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ELETROMAGNETISMO 1
SUMÁRIO
6. DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA............................................................................................33
6.1. A natureza dos materiais dielétricos ....................................................................................................33
6.2. Capacitância.........................................................................................................................................36
2
Eletromagnetismo 1
3
Eletromagnetismo 1
1. ANÁLISE VETORIAL
O termo “escalar” se refere a uma grandeza cujo valor pode ser representado por um número (positivo ou
negativo) real. Por exemplo, são grandezas escalares: tensão, corrente, massa, densidade, etc. Uma grandeza
“vetorial” possui intensidade, direção e sentido no espaço, sendo representada por um vetor. Força, velocidade
e aceleração são exemplos de vetores.
A teoria do eletromagnetismo é essencialmente um estudo de campos particulares. Um campo é uma função
que especifica uma grandeza particular em qualquer ponto de uma região. Define-se “campo escalar” como
sendo a região em que cada ponto é representado por um escalar, por exemplo, campo de potenciais, campo
de temperaturas, etc. A expressão φ = x + y + z = 100 define um campo escalar de superfície esférica. O
2 2 2
“campo vetorial” é definido como sendo uma região em que cada ponto equivale a um vetor, como por
exemplo, o campo elétrico, campo magnético, campo gravitacional, etc. Seja
r r r r r
E = 3a x + 4a y + 5a z definindo um campo vetorial. Se E representa o campo z
elétrico, temos uma região onde o campo elétrico é uniforme, possuindo
r r
módulo igual a E = 5 2 e direção fixa definida pelos vetores unitários az
r r r
(versores) a x , a y e a z . Um campo escalar ou vetorial é dito uniforme quando
r
seu valor não varia com a posição, ou seja, não depende das variáveis de ax r y
espaço x , y e z . O campo que varia ponto a ponto no espaço é dito não ay
uniforme. x
Nesta apostila adota-se a seguinte representação de vetores em coordenadas
cartesianas:
r r r r
A = ( Ax , Ay , Az ) = Ax a x + Ay a y + Az a z
r
Onde Ax , Ay e Az são denominadas de componentes de A , respectivamente nas direções x , y e z . Os
r r r
vetores unitários nas direções x , y e z são respectivamente: a x , a y e a z . O módulo (magnitude, norma,
r
intensidade) de um vetor pode ser representado por A ou simplesmente A . Para um sistema de
coordenadas retangular de 3 dimensões o módulo é dado por:
r
A = Ax2 + Ay2 + Az2
r
O vetor unitário (versor) associado a um vetor
r A é um vetor cuja magnitude é a unidade e a orientação é ao
longo de A . Para o versor utilizaremos letras minúsculas, sendo encontrado dividindo pelo seu módulo:
r
r A
aA = r
A
r r r
Ao invés de utilizarmos os versores i , j e k para o sistema de coordenadas retangular, utilizaremos os
r r r
versores a x , a y e a z , pois irá facilitar o estudo dos sistemas de coordenadas cilíndrico e esférico.
4
Eletromagnetismo 1
r
C = ( Ax + Bx , Ay + B y , Az + Bz ) .
A subtração de vetores é feita de modo similar:
r r r r r
C = A − B = A + (− B) = ( Ax − Bx , Ay − B y , Az − Bz ) .
Algumas propriedades básicas são:
r r r r
(a) A + B = B + A (comutativa)
r r r r r r r r
(b) A + ( B + C ) = ( A + B ) + C ou (cd ) A = c ( dA) (associativa)
r r r r r r r
(c) c( A + B ) = cA + cB ou (c + d ) A = cA + dA (distributiva)
r r r
(d) A + 0 = A (existência de identidade aditiva)
r r
(e) 1( A) = A (existência de identidade multiplicativa)
r r r
(f) A + ( − A) = 0 (existência do oposto)
5
Eletromagnetismo 1
r r r r r r r
(b) A • ( B + C ) = A • B + A • C (distributiva)
r r r r
(c) A • B = 0 ⇔ A ⊥ B (o produto escalar entre dois vetores perpendiculares - ortogonais - é nulo)
(d) Dois vetores são paralelos se um dos vetores for um múltiplo escalar do outro
r r r2
(e) A • A = A = A2
O produto escalar pode ser aplicado na obtenção da componente (projeção) de um vetor numa dada direção. A
r r r r r
projeção escalar de um vetor B sobre um vetor A é B A = B • a A . A projeção vetorial de um vetor B sobre
r r r r r r
um vetor A é B A = ( B • a A ) a A = B A a A .
r r r
De forma similar, a projeção escalar de um vetor B sobre o eixo x é Bx = B • a x , enquanto que a projeção
r r r r r r
vetorial de um vetor B sobre o eixo x é Bx = ( B • a x ) a x = Bx a x .
r r
Outra aplicação do produto escalar é na obtenção do ângulo entre dois vetores. Como A • B = AB cos θ ,
então:
r r
A• B
cos θ =
AB
6
Eletromagnetismo 1
r r r r
(a) A × B = − B × A (não é comutativo)
r r r r r r
(b) A × ( B × C ) ≠ ( A × B ) × C (não é associativo)
r r r r r r r
(c) A × ( B + C ) = A × B + A × C (distributiva)
r r
(d) A× A = 0
r r r r
(e) A × B = 0 ⇔ A // B (o produto vetorial é nulo se os vetores forem paralelos)
Em geral, as quantidades físicas trabalhadas no eletromagnetismo são funções do espaço e do tempo. A fim
de descrever as variações espaciais dessas quantidades, devemos ser capazes de definir todos os pontos de
maneira unívoca no espaço de forma adequada. Isto requer o uso de um sistema de coordenadas apropriado.
Um ponto, ou um vetor, pode ser representado em qualquer sistema de coordenadas curvilíneo ortogonal ou
não-ortogonal. Um sistema ortogonal é aquele em que as coordenadas são mutuamente perpendiculares.
Pode-se economizar uma parcela considerável de tempo, e de trabalho, ao escolher um sistema de
coordenadas que mais se adapta a um determinado problema. Um problema difícil em um sistema de
coordenadas pode ser de fácil solução em outro sistema. Neste curso nos restringiremos aos três mais
conhecidos sistemas de coordenadas ortogonais: cartesiano, cilíndrico e esférico.
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Eletromagnetismo 1
Um sistema de coordenadas cilíndricas circulares é conveniente quando tratamos problemas com simetria
cilíndrica. Um ponto P é representado por P ( ρ , φ , z ) , em que ρ representa o raio do cilindro que passa pelo
ponto P . φ é denominado de ângulo azimutal, sendo medido a partir do eixo x , no plano xy . z é a mesma
coordenada utilizada no sistema de coordenadas cartesianas.
Os intervalos das variáveis coordenadas ρ,φ e z são:
A figura seguinte mostra o sistema de coordenadas cilíndricas, onde é possível perceber em (a) as três
superfícies mutuamente perpendiculares do sistema de coordenadas cilíndricas circulares, (b) os três vetores
unitários e (c) o elemento de volume diferencial, em que dρ , ρdφ e dz são todos elementos de
comprimento.
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Eletromagnetismo 1
Um sistema de coordenadas esféricas é conveniente quando tratamos problemas com simetria esférica. Um
ponto P é representado por P ( r , θ , φ ) , em que r representa a distância a partir da origem até o ponto P . θ
é denominado de ângulo polar, sendo medido a partir do eixo z e o vetor posição de r . φ é a mesma
coordenada utilizada no sistema de coordenadas cilíndricas circulares. Os intervalos das variáveis
coordenadas r , θ e φ são:
0 ≤ r < +∞ 0 ≤ θ ≤ 2π 0 ≤ φ < 2π
r r r r r r r
Um vetor é descrito da seguinte forma: A = ( Ar , Aθ , Aφ ) = Ar a r + Aθ aθ + Aφ aφ , em que a r , aθ e aφ são
r r
vetores unitários ao longo de r , θ e φ . O versor a r aponta no sentido de crescimento de r , aθ aponta no
r
sentido de crescimento de θ e aφ aponta no sentido de crescimento de φ . A figura seguinte mostra (a) as três
coordenadas esféricas, (b) as três superfícies mutuamente perpendiculares do sistema de coordenadas
esféricas, (c) os três vetores unitários e (d) o elemento de volume diferencial.
9
Eletromagnetismo 1
A transformação de vetores entre os sistemas de coordenada é efetuada utilizando as três tabelas seguintes
para realizar a mudança de versores e a próxima tabela para a mudança de escalares (variáveis).
r r r r r r r r r
aρ aφ az ar aθ aφ ar aθ aφ
r
ax cos φ − senφ 0 r
ax senθ cos φ cos θ cos φ − senφ
r
aρ senθ cos θ 0
r
ay senφ cos φ 0 r
ay senθ senφ cos θ senφ cos φ r
aφ 0 0 1
r r r
az 0 0 1 az cos θ − senθ 0 az cos θ − senθ 0
x z = r cos θ
z=z
Esférico
r = x2 + y2 + z 2 r = ρ 2 + z2
x2 + y2 ρ
θ = tan
−1 θ = tan −1
z z
φ =φ
y
φ = tan −1
x
Na próxima figura é possível comparar os vetores unitários dos três sistemas de coordenadas.
10
Eletromagnetismo 1
A figura seguinte mostra os elementos diferenciais de área e volume dos três sistemas de coordenadas.
Elementos diferenciais são pedaços extremamente pequenos de comprimento, área ou volume, sendo
dependentes do sistema de coordenadas utilizado.
As expressões que mostram os elementos diferenciais de comprimento, área e volume são:
Volume: dV = r 2 senθ dr dθ dφ
11
Eletromagnetismo 1
Sabe-se também que a carga de um elétron (negativa) ou próton (positiva) vale 1,6 ⋅10 −19 C , com isso uma
carga negativa de 1 coulomb representa aproximadamente 6 ⋅1018 elétrons. A lei de Coulomb mostra que a
força entre duas cargas de 1 coulomb separadas por 1 metro é 9 ⋅10 N , ou, aproximadamente 1 milhão de
9
toneladas.
Considerando uma carga Q1 fixa e uma carga de teste Qt em um ponto P , a força elétrica será:
r QQ r r
Ft = 1 t 2 a1t E
4πε 0 R1t r
r
Por definição, o campo gerado pela carga Q1 no ponto P vale: r P
ar
r Q
r Ft Q1 r
E= = a1t [N/C] ou [V/m]
Qt 4πε 0 R12t
A orientação do campo elétrico depende apenas do sinal da carga que o produz Q1 . Assim, as linhas de força
do campo elétrico saem (ou divergem) das cargas positivas e entram (ou convergem) para as cargas
negativas.
Se posicionarmos uma carga Q no centro de um sistema de coordenadas esféricas utilizaremos o vetor
r
unitário radial ar e a expressão passa a ser:
r Q r
E= ar
4πε 0 r 2
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Eletromagnetismo 1
r r n
Qm r r r
E (r ) = ∑ r r 2 am E2 E
m =1 4πε 0 r − rm
Em que: r r r
Q1 r − r1 E1
Qm - Q-ésima carga pontual r r r
r
r1 r P r − r2
r
rm - Posição da m-ésima carga pontual
r r Q2
r - Posição do ponto onde se quer o campo r2
r r z
r r − rm
am = r r - Versor da m-ésima carga pontual y
r − rm x origem
r
Em que a R é o versor orientado de dQ ao ponto P e R é a distância de dQ ao ponto P .
13
Eletromagnetismo 1
Assim temos que dQ = ρ L dL , e a fórmula que fornece o campo elétrico em um ponto P no vácuo devido a
um filamento retilíneo infinito é:
r ρL r
E= aρ
2πε 0 ρ
Em que:
ρ - menor distância (direção normal) da linha ao ponto P [m]
r
a ρ - versor normal à linha orientado para o ponto P
Para demonstrar a obtenção dessa fórmula, vamos considerar uma linha de cargas infinita sobre o eixo z e
um ponto P ( x, y ,0) no plano xy . No ponto (0,0, z ) encontramos a carga incremental dada por dQ = ρ L dz .
r r r r r
O vetor R em coordenadas cartesianas é dado por R = xa x + ya y − za z ; transformando para coordenadas
r r
r r r r ρa ρ − za z
cilíndricas obtemos R = ρa ρ − za z , o que nos resulta no vetor unitário a R = .
ρ 2 + z2
z
(0,0, z ) dQ = ρ L dz
r
aR
r
R
y
r
aρ ρ
( x , y ,0 )
x
r
r dE ρ
dE z
r
dE
A primeira integral equivale à componente E ρ do campo elétrico, enquanto que a segunda integral
corresponde à componente Ez .
1 1 u
Da tabela de integrais a componente E ρ pode ser resolvida como: ∫ (u 2
+a )
2 3/ 2
du = 2
a u + a2
2
. Então:
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Eletromagnetismo 1
+∞
+∞
ρρ L dz ρρ 1 z ρL ρL
Eρ =
4πε 0 ∫−∞ ( ρ 2 + z 2 )3 / 2 = 4πεL0 ρ 2 ρ 2 + z2
=
4πε 0 ρ
(1 + 1) =
2πε 0 ρ
−∞
u 1
Da mesma forma, a segunda integral será: ∫ (u 2
+a )
2 3/ 2
du = −
u2 + a2
. Logo:
+∞
+∞
ρ zdz ρL 1 ρL
Ez = − L
4πε 0 ∫−∞ ( ρ 2 + z 2 ) 3 / 2 = 4πε 0 ρ 2 + z2
=
4πε 0
(0 − 0) = 0
−∞
r ρL r
Assim, substituindo E ρ e E z temos: E = aρ
2πε 0 ρ
r
Logo, para uma linha ∞ com carga uniformemente distribuída, a magnitude de E é inversamente proporcional
r
à distância ( ρ ), e a direção de E é radial (normal) à linha.
Vamos considerar uma superfície de cargas infinita sobre o plano xy e o ponto (0,0, z ) . Observando a figura
r
temos dQ = ρ S dS = ρ S ρ dρ dφ . O vetor R em coordenadas cartesianas e cilíndricas é dado por
r r
r r r r r r r − ρa ρ + z a z
R = − xa x − ya y + za z = − ρa ρ + za z , o que nos resulta no vetor unitário a R = .
ρ 2 + z2
O campo elétrico será:
r r + ∞ 2π ρ ρ dρ dφ − ρar ρ r
r + ∞ 2π ρ S ρ dρ dφ − ρa ρ + za z za z
E= ∫ ∫ = =
∫0 ∫0 4πε 0 ( ρ 2 + z 2 ) ρ 2 + z 2
2
S
+
0 0 4πε 0 ( ρ + z )
2
ρ 2 + z2 ρ 2 + z2
r r
r 2π + ∞ ρ S ρ 2 dρ a ρ ρ S ρ z dρ a z
E = ∫ dφ ∫ − + =
4πε ( ρ 2 + z 2 ) 3 / 2 4πε ( ρ 2 + z 2 ) 3 / 2
0 0
0 0
15
Eletromagnetismo 1
r ρ +∞ ρ 2 dρ r
+∞
ρ z dρ r
E = 2π S ∫ 2
− a ρ + ∫ az =
4πε 0
0 (ρ + z )
2 3/ 2
0 (ρ + z )
2 2 3/ 2
+∞ +∞
r ρ ρ dρ
2
r ρ z ρ dρ r r r
E=− S ∫ 2 aρ + S ∫ 2 az = Eρ aρ + Ez az
2ε 0 0 ( ρ + z )
2 3/ 2
2ε 0 0 ( ρ + z ) 2 3/ 2
z
r
dE r
dE z
r
dE ρ (0,0, z )
r
R
r r
az aR
r y
aN
r
aρ
ρ dQ = ρ S dS
ρS
u 1
Por simetria, a componente E ρ vale 0. O valor de E z é dado pela integral: ∫ (u 2
+a )
2 3/ 2
du = −
u2 + a2
.
+∞
ρ z +∞ ρ dρ ρ z 1 ρS z 1 ρ
Logo: Ez = S ∫ 2 =− S =− (0 − ) = S .
2ε 0 0 ( ρ + z )
2 3/ 2
2ε 0 ρ + z 2
2 2ε 0 z 2ε 0
0
r ρ r r ρ r
Assim, substituindo E ρ e E z temos: E = S a z . De forma geral: E = S a N .
2ε 0 2ε 0
r
Logo, para o plano infinito com carga uniformemente distribuída, a magnitude de E é independente da
r
distância (z) do plano ao ponto P, e a direção de E é normal ao plano.
Uma linha de força (linha de fluxo ou linha de direção) é o caminho que uma carga
de prova positiva percorreria se fosse solta no campo elétrico. As linhas de força
sempre se dirigem de um corpo com carga positiva para um corpo com carga
negativa. São perpendiculares às superfícies carregadas e nunca se interceptam.
Na figura ao lado podemos visualizar as linhas de força geradas por uma carga
puntiforme positiva.
16
Eletromagnetismo 1
Também chamado de vetor deslocamento elétrico. É o fluxo por área produzido por cargas livres e é
independente do meio onde estão situadas.
r r dQ r
D = ε0E = ∫ a R [C / m 2 ]
4πR 2
A aplicação da Lei de Gauss exige uma superfície especial chamada “gaussiana”. Essa superfície possui as
seguintes propriedades:
1- É uma superfície fechada.
r
2- Em todos os pontos, D é tangencial ou normal à
superfície. Assim:
r r r r r
D ⊥ dS ⇒ D • dS = 0 , logo D é tangencial à
gaussiana.
r r r r r
D // dS ⇒ D • dS = D dS , neste caso D é normal à
gaussiana.
r r r
3- Em todos os pontos onde D // dS , a magnitude de D é
constante.
A aplicação da lei de Gauss é limitada devido à necessidade de se encontrar uma gaussiana. A seguir a lei de
Gauss será aplicada em alguns casos especiais.
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Eletromagnetismo 1
2π π
Q = ∫ DdS = D ∫ ∫ r 2senθ dθ dφ = 4 π r 2 D .
S 0 0
Portanto:
r Q r r Q r
D= a ⇒E= a
4π r 2 r
4 πε 0 r 2 r
r r 2π L
Q = ∫ D • dS = D
S
∫ dS +0 ∫ dS + 0 ∫ dS = D ∫ ∫ ρ dφ dz = D 2πρ L
lados topo base 0 0
L 2π
Em um comprimento L do condutor interno, a carga vale Q = ∫ ρ S dS = ∫ ∫ ρ S a dφ dz = 2π a Lρ S . Então:
S 0 0
Q 2π a Lρ S aρ S
D 2πρ L = Q ⇒ D = = =
2πρ L 2πρ L ρ
Esse resultado pode ser expresso em unidade de comprimento, pois ρ L = 2π a ρ S . Logo, para a < ρ < b :
r ρ r
D = L aρ
2πρ
18
Eletromagnetismo 1
3.3. Divergência
r
Consideremos a primeira integral. Como o elemento de superfície é muito pequeno, podemos considerar D
constante:
r r
∫
frente
= D frente • dS frente = D frente ∆y∆z
∆x ∂Dx
∫
frente
= DxP +
2 ∂x
∆y∆z
∆x ∂Dx
∫
atrás
= − DxP +
2 ∂x
∆y∆z
∂Dy ∂Dz
∫
direita
+ ∫
esquera
=
∂y
∆x∆y∆z e ∫
topo
+ ∫
base
=
∂z
∆x∆y∆z
Reunindo esses resultados, o fluxo total líquido que sai do pequeno volume ∆v é:
r r ∂Dx ∂D y ∂Dz ∂D ∂D ∂D
∫ D • dS = Q =
S
∂x
+
∂y
+ ∆x∆y∆z = x + y + z ∆v
∂z ∂x ∂y ∂z
Fazendo o volume ∆v se reduzir a zero:
r r
∂Dx ∂D y ∂Dz ∫ D • dS
+ + = lim S
∂x ∂y ∂z ∆v →0 ∆v
r
A primeira parte dessa expressão pode ser simplificada utilizando o operador nabla ( ∇ ), definido por:
19
Eletromagnetismo 1
r ∂ r ∂ r ∂ r
∇ = ax + a y + az
∂x ∂y ∂z
Esse operador é definido para o sistema de coordenadas cartesianas. Não existe uma expressão para ele em
coordenadas cilíndricas e esféricas.
r
A segunda parte da expressão é chamada de “divergência”. A divergência do vetor densidade de fluxo D é o
fluxo que deixa uma pequena superfície fechada, por unidade de volume, quando o volume tende a zero. A
divergência é uma operação realizada em um vetor, mas seu resultado é um escalar. A divergência
simplesmente nos diz quanto fluxo está deixando (ou entrando) um pequeno volume, pois nenhuma direção e
sentido são associados à divergência.
r r
r ∫ • dS
D
div D = lim S
∆v →0 ∆v
Assim, a expressão do fluxo total líquido que sai do pequeno volume ∆v pode ser escrita como:
r r
r r r ∫ D • dS
∇ • D = div D = lim S
∆v →0 ∆v
O operador nabla é definido apenas em coordenadas cartesianas. Porém, a divergência pode ser calculada
nos três sistemas de coordenadas utilizando as expressões abaixo:
r r r ∂Dx ∂D y ∂Dz
Sistema Cartesiano: div D = ∇ • D = + +
∂x ∂y ∂z
r r r 1 ∂ 1 ∂Dφ ∂Dz
Sistema Cilíndrico: div D = ∇ • D = ( ρDρ ) + +
ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
r r r 1 ∂ 2 1 ∂ 1 ∂Dφ
Sistema Esférico: div D = ∇ • D = 2 (r Dr ) + (senθ Dθ ) +
r ∂r r senθ ∂θ r senθ ∂φ
r Q
dividida pelo volume, temos div D = lim = ρV , que resulta na primeira equação de Maxwell (forma
∆v →0 ∆v
20
Eletromagnetismo 1
r
Essa expressão é conhecida como o “Teorema da Divergência de Gauss-Ostrogradsky”. O fluxo do vetor D
através de uma superfície fechada S é igual à integral estendida ao volume V, limitado pela superfície S , da
r
divergência de D.
Em outras palavras, a divergência da densidade de fluxo através de um volume leva ao mesmo resultado que
determinar o fluxo líquido que atravessa a superfície limitadora.
21
Eletromagnetismo 1
4. POTENCIAL ELÉTRICO
4.1. Trabalho
A equação anterior é uma integral de linha, ou seja, uma integral feita sobre um determinado caminho.
r
Na eletrostática, o campo elétrico é conservativo (porém se E for variante no tempo o campo não é
conservativo) e a integral acima não depende do caminho escolhido, sendo necessário apenas conhecer as
posições inicial e final da trajetória. Além disso:
r r
∫ E • dL = 0
Isso significa que nenhum trabalho é realizado, ou que a energia é conservada, ao se deslocar uma carga por
qualquer caminho fechado.
22
Eletromagnetismo 1
V AB = V AC − VBC . Os potenciais “absolutos” V A e VB são obtidos adotando-se uma mesma referência zero de
potencial. Se, por exemplo, VC = 0 , pode-se escrever:
V AB = V A − VB
Q 1 1
A r r rA
Q r r
V AB = − ∫ E • dL = − ∫ a r • dr a r = −
B rB 4πε 0
2
r 4πε 0 rA rB
Para o ponto B no infinito VB = 0 e teremos o potencial absoluto no
ponto A dado por:
Q
V AB = V A =
4πε 0 rA
De forma genérica, o potencial absoluto devido a uma carga pontual é:
Q
V =
4πε 0 R
Em que R é a distância da carga ao ponto desejado.
r ρL r r r r r r
E= aρ e dL = dρ a ρ + ρ dφ aφ + dz a z = dρ a ρ
2πε 0 ρ
Portanto:
ρA
A r r ρL r r ρ ρ
V AB = − ∫ E • dL = − ∫ a ρ • dρ a ρ = L ln B
B ρB
2πε 0 ρ 2πε 0 ρ A
r ρ r r r
E = S az e dL = dz a z
2ε 0
Portanto:
A r r zA
ρ r r ρ
V AB = − ∫ E • dL = − ∫ S a z • dz a z = S ( z B − z A )
B zB
2ε 0 2ε 0
23
Eletromagnetismo 1
24
Eletromagnetismo 1
r
Como exemplo, podemos determinar pelo gradiente de V a expressão de E para uma carga pontual na
origem. O potencial de uma carga na origem é:
Q
V =
4πε 0 r
Tomando o gradiente de V em coordenadas esféricas temos:
r r r ∂V r ∂ Q r Q 1 r Q r
E = −∇ V ⇒ E = − ar = − ar = − − 2 ar = ar
∂r ∂r 4πε 0 r 4πε 0 r 4πε 0 r 2
É um sistema com 2 cargas pontuais iguais e simétricas bem próximas tal que d << r ,
sendo d a distância (separação) entre as cargas e r a distância do centro do dipolo a
um ponto P desejado.
O potencial em um ponto P causado por um dipolo na origem é dado por:
+Q −Q Q 1 1 Q r2 − r1
VP = + = − =
4πε 0 r1 4πε 0 r2 4πε 0 r1 r2 4πε 0 r1r2
25
Eletromagnetismo 1
r r ∂V r 1 ∂V r 1 ∂V r Qd cos θ r Qd senθ r
E = −∇V = − ar + aθ + aφ = − − ar − aθ
∂r r ∂θ r senθ ∂φ 2πε 0 r
3
4πε 0 r 3
r
E=
Qd
(2 cos θ arr + senθ arθ )
4πε 0 r 3
Podemos simplificar o potencial do dipolo usando o momento do dipolo. Definimos momento de dipolo
r r r
elétrico como p = Qd , onde d é o vetor cuja magnitude é a distância entre as cargas do dipolo e cuja
direção (e sentido) é de − Q para + Q . Então:
r r
p • ar
VP =
4πε 0 r 2
É importante observar que, com o aumento da distância, o potencial e o campo elétrico caem mais rápidos
para o dipolo elétrico do que para a carga pontual.
Considere WE como sendo o trabalho total para trazer 3 cargas Q1 , Q2 e Q3 do infinito e fixá-las nos pontos
1, 2 e 3 exatamente nesta ordem.
Em que V2,1 indica o potencial no ponto 2 devido à influência da carga Q1 no ponto 1 ( V2,1 ≠ V1, 2 ). Se as 3
cargas forem fixadas na ordem inversa, isto é, fixando Q3 , Q2 e Q1 nos pontos 3, 2 e 1 temos:
1
WE = (Q1V1 + Q2V2 + Q3V3 )
2
Para N cargas:
1 N
WE = ∑ QiVi
2 i =1
[J]
26
Eletromagnetismo 1
Para uma região com distribuição contínua de carga, substituímos Qi da fórmula acima pela carga diferencial
dQ = ρ v dv e a somatória se transforma numa integral em todo o volume de cargas.
1
WE = ∫ ρv V dv
2 vol
[J]
r r
Pode-se demonstrar que o trabalho pode ser também expresso em função de E e/ou D :
1 r r 1 1 D2
WE = ∫ D • E dv ou WE = ∫ ε 0 E 2 dv ou WE = ∫ dv
2 vol 2 vol 2 vol ε 0
A densidade de energia ( wE ) do campo elétrico no vácuo pode ser obtida pelas expressões:
dWE 1 r r 1 1 D2
wE = = D • E = ε0E2 = [J/m 3 ]
dv 2 2 2 ε0
Exemplo 1: Calcular a energia WE armazenada num pedaço de cabo coaxial de comprimento L e condutores
interno e externo de raios a e b , respectivamente, supondo que a densidade superficial de carga uniforme no
condutor interno é igual a ρS .
Supondo uma gaussiana cilíndrica no interior do dielétrico (vácuo) de raio a < ρ <b e aplicando a Lei de
r r ρ a
Gauss ( ∫ D • dS = Qint ) obtemos: D = S (desenvolvido no capítulo anterior).
S
ρ
27
Eletromagnetismo 1
2π
(ρS a / ρ )2 1 ρ S2 a 2
L b
1 D2 1
WE = ∫ dv = ∫ ∫ ∫ ρ dρ dφ dz = [ln ρ ]ba 2πL
2 vol ε 0 2 z =0 φ = 0 ρ = a ε0 2 ε0
Finalmente:
π a 2 Lρ S2 b
WE = ln
ε0 a
Exemplo 2: Calcular a energia WE armazenada num capacitor de placas paralelas no vácuo, sendo V a
diferença de potencial entre as placas iguais de área S e separadas por uma distância d . Supor o campo
elétrico entre as placas uniforme desprezando os efeitos de bordas.
Sabemos que:
A r r B V
V AB = − ∫ E • dL = ∫ EdL = E ( B − A) = Ed ⇒ E =
B A
d
Da equação de energia:
1 ε 0V 2 v 1 ε 0V 2 Sd 1 ε 0 S 2
2
1 1 V
WE = ∫ ε 0 E 2 dv = ε 0 ∫ dv = = = V
2 vol 2 d vol
2 d2 2 d2 2 d
Utilizando a expressão da capacitância do capacitor de placas paralelas ideal, que será visto nos próximos
capítulos:
ε 0S
C= [F]
d
Temos:
1
WE = CV 2
2
28
Eletromagnetismo 1
5. CORRENTE E CONDUTORES
r r
J = ρ v v [A/m 2 ]
Para um condutor com densidade de carga de elétrons ρv = ρe , onde os elétrons se deslocam com
r r r
velocidade de arrastamento (velocidade de deriva – drift velocity) v = vd = − µ e E ( µ e = mobilidade dos
elétrons) tem-se:
r r r r
J = ρ e vd = ρ e ( − µ e E ) = ( − ρ e µ e ) E
A corrente através de uma superfície fechada (fluxo de cargas positivas para fora da superfície) é igual à razão
do decréscimo de cargas positivas (ou acréscimo de cargas negativas) no interior da região – princípio da
continuidade ou princípio da conservação da carga. Matematicamente, expressamos como:
r r dQ
I = ∫ J • dS = − i (Forma integral da equação da continuidade)
S
dt
Em que dQi / dt é a razão (taxa) de acréscimo (incremento) de cargas no tempo dentro da superfície.
Aplicando o teorema da divergência na expressão acima obtemos:
r r ∂ρ
∇•J = − v (Forma pontual da equação da continuidade)
∂t
29
Eletromagnetismo 1
Essa expressão nos diz que a corrente ou carga por segundo que sai (diverge) de um pequeno volume é igual
à razão de decréscimo de carga por unidade de volume em cada ponto.
Também chamado de PVF (Problemas de Valor de Fronteira). Um material condutor possui um grande número
de portadores de carga (elétrons). Cada elétron tem um campo elétrico que o acelera fazendo com que se
afaste um do outro até alcançar a superfície do condutor, de forma que a densidade volumétrica de carga no
interior do condutor seja igual a zero. Surge então uma densidade superficial de carga. Essa densidade de
carga produz um campo elétrico externo em um ponto da superfície do condutor. Esse campo possui duas
componentes, uma tangencial ( Et ) e uma normal ( E N ).
30
Eletromagnetismo 1
O campo tangencial pode ser determinado aplicando a equação seguinte no caminho fechado abcda
(retângulo) da figura.
r r
∫ • dL = 0
E
r
A integral deve ser fragmentada em quatro partes. Lembrando que E = 0 dentro do condutor temos:
∆h ∆h
b c d a
∫ + ∫ + ∫ + ∫ = 0 ⇒E ∆w − E
t N + 0 + EN = 0 ⇒ Et ∆w = 0 . Logo Et = 0 ou Dt = 0 .
a b c d
2 2
r r
A componente normal pode ser obtida aplicando a Lei de Gauss: ∫
S
D • d S = Qint . Resolvendo essa equação
obtemos que DN = ρ S ou E N = ρ S / ε 0 .
Para resumir os princípios aplicáveis aos condutores em campos eletrostáticos, podemos afirmar que:
1- A intensidade de campo elétrico estático dentro de um condutor é zero;
2- A intensidade de campo elétrico estático na superfície de um condutor possui, em todos os pontos,
direção normal à superfície;
3- A superfície do condutor é uma superfície equipotencial.
Sabemos que existe no meio do dipolo um plano infinito de potencial zero entre as duas cargas. Podemos
representar esse plano entre as duas cargas como um plano condutor extremamente fino, com superfície
equipotencial igual a zero e intensidade de campo elétrico normal à superfície.
Esse princípio pode ser utilizado na solução de problemas envolvendo um plano condutor aterrado pela
substituição deste por uma superfície equipotencial mais as cargas imagens, como ilustra a figura seguinte.
Como exemplo, vamos calcular o campo elétrico no ponto P(0,1,1) m, para a configuração mostrada na
próxima figura.
31
Eletromagnetismo 1
r r r r r
Aplicando o método das imagens, temos E = E1 + E2 , onde E1 e E2 são os campos no ponto P devido,
respectivamente, a carga objeto (carga original) e a carga imagem.
r r r r
r Q1 r Q2 r 10 ⋅10 −9 a y − az − 10 ⋅10 −9 a y + 3a z
E= a R1 + aR 2 = +
4πε 0 R12 4πε 0 R22 4π
1 −9
10 2 2 4π
1
10 −9 10 10
36π 36π
r r r
E = 28,97 a y − 40,35a z [V/m]
32
Eletromagnetismo 1
6. DIELÉTRICOS E CAPACITÂNCIA
Os materiais condutores possuem grande disponibilidade de elétrons nas camadas de valência dos átomos,
permitindo assim o aparecimento de uma corrente elétrica. Nos dielétricos, as cargas não podem se
movimentar livremente, pois estão presas à estrutura molecular.
Um material dielétrico pode ser composto por moléculas não-polares e polares. Nas moléculas não-polares as
cargas estão desalinhadas e superpostas; porém ao aplicarmos um campo elétrico ocorre um deslocamento
das cargas da molécula formando um dipolo (dipolo induzido). Em uma molécula polar já há uma separação
entre cargas positivas e negativas, formando pequenos dipolos sem nenhum alinhamento. Ao aplicarmos um
campo elétrico, ocorrerá um alinhamento da molécula com a direção do campo.
Chamamos de polarização elétrica ao alinhamento das moléculas do material na direção do campo elétrico
aplicado.
r r
Sabemos que um dipolo pode ser descrito pelo seu momento de dipolo p = Qd . Para n dipolos em um volume
incremental ∆v , o momento de dipolo total é:
n∆v
r r
ptotal = ∑ pi [C ⋅ m]
i =1
r
O vetor polarização P é definido como sendo o momento elétrico total por unidade de volume, isto é:
r
r 1 n∆v r ptotal
P = lim
∆v → 0 ∆v
∑
i =1
pi = lim
∆v →0 ∆v
[C/m 2 ]
r r
Em que podemos perceber que P tem a mesma unidade de D . A lei de Gauss relaciona a densidade de fluxo
r
elétrico D com a carga elétrica livre Q , isto é:
r r r
Q = ∫ D • dS ( D sai ou diverge da carga livre positiva)
S
r
Por analogia, pode-se também relacionar o campo P com uma carga QP , que produz este campo, sendo esta
carga chamada de carga de polarização.
r r r
QP = − ∫ P • dS ( P sai ou diverge da carga de polarização positiva)
S
A lei Gauss em termos da carga total QT , (lei de Gauss generalizada) é expressa por:
r r
QT = ∫ ε 0 E • dS
S
33
Eletromagnetismo 1
Em que χe é a suscetibilidade elétrica do material (constante adimensional, lê-se “csi”), que é a medida de
quanto um dielétrico é suscetível (sensível) ao campo elétrico. Esta constante é relacionada com a
permissividade elétrica relativa (ou constante dielétrica) do material, ε r , (grandeza também adimensional)
através da expressão:
ε r = χe +1
Manipulando as expressões:
r r r r r r r r r
D = ε 0 E + P = ε 0 E + χ eε 0 E = (1 + χ e )ε 0 E = ε r ε 0 E ⇒ D = ε E
Essas equações são aplicáveis apenas para materiais lineares, homogêneos e isotrópicos. Um material é linear
r r
se D varia linearmente com E . É homogêneo quando ε é o mesmo em toda a região considerada. É
r r
isotrópico se D e E estão na mesma direção, ou seja, é um material que possui a mesma propriedade em
todas as direções.
34
Eletromagnetismo 1
r r
∫ D •
cilindro
d S = Qint (Lei de Gauss)
Da figura temos:
Dt1 ε 1 D1 senθ1
DN 1 = D1 cos θ1 = DN 2 = D2 cos θ 2 e = =
Dt 2 ε 2 D2 senθ 2
Dividindo as duas equações o resultado será,
tan θ1 ε 1
=
tan θ 2 ε 2
Essas condições de fronteira nos permitem encontrar um campo de um lado da fronteira se conhecermos o
campo no outro lado.
35
Eletromagnetismo 1
6.2. Capacitância
Qualquer dispositivo formado por duas superfícies condutoras separadas por um dielétrico forma um capacitor
(figura) cuja capacitância é definida como a razão entre o valor absoluto da carga total em um dos condutores e
o valor absoluto da diferença de potencial entre os condutores:
Q
C= [F − farad]
V0
Em termos gerais, determinamos Q por uma integral de superfície sobre
condutores positivos e calculamos V0 deslocando uma carga positiva unitária
da superfície negativa até a positiva.
r r
∫ εE • dS
C= S
+ r r
− ∫ E • dL
−
r r S
r r
ε
∫ • dS
E ∫ε E a • dS a z
z
ε ES εS
C= S
+
= 0
= ⇒ C=
r r 0
r r − E (0 − d ) d
− ∫ E • dL − ∫ E a z • dz a z
− d
36
Eletromagnetismo 1
a a
Q r r Q 1 Q 1 1
V0 = Vab = − ∫ a • dr ar = − − = −
r =b
4πε r 2 r
4πε r b 4πε a b
Q 4πε
C= =
V0 1 − 1
a b
Se b → ∞ ⇒ C = 4πε a = capacitância do capacitor esférico isolado
37
Eletromagnetismo 1
O quadro abaixo mostra uma comparação de dois procedimentos usados para a determinação da capacitância
de um capacitor. Os passos do primeiro são baseados nos conceitos teóricos dos capítulos anteriores, os quais
dependem inicialmente do conhecimento da distribuição de carga, grandeza esta de difícil obtenção prática.
Por outro lado, o segundo procedimento apresenta uma situação mais real, a qual requer primeiramente a
obtenção do potencial através das equações de Poisson ou Laplace. Estas equações e este novo
procedimento são abordados neste capítulo.
Procedimento 2 – Novo: Considera-se conhecida a expressão que fornece o potencial V em todos os pontos
do capacitor, incluindo a diferença de potencial V0 entre os dois condutores.
2
r r
Calcula-se o vetor D no dielétrico: Calcula-se o vetor D no dielétrico:
r r r r
∫ D • d S = Q (Gauss) D =ε E
S
r
3 Calcula-se o vetor E no dielétrico: Calcula-se a densidade ρS em um condutor (de
r r
E = D/ε preferência o condutor positivo):
r
ρ S = DN = D
na superfície condutora
B
5 Calcula-se a capacitância: Calcula-se a capacitância:
C = Q / V0 C = Q / V0
Sabemos que:
r r
Forma Pontual da Lei de Gauss: ∇ • D = ρv
r r r
Definição de D: D =ε E
r r
Relação do gradiente: E = −∇V
Por substituição, e considerando uma região homogênea na qual ε é constante:
38
Eletromagnetismo 1
r r r r r r r r ρ r2 ρ
∇ • D = ∇ • (ε E ) = −∇ • (ε ∇V ) = ρ v ⇒ ∇ • ∇V = − v ⇒ ∇ V = − v
ε ε
r r r2
Em que ∇ • ∇ = ∇ é o divergente do gradiente, conhecido como “Laplaciano” ou “Nabla 2”. O Laplaciano é
definido apenas em coordenadas retangulares, mas pode ser calculado nos sistemas cilíndrico e esférico pelas
equações seguintes.
r ∂ 2V ∂ 2V ∂ 2V
Sistema Cartesiano: ∇ 2V = 2 + 2 + 2
∂x ∂y ∂z
r 1 ∂ ∂V 1 ∂ 2V ∂ 2V
Sistema Cilíndrico: ∇ 2V = ρ + 2 2 + 2
ρ ∂ρ ∂ρ ρ ∂φ ∂z
r2 1 ∂ 2 ∂V 1 ∂ ∂V 1 ∂ 2V
Sistema Esférico: ∇ V = 2 r + senθ +
r ∂r ∂r r 2senθ ∂θ ∂θ r 2sen 2θ ∂φ 2
Se uma resposta do potencial satisfaz a equação de Laplace ou a equação de Poisson e também satisfaz as
condições de contorno, então esta é a única solução possível.
A seguir serão mostrados alguns exemplos de solução da Equação de Laplace para problemas
unidimensionais, isto é, onde V é função somente de uma única variável. O método utilizado é o da integração
direta.
Os tipos de exemplos possíveis são:
1. V = f (x) , sendo x coordenada cartesiana (válido também para V = f ( y ) e V = f (z ) ).
2. V = f ( ρ ) , sendo ρ coordenada cilíndrica.
3. V = f (φ ) , sendo φ coordenada cilíndrica (válido também se φ for coordenada esférica).
4. V = f (r ) , sendo r coordenada esférica.
5. V = f (θ ) , sendo θ coordenada esférica.
39
Eletromagnetismo 1
dV
Integrando a 1ª vez: Lembrando que a integral de zero é uma constante, temos = A.
dx
∫ du = u + c ∫ Adx = Ax + B e V = Ax + B .
te
Integrando a 2ª vez: Lembrando que , temos
Em que A e B são as constantes de integração que são determinadas a partir de condições de contorno (ou
de fronteira) estabelecidas para a região em análise.
V − B V − B V x −V x
V2 = Ax2 + B ⇒ A = 2 e V1 = Ax1 + B ⇒ V1 = 2 x1 + B ⇒ B = 1 2 2 1
x2 x2 x2 − x1
Substituindo A e B em V = Ax + B :
V −V V x −V x
V = 2 1 x2 + 1 2 2 1
x2 − x1 x2 − x1
Suponha agora que as condições de contorno sejam estabelecidas da seguinte maneira:
V = V1 = 0 em x = x1 = 0
V = V2 = V0 em x = x2 = d
V0 V
Assim temos A= e B = 0 . Então: V = 0 x para 0 ≤ x ≤ d
d d
Utilizando o procedimento 2 da tabela podemos calcular a capacitância do capacitor de placas paralelas:
40
Eletromagnetismo 1
r r V r
1- E = −∇V = − 0 a x
d
r r εV r
2- D = ε E = − 0 ax
d
r r ε V0
3- ρ S = DN = D = D =
x =0 x =d d
ε V0
4- Q = ∫ ρ S dS = ρ S S = S
S
d
Q ε V0 S / d εS
5- C= = ⇒C= → mesmo resultado do capítulo anterior.
V0 V0 d
V = 0 em ρ = b
sendo b > a
V = V0 em ρ = a
Daí obtém-se A e B e substituindo em V = A ln ρ + B :
41
Eletromagnetismo 1
ln(b / ρ )
V = V0 a<ρ <b
ln(b / a )
Etapas de cálculo da capacitância C do capacitor coaxial formado:
r
r r ∂V r V0 aρ b / ρ 2 V0 1 r
1- E = −∇V = − aρ = − − = aρ
∂ρ ln(b / a) b / ρ ln(b / a) ρ
r r εV0 1 r
2- D=ε E = aρ
ln(b / a ) ρ
εV0
3- ρ S = Dn ρ =a
= (= densidade superficial no condutor interno c/ carga +Q)
a ln(b / a )
εV0
4- Q = ∫ ρ S dS = ρ S S = 2π a L
S
a ln(b / a)
Q 2π ε L
5- C= ⇒C= → mesmo resultado do capítulo anterior.
V0 ln(b / a )
42
Eletromagnetismo 1
A
Daí obtém-se A e B e substituindo em V = − +B:
r
1 1
−
V = V0 r b a<r<b
1 1
−
a b
Etapas de cálculo da capacitância C do capacitor esférico formado:
r r ∂V r V 1 r
1- E = −∇ V = − ar = − 0 − 2 ar
∂r 1 1 r
−
a b
r r ε V0 1 r
2- D = ε E = a
1 1 r2 r
−
a b
εV0 1
3- ρ S = Dn r =a = (= densidade superficial no condutor interno c/ carga +Q)
1 1 a2
−
a b
ε V0 1
4- Q = ∫ ρ S dS = 4π a 2
1 1 a2
S −
a b
Q 4π ε
5- C= ⇒C= → mesmo resultado do capítulo anterior.
V0 1 1
−
a b
43
Eletromagnetismo 1
Sabemos que um campo eletrostático é gerado por cargas estáticas. Se as cargas estão se movimentando
com velocidade constante, um campo magnético estático (magnetostático) é gerado. O campo magnético pode
ser gerado por um imã permanente, por uma corrente contínua ou um campo elétrico variante no tempo. Neste
capítulo estudaremos o campo magnético gerado por uma
corrente contínua.
44
Eletromagnetismo 1
r r r r r
H // dL ⇒ H • dL = HdL (neste caso H é tangencial à amperiana).
r r r
3- Em todos os pontos onde H // dL , a magnitude de H é constante.
r
A seguir, vamos calcular o campo magnético H aplicando a lei circuital de Ampère (e amperiana) para alguns
casos especiais.
H yL + 0 + H yL + 0 = KxL
H y = Kx / 2
r
Nota: Forma geral para a obtenção do campo H devido a uma película plana infinita com corrente uniforme:
r 1 r r r
H = K × an ( H independe da distância)
2
r r
Em que an é o versor normal ao plano orientado para o lado que se deseja obter H .
Seja uma linha de transmissão coaxial com corrente total + I uniformemente distribuída no condutor central e
− I no condutor externo.
45
Eletromagnetismo 1
r r r r r r
∫ H • d L = I enlaçada em que H = Haφ e dL = ρ dφ aφ
Para uma amperiana circular de raio ρ tal que:
ρ
ρ < a ⇒ Hφ = I (no condutor central)
2π a 2
I
a < ρ < b ⇒ Hφ = (no dielétrico)
2πρ
I c2 − ρ 2
b < ρ < c ⇒ Hφ = (condutor externo)
2πρ c 2 − b 2
ρ > c ⇒ Hφ = 0 (fora: blindagem magnética)
8.2.4. Solenóide
r r
Seja um solenóide de comprimento infinito com uma distribuição superficial de corrente K = K a aφ
B r r C r r D r r A r r d
∫
A
H • dL + ∫ H
B
• dL + ∫ H •
C
dL + ∫ H • dL = ∫ K a dL ⇒ Hd + 0 + 0 + 0 = K a d
D 0
r r
Portanto: H = K a ⇒ H = K a az
Se o solenóide for de comprimento finito d com N espiras nas quais flui uma corrente I , temos:
46
Eletromagnetismo 1
NI r NI r
Ka = ⇒ H= az (na parte mais interna do solenóide)
d d
8.2.5. Toróide
r r
Seja um toróide ideal com distribuição superficial de corrente K = K a a z em ρ = ρ 0 − a , z = 0 , sendo ρ 0 o
raio médio e a o raio da seção transversal do anel toroidal.
r r
∫ H • d L = I enlaçada
Para uma amperiana circular de raio ρ , tal que:
ρ < ρ0 − a ⇒ Hφ = 0 (fora do anel)
ρ0 − a
ρ0 − a < ρ < ρ0 + a ⇒ Hφ = K a (dentro do anel)
ρ
ρ > ρ0 + a ⇒ Hφ = 0 (fora do anel)
Se este toróide posuir N espiras nos quais flui uma corrente I , temos:
NI r NI r
Ka = ⇒ H= aφ (na parte mais interna do toróide)
2π ( ρ 0 − a ) 2πρ
8.3. Rotacional
O rotacional é um operador de campo definido para coordenadas cartesianas (mas pode ser calculado em
r
outros sistemas de coordenadas). O rotacional de um campo vetorial qualquer
r A é um vetor axial (ou girante),
cuja magnitude é a máxima circulação de A por unidade de área, à medida que a área tende a zero, e cuja
orientação é perpendicular à essa área, quando a mesma está orientada de modo a se obter a máxima
circulação.
r r r r r
Seja um vetor ou campo vetorial expresso por A = Ax a x + Ay a y + Az a z . A componente do rotacional de A na
r
direção normal (versor an ) de uma área ∆S é dada por:
47
Eletromagnetismo 1
r r
r r r
rot A = ∇ × A = lim
∫ • dL ar
A
∆S
n
∆S →0
r
Em que dL representa o vetor diferencial de comprimento integrado ao longo do perímetro da área ∆S . Para
determinar uma expressão matemática para o rotacional no sistema de coordenadas cartesianas, seja o vetor
r
A aplicado no vértice da área ∆S = ∆y∆z que se situa mais próximo da origem, ou vértice 1 da figura
mostrada a seguir.
r r ∂A ∂Ay ∂A ∂Ay
∫ • dL ≅ Ay ∆y + Az + ∂yz ∆y ∆z − Ay + ∂z ∆z ∆y − Az ∆z ≅ ∂yz − ∂z ∆y∆z
A
r
Substituindo acima obtemos, no limite, a componente do rotacional de A na direção do eixo x .
r r ∂A ∂Ay
(rot A) • ax = z −
∂y ∂z
r
Da mesma forma obtemos as componentes do rotacional de A nas direções dos eixos y e z .
r r ∂A ∂A r r ∂Ay ∂Ax
(rot A) • a y = x − z e (rot A) • az = −
∂z ∂x ∂x ∂y
r
Combinando os 3 componentes (na forma vetorial), chegamos ao vetor que representa o rotacional de A
sendo expresso por:
r r r ∂A ∂Ay r ∂Ax ∂Az r ∂Ay ∂Ax r
rot A = ∇ × A = z − a x + − a y + − a z
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
48
Eletromagnetismo 1
r
Para o vetor campo magnético H podemos escrever o rotacional nos três sistemas de coordenadas da
seguinte forma:
Cartesiano:
r r r ∂H z ∂H y r ∂H x ∂H z r ∂H y ∂H x r
rot H = ∇ × H = − a x + − a y + − a z
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Cilíndrico:
r r r 1 ∂H z ∂H φ r ∂H ρ ∂H z r 1 ∂ ( ρH φ ) 1 ∂H ρ r
rot H = ∇ × H = − aρ + − aφ + − az
ρ ∂φ ∂z ∂z ∂ρ ρ ∂ρ ρ ∂φ
Esférico:
49
Eletromagnetismo 1
r r
∫ H • d L r r r r r r r r r r r r r
≈ (∇ × H ) • an ⇒ ∫ H • dL ≈ (∇ × H ) • an ∆S ⇒ ∫ H • dL ≈ (∇ × H ) • ∆S
∆S
Diferentemente das linhas de fluxo elétrico, as linhas de fluxo magnético sempre se fecham sobre si mesmas.
Isto de deve ao fato de que não é possível ter um pólo magnético isolado. Por exemplo, se quebrarmos um imã
ao meio serão criados dois novos imãs cada um contendo dois pólos, um norte e um sul. Então, uma carga
50
Eletromagnetismo 1
magnética isolada não existe. Dessa forma, o fluxo total através de uma superfície fechada em um campo
magnético deve ser zero, isto é,
r r
∫ • dS = 0
S
B
Essa equação é referida como lei da conservação do fluxo magnético, ou lei de Gauss para campos
magnetostáticos. Embora o campo magnetostático não seja conservativo, o fluxo elétrico se conserva. Ao
aplicarmos o teorema da divergência à equação anterior, obtemos:
r r r r r r
∫ • dS = ∫ ∇ • Bdv = 0 ⇒ ∇ • B = 0
B
vol
ELETROSTÁTICA MAGNETOSTÁTICA
Densidade de fluxo elétrico Densidade de campo magnético
r r r r
D = ε 0 E (no vácuo) B = µ 0 H (no vácuo)
Fluxo elétrico Fluxo magnético
r r r r
Ψ = ∫ D • dS Φ = ∫ B • dS
S S
51
Eletromagnetismo 1
9. ANEXO A: UNIDADES
r, R Distância metro m
ε0 , ε Permissividade farad/metro F/m
ρS
2 2
Densidade superficial de carga coulomb/metro C/m
52
Eletromagnetismo 1
53
Eletromagnetismo 1
- Relações Fundamentais
sen 2α + cos 2 α = 1 1
tgα =
sen α cot gα
tg α =
cos α sec 2 α = 1 + tg2 α
cos α cos sec 2 α = 1 + cot g2 α
cot g α =
sen α 1
1 cos 2 α =
sec α = 1 + tg2 α
cos α
tg2 α
1 sen 2 α =
cos sec α = 1 + tg2α
sen α
π 3π
cos( x ± ) = m sen x cos( x ± ) = ± sen x
2 cos( x ± π ) = − cos x 2
π sen ( x ± π ) = − sen x 3π
sen ( x ± ) = ± cos x sen ( x ± ) = m cos x
2 2
54
Eletromagnetismo 1
- Regras de Integração
1- Integração por substituição:
dg dg
∫ f ( g ( x)) dx dx = ∫ f (u)du onde: u = g (x) e du =
dx
dx
Em notação mais precisa, se F é uma primitiva de f, então: ∫ f ( g ( x)) g ' ( x)dx = F ( g ( x))
2- Integração por partes:
∫
a
f ( x)dx = ∫ f ( x)dx + ∫ f ( x)dx
a c
∫
a
f ( x)dx = 0 ∫
a
f ( x)dx = − ∫ f ( x)dx
b
b b b b b
∫ kf ( x)dx = k ∫ f ( x)dx
a a
∫ ( f ( x) ± g ( x))dx = ∫ f ( x)dx ± ∫ g ( x)dx
a a a
- Tabela de Integrais
1 n +1 1
∫ u du = n + 1 u ∫ u du = ln u
n
au
∫ a du = a>0 ∫ e du = e
u u u
ln a
e au
∫ e du =
au 1 au
e ∫ e sen bu du =
au
(a sen bu − b cos bu )
a a2 + b2
e au e au
∫ e cos bu du = a 2 + b 2 (a cos bu + b sen bu ) ∫ ue du = a 2 (au − 1)
au au
e au 2 2
∫ u e du = (a u − 2au + 2) ∫ sen udu = − cos u
2 au
a3
1
∫ cos udu = sen u ∫ sen audu = − a cos au
1
∫ cos audu = a sen au
∫u
2
sen au du =
1
a3
(2au sen au + 2 cos au − a 2u 2 cos au )
55
Eletromagnetismo 1
∫u
2
cos au du =
1
a3
(
2au cos au − 2 sen au + a 2u 2 sen au )
u sen 2au u sen 2au
∫ sen au du = − ∫ cos au du = +
2 2
2 4a 2 4a
∫u 2
1
+a 2
1 u
du = tan −1 ∫u 2
u
+a 2
1
du = ln u 2 + a 2 ( )
a a 2
u2 −1 u
∫ u 2 + a 2 du = u − a tan a ∫ u ±a 2
1
2
(
du = ln u + u 2 ± a 2 )
u 1 1 u
∫ u +a 2 2
du = u 2 + a 2 ∫ (u 2
+a )
2 3/ 2
du = 2
a u + a2
2
u 1
∫ (u 2
+a )
2 3/ 2
du = −
u + a2
2
u2 u2 + a2 u u
+ −
∫ (u 2 + a 2 ) 3 / 2 du = ln
a a u2 + a2
1 1 u 1 u
∫ (u du = 2 2 + tan −1
2
+a )
2 2
2a u + a 2
a a
56
Eletromagnetismo 1
−u '
20. y = arc cosec u, u ≥ 1 ⇒ y ' = , u > 1.
u u2 − 1
57
Eletromagnetismo 1
13. BIBLIOGRAFIA
Eletromagnetismo
HAYT, W. H.; BUCK, J. A.
McGraw Hill
Eletromagnetismo
EDMINISTER, J. A.
McGraw Hill
Elementos de Eletromagnetismo
SADIKU, M. O.
Bookman
Eletromagnetismo
KRAUS, J. D.; CARVER, K. R.
Guanabara
Apostila de Eletromagnetismo
GUIMARÃES, G. C.
FEELT - UFU
58