circunstâncias transitórias.

Art. 8º As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho na falta de disposições


legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por
equidade e outros princípios e normas gerais do direito, principalmente do direito de
trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre
de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse
público.

Parágrafo único. O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho,


naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.

Art. 9º Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar,
impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.

Art. 10. Qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa, não afetará os direitos
adquiridos por seus empregados.

Art. 11. Não havendo disposição especial em contrário nesta Consolidação,


prescreve em dois anos o direito de pleitear a reparação de qualquer ato infringente de
dispositivo nela contido.

Art. 12. Os preceitos concernentes ao regime de seguro social são objeto de lei
especial.
8918

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José Carlos da silva

8 de jun de 2018

Olá! Bom dia, queria saber sobre, eu ter entrado de férias e meu patrão pediu para que
eu vendesse as férias por completo vendi e estou trabalhando. Quando ele me pagou as
férias na papelada veio descontado 6 faltas injustificadas veio a redução nos dias e
também no meu dinheiro das férias então eu queria saber se está certo ! Pq essas faltas
já são descontadas em folha no meu pagamento, ainda sim é legal descontar nas férias?
Desde já agradeço!!!

Resposta do Portal Cursos CPT

19 de jun de 2018

Boa tarde José Carlos,

Para informações sobre o desconto no salário, sugiro que procure o ministério do


trabalho ou um contador de sua confiança para esclarecer suas dúvidas.

Atenciosamente,

Mariana Caliman Falqueto

Rita de Cassia Acioli da Silva

3 de jan de 2018

Bom dia! Minha mãe sofreu dois avc's e foi internada num período de 30 dias. Devido
sua idade, 80 anos, ela precisava de acompanhante para dar assistência 24 hs. Nesse
período me revesei com minha irmã e minha filha. No meu trabalho minha chefe
autorizou minhas saídas mediante declaração do hospital e todas foram apresentadas.
Agora a empresa alega que não tem validade, pois A LEI TRABALHISTA só dá direito
à acompanhar filhos até 06 anos de idade e vai colocar falta em todos os dias que me
ausentei acompanhada da declaração. Peço-lhes encarecidamente que me oriente para
que possa ir atrás dos meus direitos.

Resposta do Portal Cursos CPT

3 de jan de 2018

Olá Rita de Cassia,

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Aconselho que você busque
informações junto a um advogado trabalhista, para que ele te oriente da melhor maneira
possível.

Atenciosamente,
Victor Sampaio

Angela Marcia

18 de out de 2017

Boa noite! Trabalho numa escola particular tem 1 ano e meio e nunca faltei! Segunda
minha filha estava bem doente e a levei ao medico e faltei à escola por um período!
Levei o atestado no dia seguinte e me disseram que não tinha validade para justificar
minha falta , pois só justifica se eu estiver doente! Pra acompanhante n justifica!
Gostaria de saber se este posicionamento está de acordo c a CLT!

Resposta do Portal Cursos CPT

19 de out de 2017

Olá, Angela.

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Recomendamos que procure um


consultor trabalhista para esclarecer suas dúvidas.
Atenciosamente,

Renato Rodrigues.

Luciene

19 de set de 2017

Ficar sempre atualizada

Resposta do Portal Cursos CPT

19 de set de 2017

Olá, Luciene.

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site.

Atenciosamente,

Renato Rodrigues.

FLÁVIO RENAN ORTIZ ANTUNES

19 de set de 2017

Trabalho em posto de combustível e gostaria de saber sobre escala de revezamento 6x1,


folgas, feriados, carga horária mensal dessa escala. Obrigado

Resposta do Portal Cursos CPT

19 de set de 2017

Olá, Flávio.
Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Recomendamos que procure um
consultor trabalhista para esclarecer suas dúvidas.

Atenciosamente,

Renato Rodrigues.

Marcio souza

5 de set de 2017

Boa noite a empresa que trabalho precisa me mandar embora para mim fixar em outra
mais não tem como me pagar a recisao e me pediu para eu pedi afastamento de 2 anos
eu posso

Resposta do Portal Cursos CPT

5 de set de 2017

Olá, Marcio.

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Recomendamos que você procure
um consultor trabalhista para que esclareça suas dúvidas e sobre a legalidade dos
procedimentos.

Atenciosamente,

Renato Rodrigues.

Thayná Pimenta

18 de ago de 2017

Boa noite, eu trabalho como atendente em comércio alimentício, no domingo de páscoa


eu trabalhei e minha chefe se recusou a pagar o valor do dia alegando que o domingo de
páscoa não é feriado e por isso não deve ser pago. Gostaria de saber se deve ser ou não
pago
Resposta do Portal Cursos CPT

18 de ago de 2017

Olá, Thayná.

Agradecemos sua visita e comentário em nosso site. Aconselhamos que você procure
um consultor trabalhista para que possa esclarecer sua dúvida.

Atenciosamente,

Renato Rodrigues.

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