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Etimologia:
Cristo: o ungido; Lúcifer: o portador da luz, atributo incompatível com o príncipe das trevas.
14. A Septuaginta:
Entre os anos 250 a 150 a.C., existia uma grande comunidade de judeus em Alexandria, no Egito,
onde se falava o grego; os judeus resolveram traduzir o antigo testamento para o grego e, por isso,
foram escolhidos 72 sábios (daí a origem da palavra septuaginta), sendo seis de cada uma das doze
tribos dos judeus. Cada um dos 72 sábios dirigiram-se ao sumo sacerdote de Jerusalém, e cada um
obteve um volume do antigo testamento; de volta a Alexandria, os 72 sábios ficaram na Ilha de
Faros, cada fazendo sua própria tradução, separadamente. Ao final, cada uma das traduções foram
comparadas com as outras e, ao final, notou-se que as traduções eram incrivelmente parecidas.
15. A vulgata:
No século IV d.C., haviam sérias críticas à Septuaginta, visto que ela teria vários erros de tradução;
então, São Jerônimo foi encarregado de ir à Terra Santa e fazer a tradução direta dos textos
hebraicos para a língua mais falada na época, isto é, o latim, que era a língua vulgar de então. Esta
tradução ficou conhecida como Vulgata.
28. Conclusão:>>>>>><<<<<<<<
Concluímos que Lúcifer não pode ser equiparado a Satã, visto que não há embasamento Bíblico,
histórico, hermenêutico, cabalístico, etimológico, mitológico, astronômico, astrológico ou teológico
para isto; entretanto, Lúcifer se equipara a Jesus, sem dúvida alguma, Sim, como ficou
demonstrado acima. mas mesmo através de pesquisas eu desconsidero Jesus como exemplo.
Esta apreciação tende ao hermetismo cristão, mas ela apresenta alguns problemas, e não consegue
suportar algumas analises mais intimas, e torna-se problemática para o momento de cruzar o
abismo.
Lúcifer ja foi apresentado como uma forma de Tiphareth ou de Netzach pelo Melborne, de uma
maneira clara e direta, e creio que o que ali esta e preciso e somado ao complemento do resto do
grupo, fica bem fácil de entender.
Com base naquilo, vamos estudar a estrutura do nome:
Y H Sh V H, fogo água espírito ar e terra = Tradução: Eu Sou = Hebraico
Crestos = Cristo = Iluminado ou Ungido (mesma expressão) = Grego. Eu Sou Iluminado.
L U C I F E R = PORTADOR "FER" LUX "LUZ" = PORTADOR DA LUZ.
Se o sistema gnóstico houvesse se mantido, e se ele tendesse a forma tântrica e não a forma
bramacharia, como era sua maneira expressiva (eu diria que ele no Maximo era um tantrismo
branco). Todo praticante tocado pelo sistema romano, guiado pela estrela da manha, seria um
YHShVH Cristo, pois a Estrela Dalva o guiaria para o conhecimento, e para a natureza intima do
potencial da energia sexual.
Mas seria pedir muito, pois muito se corrompeu e foi destruído já naquela época.
Outro ponto decorrente, o fato acima significa que Lúcifer parte do pressuposto Sumério de
Inanna, senhora de todo o conhecimento (os "Mes" da civilização, os códigos da civilização), e que
esta acima do SOL - UTU, Tamuz e BAAL - portanto guiando-os, sendo estes os pontos de partida
para o engendrar de tiphareth, com a companhia do esposo de Inanna, Tamuz, que é ressuscitado
por ela, apos 3 dias no mundo dos mortos.
Em seguida temos a passagem pelo abismo, somente o fator Daath/Sirius a Estrela Cão, estrela de
Isis e de Anu (O Pai de todos os Deuses sumérios, fonte para o termo roubado para a bíblia "O Pai
esta no Ceu"), pode efetuar esta passagem, uma vez que Sirius rege o caminho de Gimel, que e
justamente o vinculo direto entre Tiphareth e Kether.
Assim sendo seria mais correto dizermos que: "Se Astaroth (Nome Fenício de Inanna) Guia a
pessoa para que Ela Seja um Iluminado. Anu/Sirius, leva-a para os Reinos da Existência Negativa,
pois a pessoa não mais necessita que outros a Iluminem, ela própria é um astro, e sua luz é eterna".
O Início da história:
A concepção que se faz de Lúcifer, Satanás, Satã, etc., da forma como ele é conhecido no Ocidente,
chegou até nós de tempos mais antigos da História, através das escrituras do povo judeu, cuja
terminologia e imagens sofreram influências das civilizações mais antigas que os circundava.
Babilônios
Uma das civilizações foi a dos babilônios – os mitos e simbolismos predominantes na Babilônia
influenciaram bastante os textos do povo judeu, e palavras e imagens vinculados aos símbolos babilônios
podem ser encontrados no Velho Testamento.
O que encontramos de mais óbvio neste sentido é a imagem de Leviatã, o Dragão ou o monstro:
" Naquele dia, punirá Yaveh (o Senhor), com sua espada dura, grande e forte, Leviatã , serpente veloz,
e o dragão serpente sinuosa, e matará o monstro que está no mar " (Isaias 27,1)
Foi a partir de símbolos como este que nasceram as imagens formadas mais tarde ao redor do conceito
de um "Ser Maligno", o provocador da desordem e do caos.
Persas
Outra cultura religiosa dos tempos primitivos, que acabaria por exercer uma poderosa e duradoura
influência sobre os autores judeus, foi a dos persas. Foi da Pérsia que surgiu uma teologia inteiramente
baseada nas forças oponentes do bem e do mal.
O dualismo existente na religião persa, exerceu sobre os judeus uma influência que durou muitos
séculos.
No sistema que ele desenvolveu, o princípio do mal era inteiramente separado do princípio divino.
Afirmava-se então que tudo tinha uma causa, e, como o bem não podia causar o mal, deduzia-se que o
mal tinha que ser um princípio separado.
O mundo natural teria surgido do Senhor da Sabedoria, Ahura-Mazdâ ou Ormazd, o Ser Espiritual
primordial. Seu espírito orientador, vivia produzindo o bem de maneira constante, mas sofria restrições
por parte de seu próprio irmão gêmeo, o espírito do mal, Arimã. A essência de Arimã era a falsidade,
enquanto a de Ormazd era a verdade.
Foi esta concepção do conflito eterno, elemento que dava o significado central à própria religião, que teve
efeito tão profundo sobre as doutrinas dos tempos posteriores.
E Arimã, o grande enganador, que foi expulso do "Paraíso" e lançado no "Inferno", tem um parentesco
bastante claro com a concepção judaica do Inimigo (Satã), o arqui-enganador.
EGÍPCIOS
Apesar de aparecer na mitologia de tantas das primitivas civilizações, o princípio sobre a existência de
uma força do mal no Universo, a qual está sempre em luta contra o bem, os mais antigos textos
religiosos conhecidos referentes a essas civilizações, em geral mostram uma concepção diferente do bem
e do mal.
Segundo tais narrativas, tudo surge a partir das mãos do Senhor e Criador Supremo, e assim, tanto o
que nós parece ser bom como aquilo que para nós tem a aparência de mau, seria mandado por Ele.
Os deuses do Egito antigo tinham esta mesma ambivalência. Todos comungavam da majestade de um
Deus Supremo, que distribuía tanto o bem como o mal, sendo portanto o autor de todas as coisas.
Em sua mitologia primitiva, o deus Seth identificava-se com a destruição, com a morte do Sol, através
do assassinato de Osíris. Mas ao mesmo tempo, era também venerado como um grande e poderoso
deus criador.
Mas depois, nos mitos do Egito, em tempos posteriores, a história de Seth foi simplificada, de modo que
ele se tornou apenas um ser cheio de maldade e hostil a todos os homens. Na verdade, ele acabou se
transformando em uma personificação da maldade.
E esta concepção pode ter servido também como inspiração para idéias bíblicas posteriores a respeito do
"Inimigo", por intermédio da influência do Egito sobre o povo judeu.
HINDUS
A ausência de um princípio do mal único é vista mais especialmente no hinduismo, que sempre foi e
continua sendo uma religião bastante metafísica. Não devemos nos esquecer de que se trata de uma
religião muito antiga, talvez a mais antiga de todas as religiões conhecidas.
Apesar de seu enorme panteão de deuses, o hinduismo interpreta suas divindades como manifestações
de um Deus Único, atribuindo a elas poderes tanto de destruição como de criação, tanto de morte como
de vida. A maior parte da mitologia hindu, como acontece em muitas outras mitologias, gira em torno de
uma batalha cósmica, e de um combate espiritual entre luz e trevas.
Mas apesar disso, não existe a imagem de uma figura sobre a qual estaria o "ponto focal do mal".
Kali, a deusa da morte que tudo devora, representa o anverso da deusa mãe que alimenta todos os
seres vivos. Mas na mitologia hindu, ela está bem longe do que poderíamos considerar como uma
concepção do Diabo.
BUDISMO
No Budismo que teve seu começo no sexto século A.C. , o Ser Maligno é mostrado antes de mais nada,
como tentador.
Segundo alguns dos textos que narram episódios da vida de Buda, Mara o grande tentador, teria
aparecido a ele no céu e tentado evitar que ele renunciasse à vida mundana e de se tornar um andarilho.
As palavras de Mara não tiveram efeito algum, mas a história acrescenta que, do mesmo modo que uma
sombra segue o corpo, ele também, a partir daquele dia, sempre seguiu o Abençoado, fazendo tudo que
era possível para lançar obstáculos em seu caminho na busca da condição da perfeição.
Mara também é chamado de Varsavati, "aquele que satisfaz os desejos". Porque o desejo ou a sede
pelo prazer, pelo poder e até mesmo pela existência terrena, vincula os seres humanos à roda da vida
que gira eternamente (princípio da reencarnação), impedindo a liberação do verdadeiro ser, ou Nirvana.
Importante observar que o "mal" está em nós, em nossas fraquezas e imperfeições quando deixamos de
nos elevar e ascender espiritualmente em troca das tentações e prazeres terrenos.
HEBREUS
A idéia de um Deus Único e Supremo também era o centro de toda fé judaica, e serviu inclusive para
diferenciar a primitiva religião hebraica, das religiões de todos os povos vizinhos que contavam com
inúmeros deuses tribais.
Nas mais antigas escrituras judaicas, Yaveh aparecia como o Senhor do Universo, e tudo o que acontecia,
tanto de bom como de mau, era causado por Ele.
Mais tarde, começou a surgir o sentimento de que Deus, o autor de todo o bem, não deveria ser escrito
como a causa do mal; era preciso encontrar uma causa separada.
A religião persa, com a qual os judeus entraram em contato durante o exílio na Babilônia, foi uma clara
influência que se manifestou por trás deste tipo de pensamento.
O mal era visto cada vez mais como sendo causado por um inimigo que se opunha a Deus e ao homem -
o adversário - que na verdade é o significado preciso da palavra hebraica Satã.
Nos livros apocalípticos dos séculos imediatamente precedentes à era cristã, os nomes dados ao
"Inimigo" já começavam a ser combinados. Pela primeira vez na literatura, a serpente do Livro do
Gênesis identificava-se com Satanás, O Diabo.
A própria palavra "Diabo" deriva do grego "diabolos", que significa "o acusador ou agressor".
Entre os anos 285 e 247 A.C., quando o Velho Testamento foi traduzido para a versão grega conhecida
como "Os Setenta", "diabolos" foi a palavra usada para a tradução do vocábulo hebraico Satan.
No Livro de Jó, Satan aparece como acusador e tentador do homem, mas ainda é visto como um "súdito"
do Soberano. Ele apresenta-se diante da corte celestial e age conforme as instruções do Senhor.
No Livro de Samuel, compilado no décimo século A.C. , está escrito que o Senhor tentou Samuel.
Mas no primeiro Livro de Crônicas (21,1), um texto bem posterior do Velho Testamento, é Satan quem
tenta Davi para que desobedeça a Lei e seja alvo da ira de Deus.
Segundo esta interpretação, o perigo passava a vir por meio do Inimigo (Satan), e não mais
através do próprio Deus.
Ball Zebub foi outro nome usado para a mesma figura de Satanás no período apocalíptico das escrituras
hebraicas.
O nome Ball Zebub é mencionado apenas no Velho Testamento. Em 2Reis 1, o rei de Israel manda
mensageiros para perguntar a Baal Zebub, o deus de Ecrom, se ele se recuperaria de sua enfermidade. O
anjo do Senhor diz a Elias que vá ao encontro dos mensageiros do rei e lhes diga : "Porventura não há
um Deus em Israel, para irdes consultar Ball Zebub, rei de Ecrom ? Por isso… com certeza morrereis ".
"Ball", isto é, "senhor", era o título dado a uma divindade local: "zebub" significa "moscas".
Portanto, Ball Zebub poderia representar o Ball para quem as moscas são sagradas - o Senhor das
Moscas. Hoje se sabe que a divinização por intermédio das moscas era praticada na Babilônia.
Em algumas versões do Novo Testamento, é encontrado o nome "Bellzebu". A palavra "zebul" aparece
no Livro dos Reis, significando altura: "belth-zebul" é a casa elevada, ou templo, de modo que Beelzebu
poderia significar o "Senhor da Casa Elevada"
Em Mateus 10,25 lemos : " Se chamaram Beelzebu ao chefe da casa, quanto mais chamarão assim aos
seus familiares".
Mas independente da grafia de "Ball Zebub" ou "Bellzebu", nada se sabe quanto a maneira ou ao
momento preciso em que este deus pagão em particular, teria passado a ser visto como "o príncipe dos
demônios" (Marcos 3,22), apesar de ser coisa comum para os judeus dos tempos do Velho Testamento
encararem os deuses pagãos de seus vizinhos, como representação do Ser Maligno.
APÓCRIFOS DA BÍBLIA
Pelo o que sabemos hoje, a história de como Satanás foi expulso do Paraíso, teria tido a sua origem nos
livros judeus apócrifos. Tratam-se de textos que circulavam entre os judeus durante os séculos
imediatamente anteriores e posteriores ao início da era cristã.
Na verdade o Livro de Enoch era uma coletânea de diversas obras literárias, que apareciam todas sob o
nome de Enoch, mas que teriam sido escritas por diferentes autores. Tudo indica que o livro era bastante
conhecido até o século VIII.
A história da queda dos anjos não é propriamente uma doutrina das escrituras, já que nunca fez parte do
organismo ortodoxo dos textos do Velho Testamento.
No entanto, acabaria tornando-se a base principal dos ensinamentos posteriores sobre Satanás e sobre o
seu lugar em nosso mundo.
Segundo o mito apócrifo, a história dos anjos teria sido revelada a Enoch. Em uma visão, ter-lhe-ia sido
mostrado como um grupo de anjos, encorajados por seu líder, teria descido da corte celestial para a
Terra. Em nosso mundo, eles teriam "desejado as filhas dos homens" e rejeitado o Paraíso, tornando-se,
após sua queda, seres maus, os Anjos Sentinelas, que teriam produzido uma raça de gigantes em sua
união com as "filhas dos homens". Esta parte da história tem bastante semelhança com o capítulo 6 do
Livro do Gênesis.
Os Sentinelas teriam ensinado aos homens muitas artes e ciências, mas também o vício.
Seus descendentes "espalharam a iniquidade sobre a Terra" até o dia em que Deus teria decidido
provocar o Dilúvio, como forma de punição contra os pecaminosos seres humanos, condenando os anjos
a viver nos lugares mais escuros da Terra, até o dia do Juízo Final.
Mas os gigantes teriam produzido seus próprios descendentes, espíritos maus que teriam permanecido
sobre a Terra, continuando a liderar os homens pêlos caminhos do mal.
O outro livro, que trata dos Segredos de Enoch e que foi provavelmente escrito no Egito no princípio da
era cristã, fala da viagem de Enoch através das diferentes cortes do Paraíso. A ele são mostrados os
Grigori na prisão. Estes eram anjos rebeldes que, juntamente com seu príncipe, chamado Satanael,
tinham rejeitado o Senhor Deus.
No Livro dos Doze Patriarcas, um de outros livros apócrifos, o chefe dos anjos caídos tem o nome de
Belial. Ele é o principal antagonista de Deus, e compete em busca da lealdade dos homens.
O livro apocalíptico dos Jubileus afirma que os Sentinelas vieram para Terra e depois pecaram, mas
que seu príncipe , Samaael, teria tido a permissão de Yaveh para atormentar a humanidade.
Cometário
Ao poucos, os diversos nomes usados para descrever os líderes dos anjos rebeldes acabaram se
combinando no nome de um único ser espiritual, que personificava a origem e a essência de todo o mal.
Satan (Satã), o adversário, tornou-se o mais importante e o mais usado de todos os nomes dados a este
Ser.
Para poder expressar as idéias a respeito dos acontecimentos cósmicos, numa escala gigantesca, sobre a
qual é impossível se ter conhecimento direto, todas as grandes religiões, sem exceção nenhuma, têm
recorrido a religião. Esta é a única maneira.
Assim, o fato de aparecerem em muitas religiões mitos semelhantes para descrever a guerra universal
entre o bem e o mal, e a existência, nas escrituras hebraicas, de histórias especialmente montadas com
a finalidade de dar uma explicação sobre o surgimento do mal, não significam que o próprio Diabo seria
necessariamente o resultado da fantasia humana.
O fato de ter existido uma concepção Dele em todos os períodos da História e em inúmeros lugares, não
prova nem desmente coisa alguma a respeito.
Não são apenas as pessoas simples que confundem o significado que um mito pretende transmitir, com
os verdadeiros acontecimentos históricos. Até os maiores estudiosos demostram uma propensão no
sentido de fazer isso.
Os debates e as discussões sobre o mal e o ponto focal do mal, que se têm verificado de maneira
contínua na História, mostram a freqüência com que isso acontece.
Sempre se manifestou uma tendência no sentido de confundir a crença no princípio representado por um
mito religioso com a crença nos acontecimentos reais que, segundo a narrativa, teriam tido lugar.
Obviamente as duas não são a mesma coisa.
Esta confusão tem levado a muitos argumentos estéreis e a inúmeros ataques contra a crença religiosa
de um modo geral, que acaba sendo equiparada à superstição.
O perigo dessa confusão aparece de modo constante nas questões que dizem respeito ao Diabo.
Tudo o que tem sido escrito a respeito dele nos sistemas religiosos e em incontáveis lendas e histórias
torna muito difícil separar a metáfora daquilo que pretende ser a descrição dos fatos.
Fonte
http://sites.uol.com.br/anjo_lucifer
LÚCIFER*
- Conheces Lúcifer?
- Conheceis Lúcifer?
- Conheces Lúcifer?
A queda dos Anjos é uma alegoria Universal; representa a ação da Inteligência Cósmica diferenciando-se e
criando diferentes planos de densidade, buscando sua união com a matéria. Nesse sentido, as forças
escuras não são mais do que forças
luminosas caídas na obscuridade e, em realidade, separadas do mundo espiritual da Luz Divina - e
esperando serem redimidas em sua origem. Lúcifer é o portador da Luz que caiu no ciclo terrestre, mas
também é o guardião do fogo Interior, que vitaliza e sustenta a Terra, e sem o qual a vida não seria
possível.
W. Wynn Westcott fundador da Ordem Hermética “Golden Dawn” ensina que o nome Lúcifer está na Bíblia –
A Estrela da Manhã, Isaías XIV, 12 mas não há nenhuma referência a Satanás, seja de antes ou depois de
sua queda.
São Jerônimo foi o primeiro a aplicar o nome de Lúcifer a um anjo decaído e o poeta inglês Milton em seu
Paraíso Perdido, seguiu o mesmo caminho. Em Isaías XIV, 12, o Senhor fala do rei da Babilônia como sendo
Lúcifer, cujo significação é portador de luz : apresenta uma expressão astronômica – “Como caíste dos Céus,
ó Lúcifer, filho da manhã”. A Versão revista dá – “Ó estrela da manhã”. Lúcifer, nome latino, é tido como
significando Vênus, como a estrela manhã. Por vezes, Lúcifer - como “o portador da Luz” - é equiparado a
Prometheus, que deu o fogo à humanidade, porque verdadeiramente a amava, ao contrário de Zeus. Tem
sido associado com Satanás devido a uma falsa comparação com S. Lucas X, 18 “Eu via Satanás como um
relâmpago cair do Céu” com a referência a Isaías por Tertuliano, Gregório, o Grande, e outros padres da
Igreja, e finalmente por Jerônimo; o erro foi perpetuado por Dante na poesia.
Afirma-se que Lúcifer é a oitava superior de Saturno, cuja oitava inferior é Satã ou Satanás. Nesse sentido
Lúcifer seria ligado a Saturno que na mitologia grega é Cronos, guardião do tempo e juiz do carma, destino
e morte. Lúcifer na oitava superior, como Saturno, é o guardião dos limites, o "círculo não-se-passa", a
última fronteira ou plano para o mergulho do eu individual no Oceano de Consciência Indiferenciada
(Nirvana) e sua absorção final no Divino Absoluto.
Existem outras implicações esotéricas em relação ao nome Lúcifer que são conhecidas pelos Iniciados da
Theurgia, mas que fogem a este capítulo. Apenas gostaria de registrar que os mais antigos livros canônicos
do Velho Testamento não parecem reconhecer nenhum grande inimigo pessoal da humanidade em ativa
oposição a Deus mas nos volumes posteriores essa idéia toma forma. O cativeiro dos judeus parece Ter-lhes
contaminado a fé, e a influência do dualismo persa tornou-se então evidente.
É no Novo Testamento que encontramos o ideal concreto do Diabo como autor de todo o mal. A tendência
moderna entre os ocultistas é encarar Satanás não como uma entidade ou Ser, mas antes como um tipo ou
símbolo das tendências malignas que surgem na mente e aparecem nas ações dos homens.
PRECE A LÚCIFER
Senhor LÚCIFER,
Salve o SENHOR!
Salve a VOSSA FORÇA!
Salve o VOSSO PODER!
Aqui estamos reunidos, por Vós e para Vós!
Bem sabeis que não aceitamos, de modo algum, a
existência de um DEUS e um DIABO! Não, de modo
algum, não!
Ao contrário - e nisto nos julgamos absolutamente
certos - aceitamos um só e único DEUS, PODER
SUPREMO e ABSOLUTO, com duas FACES, urna
das quais SOIS Vós!
Eis porque, ao nos dirigirmos a Vós, à VOSSA
MAJESTADE, fazemo-lo corno, na verdade, ao DEUS
ou PODER SUPREMO, CRIADOR e SENHOR ABSOLUTO
de tudo e de todos!
Vemos, pois, em Vós, tudo o que, de mais belo,
maior e melhor, se poderá humanamente conceber e
aceitar!
E, justamente por isso, na certeza de que nos aceitareis
e nos atendereis, pedimos-vos, por QUEM SOIS,
LUZ, FORÇA e PODER para, pelo mundo inteiro, espalhando
o que ternos e aceitamos corno certo e verdadeiro
a VOSSO respeito, algo de grande e positivo
podermos fazer, divulgando os nossos pontos de vista,
por intermédio desta nossa CRENÇA EM Vós!
Assim o desejamos!
Assim será!
Por Vós e para Vós!