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Enumerar a partir da segunda página.

PROTEÇÃO RADIOLOGICA X
TRABALHADORES OCUPACIONALMENTE
EXPOSTOS

Pamela Cristina Fagundes1


Silvia Soares2

Resumo

Atualmente os trabalhadores expostos as radiações ionizantes, estão se preocupando cada vez


mais com sua proteção e de seus pacientes, mas além dos técnicos e tecnólogos em Radiologia
hoje temos muitos técnicos em enfermagem e enfermeiros trabalhando junto ao setor de
radiodiagnóstico. O objetivo deste artigo é apresentar de uma forma simplificada o que é o rx,
e como podemos trabalhar com segurança, pois a maior parte dos trabalhadores da área da saúde
ainda não sabem se proteger corretamente, e ainda tem muitas dúvidas quando se fala sobre
radiação. Esta é uma pesquisa bibliográfica, que teve como resultado as respostas das dúvidas
mais simples e frequentes dos trabalhadores da área da saúde.

Palavras-chave: Proteção Radiológica. Princípios Básicos de Proteção. Efeitos Biológicos da


Radiação.

RADIOLOGICAL PROTECTION X OCCUPATIONALLY


EXPOSED WORKERS

Nowadays, workers exposed to ionizing radiation are increasingly concerned about their
protection and their patients, but besides the technicians and technologists in radiology today
we have many nursing technicians and nurses working in the radiodiagnosis sector. The
objective of this article is to present in a simplified way what is rx, and how we can work safely,
since most health workers still do not know if to protect correctly, and still have many doubts
when talking about radiation . This is a bibliographical research that has resulted in the answers
of the most simple and frequent doubts of health workers.

Keywords: Radiological Protection. Basic Principles of Protection. Biological Effects of


Radiation.

1 INTRODUÇÃO

Como a maioria já sabe a Radiologia é um dos maiores avanços da medicina no mundo,


mas deve ser utilizado com prudência, para que os efeitos causados pela radiação não sejam
maiores que os beneficios alcansados pela mesma. A responsabilidade de operar os aparelhos

1
Tecnóloga em Radiologia.Uniasselvi.fagundes_cavaco@hotmail.com
2
Orientadora especialista em gestão de pessoas.Uniasselvi.silvia.celina@terra.com.br
Enumerar a partir da segunda página.
emissores de radiação e definir doses administradas no paciente, são de técnicos e tecnólogos
em radiologia, mas isso não significa que outros trabalhadores das áreas da saúde não tenham
quem saber sobre seus benefício, malefícios e como se proteger corretamente da radiação.
O objetivo deste artigo é manter os trabalhadores das áreas da saúde informados sobre
o assunto radiação, que ainda traz muitas dúvidas para pessoas que não trabalham diretamente
na área mas tem um contato esporádico. Os profissionais da área da saúde tem mostrado um
interesse muito grande sobre a Radiologia, em especial com a proteção radiológica e os efeitos
que a radiação pode causar mas acabam não tendo treinamento específico. Os hospitais e
clinicas tem investindo muito nos setores de imagem, tanto investem que hoje contamos com
enfermeiros e técnicos de enfermagem neste setor, mas estes profissionais ficam sem
qualificação básica e específica sobre proteção radiológica.
A coleta de dados deste artigo foi bibliográfica, se baseando em livros, artigos e normas
da área da radiologia, mas a ideia de escrever sobre esse tema foi baseada no dia-dia de um
setor de radiodiagnóstico e de um ambiente hospitalar, observando que cada vez mais as pessoas
buscam por informação concretas e em uma linguagem menos cientifica, buscam por
informações que possam introduzir no seu dia a dia.

2 HISTÓRIA DA RADIOLOGIA

Os raios X não foram desenvolvidos; eles foram descobertos por acaso. Entre 1870 e
1880, muitos laboratórios de física de universidades estavam investigando a condução de raios
catódicos, ou elétrons, por meio de um grande tubo de vidro conhecido como tubo de crookes,
parcialmente a vácuo. Haviam tipos de tubo de crookes, a maior parte deles produzia raio
X.Whilliam Conrad Roentgen estava testando um desses tubos quando descobriu os raios X.
Em 8 de novembro de 1895, Roentgen estava trabalhando em seu laboratório de física
na Universidade Wurzburg na Alemanha.Ele escureceu seu laboratório e fechou seu tubo de
crookes com com papel fotográfico preto para avaliar melhor os efeitos dos raios catódicos no
tubo. Por um acaso havia uma placa revestida com platinocianeto de bário, um material
fluorescnte, à alguns métros do tubo de crookes. Apesar de ter coberto o tubo com papel preto
para que nenhum luz escapasse da lí, Roentgen observou que a placa de platinicianeto de bário
brilhava, e quanto mais aproximava a placa do tubo mais ela brilhava. Roentgen quis investigar
imediatamente a luz que nomeou de “X”. Suas investigações foram minuciosas e detalhadas,
relatando seus resultados para comunidade científica em 1895, Roentgen recebeu o prêmio
nobel da física, e percebeu o valor da sua descoberta para medicina, produzindo a primeira
imagem de raios X em 1896, era a imagem da mão de sua esposa. (BUSHONG,2010).
O raio x foi umas das maiores descobertas da história da medicina, na época em que
descobriu os raios X Roentgen nada se sabia sobre os efeitos causados pela radiação. Logo após
Roentgen divulgar sua descoberta a população ficou muito animada pois seria um avanço muito
grande para época, mas Thomas Alva Edison e seu assistente tambem realizavam pesquisas
com materiais radioativos em seu laborátorio, sendo assim em 1903 Thomas Edson não se
sentira muito bem ,e afirmava que sentia nauseas, caroços pelo corpo e que sua visão tinha sido
parcialmente afetada , seu assistente teve os braços afetados e mais tarde teve que amputa-los.
Dai então começaram os estudos sobre os efeitos causados pela radiação, que hoje conhecemos
como efeitos biológicos.

3 EFEITOS BIOLÓGICOS CAUSADOS PELA RADIAÇÃO


*Sabemos que radiação em grande quantidade pode ser nociva para o ser humano, podendo
causar queimaduras na pele, cataratas, leucemia, câncer entre outros efeitos radioinduzidos, o que
não temos certeza é o grau do efeito, caso ocorra após exposições a níveis de rx diagnósticos.* o
artigo deve ser escrito na terceira pessoa, de forma impessoal.
A exposição à radiação ionizante pode causar danos biológicos nos órgãos e tecidos, podendo
danificar também as moléculas de DNA, esse dano vai depender da “energia total depositada na
pele ,ou seja, da dose de radiação”[...].( DIMENSTEIN, HORNOS,2001,p.60)
Na Radiologia a exposição de alguns tecidos a radiação pode causar alguns danos celulares
que conhecemos como efeitos biológicos causados pela radiação. Algumas doses são tão altas que
podem causar mutação genética ou até levar a morte celular. Mas *como podemos saber disso ? A
maior parte dos estudos começaram a partir da 2º Guerra Mundial, após as explosões das bombas de
Hiroshima e Nagasáki, com a população exposta a toda essa quatidade de radiação começou a se
observar os efeitos causados a longo e curto prazo, podendo-se avaliar dose/efeito. Hoje esse efeitos
são classificados como: determinístico; somático; estocástico; hereditários.

3.1 EFEITOS DETERMINÍSTICOS

Os efeitos determinísticos causam a morte celular de um tecido ou órgão, podendo causar


disfunção (mal funcionamento)ou perda total da função do mesmo. Esse tipo de efeito ocorre a partir
de uma determinada dose de radiação, ou seja existe um limiar de dose para o surgimento do efeito.
A dose minima de radiação para classificar um dano celular como determinístico é de
0,5Gy.(DIMENSTEIN, HORNOS,2001)
Os efeitos causados dependem da dose absorvida, sendo que para cada dose existe um
determinado tempo para que o efeito seja evidenciado, esse período é chamado de tempo de latência.
Normalmente os efeitos determinísticos ocorrem por causa de algum acidente radiológico ou por
tecidos irradiados em radioterapia , sendo que os órgãos e tecidos mais sensíveis, são os que vivem
em constante multiplicação celular, como gonadas, medula óssea e cristalino, algumas dessas células
morrem imediatamente outras morrem durante sua multiplicação.
A exposição de uma pessoa á 1Gy pode não causar a morte, mas se essa exposição for
considerada aguda pode causar uma dose absorvida de 3 á 5Gy causando a morte do indivíduo em
50% dos casos em um intervalo de 60 dias , essa dose é conhecida como dose letal.(AUGUSTO,2009)

3.2 EFEITOS ESTOCÁSTICOS

Diferente dos efeitos determinísticos os estocásticos são causados por exposições a baixos
níveis de radiação de até 0,5Gy , não existindo um limiar de dose, afetando as células do nosso corpo,
podendo causar o efeito carcinogênico e hereditário.(DIMENSTEIN, HORNOS,2001).
Quando as células somáticas são atingidas acontece o efeito carcinogênico que pode induzir
o câncer na pessoa irradiada, já no efeito hereditário atinge as células germinativas repassando para
seus descendentes informações genéticas incorretas.
Quando falamos que os efeitos estocásticos independem de um limiar de dose, estamos
falando que independentemente do indivíduo ser exposto a baixas doses de radiação ele pode
desencadear doenças como o câncer, esse desencadeamento depende somente da quantidade de
células que são atingidas, que irão se modificar e se replicar. Existe uma probabilidade para a
ocorrência dos efeitos estocásticos, quanto maior a dose de radiação maior a chance do indivíduo
exposto desencadear o efeito somático ou hereditário, mas nem todos os indivíduos expostos as
mesmas doses desencadeiam alguma doença, e nem todos aqueles expostos as doses mais altas vão
desencadear as doenças mais graves.
Os órgãos mais sensíveis e susceptíveis a indução dos efeitos estocásticos são :
• Gonadas: podendo causar esterilidade, infertilidade, e transferência dos genes para seus
descendentes.
• Medula óssea: podendo causar leucemia.
• Ossos, pulmões, tireoide e mamas: podendo causar nódulos e tumores.(AUGUSTO,2009)

A tabela a seguir nos mostra os principais efeitos de surper exposição a radiação em humanos
e a dose limiar aproximada:

Tabela 1 - Efeitos de super exposição em humanos e a dose limiar aproximada.

Fonte:Bushong, 2010

4 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

*Para que possamos minimizar os riscos e efeitos causados pela radiação, temos que levar
em conta alguns princípios básicos que regem nossa legislação. Para que possamos entender existe
um princípio fundamental, ALARA que significa as low as reasonably achievable, em português
significa tão baixo quanto razoavelmente exequivel, que nos mostra que os níveis de radiação para
exposições médicas e ocupacionais devem ser o mais baixo, mas que ainda seja possível realizar um
exame com qualidade.(BONTRAGER,2003)
De acordo com as legislações vigentes, os princípios básicos de radioproteção vizam
estabelecer normas de proteção para trabalhadores , pacientes, público e o meio ambiente; estes
princípios são classificados em :justificação, limitação e otimização.

4.1 JUSTIFICAÇÃO

As exposições médicas de pacientes devem ser justificadas, levando em conta os benefícios


diagnósticos ou terapêuticos que elas possam vir a produzir em relação ao dano moral ou material
correspondente, levando-se em conta os risos e befícios de técnicas alternativas que disponibilizamos
que não envolvam exposição.(CNEN,2005).
Nenhuma pratica ou fonte associada a essa prática será aceita pela CNEN, a não ser que a
prática produza benefícios , para os indivíduos expostos ou para a sociedade , suficinetes para
compensar o detrimento correspondente, tendo-se em conta fatores sociais e econômicos,
assim como outros fatores pertinentes. Verificar abnt
Isso quer dizer que, qualquer exposição médica deve ser justificada individualmente, e que
nenhum indivíduo possa ser exposto sem que o benefício seja maior que o
maleficio.Cnen,nn3.01(2005, p.13;14): citação??

4.2 OTIMIZAÇÃO

O princípio de otimização diz que devemos utilizar doses de radiação tão baixas quanto
exequíveis, tendo como base os limites de dose para cada órgão.
...Salvo no caso das exposições médicas, a proteção radiológica deve ser otimizada de forma
que a magnitude das doses individuais, o número de pessoas expostas e a probabilidade de
ocorrência de exposições mantenhan-se tão baixas quanto possa ser razoavelmente exequivél,
tendo em conta os fatores econômicos e sociais.(CNEN, nn3.01, 2005, p15). Verificar
abnt

4.3 LIMITAÇÃO DE DOSE

Este princípio fala sobre a limitação de doses efetivas e equivalente anuais para o trabalhador
ocupacionalmente exposto e para o público em geral, não sendo aplicado para o paciente. Estes limites
são estabelecidos pelas normas de radioproteção de cada país, tendo que ser controladas e não
podendo ser expedidas dentro do período. Sendo que nenhum profissional deva ser exposto a radiação
sem uma real necessidade ou sem que o mesmo tenha conhecimentos dos riscos associados a
exposição à radiação, e que esteja treinado para desempenhar com segurança o seu
trabalho.(AUGUSTO,2009).
A exposição normal dos indivíduos deve ser restringida de tal modo que nem a dose efetiva
nem a dose equivalente nos órgãos ou tecidos de interesse, causadas pela possível
combinação de exposições originadas por práticas autorizadas, excedam o limite de dose
especificado na tabela a seguir...(CNEN, nn3.01, 2005,pg14).

Tabela 2 – Limite de doses anuais para trabalhadores.

Fonte:www.jcr.verj.br

4.4 FORMAS DE PROTEÇÃO RADIOLÓGICA

Existem várias formas de se proteger de exposições radiológicas, alguns princípios são básicos
e indispensáveis para proteção dos indivíduos ocupacionalmente expostos, pacientes e demais
trabalhadores da área da saúde. Tempo, distância e blindagem são essenciais quando falamos em
proteção e diminuição dos efeitos causados pela radiação, diminuir o tempo de exposição, aumentar
a distância fonte profissional, utilizar barreiras de proteção como blindagem, essas são práticas devem
acompanhar o dia a dia dos profissionais, ajudando a minimizar todos os riscos.
Tempo: O tempo de exposição é uma das maneiras mais práticas de reduzir os feitos causados
tanto para o paciente quanto para os profissionais em volta, realizando exames com o menor tempo
possível sem que se perca o objetivo do procedimento e cause uma repetição
desnecessária.(AUGUSTO,2009)
Distância: A intensidade de um feixe de rx diminuía a medida que nos afastamos, por
consequência a exposição e a dose diminuem na mesma proporção, a dose de radiação recebida por
um indivíduo é inversamente proporcional ao quadrado da distância, entre o indivíduo e a fonte,
chamamos isso de lei do inverso do quadrado da distância, duplicando a distância da fonte
diminuímos em 4x a dose recebida.(DIMENSTEIN, HORNOS,2001)
Falando ainda sobre distância podemos deixar bem claro que rx não sofre desvio de trajetória,
isso quer dizer que rx não faz curva, por não sofrer ação de campos elétricos ou magnéticos.
Blindagem: Devem ser utilizadas todas as forma de barreiras possíveis tanto para pacientes
quanto para os trabalhadores, aventais plubíferos, protetores de tireóide, biombos de chumbo e outros
mais,os aventais confeccionados com 0,5mm de chumbo são eficientes para exames realizados com
baixa energia um ex:exames realizados em leitos, deixando passsar apenas apenas 0,32% da radiação
menos de 1%, isso combinados com um distância razoável e um tempo de exposição menor se reduz
a quase nada de exposição a radiação.(AUGUSTO,2009)
Outra forma que de proteção que podemos incluir no dia-a-dia dos trabalhadores em geral, é
a diminuição de exames realizados em leitos.
A realização de exames radiológicos com equipamentos móveis em leitos hospitalares ou
ambientes coletivos de internação, tais como unidades de tratamento intensivo e berçários,
somente será permitida quando for inexeqüível ou clinicamente inaceitável transferir o
paciente para uma instalação com equipamento fixo...(PORTÁRIA 453, 4.27).

Reduzindo a realização esses exame, *diminuimos consideravelmente a taxa de exposição de


trabalhadores eventualmente expostos e de pacientes que estão em leitos adjacentes.
A classificação das áreas de trabalho com radiação também são de suma importância, para que
nenhum trabalhador, acompanhante ou paciente seja exposto sem necessidade. Desta forma
classificamos as áreas em livres, supervisionadas e contraladas.Em clinicas e hospitais *classificamos
e * identificamos apenas as áreas controladas, que são as salas de exames de rx, tomografia,
mamografia e radioterapia, as salas e corredores adjacentes são consideradas supervisionadas sem
identificação pois são realizados levantamentos radiométricos anuais para confirmação de que não há
fuga de radiação e risco de exposição para pessoas que estão próximas. Para Cnen, nn3.01 (2005, .18):
Uma área deve ser classificada como área controlada quando for necessária a adoção de
medidas específicas de proteção e segurança para garantir que as exposições ocupacionais
normais estejam em conformidade com os requisitos de otimização e limitação de dose, bem
como prevnir ou reduzir a magnitude das exposições potenciais.
Uma área deve ser classificada como área supervisionada quando, embora não requeira a
adoção de medidas específicas de proteção e segurança, devem ser feitas reavaliações
regulares das condições de exposições ocupacionais, com o objetivo de determinar se a
classificação continua adequada.

5. LIMITES DE DOSES INDÍVIDUAIS

De acordo com a legislação vigente as doses de exposições anuais para trabalhadores


ocupacionalmente expostos, as doses de radiação não podem exceder 20 mSv em qualquer período
de 5 anos consecutivos, não podendo exceder 50 mSv em nenhum ano.(PORTARIA 453, 2.13 (i)).
esses profissionais devem utilizar dosimetros que são utilizados para monitorar a quantidade de
radiação que forem exposto mensalmente, sendo que o dosimetro não protege o trabalhador apenas
monitora . E quem são esses trabalhadores , muitos profissionais da área da enfermagem tem dúvidas,
pois são expostos a radiação exporadicamente mas não recebem insalubridade. Segundo a CNEN:
Os titulares e empregadores devem assegurar que os IOE ou indivíduos eventualmente
expostos à radiação cuja origem não esteja diretamente relacionada ao seu trabalho, sejam
tratados como os indivíduos do público e recebam o mesmo nível de proteção (CNEN,
nn3.01, 2005, p17).

Isso quer dizer duas coisas , primeiro que profissionais eventualmente expostos devem ser
tratados como indivíduos do público, recebendo o mesmo nível de proteção, e segundo como essa
exposição é eventual esse profissional não tem direito a insalubridade devido a exposição a radiação,
alguns profisionais questionam pois algumas vezes acabam tendo que segurar os pacientes durante as
exposição, da mesma forma que eventualmente um acompanhante é exposto por ajudar durante o
exame, mas tanto o profissional da enfermagem quanto o acompanhante recebem os EPIs
equipamentos de proteção individual, sendo assim de acordo com Cnen nn3.01 (2005, p.15) “Os
limites de dose estabelecidos não se aplicam a exposições médicas de acompanhantes e voluntários
que eventualmente assistem pacientes”.
As doses devem ser restritas de forma que seja improvável que algum desses acompanhantes
ou voluntários receba mais de 5 mSv durante o período de exame diagnóstico ou tratamento do
paciente. Nesse caso os profissionais eventualmente expostos são encaixados como voluntários.
Diferentemente dos profissionais que trabalham nos centros cirúrgicos e setores de imagem, que a
todo momento são expostos a radiação e fazem a utilização de dosimetro.
Outra grande dúvida que os profissionais da área da saúde tem é sobre gestantes! Nesse artigo
já falamos muito sobre meios de proteção radiológica, e no caso das gestntes não é diferente, a CNEN
diz que :
“Para mulheres grávidas ocupacionalmente expostas, suas tarefas devem ser controladas de
maneira que seja improvável que, a partir da notificação da gravidez, o feto receba dose efetiva
superior a 1 mSv durante o resto do período de gestação”.(CNEN, nn3.01, 2005, p15).
Isso quer dizer que as gestantes devem procurar não se expor a radiação e em casos extremos
como solicitações médicas utilizar os EPIs necessários.

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O uso da radiação na Medicina, nos mostra que devem ser adotadas práticas que garantam a
qualidade dos servisos prestados a população, assim como oferecer requisitos minímos de proteção
radiológicas para pacientes, profissionais, e o público em geral.
Esse estudo básico sobre radiação, efeitos biológicos e proteção radiológica, faz com que os
profissionais tem um conhecimento breve sobre a Radiologia, e que não somente técnicos e
tecnólogos da área saibam se proteger corretamente. Esse não é um tema qualquer e deve ser levado
a sério uma vez que estamos falando sobre radiação, e assim como já comentamos a radiação pode
nos trazer inúmeros benefícios, mas se utilizada incorretamente pode trazer danos irreparáveis.
O objetivo deste artigo foi mostrar aos trabalhadores da saúde como se proteger corretamente
de acordo com as legislações vigentes, de forma que que possam entender a importância e não apenas
impor uma norma específica, dando-lhes a informação necessária para trabalhar com segurança.

REFERÊNCIAS

AGENCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA, Portaria SVS/MS n° 453, de 1 de


junho de 1998. Disponível em: <www.conter.gov.br/uploads/legislativo/portaria_453.pdf > Acesso
em: 15 novenbro 2017.

AUGUSTO, João de Vianey. Conceitos básicos de física e prteção radiológicas.São Paulo:


Atheneu,2009.

BONTRAGER, K L. Técnicas radiológicas e base anatômica.5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara


Koogan, 2003
BUSHONG, Stewart Carlyle. Ciência radiológica para tecnólogos , física, biologia e proteção.
9º. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.

CASTRO, A Jr. Introdução á radiologia. 1º.ed. São Paulo: Rideel, 2006.

CNEN nn 3.01, Diretrizes básicas de proteção radiológica, Rio de Janeiro, 2005. disponível em:
<www.lcr.uerj.br/downloads/ne_301.pdf. Acesso em: 15 novenbro 2017.

DIMENSTEIN,R.; HORNOS,Y.M.M. Manual de proteção radiológica aplicada ao


radiodiagnóstico. São Paulo: Senac,2001

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