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Propriedades mecanicas dos materiais OBJETIVOS DO CAPITULO ‘Agora que jé discutimos os conceitos bésicos de tenslo e deformagio, mostraremos, neste capitulo, como a tensdo pode ser relacionada com a deformacéo por meio de métodos experimentais capazes de determinar 9 diagrama tensio-deformagao para um material especiicc, O comportamento descrito por esse diagrama seré discutido para materiais comumente utilizados na engenharia. Discutiremos, também, propriedades me- canicas e outros ensaios relacionadas com o desenvolvimento da resisténcia dos materiais, 3.1. O ensaio de tracdo e compressao A resistencia de um material depende de sua ca- pacidade de suportar uma carga sem deformagio ex- cessiva ou ruptura, Essa propriedade é inerente ao préprio material ¢ deve ser determinada por métodos experimentais. Um dos testes mais importantes nesses casos & 0 ensaio de tragdo ow compressdo. Embora seja possivel determinar muitas propriedades mecani- cas importantes de um material por esse teste, ele é uusado primariamente para determinar a relagdo entre a lensio normal média ¢ a deformagio normal média ‘em muitos materiais usados na engenharia, como me- lais, cerdmicas, polimeros e compésitos. Para executar 0 ensaio de traso ou compressio, prepara-se um corpo de prova do material com forma © lamanho “padronizados”. Antes do teste, duas pe- {quenas marcas sao identificadas ao longo do compri ‘mento do corpo de prova. Essas marcas so localizadas Jonge de ambas as extremidades do corpo de prova, porque a distribuigao de tensio nas extremidades lum tanto complexa devido ao aperto nos acoplamen: {os onde a Em seguida, so medidos aa al do corpo de prova, éncia, L,,que € a distancia entre ay dua -as. Por exemplo, o corpo de prova utilizado no ensaio de tragao de um metal em geral tem diametro inie 13 mm e comprimento de cocomprimento de ref referencia L, = 50 mm (Figura 3.1), Para apli luna carga axial sem provocar flexao no corpo de pro- va, as extremidades normalmente sito encai juntas universais, Entio, uma miquina de t 4 mostrada na Figure 3.2, 6 utilizada para alongar 0 ‘corpo de prova a uma taxa muito lenta e constante, até iF 0 ponto de ruptura. A maquina é projetada para ler a cafga exigida para manter esse alongamento uniforme, oh le --mostrador | (9 (eee eo ee at. (Le || | { ae ede’ Figura3.2 motor ¢ controtes ‘de carga Dados da carga aplicada P sio lidos no mostrador da maquina ou em um mostrador digital e registrados em intervalos frequentes. O alongamento 8 = L ~ L, entre as marcas no corpo de prova também pode ser medido por meio de um calibre ou por um dispositive mecinico ou 6tico denominado extensémetro, Entéo, esse valor de 6 (delta) & usado para calcular a defor- magao normal média no corpo de prova, Entretanto, as vezes, essa medida nao é tomada, jé que também 6 possivel ler a deformagao diretamente por meio de um extensdmetro de resisténcia elétrica, mostrado na Figura 3.3. A operagao desse equipamento baseia-se 5B RessrEncia 00s MATER Fatensbmetro de resistdncia eletica Figura 33 na variagdo da resistencia elétrica em um arame muito fino ou lamina delgada de metal sob deformagio, Em esséncia, o extensOmetro € colado ao corpo de prova em uma diregio especifica. Se o adesivo for muito for- te em comparagao com o extensmetro, este passard, entdo,a ser parte integrante do corpo de prova. Assim, quando 0 corpo de prova for solicitado na diregio do extensOmetro, 0 arame € o corpo de prova sofrerdo a mesma deformacéo. Pela medigéo da resisténcia elétri- ca do arame, 0 extensOmetro pode ser calibrado para let valores de deformagao normal diretamente. 3.2 O diagrama tenséo- deformacéo Pelos dados obtidos em um ensaio de tragio ou compressio, € possivel calcular varios valores da ten- sio ¢ da deformagio correspondentes no corpo de prova.eentéo, construir um grafico com esses resulta- dos. A curva resultante é denominada diagrama ten- stio-deformagao e, normalmente, ela pode ser descrita de duas maneiras. Diagrama tensdo-deformagao convencional. Utilizando os dados registrados, podemos determinar 2a fensdo nominal, ou tensao de engenharia, dividindo carga aplicada P pela area original da seco transver- sal do corpo de prova, A,, Esse célculo considera que a tenséo é constante na seco transversal e em toda a regio entre os pontos de calibragem. Temos Ee eas G41) Damesma maneira, a deformagdo nominal, ou de- formagao de engenharia, é determinada diretamente pela leitura da deformagao no extensOmetro, ou divi- dindo @ variaglo, 8, no comprimento de referéncia do corpo de prova pelo comprimento de referéncia ori- ginal do corpo de prova, L,. Aqui, consideramos que a deformacéo & constante ém toda a regiéo entre os pontos de calibragem. Assim, G2) Se os valores correspondentes de o ¢ € forem mar- cados em um gréfico no qual a ordenada é a tensio a abscissa é a deformagdo, a curva resultante é deno- minada diagrama tensao-deformacao convencional. Esse diagrama é muito importante na engenharia por que proporciona os meios para se obterem dados so- bre @ resisténcia & tragao (ou compresséo) de um ma- terial sem considerar 0 tamanho ou a forma fisica do material, isto é, sua geometria, Entretanto, tenha sem- pre em mente que dois diagramas tenséo-deformagao para um determinado material nunca sero exatamen- fe iguais, jd que os resultados dependem de variaveis como a composigdo ¢ as imperfeigdes microscépicas do material, seu modo de fabricagao e a taxa de carga ¢ temperatura utilizadas durante o teste ‘Agora, discutiremos as caracteristicas da curva ten. so-deformaggo convencional referente a0 aco, um material comumente utilizado para fabricagao de ele- mentos estruturais € mecnicos. A Figura 3.4 mostra © diagrama tensio-detormagao caracteristico para um corpo de prova de ago obtido pelo método descrito. Por essa curva, podemos identificar quatro modos di ferentes de comportamento do material, dependendo do grau de deformagao nele induzido. Comportamento elastic. Ocorre o comportamen: to eléstico do material quando as deformagGes no cor po de prova esto dentro da primeira regigo mostrada nna Figura 3.4. Podemos ver que a curva é,na verdade, uma linha reta em grande parte dessa regio, de modo que a tenséo € proporcional & deformagao, Em outras palavras, o material é linearmente eldstico. O limite superior da tensio para essa relagao linear € denomi: nado limite de proporcionalidade, c.,. Se a tensio ul trapassar ligeiramente o limite de proporcionalidade, © material ainda pode responder de maneira eléstica, todavia, a reta tende a encurvar-se ¢ achatar-se, como ¢ tensfo de ruptura eal imite proporeinat . \ limite de tsi limited esiteneia Ycraptra \\tensfo de = \\\ Cescoamento x tamentol clistice Diagramas de tensio-deformagfo convecionale real para umn ‘material etl (ago)(ndoesté em escla) Figura 3.4 mostra a figura. Isso continua até a tenséo atingir 0 limite de elasticidade. Ao atingit esse ponto, se a car- 2 for temovida, o corpo de prova ainda voltard 8 sua forma original. No entanto, no caso do ago, 0 limite de clasticidade raramente € determinado, visto que esté muito proximo do limite de proporcionalidade, por- tanto € muito dificil detecté-lo, Escoamento. Um pequeno aumento na tenséo acima do limite de elasticidade resultaré no colapso ‘do material e faré com que ele se deforme permanen- femente, Esse comportamento & denominado esco- ‘amento c é indicado pela segunda regiao da curva ‘A tensdo que causa escoamento € denominada ¢en- sio de escoamento ou ponto de escoamento, ca deformagio que ocorre é denominada deformagao plastica, Embora a Figura 3.4 ndo mostre, o ponto de escoamento para agos com baixo teor de carbono ou laminados a quente é frequentemente distinguido por dois valores. O ponto de escoamento superior ocorte antes ¢ € seguido por uma redugo repentina na capa- cidade de suportar carga até um ponto de escoamen- to inferior. Entretanto, uma ver. alcangado 0 ponto de escoamento, 0 corpo de prova continuaré a alon: gar-se (deformar-se) sem qualquer aumento na carga, como mostra a Figura 3.4. Observe que a figura nao esti em escala;se estivesse, as deformagdes induzidas pelo escoamento seriam 10 a 40 vezes maiores do que as produzidas até o limite de elasticidade, Quando material esté nesse estado, costuma ser denominado perfeitamente plastico. Endurecimento por deformacao. Quando escoa- mento tiver terminado, pode-se eplicar uma carga adi- cional a0 corpo de prova, o que resulta cm uma curva ‘que cresce continuamente, mas torna-se mais achatada ‘até atingir uma tenséo maxima denominada limite de resistencia, o, O crescimento da curva dessa manei: Fa 6 denominado endurecimento por deformagao e identticado na terceira regido da Figura 34, Durante todo 0 ensaio, enquanto 0 corpo se longa, sua segio transversal diminui, Essa redugao na area é razoavel- mente uniforme por todo 0 comprimento de referén- cia do corpo de prova, até mesmo a deformagao que correspond ao limite de resistencia, Estriccao. No li transversal come 1c de resistencia, a drea da segao a diminuir em uma regiao localiza sda do corpo de prova,em ver de em todo o seu compri- nto. Esse fendmeno é eausado por planos deslizan- les formadoy no interior do material, as deformagdes silo causadas por ten: strigio”, grad regio, medida que © corpo de prova se alonga cada ‘yer mais (Figura 3,5a). isto que a drea da segio trans- versal nessa regio esti diminuindo continuamente, PROPREDADES MECANCAS 005 MATEAINS 59 bo— Sai Batristo @ i a ala de um material dtl © Figura 3.5 a drea menor s6 pode suportar uma carga sempre de- crescente, Por consequéncia, 0 diagrama tenso-de- formagio tende a curvar-se para baixo até 0 corpo de prova quebrar, quando atinge a fensdo de ruptura, o,., (Figura 3.5b). Essa regido da curva provocada pela ¢s- tricgdo € indicada na quarta regido da Figura 3.4 Diagrama tenso-deformagao real. Em vez de sempre usar adrea da se¢do transversal ¢ 0 com- primento originais do corpo de prova para calcular a tensio e a deformagao (de engenharia), poderfamos utilizar a drea da segdo transversal e © comprimento reais do corpo de prova no instante em que a carga é medida, Os valores da tensio e da deformagio calcu- lados por essas mediges so denominados tenséo real @ deformacao real, e a representacio gréfica de seus valores é denominada diagrama tenséo-deformagao real. O grafico desse diagrama tem a forma mostra- da pela curva superior na Figura 3.4, Observe que os diagramas oe convencional e real sao praticamente coincidentes quando a deformagio é pequena. As di- ferengas entre os diagramas comegam a aparecer na faixa do endurecimento por deformagéo, quando a amplitude da deformagio se torna mais significativa Em particular hd uma grande divergéncia na regiao de estricgao, Nessa regio, o diagrama oe convencional mostra que, a verdade,o corpo de prova suporta uma carga decrescente, jf que A, é constante quando calcu- lamosa tensdo de engenharia,z = P/A,,Contudo, pelo diagrama oe real, a érea real A no interior da regiao de estriogdo diminui sempre até a ruptura, 0,,, por tanto, na verdade, o material suporta tensa o visto que o = PIA. Embora os diagramas tensio-deformagao conven- cional e real sejam diferentes, a maioria dos projetos de engenharia fica dentro da faixa eléstica, pois, em ge- tal, a distorgio do material nao é severa dentro dessa faixa, Contanto que 0 material seja “rfgido", como a maioria dos metais, a deformagao até o limite de elas- licidade permaneceré pequena, e 0 erro associado & 60 Resistencia 00s watemas 020 opm onoid 70030 030 ( «= 0030 0,001 \. iiagrama tensto-deformapio pr Fig ora) Loins 0.30 oun, t= 03 ago doce Figura 3.6 utilizagdo de valores de engenharia de o ¢ € é muito pequeno (aproximadamente 0,1%), em comparago com seus valores reais. Essa & uma das principais ra- z0es para a utilizagdo dos diagramas tensio-deforma- fo convencionais ‘Os conceitos discutidos até aqui podem ser resumi- dos na Figura 3.6, a qual mostra um diagrama tensio~ deformagao convencional para um corpo de prova real feito de ago doce. Para destacar os detalhes, a regiio eléstica da curva mostrada em cor clara em uma es cala de deformagao exagerada, também em cor clara. Acompanhando o comportamento, vemos que o limite de proporcionalidade & atingido em o, = 241 MP: onde €, = 0,0012 mm/mm, Em seguida, ocorre um li mite superior de escoamento (2,), ~ 262 MPa e, en- tGo, repentinamente, um limite inferior de escoamento (6), = 248 MPa. O final do escoamento ocorre a uma deformagdo €, = 0,030 mm/mm, que é 25 vezes maior do que a deformagao no limite de proporcionalidade. Nacontinuacéo,o corpo de prova sofre endurecimento por deformagao até atingir o limite de resistencia €, ~ 434 MPa e, entio, comega a sofrer estricgdo até ocorrer falha,o, = 324 MPa. Por comparacio, a deformacio na falha, ¢, ~ 0,380 mm/mm € 317 vezes maior que ¢,! 3.3. Comportamento da tensao- deformacao de materiais dcteis e frageis Os materiais podem ser classificados como diicteis ou frageis, dependendo de suas caracteristicas de ten- sdo-deformagio, Agora, cada um seré estudado sepa- radamente. Materiais dicteis. Qualquer material que possa ser submetido a grandes deformagdes antes de sofrer ruptura € denominado material dictil. © ago doce, como jé discutimos, ¢ um exemplo tipico. Os engenbe ros costumam escolher materiais dicteis para o proje- to uma vez que esses materiais sao capazes de absor- ver choque ou energia e, se ficarem sobrecarregados, exibirdo,em geral, grande deformacio antes de falhar. ‘Um modo de especificar a ductilidade de um ma- terial € calcular o percentual de alongamento ou a redugio percentual da rea no instante da ruptura, A porcentagem de alongamento & a deformacio de rup- tura do corpo de prova expressa como porcentagem. ‘Assim, se 0 comprimento de referéncia original do corpo de prova for L, ¢ seu comprimento na ruptura for L,,,,entdo Porcentagem de alongamento (100%) (33) Como vimos na Figura3.6, visto que €,= 0,380, esse valorseria 38% para um corpo de prova de ago doce. ‘A porcentagem de reducao da drea ¢ outro modo de especificar a ductilidade e é definida dentro da re- gio de estricgio da seguinte maneira Ao~ Ap = 5 (100%) Porcentagem de redugio da érea G4) Nessa expressio, A, € a érea da seco transversal original do corpo de prova eA, a ea.na rupture, ago doce tem um valor tipico de 60%. ‘Outros materiais, como lato, molibdénio e zinco, também podem exibir caracteristicas de tensio-defor- agai diitil semelhantes as do a0 e, por isso, passam por comportamento de tensfio-deformagio eldstica, Escoamento a tensio constante, endurecimento por deformagao e, por fim, estricgdo até ruptura. Entre- tanto, na maioria dos metais ndo ocorrerd escoamento constante além da faixa eldstica. Um metal que apre- senta tal comportamento € 0 alum{nio. Frequentemen- te, esse metal nao tem um ponto de escoamento bem definido e, por consequéncia, é prética padrao definir uum limite de escoamento para 0 aluminio por meio de um procedimento gréfico denominado método da deformagao residual. Em geral escolhe-se uma defor- ago de 0,2% (0,002 mm/mm) e, tomando como ori- ‘gem esse ponto no eixo ¢, traca-se uma paralela a parte inicial em linha reta do diagrama tensio-deformagio. O ponto em que essa reta intercepta a curva determina © limite de escoamento, Um exemplo da construg3o desse gréfico para determinar o limite de escoamento para uma liga de aluminio é mostrado na Figura 3.7. Pelo grafico, o limite de escoamento € a, = 352 MPa, ‘Tenha sempre em mente que o limite de escoamen- to ndo é uma propriedade fisica do material, visto que uma tensdo que causa uma deformagio espectfica permanente no material. Todavia, neste livro, consi- deraremos que limite de escoamento, ponto de escoa- mento, imite de elasticidade e limite de proporcionali dade coincidem,a menos que seja afirmado o contrério. ‘Uma excegdo seria a borracha natural que, na verdade, nao tem sequer um limite de proporcionalidade, jé que a tensdo € a delormagio no sao relacionadas linear- mente (Figura 3.8). Ao contrério, esse material, que é conhecido como um polimero exibe comportamento eldstico nao linear: PROPREDADES MECANICAS OOS MATERIA 61 ‘A madeira é um material que,em geral, € modera- damente diictl e, por isso, costuma ser projetada para reagir somente a carregamentos elésticos. As caracte- risticas de resistencia da madeira variam muito de uma espécie para outra e, para cada uma dessas espécies, dependem do teor de umidade, da idade, do tamanhoe do arranjo dos nés na madeira jé cortada. Como a ma- deira é um material fibroso, suas caracteristicas de tra- do e compressdo serio muito diferentes quando ela for carregada paralela ou perpendicularmente a seu gro, A madeira racha quando carregada em tragdo perpendicular a seu grio e, por consequéncia, quase sempre se entende que, em elementos estruturais de madeira, as cargas de tracdo seréo aplicadas paralela- mente 20 grao. Materiais frageis. Materiais que exibem pouco ou nenhum escoamento antes da falha sio denomin: dos materiais frageis. O ferro fundido cinzento 6 um exemplo, pois tem um diagrama tenso-deformagao sob tragio, como 0 mostrado pela porgéo AB da cur- vva na Figura 3.9. Neste caso, a ruptura em o,,, = 152 MPa ocorreu, inicialmente, uma imperfeigio ou trinca microsc6pica, ento propagou-se rapidamente pelo corpo de prova causando a ruptura completa. O resul- tado desse tipo de ruptura € que a tensio de ruptura sob tragdo para materiais frégeis nao é bem definida, visto que o surgimento de trincas iniciais em um corpo de prova bastante aleat6rio. Por essa razdo, em vez da tensio de ruptura propriamente dita, registra-se a tensdo de ruptura média observada em um conjunto de ensaios de tragao. A Figura 310a mostra um corpo de pprova que sofreu uma falha tipica Em comparagdo com seu comportamento sob tra- «20, osmateriais frégeis, como o ferrofundido cinzento, exibem uma resisténcia muito mais alta a compressio axial, como fica claro na porgdo AC da curva na Figura 3.9, Neste caso, quaisquer trincas ou imperfeigdes no (Mra) 00] o (MPa) y= 382 ia ao} / 19) Hee mmo) kor 00 ‘ono (0.2% de deformagao residual) Limite de escoamento pars uma figs de aluninio Figura .7 246 ag mm) Diagrams o-« para borracha natural Figura 3.8 62. Resirevcia 00s wareRs (MPa) 5 my p= 1301 96-008 not ons -op2 “oor al oom 7 |-00 {-s00 + ~1000 | Diagrama o-¢ para ferro fundido einzento Figura 39 corpo de prova tendem a fechar-se e, 4 medida que a carga aumenta, o material em geral abaula-se ou toma a forma de um barril (Figura 3.10). © concreto, assim como 0 ferro fundido cinzento, 6 lassificado como um material frégil e também tem bai- xa capacidade de resisténcia & tragio. As caracteristicas de seu diagrama tensio-deformacao dependem prima- riamente da mistura do concreto (4gua, areia, brita e ci- mento) e do tempo e temperatura de cura, Um exemplo tipico de um diagrama tensao—deformacao “completo” para oconcretoé dado na Figura 3.11. Observamos nes- se gréfico que a maxima resisténcia a compressio do concreto € quase 12,5 vezes maior do que sua resistén- = =i Ruptura de um material “rdgil por tragao €(am/mm) @®) Compressio provoca protuberancia lateral no material ) Figura 3.10 cia a tragdo, (0,)qqq = 34.5 MPa, em comparagdo com (©) ag = 2,76 MBS: Por essa razio, o concreto & quase sempre reforgado com barras ou hastes de ago quando projetado para suportar cargas de tracao. Em geral, pode-se dizer que a maioria dos materiais exibe comportamentos diicteis e frageis. Por exemplo, (© ago tem comportamento frdgil quando seu teor de carbono € alto,¢ dtictil quando o teor de carbono é re- duzido. Além do mais, em baixas temperaturas, os ma: teriais tornam-se mais duros ¢ mais frégeis, a0 passo que, quando a temperatura sobe, eles ficam mais ma- ios e mais dhicteis. Esse efeito é mostrado na Figura 3.12 para um plstico metacrilato, o-04rs) ‘ 7 c (Ps) 7 (enue * 2.7610 ~non30~0,9025-0,9000~oM1S~9p010-0.0008— ee “re © 09008 _ -10 me = 20 onus 4S Diagrams oe paramistura de coneretotipica Figura 3.11 (ramen) ‘O01 O02 003 Qos OAs O06 Digrama o-« para um plistico metacrilato Figura 312 ov vi ter Ne de lid po: ta ti. ma des me me diss 3.4. Lei de Hooke Como observamos na segdo anterior, 0 diagrama tensi0-deformacio para a maioria dos materiais de en- genharia exibe uma rlacdo linear entre tensio e defor- Fragio dentro da regido eléstica. Por consequéncia, um Gumento na tensio provoca um aumento proporcional ha deformagio. Esse fato foi descoberto por Robert Hooke, em 1676, para molas,é conhecido como lei de Hooke e pode ser expresso matematicamente como (5) Nesta expressio, E representa a constante de pro- porcionalidade, denominada médulo de elasticidade ‘ou médulo de Young, nome que se deve a Thomas Young, que publicou uma explicagdo sobre 0 médulo em 1807, Na realidade, a Equagdo 35 representa a equacdo da porgao inicial em linha reta do diagrama tenséo-de- formacio até o limite de proporcionalidade.Além disso, © médulo de elasticidade representa a inclinagao des- sa reta, Visto que a deformagdo € adimensional, pela Equagdo 3.5 E teré unidades de tensio como Pascal, MPa ou GPa, Como exemplo, considere o diagrama tensdo-deformago para o ago mostrado na Figura 3.6. Nesse diagrama,a,, = 240 MPae e, = 0,0012 mm/mm, de modo que my 240 GPa E 240 GPa _ ep 00012 mm/s = 200 GPa ‘Como mostra a Figura 3.13,0 limite de proporciona- lidade para um tipo particular de ago depende da com posigdio de sua liga. Todavia, a maioria dos agos, desde o ‘mais mole ago laminado até o mais duro ago-ferramen: ta, tem o mesmo médulo de elasticidade, geralmente aceito como E,,, = 200 GPa, Valores comuns de E para outros materiais de engenharia sio encontrados em normas de engenharia e manuais de referéncia. Apre- sentamos alguns valores representativos no final deste livro, Devemos observar que o médulo de elasticidade uma propriedade mecanica que indica a rigidez de um material, Materiais muito rigidos, como o ago, tém gran- des valores de E (E,,. = 200 GPa), a0 passo que mate- Flais esponjosos, como a borracha vulcanizada, podem ter valores mais baixos (E,,, = 0,10 MPa). © médulo de elasticidade é uma das propriedades meciinicas mais importantes utilizadas no desenvolvi- mento de equagdes apresentadas neste livro. Porém, 6 sempre bom lembrar que E s6 pode ser usado se um material tiver comportamento linear eldstico. Além disso, se a tensdo no material for maior que o limite PRoPmeDanes MECANCAS 00s Marenias 63 oom sa tao mt / = (0,6% carbono) : 400 / acocesteutural 300 (62% carbon) /-~ somole 200 (611% caxbono) 100 / Ceo (0,002 0,004 0,006 0,008 0,01. ua Figura 3.13 de proporcionalidade, o diagrama tensio-deformagio deixa de ser uma linha reta, e a Equagdo 3.5 deixa de ser vilida, Endurecimento por deformago. Se um cor- po de prova de material dictil,como o ago, for carregado na regidio plastica e, entdo, descarregado, a deformacao eléstica & recuperada & medida que o material volta a seu estado de equilfbrio. Entretanto, a deformagéo plas- tica permanece, e 0 resultado & que o material fica su- jeito a uma deformacdo permanente. Por exemplo, um cabo que encurvado (plasticamente) retomars (elasti- camente) um pouco da forma original quando a carga for retirada, mas nao retornard totalmente A sua posi- fo original. Esse comportamento pode ser ilustrado no diagrama tensio-deformagdo mostrado na Figura 3.14a, Nesse diagrama, em primeiro lugar, o corpo de prova é carregado além de seu ponto de escoamento A, até 0 ponto A’. Uma vez que € preciso vencer forgas interatomicas para alongar 0 corpo de prova elastica- ‘mente, entao essas mesmas forcas reunirio os étomos novamente quando a carga for removida (Figura 3.142). Por consequencia, o médulo de elasticidade, E, ¢ 0 mes- mo,¢,portanto, a inclinagdo da reta O'A'’ é igual a incli- nagio da reta OA, ‘Se a carga for reaplicada, 0s étomos no material se- ro deslocados novamente até ocorrer escoamento a tensio A’ ou prénimo dela, ¢ o diagrama tensdo-defor. magio continuaré na mesma trajetéria de antes (Figura 3.14b). Contudo, cabe observar que esse novo diagrama tensio-deformagio, definido por O'A'B, agora tem um pponto de escoamento mais alto, (A), uma consequéncia do endurecimento por deformagio, Em outras palavras, oo material tem, agora,uma regia eldsticamaior, contudo, tem menos ductilidade e uma regio plastica menor do que tinha quando em seu estado original. 64 Reswertncia 90s maremas F es i | / | : manent els Uietormesto reuperegio’ (8) regio regio elsticn ._plistica Figuea 3.14 Na verdade, certa quantidade de calor ou energia pode ser perdida 8 medida que 0 corpo de prova é des- carregado desde A’ e novamente carregado até essa mesma tensio. O resultado é que as trajetérias A’ a O" © O' a A’ apresentardo leves curvaturas durante uma medigao cuidadosa do ciclo de carregamento, mostra- das pelas linhas tracejadas na Figura 3.14b. A érea in- terna entre essas curvas representa energia perdida € denominada histerese mecénica. Ela se torna uma consideragdo importante na selegao de materiais que servirdo como amortecedores para elementos estrutu- rais ou equipamentos mecénicos vibratérios, embora seus efeitos nao sejam considerados neste livro. 3.5 Energia de deformacao Quando um material & deformado por uma carga externa, tende a armazenar energia internamente em todo o seu volume, Como essa energia esta relaciona- da com as deformacées no material, cla é denominada energia de deformagao. Por exemplo,quando um corpo Pav Figura3.15, de prova de ensaio de tragdo é submetido a uma carga axial,um elemento de volume do material é submetido uma tensdo uniaxial, como mostra a Figura 3.15. Essa tensio desenvolve uma forga AF = oAA = a(Ax Ay) nas faces superior e inferior do elemento apés ele ter sofrido um deslocamento vertical € Az. Por definigio, trabalho € determinado pelo produto entre a forga e © deslocamento na diregao da forga. Visto que a for- @ aumenta uniformemente de zero até seu valor final 3F quando é obtido 0 deslocamento € Az,o trabalho realizado pela forga sobre o elemento ¢ igual ao valor ‘miédio da forga (AF12) vezes 0 deslocamento € Az. Esse “trabalho externo” é equivalente ao “trabalho interno” ou energia de deformagao armazenada no elemento, se considerarmos que nenhuma energia é perdida sob 1 forma de calor. Por consequéncia, a energia de de- formagio AU € AU = (1/2AF) € Az = (1/20 Ax Ay) € Az.Visto que 0 volume do elemento € AV = Ax Ay Az, entio AU = L2aeAV. ‘As veres,6 conveniente formular a energia de defor- mago por unidade de volume de material,denominada densidade de energia de deformacao, a qual pode ser expressa por au _1 a7 (G6) Se o comportamento do material for linear eldstc entio a lei de Hooke se aplica, « = Ee e, portanto, podemos expressar a densidade de energia de defor- ‘magdo em termos da tensao uniaxial como ie w= (3.7) Médulo de resiliéncia. Em particular, quan- do a tensto o atinge o limite de proporcionalidade, a densidade de energia de deformagio, como caleulada pela Equagdo 3.6 ou 3.7, € denominada médulo de resiliéncia, isto €, te = 3 Mp Ip = G8) ais Prormeoaces MECAMCAS DOswMarenAS 65 ‘Observe, na regio eldstica do diagrama tensio-de- formagio (Figura 3.16a), que u, € equivalente & drea iriangidlar sombreada sob o diagrama. Em termos fisi- os, a resiligncia de um material representa sua capa- cidade de absorver energia sem sofrer qualquer dano permanente. Médulo de tenacidade. Outra importante propriedade de um material € 0 médalo de tenaci- dade (u,). Essa quantidade representa a drea inteira sob o diagrama tensio-deformagdo (Figura 3.16b), portanto indica a densidade de energia de deforma- Médulo de resin do do material um pouco antes da ruptura, Essa a propriedade € importante no projeto de elementos estruturais que possam ser sobrecarregados aciden- talmente. Materiais com alto médulo de tenacidade sofrerdo grande distorgao devido a sobrecarga; con- tudo, podem ser preferiveis aos que tm baixo valor : de médulo de tenacidade, jé que os que tém u, baixo i podem sofrer ruptura repentina sem dar nenhum si- nal dessa ruptura iminente, Ligas de metais podem t mudar sua resiligncia e tenacidade, Por exemplo, os : diagramas tensio-deformagio na Figura 3.17 mos- | tram como os graus de resiliéneia e tenacidade de ‘ um ago podem mudar quando o teor de carbono na ‘ liga é alterado. Médulo de tenacidade ©) igura 3.16 Rone convenclonal importante na engenharia porque proporciona um meio para ob- a tragdo ou a compressdo de um material sem consider o amano ous forma engenharia sao caluladas pla rea da sega0 transversal e comprimento de referécia or ona 0 ago duce, tem quatto comportamentosdstntos quando 6 earregado: comportamento ‘enirecinento por deformacto e exec (eso for proporcional i deformagio dentro da repo elistca.Fssa propriedade sla cava ¢denomiada modulo de elascidade,£. so © limite de proporcionalidade, 0 limite de elasicidade, a ne 66 Resisréncia 00s marenas ago duro (046% carbono) ‘que tema resist@ncia mais alta ~ ago estrutural (62% carbone) © que tem a maior tenacidade agomole (011% carbons) mas dict! Figura 3.17 Ba gtoeal Um ensaio de tragio para um ago-liga resultou no dia- rama tens Ie o médulo de clasticidade € o limite de escoamento com base em uma deformagio residual de 0,2%, Identifique no rafico o limite de resisténcia ¢ a tensio de ruptura, )-deformagio mostrado na Figura 3.18, Caleu- soLugaO Médulo de elasticidade. Devemos caleular a inclinagdo «da porgao inicial em linha reta do gréfico, Pela curva e escala ampliadas, essa reta se estende do ponto O até um ponto es timado A, cujas coordenadas aproximadas sio (0.0016 mm/ ‘mm, 345 MPa). Portanto, 215 GPa Resposta 0.0016 mene Observe que a equagio da reta OA 6 portanto, 15(10 6 100 oF abr ara wr Limite de escoamento, Para uma deformacio residual de 0.2%, partimos da deformagao de 02% ou 0.0020 mm/mm tragamos, no gréfico, uma reta paralela a OA (tracejada) até interceptar a curva ae em A'.O limite de escoamento é aproximadamente 7, = 469 MPa Resposta Limite de resisténeia. Essa tensio é definida pelo pico do arifico 7-e,ponto # na Figura 3.18 7,745. MPa Resposta Tonsio de ruptura. Quando o corpo de prova é deforma- do até seu maximo de ¢,, = 0,23 mm/mm, ocorre ruptura no ponto C. Por isso, 21 MPa Resposta diagrama tensio-deformacio para uma liga de alu ‘minio utilizada na fabricagio de pecas de aeronaves é mos. trado na Figura 3.19. Se um corpo de prova desse material for submetido & tensio de tragao de 600 MPa, determine a deformagdo permanente no corpo de prova quando a carga 6 retirada, Calcule também 0 médulo de resiliéncia antes © depois da aplicacao da carga SOLUGAO. Deformacio permanente. Quando o corpo de prova ¢ submetido & carga, endurece por deformacio até alcancar © ponto B no diagrama o~€ (Figura 3.19). Nesse ponto, a deformagéo & aproximadamente 0,023 mm’mm. Quando a eng = 028. (am/m) OO FE OF O16 O18 O20 U2 O34 | onng going | aotze S013 = Figura 3.18 a eh ot | ‘o comportamento do material segue a reta ‘a OA. Visto que ambas as retas tm a mes- no ponto C pode ser determi- ja reta OA & 0 médulo de arg 6 oie: Bc paralle Freitag,» deforma ms anatcenmentAinelinagaod stead, 450 MPa__ 0,006 mm/min Pelo triéngulo CBD, temos que 450 MPa 10006 mm/min 750GPa [Essa deformagéo representa a quantidade de deformagao ldstica recuperada, Assim, a deformagao permanente, ¢ye.€ (0.023 mm/mm ~ 0,008 ram/mm = 00150 mm/mm Resposta OBSERVACAO: Se a distincia original entre as marcas de refe- ‘encia no corpo de prova era 50mm, apés a remogao da carga, essa distincia seré 50 mm + (0,0150)(S0 mim) = $0,75 mam, Médulo de resiligncia. Aplicando a Equagéo 3.8, temos" L 1 (4 dia = 5p 6ip = 3 (450 MPa) (0,006 mm rom) 1,35 MJ/m? Resposta rte) 10 (str 00 + I svt ~ | 10] | Ec el 0am aa oO ‘No SI. trabalho € medido em joules,onde 13 = 1 Neon PROMIEDADES MECANCAS O05 NATERAS 67 \ ad 1 (ig = 5 2ipt%p = 3 (600 MPa) (0,008 mm/min) 240MI jm" Resposta ‘OBSERVACAO: Por compara¢io, o endurecimento por defor- ‘magéo no material provocou um aumento no médulo de re- siliéncia; contudo, observe que omédulo de tenacidade para material diminuiu, visto que a area sob a curva original, (OABE, € maior que a érea sob acurva CBF kt & & — A Figura 3202 mostra uma haste de aluminio com érea de secdo transversal circular e sujeita a uma carregamento arial de 10 kN, Se uma porgdo do diagrama tensio-defor- ‘magdo para o material for a mostrada na Figura 320b, deter mine o valor aproximado do alongamento da haste quando ‘a carga é aplicada, Se a carga for removida, qual é 0 alonga- ‘mento permanente da haste? Considere F,, = 70 GPa. SOLUGAO, Para a anilise, esprezaremos as deformacées localizadas no onto de aplicacao da carga e no local em que a area da se- 40 transversal da haste muda repentinamente. (Esses efei- ts serdo discutidos nas segdes 4.1 € 4.7.) A tensao normal e a deformagio normal sgo uniformes em toda a segao média de cada segmento, Para estudar a deformagio da haste, devemos obter a de- formasio propriamente dita, Para isso, em primeiro lugar, calculamos a tensio e, em seguida, usamos 0 diagrama ten- B JokN $— 00mm 400 mm — ® cae = 00450 ‘B02 a0 005 aoa O10, i 600 te 0000808 © Figura 3.20 68 RessreNca cos mareRIS so- 31,83 MPa. Usando a lei de Hooke, cag _ 3183105 P Ey 70(10°) Pa eas 0.9004547 mm/mm. (O material no interior da regido BC € deformado plastica- mente, visto que 7, = 40 MPa < 5659 MPa, Pelo gréfico, para oy, = 56,59 MPa, 0,045 minim (© valor aproximado do alongamento da haste 6, portanto, b=2eL 10004547600 mm) + 0,045(400 mm) = 183mm Resposta Quando a carga de 10 KN for removida, 0 segmento AB dda haste retornaré & seu comprimento original. Por qué? Por outro lado, o material no segmento BC se recuperard clasticamente ao longo da reta FG (Figura 3.20b). Uma vez que a inclinagio de FG é E,,a recuperagéo da deformagso elistica 6 ac _ $6,59(10°) Pa fae = BE 7 = 04000808 mm/mm. Ey 70(10") Pa o plastica remanescente no segmento BCE 0450 ~ 0.000808 = 0.0442 ma/mm Portanto, quando a carga € removida, o alongamento perma- nente da haste é snc = 0:0442(400 mm) 17,7 mm —_Resposta feta 34. Um cilindro de concreto com 150 mm de didmetro e 300 mm de comprimento de referéncia é testado sob com. pressdo, Os resultados do ensaio sao apresentados na tabela ‘como carga em relagéo A contracio. Desenke o diagrama tensio-deformagéo usando escalas de 10 mm = 2 MPa ¢ 10 mm = 0,1(10°) mm/mm. Use o diagrama para determi- nar o médulo de elasticidade aproximado. Carga (kt) | Contragio (mm) 20 ‘}0000 250 0180 415 0.0300 a5 0.0500 1025 0.0650 7s 0,0850 1500 000 mms ims Problema 3.1 3.2. Os dados obtidos em um ensaio de tensio-deformagéo para um material cerdmico sio dados na tabela. A curva é linear entre a origem e o primeiro ponto. Represente o diz rama em grifico e determine o médulo de elasticidade e 0 rmédulo de resiliéncia, o=P/A| € fk (MPa) | (zam/mm) 00 | op000 224 | 0.0006 3185] 9010 ase] 0.0014 3605 | 00018 3738 | ogo Problema 3.2 3.3. Os dados obtidos em um ensaio de tensio-deformagio para um material cerdmico sio dados na tabela. A curva €li hear entre a origem e o primeiro ponto. Represente o diagra ‘ma em grafico e determine o valor aproximado do médulo de tenacidade. A tensdo de ruptura é ¢,= 3738 MPa, o=P/al e=57. (MPa) | (mm/mm) 20 | 0000 axe | 0.0005 sigs | 90010 3458 | pots 3603 | 00018 ane | 00022 Problema 33 sya, Um corpo de prova de ago com diimeteo original ao eden de comprimento de referencia foi sub ea Sa enaig de tagdo, Os dados resultant 340 inti dow a abel, Contra © grafico do digrama apres wage determine 0 Ylotesaproximados ten ode elastcdade da tnsfo de escoamento, do ora tenia eda tens de ruptora Use uma es lis gnu = 209 Mae 10 mm = DOS mmm, De seth novamente a repiio elisticn usando a mesma escala JehRfduo asus uma escala de deformagdo de 10 mm = Ooo mn Carga (KN)] Alongamento (mm) 00 449000 15 0125 mi 037s 400 Op628 550 087s 30 41250 580 fao00 0 «45000 530 ‘oo00 1009 sooo 107s 7oona a1 sejoo00 a5 113000 Problema 34 ‘A figura apresenta 0 diagrama tensio-deformagio para um ago-tiga com 12 mm de diémetro original e com primento de referéncia 50 mm, Determine os valores apro- ximidos do médulo de elasticidade para o material, carga aplicada uo corpo de prova que causa escoamento ¢ a carga imdxima que 0 corpo de prova suportard, 4 ~ eqn) 0 Hot One i> He O20 024 aw Problema 35 36. A figura apresenta 0 diagrama tensio-deformagio ‘para um ago-tiga com 12 mm de didmetro original e 50 mm PROPREDADES MECANICAS DOS MuTERAS 69 cde comprimento de referéncia, Se 0 corpo de prova for sub- rmetido @ carga de tragdo até 500 MPa, determine o valor aproximado da recuperagio eléstica e do aumento no com- primento de referéncia apss o descarregamento. ouMPa) 600} 00 < 00 sio| 200] roo} 2 V (ma) 2 904 O08 0.1% 916 020 024 o78 Bins Amicts mine cs cas ds Problema 36 37. A figura apresenta 0 diagrama tensio-deformagio para um ago-liga com 12 mm de difmetro original ¢ 50 mm {de comprimento de referéncia. Determine os valores aproxi- mados do médulo de resiliéncia ¢ do médulo de tenacidade para o material, (MPa) 0 s00| c 400] 00 1 a ° tare ai aicaaon ame 8 is Oi cs Sa ls BA Problema 3.7 "38. A figura apresenta o diagrama tensio-deformagio de ‘uma barra de ago. Determine os valores aproximados do m6- dulo de elasticidade, limite de proporcionalidade, limite de resisténcia e médulo de resiligncia. Se a barra for submetida uma carga de tragio de 450 MPa, determine o valor da ‘ecuperacio da deformagio eléstica e da deformacao per- mmanente na barra quando descarregada, 70 Resirénecia 905 MATERA (MPa) 550 soo «sot 4 N. 350 250 200 150 100 ok J (enmy/enm) 19 029 930 atte athgo al Problema 3.8 3.9. A figura mostra o diagrama oe para as fibras elésti- cas que compoem a pele ¢ os misculos dos seres humanos. Determine o médulo de elasticidade das fibras ¢ estime os médulos de tenacidade e de resiliénci. oXKPa) ~s| — / nt a clon =| Problema 3.9 340, Uma barra de agoA-36 temcomprimento de 1.250 mm e ‘rea da seco transversal de 430 mm* Determine o comprimen- toda barra se cla for submetida @ uma tragdo axial de 25 KN.O. material tem comportamento elistico linear. BAL. © diagrama tensio-deformasio para o polietileno ue & utilizado para revestir cabos coaxiais € determinado por um ensaio com um corpo de prova com comprimento de referéncia de 250 mm, Se uma carga P aplicada ao corpo de prova desenvolver uma deformacio € = 0,024 mm/mm, determine o valor aproximado do comprimento do corpo de prova medido entre os pontos de referéncia quando a car- {ga & removida. Considere que o corpo de prova se recupere clasticamente, @ (Ps) 1 ast = 4 7 : d ) a uff 7 i «(om/om) 0 0008 OMS Op24 OA doad —Guae Problema 3.11 "RUZ, A figura mostra o diagrama tensio-deformagio para fibra de vidro, Se uma barra de 50 mm de didmetro ¢ 2 m de comprimento fabricada com esse material for submetida a uma carga de tragio axial de 60 KN, determine seu alongemento, oa) = 300(10F}e!? (smn) Problema 3.12 343. A mudanga no peso de um aviio é determinada pela Ieitura de umextensOmetro A montado no suporte de alumt- rio da roda do aviso, Antes de o avido ser carregade, aletura do extensOmetro no suporte é € = 0,00100 mm/mm, 20 passo que, apés o carregamento, é €, = 0.00243 mm/mm. Determi: rhe a mudanga na forsa que age sobre o suporte se a drea da segio transversal dele for 2200 mm?, E, = 70 GPa. Problema 3.13 14, Um compo de provacom comprimento original de300mm tem didmetro original de 12. mm e & submetido a uma fors® de 2,5 KN. Quando a forga & aumentada para 9 kN, 0 corpe de prova sofre um alongamento de 22,5 mm. Determine 0 médulo de elasticidade para o material se ele permanecer listo. M pr fo lipe w ht 20 elemento estratral de in restr nuclear é to a a liga de Zircnio. Se esse elemento tver de suportar uma Ha de 2010 determine area dass ransver- STRSQL Creu tr desegurage em tao 4 s te Oe carga sobre o elemento se lever Im de meni, wo eulongementofor0,3 mm? E, = 100 GPa vontPa Omateril em comportaento cist, de um: wae 0 pt ésustentao por um pio em Ce por um MeO Restagem AB deagoA36.8e0 dkmeto Uo at sea de eerie quant cles efor an Um ors rll de ISHN agit poste Problema 3.16 3.17. A adigio de plastifcadores 0 cloreto de polivinil provoca a redugéo de sua rigidez. Os diagramas tensio-

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