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Introdução:
Os produtos naturais são utilizados pelo homem desde tempos antigos como
principal ferramenta na prática de terapias naturais, com o objetivo de procurar o alívio
e a cura de doenças através, por exemplo, do uso de plantas. Gradualmente, as plantas
aromáticas e os seus óleos essenciais passaram a fazer parte de técnicas de prevenção
e de tratamento de doenças, nomeadamente, em contextos em que a presença dos
médicos era quase inexistente, como no caso dos meios rurais. O recurso a plantas
medicinais para o tratamento de várias patologias, considera-se uma prática comum das
populações que recorrem com frequência às plantas espontâneas devido ao fácil acesso
local.
Existem inúmeras espécies vegetais consagradas pelo uso popular, sendo que,
poucas tiveram comprovação médica ou científica. As plantas medicinais compreendem
espécies herbáceas, arbustivas e arbóreas, entre outras…que podem ser encontradas
crescendo espontaneamente ou cultivadas, de acordo com a região.
Identificação Botânica:
Quando uma planta é descrita pela primeira vez, essa descrição deve ser feita
em Latim, assim como o nome dado à nova espécie. Esse nome geralmente é composto
de duas palavras: a primeira, começando com letra maiúscula, indica género, e a
segunda, com letra minúscula, indica espécie. A letra logo após o nome da espécie indica
o nome da pessoa que descobriu a planta.
Reino: Plantae
Filo: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Rosmarinus
Espécie: R. officinalis
Além do nome científico, as plantas também têm seus nomes populares, que
variam de acordo com a região, e um mesmo nome pode indicar mais de uma espécie.
Nomes Populares:
- Alecrim-de-jardim;
- Alecrim;
- Rosmarino;
- Labinotis;
- Alecrinzeiro;
- Alecrim comum;
- Alecrim – de - cheiro;
- Alecrim - de - horta;
- Erva - coada;
- Flor- do - olimpo;
- Rosa - marinha;
- Rosmarinho.
Produção (propagação):
A propagação das plantas medicinais pode ser realizada pelo método sexuado
(por sementes) ou pelo método assexuado (vegetativo).
As sementes são o material básico da propagação sexuada e por isso devem ser
selecionadas com critério, tendo-se em consideração: tamanho, sanidade e poder
germinativo, de acordo com a espécie a que pertencem.
Com relação à sanidade, sabe-se que todas as sementes que apresentam aspeto
distinto do normal devem ser descartadas.
O poder germinativo das sementes e sua longevidade devem ser conhecidos para
maior garantia. Há espécies cujo poder germinativo dura somente algumas semanas e
outras, vários anos.
Sementeira:
As sementes são plantadas “mais rasas do que profundas”, para que não haja
problemas com a emergência.
Outro fator importante para a germinação é a humidade, que deve ser mantida
constante no substrato, que deve ter boa drenagem evitando reserva de água, que
causaria perda das sementes. É importante que a rega das sementeiras seja feita com
regador de crivos finos, evitando que as gotas formem sulcos na superfície, expondo-as
ou até mesmo deslocando-as. As sementes são colocadas ao abrigo dos ventos, algumas
ao sombreamento quando necessário.
Sementeira a Lanço ou
em Linha
Sementeira em Local
definitivo
Propagação Assexuada: este método envolve as espécies que são propagadas por meio
de estruturas vegetais (brotos, estacas, divisão de touceiras, etc…), recomenda-se a
instalação de um pequeno viveiro, onde os canteiros são formados por sacos plásticos
que contém as futuras mudas.
Nó lateral em brotação
A maioria das espécies são propagadas por estaca, a transplantação deve ser
feita aproximadamente dois meses após a estaca, quando a estaca já apresentar um
sistema radicular bem desenvolvido e brotações novas, está apta para ser plantada no
local definitivo de cultivo.
Devemos ter atenção: à preparação das covas ou canteiros para as mudas, poda
das partes dispensáveis, colocação de apoios necessários, manutenção de regas
regulares, adubação inicial e de manutenção.
A cova que vai receber a muda deve ter todas as condições e exigências da
espécie a plantar, no que diz respeito ao solo. Para cada porte de planta, seja ele grande,
média ou pequena, adota-se o tamanho correspondente da cova:
Por ocasião da plantação as mudas devem ser retiradas das embalagens com
cuidado para não danificar as raízes ou desfazer os torrões. A exposição das raízes à luz
e ar, assim como a plantação de mudas com “raiz nua”, devem ser evitados.
Sempre que possível, opta-se pelos dias chuvosos ou nublados para a operação
de transplante e plantação; ou então o final do dia quando a incidência dos raios solares
for menor, recomenda-se podar as partes dispensáveis das folhagens que serão
transplantadas.
As leiras são preparadas como os canteiros e diferem destes por serem de menor
largura.
O fundo do vaso ou jardineira deve ser perfurado para permitir a drenagem do excesso
d’água. Em geral coloca-se a muda no centro do vaso, que deve ser preenchido com
substrato de qualidade.
Técnicas Culturais:
Irrigação
por longos períodos sem necessitar de irrigação e podem ser cultivadas apenas
contando com a água das chuvas.
Podas
No caso de plantas anuais (completam seu ciclo com menos de um ano), a poda
corresponde à colheita.
Cobertura Morta
Consiste em cobrir o solo com material vegetal, permitindo uma melhor retenção
de água, reduzindo o aparecimento de plantas estranhas ao cultivo, diminuindo a
exposição direta do solo à radiação solar (mantendo a temperatura do solo estável
favorecendo os microrganismos) e reduzindo a erosão.
Consociações
Rotação de Culturas
Sempre após o final do ciclo de uma cultura, é benéfico cultivar uma outra
espécie nesta área, com características diferentes da cultura anterior. Muitas vezes é
adequado “descansar” certas áreas de solo que estão sendo exploradas por mais de 5
anos.
Controle Fitossanitário
Colheita:
Quanto à época e horário de colheita, variam muito de autor para autor, sendo
que, como regra geral, devemos colher partes de plantas adultas, com seu pleno
desenvolvimento vegetativo, com bom aspeto fitossanitário.
A colheita deve ser sempre realizada com tempo seco, de preferência pela
manhã (após a evaporação do orvalho) ou no final da tarde, quando o dia estiver muito
quente, devido à facilidade de evaporação de algumas substâncias da planta. Não se
recomenda colheita após um período prolongado de chuvas, pois o teor de princípios
ativos pode diminuir em função do aumento do teor de humidade na planta. Esta
humidade pode também prejudicar a secagem e facilitar o aparecimento de
microrganismos (fungos e bactérias) no material.
Secagem:
Métodos de Secagem:
Secagem Natural
prática é pendurar as plantas em feixes pequenos, amarrados com fios e afastados entre
si. Este método não é adequado para plantas cujas folhas caem durante a secagem.
Secagem Artificial
Embalagem e Armazenamento
Aipo
O aipo cresce até uma altura de 40 cm, é composto por caules de folhas, dispostos numa forma
cónica sob uma base comum, com um sabor ligeiramente salgado. Um único caule é o suficiente
para condimentar os alimentos, porque o seu óleo possui um aroma muito forte, que se mistura
aos alimentos durante a confeção. Em termos nutricionais é uma excelente fonte de vitaminas
(A, B1, B2, B5, C, E), magnésio, potássio e ferro.
Alecrim
Alho
O alho devido ao facto de conter essências aromáticas é muito utilizado na cozinha, tornando
as refeições com um sabor muito acentuado. O dente de alho pode ser utilizado esmagado,
picado, fatiado. Em termos nutricionais, fornece vitaminas (B1, B2, C, provitamina A e E) e
minerais (selénio, cálcio, iodo, sódio e ferro).
Cebola
A cebola pode ser utilizada de várias formas, como o único ingrediente ou como tempero,
podendo ser ingerida crua, em saladas, frita ou assada.
Cebolinho
O cebolinho é uma planta bolbosa cujas folhas verdes têm um sabor picante e devem ser
adicionadas aos pratos no momento de servir, sem serem previamente cozinhadas, uma vez que
o seu aroma perde-se rapidamente. É rico em vitaminas A e C.
Coentros
O coentro tem um aroma especial e um sabor marcante que combina muito bem com pescado.
Podem ser utilizadas as suas sementes, folhas, caules e até a sua própria raiz (cozida como se
fosse um legume). As folhas frescas são ricas em ferro e vitamina C. Possui quatro vezes mais
caroteno do que a salsa e três vezes mais cálcio do que esta.
Endro
Podem ser usadas as suas folhas frescas ou as suas sementes que conferem um sabor forte,
picante e apetitoso aos alimentos. Apresenta quantidades de ácidos gordos importantes para o
bom funcionamento das funções cognitivas e cardíacas e compostos fenólicos.
Cidreira
A erva-cidreira consiste num arbusto com folhas esverdeadas que emana um aroma a limão.
Possui propriedades antissépticas e é mais saborosa quando colhida fresca do que quando
utilizada seca.
Estragão
O funcho pode atingir dois metros de altura, possui uma raiz carnuda grossa e ligeiramente
canelada e produz flores de cor amarelo-vivo.
Gengibre
O gengibre é um rizoma que apresenta um sabor picante, podendo ser usado em pratos salgados
como em pratos doces e em diversas formas (fresco, seco, em pó, em picles, cristalizado, calda
e ainda em pasta congelada). Possui uma ação bactericida.
Hortelã
Planta herbácea de 25 cm a 100 cm de altura, vivaz e rústica. Essa espécie é reconhecida pelas
cores verde-escuras das folhas e avermelhadas das flores, caules e pecíolos, e ainda pela sua
maior robustez e riqueza em óleo essencial. A hortelã também é conhecida como menta, é uma
planta aromática de cheiro puro, refrescante e de sabor intenso. As suas folhas fornecem
vitaminas A, B, C e minerais (cálcio, fósforo, ferro e potássio).
Louro
O loureiro é uma árvore de tronco liso, que pode chegar até aos 10 metros de altura. Possui
folhas aromáticas, verde-escuras, com a página inferior verde-azeitona e sabor amargo. A sua
ação é mais eficaz quando as folhas estão secas do que frescas.
Manjericão
O manjericão é uma planta anual de aproximadamente 45 cm de altura, possui um caule
finamente estriado, quadrado, ramoso, verde-claro a avermelhado na base. Quanto mais jovens
forem os rebentos, mais condimentadas são as suas folhas que possuem óleos essenciais,
vitaminas C e A. As suas folhas são grandes, ovadas e verdes claras, com cheiro fresco, forte e
ardente. Deve ser adicionado aos pratos já previamente preparados.
A altura do orégão pode variar de 25 a 40 cm. A planta é herbácea, com caules subterrâneos
(rizomas), muito ramificada, produz folhas pequenas, ovais e pecioladas, medindo de 1 a 5 cm.
As flores são pequenas, tendo cores como a púrpura, rosa, branco ou uma mistura delas,
surgindo do início do verão até meados do outono. Os orégãos apresentam um sabor forte e
aromático e fornecem óleos essenciais e vitamina C.
Poejo
Salsa
Existem muitas variedades de salsa, com altura de 50 a 80 cm. Tem folhas tipicamente divididas
e aromáticas. Contém vitaminas (A, e C), minerais (cálcio, ferro, magnésio, enxofre e potássio) e
bioflavonoides. Deve ser consumida crua.
Salva
Segurelha
O tomilho é um pequeno arbusto (altura de 20 a 30 cm), com poucos ramos, cujas folhas são
inteiras, pequenas, de forma oval, tendo juntamente com os caules, odor parecido ao da hortelã.
Da sua composição nutricional destacam-se as vitaminas do complexo B, vitamina C e o
magnésio.