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As
conseqüências desse conflito bélico incidiram diretamente sobre Portugal e indiretamente no
Brasil. Em 1806, Napoleão Bonaparte decretou o bloqueio continental, cujo efeito prático
consistia na proibição da comercialização entre a nação inglesa e os demais países da Europa.
O imperador francês almejava asfixiar a economia inglesa, que à época auferia significativos
lucros com o comércio marítimo, por conseguinte forçar a rendição daquele país. Para eficácia
dessa investida francesa era necessária a adesão dos países europeus, no entanto, Portugal
resistia em aderir à medida, haja vista a sua tradicional parceria com os ingleses.
Com a abdicação de D. Pedro I inicia um novo ciclo político no país, sai de cena
a figura do imperador detentor do poder moderador, conforme previa a Constituição de
1824, para entrar a entrar em cena os Regentes, governantes do Império até completar
até a maioridade de D. Pedro II. A ausência da figura do monarca abriu espaço para
sucessivas crises políticas cujas conseqüências abalavam unidade territorial do Brasil.
Emília Viotti da Costa defende que a criação do Ato Adicional foi resultado da
luta entre liberais radicais, de um lado, e moderados e conservadores, de outro, com o
objetivo de conciliar, mesmo que temporariamente, os interesses de vários grupos.
Além das mudanças no Legislativo, naquele momento foram aprovadas a discriminação
de rendas e a divisão dos poderes tributários. Mais uma vez a autonomia municipal foi
rejeitada, mantendo-se os municípios subordinados ao governo provincial, cujo
presidente seria nomeado pelo governo central. Por tratar-se do produto de uma
conciliação momentânea entre interesses diversos, a discussão sobre a real atuação do
Legislativo Provincial foi constante ao longo de sua existência.
PERÍODO REGENCIAL
Com a renúncia do Padre Feijó em razão das pressões sofridas pelo Congresso,
sendo acusado de não empregar suficiente energia na repressão aos farrapos, entre cujos
chefes, entre cujos chefes estava um de seus primos. Nas eleições que se seguiram,
triunfou Pedro de Araújo Lima, futuro Marquês de Olinda, antigo presidente da Câmara
e senhor de engenho em Pernambuco.