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Aula 00 – Aula demonstrativa


Curso: Finaças Públicas p/ ICMS DF
Professor: Bárbara Bianco e Daniel Façanha
Curso: Finanças Públicas p/ ICMS DF
Teoria e Questões comentadas
Prof.ª. Bárbara Bianco e Daniel Façanha - Aula 00

APRESENTAÇÃO

Olá, pessoal!

Meu nome é Bárbara Bianco, ministrarei o curso de Administração


Financeira e Orçamentária juntamente com o professor Daniel Façanha.
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Estamos muito felizes em poder contribuir com a preparação de vocês para


esse interessantíssimo concurso para Auditor Fiscal do Distrito Federal.
Tenham certeza que da nossa parte e da parte do Exponencial Concursos,
faremos todo o possível para te dar condições de disputar uma vaga!
Agora vou falar um pouquinho sobre a minha história como concurseira
e vocês verão que concurso não é para um tipo específico de pessoa, mas sim
para todos! Com organização, força de vontade e fé é possível alcançar a tão
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almejada vaga. Antes de mais nada, vou colocar de forma resumida meus
resultados:
 4ª Lugar – Analista do Banco Central do Brasil (BACEN)
 79º Lugar – Técnico do Banco Central do Brasil
Minha primeira graduação foi em Nutrição, na Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (UERJ) em 2002. Ainda nessa época, eu já fazia concursos,
mas sempre voltados para a minha área de formação. Fui classificada em 1º
lugar no concurso para o Corpo de Saúde Civil da Marinha e também
convocada para o concurso do Ministério da Saúde em 2010. Trabalhei
muito, plantões de 12 horas, várias vezes na semana, finais de semana e
feriados, até que comecei a sentir um desgaste natural da profissão e a pensar
em outras alternativas que me oferecessem melhor qualidade de vida.
A primeira vez que resolvi arriscar no mundo dos concursos fora da
minha área foi em 2008. Fiz alguns concursos no Rio, como TRE e TJ, mas
confesso que ainda não havia me desligado completamente da profissão, de
forma que não me empenhei tanto. Fui aprovada em ambos, porém fora das
vagas. Fiquei um pouco decepcionada e acreditando que aquilo não era para
mim e, por isso, só retornei com força no final de 2009.
Decidi que precisava me dedicar mais e voltei a estudar. Estudava em
casa, no plantão, na praia (afinal, sou carioca né?) e consegui um feito que
praticamente ninguém acreditava de verdade que eu conseguiria (nem eu
mesma, para falar a verdade): fui aprovada e classificada no concurso para
Técnico do Banco Central do Brasil (79º lugar)!
Esse foi o “divisor de águas” para mim. Ganhei mais confiança e,
enquanto aguardava minha convocação para o Bacen, fiz o concurso para
Assistente Técnico-Administrativo do Ministério da Fazenda (ATA-MF) em
2010. Fui aprovada, classificada (75º lugar em um concurso concorridíssimo)
e convocada. Porém, a essa altura, já tinha feito o Curso de Formação do

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Bacen (2ª etapa do concurso) e, por isso, optei por não assumir o cargo de
ATA e por aguardar minha convocação para o Banco, o que aconteceu em
2011.
Vim para Brasília e assumi meu tão esperado cargo no Bacen. Uma vez
nele, tive a certeza de que era lá que eu gostaria de passar a minha vida e me
aposentar (meio cedo pensar nisso, não?). Resolvi fazer uma pós-graduação
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em Gestão Pública, pela qual me interessava há um bom tempo, já que o


concurso para o cargo de analista ainda demoraria a sair. Além disso, quando
saísse, haveria uma prova de títulos que pontuaria esse diploma.
Em 2012, fiz o concurso para a CGU. Mas meu foco sempre foi o
próximo concurso para o Bacen. Então por que o fiz? Ora, porque precisava
retomar os estudos (estava parada desde 2010) e porque era um bom
concurso, com matérias bem correlatas e seria burrice minha não aproveitar.
Fui aprovada, mas fiquei fora das vagas (41º lugar em 18 vagas). Mas não
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pensem que fiquei triste não! Esse resultado me deu um novo ânimo e a
certeza de que seria capaz de passar no concurso dos meus sonhos.
Mal acabou CGU, parti para Analista do Bacen, uma vez que já se
falava, internamente no Banco, que o concurso sairia no próximo ano (2013).
Posso afirmar, sem medo de estar exagerando, que nunca estudei tanto, com
tantas técnicas, métodos e organização como estudei para esse concurso. E
sabem por que? Porque queria muito! Mesmo tendo passado por alguns
percalços pessoais que poderiam ter me tirado desse rumo, eu segui em
frente e consegui! Fui 4º lugar na minha área (área 6) e conquistei o cargo
da minha vida: hoje sou Analista do Banco Central do Brasil! Além disso,
acabei de me graduar em Gestão Financeira. Para quem veio da área de
saúde, quantas mudanças, não?
E por que estou contando tudo isso? Lembram quando disse que
pensava que isso não era para mim? Eu estava errada. Era para mim e é para
você também! Você que trabalha o dia todo (ou não), você que tem uma
formação diferente e que, por isso, acha que nunca vai conseguir, você
mesmo! E é aqui que entramos, caro aluno, eu e o Exponencial Concursos.
Sabemos bem o que você passa, seus anseios e angústias. Nossa intenção é
tornar essa possibilidade real para você também. Por isso desenvolvemos um
material objetivo e de qualidade que vai te auxiliar nesse caminho.
Agora, meu parceiro de curso irá se apresentar!

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Cidadão(ã)!

Sou o professor Daniel Façanha, e atualmente exerço o cargo de


Analista de Controle Externo no Tribunal de Contas do Estado do
Ceará! Sou engenheiro eletrônico formado pela Universidade Federal de
Pernambuco. Atualmente sou mestrando na Universidade Federal do Ceará na
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área de administração e controladoria. Atualmente exerço minhas atividades


profissionais na Gerência de Contas de Governo, da execução orçamentária e
financeira e das Receitas. O meu cotidiano é recheado de temas relacionados
com a LRF, relatórios fiscais, administração orçamentária financeira e
contabilidade pública, enfim, tudo que está sendo falado neste curso faz parte
da minha vida diária. Além do meu atual cargo, exerci também as funções de
Analista de Controle Interno na Controladoria Geral do Estado de Pernambuco
trabalhando por mais de 4 (quadro) anos.
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Conforme destacou a minha parceira de curso, para que você seja


aprovado, é necessário manter o conhecimento adquirido e ter uma boa
estratégia para revisão próximo da realização do seu concurso.
Diante desse quadro, nossas aulas serão recheadas de esquemas,
quadro, figuras, mapas mentais, etc. para que você possa visualizar de uma
forma diferenciada o conteúdo explorado. Além disso, acreditamos que o
candidato tem tempo limitado e muita matéria para estudar. Desta forma, a
oferta de materiais com qualidade e objetividade é essencial para conquistar
os seus objetivos.
Após essa breve apresentação, vamos seguir com a apresentação da
matéria que estudaremos: Finanças Públicas. Essa matéria tem ganhado
grande destaque nos concursos, de alguns anos para cá. Existe uma variação
de assuntos cobrados na matéria, ficando, muitas vezes, um edital confuso.
Assim, estudaremos os principais pontos da teoria cobrados nos últimos
concursos da área fiscal, sempre de forma esquematizada e o mais objetiva
possível. Faremos os exercícios da Banca CESPE e complementaremos com
exercícios de outras Bancas, quando necessário.
Contem conosco, pessoal. Se surgirem dúvidas, algum conceito que não
tenha ficado claro, não hesitem em nos procurar no fórum. Estamos
combinados?

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No quadro abaixo segue o programa do nosso curso. Lembrando que


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nosso enfoque aqui não é de microeconomia, ok?.

Aula Conteúdo
00 Finanças, externalidades e funções econômicas do governo

01 LRF I: princípios, objetivos, efeitos no planejamento e no processo


orçamentário. Renúncia de receita. Geração de despesas. Despesas
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Obrigatórias de Caráter Continuado – DOCC. Contingenciamento.

02 LRF II: Transferências voluntárias: conceito, requisitos. Destinação de


recursos para o setor privado: requisitos, vedações. Vinculações de
Receitas e Transferências Intergovernamentais.

03 LRF III: Mecanismos de transparência fiscal. Relatórios de gestão fiscal e


resumido da execução orçamentária. Prestações de Contas e respectivo
parecer técnico.

04 LRF IV: eceita orrente quida; espesas com essoa . vida ica;
Operac es de r ditos;

05 LRF V: Vedac es; anco entra do rasi ; Garantia e ontragarantia;


Regra de Ouro. Despesas de Exercícios Anteriores e Restos a Pagar.

06 ngressos p icos: receitas p icas, receitas originárias e derivadas.


s princ pios te ricos de tri utac o. impostos, tarifas, contri ui es
fiscais e parafiscais: defini es.
07 Tipos de impostos: Progressivos, Regressivos, Proporcionais. Diretos e
Indiretos. arga isca rogressiva, egressiva, eutra e arga isca
tima. Efeitos da ausencia ou do excesso de cobran a de impostos.
curva reversa. efeito de curto, m dio e ongo pra o da inf a o e do
crescimento econ mico sobre a distribuic o da carga fiscal
08 Federalismo Fiscal e descentralização

*Confira a data de liberação das aulas no site do Exponencial, na


página do curso.

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Aula 00 – Finanças Públicas e Funções do Governo

Sumário
1 – Conceito e objetivos ..................................................................................................................... 7
2 – Instrumentos de planejamento orçamentário ........................................................................... 11
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3 - Governo e bem-estar .................................................................................................................. 13


4 – Objetivos da política fiscal e funções do governo ...................................................................... 16
5 – Falhas de mercado ..................................................................................................................... 20
5.1 – Externalidades ..................................................................................................................... 21

5.2 – Bens públicos ....................................................................................................................... 24


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5.3 – Competição imperfeita........................................................................................................ 26

5.4 – Informação assimétrica ....................................................................................................... 27

6 - Questões Comentadas ................................................................................................................ 30


7 - Lista de exercícios ....................................................................................................................... 44
8 - Gabarito ...................................................................................................................................... 54
9 - Referencial Bibliográfico ............................................................................................................. 54

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1 – Conceito e objetivos

O estudo de AFO/Orçamento Público está relacionado ao estudo do


Direito Financeiro. O Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que
disciplina a atividade financeira do estado. A atividade financeira é exercida
pelo Estado visando ao bem comum da coletividade. Ela está vinculada à
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arrecadação de recursos destinados à satisfação de necessidade públicas


básicas inseridas na ordem jurídico-constitucional, atendidas mediante a
prestação de serviços públicos, a intervenção no domínio econômico, o
exercício regular do poder de polícia e o fomento às atividades de interesse
social.
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Outra coisa interessante é que o Direito Financeiro tem estreia


relação com a Ciência das Finanças, mas não se confundem. Enquanto a
ciência estuda as atividades financeiras do estado em seu sentido teórico e
especulativo, o direito estuda seu aspecto jurídico. Há também uma diferença
entre Direito Financeiro e Direito Tributário. O primeiro lida com receitas
públicas tributárias e não tributárias. Já o segundo lida somente com receitas
tributárias.

Direito Ciência das Direito


Financeiro Finanças Tributário

As fontes do Direito Financeiro se dividem em Fontes Principais e


Secundárias:

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É necessário saber que a CF/88 veda a edição de medidas provisórias


so re mat ria re ativa a “p anos p urianuais, diretri es orcamentárias,
orçamento e cr ditos adicionais e sup ementares, ressalvado o previsto no art.
167, § 3o”, que permite a sua admiss o para atender a
, como as decorrentes de guerra, comoc o interna
ou calamidade pública.
Em ora seja tema a usivo ao direito constituciona , n o demais sa er
que o direito financeiro, ao ado do direito tri utário, está dentro da
competência concorrente da União, dos estados e do Distrito Federal,
conforme art. 24 da CF/88. Havendo competência concorrente, os entes
poderão legislar sobre questões específicas da matéria ou plenamente, no
caso de ausência de norma federal.
A atividade financeira do Estado abrange a receita pública (obtenção de
recursos), o crédito público (criação de recursos), o orçamento público
(gestão de recursos) e a despesa pública (dispêndio de recursos).

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Mas afinal, o que é orçamento público? É um instrumento de


planejamento governamental em que constam as despesas da
administração pública para um ano, em equilíbrio com a arrecadação das
receitas previstas. É o documento onde o governo reúne todas as receitas
arrecadadas e programa o que de fato vai ser feito com esses recursos. É
onde aloca, por exemplo, os recursos destinados a hospitais, manutenção das
estradas, construção de escolas e pagamento de professores. Não lembra um
pouco o nosso orçamento? Mas, por se tratar da máquina pública, é um pouco
mais complexo.
ara Giacomoni, “de acordo com o modelo de integração entre
planejamento e orçamento, o orçamento anual constitui-se em instrumento, de
curto prazo, que operacionaliza os programas setoriais e regionais de médio
prazo, os quais, por sua vez, cumprem o marco fixado pelos planos nacionais
em que estão definidos os grandes objetivos e metas, os projetos estratégicos
e as po ticas ásicas”. qui já vemos como o autor está a inhado ao conceito
de Orçamento-Programa que veremos logo à frente.
Já para iomar a eeiro, “o orça o ato pe o qua o
Poder Executivo prev e o Poder Legislativo autoriza, por certo período de
tempo, a execução das despesas destinadas ao funcionamento dos servi os
p icos e outros fins adotados pe a po itica econ mica ou geral do País, assim
como a arrecadação das receitas já criadas em ei”.

Seja qual for a definição utilizada, o orçamento público possui inúmeros


aspectos (objetivos): político, jurídico, econômico, financeiro, administrativo
e de planejamento.

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Em relação à natureza jurídica do orçamento, a maioria dos


doutrinadores entende que ele é uma lei no que se refere ao aspecto formal,
já que passa por todo o processo legislativo, mas não é lei em sentido
materia . ST segue essa inha ao afirmar que “o orçamento ei formal que
apenas prevê receitas e autoriza o gasto, sem criar direitos subjetivos e sem
modificar as eis tri utárias e financeiras”. m disso, uma ei temporária,
com vigência limitada de um ano; especial, por ter um processo legislativo
diferenciado; e ordinária, por não exigir quórum qualificado para sua
aprovação.

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1 - (CESPE - MDIC/2014) A função política do orçamento


diz respeito ao estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por
meio da arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada
pelos gastos governamentais.
Comentários: Dá para perceber que inverteram os conceitos, não é? A função
apresentada pela questão define bem a função financeira do orçamento
público. A função política se refere ao trabalho político que é feito na
autorização das despesas pelo Congresso Nacional.
Resposta: Errada.

2 - (CESPE - Ag Adm (DPU)/2016) O orçamento


governamental, como plano das realizações da administração pública, tem
natureza econômica e financeira não multidisciplinar.
Comentários: Falamos sobre natureza econômica, administrativa, jurídica,
contábil, financeira... então, é multidisciplinar sim.
Resposta: Errada.

2 – Instrumentos de planejamento orçamentário

Como vimos anteriormente, o direito financeiro diz respeito à


atividade financeira do Estado. Esta, por sua vez, se constitui na arrecadação
de recursos e na utilização do produto dessa arrecadação em favor da
sociedade, na forma de bens e serviços públicos. Para que o Estado obtenha e
gaste esses recursos, ele deve executar um orçamento: a Lei Orçamentária

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Anual (LOA), elaborada e executada com base em algumas normas, tais


como:
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A CF/88, em seu art. 165, prevê 3 leis orçamentárias, além disso, seu §
5º divide a LOA em 3 orçamentos:

O PPA, assim como a LDO, uma inovac o da 1988. ntes do


e da 1988, e istiam outros instrumentos de p anejamento estrat gico,
como o Orcamento Plurianual de Investimentos (OPI), com tr s anos de
dura o, que n o se confunde com o , que possui quatro anos de dura o.

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3 - Governo e bem-estar

Qual a finalidade de existência do governo? A iniciativa privada não


seria capaz de prover os bens e serviços de que a população necessita?
A definição de Finanças Públicas (já vista) baseia-se no fato de que a
necessidade de atuação econômica do setor público prende-se na constatação
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de que a simples existência do sistema de mercado, empresas e consumidores


somente, não conseguem cumprir adequadamente algumas tarefas e funções
que visam o bem-estar de toda uma população. A maneira pela qual o Estado
intervém no processo econômico é dependente da série de instrumentos que
este dispõe, de forma a financiar as suas atividades.
Apresentarei, aqui, de forma resumida, as principais teorias econômicas
por que o mundo passou. Elas serão mais bem abordadas na disciplina de
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Economia.
No início, a teoria econômica ditava que o próprio mercado seria o
agente responsável por trazer o máximo de bem-estar aos indivíduos e às
empresas. Esta teoria surgiu com o ivro “A Riqueza das Nações”, de Adam
Smith, e as suas ideias principais ficaram conhecidas como teoria clássica
da economia. Segundo esta teoria, o próprio mercado seria capaz de decidir os
preços adequados, alcançar níveis esperados de emprego e trazer o máximo
de bem-estar a todos. Haveria, assim, uma esp cie de “mão invisível”
regulando o mercado, sem intervenção governamental. O papel do governo
era somente fazer aquilo que a iniciativa privada não quisesse fazer.
Ou seja, de uma posição inicial bem modesta, na qual lhe cabia apenas
a prestação de alguns serviços essenciais à coletividade – tais como a justiça e
segurança, em que as características especiais da oferta e demanda não
induziam o setor privado a produzir - o papel do governo na economia
modificou-se substancialmente.
Esta visão começou a mudar a partir da década de 1930, com a Grande
Depressão. A teoria clássica não foi suficiente para afastar o desemprego e o
grande desequilíbrio vivido no período após a crise de 1929. Aconteceu, então,
uma grande evolução sobre o papel do governo na economia.
As duas grandes guerras mundiais provocaram alterações definitivas
nas preferenciais da coletividade quanto à necessidade de interferência do
governo, visando à promoção do bem-estar. No pós-guerra a preocupação
com problemas de desenvolvimento econômico constitui-se em outro fator
importante para aumentar as atribuições do governo – especialmente nos
países subdesenvolvidos.
John Maynard Keynes mostrou a importância da atividade
governamental na compensação dos eventuais declínios do consumo das
famílias e investimentos das empresas, que acompanham qualquer período
recessivo. Segundo ele, a economia sem a presença do governo, sendo fruto

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apenas da “m o invis ve ” do mercado, aca aria sucum indo a crises que não
poderiam ser solucionadas sem a intervenção do governo. Caberia, assim, ao
Estado, tomar decisões sobre o controle da moeda, do crédito e do nível de
investimento. Essa é a teoria Keynesiana.
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Abaixo, estudaremos para onde essas teorias evoluíram, com as funções


de governo (ou funções de estado) apresentadas por Musgrave, em 1959. O
governo necessita intervir nas relações existentes na sociedade. Essa atuação
é decorrente de “Falhas de Mercado”, situaç o na qua a simp es interaç o
entre consumidores e produtores não leva à melhor alocação possível dos
recursos econômicos. A base de intervenção do Estado no processo econômico
é associada às funções básicas que este deve exercer, dentro do aspecto
econômico do orçamento.
Apenas para melhor entendimento, duas definições que poderão ser de
utilidade no nosso estudo:
Eficiência econômica = é uma situação teórica em que os agentes
econômicos estão em uma situação tal de bem-estar em que só é
possível melhorar a situação de um indivíduo se piorarmos a situação
de outro indivíduo. Quando isto acontece, dizemos que estamos em
uma situaç o “ótimo de Pareto”. Os mercados competitivos são
eficientes economicamente (primeiro teorema do bem-estar), já os
mercados que não são competitivos (maioria) não são eficientes
economicamente;
Falhas de mercado = são situações que impedem que ocorra uma
situação de “ótimo de Pareto”. Ou seja, são situações que pioram ou
afastam os mercados da eficiência econômica. São externalidades
(efeitos positivos ou negativos das nossas decisões que recaem sobre

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outras pessoas), bens públicos, falhas de informação, mercados


incompletos, falhas na competição, existência de desemprego e de
inflação. Veremos isso melhor adiante.

O conceito de bem-estar econômico está ligado ao conceito de


equilíbrio geral da economia, ou seja, de uma situação em que os preços
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de todos os bens e serviços, em todos os mercados, são tais que estes se


encontram em equilíbrio, ou seja, não há incentivos para que os agentes
econômicos, tanto do lado da oferta como da procura, alterem os seus
comportamentos.
Paralelamente, a questão do bem-estar econômico e social dos
indivíduos não pode ser dissociada da definição do papel adequado do
Estado, designadamente no que respeita à redistribuição dos rendimentos
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de uma economia. Essa redistribuição pode ser implementada através de


vários meios, como os impostos, as transferências, etc.
A economia ou teoria do bem-estar assenta numa visão do equilíbrio
geral associada ao conceito de "mão invisível". Este conceito ou teoria,
apresentado por Adam Smith, preconiza que, num contexto de mercado sem
qualquer tipo de restrição, a prossecução do interesse próprio por parte de
cada indivíduo resulta no benefício de todos os participantes, como se uma
"mão invisível" zelasse por essa situação. Em outras palavras, numa situação
de concorrência, o equilíbrio dos mercados constitui um ótimo de Pareto
(como vimos acima), ou seja, uma situação em que não há incentivo para que
as partes envolvidas alterem as suas posições, pelo que o bem-estar dos
consumidores é máximo.
Um segundo teorema da economia do bem-estar considera a questão da
equidade e dos níveis de rendimento dos consumidores. Segundo este
teorema, todas as situações de equilíbrio, em termos de preferências dos
consumidores são eficientes, independentemente das dotações iniciais de
rendimento. A busca do bem-estar é mais eficaz quando efetuada pelos
próprios consumidores, já que eles conhecem melhor que o Estado as suas
preferências. Assim, e de acordo até com o pensamento de John Stuart Mill, o
Estado poderá definir regras para a redistribuição do rendimento (impostos,
transferências, segurança social, etc.), mas deverá deixar aos mercados a
tarefa de garantir que os recursos distribuídos são aplicados da forma mais
eficiente possível.
Kenneth Arrow, em 1951, demonstrou também que uma economia
competitiva em equilíbrio é eficiente e que qualquer distribuição adequada
poderá ser alcançada se o Estado lançar impostos, mas não interferir nos
níveis de preços.

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4 – Objetivos da política fiscal e funções do governo

A função alocativa diz respeito à alocação de recursos, nos casos em


que há ineficiência dos mecanismos privados (sistema de mercado), como por
exemplo os investimentos em infraestrutura (transporte, energia,
comunicações, etc.) e os bens públicos (benefícios à coletividade, sem
rivalidade no seu consumo e sem exclusão do consumidor pelo não-
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pagamento). Ou seja, essa função atribui ao Estado a responsabilidade pela


alocação dos recursos existentes na economia quando a livre iniciativa de
mercado não for suficiente.
O governo, assim, corrige a alocação de recursos oferecendo (ou
estimulando a oferta) de bens que produzem externalidades positivas (efeitos
positivos) ou desestimulando a produção de bens que produzem
externalidades negativas (efeitos negativos). Lembram quando falamos,
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acima, da eficiência econômica? Então, quando o governo intervém tentando


melhorar a eficiência econômica de um mercado (tentando aproximá-lo do
resultado de uma concorrência perfeita), ele está atuando em sua função
alocativa. 


Em outras palavras, a função alocativa justificaria a intervenção do


governo para impedir ou reduzir a produção de certos bens e serviços e
estimular a produção de outros. É o caso da proibição de produzir e vender
drogas, de impor obstáculos à propaganda de bebidas e cigarros, da elevada
carga tributária imposta a esses produtos. É o caso também, de forma oposta,
dos subsídios para construção de habitações populares, de medicamentos de
larga utilização, de vacinas, além de impor quantidades mínimas a serem
produzidas por monopólios e estimular a competição entre oligopólios.
O comércio exterior é uma das áreas onde a participação do governo no
exercício da função alocativa costuma ser expressiva. Aumentos de alíquotas
de impostos incidentes sobre produtos importados, estabelecimento de
quotas, subsídios e financiamentos a exportadores são exemplos de como o
governo atua nessa área. As justificativas são a proteção e o estímulo à
produção nacional contra a competição estrangeira.
Outras clássicas áreas de ação governamental, cuja alocação de
recursos é alterada, são o financiamento ao setor privado, por exemplo por
meio do BNDES, e investimentos governamentais em pesquisa e
desenvolvimento.
Outra forma de ação do governo com impacto sobre a função alocativa
é por meio do Poder Judiciário. De forma resumida, quando o STF muda a
interpretação de uma lei tributária ou quando assegura o direito dos
servidores públicos à greve, ele está, de alguma forma, causando impactos na
atividade econômica do país. É importante ter isso em mente.

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Trazendo o tema para temas mais atuais, lembram dos gastos


governamentais com a Copa do Mundo e as Olimpíadas? Então, o governo
investiu forte na construção de toda uma infraestrutura para suportar tais
eventos mundiais. São investimentos extremamente elevados, com baixa taxa
de retorno privado e, assim, o governo avaliou que os benefícios sociais
desses eventos superariam os custos sociais. Trata-se de clássico exemplo de
função alocativa.
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É claro que nem sempre o governo acerta, não é? Tabelamentos de


preços que, em principio, teria função alocativa, tendem a causar
desabastecimentos, filas e a favorecer o surgimento de mercados paralelos.
Foi o caso dos planos econômicos dos anos 80. Dessa forma, a ação do
governo pode interferir na alocação de recursos pelo mercado e causar mais
ineficiência.
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A função distributiva promove ajustamentos na distribuição de renda,


utilizando o orçamento público para viabilizar políticas públicas com esse fim,
como por exemplo a combinação de tributação progressiva (tributa mais quem
ganha mais) com transferências para as classes de renda mais baixa por meio
da concessão de subsídios (Bolsa Família por exemplo). Para redistribuir
renda, assim, o governo se utiliza de transferências, impostos, subsídios e
gastos na área social (assistência social, saúde, saneamento, habitação,
educação, etc.).
Decorre do reconhecimento de que o mercado é geralmente eficiente
para produzir, mas não o é para distribuir. Pelas leis do mercado, os mais
aptos, os que assumiram riscos e obtiveram lucros ficam com a maior parte
dos ganhos econômicos. Quanto mais liberal é o sistema, quanto mais as
forças de mercado são estimuladas, mais riqueza é produzida, mas também
mais desigualdade. O Brasil diminuiu bastante a desigualdade, desde o fim dos
anos 90, em razão dos programas de distribuição de renda implementados,
mas continua muito mais desigual do que países mais desenvolvidos.
Alíquotas de imposto de renda crescentes e alíquotas mais altas para
produtos de luxo (tributação progressiva) são práticas generalizadas no
mundo. O debate principal acerca dessa prática é até que ponto não haveria
desestímulo ao trabalho duro, à assunção de riscos e ao talento. Com isso, um
sistema excessivamente progressivo poderia reduzir a capacidade produtiva,
restando menos riqueza para distribuir no final das contas. Ou seja, a
capacidade de tributar progressivamente tem limites, embora não facilmente
mensuráveis.
Em relação aos gastos públicos, o SUS (Sistema Único de Saúde) é um
bom exemplo de gasto público que se dirige aos mais pobres, atendendo, de
certa forma (precária) à função distributiva. No entanto, há também muito
gasto público regressivo. É o caso das universidades federais, onde muitas
pessoas de renda elevada estudam sem pagar, uma vez que premiam os

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alunos que vieram de escolas de ensino médio de melhor qualidade


(normalmente privadas). As quotas nada mais são que um mecanismo que
tenta, nos últimos anos, reduzir essa distorção.
Quanto ao famoso bolsa-família, clássico exemplo de função
distributiva, só em 2011, o governo destinou 13 bilhões de reais ao programa,
beneficiando 11 milhões de famílias consideradas pobres (renda mensal
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inferior a 140 reais por pessoa) com transferência direta de dinheiro.


O Coeficiente de Gini é provavelmente a medida de desigualdade mais
utilizada, permitindo comparar as sociedades nesse quesito. O índice varia
entre 0 e 1 e, quanto mais próximo de 1, mais desigual é essa sociedade. Ele
calcula a diferença de renda ou de consumo entre todos os indivíduos e
totaliza essa diferença.
Outro conceito muito utilizado é o de Linha da Pobreza. Normalmente, o
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parâmetro é a renda que seria necessária para atender as necessidades


básicas de um ser humano (alimentação, moradia, saúde, etc.). As pessoas
abaixo desse patamar são elegíveis para programas de ajuda governamental.
É um conceito controverso porque avaliar o que são necessidades básicas
pode ser um pouco subjetivo.

Já a função estabilizadora se refere à manutenção da estabilidade


econômica, por meio de política fiscal e política monetária para a manutenção
do elevado nível de emprego, estabilidade nos níveis de preço, equilíbrio no
balanço de pagamentos e razoável taxa de crescimento econômico. O
pressuposto básico é que o livre funcionamento do mercado não é capaz de
assegurar elevados níveis de emprego, estabilidade dos preços e elevadas
taxas de desenvolvimento econômico.
Essa função decorre diretamente da contribuição de Keynes, implicando
ações de políticas monetária, fiscal e cambial, a fim de suavizar os ciclos
econômicos e de evitar ou atenuar os efeitos de crises econômicas. É na
função estabilizadora que o governo busca interferir na taxa de crescimento da
economia, na taxa de inflação, na taxa de emprego e no bom funcionamento
do sistema financeiro.
Quando o ciclo econômico for de expansão, havendo pressões
inflacionárias relevantes, o governo deve reduzir o gasto público e aumentar a
taxa de juros, o contrário devendo acontecer quando o ciclo econômico
apresentar riscos de recessão. Os keynesianos batizaram essas ações de fine
turning ou sintonia fina.
Atualmente, podemos citar também a função reguladora. Com a o
processo de desestatização implementado pelo Brasil dos anos 70 aos anos
90, surgiu a necessidade de controle dessas atividades em que antes atuava
diretamente, constituindo, para isso, Agências Reguladoras que passaram a

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regular os serviços públicos concedidos à iniciativa privada. Exemplo: Anatel,


Aneel, Anvisa, etc.

Função Função Função Função


alocativa distributiva estabilizadora reguladora
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Alocação de
recursos e Distribuição de Estabilidade
Desestatização
eficiência renda econômica
econômica

Ineficiência da Política fiscal e Controle de


Políticas públicas
rede privada monetária atividades
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Investimentos em Tributação Elevado nível de Agências


infraestrutura progressiva emprego reguladoras

Subsídios (bolsa Estabilidade dos


Bens públicos
família) preços

Aumento de Equilíbrio no
Gastos na área
externalidade balanço de
social
positiva pagamentos
Redução de Razoável
externalidade crescimento
negativa econômico

Quando citamos a função estabilizadora, falamos da política fiscal. É


claro que essa política será melhor abordada na disciplina de Economia, mas,
em linhas gerais, é importante saber que o governo pode atuar para
influenciar a atividade econômica de forma direta e indireta.
De forma direta, o aumento e a redução dos gastos públicos,
conforme o objetivo, estimula ou desestimula a economia, contribuindo para a
estabilização. De forma indireta, o governo altera a carga tributária,
ampliando ou reduzindo a renda disponível e os preços dos produtos.
Ao ampliar os dispêndios em estradas, em infraestrutura urbana, na
contratação de profissionais de saúde e educação, por exemplo, o governo
estimula diretamente a economia. Como efeito indireto, há aumento do
consumo das famílias e o estímulo à produção.
A fim de tornar claras as afirmações acima, vocês verão, em Economia,
a equação que mostra o Produto Interno Bruto (PIB) da economia. E aí é fácil
perceber como a política fiscal pode influenciar a atividade econômica do país:

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PIB = Consumo + Investimento + Gastos do Governo + Exportações –


Importações
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3 – (CESPE - AnaTA MIN/2013) Com a evolução do


orçamento como instrumento de planejamento, ampliaram-se as atribuições
econômicas governamentais voltadas para a promoção de ajustamentos na
alocação de recursos, na distribuição de renda e na manutenção da
estabilidade econômica.
Comentários: A questão está citando as funções clássicas do estado:
alocativa, distributiva e estabilizadora.
Resposta: Correto.

4 – (CESPE - AA ANAC/Área 2/2012) A função alocativa


do orçamento público liga-se à provisão de bens e serviços pelo Estado.
Comentários: Falou em investimentos, provisão de bens e serviços pelo
Estado, falou em função alocativa.
Resposta: Correto.

5 – Falhas de mercado

O estudo das falhas de mercado é importante para entender o


funcionamento da economia e da própria sociedade. Explica por que, sem ação
estatal, é difícil manter a economia estabilizada, por exemplo. Ilustram
situações que desmentem o resultado geral de que o mercado sempre alcança
resultados eficientes, conforme já falamos quando citamos o Ótimo de Pareto.

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As falhas de mercado são representadas por toda alocação ineficiente


de recursos econômicos, derivada das transações ocorridas entre os
componentes da sociedade. As Falhas são identificadas tanto pela produção
em excesso quanto pela falta de produção de bens e serviços ofertados à
sociedade. Ou seja, são situações que impedem o Ótimo de Pareto.
Os casos mais comuns desse tipo de disfunção são as externalidades, os
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bens públicos, o uso de recursos comuns, a concentração de mercados


(monopólios e oligopólios) e as informações assimétricas, justificando, assim,
a intervenção governamental.

5.1 – Externalidades
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Externalidades ocorrem quando uma atividade gera benefícios ou custos


para outras atividades ou outras pessoas não envolvidas naquela atividade.
Em resumo, são ações humanas que geram efeitos para outras pessoas. Se
esses efeitos forem positivos (benefícios), falamos em externalidades
positivas. Se forem negativos (custos), falamos em externalidades
negativas. Esses efeitos são naturais e esperados, no entanto, temos um
problema quando geram fortes repercussões, transtornos que não são
considerados razoáveis.

Externalidades negativas:
A atividade gera um custo para um terceiro não contabilizado por
aquela primeira atividade. Fica mais fácil entender por meio do seu exemplo
clássico: a poluição ambiental. Uma fábrica que joga resíduos em um rio não
contabiliza (ou o faz de forma subavaliada) em seus custos os prejuízos que
essa ação causa a terceiros. O caso mais recente e notório é o da mineradora
Samarco, lembram? As pessoas que se beneficiavam do rio limpo serão
prejudicadas pela atividade da fábrica. Trata-se de um custo social que se
soma ao custo privado.
Sem a ação governamental (fiscalização, por exemplo), a empresa
subestima seu custo total (porque não leva em conta o custo social), jogando
o seu preço para baixo e aumentando a demanda pelos seus produtos. Com o
aumento da demanda, temos um aumento de suas atividades, causando ainda
mais poluição ao rio.

Custo total = custo privado + custo social

Sem governo:

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Com a ação governamental, uma das hipóteses possíveis é a tributação


da atividade fabril de forma correspondente ao custo social gerado. Assim, seu
custo total aumenta, fazendo com que seu preço aumente, reduzindo a
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demanda e, assim, reduzindo suas atividades. O resultado disso seria a


redução das externalidades negativas.
Outra forma de ação governamental seria a aplicação de quotas (limites
para a externalidade negativa). No caso da poluição, a legislação pode permitir
que se polua até determinado patamar, logicamente mais baixo do que o
patamar sem interferência estatal. Pode-se também proceder à cobrança de
multas.

Com governo:

Existem outros exemplos de externalidades negativas: dirigir após


beber, donos de cães que não recolhem suas fezes da rua, vizinhos que
ouvem som muito alto, bares que deixam o som alto em ruas residenciais, etc.
Percebe-se que a falha não é somente do mercado, uma vez que alguns
desses exemplos envolvem escolhas pessoais e não relações de mercado. O
fato é que a sociedade falha ao não conseguir, sem a interferência estatal (por
meio de uma lei, por exemplo), uma solução para o problema.

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As externalidades levam a que se alcance uma solução que não é


eficiente do ponto de vista de Pareto, uma vez que essa solução não deixa
todos os envolvidos em uma situação melhor.
Citamos aqui também o chamado Teorema de Coase. Esse teorema
prediz que o mercado (ou a sociedade) é capaz de chegar a uma solução
eficiente mesmo quando há externalidades, sem que haja interferência estatal.
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No exemplo da fábrica que polui o rio, pescadores e a própria fábrica fariam


um acordo, de forma que os pescadores fossem compensados
monetariamente pela diminuição de peixes.
Porém, para que isso ocorra, é necessário que os direitos de
propriedade estejam bem definidos e que os custos da transação (do acordo)
sejam baixos. Na prática, esse teorema tem raras aplicações, justamente pela
dificuldade em se celebrar tais acordos.
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Externalidades positivas:
Quando uma atividade gera benefícios a terceiros que nela não estão
diretamente envolvidos, de forma que o benefício total seja maior que o
benefício privado, há também espaço para a atuação estatal. Um bom
exemplo é o da pesquisa científica. Um pesquisador passa anos para encontrar
um composto químico ou uma técnica estatística, sendo o primeiro beneficiário
dessa descoberta. No entanto, muitos outros pesquisadores poderão utilizar
esse composto ou essa técnica a partir dali.
Outro exemplo é de um jardim florido em uma propriedade particular.
Esse jardim beneficia seu proprietário, mas também beneficia os transeuntes.
E onde entra a ação estatal aqui? Sem a interferência estatal, o proprietário
poderia erguer um muro para fechar esse jardim, fazendo com que a atividade
tenda a ser menor que a socialmente ótima.
Um exemplo bem atual e muito importante seria o caso da realização de
uma limpeza geral da casa por parte de um indivíduo que visasse à eliminação
de possíveis focos de reprodução dos mosquitos transmissores da dengue.
Nesta situação, o benefício privado (limpeza dos focos numa única casa) será
superior ao custo privado (custo com a limpeza), da mesma forma que o
consequente benefício social (decorrente dos reflexos da limpeza sobre toda a
vizinhança) será maior do que o custo social de adoção da medida.
O governo, aqui, busca criar incentivos adicionais para as atividades que
gerem externalidades positivas. Exemplos: descontos no IPTU para manter os
jardins, prêmios para os pesquisadores mais produtivos ou redução de sua
carga horária de trabalho, etc.
O Teorema de Coase, explicado anteriormente, também poderia ser
aplicado aqui, mas, da mesma forma, é de difícil aplicação prática.

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5.2 – Bens públicos

Os bens públicos representam uma falha de mercado que tende a


resultar em oferta abaixo da socialmente desejada, em razão do chamado
“pro ema do carona”. e as caracter sticas desses bens, as pessoas querem
consumi- os, mas n o querem pagar por e es. a vem o termo “carona” ou
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“free riders”.
E quais são as suas características? São a não rivalidade e a não
exclusão. Se alguém consome um bem público, outra pessoa não será
impedida de consumir aquele mesmo bem ao mesmo tempo (não rivalidade)
e, mesmo que desejasse, não seria possível, ou seria possível a um custo
muito elevado excluir qualquer pessoa do consumo (não exclusão).
Um exemplo clássico de bem público é a defesa nacional. Todos os
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habitantes são beneficiados por ela. Ao nascer um bebê, não se diminui o


consumo dos que já consumiam antes (não rivalidade) e, ao mesmo tempo,
esse bebê não será excluído do consumo desse bem (não exclusão).
Cabe destacar que a característica de não rivalidade não significa que o
consumo deve ser igual por parte de todos os indivíduos. Neste sentido,
partindo-se do princípio de que a defesa nacional de um país é considerada
um bem público, alguns habitantes em região de fronteira, especialmente de
áreas conflituosas, poderão se beneficiar mais do que os habitantes de uma
zona sem conflito.

São considerados exemplos de bens públicos tangíveis as praças e as


ruas de uma cidade. Como bens públicos intangíveis, temos a segurança
pública, a justiça e a defesa nacional de um país.
Se a produção do bem público ficar a cargo do mercado, ela será abaixo
do socialmente desejável porque haverá poucas pessoas dispostas a pagar por
ele, não havendo, assim, oferta suficiente. Por isso, trata-se de uma falha de
mercado. O sistema de mercado só funciona adequadamente quando o
princípio da exclusão possa ser aplicado. Em outras palavras, o comércio não

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pode ocorrer sem que haja o direito de propriedade que depende da aplicação
do princípio da exclusão. É por essa razão que a responsabilidade pela
provisão dos bens públicos recai sobre o governo, que financia a produção
desses bens por meio da cobrança compulsória de tributos.
No entanto, é muito difícil encontrar bens públicos que tenham essas
duas características por completo, caracterizando bens públicos puros. Em
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sua maioria, encontramos bens públicos impuros. Vamos aos exemplos.


Uma rodovia pode ser usada por muitos motoristas ao mesmo tempo,
sem reduzir sua fruição por outros, o que caracteriza uma não rivalidade, até
o ponto de congestionamento. A não exclusão também não está presente
porque é possível a cobrança de pedágio dos usuários. É um bem público
impuro.
Outro exemplo é a oferta de educação. Dez ou onze alunos em uma sala
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de aula não sofre interferência pela chegada de mais um, caracterizando a não
rivalidade. No entanto, a possibilidade de exclusão é óbvia. Outro bem público
impuro.
Outra categoria de bem público é a de bens meritórios ou semi-
públicos. Bens meritórios são aqueles que, apesar de não possuírem todas as
características de bem público, devem ser estimulados pelo governo, uma vez
que geram externalidades positivas relevantes. São os bens que, embora
possam ser explorados economicamente pelo setor privado, devem ou podem
ser produzidos pelo governo para evitar que a população de baixa renda seja
excluída de seu consumo, por não poder pagar o preço correspondente.
Exemplos clássicos são a educação e a saúde. Indivíduos educados e
com saúde são mais produtivos por exemplo. Por isso o governo tende a
estimulá-los, mesmo na iniciativa privada. Os bens semi-públicos são também
chamados de meritórios pelo fato de serem disponibilizados às pessoas que
adquirem mérito para tal. Um bom exemplo é a Universidade Pública.
Somente aqueles que possuem o mérito de passar no vestibular é que terão o
mérito de cursar gratuitamente o ensino superior.

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E o que o governo faz nesses casos? Por meio da sua função


alocativa, já estudada, ele procura aumentar a oferta desses bens públicos.
Uma das formas é o incentivo à produção pelo setor privado, com o
estabelecimento de subsídios, por exemplo.
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5 – (CESPE - AIE (MPOG)/Área I/2012) Um bem público


puro não possui rivalidade no seu consumo, e seu custo marginal é zero.
Comentários: Um bem público puro é justamente aquele que preserva as
duas características principais de um bem público: não rivalidade e não
exclusão. Assim, seu custo marginal é zero. Não há aumento de custo pela
introdução de mais um beneficiário.
Resposta: Correta.
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5.3 – Competição imperfeita

Um dos pressupostos da maior parte dos modelos econômicos é que os


mercados operam com perfeita competição: há inúmeros ofertantes sem
poder de influência sobre os preços. Com isso, o mercado alcançaria a
eficiência, com a maximização do bem-estar dos consumidores. No mundo
real, contudo, a concorrência perfeita raramente é observada. Há sim uma
concentração de mercado, com fusões e aquisições, em que cada empresa
busca aumentar sua lucratividade e suas chances de sobrevivência.
Quanto mais concentrado, maior o poder de mercado das empresas.
Monopólios podem ajustar a quantidade ofertada, de modo a cobrar o preço
que maximize seus lucros, podendo prejudicar, e muito, o consumidor final.
Quando há apenas dois ou três produtores, as empresas podem dividir o
mercado, formando cartéis ou conluios, evidenciando falhas de mercado. O
mercado, deixado livre, não consegue encontrar uma solução que não
prejudique os consumidores.
O papel do governo, então, é evitar que os consumidores sejam
prejudicados com preços muito elevados. Sua atuação mais evidente é a
proibição da formação de conluios e cartéis, que se caracterizam por acordos
ou alianças a fim de determinar preços e quantidades a serem produzidas,
caracterizando infração administrativa e crime contra a ordem econômica.
Além disso, podemos citar o CADE – Conselho Administrativo de Defesa
Econômica, autarquia federal que fiscaliza os movimentos de mercado que
restrinjam a concorrência e julga processos de aquisições e fusões. Outra
forma de atuação governamental é pelo estímulo econômico à maior

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competição, podendo incentivar importações, favorecer a instalação de novos


fabricantes e reduzir tributos, por exemplo.
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É importante ressaltar que não se trata de inibir a geração de lucros por


estas atividades produtivas, até porque se assim fosse, não haveria estímulos
por estas empresas em oferecer bens e serviços cada vez melhores. A
regulação interposta pelo governo, com vistas à correção desta falha de
mercado, deve objetivar a geração de lucros considerada normal para a
atividade produtiva.

6 – (CESPE - Aud (TCE-RN)/2015) A competição entre


estados brasileiros para atrair investimentos por meio da oferta de vantagens
para que determinada empresa instale fábricas em seu território é uma
intervenção na economia, caracterizada como uma falha de mercado
denominada risco moral, que influencia a alocação eficiente dos recursos.
Comentários: Risco moral tem a ver com assimetria de informações e não
com a situação relatada. Veremos logo adiante. Tal situação se assemelha
mais a concorrência imperfeita, com o governo tentando incentivar a
instalação de fábricas em determinada região para corrigir essa falha.
Resposta: Errada.

5.4 – Informação assimétrica

Outro problema frequente que também atrapalha o alcance da eficiência


econômica é a informação limitada ou assimétrica entre os agentes
econômicos. O comportamento dos agentes passa a ser caraterizado pela
desconfiança de que informações não disponíveis acabem prejudicando os
resultados de alguma atividade. Como consequência, os agentes passam a
trabalhar com a hipótese de cenários negativos para a tomada de decisões.

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Quando esse comportamento se generaliza, tal cenário negativo de fato se


concretiza.
Exemplo disso é o mercado de seguros de saúde e seguros em geral. Os
clientes com saúde comprometida não informam às seguradoras o seu real
estado de saúde porque isso implicaria a cobrança de preços mais elevados ou
até mesmo a recusa como cliente. As seguradoras, por não terem essas
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informações, cobram preços mais elevados, tornando o serviço pouco atrativo


para pessoas de boa saúde. Essas pessoas, ao contratarem o seguro, acabam
pagando (subsidiando) aqueles com saúde comprometida. O resultado disso é
a chamada seleção adversa: somente pessoas doentes contratam planos de
saúde. Sem interferência estatal, o negócio pode se tornar inviável.
Aplica-se o mesmo pensamento para os seguros de veículos, por
exemplo. Pessoas cuidadosas com seus veículos subsidiam as que não são,
fazendo com que somente pessoas descuidadas contratem seguros de
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veículos.
Outra atividade econômica onde a existência de informações
assimétricas é perversa é o mercado financeiro. O mascaramento dos balanços
de empresas que possuem ações negociadas em bolsas tende a provocar a
incorreta precificação destas, lesando assim os investidores em valores
mobiliários.
Citamos também o conhecido risco moral: mesmo os cuidadosos
proprietários de veículos se tornam menos cuidadosos ao contratarem um
seguro. Se antes não paravam o veículo em estacionamento público, passa a
parar. No caso dos planos de saúde, ao aderir a um plano, muitas pessoas
passam a se descuidar mais da saúde. O resultado é um aumento dos riscos, o
que eleva os preços dos serviços ofertados pelas seguradoras.
E como o governo deve atuar para reduzir essa falha de mercado? A
forma mais comum é a regulamentação, estabelecendo preços máximos a
serem cobrados, cobertura mínima e permissão para que as seguradoras de
saúde exijam exames médicos como requisitos para a admissão do cliente. Em
resumo, o governo atua de forma a induzir maior transparência no mercado.

7 – (CESPE - Aud (TCE-RN)/2015) O fato de um grande


número de pessoas não contratar seguro para seus automóveis justifica o
valor elevado da franquia cobrado dos indivíduos que contratam esse tipo de
serviço.
Comentários: Não é bem isso, não é pessoal? O valor elevado cobrado é
devido às informações assimétricas e ao risco moral, quando pessoas de baixo
risco passam a se comportar como pessoas de alto risco. Isso eleva o risco
total e os preços a serem cobrados dos clientes.
Resposta: Errada.

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Vamos parar por aqui. Seguem exercícios para sedimentarmos o que


aprendemos.

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6 - Questões Comentadas

8 – (FGV - Cons Leg ALEMA/Orçamento Público/2013) No planejamento


governamental, o orçamento recebe grande destaque em seu aspecto
econômico, revelando‐se um instrumento de ação estatal na economia de
forma a executar suas diversas funções. Com relação à finalidade da função
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distributiva, assinale a afirmativa correta.


a) Manter a estabilidade econômica tendo como finalidade principal o combate
à inflação e o consequente aumento de renda da população economicamente
ativa
b) Buscar o equilíbrio entre as execuções da receita e despesa públicas a fim
de distribuir as políticas públicas conforme a capacidade de arrecadação
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c) Promover ajustamentos na alocação de recursos orçamentários buscando a


manutenção dos gastos com custeio e os investimentos necessários para a
melhoria da qualidade das ofertas de bens e serviços
d) Promover o ajustamento na distribuição de rendas na busca da melhoria
progressiva da qualidade de vida das camadas mais pobres da população.
e) Ampliar a atuação do Estado nos três níveis de poder de forma a atender
satisfatoriamente todas as demandas da população apresentadas pelas
lideranças partidárias.
Resolução:
Letra A – Função estabilizadora
Letra B – Princípio do equilíbrio
Letra C – Função alocativa
Letra D – Função distributiva
Letra E – Função alocativa
Gabarito: Letra D.

9 – (FGV - AP TCE-BA/2014) Os investimentos em infraestrutura exigem


elevados recursos financeiros e longo período de retorno, o que desestimula o
envolvimento da iniciativa privada, sendo compreensível que se transformem
em áreas de competência estatal. Assinale a alternativa que apresenta a
função econômica do Estado tratada no fragmento acima.
a) Função estabilizadora.
b) Função alocativa.
c) Função desenvolvimentista.
d) Função meritória.

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e) Função distributiva.
Resolução: A função alocativa se relaciona à produção e à alocação de bens e
serviços pelo Estado, que não são providos adequadamente pela iniciativa
privada. Como exemplo, temos os investimentos em infraestrutura.
Gabarito: Letra B.
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10 – (CESPE - TJ TRT8/Administrativa/2013) A função do orçamento que


se relaciona ao exercício de atividade empresarial por parte do Estado
denomina-se função
a) alocativa.
b) fiscal.
c) de seguridade.
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d) distributiva.
e) estabilizadora.
Resolução: A função alocativa se refere à alocação de recursos por parte do
governo a fim de oferecer bens e serviços públicos e, assim, assemelha-se à
atividade empresarial.
Gabarito: Letra A.

11 – (ESAF - APO (MPOG)/Planejamento e Orçamento/2015)


Identifique a opção incorreta sob o ponto de vista das funções clássicas do
Estado: alocativa, distributiva e estabilizadora.
a) A função alocativa tem a característica de não excluir ninguém e nem de
concorrer com os bens privados.
b) A função distributiva visa determinar o tipo e a quantidade de bens públicos
a serem ofertados.
c) A função estabilizadora tem como objetivo o uso da política econômica
visando a um alto nível de emprego, à estabilidade dos preços e à obtenção de
uma taxa apropriada de crescimento econômico.
d) O processo político surge como substituto do mecanismo do sistema de
mercado no caso das funções clássicas do Estado.
e) Existe também a provisão por parte do setor público dos chamados bens
“semip icos” ou “merit rios”, que constituem um caso intermediário entre os
bens privados e os bens públicos.
Resolução:
Letra A – Por meio da função alocativa, o Estado fornece bens públicos à
população e os fornece devido à não exclusão. E isso acontece justamente

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porque há uma lacuna nesse sentido, no setor privado, sendo complementado


pelo Estado.
Letra B – Isso está mais para função alocativa. A função distributiva tem mais
a ver com distribuição de renda.
Letra C – É a definição exata da função estabilizadora.
Letra D – Sim, por meio do voto, as pessoas elegem candidatos que
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prometam melhor distribuição de renda (função distributiva) ou melhor


alocação de recursos (função alocativa).
Letra E – Vamos estudar isso ainda, mas tenham em mente que está correto.
Gabarito: Letra B.

12 – (CETRO - AFTM SP/Gestão Tributária/2014) Tomando por base as


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funções clássicas do governo, assinale a alternativa incorreta.


a) O governo tem por função a promoção de ajustamentos na distribuição da
renda, criando condições para a maior eficiência na utilização dos recursos
disponíveis na economia.
b) A manutenção da estabilidade refere-se ao controle do nível agregado da
demanda, no intuito de diminuir o impacto social e econômico de crises de
inflação e depressão.
c) A adoção da progressividade tributária é condizente com a função
distributiva.
d) A oferta de bens semipúblicos integra a função alocativa.
e) A existência do governo se justifica, pois o sistema de mercado não é capaz
de, sozinho, desempenhar todas as suas funções econômicas.
Resolução:
Letra A – Houve uma mistura de conceitos aqui. Ajustamento na distribuição
de renda tem a ver com função distributiva, enquanto que eficiência na
alocação de recursos tem a ver com função alocativa. Por isso, essa
alternativa está errada.
Letra B – Função estabilizadora.
Letra C – Bom exemplo de função distributiva.
Letra D – Bem públicos e semi-públicos se referem à função alocativa.
Letra E – Sim, é a principal justificativa para a existência dos governos.
Gabarito: Letra A.

13 – (FGV - TSE (DPE RJ)/Economia/2014) Suponha que existam 3 tipos


de governo: A, B e C. O governo A prioriza a qualidade na oferta de bens
públicos para a população. Por sua vez, o governo B prioriza reformas

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tributárias que visem à redução do índice de Gini dos rendimentos da


população. Por fim, o governo C lança mão de uma política econômica que
estimule a geração de empregos, mas, ao mesmo tempo, mantenha os preços
estáveis. Logo, os governos A, B e C exercem, respectivamente, funções
a) alocativa, distributiva e estabilizadora.
b) distributiva, alocativa e estabilizadora.
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c) alocativa, estabilizadora e distributiva.


d) distributiva, estabilizadora e alocativa.
e) estabilizadora, alocativa e distributiva.
Resolução:
Governo A – bens públicos – função alocativa.
Governo B – redução do índice de Gini – distribuição de renda – função
distributiva.
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Governo C – geração de empregos, estabilidade dos preços – função


estabilizadora.
Gabarito: Letra A.

14 – (FGV - TNS (AL BA)/Economia/2014) O governo FHC ficou marcado


pelo fim das altas taxas de inflação. Por sua vez, o governo Lula ficou marcado
pela redução da pobreza e desigualdade. Nesse sentido, os governos FHC e
Lula atenderam, respectivamente, às seguintes funções básicas do governo:
a) alocativa e distributiva.
b) alocativa e estabilizadora.
c) distributiva e alocativa.
d) estabilizadora e distributiva.
e) estabilizadora e alocativa.
Resolução:
Governo FHC – estabilidade de preços – função estabilizadora.
Governo Lula – redução da desigualdade – função distributiva.
Gabarito: Letra D.

15 – (FUNIVERSA - ACI (SEPLAG FD)/Finanças e Controle/2014) Em


muitos países, a intervenção direta do setor público na produção de bens e
serviços justificou-se pela insuficiência do setor privado em mobilizar os
recursos para o desenvolvimento de projetos de grande porte. Considerando
essa informação, assinale a alternativa que denomina corretamente a função
do Estado que justifica essa intervenção.
a) alocativa
b) orçamentária

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c) distributiva
d) política
e) estabilizadora
Resolução: Questão simples e direta. Produção de bens e serviços,
insuficiência do setor privado....função alocativa!
Gabarito: Letra A.
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16 – (VUNESP - AJ (TJ PA)/Economia/2014) A função do governo


associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente
pelo sistema de mercado é denominada
a) produtiva.
b) alocativa.
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c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) arrecadadora.
Resolução: Questão simples e direta. Produção de bens e serviços,
insuficiência do setor privado....função alocativa!
Gabarito: Letra B.

17 – (FGV - Anal (DPE MT)/Economista/2015) Segundo muitos analistas,


a economia brasileira apresentou um crescimento próximo de 0% em 2014.
Aliado a uma taxa de inflação próxima de 6,5%, podemos dizer que a
economia se encontra em um cenário de estagflação, mas ainda mantendo
uma baixa taxa de desemprego.
Nesse sentido, o governo não tem cumprido totalmente a sua função
a) alocativa, por meio da política fiscal.
b) distributiva, por meio da política monetária.
c) estabilizadora, por meio de uma combinação das políticas monetária e
fiscal.
d) estabilizadora, por meio do melhor provimento de serviços públicos.
e) alocativa, por meio da elevação das contribuições relativas a seguridade
social.
Resolução: Não se assustem, tá bom? A questão meramente fala sobre
controle da inflação, do crescimento econômico e do desemprego. A função
associada a esses itens é a função estabilizadora, cujos principais
instrumentos são as políticas monetária e fiscal.
Gabarito: Letra C.

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18 – (FCC - ACE (TCE-CE)/Controle Externo/Atividade Jurídica/2015)


Sobre as funções dos governos, considere:
I. A função distributiva busca tornar compatíveis entre si a distribuição das
remunerações dos fatores resultantes da atividade econômica via mercado e
aquela que atende aos princípios de justiça social.

II. A função competitiva do governo decorre diretamente da presença de bens


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comuns, os quais são oferecidos simultaneamente pelo Estado e pelo setor


privado, como é o caso da educação básica e do sistema de saúde.
III. A função alocativa decorre da existência de bens públicos.
IV. A função estabilizadora implica o uso das políticas fiscal e monetária para
garantir o bom uso dos recursos apenas em momentos de recessão, quando o
desemprego aumenta e a taxa de câmbio se valoriza.
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Está correto o que se afirma APENAS em


a) II e IV.
b) I e III.
c) I e II.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.
Resolução:
Item I – A função distributiva está sim relacionada aos princípios da justiça
social. Correto.
Item II – Não existe essa função competitiva. Errado.
Item III – Sim, bens públicos estão relacionados à função alocativa. Correto.
Item IV – Trata-se de um controle contínuo e não só em momentos de
recessão. Errado. Gabarito: Letra B

19 – (FCC - Aud (TCM-RJ)/2015) A função desenvolvida pelo Estado com o


objetivo de assegurar o ajustamento necessário na apropriação de recursos na
economia, visando a correção das imperfeições inerentes à própria lógica de
mercado, denomina-se função
a) normativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) administrativa.
e) alocativa.
Resolução: Correção de imperfeições do mercado, atuação do governo onde
o mercado (iniciativa privada) é insuficiente, tudo isso é função alocativa.
Gabarito: Letra E.

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20 – (FGV - ADP (DPE RO)/Analista em Economia/2015) Em relação às


funções do Estado, considere V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para
a(s) falsa(s):
( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está
exercendo a sua função alocativa.
( ) A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução
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daqueles cobrados sobre os extratos menores de renda estão relacionados à


função distributiva.
( ) Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego
estão relacionadas à função estabilizadora.
A sequência correta é:
a) V – V – V;
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b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.
Resolução:
Item I – gastos com segurança pública – serviço para a coletividade – função
alocativa.
Item II – Tributação progressiva (tributa mais quem ganha mais) – função
distributiva.
Item III – Elevação do emprego – função estabilizadora.
Gabarito: Letra A.

21 – (FGV - Ag Fisc (TCM SP)/Economia/2015) Relacione as funções do


governo com suas respectivas características ou descrições.
1. Função Alocativa
2. Função Distributiva
3. Função Estabilizadora
( ) O mecanismo eleitoral é imprescindível para que uma sociedade revele
suas preferências de distribuição dos recursos públicos disponíveis na provisão
de bens e serviços por parte do Estado.
( ) Uma taxa de inflação elevada tende a impactar mais fortemente os mais
pobres, visto que estes têm maior perda de poder de compra de seus
rendimentos. Essa é uma das razões pelas quais o governo deve usar a
política monetária e fiscal para combater a inflação.
( ) A tributação de grandes fortunas pode ser um mecanismo importante para
financiar programas de construção de moradias populares.

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A relação correta, de cima para baixo, é:


a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 2, 3 e 1;
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e) 3, 1 e 2.
Resolução:
Item I – provisão de bens e serviços pelo Estado – função alocativa (1).
Item II – inflação, políticas monetárias e fiscal – função estabilizadora (3).
Item III – tributação progressiva – função distributiva (2).
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Gabarito: Letra B.

22 – (FCC - ACE (TCE-CE)/Controle Externo/Atividade Jurídica/2015)


No que se refere à presença de falhas de mercado, é correto afirmar:
a) A presença de informação assimétrica entre agentes do mercado justifica a
presença de regulação estatal, exigindo-se maior transparência nas transações
entre agentes privados.
b) O teorema de Coase expressa que a ocorrência de poluição do meio-
ambiente e de altas taxas de criminalidade torna necessária a atuação
governamental, exclusivamente por meio da imposição de tributos que
penalizam os infratores.
c) A cobrança de tributos e a implementação da regulação governamental de
mercados impedem a economia de atingir o seu ponto máximo de eficiência.
d) A crise hídrica vivida pela região sudeste do Brasil representa apenas o
limite mínimo dentro de um ciclo de oferta de chuvas e, portanto, não se
relaciona com a demanda por água, nem pode ser entendida como uma falha
de mercado.
e) Os bens públicos constituem uma das formas mais evidentes das falhas de
mercado, na medida em que violam as duas condições necessárias para o
provimento de bens e serviços no mercado competitivo, a saber: a
necessidade individual e a inclusão social.
Resolução:
Letra A – Corretíssima e autoexplicativa. A assimetria de informações justifica
a regulação estatal, objetivando maior transparência.
Letra B – O Teorema de Coase fala justamente da não necessidade de atuação
estatal, pela possibilidade de um acordo entre as partes. Errado.

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Letra C – A tributação e a regulação estatal servem justamente para melhorar


a eficiência econômica de mercados ineficientes (falhas de mercado). Errado.
Letra D – Claro que é falha de mercado e claro que está relacionado à
demanda por agua. A crise hídrica faria o preço da água aumentar, porém, por
se tratar de um bem essencial, o governo deve limitar esse aumento. Errado.
Letra E – Os bens públicos são não rivais e não exclusivos, fazendo com que
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não haja estimulo para sua produção privada. Errado.


Gabarito: Letra A.

23 – (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) NÃO se trata de uma falha de mercado
a) a variação dos preços agrícolas ao longo do ano, devido à presença de
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períodos de safra e de entressafra.


b) a poluição de rios das grandes metrópoles.
c) a existência de monopólios naturais.
d) quando um morador atrai o mosquito transmissor da dengue, acumulando
água parada em sua propriedade privada.
e) o baixo desenvolvimento de um mercado de capitais, o que impede o
financiamento de projetos de longo prazo estratégicos para o crescimento
econômico.
Resolução:
Letra A – Variação de preços agrícolas nada mais é que o mercado
funcionando naturalmente. Lei da oferta e da demanda. Não é falha.
Letra B – Poluição de rios é falha. Externalidade negativa.
Letra C – Monopólios são falhas. Concorrência imperfeita.
Letra D – Mosquito da dengue é falha. Externalidade negativa.
Letra E – Pode ser uma assimetria de informações. É falha.
Gabarito: Letra A.

24 – (FGV - Aud Sub (TCE-RJ)/2015) Em relação aos conceitos de


externalidade e bens públicos na economia, é correto afirmar que:
a) bens públicos são bens rivais alocados de forma igualitária;
b) caso a atividade de uma empresa privada esteja gerando uma
externalidade sobre outras empresas, é fundamental a atuação do governo na
negociação de um acordo;

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c) a regulação ótima de uma externalidade consiste em eliminar


completamente seus efeitos prejudiciais;
d) bens públicos só são providos de forma ótima pelo governo, ou por meio de
alguma atuação governamental;
e) bens públicos devem ser providos apenas pelo governo.
Resolução:
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Letra A – são bens não rivais e não exclusivos.


Letra B – acordos podem ocorrer sem a intervenção governamental (Teorema
de Coase).
Letra C – Raramente se elimina completamente os efeitos prejudiciais, apenas
minimiza-os.
Letra D – Por serem não rivais e não exclusivos, o mercado não consegue
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preservar tais características, por isso são providos melhor pelo Estado, direta
ou indiretamente.
Letra E – Não apenas. O governo pode meramente incentivar o mercado a
fornecê-los.
Gabarito: Letra D.

25 – (FGV - Ag Fisc (TCM SP)/Economia/2015) O uso das vias públicas


pode produzir diversos problemas para a sociedade em termos de poluição,
acidentes causados por velocidade excessiva ou veículos em péssimas
condições e perda de tempo devido ao trânsito. Na Teoria Econômica esses
são problemas:
a) de externalidades negativas, e a solução é a intervenção do Estado por
meio da imposição de impostos, pedágios urbanos e regulamentação das
condições do veículo para desestimular tais externalidades;
b) de elevado grau de rivalidade, e a solução é a implementação de pedágios
urbanos como forma de diminuir o uso de automóveis e estimular o uso de
transportes coletivos;
c) de mercados incompletos, visto que o Estado poderia implementar um
mercado de indha para cada um desses “pro emas”, ou seja, quem desejar
menos poluição, basta pagar uma contribuição, que é repassada pelo Estado
para aqueles que optarem por deixar o veículo em suas residências;
d) de falha de informação, e uma solução possível seria o gasto maior em
propagandas públicas advertindo contra o surgimento de tais problemas;
e) de interferência excessiva do governo na economia. Soluções possíveis
passam pela privatização de todas as vias públicas, permitindo que o mercado
se autorregule, o que minimizaria tais problemas, e maior punição no caso de
mortes decorrentes de acidentes de trânsito.

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Resolução: O conceito de externalidade negativa está associado ao fato de o


consumo de um bem ou serviço por um individuo gerar um custo externo. É o
caso dos exemplos citados na questão. Quando seu carro polui, quando você
está em alta velocidade, você pode prejudicar terceiros. Por isso deve haver
uma atuação estatal, que pode se dar por meio de tributos, multas ou até
mesmo de pedágio.
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Gabarito: Letra A.

26 – (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) NÃO se trata de uma falha de mercado
a) a variação dos preços agrícolas ao longo do ano, devido à presença de
períodos de safra e de entressafra.
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b) a poluição de rios das grandes metrópoles.


c) a existência de monopólios naturais.
d) quando um morador atrai o mosquito transmissor da dengue, acumulando
água parada em sua propriedade privada.
e) o baixo desenvolvimento de um mercado de capitais, o que impede o
financiamento de projetos de longo prazo estratégicos para o crescimento
econômico.
Resolução:
Letra A – Trata-se de um indicador de que o mercado está funcionando bem,
com equilíbrio entre oferta e demanda. Não é falha de mercado.
Letra B – Externalidade = falha.
Letra C – Monopólios = falha.
Letra D – Externalidade = falha.
Letra E – Assimetria de informação = falha.
Gabarito: Letra A.

27 - (FCC - PS (ELETROSUL)/Ciências Econômicas/2016) Considere as


seguintes situações:
I. Existência de monopólios naturais.
II. Existência de externalidades.
III. Existência de bens públicos.
No campo da função alocativa da ação do Governo, são exemplos de falhas de
mercado o que consta em
a) III, apenas.

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b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II e III.
Resolução: Os 3 itens prejudicam a alocação eficiente de recursos,
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caracterizando falhas de mercado que refletem na função alocativa do


governo.
Gabarito: Letra E.

28 - (FCC - ACE (TCE-CE)/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2015) Dentre as funções econômicas do governo, a função
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a) econômica moderadora do Estado atua por meio da expansiva criação de


empresas estatais que substituem o setor privado quando o poder econômico
deste último tende a violar os princípios de justiça social, no sentido de
Pareto.
b) distributiva do Estado, faz uso da política monetária para efetuar
transferências de recursos entre contribuintes com diferentes níveis de
conhecimento técnico e educacional, por serem estes os principais fatores
condicionantes do sucesso econômico via mercado.
c) estabilizadora faz uso das políticas fiscal e monetária para garantir o bom
uso qualitativo dos recursos nacionais, direcionando o setor privado na
produção de externalidades positivas e na mitigação daquelas de natureza
danosa à eficiência econômica.
d) econômica normativa do governo, decorre diretamente da possibilidade de
violação dos princípios da economia pública, como a desigualdade social e
elevação da criminalidade, bem como o descontrole do gasto público em
esferas subnacionais.
e) alocativa prevê ajustamentos na alocação de recursos com vistas à maior
eficiência na utilização dos recursos disponíveis na economia e refere-se à
possibilidade de economias externas ou necessidades coletivas, como
infraestrutura econômica.
Resolução:
Letra A – Não é função econômica.
Letra B – A função distributiva faz uso da política fiscal e não da política
monetária.
Letra C – O objetivo da função estabilizadora é garantir a estabilidade de
preços e o crescimento econômico.
Letra D - Não é função econômica.

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Letra E – É a correta definição de função alocativa.


Gabarito: Letra E.

29 - (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) A atuação do governo na economia tem como objetivo
promover a melhoria do bem-estar coletivo por meio da eliminação das
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distorções causadas pelos mercados. NÃO faz parte das funções do governo
a) arrecadar impostos.
b) determinar os bens que o mercado deve produzir.
c) efetuar gastos para a manutenção da máquina pública, como o
funcionalismo estatal e o cuidado com o patrimônio estatal.
d) fornecer bens e serviços públicos.
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e) efetuar transferências, como pensões e seguro-desemprego.


Resolução: O governo pode induzir a produção de determinados bens, mas
não pode exigir ou determinar produção ao setor privado.
Gabarito: Letra B.

30 – (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) No que se refere ao desenvolvimento econômico, cabe ao
Estado, dentre outras funções,
a) garantir apenas o direito à propriedade e a manutenção dos contratos por
meio de uma administração eficiente do poder judiciário.
b) fornecer crédito em condições favoráveis às empresas de acordo com a
contribuição feita por estas à campanha eleitoral do governo eleito.
c) deixar ao mercado a resolução completa dos problemas econômicos por
meio da definição de bons contratos particulares.
d) ajustar-se aos objetivos econômicos dos grupos economicamente mais
relevantes, buscando sempre reduzir a tributação incidente sobre os
empresários.
e) investir em infraestrutura, promover o investimento privado em setores
estratégicos e garantir o acesso da população à educação e saúde.
Resolução:
Letra A – Apenas? São tantas as funções econômicas do governo...
Letra B – Sem comentários. Errada.
Letra C – Deixar ao mercado a resolução completa de problemas? Pra que
mesmo existe o governo?

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Letra D - Sem comentários. Errada.


Letra E – É isso aí!
Gabarito: Letra E.
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7 - Lista de exercícios

1 - (CESPE - MDIC/2014) A função política do orçamento diz respeito ao


estabelecimento do fluxo de entrada de recursos obtidos por meio da
arrecadação de tributos, bem como da saída de recursos provocada pelos
gastos governamentais.
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2 - (CESPE - Ag Adm (DPU)/2016) O orçamento governamental, como


plano das realizações da administração pública, tem natureza econômica e
financeira não multidisciplinar.

3 – (CESPE - AnaTA MIN/2013) Com a evolução do orçamento como


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instrumento de planejamento, ampliaram-se as atribuições econômicas


governamentais voltadas para a promoção de ajustamentos na alocação de
recursos, na distribuição de renda e na manutenção da estabilidade
econômica.

4 – (CESPE - AA ANAC/Área 2/2012) A função alocativa do orçamento


público liga-se à provisão de bens e serviços pelo Estado.

5 – (CESPE - AIE (MPOG)/Área I/2012) Um bem público puro não possui


rivalidade no seu consumo, e seu custo marginal é zero.

6 – (CESPE - Aud (TCE-RN)/2015) A competição entre estados brasileiros


para atrair investimentos por meio da oferta de vantagens para que
determinada empresa instale fábricas em seu território é uma intervenção na
economia, caracterizada como uma falha de mercado denominada risco moral,
que influencia a alocação eficiente dos recursos.

7 – (CESPE - Aud (TCE-RN)/2015) O fato de um grande número de


pessoas não contratar seguro para seus automóveis justifica o valor elevado
da franquia cobrado dos indivíduos que contratam esse tipo de serviço.

8 – (FGV - Cons Leg ALEMA/Orçamento Público/2013) No planejamento


governamental, o orçamento recebe grande destaque em seu aspecto
econômico, revelando‐se um instrumento de ação estatal na economia de
forma a executar suas diversas funções. Com relação à finalidade da função
distributiva, assinale a afirmativa correta.

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a) Manter a estabilidade econômica tendo como finalidade principal o combate


à inflação e o consequente aumento de renda da população economicamente
ativa
b) Buscar o equilíbrio entre as execuções da receita e despesa públicas a fim
de distribuir as políticas públicas conforme a capacidade de arrecadação
c) Promover ajustamentos na alocação de recursos orçamentários buscando a
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manutenção dos gastos com custeio e os investimentos necessários para a


melhoria da qualidade das ofertas de bens e serviços
d) Promover o ajustamento na distribuição de rendas na busca da melhoria
progressiva da qualidade de vida das camadas mais pobres da população.
e) Ampliar a atuação do Estado nos três níveis de poder de forma a atender
satisfatoriamente todas as demandas da população apresentadas pelas
lideranças partidárias.
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9 – (FGV - AP TCE-BA/2014) Os investimentos em infraestrutura exigem


elevados recursos financeiros e longo período de retorno, o que desestimula o
envolvimento da iniciativa privada, sendo compreensível que se transformem
em áreas de competência estatal. Assinale a alternativa que apresenta a
função econômica do Estado tratada no fragmento acima.
a) Função estabilizadora.
b) Função alocativa.
c) Função desenvolvimentista.
d) Função meritória.
e) Função distributiva.

10 – (CESPE - TJ TRT8/Administrativa/2013) A função do orçamento que


se relaciona ao exercício de atividade empresarial por parte do Estado
denomina-se função
a) alocativa.
b) fiscal.
c) de seguridade.
d) distributiva.
e) estabilizadora.

11 – (ESAF - APO (MPOG)/Planejamento e Orçamento/2015)


Identifique a opção incorreta sob o ponto de vista das funções clássicas do
Estado: alocativa, distributiva e estabilizadora.

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a) A função alocativa tem a característica de não excluir ninguém e nem de


concorrer com os bens privados.
b) A função distributiva visa determinar o tipo e a quantidade de bens públicos
a serem ofertados.
c) A função estabilizadora tem como objetivo o uso da política econômica
visando a um alto nível de emprego, à estabilidade dos preços e à obtenção de
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uma taxa apropriada de crescimento econômico.


d) O processo político surge como substituto do mecanismo do sistema de
mercado no caso das funções clássicas do Estado.
e) Existe também a provisão por parte do setor público dos chamados bens
“semip icos” ou “merit rios”, que constituem um caso intermediário entre os
bens privados e os bens públicos.
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12 – (CETRO - AFTM SP/Gestão Tributária/2014) Tomando por base as


funções clássicas do governo, assinale a alternativa incorreta.
a) O governo tem por função a promoção de ajustamentos na distribuição da
renda, criando condições para a maior eficiência na utilização dos recursos
disponíveis na economia.
b) A manutenção da estabilidade refere-se ao controle do nível agregado da
demanda, no intuito de diminuir o impacto social e econômico de crises de
inflação e depressão.
c) A adoção da progressividade tributária é condizente com a função
distributiva.
d) A oferta de bens semipúblicos integra a função alocativa.
e) A existência do governo se justifica, pois o sistema de mercado não é capaz
de, sozinho, desempenhar todas as suas funções econômicas.

13 – (FGV - TSE (DPE RJ)/Economia/2014) Suponha que existam 3 tipos


de governo: A, B e C. O governo A prioriza a qualidade na oferta de bens
públicos para a população. Por sua vez, o governo B prioriza reformas
tributárias que visem à redução do índice de Gini dos rendimentos da
população. Por fim, o governo C lança mão de uma política econômica que
estimule a geração de empregos, mas, ao mesmo tempo, mantenha os preços
estáveis. Logo, os governos A, B e C exercem, respectivamente, funções
a) alocativa, distributiva e estabilizadora.
b) distributiva, alocativa e estabilizadora.
c) alocativa, estabilizadora e distributiva.
d) distributiva, estabilizadora e alocativa.
e) estabilizadora, alocativa e distributiva.

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14 – (FGV - TNS (AL BA)/Economia/2014) O governo FHC ficou marcado


pelo fim das altas taxas de inflação. Por sua vez, o governo Lula ficou marcado
pela redução da pobreza e desigualdade. Nesse sentido, os governos FHC e
Lula atenderam, respectivamente, às seguintes funções básicas do governo:
a) alocativa e distributiva.
b) alocativa e estabilizadora.
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c) distributiva e alocativa.
d) estabilizadora e distributiva.
e) estabilizadora e alocativa.

15 – (FUNIVERSA - ACI (SEPLAG FD)/Finanças e Controle/2014) Em


muitos países, a intervenção direta do setor público na produção de bens e
serviços justificou-se pela insuficiência do setor privado em mobilizar os
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recursos para o desenvolvimento de projetos de grande porte. Considerando


essa informação, assinale a alternativa que denomina corretamente a função
do Estado que justifica essa intervenção.
a) alocativa
b) orçamentária
c) distributiva
d) política
e) estabilizadora

16 – (VUNESP - AJ (TJ PA)/Economia/2014) A função do governo


associada ao fornecimento de bens e serviços não oferecidos adequadamente
pelo sistema de mercado é denominada
a) produtiva.
b) alocativa.
c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) arrecadadora.

17 – (FGV - Anal (DPE MT)/Economista/2015) Segundo muitos analistas,


a economia brasileira apresentou um crescimento próximo de 0% em 2014.
Aliado a uma taxa de inflação próxima de 6,5%, podemos dizer que a
economia se encontra em um cenário de estagflação, mas ainda mantendo
uma baixa taxa de desemprego.
Nesse sentido, o governo não tem cumprido totalmente a sua função
a) alocativa, por meio da política fiscal.
b) distributiva, por meio da política monetária.

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c) estabilizadora, por meio de uma combinação das políticas monetária e


fiscal.
d) estabilizadora, por meio do melhor provimento de serviços públicos.
e) alocativa, por meio da elevação das contribuições relativas a seguridade
social.
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18 – (FCC - ACE (TCE-CE)/Controle Externo/Atividade Jurídica/2015)


Sobre as funções dos governos, considere:
I. A função distributiva busca tornar compatíveis entre si a distribuição das
remunerações dos fatores resultantes da atividade econômica via mercado e
aquela que atende aos princípios de justiça social.
II. A função competitiva do governo decorre diretamente da presença de bens
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comuns, os quais são oferecidos simultaneamente pelo Estado e pelo setor


privado, como é o caso da educação básica e do sistema de saúde.
III. A função alocativa decorre da existência de bens públicos.
IV. A função estabilizadora implica o uso das políticas fiscal e monetária para
garantir o bom uso dos recursos apenas em momentos de recessão, quando o
desemprego aumenta e a taxa de câmbio se valoriza.
Está correto o que se afirma APENAS em
a) II e IV.
b) I e III.
c) I e II.
d) II, III e IV.
e) I, III e IV.

19 – (FCC - Aud (TCM-RJ)/2015) A função desenvolvida pelo Estado com o


objetivo de assegurar o ajustamento necessário na apropriação de recursos na
economia, visando a correção das imperfeições inerentes à própria lógica de
mercado, denomina-se função
a) normativa.
b) distributiva.
c) estabilizadora.
d) administrativa.
e) alocativa.

20 – (FGV - ADP (DPE RO)/Analista em Economia/2015) Em relação às


funções do Estado, considere V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) ou F para
a(s) falsa(s):

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( ) Um candidato eleito que eleva os gastos com segurança pública, está


exercendo a sua função alocativa.
( ) A implementação de um imposto sobre grandes fortunas e a redução
daqueles cobrados sobre os extratos menores de renda estão relacionados à
função distributiva.
( ) Políticas que reduzam os custos admissionais a fim de elevar o emprego
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estão relacionadas à função estabilizadora.


A sequência correta é:
a) V – V – V;
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
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e) F – F – F.

21 – (FGV - Ag Fisc (TCM SP)/Economia/2015) Relacione as funções do


governo com suas respectivas características ou descrições.
1. Função Alocativa
2. Função Distributiva
3. Função Estabilizadora
( ) O mecanismo eleitoral é imprescindível para que uma sociedade revele
suas preferências de distribuição dos recursos públicos disponíveis na provisão
de bens e serviços por parte do Estado.
( ) Uma taxa de inflação elevada tende a impactar mais fortemente os mais
pobres, visto que estes têm maior perda de poder de compra de seus
rendimentos. Essa é uma das razões pelas quais o governo deve usar a
política monetária e fiscal para combater a inflação.
( ) A tributação de grandes fortunas pode ser um mecanismo importante para
financiar programas de construção de moradias populares.
A relação correta, de cima para baixo, é:
a) 1, 2 e 3;
b) 1, 3 e 2;
c) 2, 1 e 3;
d) 2, 3 e 1;
e) 3, 1 e 2.

22 – (FCC - ACE (TCE-CE)/Controle Externo/Atividade Jurídica/2015)


No que se refere à presença de falhas de mercado, é correto afirmar:

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a) A presença de informação assimétrica entre agentes do mercado justifica a


presença de regulação estatal, exigindo-se maior transparência nas transações
entre agentes privados.
b) O teorema de Coase expressa que a ocorrência de poluição do meio-
ambiente e de altas taxas de criminalidade torna necessária a atuação
governamental, exclusivamente por meio da imposição de tributos que
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penalizam os infratores.
c) A cobrança de tributos e a implementação da regulação governamental de
mercados impedem a economia de atingir o seu ponto máximo de eficiência.
d) A crise hídrica vivida pela região sudeste do Brasil representa apenas o
limite mínimo dentro de um ciclo de oferta de chuvas e, portanto, não se
relaciona com a demanda por água, nem pode ser entendida como uma falha
de mercado.
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e) Os bens públicos constituem uma das formas mais evidentes das falhas de
mercado, na medida em que violam as duas condições necessárias para o
provimento de bens e serviços no mercado competitivo, a saber: a
necessidade individual e a inclusão social.

23 – (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) NÃO se trata de uma falha de mercado
a) a variação dos preços agrícolas ao longo do ano, devido à presença de
períodos de safra e de entressafra.
b) a poluição de rios das grandes metrópoles.
c) a existência de monopólios naturais.
d) quando um morador atrai o mosquito transmissor da dengue, acumulando
água parada em sua propriedade privada.
e) o baixo desenvolvimento de um mercado de capitais, o que impede o
financiamento de projetos de longo prazo estratégicos para o crescimento
econômico.

24 – (FGV - Aud Sub (TCE-RJ)/2015) Em relação aos conceitos de


externalidade e bens públicos na economia, é correto afirmar que:
a) bens públicos são bens rivais alocados de forma igualitária;
b) caso a atividade de uma empresa privada esteja gerando uma
externalidade sobre outras empresas, é fundamental a atuação do governo na
negociação de um acordo;
c) a regulação ótima de uma externalidade consiste em eliminar
completamente seus efeitos prejudiciais;

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d) bens públicos só são providos de forma ótima pelo governo, ou por meio de
alguma atuação governamental;
e) bens públicos devem ser providos apenas pelo governo.

25 – (FGV - Ag Fisc (TCM SP)/Economia/2015) O uso das vias públicas


pode produzir diversos problemas para a sociedade em termos de poluição,
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acidentes causados por velocidade excessiva ou veículos em péssimas


condições e perda de tempo devido ao trânsito. Na Teoria Econômica esses
são problemas:
a) de externalidades negativas, e a solução é a intervenção do Estado por
meio da imposição de impostos, pedágios urbanos e regulamentação das
condições do veículo para desestimular tais externalidades;
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b) de elevado grau de rivalidade, e a solução é a implementação de pedágios


urbanos como forma de diminuir o uso de automóveis e estimular o uso de
transportes coletivos;
c) de mercados incompletos, visto que o Estado poderia implementar um
mercado de indha para cada um desses “pro emas”, ou seja, quem desejar
menos poluição, basta pagar uma contribuição, que é repassada pelo Estado
para aqueles que optarem por deixar o veículo em suas residências;
d) de falha de informação, e uma solução possível seria o gasto maior em
propagandas públicas advertindo contra o surgimento de tais problemas;
e) de interferência excessiva do governo na economia. Soluções possíveis
passam pela privatização de todas as vias públicas, permitindo que o mercado
se autorregule, o que minimizaria tais problemas, e maior punição no caso de
mortes decorrentes de acidentes de trânsito.

26 – (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) NÃO se trata de uma falha de mercado
a) a variação dos preços agrícolas ao longo do ano, devido à presença de
períodos de safra e de entressafra.
b) a poluição de rios das grandes metrópoles.
c) a existência de monopólios naturais.
d) quando um morador atrai o mosquito transmissor da dengue, acumulando
água parada em sua propriedade privada.
e) o baixo desenvolvimento de um mercado de capitais, o que impede o
financiamento de projetos de longo prazo estratégicos para o crescimento
econômico.

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27 - (FCC - PS (ELETROSUL)/Ciências Econômicas/2016) Considere as


seguintes situações:
I. Existência de monopólios naturais.
II. Existência de externalidades.
III. Existência de bens públicos.
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No campo da função alocativa da ação do Governo, são exemplos de falhas de


mercado o que consta em
a) III, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, apenas.
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e) I, II e III.

28 - (FCC - ACE (TCE-CE)/Controle Externo/Auditoria


Governamental/2015) Dentre as funções econômicas do governo, a função
a) econômica moderadora do Estado atua por meio da expansiva criação de
empresas estatais que substituem o setor privado quando o poder econômico
deste último tende a violar os princípios de justiça social, no sentido de
Pareto.
b) distributiva do Estado, faz uso da política monetária para efetuar
transferências de recursos entre contribuintes com diferentes níveis de
conhecimento técnico e educacional, por serem estes os principais fatores
condicionantes do sucesso econômico via mercado.
c) estabilizadora faz uso das políticas fiscal e monetária para garantir o bom
uso qualitativo dos recursos nacionais, direcionando o setor privado na
produção de externalidades positivas e na mitigação daquelas de natureza
danosa à eficiência econômica.
d) econômica normativa do governo, decorre diretamente da possibilidade de
violação dos princípios da economia pública, como a desigualdade social e
elevação da criminalidade, bem como o descontrole do gasto público em
esferas subnacionais.
e) alocativa prevê ajustamentos na alocação de recursos com vistas à maior
eficiência na utilização dos recursos disponíveis na economia e refere-se à
possibilidade de economias externas ou necessidades coletivas, como
infraestrutura econômica.

29 - (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) A atuação do governo na economia tem como objetivo

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promover a melhoria do bem-estar coletivo por meio da eliminação das


distorções causadas pelos mercados. NÃO faz parte das funções do governo
a) arrecadar impostos.
b) determinar os bens que o mercado deve produzir.
c) efetuar gastos para a manutenção da máquina pública, como o
funcionalismo estatal e o cuidado com o patrimônio estatal.
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d) fornecer bens e serviços públicos.


e) efetuar transferências, como pensões e seguro-desemprego.

30 – (FCC - TCE (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo


Geral/2015) No que se refere ao desenvolvimento econômico, cabe ao
Estado, dentre outras funções,
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a) garantir apenas o direito à propriedade e a manutenção dos contratos por


meio de uma administração eficiente do poder judiciário.
b) fornecer crédito em condições favoráveis às empresas de acordo com a
contribuição feita por estas à campanha eleitoral do governo eleito.
c) deixar ao mercado a resolução completa dos problemas econômicos por
meio da definição de bons contratos particulares.
d) ajustar-se aos objetivos econômicos dos grupos economicamente mais
relevantes, buscando sempre reduzir a tributação incidente sobre os
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8 - Gabarito

1 E 11 B 21 B
2 E 12 A 22 A
3 C 13 A 23 A
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4 C 14 D 24 D
5 C 15 A 25 A
6 E 16 B 26 A

7 E 17 C 27 E

8 D 18 B 28 E
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9 B 19 E 29 B

10 A 20 A 30 E

9 - Referencial Bibliográfico

FURTADO, Fabio. Administração Financeira e Orçamentária para


Concursos. 1.ed. Rio de Janeiro: Editora Ferreira, 2009.
GIACOMONI, James. Orçamento Público. 14.ed. São Paulo: Editora Atlas,
2009.
GIAMBIAGI, Fabio. Finanças Públicas: Teoria e Prática no Brasil. 4.ed. Rio
de Janeiro: Editora Elsevier, 2011.
MATIAS-PEREIRA, José. Finanças Públicas: A Política Orçamentária no
Brasil. 4.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2009.
PONTES LIMA, Edilberto Carlos. Curso de Finanças Públicas: Uma
abordagem contemporânea. 1.ed. São Paulo: Editora Atlas, 2015.

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