Faculdade de Engenharia
1ª Edição: jan.de 1997. Revisões: fev./1998, fev./2000, ago./2005, ago./2010, abr./2014, ago./2016, ago/2018.
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Figura da capa: Placa de alumínio folheada a ouro de 15 x 23 cm colocada a bordo das naves Pioneer 10
e 11 (lançada em 1974), os primeiros veículos da humanidade a se aventurarem no espaço interestelar.
Ela transmite, numa linguagem científica compreensível, algumas informações sobre o local de origem da
nave (o 3º planeta de um sistema de 9), a trajetória (foi lançada para o exterior do sistema, usando a
gravidade dos dois maiores planetas como motor), a época evolutiva da terra em relação ao big-bang, a
forma dos construtores da nave (homem e mulher), as dimensões dos construtores em relação ao tamanho
da antena da nave, etc.. É comparável a uma garrafa lançada no oceano cósmico.
3
SUMÁRIO
CAP. 1. - A CIÊNCIA
1. - Introdução, 7
2. - Os quatro tipos de conhecimento, 8
3. - Conceito de ciência, 10
4. - Classificação da ciência, 10
5. - O Espírito Científico, 12
6. - Leituras Recomendadas, 12
7. - Referências bibliográficas, 13
1. - Introdução, 14
2. - Desenvolvimento histórico do método, 14
3. - Conceito atual de método, 17
4. - Formas de raciocínio: Indução e Dedução, 18
5. - O método hipotético-dedutivo, 19
6. - Leituras Recomendadas, 21
7. - Referências bibliográficas, 21
1. - Conceito de pesquisa, 23
2. - Trabalho científico original, 24
3. - Tipos de pesquisa, 24
3.1. - Pesquisa bibliográfica, 24
3.2. - Pesquisa descritiva, 25
3.3. - Pesquisa experimental, 25
4. - Projeto de pesquisa, 25
5. - Leitura recomendada, 28
6. - Referências bibliográficas, 28
1. - Introdução, 29
2. - Escolha do assunto, 30
2.1. - Delimitação do assunto, 30
2.2. - Formulação de problemas, 30
6
2.3. - Revisão bibliográfica sobre o problema a ser resolvido, 31
2.4. - Descrição do objetivo da pesquisa , 31
3. - Hipóteses, 31
4. - Variáveis, 33
4.1. - Variáveis independentes e dependentes, 34
4.2. - Covariável, 35
5. - Definição da população da pesquisa (amostra ou corpus), 35
6. - Leituras recomendadas, 36
7. - Referências bibliográficas, 37
1. - Introdução, 38
2. - Formas de coleta de dados em pesquisa experimental, 39
3. – Níveis de Mensuração, 39
4. - Leituras Recomendadas, 42
5. - Referências bibliográficas, 43
1. - Introdução, 44
2. - Estrutura de uma monografia, 45
3. - Artigos para publicação em periódicos, 45
4. - Leituras recomendadas, 46
5. - Referências bibliográficas, 46
1. - Introdução, 48
2. - A participação em eventos científicos, 48
3. - A apresentação do trabalho, 49
4. - Os anais do evento, 50
7
A Ciência
“Nossos ancestrais ansiavam compreender o
mundo, mas não conseguiam encontrar um método.
Imaginaram um universo pequeno, fantástico,
arrumado, nos quais as forças dominantes eram deuses
como Anu, Ea e Shamash. ( ... ) Hoje em dia
descobrimos um modo mais abrangente e distinto para
entender o universo, um método chamado Ciência; ...”
Carl Sagan, Cosmos (1989)
1. - Introdução
Podemos definir a ciência como o conjunto organizado dos conhecimentos disponíveis
pela humanidade, ou de uma maneira mais particular, o conjunto de conhecimentos relativos a
um determinado objeto ou fenômeno. Portanto, existe uma estreita relação entre ciência e
conhecimento.
A ciência representa um grande patrimônio da humanidade obtido ao longo da evolução
numa trabalhosa conquista através do constante aperfeiçoamento do pensamento. Desde o início
dos tempos o homem procura interpretar os fenômenos que o rodeiam, busca conhecer o meio
em que se insere e tenta explicar os acontecimentos de seu dia a dia.
Mas o que é conhecer? É uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o
objeto ou fenômeno alvo da pesquisa. Os povos da antigüidade faziam “o conhecer” mediante a
catalogação de observações feitas, sem uma tentativa de inter-relacionamento dos fatos e sem
tentar predizer efeitos invocando as causas que o motivaram. Foram os gregos que deram o
próximo passo: foram além da catalogação dos fatos para chegar ao pensamento científico, ou
seja, o exercício de atividade intelectual no sentido de procurar conhecer as causas motivadoras
dos efeitos anotados. Esta história caracteriza bem a passagem do simples registro de fatos para
a determinação do porquê dos dados:
No século III a.C., a grande metrópole do Oriente Próximo
era a cidade egípcia de Alexandria. A maior riqueza da cidade era
a sua biblioteca, que deveria conter meio milhão de volumes de
pergaminho e papiro escritos a mão. Vivia nesta cidade um
8
homem chamado Heratótenes que, durante alguns anos foi
diretor da grande biblioteca.
Um dia, Heratóstenes, lendo um dos papiros depositados
na biblioteca, deparou-se com o seguinte registro: “na fronteira
avançada do sul de Siena, próximo à catarata do Nilo, ao meio-dia
de 21 de junho, as varetas retas e verticais não produziam
sombra.” Era um registro, como milhares que deveriam existir na
biblioteca, que qualquer outra pessoa facilmente ignoraria. Que
importância poderia ter a sombra de uma vareta nos
acontecimentos do dia-a-dia.
Mas Heratótenes era um cientista; repetiu a experiência
em Alexandria e constatou que ao meio-dia de 21 de abril existia
sombra. Perguntou a si mesmo: como uma vareta em Siena não
tinha sombra, e em Alexandria, mais ao norte, tinha uma sombra
pronunciada? E raciocinou: se admitirmos que as duas varetas
não produzam sombra para um mesmo instante, seria
perfeitamente compreensível, admitindo-se a Terra como plana. O
sol estaria na vertical. Se as duas varetas produzissem sombras
iguais, isto também faria sentido em uma terra plana: os raios do
sol estariam inclinados no mesmo ângulo. Mas o que fazia com
que, num mesmo momento, não houvesse sombra em Siena e sim
em Alexandria?
A única resposta possível, ele concluiu, era que a superfície
da Terra era curva. Calculou também que, pela diferença nos
comprimentos das sombras, o ângulo entre Alexandria e Siena
deveria ser de sete graus em relação ao centro da Terra.
Heratóstenes alugou um homem para medir a distância entre
Alexandria e Siena (em passos), resultando em 800 quilômetros, e
concluiu que a circunferência da terra era de 40.000 km.
Os únicos instrumentos de Heratóstenes eram varetas,
olhos, pés e cérebro, além de uma inclinação para experiências.
Com eles deduziu a circunferência da Terra com erro de poucos
por cento, um feito notável há 2.200 anos. Foi a primeira pessoa a
medir com precisão o tamanho do planeta.
Sagan, 1989.
3. - Conceito de Ciência
Eis algumas definições de Ciência, por vários autores:
◘ acumulação de conhecimentos sistemáticos;
◘ caracteriza-se pelo conhecimento racional, sistemático, verificável e, portanto,
falível;
◘ conhecimento sistemático dos fenômenos da natureza e das leis que o regem,
obtido através da investigação, pelo raciocínio e pela experimentação;
◘ conjunto de enunciados lógica e dedutivamente justificados por outros
enunciados;
◘ forma sistematicamente organizada de pensamento objetivo;
◘ conceito de ANDER-EGG: é um conjunto de conhecimentos racionais, certos
ou prováveis, obtidos metodicamente, sistematizados e verificáveis, que se referem a objetos da
natureza;
◘ conceito de TRUJILLO: sistematização de conhecimentos, conjunto de
proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos de
interesse. A ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao
sistemático conhecimento, com objetivo limitado, capaz de ser submetido à verificação.
4. - Classificação da Ciência
Vários autores já propuseram classificações para a Ciência. Augusto Comte dividiu em
matemáticas, físico-químicas, biológicas, morais e metafísicas. Outros autores como Carnap,
Bunge, Wundt optaram por classificar a Ciência em dois grupos: formal e factual.
z Ciências formais: aquelas cuja verdade se apoia em sua estrutura lógica.
Contém apenas enunciados analíticos, apoiados no significado de seus termos. Estudo das idéias.
z Ciências factuais: aquelas cuja verdade se apoia em sua estrutura lógica e,
também, no significado dos fatos inerentes ao problema. Contém enunciados analíticos e
sintéticos, apoiados no significado de seus termos e nos fatos a que se referem. Estudo dos fatos.
LÓGICA
FORMAIS
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS
Física
NATURAIS Química
Biologia
FACTUAIS
Antropologia
Direito
Economia
Política
SOCIAIS Sociologia
Psicologia
Considerações:
5. - O Espírito Científico
O espírito científico nada mais é do que uma atitude do pesquisador em busca de
soluções, com métodos adequados, para o problema que enfrenta.
O espírito científico exige:
Consciência crítica: saber distinguir o essencial do acidental, o importante do
secundário;
Consciência objetiva: é o rompimento com todas as posições subjetivas,
pessoais e mal fundamentadas do conhecimento vulgar;
Objetividade: o trabalho científico é impessoal. Não aceita meias-soluções ou
soluções apenas pessoais.
Racionalidade: a razão deve ser “o único juiz” nas decisões da pesquisa. As
“razões” da arbitrariedade, do sentimento e do coração nada explicam nem justificam no campo
da ciência.
6. - Leituras Recomendadas
Capítulo 1 de LAKATOS e MARCONI, 1995.
Capítulo 1 de CERVO e BERVIAN, 1993.
Capítulo 1 de JOHNSON e SOLSO, 1975.
Capítulo 1 de SEVERINO, 1996.
Capítulo 1 de CASTRO, 1977.
Capítulo 1 de FAZENDA, 1991.
Capítulo 4 e 6 de RUIZ, 1986.
Capítulo 1 de WEATHERALL, 1970.
Introdução e Capítulo 1 de SAGAN, 1989.
Introdução de SAGAN, 1987.
Capítulo 1 de HAWKING, 1988.
13
7. - Referências Bibliográficas
ANDER-EGG, E. Introducción a las técnicas de investigación social: para trabajadores
sociales. 7ª edição. Buenos Aires: Humanitas, 1978.
FAZENDA, I. (org.) Como fazer uma monografia. 2ª Edição. São Paulo: Editora Cortez, 1991.
HAWKING, S. W. Uma breve história do tempo. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1988.
SAGAN, C. Os dragões do éden. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1987.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 20ª Edição. São Paulo: Editora Cortez,
1996.
TRUJILLO, F.A. Metodologia da Ciência. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Kennedy, 1974.
O Método Científico
“Uma publicação científica pode ser comparada a um
pequeno tijolo que depositamos na imensa parede da
Ciência. É a nossa pequena contribuição ao
conhecimento da humanidade. Mas para que este tijolo
se encaixe nos demais, seja assimilado por todos e passe
a fazer parte da parede, ele precisa ter uma forma
apropriada. A Metodologia Científica se encarrega de
dar à pesquisa todos os requisitos necessários para que
ela seja reconhecida como científica.”
Prof. Dr. Paulo C. Razuk
Depto Engenharia Mecânica
1. - Introdução
Muitos autores identificam a Ciência com o método, pois todas as ciências se utilizam da
metodologia científica. Portanto não há ciência sem o emprego de métodos científicos.
Pode-se definir Método Científico como o modo sistemático de explicar um grande
número de ocorrências semelhantes.
Indução de Hipóteses
Portanto, Galileu sugeriu partir do particular para o geral (Indução) mas, com base na
experimentação (Indução Experimental).
Experimentação
Formulação de Hipóteses
Repetição
Portanto, na base do método proposto por Bacon referido como "método das
coincidências constantes", está a constatação de que um fenômeno depende, para sua ocorrência,
de uma causa necessária e suficiente, em cuja ausência o fenômeno não ocorrerá.
No caso das ciências factuais a análise e a síntese podem ser realizadas sobre os fatos e
sobre os seres ou coisas materiais ou espirituais. A análise pode ser entendida como o
procedimento que permite decompor o todo em suas partes constituintes, indo do mais para o
menos complicado. Já com a síntese é feita a reconstituição do todo, após a análise preliminar
17
(do simples para o complexo). Em ambos deve haver um procedimento gradual sem a omissão
de etapas intermediárias. Nas ciências naturais a análise sempre precede a síntese.
“Método é o caminho pelo qual se chega a determinado resultado, ainda que esse
caminho não tenha sido fixado de antemão de modo refletido e deliberado.” (HEGENBERG,
1976).
“Método é uma forma de selecionar técnicas, uma forma de avaliar alternativas
para ação científica. Métodos são regras de escolha; técnicas são as próprias escolhas.”
(ACKOFF, 1976).
“Método é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para
atingir um determinado fim. É o caminho a seguir para chegar à verdade nas ciências.”
(JOLIVET, 1979).
“Método, em sentido geral, é a ordem que se deve impor aos diferentes processos
necessários para atingir um dado fim ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por
método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e
demonstração da verdade.” (CERVO e BERVIAN, 1978).
INDUTIVA DEDUTIVA
5. O Método Hipotético-Dedutivo
A proposta de Método Hipotético-Dedutivo coube a Popper, que o define um método que
procura uma solução, através de tentativas (conjecturas, hipóteses, teorias) e eliminação de erros.
Esse método pode ser chamado de “método de tentativas e eliminação de erros”.
Conjecturas ou
conhecimento Problema Hipóteses Falseamento
prévio
6. - Leituras Recomendadas
21
7. - Referências Bibliográficas
ACKOFF, R.L. Planejamento de pesquisa social. São Paulo: Herder/EDUSP, 1967.
CERVO, A.L. e BERVIAN, P.A. Metodologia Científica: para uso dos estudantes
universitários. 3ª Edição. São Paulo: McGraw Hill do Brasil, 1983.
CONAN, C. A. História Ilustrada da Ciência (III). Rio de Janeiro: J. Zahar Editores, 1987.
ECO, U. Como se faz uma pesquisa. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977.
FAZENDA, I. (org.) Como fazer uma monografia. 2ª Edição. São Paulo: Editora Cortez, 1991.
POPPER, K.S. A lógica da pesquisa científica. 2ª Edição. São Paulo: Cultrix, 1975
22
POPPER, K.S. A lógica das ciências sociais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978.
SALOMON, D.V. Como fazer uma monografia. 2ª Edição. Belo Horizonte: Editora interlivros
de Minas Gerais, 1972.
1. - Conceito de Pesquisa
A pesquisa é a base de todo desenvolvimento tecnológico. Utilizando-se de métodos
científicos, tem como objetivo a solução de problemas. Portanto, são três os elementos básicos
de uma pesquisa:
¼ a dúvida ou problema;
¼ o método científico;
¼ a resposta ou solução.
3. - Tipos de Pesquisa
A diversidade da Ciência leva o homem a abordar os problemas da natureza em vários
enfoques e graus de aprofundamento. Assim, admite-se diversos tipos de pesquisa, com
particularidades próprias, sem excluir os três elementos básicos.
Alguns autores preferem a divisão das pesquisas em dois grandes grupos:
« pesquisa pura : o pesquisador tem como meta o saber, buscando satisfazer uma
necessidade intelectual pelo conhecimento.
« pesquisa aplicada : o investigador é movido pela necessidade de contribuir
para fins práticos, mais ou menos imediatos, buscando soluções para problemas concretos.
Os dois grupos não se excluem nem se opõem. Ambas são indispensáveis para o
progresso das ciências e do homem.
Cabe lembrar que, em qualquer área ou qualquer modalidade de pesquisa, exige-se uma
pesquisa bibliográfica prévia, para levantamento da situação da questão, ou para uma
fundamentação teórica, ou ainda para justificar os limites e contribuições da própria pesquisa.
Procura explicar de que modo ou por que causas o fenômeno é produzido. Caracteriza-se
por manipular diretamente as variáveis relacionadas com o objeto de estudo, através de situações
controladas. Interfere diretamente na realidade, manipulando-se a variável independente a fim
de observar o que acontece com a variável dependente.
Utiliza-se de equipamentos de medida e técnicas modernas de análise para a mensuração
das variáveis envolvidas no objeto de estudo (Cap. 5). São usados os termos “pesquisa de
campo” ou “pesquisa de laboratório”, como indicativo que se tratam de pesquisas práticas.
4. - Projeto de Pesquisa
Toda pesquisa precisa ser planejada. O projeto de uma pesquisa visa garantir a sua
viabilidade. Faz-se a previsão de recursos e equipamentos, a ordem das tarefas, o
estabelecimento dos objetivos, hipótese e variáveis, a metodologia, as ferramentas de análise dos
dados, o cronograma das atividades, etc.
Cervo e Bervian (1983) indicam que um projeto de pesquisa deve conter os seguintes
aspectos:
Título da Pesquisa - um título que mostre, de maneira significativa e adequada
o assunto a ser pesquisado.
Delimitação do assunto - selecionar um tópico a ser estudado e analisado em
profundidade. Evitar temas amplos que resultem em trabalhos superficiais.
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Objetivos - Fins que se pretende obter com a pesquisa.
Justificativa da Escolha - Mostrar as razões da preferência pelo assunto
escolhido e sua importância face a outros temas.
Revisão da Literatura referente à questão - É a realização de uma pesquisa
bibliográfica resumo de assunto sobre a questão delimitada. Tal estudo preliminar e sintético
trará informações sobre a situação atual do problema, sobre os trabalhos já realizados a respeito
e sobre as opiniões existentes.
Formulação do Problema - Redigir, de forma interrogativa, clara, precisa e
objetiva a questão cuja solução viável possa ser alcançada pela pesquisa. O problema levantado
deve expressar uma relação entre duas ou mais variáveis. A elaboração clara do problema é
fruto de revisão da literatura e da reflexão pessoal.
Hipótese - A hipótese é a resposta ou explicação provisória do problema. Deve
ser testável e responder ao problema.
Definição das variáveis - Indica as operações a serem realizadas e os
mecanismos a serem usados para verificar a conexão existente entre a variável independente e
dependente.
População ou Amostragem - É um conjunto de pessoas, de animais ou objetos
que representam a totalidade de indivíduos que possuem as mesmas características definidas para
o estudo.
Instrumentos da Pesquisa - São as técnicas a serem usadas para a coleta de
dados, como entrevista, o questionário e o formulário. Quando se trata de pesquisa
experimental, são descritos os instrumentos e materiais ou as técnicas a serem usadas.
Procedimentos - É o detalhamento da forma usada para fazer a observação, a
manipulação da variável independente, o tipo de experimento, o uso ou não de grupo de controle
e a maneira do registro dos resultados.
Análise de Dados - É o tratamento estatístico usado nos dados obtidos, que
resultará na comprovação ou não da hipóteses de estudo.
Discussão dos Resultados - É a generalização dos resultados obtidos pela
análise dos dados. Cabe também a comparação dos resultados com afirmações e posições de
outros autores.
Orçamento - provisão das despesas com pessoal, materiais e serviços.
Cronograma de Execução - escalonamento no tempo de todas as fases e
tarefas da pesquisa.
Conclusão final e Observações - É o resumo dos resultados mais
significativos que conduziram à comprovação ou rejeição da hipótese.
Bibliografia - São as referência bibliográficas que serviram de embasamento
teórico. Devem sempre ser apresentadas de acordo com a Norma da ABNT (NBR 6023).
Anexos - São os elementos complementares, como questionários, fichas de
observação e registro e listagens intermediárias de dados que podem auxiliar o leitor da pesquisa.
Deve ficar bem claro que os aspectos mencionados acima não são obrigatórios para todas
as pesquisas. Também não se deve imaginar que, ao redigir o projeto de pesquisa, se utilize um
capítulo ou um item para cada aspecto citado.
A título de exemplo, são sugeridas duas formas de redigir o Projeto de Pesquisa,
compactando os diversos aspectos já mencionados em itens.
27
1º Exemplo:
2º Exemplo
5. - Leitura Recomendada
Capítulo 3 de CERVO e BERVIAN, 1993.
Capítulo VI, itens 1, 2 e 3 de SEVERINO, 1996.
Parte 3 de ASTI-VERA, 1976.
Capítulos 3 e 4 de ECO, 1977.
Capítulo 3 de LEITE, 1978.
Capítulo 3.4 de RUIZ, 1986.
6. - Bibliografia
ECO, U. Como se faz uma pesquisa. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 20ª Edição. São Paulo: Editora Cortez,
1996.
29
Procedimentos para
Investigação Científica
“Em três notáveis experiências - a deflexão da luz das
estrelas ao passar perto do sol, o movimento da órbita de
Mercúrio, e a mudança para o vermelho das linhas
espectrais de um forte campo gravitacional estelar - a
Natureza votou em Einstein. Contudo, sem essas
verificações experimentais, muitos poucos físicos teriam
aceito a relatividade geral. Existem muitas hipóteses na
física de brilho e elegância comparáveis, mas que foram
rejeitadas um vez que não resistiram a um confronto
experimental. No meu ponto de vista, a condição do
homem seria grandemente beneficiada se tais
confrontações e a disposição em rejeitar hipóteses
fizessem parte de nossas vidas social, política,
econômica, religiosa e cultural.”
Carl Sagan, Os Dragões do Eden, 1987.
1. - Introdução
Pode-se dividir os procedimentos para uma investigação científica em 4 partes:
Escolha do Assunto
Organização da Pesquisa
Execução da Pesquisa de Campo
Redação do relatório (tese, dissertação, monografia, etc.)
Delimitar o assunto é escolher um tópico ou parte a ser focalizada. Essa delimitação vai
permitir uma maior profundidade no estudo. Temas amplos e complexos geram estudos
superficiais.
Existem duas formas de delimitar o assunto: divisão do assunto em partes (estudando-se
apenas uma delas), ou fixar-se circunstâncias de tempo e espaço limitados para o estudo. Eis
alguns exemplos:
3. - Hipóteses
Uma vez formulado o problema, com certeza de ser cientificamente válido, supõe-se uma
resposta (hipótese) “suposta, provável, provisória”.
Exemplos:
Problema : Quais as principais causas do desgaste de discos de corte de madeira?
Hipótese : A principal causa é o desgaste químico (corrosão), acompanhado do desgaste
por atrito mecânico.
Existem várias formas de se formular uma hipótese, mas a mais comum é “Se x, então y”,
ou então “Se x, então y, sob as condições r e s”.
32
Curi (1981) cita algumas hipóteses históricas que se tornaram famosas:
“Em 1628, W. Harvey enunciou a hipótese da circulação do sangue sem levar em conta a
diferença entre os sangues arterial e venoso. Este avanço, para a época, ficou incompleto até que
o mesmo autor formulou a hipótese complementar: "o circuito artéria - veia é efetuado por vasos
capilares invisíveis", comprovação conseguida em pesquisas ulteriores.”
“Mendeleiev (1834 - 1907) propôs a classificação dos elementos, em química, com base
em seus pesos atômicos. A hipótese proposta foi tão coerente que permitiu prever a existência de
alguns elementos desconhecidos, na época, que tiveram suas existências confirmadas depois.
Conhecimentos posteriores formulados com base no número atômico, e não mais no peso
atômico, permitiram a elaboração de novas hipóteses e o conseqüente avanço na área,
confirmando de maneira ampla a classificação proposta por Mendeleiev.”
“A hipótese do átomo indivisível, proposta por Dalton (1766-1844), foi suficiente para
explicar os fatos até uma certa época. Novos conhecimentos, novas técnicas e novos fatos que
não se enquadravam na teoria anterior sugeriram a formulação de novas hipóteses que
confirmaram de forma direta ou indireta a divisibilidade do átomo.”
As hipóteses devem facilitar o ensaio experimental. Não podem se apresentar com falhas
como indefinidas, restritas, semanticamente defeituosas, logicamente defeituosas e alusivas a
condições irrealizáveis.
Para exemplificação (Curi, 1981) imagine-se o uso de aspirina no tratamento de "dor de
cabeça".
Hipótese 1: "A aspirina é eficaz no combate à dor de cabeça". É uma hipótese vaga e
indefinida, pois não identifica os tipos de dores de cabeça nos quais se está interessado. Sua
negação não aumenta o conhecimento científico sobre o assunto.
Hipótese 2: "A aspirina combate todos os tipos de dores de cabeça". É uma hipótese
definida mas, devido ao seu excesso de abrangência, sua negação não é importante, podendo até
mascarar seu uso benéfico em certas situações.
Hipótese 3: "A aspirina é eficiente no combate a dores de cabeça decorrentes de má -
digestão".
Hipótese 4: "A aspirina não é eficiente no combate a dores de cabeça cuja origem se deva
a processos traumáticos".
As hipóteses 3 e 4 são definidas e sua comprovação ou negação acrescentará
informação científica válida. Ambas são suscetíveis de comprovação experimental. Aceitando-se
que o termo "dor de cabeça" tenha sido previamente definido, de modo a não gerar confusão,
ambas são semântica e logicamente coerentes.
4. - Variáveis
LAKATOS e MARCONI (1983) citam diversos conceitos de variáveis, alguns dos quais
são aqui reproduzidos.
- Variável é qualquer quantidade ou característica que pode possuir diferentes
valores numéricos (YOUNG, 1960).
- Variável é um valor que pode ser dado por uma quantidade, qualidade,
magnitude, traço, etc., que pode variar em cada caso individual (TRUJILLO, 1974).
- Uma variável é um conjunto de valores que forma uma classificação
(GALTUNG, 1978).
- Variáveis são aspectos, propriedades ou fatores, mensuráveis ou potencialmente
mensuráveis, através dos valores que assumem, discerníveis em um objeto de estudo (KOCHE,
1979).
- Variável, ou classificação, ou medida, é uma ordenação dos casos em duas ou
mais categorias totalmente inclusivas e que se excluem mutuamente (DAVIS, 1976).
Variável independente é aquela que influencia, determina ou afeta uma outra variável.
Será indicada pela letra X, sendo referida como fator determinante, condição ou causa para a
ocorrência de determinada resposta. De maneira geral é o fator, manipulado pelo pesquisador,
com vistas a estudar uma certa resposta de interesse.
Variável dependente consiste na resposta que ocorre em virtude dos diferentes valores
que a variável independente pode assumir. Será indicada pela letra Y. Assim sendo, Y é função
de X, ou seja, os valores que Y assume dependem dos valores atribuídos a X. A variável
dependente é a resposta que aparece à medida que o investigador modifica a variável
independente; é o resultado, conseqüência ou resposta a algo que foi manipulado.
Em uma pesquisa, a variável independente, que será indiferentemente referida como
fator, é o antecedente e a variável dependente (referida como resposta) é o conseqüente. São
feitas estimativas (previsões) dos valores da variável dependente a partir dos valores que a
variável independente assume (isto será discutido com mais detalhe quando do estudo de
Regressão).
Exemplos: o comprimento e o peso dos animais dependem da idade (X = idade;
Y= comprimento ou peso); a deficiência alimentar na infância (X) provoca dificuldades no
aprendizado escolar (Y); a maior pigmentação na pelagem dos animais (X) pode proporcionar
uma menor adaptação (Y) em climas quentes.
Em muitas situações práticas existe uma certa dificuldade em saber qual é a variável
independente e qual a dependente. A maneira lógica de raciocinar é relacionada com o critério
de suscetibilidade à influência, ou seja, a variável dependente (conseqüente) é aquela capaz de
ser alterada ou influenciada ou determinada pela outra, que passa a ser considerada, então, a
variável independente ou causal (determinante).
Exemplo: existindo uma relação entre predisposição a problemas cardíacos e sexo
é evidente que o sexo influencia a ocorrência de problemas cardíacos e não é a ocorrência de
problemas cardíacos que determina o sexo.
Dois critérios podem ser enumerados para se decidir a respeito do sentido da influência
entre variáveis: a ordem no tempo (precedente e conseqüente) e a fixidez ou a capacidade de se
alterar apresentada pelas variáveis. O critério de ordem temporal é baseado no princípio lógico
de que o acontecido depois não pode ser capaz de influenciar o que veio antes. Portanto, sempre
que possa ser usada, a ordem temporal estabelece como variável independente a anterior no
tempo e como dependente a que se segue.
Exemplo: amamentação materna do recém-nascido leva a uma conseqüente maior
resistência a infecções na infância; hábito de fumar da mãe durante a gestação influencia no peso
do recém-nascido.
4.2. - Covariável
6. - Leituras Recomendadas
Capítulos 4, 5 e 6 de LAKATOS e MARCONI, 1995.
Capítulo IV de CERVO e BERVIAN, 1993.
Capítulo 2 de JOHNSON e SOLSO, 1975.
Capítulos de 1 a 10 de MEDEIROS, 1996.
Capítulo 3 de CASTRO, 1977.
Capítulo 2 de ECO, 1977.
Capítulo 2 de LEITE, 1978.
Capítulos 3, 5 e 8 de WEATHERALL, 1970.
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7. - Referências Bibliográficas
CURI, P. R. Alguns aspectos do planejamento experimental. Rev. Bras. Anest. 37(5): 341-5,
1987.
ECO, U. Como se faz uma pesquisa. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977.
SAGAN, C. Os Dragões do Eden. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora, 1987.
Análise de Dados na
Investigação Científica
“Nossas idéias não são mais do que instrumentos
intelectuais que nos servem para penetrar nos
fenômenos. Devemos modificá-las depois de terem
desempenhado seu papel, assim como mudamos de
bisturi quando ele já nos serviu muito tempo.”
Caude Bernard
1. - Introdução
Os dados obtidos no conjunto de medições não oferecem uma visualização completa
sobre o comportamento das variáveis e muito menos sobre o fenômeno estudado. Para
apresentar os dados de uma forma mais inteligível, o pesquisador precisa trabalhar os dados,
utilizando-se das ferramentas da matemática e da estatística. Isto é realizado através da
elaboração de tabelas de freqüências, de figuras e o cálculo de medidas de posição e de
variabilidade são importantes para o melhor conhecimento da variável.
Não pretende-se aqui ensinar matemática (seja estatística, séries, cálculo integral,
geometria, etc.), pois este não é o objetivo da Metodologia Científica. O pesquisador necessita
apenas conhecer as ferramentas que a matemática oferece para que ele possa analisar os seus
dados levantados experimentalmente. A escolha do tipo de tratamento é de extrema importância;
a aplicação aos dados é feita facilmente por programas de computador.
A seguir é apresentado um resumo dos principais parâmetros e tratamentos estatísticos
usados em experimentos. Inicialmente alguns conceitos básicos.
3. – Níveis de Mensuração
Uma das grandes preocupações do homem sempre foi a MEDIÇÃO. Medir terras,
quantidade de gado, a riqueza, porções de medicamentos, etc.
Supõe-se que, na antiguidade, o homem do campo usasse coleções de pedrinhas para
avaliar o tamanho de seu rebanho. Sem saber, ele já estava medindo. Assim, a informação sobre
o tamanho do rebanho poderia ser guardada num compartimento onde coubessem as pedras.
Este processo de guardar as informações era trabalhosa e volumosa.
A invenção dos números (palavras capazes de expressar quantidades) permitiu que o
homem deixasse de guardar as informações num lugar físico, e passar a guardá-las na memória.
Para evitar o esquecimento, o homem criou a escrita. O algarismo (representação gráfica do
número) possibilitou anotar as informações.
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MEDIR uma magnitude (grandeza) significa associar a essa magnitude um número
real. Numa medição realizamos 4 operações: definição do que vai ser medido, definição do
critério ou padrão, leitura, e interpretação. A MEDIDA é uma relação entre magnitude e critério
(padrão).
O processo de medição depende da classe que pertence a magnitude. Existem 4 níveis de
mensuração:
Tabela 5.2 - Provas estatísticas adequadas para os níveis nominal, ordinal e intervalar.
Nível de Mensuração Nominal Ordinal Intervalar
Prova binominal Prova de Kolmogorov-
Uma amostra Prova qsi2 de 1 Smirnov
amostra Prova de iterações
Prova de Prova de Walsh
Prova dos sinais
Relacionadas McNemar para Prova de
Prova de Wilcoxon
significância Aleatoridade
Prova da Mediana
Duas Prova de Mann-Withney
Prova de
amostras Prova de Fisher Prova de Kolmogorov-
Aleatoridade
Independentes Prova qsi2 de 2 Smirnov
para duas
amostras Prova de iterações de
amostras.
Wald-Wolfowitz
Prova de Moses
Prova Q de
Relacionadas Prova de Friedman
Cochran
K
Prova da extensão da
amostras independentes Prova qsi2 de K mediana
amostras
Prova de Kruskal-Wallis
Coef. de correlação de
Medida não Spearmann
Coeficiente de Coef. de correlação de
paramétrica de contingência Kendall
correlação Coef. de concordância de
Kendall
Cada linha relaciona, cumulativamente para a direita, as estatísticas aplicáveis.
4. - Leitura Recomendada
Capítulo 3 de Siegel, 1975
Capítulo 2 de Costa, 1992.
Capítulos 1, 2, 3, 4 e 5 de GOMES, 1987.
Capítulos 6 e 7 de WEATHERALL, 1970
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5. - Referências Bibliográficas
COSTA, S.F. Introdução Ilustrada à Estatística. 2ª Ed. São Paulo: Harbra Ltda, 1992.
GOMES, F.P. Curso de Estatística Experimental. 12ª Edição. São Paulo: Ed. Nobel, 1987.
A Divulgação da Pesquisa
“Nossas possibilidades de conhecimento são muito, e até
tragicamente, pequenas. Sabemos pouquíssimo, e
aquilo que sabemos, sabemo-lo muitas vezes
superficialmente, sem grande certeza. A maior parte de
nosso conhecimento é apenas provável. Existem
certezas absolutas, incondicionais, mas estas são raras.”
BOCHENSKI (1961)
1. - Introdução
Um dos objetivos da ciência é o de desvendar os fenômenos, conhecer e dominar a
natureza, com a finalidade de promover o bem estar da humanidade. Compete ao pesquisador,
externar os resultados de suas pesquisas, sem o que estas permanecerão inaproveitadas e não
passarão a fazer parte do acervo de conhecimentos disponíveis.
Esta divulgação é feita de vários modos:
em monografias (teses, dissertações, relatórios, etc.), que representam o
tratamento escrito de um tema específico que resulte da investigação científica, com a finalidade
de apresentar uma contribuição relevante ou original e pessoal à ciência.
em artigos para publicação em periódicos especializados.
oralmente em congressos, simpósios e outros eventos científicos.
Capa
Folha de rosto (verso: ficha catalográfica)
E Termo de aprovação
Dados curriculares do autor
S Dedicatória
Pré-texto Agradecimentos
T Sumário
Lista de figuras
R Lista de tabelas
Lista de abreviaturas (glossário)
U Resumo
T Introdução
Revisão da Literatura
U Proposição
Texto Material e Métodos
R Resultados
Discussão
A Conclusões
Referências Bibliográficas
Pós-texto Resumo em outro idioma (abstract)
Anexos
5. - Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. Apresentação de
dissertações e teses: projeto 14:02.02.002. Rio de Janeiro, 1984. 18p.
BARRASS, R. Os cientistas precisam escrever. 2ª Edição. São Paulo: Ed. T. A. Queiroz, 1986.
ECO, U. Como se faz uma pesquisa. São Paulo: Editora Perspectiva, 1977.
SALOMON, D.V. Como fazer uma monografia. 2ª Edição. Belo Horizonte: Editora interlivros
de Minas Gerais, 1972.
Apresentação da Pesquisa
em Eventos Científicos
1. - INTRODUÇÃO
Se considerarmos a pesquisa como uma contribuição à Ciência, então a divulgação dessa
pesquisa à comunidade científica se torna obrigatória. Não existe qualquer razão para restringir
os resultados e conclusões de uma pesquisa apenas aos seus participantes.
Mesmo uma monografia (tese, dissertação, relatório, etc.), quando defendida
publicamente, tem a sua divulgação restrita a aquela universidade ou câmpus universitário,
tornando-se necessário levar os seus dados e conclusões a uma comunidade maior.
Os principais fóruns de divulgação de trabalhos científicos são os simpósios, congressos,
encontros, etc.. Neste ambiente há o debate, a troca de informações, o contato com outros
pesquisadores, a observação das principais tendências, ( ... ), enfim, há a total atualização do
pesquisador com o mundo científico.
3. - A APRESENTAÇÃO DO TRABALHO
Durante o congresso será reservado um tempo para que o pesquisador exponha para a
comunidade científica a sua pesquisa. Atualmente as duas formas mais utilizadas para
apresentação são:
§ apresentação oral;
§ apresentação através de pôster.
4. - OS ANAIS DO EVENTO
Todos as pesquisas publicadas no evento são publicadas no livro do congresso (anais),
que são distribuídos a todos os participantes do congresso. Esta publicação torna a pesquisa
conhecida no mundo todo, pois passa a fazer parte de grande número de bibliotecas, podendo o
resumo ser acessado por rede de computadores. Existem 2 tipos anais: os anais de resumos dos
trabalhos (que contém apenas a página de resumo do trabalho), ou os anais de trabalhos
completos.
A tendência mundial é a publicação apenas dos anais de resumos, ou a publicação dos
anais de trabalhos completos em CD-ROM. A publicação dos anais de trabalhos completos em
forma de livro é inviável para qualquer congresso.