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15-11-2018

ENVELHECIMENTO

Ana Cunha,
14 de novembro
de 2018

Objetivos Gerais
1. Envelhecimento Ativo
2. Processo de envelhecimento: Três modos de envelhecer
3. Aspetos Positivos

Objetivos Específicos

No final da sessão os formandos deverão ser capazes de:


 Distinguir mitos e verdades do envelhecimento;
 Saber diferenciar Envelhecimento e Velhice;
 Enumerar as dimensões do envelhecimento: biológico social e
psicológico;
 Identificar os benefícios do exercício físico no envelhecimento

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Análise Demográfica

 A População está a encolher há nove anos consecutivos. O


total de óbitos excedeu os nascimentos.
 A população portuguesa voltou a diminuir em 2017

(Público, janeiro/2018)

“A VELHICE IMPLICA
JOGO dos MITOS e VERDADES DEPENDÊNCIA”

PERDA DE SEXUALIDADE

A PESSOA IDOSA VOLTA A SER


CRIANÇA

TODAS AS PESSOAS ENVELHECEM


DA MESMA FORMA

O PALADAR MUDA COM


A CHEGADA DA IDADE

OS MÚSCULOS
DESAPARECEM COM O
PASSAR DO TEMPO

QUANDO FICAMOS MAIS VELHOS


PRECISAMOS NOS EXERCITAR MENOS

EXISTEM DOENÇAS CONSIDERADAS


NORMAIS NA 3ª IDADE

Roberto Dischinger Miranda, geriatra e


cardiologista do Instituto Longevità, de São Paulo

1. “A velhice implica dependência” - MITO isto é um estereotipo de


discriminação das pessoas mais velhas é de que são dependentes ou
um fardo.
2. Todas as pessoas envelhecem da mesma forma: MITO o
envelhecimento é um processo individual que depende do estilo de
vida de cada pessoa e vai sendo influenciando pelo meio económico
e social em que cada um se enquadra.
3. Perda de sexualidade: MITO a sexualidade é uma condição que
permanece durante toda a vida. É certo que a atividade sexual pode
diminuir mas os idosos ainda experimentam desejos e exercitam a
sua função genital.

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4. A pessoa idosa volta a ser criança: MITO é comum que algumas


pessoas mais velhas precisem de ajuda para se locomover, se alimentar,
realizar algumas atividades diárias.

5. Quando ficamos mais velhos precisamos nos exercitar menos -


VERDADE. As alterações no organismo próprias do envelhecimento
começam por volta dos 30 anos e com elas vem a diminuição das
capacidades máximas pulmonar e cardíaca. “Os exercícios devem ter uma
intensidade diferente daquele praticado quando a pessoa era jovem. Mas,
em qualquer idade, a atividade física é importante. E a performance ao se
exercitar dependerá de cada um, é uma capacidade individual”

6. O paladar muda com a chegada da idade - VERDADE. Assim como os outros


músculos, as papilas gustativas, que ficam na língua, tendem a atrofiar. Isso influência
na percepção do paladar. “Para compensar essa perda, os idosos tendem a buscar
alimentos ora muito doces, ora muito salgados”
7. Os músculos desaparecem com o passar do tempo - VERDADE. Segundo uma
nutricionista, a queda funcional do corpo faz com que aumente a quantidade de
gordura, diminua a quantidade de massa magra e ocasione a queda no colágeno. O
quadro, normal com o envelhecimento, acontece devido à morte celular e à atrofia
muscular. O problema pode ser levemente corrigido com atividade física e alimentação
equilibrada.
8. Existem doenças consideradas normais na 3ª idade (diabetes, hipertensão) -
MITO. Tudo que é considerado doença não pode ser chamado de normal. O “normal”
é o estado de saúde, equilibrado e saudável, sem patologia. Pressão alta, diabetes,
catarata são comuns, porém, jamais devem ser consideradas normais, uma vez que
comprometem a vida do indivíduo. “O ideal é envelhecer com saúde e bem-estar”

9. A maioria dos adultos segue um padrão idêntico de


mudanças físicas e fisiológicas. - MITO. A evidência: As
mudanças relacionadas com a idade não ocorrem de acordo com
um “calendário” rígido; os adultos envelhecem a ritmos distintos, o
que faz dos “idosos” um grupo mais heterogéneo do que se pensa.

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ENVELHECIMENTO
(Papalia et al., 2006)

Pode ser avaliado por idade funcional, isto é, o quão bem uma pessoa
funciona em um ambiente físico e social em comparação a outras de
mesma idade cronológica.
O envelhecimento não é algo determinado pela idade cronológica,
mas é consequência das experiências passadas, da forma como se
vive e se administra a própria vida no presente e de expectativas
futuras; é, portanto, uma integração entre as vivências pessoais e o
contexto social e cultural em determinada época.

Quais as categorias
da IDADE?
(Birren & Cunningham (1985);
Ana P. Fraiman (2004)

• A idade cronológica é uma medida abstrata, criada principalmente em função de


práticas administrativas. Foi na França, no século XVI, que a idade cronológica e o
estado civil foram recenseados pela primeira vez, para que se pudesse diferenciar entre
os que poderiam ou não portar armas. Anteriormente, as pessoas eram identificadas pelo
nome, pelo local de moradia e pela ocupação. Embora a idade cronológica seja
objetivamente mensurável, é a que menos caracteriza as condições individuais.

• A Idade Biológica: refere-se ao funcionamento dos sistemas vitais do organismo


humano, não está relacionada necessariamente à cronológica. A audição, a visão, a
circulação, todos os nossos órgãos e sistemas amadurecem em estágios distintos da vida.
O sistema nervoso, por exemplo, desenvolve-se e atinge o ápice na idade mais jovem;
depois, qualquer lesão nos neurônios representa uma perda tida como irrecuperável.
Daí podermos afirmar que passamos a envelhecer logo nascemos.

Envelhecimento
vs Velhice
Envelhecimento: Quando, no início deste século, a Organização
Mundial de Saúde introduziu e apresentou o envelhecimento ativo
como um dos maiores desafios do nosso tempo, poucos seriam os
que imaginavam que, uma década depois, o “envelhecimento ativo”
fizesse já definitivamente parte da linguagem comum.

Velhice: não é uma fase da vida desligada das restantes e a maioria


das pessoas idosas continua a dispor de capacidade de controlo sobre
as suas vidas: fazem escolhas, adotam estilos de vida e adaptam-se
de maneiras muito diferenciadas ao processo de envelhecimento, o
que produz distintos modos de envelhecer.

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DIMENSÕES DO ENVELHECIMENTO
Alterações Biológicas Aterações Psicológicas

Aterações Sociais

Alterações Biológicas
• O envelhecimento caracteriza-se
essencialmente pela ocorrência de
perdas Pinto (2009) refere dois
tipos de teorias explicativas do
envelhecimento biológico:
• 1. DETERMINISTAS
(envelhecimento é uma
consequência directa e inevitável
do programa genético)
• 2. ESTOCÁSTICAS
(envelhecimento resulta da
exposição contínua a agentes
agressores do meio ambiente que
provocam lesões sucessivas no
organismo, conduzindo ao
desgaste e à morte celular)

Aterações Psicológicas Aterações Sociais


Ao nível psicológico, é normativo Modificação de papéis
que determinadas capacidades frequentemente associada a
cognitivas como a atenção, a acontecimentos típicos da velhice
memória (nomeadamente, (reforma, morte do cônjuge,
memória a curto prazo e memória nascimento de netos) e respetiva
episódica), e a velocidade de adaptação a estas mudanças como
processamento e de atividade para a forma como os idosos são
psicomotora sofrem um declínio. vistos na sociedade em que vivem.

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ENVELHECIMENTO INATIVO
(MOLTENI et al., 2004)

Menor qualidade de vida;


Maior sedentarismo

o Doenças cardiovasculares
o Infecções
o Neoplasias
o Risco de queda
o Perda de equilíbrio
o Risco de doenças psicológicas

Exercício Físico
(MOLTENI et al., 2004)

•Gordura corporal
•Risco de doença cardiovascular •Massa muscular
•Diabetes •Força muscular
•Acidente vascular
•Hipertensão •Densidade óssea
•Osteoporose •Auto-conceito
•Obesidade
•Estresse •Auto-estima
•Ansiedade •Imagem corporal
•Risco de depressão
•Insônia •Estado de humor

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Bibliografia
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• http://ciclosdavida.com/unidades/terceira-idade/

• https://www.ibge.gov.br/

• http://psicoativo.com/2016/08/as-8-fases-do-desenvolvimento-psicossocial-de-erik-erikson.html

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