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APRESENTAÇÃO
Olá, pessoal!
almejada vaga. Antes de mais nada, vou colocar de forma resumida meus
resultados:
4ª Lugar – Analista do Banco Central do Brasil (BACEN)
79º Lugar – Técnico do Banco Central do Brasil
Minha primeira graduação foi em Nutrição, na Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (UERJ) em 2002. Ainda nessa época, eu já fazia concursos,
mas sempre voltados para a minha área de formação. Fui classificada em 1º
lugar no concurso para o Corpo de Saúde Civil da Marinha e também
convocada para o concurso do Ministério da Saúde em 2010. Trabalhei
muito, plantões de 12 horas, várias vezes na semana, finais de semana e
feriados, até que comecei a sentir um desgaste natural da profissão e a pensar
em outras alternativas que me oferecessem melhor qualidade de vida.
A primeira vez que resolvi arriscar no mundo dos concursos fora da
minha área foi em 2008. Fiz alguns concursos no Rio, como TRE e TJ, mas
confesso que ainda não havia me desligado completamente da profissão, de
forma que não me empenhei tanto. Fui aprovada em ambos, porém fora das
vagas. Fiquei um pouco decepcionada e acreditando que aquilo não era para
mim e, por isso, só retornei com força no final de 2009.
Decidi que precisava me dedicar mais e voltei a estudar. Estudava em
casa, no plantão, na praia (afinal, sou carioca né?) e consegui um feito que
praticamente ninguém acreditava de verdade que eu conseguiria (nem eu
mesma, para falar a verdade): fui aprovada e classificada no concurso para
Técnico do Banco Central do Brasil (79º lugar)!
Esse foi o “divisor de águas” para mim. Ganhei mais confiança e,
enquanto aguardava minha convocação para o Bacen, fiz o concurso para
Assistente Técnico-Administrativo do Ministério da Fazenda (ATA-MF) em
2010. Fui aprovada, classificada (75º lugar em um concurso concorridíssimo)
e convocada. Porém, a essa altura, já tinha feito o Curso de Formação do
Bacen (2ª etapa do concurso) e, por isso, optei por não assumir o cargo de
ATA e por aguardar minha convocação para o Banco, o que aconteceu em
2011.
Vim para Brasília e assumi meu tão esperado cargo no Bacen. Uma vez
nele, tive a certeza de que era lá que eu gostaria de passar a minha vida e me
aposentar (meio cedo pensar nisso, não?). Resolvi fazer uma pós-graduação
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pensem que fiquei triste não! Esse resultado me deu um novo ânimo e a
certeza de que seria capaz de passar no concurso dos meus sonhos.
Mal acabou CGU, parti para Analista do Bacen, uma vez que já se
falava, internamente no Banco, que o concurso sairia no próximo ano (2013).
Posso afirmar, sem medo de estar exagerando, que nunca estudei tanto, com
tantas técnicas, métodos e organização como estudei para esse concurso. E
sabem por que? Porque queria muito! Mesmo tendo passado por alguns
percalços pessoais que poderiam ter me tirado desse rumo, eu segui em
frente e consegui! Fui 4º lugar na minha área (área 6) e conquistei o cargo
da minha vida: hoje sou Analista do Banco Central do Brasil! Além disso,
acabei de me graduar em Gestão Financeira. Para quem veio da área de
saúde, quantas mudanças, não?
E por que estou contando tudo isso? Lembram quando disse que
pensava que isso não era para mim? Eu estava errada. Era para mim e é para
você também! Você que trabalha o dia todo (ou não), você que tem uma
formação diferente e que, por isso, acha que nunca vai conseguir, você
mesmo! E é aqui que entramos, caro aluno, eu e o Exponencial Concursos.
Sabemos bem o que você passa, seus anseios e angústias. Nossa intenção é
tornar essa possibilidade real para você também. Por isso desenvolvemos um
material objetivo e de qualidade que vai te auxiliar nesse caminho.
Agora, meu parceiro de curso irá se apresentar!
Cidadão(ã)!
Aula Conteúdo
00 Finanças, externalidades e funções econômicas do governo
04 LRF IV: eceita orrente quida; espesas com essoa . vida ica;
Operac es de r ditos;
Sumário
1 – Conceito e objetivos ..................................................................................................................... 7
2 – Instrumentos de planejamento orçamentário ........................................................................... 11
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1 – Conceito e objetivos
A CF/88, em seu art. 165, prevê 3 leis orçamentárias, além disso, seu §
5º divide a LOA em 3 orçamentos:
3 - Governo e bem-estar
Economia.
No início, a teoria econômica ditava que o próprio mercado seria o
agente responsável por trazer o máximo de bem-estar aos indivíduos e às
empresas. Esta teoria surgiu com o ivro “A Riqueza das Nações”, de Adam
Smith, e as suas ideias principais ficaram conhecidas como teoria clássica
da economia. Segundo esta teoria, o próprio mercado seria capaz de decidir os
preços adequados, alcançar níveis esperados de emprego e trazer o máximo
de bem-estar a todos. Haveria, assim, uma esp cie de “mão invisível”
regulando o mercado, sem intervenção governamental. O papel do governo
era somente fazer aquilo que a iniciativa privada não quisesse fazer.
Ou seja, de uma posição inicial bem modesta, na qual lhe cabia apenas
a prestação de alguns serviços essenciais à coletividade – tais como a justiça e
segurança, em que as características especiais da oferta e demanda não
induziam o setor privado a produzir - o papel do governo na economia
modificou-se substancialmente.
Esta visão começou a mudar a partir da década de 1930, com a Grande
Depressão. A teoria clássica não foi suficiente para afastar o desemprego e o
grande desequilíbrio vivido no período após a crise de 1929. Aconteceu, então,
uma grande evolução sobre o papel do governo na economia.
As duas grandes guerras mundiais provocaram alterações definitivas
nas preferenciais da coletividade quanto à necessidade de interferência do
governo, visando à promoção do bem-estar. No pós-guerra a preocupação
com problemas de desenvolvimento econômico constitui-se em outro fator
importante para aumentar as atribuições do governo – especialmente nos
países subdesenvolvidos.
John Maynard Keynes mostrou a importância da atividade
governamental na compensação dos eventuais declínios do consumo das
famílias e investimentos das empresas, que acompanham qualquer período
recessivo. Segundo ele, a economia sem a presença do governo, sendo fruto
apenas da “m o invis ve ” do mercado, aca aria sucum indo a crises que não
poderiam ser solucionadas sem a intervenção do governo. Caberia, assim, ao
Estado, tomar decisões sobre o controle da moeda, do crédito e do nível de
investimento. Essa é a teoria Keynesiana.
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Alocação de
recursos e Distribuição de Estabilidade
Desestatização
eficiência renda econômica
econômica
Aumento de Equilíbrio no
Gastos na área
externalidade balanço de
social
positiva pagamentos
Redução de Razoável
externalidade crescimento
negativa econômico
5 – Falhas de mercado
5.1 – Externalidades
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Externalidades negativas:
A atividade gera um custo para um terceiro não contabilizado por
aquela primeira atividade. Fica mais fácil entender por meio do seu exemplo
clássico: a poluição ambiental. Uma fábrica que joga resíduos em um rio não
contabiliza (ou o faz de forma subavaliada) em seus custos os prejuízos que
essa ação causa a terceiros. O caso mais recente e notório é o da mineradora
Samarco, lembram? As pessoas que se beneficiavam do rio limpo serão
prejudicadas pela atividade da fábrica. Trata-se de um custo social que se
soma ao custo privado.
Sem a ação governamental (fiscalização, por exemplo), a empresa
subestima seu custo total (porque não leva em conta o custo social), jogando
o seu preço para baixo e aumentando a demanda pelos seus produtos. Com o
aumento da demanda, temos um aumento de suas atividades, causando ainda
mais poluição ao rio.
Sem governo:
Com governo:
Externalidades positivas:
Quando uma atividade gera benefícios a terceiros que nela não estão
diretamente envolvidos, de forma que o benefício total seja maior que o
benefício privado, há também espaço para a atuação estatal. Um bom
exemplo é o da pesquisa científica. Um pesquisador passa anos para encontrar
um composto químico ou uma técnica estatística, sendo o primeiro beneficiário
dessa descoberta. No entanto, muitos outros pesquisadores poderão utilizar
esse composto ou essa técnica a partir dali.
Outro exemplo é de um jardim florido em uma propriedade particular.
Esse jardim beneficia seu proprietário, mas também beneficia os transeuntes.
E onde entra a ação estatal aqui? Sem a interferência estatal, o proprietário
poderia erguer um muro para fechar esse jardim, fazendo com que a atividade
tenda a ser menor que a socialmente ótima.
Um exemplo bem atual e muito importante seria o caso da realização de
uma limpeza geral da casa por parte de um indivíduo que visasse à eliminação
de possíveis focos de reprodução dos mosquitos transmissores da dengue.
Nesta situação, o benefício privado (limpeza dos focos numa única casa) será
superior ao custo privado (custo com a limpeza), da mesma forma que o
consequente benefício social (decorrente dos reflexos da limpeza sobre toda a
vizinhança) será maior do que o custo social de adoção da medida.
O governo, aqui, busca criar incentivos adicionais para as atividades que
gerem externalidades positivas. Exemplos: descontos no IPTU para manter os
jardins, prêmios para os pesquisadores mais produtivos ou redução de sua
carga horária de trabalho, etc.
O Teorema de Coase, explicado anteriormente, também poderia ser
aplicado aqui, mas, da mesma forma, é de difícil aplicação prática.
“free riders”.
E quais são as suas características? São a não rivalidade e a não
exclusão. Se alguém consome um bem público, outra pessoa não será
impedida de consumir aquele mesmo bem ao mesmo tempo (não rivalidade)
e, mesmo que desejasse, não seria possível, ou seria possível a um custo
muito elevado excluir qualquer pessoa do consumo (não exclusão).
Um exemplo clássico de bem público é a defesa nacional. Todos os
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pode ocorrer sem que haja o direito de propriedade que depende da aplicação
do princípio da exclusão. É por essa razão que a responsabilidade pela
provisão dos bens públicos recai sobre o governo, que financia a produção
desses bens por meio da cobrança compulsória de tributos.
No entanto, é muito difícil encontrar bens públicos que tenham essas
duas características por completo, caracterizando bens públicos puros. Em
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de aula não sofre interferência pela chegada de mais um, caracterizando a não
rivalidade. No entanto, a possibilidade de exclusão é óbvia. Outro bem público
impuro.
Outra categoria de bem público é a de bens meritórios ou semi-
públicos. Bens meritórios são aqueles que, apesar de não possuírem todas as
características de bem público, devem ser estimulados pelo governo, uma vez
que geram externalidades positivas relevantes. São os bens que, embora
possam ser explorados economicamente pelo setor privado, devem ou podem
ser produzidos pelo governo para evitar que a população de baixa renda seja
excluída de seu consumo, por não poder pagar o preço correspondente.
Exemplos clássicos são a educação e a saúde. Indivíduos educados e
com saúde são mais produtivos por exemplo. Por isso o governo tende a
estimulá-los, mesmo na iniciativa privada. Os bens semi-públicos são também
chamados de meritórios pelo fato de serem disponibilizados às pessoas que
adquirem mérito para tal. Um bom exemplo é a Universidade Pública.
Somente aqueles que possuem o mérito de passar no vestibular é que terão o
mérito de cursar gratuitamente o ensino superior.
veículos.
Outra atividade econômica onde a existência de informações
assimétricas é perversa é o mercado financeiro. O mascaramento dos balanços
de empresas que possuem ações negociadas em bolsas tende a provocar a
incorreta precificação destas, lesando assim os investidores em valores
mobiliários.
Citamos também o conhecido risco moral: mesmo os cuidadosos
proprietários de veículos se tornam menos cuidadosos ao contratarem um
seguro. Se antes não paravam o veículo em estacionamento público, passa a
parar. No caso dos planos de saúde, ao aderir a um plano, muitas pessoas
passam a se descuidar mais da saúde. O resultado é um aumento dos riscos, o
que eleva os preços dos serviços ofertados pelas seguradoras.
E como o governo deve atuar para reduzir essa falha de mercado? A
forma mais comum é a regulamentação, estabelecendo preços máximos a
serem cobrados, cobertura mínima e permissão para que as seguradoras de
saúde exijam exames médicos como requisitos para a admissão do cliente. Em
resumo, o governo atua de forma a induzir maior transparência no mercado.
6 - Questões Comentadas
e) Função distributiva.
Resolução: A função alocativa se relaciona à produção e à alocação de bens e
serviços pelo Estado, que não são providos adequadamente pela iniciativa
privada. Como exemplo, temos os investimentos em infraestrutura.
Gabarito: Letra B.
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d) distributiva.
e) estabilizadora.
Resolução: A função alocativa se refere à alocação de recursos por parte do
governo a fim de oferecer bens e serviços públicos e, assim, assemelha-se à
atividade empresarial.
Gabarito: Letra A.
c) distributiva
d) política
e) estabilizadora
Resolução: Questão simples e direta. Produção de bens e serviços,
insuficiência do setor privado....função alocativa!
Gabarito: Letra A.
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c) distributiva.
d) estabilizadora.
e) arrecadadora.
Resolução: Questão simples e direta. Produção de bens e serviços,
insuficiência do setor privado....função alocativa!
Gabarito: Letra B.
b) V – V – F;
c) F – V – V;
d) F – F – V;
e) F – F – F.
Resolução:
Item I – gastos com segurança pública – serviço para a coletividade – função
alocativa.
Item II – Tributação progressiva (tributa mais quem ganha mais) – função
distributiva.
Item III – Elevação do emprego – função estabilizadora.
Gabarito: Letra A.
e) 3, 1 e 2.
Resolução:
Item I – provisão de bens e serviços pelo Estado – função alocativa (1).
Item II – inflação, políticas monetárias e fiscal – função estabilizadora (3).
Item III – tributação progressiva – função distributiva (2).
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Gabarito: Letra B.
preservar tais características, por isso são providos melhor pelo Estado, direta
ou indiretamente.
Letra E – Não apenas. O governo pode meramente incentivar o mercado a
fornecê-los.
Gabarito: Letra D.
Gabarito: Letra A.
b) II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) I, apenas.
e) I, II e III.
Resolução: Os 3 itens prejudicam a alocação eficiente de recursos,
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distorções causadas pelos mercados. NÃO faz parte das funções do governo
a) arrecadar impostos.
b) determinar os bens que o mercado deve produzir.
c) efetuar gastos para a manutenção da máquina pública, como o
funcionalismo estatal e o cuidado com o patrimônio estatal.
d) fornecer bens e serviços públicos.
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7 - Lista de exercícios
c) distributiva e alocativa.
d) estabilizadora e distributiva.
e) estabilizadora e alocativa.
e) F – F – F.
penalizam os infratores.
c) A cobrança de tributos e a implementação da regulação governamental de
mercados impedem a economia de atingir o seu ponto máximo de eficiência.
d) A crise hídrica vivida pela região sudeste do Brasil representa apenas o
limite mínimo dentro de um ciclo de oferta de chuvas e, portanto, não se
relaciona com a demanda por água, nem pode ser entendida como uma falha
de mercado.
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e) Os bens públicos constituem uma das formas mais evidentes das falhas de
mercado, na medida em que violam as duas condições necessárias para o
provimento de bens e serviços no mercado competitivo, a saber: a
necessidade individual e a inclusão social.
d) bens públicos só são providos de forma ótima pelo governo, ou por meio de
alguma atuação governamental;
e) bens públicos devem ser providos apenas pelo governo.
e) I, II e III.
8 - Gabarito
1 E 11 B 21 B
2 E 12 A 22 A
3 C 13 A 23 A
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4 C 14 D 24 D
5 C 15 A 25 A
6 E 16 B 26 A
7 E 17 C 27 E
8 D 18 B 28 E
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9 B 19 E 29 B
10 A 20 A 30 E
9 - Referencial Bibliográfico