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1‐ Estudos Preliminares 

2‐ Canteiro de Obras 

3‐ Locação da Obra 

4‐ Impermeabilização 

5‐ Concreto 

6‐ Fôrmas e Escoramentos 

7‐ Alvenaria 

8‐ Revestimento 

9‐ Pintura 

10‐ Esquadria 

11‐ Cobertura 

12‐ Orçamento: Conceitos

13- Planejamento e Gerenciamento de Obras 


Estudos Preliminares 
 
1‐ Etapas do Desenvolvimento 
 
O processo de desenvolvimento das atividades técnicas do projeto de edificação 
pode  ser  dividido  em  partes  sucessivas  e,  da  mesma  forma,  em  grau  crescente  de 
especificidade da seguinte forma: 
 
1º) Levantamento (LV); 
2º) Programa de Necessidades (PN); 
3º) Estudo de Viabilidade (EV); 
4º) Estudo Preliminar (EP); 
5º) Anteprojeto (AP) e/ou Pré‐execução (PR); 
6º) Projeto Legal (PL); 
7º) Projeto Básico (PB); 
8º) Projeto Executivo (PE). 
 
 
Levantamento: 
Etapa  destinada  à  coleta  das  informações  de  referência  que  representem  as 
condições preexistentes, de interesse para instruir a elaboração do projeto, podendo 
incluir os seguintes tipos de dados: 
   ‐ Físicos: planialtimétricos, geológicos, climáticos, etc; 
   ‐ Técnicos; 
   ‐ Legais e Jurídicos; 
   ‐ Sociais; 
   ‐ Econômicos; 
   ‐ Financeiros, entre outros. 
 
 
Programa de Necessidades: 
Reunião das necessidades sociais e funcionais de uma família ou dos moradores 
de uma casa. Serve de base para o desenvolvimento do projeto. Costuma ser uma lista 
com  o  nome  de  ambientes  e  espaços,  seguido  de  características  dos  tamanhos, 
requisitos especiais, observações, etc. 
 
Estudos Preliminares: 
Etapa  destinada  à  concepção  e  à  representação  do  conjunto  de  informações 
técnicas  iniciais  e  aproximadas,  necessários  à  compreensão  da  configuração  da 
edificação, podendo incluir soluções alternativas. 
Segundo  a  NBR  6492,  é  o  estudo  da  viabilidade  de  um  programa  e  do  partido 
arquitetônico a ser adotado para sua apreciação e aprovação pelo cliente. Pode servir à 
consulta prévia para aprovação em órgãos governamentais. 
 
Anteprojeto e/ou Pré‐Execução:  
Etapa  destinada  à  concepção  e  à  representação  das  informações  técnicas 
provisórias  de  detalhamento  da  edificação  e  de  seus  elementos,  instalações  e 
componentes, necessárias ao inter‐relacionamento das atividades técnicas de projeto e 
suficientes à elaboração de estimativas aproximadas de custos e de prazos dos serviços 
de obra implicados. 
 
 Uso  permitido  do  edifício  (plano  diretor  do  município):  a)  residencial,  b) 
comercial, c) industrial, d) recreativo, e) religioso, f) outros usos. 
 Densidade populacional do edifício: a) avaliação para cada uso (plano diretor do 
município) e b) área construída prevista. 
 Gabarito permitido (código de obras do município): a) altura do edifício; 
b)  recuos  (frente,  fundo  e  laterais);  c)  coeficiente  de  ocupação  do  lote;  e  d) 
coeficiente de aproveitamento do lote. 
 Elementos  geográficos  naturais  do  local:  a)  latitude;  b)  meridiano  (orientação 
magnética); c) regime de ventos predominantes; d) regime pluvial; e) regime de 
temperatura. 
 
Os  desenhos  nessa  fase  podem  ser  esquemáticos,  mas  devem  ser  completos  e 
definidos claramente, de modo a permitir uma avaliação de custo e de prazo. As peças 
apresentadas são plantas, cortes esquemáticos e elevação. 
 
Projeto Legal: 
Etapa destinada à representação das informações técnicas necessárias à análise e 
aprovação,  pelas  autoridades  competentes,  da  concepção  da  edificação  e  de  seus 
elementos e instalações, com base nas exigências legais (municipal, estadual, federal), 
e  à  obtenção  do  alvará  ou  das  licenças  e  demais  documentos  indispensáveis  para  as 
atividades de construção. 
 
Projeto Básico (opcional): 
Etapa opcional destinada à concepção e à representação das informações técnicas 
da edificação e de seus elementos, instalações e componentes, ainda não completas ou 
definitivas,  mas  consideradas  compatíveis  com  os  projetos  básicos  das  atividades 
técnicas  necessárias  e  suficientes  à  licitação  (contratação)  dos  serviços  de  obra 
correspondentes. 
 
 
Projeto Executivo: 
Etapa destinada à concepção e à representação final das informações técnicas da 
edificação  e  de  seus  elementos,  instalações  e  componentes,  completas,  definitivas, 
necessárias  e  suficientes  à  licitação  (contratação)  e  à  execução  dos  serviços  de  obra 
correspondentes. 
 
 
2‐ Obras Públicas 
 
As licitações para a execução de obras e para a prestação de serviços obedecerão 
ao disposto neste artigo e, em particular, à seguinte sequência: 
 
1º) Projeto Básico; 
2º) Projeto Executivo; 
3º) Execução das obras e serviços. 
 
Projeto Básico  ‐ conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de 
precisão  adequado,  para  caracterizar  a  obra  ou  serviço,  ou  complexo  de  obras  ou 
serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos 
preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto 
ambiental  do  empreendimento,  e  que  possibilite  a  avaliação  do  custo  da  obra  e  a 
definição dos métodos e do prazo de execução 
 
Projeto Executivo ‐ o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução 
completa  da  obra,  de  acordo  com  as  normas  pertinentes  da  Associação  Brasileira  de 
Normas Técnicas ‐ ABNT; 
Canteiro de Obras 
 
     Os  canteiros  de  obra  podem  ser  enquadrados  dentro  de  um  dos  três  seguintes  tipos: 
restritos, amplos e longitudinais. 
 
     Restrito é o mais comum em áreas urbanas, o canteiro de obras restrito costuma ter um 
formato  retangular.  Caracteriza‐se  principalmente  pela  delimitação  de  uma  área  cercada  por 
tapumes ou muros, com um portão que dá acesso ao local. 
 
     Amplo, um bom exemplo é o levantamento de pontes, com as atividades da construção se 
estendendo por uma área não delimitada, ampla e com vários pontos de suporte logístico. Em geral, 
esses  canteiros  apresentam  grandes  máquinas  e,  durante  vários  momentos,  há  a  necessidade  de 
interagir com outras pessoas e entidades que não participam diretamente da obra, como prefeituras, 
polícia de trânsito e cidadãos comuns. 
 
     Longitudinais  —  ou  longos  —  podem  ter  características  do  tipo  restrito  ou  amplo.  A 
diferenciação se dá principalmente na complexidade da organização física, pois a movimentação no 
canteiro é mais difícil e as distâncias de percursos ficam maiores. Como exemplos, podemos citar a 
construção de rodovias, obras pluviais e sanitárias urbanas. Em geral, esse tipo de canteiro é estreito, 
dificultando o fluxo adequado de pessoas, equipamentos e materiais. 
 
     Deverá  ser  providenciada  a  ligação  de  água  e  construído  o  abrigo  para  o  cavalete  e 
respectivo hidrômetro. 
Ouso da água é intensivo para preparar materiais no canteiro. Ela serve também para a higiene 
dos trabalhadores e deve ser disponível em abundância. 
Não  existindo  água,  deve‐se  providenciar  abertura  de  poço  de  água,  com  os  seguintes 
cuidados: 
 
 Que seja o mais distante possível dos alicerces; 
 O  mais  distante  possível  de  fossas  sépticas  e de  poços  negro,  isto  é,  nunca  a  menos  de  15 
metros dos mesmos; 
 O  local  deve  ser  de  pouco  trânsito,  ou  seja,  no  fundo  da  obra,  deixando‐se  a  frente  para 
construção posterior da fossa séptica. 
 A cisterna deve ser revestida com alvenaria de tijolos furados 
 
 Deve‐se providenciar a ligação de energia. As instalações elétricas nos canteiros de obras são 
realizadas  para  ligar  os  equipamentos  e  iluminar  o  local  da  construção,  sendo  desfeitas  após  o 
término dos serviços. Mas precisam ser feitas de forma correta, para que sejam seguras. 
Antes do início da obra, é preciso saber que tipo de fio ou cabo deve ser usado, onde ficarão os 
quadros de força, quantas máquinas serão utilizadas e, ainda, quais as ampliações que serão feitas 
nas instalações elétricas. 
 
Também deve haver uma preocupação de dar um destino aos esgotos gerados pela obra. Se 
não houver rede pública de coleta, serão então construídas fossas sépticas e sumidouros quando for 
o  caso.  Se  for  necessária  a  construção  de  fossas,  estas  devem  ser  esvaziadas  ao  final  da  obra  e 
devidamente aterradas. 
Após a ligação das instalações hidráulicas e elétricas, deve‐se proceder com a construção do 
barracão para armazenamento dos matérias, seguido do fechamento do perímetro do terreno com 
uso de tapumes. 
Os canteiros de obras têm de dispor de: instalação sanitária: vestiário; alojamento (*); local de 
refeições;  cozinha  (quando  houver  preparo  de  refeições);  lavanderia  (*};  área  de  lazer  (*);, 
ambulatório (quando se tratar de frentes de trabalho com 50 ou mais operários).  
O  cumprimento  do  disposto  nos  itens  assinalados  com  (*)  é  obrigatório  nos  canteiros  onde 
houver trabalhadores alojados 
 
Instalação Sanitária: 
 
     Entende‐se  com  a  instalação  sanitária  o  local  destinado  ao  asseio  corporal  e/ou  ao 
atendimento das necessidades fisiológicas de excreção. É proibida a utilização da instalação sanitária 
para outros fins que não aqueles previstos acima. A instalação sanitária deve: 
 
 Ser  mantida  em  perfeito  estado  de  conservação  e  higiene,  desprovida  de  odores, 
especialmente durante as jornadas de trabalho; 
 Possuir paredes de material resistente e lavável, podendo ser de madeira; 
 Ter pisos impermeáveis, laváveis e de acabamento não escorregadio; 
 Não se ligar diretamente com os locais destinados a refeições; 
 Ser independente para homens e mulheres, quando for o caso; 
 Ter ventilação e iluminação apropriadas; 
 Possuir instalação elétrica adequadamente protegida; 
 Ter  pe‐direito  mínimo  de  2,3  m  ou  respeitar  o  que  determina  o  Código  de  Edificações  do 
município da obra; 
 Estar situada em local de fácil e seguro acesso, não sendo permitido o deslocamento superior 
a 150 m cio posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. 
 
     A instalação sanitária será constituída de lavatório, vaso sanitário e mictório, na proporção 
de uni conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração, bem como de chuveiro, na proporção 
de um para cada grupo de 10 operários ou fração. 
 
 
Banheiro: 
 
 1 lavatório, 1 vaso sanitário e 1 mictório para cada grupo de 20 trabalhadores ou fração; 
 1 chuveiro para cada grupo de 10 trabalhadores ou fração; 
 O local destinado ao vaso sanitário deve ter área mínima de 1,0 m²; 
 A área mínima destinada aos chuveiros deve ter 0,80 m²; 
 Nos mictórios tipo calha, cada segmento de 0,60 m deve corresponder a um mictório tipo 
cuba. 
 
 
Vestiário: 
 
     Em lodo canteiro de obras, haverá vestiário para troca de roupa dos trabalhadores que não 
residem no local. A situação do vestiário tem de ser próxima aos alojamentos e/ou na entrada da 
obra, sem ligação direta com o local destinado a refeições. Os vestiários necessitam: 
 
 Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
 Possuir piso cimentado, de madeira ou material equivalente 
 Ter cobertura que os proteja contra as intempéries 
 Possuir área de ventilação correspondente a 1/10 da área do piso, no mínimo 
 Ter iluminação natural e/ou artificial 
 Possuir armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado 
 Ter  pé‐direito  mínimo  de  2,5  m  ou  respeitar  o  que  determina  o  Código  de  Edificações  do 
município da obra 
 Ser mantido em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza 
 Possuir bancos cm número suficiente para atender aos usuários, com largura mínima de .10 
cm. 
 
 
Alojamento: 
 
     Os alojamentos do canteiro de obras devem: 
 
 Ter paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
 Possuir piso cimentado, de madeira o LI material equivalente 
 Ter cobertura que os proteja das intempéries 
 Possuir área de ventilação de, no mínimo, l/IO da área do piso 
 Ler iluminação natural e/ou artificiai 
 Possuir área mínima de 3 m² por módulo cama/armário, incluindo a área de circulação 
 Ler pé‐direito mínimo de 2,5 m para camas simples e de 3 m para camas duplas 
 Não estar situados em subsolos ou porões das edificações 
 Possuir instalação elétrica adequadamente protegida 
 É proibido o uso de três ou mais camas na mesma vertical 
 
     E  terminantemente  proibido  cozinhar  e  aquecer  qualquer  tipo  de  refeição  dentro  do 
alojamento. 
É  obrigatório,  no  alojamento,  o  fornecimento  de  água  potável,  filtrada  e  fresca,  para  os 
trabalhadores, por meio de bebedouros de jato inclinado, na proporção de 1 bebedouro para cada 
grupo de 25 trabalhadores ou fração. 
 
 
Local para Refeições: 
 
     Nos canteiros de obras é obrigatória a existência de abrigo adequado para refeições. O local 
para refeições precisa: 
 
 Ler paredes que permitam o isolamento durante as refeições 
 Possuir piso cimentado ou de outro material lavável 
 Ler cobertura que o proteja das intempéries 
 Possuir  capacidade  para  garantir  o  atendimento  de  todos  os  operários  no  horário  das 
refeições 
 Ter ventilação e iluminação natural c/ou artificial 
 Possuir lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior 
 Ler mesas com tampo liso e lavável 
 Possuir assentos em número suficiente para atender aos usuários 
 Ter depósito, com lampa, para lixo 
 Não estar situado em subsolos ou porões de edificação 
 Não possuir comunicação direta com instalação sanitária 
 Ter  pé‐direito  mínimo  de  2.5  m  ou  respeitar  o  que  determina  o  Código  de  Edificações  do 
município da obra. 
 
     Independentemente do número  de trabalhadores e da  existência ou não de cozinha, em 
todo  canteiro  de  obras  haverá  local  exclusivo  para  o  aquecimento  de  refeições,  dotado  de 
equipamento  adequado  e  seguro.  É  proibido  preparar,  aquecer  e  tomar  refeições  fora  dos  locais 
estabelecidos neste item. É obrigatório o fornecimento de água  potável, filtrada c fresca, para os 
trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado (ou outro dispositivo equivalente), sendo 
proibido o uso de copos coletivos. 
     É a proibição de sua localização em subsolos ou porões, como as demais áreas de vivência, 
e proibida e ligação direta com as instalações sanitárias. 
 
 
Cozinha (quando houver preparo de refeições): 
 
     Quando houver cozinha no canteiro de obras, ela necessita: 
 
 Possuir ventilação natural e/ou artificial que permita boa exaustão dos vapores 
 Ter pé‐direito mínimo de 2,5 m ou respeitar o Código de Edificações do município da obra 
 Possuir paredes de alvenaria, madeira ou material equivalente 
 Ter piso cimentado ou de outro material de fácil limpeza 
 Possuir cobertura de material resistente ao fogo 
 Ter iluminação natural e/ou artificial 
 Possuir pia para lavar os alimentos e utensílios 
 Ter  instalação  sanitária  que  não  se  comunique  com  a  cozinha,  de  uso  exclusivo  dos 
encarregados de manipular gêneros alimentícios, refeições c utensílios, não podendo ser ligada 
a caixas de gordura 
 Dispor de recipiente, com tampa, para coleta de lixo 
 Possuir equipamento de refrigeração para preservação de alimentos 
 Ficar adjacente ao local para refeições 
 Ter instalação elétrica adequadamente protegida 
 Quando utilizado gás liquefeito de petróleo (GLP), os bujões têm que ser instalados fora do 
ambiente de utilização, em área perfeitamente ventilada e coberta. 
 
 
Lavanderia: 
 
     As áreas de vivência devem possuir local próprio, coberto, ventilado e iluminado para que o 
trabalhador alojado possa lavar, secar c passar suas roupas de  uso pessoal. Esse local tem de ser 
dotado de Ianques individuais ou coletivos em número adequado. 
 
 
Ambulatório (primeiros socorros): 
 
     As  frentes  de  trabalho  com  50  (cinqüenta)  ou  mais  trabalhadores  devem  ter  um 
ambulatório. 
 
 
Área de Lazer: 
 
     Nas áreas de vivência, precisam ser previstos locais para recreação dos operários alojados, 
podendo  ser  utilizado  o  abrigo  de  refeições  para  esse  fim.  (Exigido  somente  quando  tiver 
trabalhadores alojados) 
 
 
Almoxarifado: 
 
     O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de materiais e ferramentas, 
devendo situar‐se idealmente, próximo a três outros locais do canteiro, de acordo com a seguinte 
ordem de prioridades: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e escritório. 
Armazenamento: 
 
 Cimento  e  Cal:  devem  ficar  armazenados,  protegidos  do  sol,  da  chuva  e  da  umidade,  em 
depósitos cobertos, arrumados sobre estrados de madeira sobre o contrapiso ou piso, afastados 
das paredes e do piso cerca de 10 centímetros. Pilhar no máximo com 10 sacos, podendo atingir 
15 sacos se for por 15 dias. Quando a temperatura do cimento entregue superar 35°C, manter as 
pilhas com no máximo 5 sacos e afastadas pelo menos 50 cm umas das outras. Não misturar lotes 
e  consumir  em  ordem  cronológica  de  recebimento.  No  caso  de  absoluta  impossibilidade  de 
dispor‐se de locais abrigados, manter os sacos cobertos com lona impermeável e sobre estrado 
de madeira; 
 
 Areia  e  Pedra:  devem  ser  armazenadas  em  depósitos  em  forma  de  baias  com  fundo 
acimentado,  separadas  por  divisórias  de  madeira,  de  acordo  com  as  suas  granulometrias.  A 
declividade do solo na região das baias deve ser suficiente para que não haja acúmulo de água 
sob o material estocado. Caso as baias se localizem em local descoberto, sujeito a chuva e/ou 
queda  de  materiais,  deve  ser  colocado  um  telheiro  de  zinco  ou  uma  lona  plástica  sobre  as 
mesmas 
 
 Tijolos: são armazenados em área nivelada, arrumados em pilhas de quinhentas unidades. O 
estoque deve estar situado em local coberto ou então possuir cobertura com lona plástica, a fim 
de diminuir as variações dimensionais dos materiais; 
 
 Madeiras:  sempre  que  possível,  são  armazenadas  em  galpões  cobertos  e  ventilados, 
tomando‐se  o  cuidado  de  colocar  sob  as  pilhas  espaçadores  sobre  o  solo  para  evitar  que  a 
umidade atinja a madeira. Chapas devem ser protegidas contra intempéries. 
 
 Ferros: O tempo adequado de armazenamento do aço depende do nível de agressividade do 
ambiente em que este se encontra. Em meios agressivos, o aço deve estar em galpões e coberto 
com  lona  plástica,  sendo  recomendável  ainda  pintar  as  barras  com  nata  de  cimento  de  baixa 
resistência ou cal. Em meios medianamente e fracamente agressivos, o aço deve ser coberto por 
lona plástica e sobre travessas de madeira. As barras devem ser separadas em compartimentos 
conforme diâmetro. 
 
 Cerâmicas, azulejos, tubos e conexões: apesar de não serem materiais perecíveis, devem ser 
armazenados em locais cobertos e fechados (almoxarifado) por causa de seu alto custo e de sua 
fragilidade. 
 
Deve‐se tentar, na medida do possível, armazenar todos os materiais no subsolo, liberando o 
pavimento térreo para a locação exclusiva das instalações provisórias. 
 
 
Tipologia das Instalações Provisórias: 
 
Sistema tradicional racionalizado: representa um aperfeiçoamento dos barracos em chapa de 
compensado comumente utilizados, de forma a aumentar o seu reaproveitamento e facilitar a sua 
montagem e desmontagem.  
Contêineres: estrutura dos containers deve ser aterrada eletricamente, prevenindo contra a 
possibilidade  de  choques  elétricos;  containers  originalmente  usados  no  transporte  e/ou 
acondicionamento  de  cargas  devem  ter  um  atestado  de  salubridade  relativo  a  riscos  químicos, 
biológicos e radioativos, com o nome e CNPJ da empresa responsável pela adaptação. 
     Em que pese o relativo alto custo de aquisição e as dificuldades para manter um bom nível 
de conforto térmico, os containers apresentam diversas vantagens, tais como a rapidez no processo 
de montagem e desmontagem, reaproveitamento total da estrutura e a possibilidade de diversos 
arranjos internos.  
 
 
Anotações de Questões: 
 

Na implantação de um canteiro de obra, dentre os aspectos principais a serem considerados 
podemos incluir: 
 
a) a área disponível, os acessos possíveis, a magnitude da obra, a quantidade de trabalhadores 
b) a capacidade operacional da equipe e o porte da empresa construtora. 
c) a quantidade total de material a ser empregada na obra 
d) a quantidade total de empregados envolvidos em todas as etapas da obra 
e) a técnica executiva e o material em que esse canteiro será construído 
 
Explicação: 
Um canteiro de obra requer projeto específico, atendendo ao caráter dinâmico das atividades 
que se sucedem ao longo do tempo. A configuração de seu espaço se altera à medida que a obra 
avança,  quando  diferentes  equipes,  materiais  e  equipamentos  vão  sendo  alocados.  Toda  essa 
logística,  devidamente  planejada,  concorre  para  a  conformidade  da  ação  gerencial  e  para  a 
consecução das metas do projeto, no tocante a prazo, custo e escopo. 
 
 
 
 
 
 
 

Numa obra, dentre as assertivas seguintes, são válidas somente: 
 
I ‐ os agregados podem ser armazenados em locais abertos, separados por 
granulometria; 
II ‐ o cimento deve ser estocado em ambiente coberto e aberto; 
III ‐ as tintas devem ser estocadas em local fechado e coberto; 
IV ‐ o almoxarifado deve ficar na parte externa do terreno, próximo à divisa; 
V— a bancada para dobramento e corte de armaduras deve ser mantida sem cobertura, 
 
Explicação: 
O  armazenamento  e  estocagem  dos  materiais  num  canteiro  de  obra  não  pode  ser 
negligenciado,  sob  pena  de  promover  o  seu  desperdício  (perda,  extravio)  ou  a  sua  degeneração 
(tornando‐os impróprios para uso) e dificultar o adequado fluxo das tarefas executivas. Aliás, o bom 
planejamento  de  canteiro  de  obra,  com  a  definição  de  seu  lay‐out,  com  setores  de  depósito, 
atividades e convivência devidamente protegidos e dimensionados, além de exigência normativa, é 
fator  determinante  para  o  eficaz  cumprimento  das  metas  tanto  de  prazo  quanto  de  custo  e  de 
qualidade de uma obra de construção civil. 
Assim, por exemplo, podemos relacionar algumas recomendações básicas; 
• todos os setores do canteiro devem ficar na área interna do terreno, devidamente sinalizados; 
• a área do canteiro tem que ser delimitada com barreira física (cerca, tapume, conforme o 
código municipal); 
 
• a localização do almoxarifado é estabelecida com base no critério de otimização do fluxo de 
materiais até o setor de beneficiamento/utilização; 
•  os  agregados  (areia,  brita)  devem  ser  estocados  conforme  sua  categoria  (areia  fina,  areia 
média, areia grossa, brita 0, brita 1, brita 2). A princípio, podem ser mantidos em local aberto, no 
entanto, protegidos do risco de carreamento pela água de chuva; 
• o cimento deve ser estocado em ambiente fechado e coberto (seco e fresco), protegido do 
contato com a umidade do solo, respeitado o empilhamento máximo definido na embalagem (em 
geral, não devem ser empilhados mais do que 10 sacos de 50kg); 
• as tintas devem ser mantidas, também, em local fechado e coberto, em base lastreada de 
concreto que previna a oxidação da embalagem metálica; 
•  os  ferreiros  devem  ter  bancada  de  trabalho  (para  corte  e  dobramento  das  armaduras) 
convenientemente protegida da insolação, isto é, deve ser coberta, porém instalada em local aberto 
para melhor conforto (ventilação). 
Convém esclarecer, ainda, que o bom planejamento deve permitir que cada insumo da obra 
esteja disponível ao seu tempo (nem muito antes, nem pouco depois). Não há necessidade, nem é 
conveniente, o estoque de material com larga antecedência (a menos que alguma circunstância ou 
contingência econômica o determine). Portanto, o ideal parece ser a adoção do princípio just‐in‐time 
‐ isso, na prábca, porém, nem sempre é viável ou de fácil implementação. O gestor do canteiro de 
obras  não  pode  esquecer,  no  entanto,  de  que  a  manutenção  de  grandes  depósitos  e  tempos  de 
permanência acarreta custo.  
Locação da Obra 
 
   Os métodos mais utilizados são: 
 
 Processo dos cavaletes. 
 Processo da tábua corrida (gabarito) 
 
1‐ Processo dos cavaletes 
 
  Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes. Estes são constituídos de duas 
estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas 
Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece grande segurança 
devido ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos de mão, tropeços, etc. 
Após distribuídos os cavaletes, previamente alinhados conforme o projeto, linhas são esticadas 
para determinar o alinhamento do alicerce e em seguida inicia‐se a abertura das valas. 
 

 
 
 
 
 
 
 
2‐ Processo da tábua corrida (gabarito) 
 
Para  uma  obra  com  poucos  elementos  a  serem  locados,  a  utilização  de  cavaletes 
estrategicamente  colocados  nos  principais  alinhamentos  é  o  mais  recomendado  e  em  obras  com 
diversos elementos a utilização de sarrafos de madeira ao longo da periferia da obra é a mais correta 
e segura. 
 
 Este método se executa cravando‐se no solo cerca de 50cm, pontaletes ou varas de eucalipto a 
uma distância entre si de 1,50m e a 1,20m das paredes da futura construção 
 Nos pontaletes serão pregadas tábuas na volta toda da construção (geralmente de 15 ou 
 20cm), em nível e aproximadamente 1,00m do piso. Pregos fincados nas tábuas com distâncias 
entre si iguais às interdistâncias entre os eixos da construção, todos identificados com letras e 
algarismos  respectivos  pintados  na  face  vertical  interna  das  tábuas,  determinam  os 
alinhamentos. 
 Nos pregos são amarrados e esticados linhas ou arames, cada qual de um nome interligado ao 
de  mesmo  nome  da  tábua  oposta.  Em  cada  linha  ou  arame  está  materializado  um  eixo  da 
construção. Este processo é o ideal. 

 
Métodos de Alinhamento: 
 
Método do Esquadro: Obras pequeno porte, baixa precisão. 
Método do Triangulo Retângulo: obras de médio porte, média precisão (3x4x5 ou 60x80x100) 
Método do Teodolito: usado em obras de grande porte, terrenos inclinados e/ou irregulares, 
100% de precisão. 
 

 
 
Marcação dos Alinhamentos: 
 
       Sobre  os  sarrafos,  já  em  nível,  deverão  ser  marcados  os  alinhamentos  das  peças 
construtivas, de acordo com o projeto, como mostra a Figura 2.5. Essas marcações poderão ser feitas 
com pregos ou por entalhes executados com serrote. É conveniente que seja marcado no lado do 
sarrafo o número do eixo correspondente àquela marcação. 
       Uma marcação básica consiste em: 
 

 
 
Quando  a  distância  entre  os  lados  opostos  de  um  gabarito  é  muito  grande,  são  executados 
gabaritos intermediários. 
 
 
 
 
 
 
 
3‐ Anotações de Questões 
 
 
Acerca da locação de obra, são válidas as seguintes assertivas: 
 
I ‐ deve preceder todas as demais atividades de campo referentes à obra; 
II ‐ em obras de médio ou grande porte, é prescindível o uso de equipamento óptico na etapa 
de locação; 
III  ‐  em  se  tratando  de  edifício  de  projeção  horizontal  extensa,  é  admissível  a  utilização  de 
cavaletes (em substituição ao gabarito de tábua corrida), como apoio à demarcação; 
IV ‐ gabaritos de tábua corrida somente sáo empregados, como apoio à demarcação, quando 
o terreno é plano ou quase plano; 
V  ‐  os  elementos  do  projeto  de  forma  da  estrutura  são  inicialmente  demarcados  pelo  eixo, 
definindo‐se depois as faces. 
 
Explicação:
A locação da obra somente pode ser realizada após a limpeza do terreno, devendo ser iniciada 
com  a  implantação  de  gabarito.  Esse  gabarito  (preferencialmente  de  tábuas  corridas  e  niveladas) 
deve contornar toda projeção do prédio; cavaletes, em substituição ao gabarito de tábua corrida, 
podem ser adotados quando a projeção horizontal é extensa. 
Em se tratando de obras de maior porte, a locação deve ser feita com a ajuda de instrumento 
óptico de boa precisão, como teodolito e nível. 
As marcações são orientadas pela prancha de formas do projeto de estrutura. Os elementos 
estruturais, desde a fundação, são locados a partir de seus eixos. 
Impermeabilização 
 
1‐ Nomenclatura Usual 
 
Água  de  percolação:  água  que  atua  sobre  superfícies,  não  exercendo  pressão  hidrostática 
superior a um quilo‐pascal. 
Água sob pressão negativa: água confinada ou não, que exerce pressão hidrostática de forma 
inversa à impermeabilização, como mostra a Figura 4.1. 

 
 
Água sob pressão positiva: Água confinada ou não, que exerce pressão hidrostática de forma 
direta na impermeabilização. Exemplo: Impermeabilização de caixas‐d’água. 

 
 
Condensação: ocorre pelo esfriamento de vapores ou de certo teor de umidade existente no 
ambiente. 
Fluido: corpo cujas moléculas são tão pouco aderentes entre si que deslizam umas sobre as 
outras, tomando a forma do recipiente que o contém (gases e líquidos). 
Estanque: elemento que impede a passagem de fluidos. 
Estanqueidade: propriedade de um elemento de impedir a penetração ou passagem de fluidos 
através de si. 
Impermeabilidade: propriedade de um produto de ser impermeável. É interessante lembrar 
que  essa  propriedade  está  diretamente  associada  à  pressão  limite  do  produto  em  suportar  a 
condição de impermeabilidade. 
Infiltração: penetração de fluidos nas estruturas. 
Sistema  de  impermeabilização:  conjunto  de  produtos  e  serviços  destinados  a  tornar  um 
elemento impermeável. 
Manta: produto impermeável, pré‐fabricado, de consistência elástica, à base de elastômeros 
PVC. 
Membrana: produto impermeabilizante, moldado no local, com ou sem estruturante. 
Armadura ou estruturante: elemento flexível, de forma plana, destinado a absorver esforços, 
conferindo resistência mecânica aos diferentes tipos de impermeabilização. 
 
 
2‐ Classificação dos Impermeabilizantes 
 
Rigidos: Não apresentam a propriedade de trabalhar com a estrutura principal da edificação. 
São  aditivos  que  atuam  no  sistema  capilar,  preenchem  todos  os  vazios  dos  poros  e  impedem  a 
percolação da água. São misturados aos concretos e às argamassas destinadas ao assentamento de 
elementos de alvenaria e revestimentos. 
  O consumo de aditivo varia conforme a quantidade de aglomerante (cimento) 
  Usos  comuns:  impermeabilização  e  vigas  baldrames;  impermeabilização  de  argamassas, 
concretos e revestimentos; tratamento de subsolo e tuneis; revestimento de piscinas e reservatórios. 
 
Semiflexíveis: São revestimentos impermeabilizantes constituídos de materiais que possuem 
dilatação e flexibilidade. Promovem a absorção de pequenas movimentações ou acomodações da 
estrutura e podem suportar pressões negativas e positivas. 
Normalmente  são  produtos  bicomponentes,  que  se  apresentam  prontos  para  o  uso,  e  que 
devem ser misturados energicamente antes da aplicação. Algumas marcas disponíveis no comércio 
podem ser aplicadas sobre umidade, porém em qualquer situação a superfície deverá estar livre de 
sujeira, pó, graxa, óleo ou outros elementos que podem prejudicar a aderência do impermeabilizante 
no substrato. 
  Usos  comuns:  impermeabilização  de  superfícies  de  concreto,  argamassa,  alvenaria  e  aço; 
impermeabilização de lajes e terraços; revestimento de piscinas e reservatórios. 
 
  Flexíveis: São os que possuem em sua composição materiais que modificam as características 
elásticas  do  produto,  pois  recebem  adição  de  polímeros,  elastômeros  etc.,  podendo  absorver 
considerável movimentação estrutural. Estes podem ser divididos em dois grupos: as emulsões e as 
mantas. 
  Usos comuns: impermeabilização de lajes, banheiros, reservatórios e piscinas. 
   Emulsões: São emulsões à base de elastômeros sintéticos e betumes emulsionados ou 
de base acrílica. Quando aplicados, a quente ou a frio, formam um filme impermeabilizante, elástico, 
e  de  elevada  aderência.  Esses  materiais  não  devem  ficar  expostos  ao  tempo,  pois  por  possuírem 
betume em sua composição não resistem aos raios ultravioleta. Para aumentar a vida útil desses 
materiais deve‐se proceder à execução de uma proteção mecânica sobre o produto aplicado. 
   Mantas: Um tipo de impermeabilização flexível cada vez mais utilizado, pois garantem 
excelente tratamento, principalmente sobre lajes e coberturas, é a utilização de mantas asfálticas. 
Estas  são  fornecidas  em  rolos,  com  variada  espessura,  uma  para  cada  tipo  de  finalidade  ou 
solicitação. 
 
 
  Classificação de Acordo com a NBR 9575/2010: 
 
  Os tipos de impermeabilização são classificados segundo o material constituinte principal da 
camada impermeável. 
 
  Cimentícios: argamassa com aditivo impermeabilizante; argamassa modificada com polímero; 
argamassa polimérica; cimento modificado com polímero. 
 
  Asfálticos: membrana de asfalto modificado sem adição de polímero; membrana de asfalto 
elastomérico; membrana de emulsão asfáltica; manta asfáltica. 
 
  Poliméricos:  membranas  elastoméricas;  membrana  de  poliuretano,  poliuréia,  polímero, 
acrílica, etc. 
 
 
3‐ Seleção 
 
O  tipo  adequado  de  impermeabilização  a  ser  empregado  na  construção  civil  deve  ser 
determinado  segundo  a  solicitação  imposta  pelo  fluido  nas  partes  construtivas  que  requeiram 
estanqueidade. A solicitação pode ocorrer de quatro formas distintas, conforme a seguir:  
 
 Imposta pela água de percolação;  
 Imposta pela água de condensação;  
 Imposta pela umidade do solo;  
 Imposta pelo fluido sob pressão unilateral ou bi lateral.   
 
 
4‐ Tipos de Impermeabilização 
 
Baldrames: aplicar argamassa  impermeabilizante  e moldar os  canto  de  forma  arredondada, 
após  secagem,  aplicar  pintura  betuminosa.  Assentar  pelo  menos  as  quatro  primeiras  fiadas  com 
argamassa impermeabilizante. Recomenda‐se, ainda, que a argamassa de revestimento externo seja 
impermeabilizada nos primeiros 50 cm acima do piso. 
 
Alvenarias: é muito comum vermos em alvenarias já revestidas e pintadas umidade ascendente 
oriunda de falta ou deficiência de impermeabilização. 
  A primeira providência é retirar todo o emboço da alvenaria até uma altura de 1 metro acima 
do piso, preferencialmente nos dois lados da alvenaria. O ideal é também retirar o rodapé quando 
este existir. (não se aplica quando o piso apresenta sinais de umidade). 
 
 
 
Fachadas: aplicação de produtos hidrofugantes na pintura 
 
 
5‐ Proteção Mecânica 
 
As  impermeabilizações  expostas  a  intempéries,  principalmente  as  executadas  à  base  de 
produtos derivados de petróleo, sofrem intensamente sob a ação dos raios ultravioleta oriundos da 
radiação  solar  e  provocam  ressecamento  do  material,  e,  com  isso,  perda  da  capacidade  de 
elasticidade. 
Para  resolver  este  problema  é  executada,  sobre  esses  tipos  de  impermeabilização 
principalmente em calhas e lajes expostas às intempéries, uma camada de argamassa no taco 1:5 
(cimento e areia) com, no mínimo, 2 cm de espessura, com a finalidade de evitar a exposição direta 
do  revestimento  aos  raios  solares.  Argila  expandida  ou  vermiculita  são  materiais  comumente 
utilizados sobre a proteção mecânica com a finalidade de reduzir a incidência de calor sobre o sistema 
de impermeabilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6‐ Anotações de Questões 
 

Identifique uma combinação adequada, relacionando os elementos e locais de um edifício 
aos  produtos  recomendáveis  para  assegurar  impermeabilização,  prevenindo  transtornos  como 
infiltrações, eflorescências, desperdício de água ou a sua contaminação. 
 
 
1 ‐ caixilhos;                                                               ( 5 ) manta asfalta pré‐moldada de poliéster; 
2 ‐ fachada com revestimento cerâmico;            ( 3 ) revestimento impermeabilizante flexível; 
3 ‐ caixa de água elevada;                                       ( 1 ) espuma expansiva de poliuretano; 
4 ‐ caixa de água enterrada (subterrânea);         ( 2 ) selante elástico à base de poliuretano; 
5 ‐ lajes expostas;                                                    ( 6 ) impermeabilizante de pega ultrarrápida; 
6 ‐ garagens e subsolos, com lençol                      ( 4 ) revestimento impermeabilizante de base acrílica. 
freático raso. 

Explicação: 
Um  reservatório  de  água  elevado  (numa  torre  ou  edifício)  construído  em  concreto  armado 
exibe uma dinâmica típica de estrutura flexível, notadamente devido às variações que sofre seja pelas 
mudanças de nível de água (enchimento e esvaziamento), seja pelo gradiente de temperatura a que 
está sujeito. Nesse caso, é recomendável o emprego de material impermeabilizante flexível, capaz de 
acompanhar,  sem  perda  de  estanqueidade,  as  deformações  do  reservatório.  No  caso  de  um 
reservatório de água enterrado, os cuidados devem ser ainda maiores, haja vista o risco potencial de 
contaminação pelo solo; além disso, a existência de vazamentos nem sempre é fácil de perceber logo 
de início ‐ uma alternativa de impermeabilização seria com material de base acrílica (polímero de 
metacrilato de metila). 
Uma  laje  de  concreto  exposta  (em  terraço,  por  exemplo)  pode  ser  impermeabilizada  com 
manta asfáltica estruturada com véu de poliéster ‐ essa manta é produzida a partir da modificação 
física do asfalto (material betuminoso) com uma mescla de polímeros, o que lhe confere aderência, 
resistência e durabilidade. 
 
 

Entre  os  procedimentos  válidos  preventivos  ou  corretivos  dos  efeitos  da  umidade  em 
edificações, incluem‐se, exceto: 
a) executar as primeiras fiadas de alvenaria acima do piso ou calçada (próximo ao solo) com 
argamassa de cimento e areia acrescida com aditivos impermeabilizantes. 
b) executar o concreto de fundação com aditivo impermeabilizante. 
c) aplicar à parede revestimento impermeável até a altura mínima de 1,0m acima do solo. 
d) executar procedimento de rebaixamento do nível do lençol freático. 
e) em subsolo sob pressão freática, executar piso impermeabilizado. 
Concreto 
 
1‐ Tipos de Concreto 
 
Concreto bombeável: De uso corrente nas obras de construção, com características de fluidez 
para poder, por meio de tubulações, atingir grandes distâncias, tanto na horizontal como na vertical. 
Normalmente é empregado em lugares de difícil acesso. 
 
Concreto leve: Com baixo peso específico, da ordem de 0,40 a 2 t/m3 e resistência de 10 a 20 
MPa.  Possui  como  agregados  materiais  leves,  tais  como  o  poliestireno  expandido  (Isopor )  e  a 
vermiculita.  Utilizado  como  elemento  de  vedação,  rebaixo  de  lajes,  nivelamento  de  pisos  pouco 
solicitados, e inclusive como termoacústico. 
 
Concreto fluido: É autoadensável, que dispensa vibração. Indicado para concretagem de peças 
delgadas e peças com alta concentração de armadura de difícil adensamento. O aditivo utilizado para 
esse tipo de concreto é o “superplastificante”. 
 
Concreto  de  alta  resistência:  De  resistência elevada,  ou  seja,  acima  de 50  MPa  e  obtido  da 
adição  de  elementos  tais  como  a  microssílica  e  os  aditivos  plastificantes.  Utilizado  em  obras 
marítimas, na recuperação de estruturas, em pisos de alta resistência, nas pistas de aeroportos, e em 
estruturas com grandes solicitações. 
 
Alta  resistência  inicial:  Utilizado  nesse  concreto,  o  cimento  com  elevada  resistência  inicial 
destina‐se à confecção de peças protendidas e na indústria da pré‐construção, e em peças estruturais 
onde há a necessidade de um período menor para a desforma. 
 
Concreto  com  fibras  de  aço,  plástico  ou  polipropileno:  Tem  maior  resistência  à  tração,  ao 
impacto, ao desgaste superficial e ao surgimento de fissuras. 
 
Concreto  aditivado:  Em  sua  composição  recebe  produtos  químicos  chamados  aditivos,  que 
possuem  propriedades  de  melhorar  algumas  de  suas  características  tais  como:  plasticidade, 
impermeabilidade, resistência, durabilidade e outras. 
 
Concreto rolado: Com baixo consumo de cimento e baixa trabalhabilidade, ou seja, com pouca 
água.  Permite  compactação  por  meio  de  rolos  compressores  com  a  finalidade  de  promover 
pavimentação ou sub‐bases. O concreto rolado tem sua utilização em pavimentação e substitui o 
asfalto comumente utilizado. 
 
Microconcreto ou “Grout”: Concreto com agregados de pequenos diâmetros (máximo de 
4,8  mm)  com  adição  de  aditivos  especiais  que  permitem  fluidez  e  são  autoadensáveis.  É 
utilizado no preenchimento de vazios e juntas de blocos de alvenaria estrutural, bases de máquinas 
e de estruturas. 
 
Concreto  projetado:  Possui  baixa  trabalhabilidade,  dosado  com  cimento,  areia,  pedrisco  e 
aditivos.  Suas  características  de  aderência  possibilitam  reforço  de  lajes,  revestimentos  de  túneis, 
galerias, paredes e pilares. Por sua alta aderência, não há necessidade da utilização de fôrmas. 
 
Concreto  coloridos:  Utilizado  para  causar  melhor  efeito  arquitetônico  a  partir  da  adição  de 
pigmentos à mistura. 
 
Concreto  pesado:  É  aquele  que  utiliza  agregados  de  elevado  peso  específico  tais  como: 
hematita,  barita,  magnetita,  entre  outros.  Possui  elevada  resistência  mecânica,  durabilidade  e 
capacidade de reter radiações. Utilizado também como contrapeso e lastro de equipamentos. 
 
Concreto com microssílica: É usado quando se tem necessidade de elevada resistência física e 
para  ataques  químicos,  resultando  em  maior  durabilidade.  A  microssílica  é  um  aglomerante 
altamente reativo, que incorpora características especiais como resistências de 50 MPa até 200 MPa. 
 
Concreto resfriado/refrigerado: Executado a baixa temperatura, com a finalidade de controle 
de fissuração em peças de grande massa. 
 
Concreto convencional: De uso corrente na construção civil, com resistências de até 30 MPa. 
 
Concreto impermeável: Com consumo mínimo de 350 kg/m3, com uso de agregados miúdos e 
aditivos impermeabilizantes. A cura é importante para evitar o fissuramento por retração. 
 
Concreto  aparente:  Utilizado  quando  se  deseja  a  execução  de  peças  que  não  vão  receber 
revestimento  adicional,  assim  como  o  uso  de  fôrmas  de  madeira  plastificadas  ou  metálicas  é 
imprescindível, e o uso de aditivos plastificantes é altamente recomendável. 
 
Concreto celular: Trata‐se de concreto também considerado leve e sem função estrutural, que 
consiste no uso de aditivos incorporadores de ar, que criam minúsculas bolhas de ar na massa de 
concreto. É indicado para isolamento térmico em lajes de cobertura e terraços, enchimento de pisos 
e rebaixamento de lajes, fabricação de pré‐moldados etc. O concreto celular possui massa específica 
que varia de 500 kg/m3 a 1.800 kg/m3. 
 
Tempo de pega: compreende a evolução das propriedades mecânicas da pasta no  início do 
processo  de  endurecimento,  propriedades  essencialmente  físicas,  consequente,  entretanto,  a  um 
processo químico de hidratação. 
É definido como o momento em que a pasta adquire certa consistência que a torna imprópria 
a um trabalho 
A pega e o endurecimento constituem etapas do processo de solidificação dos aglomerantes 
presentes na argamassa e concretos. 
A pega é um processo químico (calor e reações) alterando os contituientes. 
O endurecimento é um processo físico (secagem e colagem) 

 
 
Cura:  é  denominado  esse  processo  de  endurecimento,  toma‐o  resistente  e  mais  durável, 
quando bem realizada. 
 
 
2‐ Componentes do Concreto 
 
Cimento: tipos de cimento: 
 

 
 
Brita: Deverá ser constituída de cascalho de granito ‐ gnaisses ou basalto, arestas bem vivas, bem 
graduados, limpos, isentas de argilas e de partes em decomposição – e de pedregulho (ou seixos 
rolados) que deve ser bastante duro e livre das mesmas impurezas que prejudicam a areia, e ter 
forma  cúbica  ou  esférica.  Quando  o  agregado  graúdo  tiver  mais  de  3%  de  pó  de  pedra  deverá  o 
mesmo ser lavado. Classificação: 

 
 
Areia:  Deverá  ser  sílico‐quartzosa,  de  grãos  inertes  e  resistentes,  deve  estar  limpa  e  livre  de 
impurezas,  tais  como:  argila,  raízes,  folhas  etc.,  e  ser  adquirida  já  lavada.  Precauções  devem  ser 
tomadas quando da carga e do descarregamento para que não haja contaminação do material por 
elementos nocivos. 
 
Água: A água a ser utilizada no concreto deve ser limpa, sem barro, óleo, galhos, folhas e raízes, 
ou seja, água boa para o concreto é água boa para beber. Caso haja contaminação, a água deve ser 
descartada. Em caso de dúvidas, deve‐se coletar amostras para ensaios de qualidade. 
3‐ Aditivos 
 
 Plastificantes:  
   ‐ Consumo: Peso do cimento (0,2% a 0,5% do peso do cimento) 
   ‐ Características: 
     ‐ Tornam o concreto mais plástico, pois reduzem o atrito dinâmico. 
‐ Reduzem a quantidade de água. 
‐ Permitem economia de até 15% no cimento. 
‐ Reduzem a tensão superficial na água. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
‐ Facilitam o adensamento. 
‐ Reduzem as fissuras.  
 
 Retardadores de Pega: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento (0,2% a 0,5% do peso do cimento) 
    ‐ Características: 
‐ Retardam o tempo de início da pega do cimento podendo ser atingido, em 
situações controladas, em 4 horas. 
‐ Agem como plastificantes. 
‐ Reduzem a exsudação. 
‐ Reduzem a permeabilidade. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
‐ Facilitam o adensamento. 
‐ Reduzem as fissuras. 
‐ Aumentam a resistência à tração e à compressão. 
 
 Redutores de Água: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento 
    ‐ Características: 
      ‐ Redução do consumo de água para uma mesma plasticidade 
      ‐ Aumentam a plasticidade para uma mesma quantidade de água 
      ‐ Melhor trabalhabilidade 
      ‐ Menor segregação 
      ‐ Melhor condição de vibração e bombeamento 
      ‐ Reduzem a temperatura do concreto massa 
      ‐ Aumento da resistência mecânica     
 
 Incorporadores de Ar: 
    ‐ Consumo: Em função dos agregados 
    ‐ Características: 
‐ Aumentam o abatimento (slump‐test), substitui parte da água 
‐ Produzem misturas mais coesivas. 
‐ Reduzem segregação. 
‐ Reduzem a exsudação. 
‐ Diminui infiltração de água 
‐ Permitem o uso de agregados malgraduados. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
‐ Usados em estruturas sujeitas a congelamento e degelo. 
‐ Facilitam o adensamento. 
‐ Reduzem as fissuras. 
‐ Reduzem o peso do concreto. 
 
 Aceleradores de Pega: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento (até 2% do peso do cimento) 
    ‐ Características: 
‐ Aumentam a velocidade de hidratação do cimento, diminuindo o tempo do 
início de pega. 
‐ São empregados nos casos de selamento de vazamentos de água 
‐ Elevam a resistência inicial do concreto. 
‐ Produzem misturas mais coesivas. 
‐ Reduzem a segregação. 
‐ Reduzem a exsudação. 
‐ Permitem o uso de agregados mal graduados. 
‐ Aumentam a trabalhabilidade do concreto. 
 
 Impermeabilizantes: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento 
    ‐ Características: 
‐ Aumentam a trabalhabilidade de argamassas e concretos. 
‐ Reduzem a absorção capilar. 
‐ Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,5 l/kg. 
 
 Expansores: 
    ‐ Consumo: Peso do cimento (0,5% a 1,5% do peso do cimento) 
    ‐ Características: 
‐ Produzem expansão da pasta de cimento como compensação da retração. 
‐ Aumentam a aderência nos enchimentos de bainhas dos cabos de concreto 
protendido para proteção das cordoalhas. 
‐ Utilizados no encunhamento de argamassas e na recuperação de estruturas 
de concreto. 
‐ Reduzem a absorção capilar. 
‐ Fixam um fator água/cimento abaixo de 0,5 L/kg. 
Aditivos destinados a melhorar a trabalhabilidade do concreto: 
   ‐ Plastificantes redutores 
   ‐ Incorporadores de ar 
     ‐ Dispersantes ou fluidificantes 
 
 
Modificadores das resistências mecânicas: 
   ‐ Redutores plastificantes 
 
Modificadores das resistências do concreto e condições especiais de exposição: 
   ‐ Incorporadores de ar 
 
Modificadores de tempo de pega e endurecimento: 
   ‐ Retardadores 
   ‐ Aceleradores 
 
Impermeabilizantes: 
   ‐ Repelente à absorção capilar 
   ‐ Redutores de permeabilidade 
 
Expansores: 
   ‐ Gerador de gás 
   ‐ Estabilizantes de volume 
   ‐ Geradores de espuma 
 
 
4‐ Lançamento do Concreto 
 
O concreto deve ser lançado, assim que misturado, não sendo permitido intervalo superior a 
30 min entre o amassamento e o lançamento. Não se admite o uso de concreto remisturado. 
Para se evitar a separação e incrustação da argamassa nas fôrmas e armaduras, o concreto, em 
peças muito delgadas, como muros, deve ser colocado através de canaletes de borracha ou tubos 
flexíveis, chamados de "trombas de elefante". 
A altura de lançamento, em concretagens comuns, deve ser, no máximo, igual a 2 m. Quando 
a altura é superior, como pilares, o concreto deve ser lançado por janelas abertas na parte lateral, 
que vão sendo fechadas à medida que avança o concreto. 
O concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição final, não devendo fluir 
dentro das fôrmas. 
As  camadas  de  lançamento  devem  ter  altura  igual  a,  aproximadamente,  ¾  da  altura  do 
vibrador. 
 
5‐ Plano de Concretagem – Juntas e Emendas 
 
Podemos reunir as juntas em dois tipos: 
 
 Juntas propriamente ditas, que têm por fim permitir os deslocamentos da estrutura; 
 Juntas de construção, feitas de acordo com as interrupções da execução. 
 
As juntas propriamente ditas são destinadas a permitir deslocamentos provindos de retrações, 
expansões e contrações devidas a variações de umidade e temperatura, bem como escorregamentos 
e empenamentos devidos às mesmas causas, e também de flexões causadas pelo carregamento ou 
condição do solo de fundação. 
As juntas de construção são utilizadas para simplificar a execução da estrutura. 
As  juntas  puramente  de  construção  não  são  próprias  para  eliminar  os  ricos  oriundos  dos 
deslocamentos, sejam quais forem as causas. 
A  junta  de  trabalho  (emenda  de  concretagem)  nunca  deverá  ser  feita  onde  as  tensões 
tangenciais sejam elevadas e onde não haja ferragem suficiente para absorvê‐las 
Se o concreto deve ser lançado em camadas sucessivas, a interrupção entre duas camadas dá 
origem a uma junta de construção horizontal. 
Quando não pudermos evitar a junta de construção, ou substituí‐la por junta efetiva, devemos 
tomar as precauções a seguir: 
 
 Tornar a superfície do concreto antigo rugosa, mediante esfrega com escova de aço, jato de 
areia ou jato de água (se o concreto ainda está novo), de modo que o agregado miúdo e a 
camada de pasta sejam removidos, e o agregado graúdo fique aparente. No lançamento do 
concreto  devem‐se  tomar  providências  para  que  o  acabamento  da  camada  não  torne  a 
superfície lisa. 
 A superfície deve ser perfeitamente limpa, livre de material solto, pó, etc. A limpeza pode ser 
feita por jato de água ou de ar comprimido, caso seja necessário. 
 No caso de não ser utilizado jato de água, a superfície deve ser abundantemente molhada. 
 Espalha‐se  sobre  o  concreto  uma  camada  de  argamassa,  de  composição  idêntica  à  que  faz 
parte do concreto (traço da ordem de 1:3 e fator água‐cimento o mesmo do concreto). 
 O concreto é lançado a seguir, misturando ambas as camadas no adensamento, se for concreto 
novo. 
 
As vigas deverão ser concretadas de uma só vez, caso não haja possibilidade, fazer as emendas 
à 45º  
A emenda deve ser feita a 1/4 do apoio, onde geralmente os esforços são menores. Devemos 
evitar  as  emendas  nos  apoios  e  no  centro  dos  vãos,  pois  os  momentos  negativos  e  positivos, 
respectivamente, são máximos. 
Quando uma concretagem for interrompida por mais de três horas a sua retomada só poderá 
ser  feita  72  horas  ‐  após  a  interrupção;  este  cuidado  é  necessário  para  evitar  que  a  vibração  do 
concreto novo,  transmitida pela armadura, prejudique o  concreto em início de  endurecimento. A 
superfície deve ser limpa, isenta de partículas soltas, e para maior garantia de aderência do concreto 
novo com o velho devemos: 
 Retirar com ponteiro as partículas soltas 
 Molhar bem a superfície e aplicar ou uma pasta de cimento ou um adesivo estrutural para 
preencher os vazios e garantir a aderência. 
 O reinicio da concretagem deve ser feito preferêncialmente pelo sentido oposto. 
 
 
6‐ Adensamento do Concreto 
 
Os processos de adensamento podem ser manuais, socamento ou apiloamento, e mecânicos, 
por meio de vibrações ou centrifugação.  Além disso, podem‐se considerar processos especiais de 
adensamento, tais como a concretagem a vácuo, etc. 
O adensamento manual é o modo mais simples, consiste em facilitar a colocação do concreto 
na  fôrma  e  entre  as  armaduras,  mediante  uma  barra  metálica,  cilíndrica  e  fina,  ou  por  meio  de 
soquetes mais pesados. No caso da barra, esta deve atravessar a camada de concreto e penetrar 
parcialmente na inferior. A espessura das camadas não deve exceder a 20 cm. Esses processos só se 
aplicam a peças de pequena responsabilidade, pequena espessura e pouca armadura. 
A  vibração  permite  também,  além  da  desaeração,  dar  ao  concreto  uma  maior  fluidez,  sem 
aumento  da  quantidade  de  água,  e  determina  a  ascensão  à  superfície  do  excesso  da  água  de 
amassamento  e  da  pasta  de  cimento.  Com  isso,  são  melhoradas  sensivelmente  todas  as 
características do concreto: compacidade, resistência à compressão, impermeabilidade, aderência, 
retração e durabilidade. 
A aplicação de um vibrador deve ater‐se aos seguintes cuidados: 
 
 As posições sucessivas devem estar a distâncias inferiores ou iguais ao raio de ação do vibrador; 
ou, seja, oito a dez vezes o diâmetro da agulha; 
 O  aparecimento  de  ligeira  camada  de  argamassa  na  superfície  do  concreto,  assim  como  'a 
cessação  quase  completa  de  desprendimento  de  bolhas  de  ar,  correspondem  ao  término  do 
período útil de vibração; daí em diante, o efeito da vibração será negativo pela separação cada 
vez maior dos elementos da mistura, determinando heterogeneidade e segregação; 
 As camadas de concreto lançadas devem ter altura inferior ao comprimento da ponta vibrante 
dos vibradores de imersão, a fim de homogeneizar perfeitamente o concreto em toda a altura 
da peça; 
 A inserção da ponta vibrante no concreto deve ser rápida e sua retirada muito lenta, ambas com 
o aparelho em funcionamento. A retirada demasiado rápida ou com o vibrador desligado poderá 
deixar um vazio na massa de concreto; 
 A ponta da agulha deverá penetrar na camada anteriormente vibrada, cerca de 10 cm a fim de 
assegurar uma perfeita adesão entre esta e a camada que está sendo depositada na fôrma. 
 
A  centrifugação  é  particularmente  interessante  no  caso  de  fabricação  de  elementos  de 
revolução pré‐fabricados: postes, tubos, etc. 
 
 
7‐ Anotações de Questões 
 
 
Com relação ao emprego do concreto armado na construção e aos procedimentos necessários 
à sua execução, é correto afirmar: 
 
a)  os  agregados  podem  ser  medidos  em  volume  ou  em  peso,  indistintamente,  desde  que 
mantido o traço estabelecido. 
b) durante a concretagem, a armadura deve ficar em contato direto com a forma. 
c) aditivos para alteração das condições de pega somente podem ser empregados em concretos 
usinados. 
d) para peças de grandes vãos sujeitos a deformação, as formas serão dotadas de contraflecha. 
e) o transporte do concreto da betoneira ao ponto de lançamento na forma deve ser feito em 
carrinhos de mão com rodas de ferro. 
 
Explicação: 
A maneira como  os agregados são  medidos na confecção do concreto repercute no desvio‐
padrão do produto e deve ser considerado quando da definição da resistência de dosagem (a partir 
do  fck  estabelecido  no  projeto  estrutural).  Concreto  com  os  materiais  medidos  em  peso  tende  a 
apresentar  resistência  mais  uniforme,  isto  é,  menor  desvio‐padrão  no  resultado  de  ruptura  dos 
corpos de prova. Ademais, são diferentes as expressões do traço com os insumos medidos em peso 
e com os insumos medidos em volume (pois cada material tem um peso específico diferente). 
 
 

Constituem ações efetivas para reduzir a retração superficial do concreto, exceto: 
 
a) construção de barreiras contra o vento. 
b) lançamento do concreto durante os períodos mais frios (ou menos quentes) do dia. 
c) estocagem dos agregados à sombra, molhando‐os eventualmente. 
d) resfriamento da água de amassamento. 
e) adensamento enérgico do concreto. 
 
Explicação: 
É importante, então, que se adotem medidas mitigadoras da evaporação da água na superfície 
do concreto, seja baixando a temperatura do concreto durante os dias quentes, seja reduzindo a 
velocidade  do  vento  que  atinge  a  superfície  do  concreto,  seja  mantendo‐o  úmido.  Dentre  essas 
ações, podemos citar: 
• resfriamento da água de amassamento; 
• estocagem dos agregados à sombra (se possível, molhando‐os); 
• lançamento do concreto nas horas de menor insolação; 
• construção de barreiras contra o vento que incide no concreto; 
• aplicação de cura química 
 
Destaca‐se, como um dos principais mecanismos promotores da retração a perda de água para 
evaporação  em  estado  fresco  ou  endurecido.  Por  isso,  especial  atenção  deve  ser  dedicada  na 
determinação e controle do fator água‐cimento. A água em excesso não é consumida na reação de 
hidratação  do  cimento.  Essa  água  (excedente)  tende  a  evaporar‐se  ocasionando  esforços  de 
contração na massa, o que, uma vez restringida, acarreta tensões de tração levando ao aparecimento 
(ou aumento) de fissuras. 
A cura do concreto consiste no conjunto de operações e procedimentos destinados a proteger 
a superfície dos elementos estruturais, prevenindo, sobretudo, a perda (ou evaporação precoce) da 
água de amassamento necessária à hidratação do cimento. 
Convém esclarecer que a cura do concreto não se presta para eliminar o efeito nocivo da água 
em excesso, mas preservar a água necessária. 
 
 
O efeito da fissuração no concreto armado tende a diminuir com: 
 
a)  redução  das  quantidades  de  água  e  de  agregado  muito  fino  e  utilização,  tanto  quanto 
possível, de armadura de menor diâmetro 
b) diminuição da armadura e aumento das quantidades de aglomerante, agregados e água 
c) elevação do fator água / cimento e utilização, tanto quanto possível, de armadura de maior 
diâmetro 
d) não molhagem das peças nos primeiros dias após a concretagem e diminuição da armadura 
e) diminuição da quantidade de agregados graúdo e miúdo e aumento da armadura 
 
Explicação: 
Armaduras (barras de aço) de menor diâmetro tendem a diminuir a abertura da fissuração. Isso 
pode  ser  atribuído  à  existência  de  uma  maior  superfície  de  contato  (aderência)  com  o  concreto, 
considerando‐se uma mesma área de seção transversal de armadura. 
A água em excesso quando evapora provoca retração, além de deixar o concreto mais poroso, 
o que prejudica a proteção da armadura. 
Agregado mais fino consome mais pasta de cimento. O aumento do consumo de aglomerante 
tende a acentuar a retração do concreto, podendo levar ao aparecimento de fissuras. 
Portanto, o emprego de concreto com menor fator água/cimento e com agregado não muito 
fino (pulverulento), associado a barras de aço de menor diâmetro, contribui para a prevenção ou 
limitação de fissuras. 
 
 

Sobre  o  tema  lançamento,  adensamento  e  cura  do  concreto,  identifique  as  assertivas 
corretas: 
 
I — a cura de elementos estruturais de superfície deve ser feita até que se atinja o fck 
adotado no projeto estrutural; 
II ‐ no adensamento manual, a altura das camadas de concreto não deve ser inferior 
a 20cm; 
III ‐ concreto autoadensável não pode ser empregado quando o lançamento for 
submerso; 
IV ‐ em nenhuma hipótese, deve ser realizado o lançamento do concreto antes do 
início da pega; 
V — vibradores de imersão devem ser aplicados preferencial inclinados e em contato 
direto com a forma. 
 
Explicação: 
A NBR14931 estabelece os requisitos gerais para a execução de estruturas de concreto. 
No tocante ao lançamento, adensamento e cura do concreto, podemos destacar as seguintes 
prescrições normativas: 
•  quando  o  lançamento  for  submerso,  o  estudo  de  dosagem  deve  prever  um  concreto 
autoadensável, coeso e plástico (com consumo de cimento Portland não inferior a 400kg/m3); 
• em nenhuma hipótese deve ser realizado o lançamento do concreto após o início da pega; 
• no adensamento manual, a altura das camadas de concreto não deve ultrapassar 20cm; 
• vibradores de imersão devem ser aplicados preferencialmente na posição vertical; não deve 
haver contato do vibrador com a forma; deve‐se vibrar o maior número possível de pontos ao longo 
da estrutura; a retirada do vibrador deve ser lenta; 
•  elementos  verticais  de  superfície  devem  ser  curados  até  que  atinjam  fck  (resistência 
característica à compressão) de, no mínimo, 15MPa. 
Adensamento manual é feito com apiloamento ou socamento 
 
 

Havendo necessidade de interrupção do processo de lançamento do concreto na execução 
de uma laje antes de concluído o preenchimento integral da fôrma, deve o engenheiro orientar o 
seguinte procedimento: 
 
a)  interromper  a  concretagem  nas  regiões  de  maior  densidade  de  armadura,  adicionado 
grampos que garantam a adesão posterior. 
b) executar a junta de concretagem sempre sobre os apoios, com inclinação de 45°. 
c) aplicar nata de cimento moderadamente fluida sobre a área de contato, após a secagem, e 
antes do prosseguimento da concretagem. 
d)  executar  juntas  de  concretagem  nas  regiões  de  menores  esforços  estruturais,  e  o  mais 
vertical possível. 
e)  a  concretagem  pode  ser  interrompida  em  qualquer  seção  da  estrutura,  desde  que  a 
retomada dos trabalhos seja até 48 horas após a paralisação. 
 
Explicação: 
A parada de concretagem deve ser conhecida o priori, seguindo a programação de lançamentos 
parciais  de  concreto,  de  forma  a  assegurar  que  todas  as  etapas  de  transporte,  lançamento  e 
adensamento sejam adequadamente cumpridas, sem atropelos ou improvisos. 
A posição das juntas de concretagem deve ser definida no plano de concretagem, procurando‐
se  identificar  os  locais  em  que  são  menores  os  esforços  de  cisalhamento,  preferencialmente  em 
posição normal aos esforços compressão. 
No caso de laje, uma indicação de parada seria a uma distância de cerca de 1/5 do vão, a partir 
dos apoios, onde os esforços de tração e compressão são praticamente nulos nesses elementos da 
estrutura. Cabe ressaltar, porém, que as juntas de concretagem devem, sempre que possível, ser 
previstas no projeto estrutural. 
Aconselha‐se a execução de junta quase vertical, para o que se pode empregar uma tábua que 
será  removida  na  seqüência  da  concretagem.  Juntas  de  concretagem  muito  inclinadas  podem 
favorecer a desagregação do concreto, com a rolagem dos agregados maiores e mais pesados para a 
região inferior do elemento estrutural. O concreto deve ser bem adensado até a superfície da junta. 
Precauções devem ser tomadas para garantir a suficiente ligação do concreto já endurecido 
como o do novo trecho. Assim, antes do reinicio da concretagem, deve‐ se, dentre outros cuidados 
que se revelarem necessários, proceder a uma escovação e limpeza da superfície de contato, visando 
remover a nata que naturalmente se forma bem como algum fragmento solto ou mal aderido. 
 
 
 

Durante o lançamento do concreto, a norma preconiza que sejam tomadas precauções para 
manter a homogeneidade desse material na forma da peça estrutural. Sobre isso é correto afirmar: 
 
a) não há risco de segregação durante o transporte do concreto, mas apenas durante a fase de 
lançamento. 
b) cuidados maiores devem ser adotados quando forem concretadas peças baixas e estreitas, 
em que a altura de queda livre do concreto for inferior a 2m. 
c) em peças verticais e esbeltas (como paredes e pilares), é recomendável o lançamento do 
concreto em queda livre. 
d)  o  uso  de  funis,  calhas  e  trombas  na  condução  do  concreto  minimizam  a  segregação,  em 
comparação ao lançamento em queda livre. 
e) sendo o concreto lançado próximo de sua posição definitiva agrava‐se o risco de incrustação 
de argamassa nas paredes das formas e nas armaduras. 
 
Explicação: 
• o concreto deve ser lançado o mais próximo possível de sua posição definitiva, evitando‐se 
incrustação de argamassa nas paredes das formas e nas armaduras; 
• devem ser tomadas precauções para manter a homogeneidade do concreto. No lançamento 
convencional, os caminhos não devem ter inclinação excessiva, de modo a prevenir a segregação 
decorrente do transporte; 
•  o  concreto  deve  ser  lançado  com  técnica  que  elimine  ou  reduza  significativamente  a 
segregação  entre  seus  componentes,  observando‐se  maiores  cuidados  quanto  maiores  forem  a 
altura de lançamento e a densidade de armadura; 
• cuidados maiores são requeridos quando a altura de queda livre do concreto ultrapassar 2m, 
no caso de peças estreitas e altas, evitando‐se a segregação e falta de argamassa. Recomendam‐se, 
então, os seguintes cuidados: 
‐ emprego de concreto com teor de argamassa e consistência adequados; 
‐  lançamento  inicial  de  argamassa  com  composição  igual  à  da  argamassa  do  concreto 
estrutural; 
‐ uso de dispositivos que conduzam o concreto, minimizando a segregação (por exemplo: funis, 
calhas e trombas) 
 
 

Juntas de dilatação / movimentação são indicadas para prevenir a fissuração aleatória do 
concreto ou da argamassa. Sobre o tema, identifique as assertivas corretas: 
 
I  ‐  seu  dimensionamento  deve  levar  em  conta  o  coeficiente  de  dilatação  do  concreto  e  a 
variação de temperatura no ambiente; 
II ‐ podem ser empregados selantes elásticos à base de poliuretano; 
III ‐ em locais de maior amplitude térmica, a distância entre juntas sucessivas deve ser maior; 
IV ‐ o selante empregado não deve deformar‐se, a fim de não favorecer a movimentação das 
juntas; 
V ‐ devem as juntas ser executadas na peça de concreto preferencialmente por corte com serra 
após, pelo menos, 28 dias de idade, 
 
 
 
Analisadas as assertivas, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I ‐ aglomerantes são elementos ativos em argamassas e concretos; 
II ‐ aglomerantes hidráulicos são aqueles que se dissolvem na água; 
III ‐ a argila é exemplo de aglomerante hidráulico; 
IV ‐ o aglomerante tem a função de unir os grãos do agregado nas argamassas e concretos; 
V ‐ pega e endurecimento são etapas do processo de solidificação dos aglomerantes. 
 
Explicação: 
Os  aglomerantes  podem  ser  classificados  em  aéreos  e  hidráulicos,  levando‐se  em  conta  o 
processo de endurecimento. São aglomerantes aéreos aqueles que somente endurecem no ar; ou 
seja, não solidificam na presença de água ‐ suas argamassas dissolvem‐se na água. Nessa categoria 
estão a cal aérea, o gesso e o cimento magnesiano. 
Os  aglomerantes  hidráulicos,  por  outro  lado,  conseguem  endurecer  mesmo  sob  água,  isso 
porque suas argamassas não se dissolvem na água ‐ são mais fortes do que os aglomerantes aéreos. 
Entre  eles,  estão  o  cimento  portland,  os  cimentos  metalúrgico  e  aluminoso,  a  cal  hidráulica  e  os 
cimentos naturais. 
 
É possível, ainda, estabelecermos uma categorização dos aglomerantes entre ativos e inertes, 
conforme seu processo de endurecimento. 
A  argila  é  um  aglomerante  inerte,  pois  endurece  pela  secagem  (evaporação  da  água 
responsável pela sua plasticidade). Por outro lado, o cimento portland é um aglomerante ativo, pois 
o seu endurecimento ocorre após reação química. 
O aglomerante, ao ser misturado com água, forma a pasta, cujas funções são: 
• envolver e aglutinar os grãos do agregado; 
• preencher os vazios entre os grãos do agregado; 
• conferir trabalhabilidade à mistura enquanto úmida; 
• conferir impermeabilidade depois de seca; 
• contribuir para a resistência mecânica. 
 
 
 
 
Dentre os traços de concreto (em peso) seguintes, identifique aquele que apresenta maior 
consumo de cimento, considerando que estão sendo empregados os mesmos materiais: 
 
a) 1,00 : 2,50 : 3,80 ; a/c = 0,50 
b) 1,00: 1,80: 3,30; a/c = 0,75 
c) 1,00: 2,15: 3,30; a/c = 0,60 
d) 1,00: 1,70: 2,90; a/c = 0,50 
e) 1,00: 2,50: 3,80; a/c = 0,75 
 
Explicação: 
O consumo de cimento depende da proporção entre o aglomerante e os agregados (miúdo e 
graúdo) e da relação água / cimento. 
Ao  compararmos  várias  propostas  de  traços  confeccionados  com  os  mesmos  ingredientes, 
devemos observar: 
• quanto maior a relação cimento / agregados, maior o consumo do aglomerante; 
• quanto maior o fator água / cimento, menor o consumo do aglomerante. Portanto, o traço 
retratado na alternativa d é o que deve apresentar maior consumo de cimento, considerando‐se um 
mesmo volume de concreto produzido (por exemplo, 1 m³). 
 
 
 
 
Analisadas as assertivas seguintes, referentes aos cimentos padronizados para emprego na 
construção civil, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I  ‐  o  CP‐ARI  é  um  cimento  de  baixa  resistência  a  agentes  agressivos  (cloretos)  e  de  grande 
resistência à compressão no início da cura; 
II  ‐  a  classe  do  cimento,  de  acordo  com  a  nomenclatura  padrão  adotada  no  Brasil,  está 
relacionada à sua resistência à tração aos 28 dias, conforme ensaio normalizado; 
III ‐ o cimento portland branco é um cimento de baixa resistência a agentes agressivos (cloretos) 
e que gera, durante a cura, maior quantidade de calor de hidratação, em comparação com o cimento 
comum; 
IV  ‐  o  cimento  portlandpozolânico  é  um  cimento  de  menor  resistência  à  compressão  nos 
primeiros dias e maior resistência no final da cura, em comparação com o cimento comum; 
V ‐ o cimento portland comum (CP I) é resistente aos meios agressivos sulfatados. 
 
 
 

Analisadas as assertivas seguintes, acerca de cimento Portland resistente a sulfatos, devemos 
concluir que somente estão corretas: 
 
I ‐ o cimento Portland comum (CP I) pode, sob certas condições, ser considerado resistente a 
sulfatos; 
II ‐ meios sulfatados não são considerados agressivos ao concreto, mas somente às argamassas; 
III  ‐  o  contato  do  concreto  com  sulfatos  pode  resultar  na  perda  de  resistência  e  em 
fissuramento; 
IV  ‐  cimentos  Portland  com  a  referência RS  não  podem  ser  empregados  em  concretos  para 
estações de tratamento de água e esgotos; 
V  ‐  cimento  Portland  pozolânico  com  30%  de  materiais  pozolânicos  pode  ser  considerado 
resistente a sulfatos. 
 
Explicação: 
De acordo com a NBR 5737 (cimentos Portland resistentes a sulfatos), os cinco tipos básicos de 
cimento Portland (CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V‐ARI) podem ser considerados resistentes a sulfatos. 
Para isso, é necessário que se enquadrem em, pelo menos, uma das seguintes condições: 
• teor de aluminato tricálcico (C3A) do clínquer e teor de adições carbonáticas de, no máximo, 
8% e 5% em massa, respectivamente; 
• cimentos do tipo alto‐forno que contiverem entre 60% e 70% de escória granulada de alto‐
forno, em massa; 
• cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material pozolânico, em 
massa; 
• cimentos que tiverem antecedentes de resultados de ensaios de longa duração ou de obras 
que comprovem resistência aos sulfatos. 
 
 

Analisadas as assertivas seguintes, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I — quanto mais fina, maior tende a ser o inchamento da areia; 
II ‐ quanto maior o módulo de finura, mais grosso o agregado; 
III — impurezas presentes na areia (por exemplo, a argila) não afetam a qualidade do 
concreto produzido com esse agregado; 
IV ‐ areias angulosas e ásperas ao tato produzem argamassas com maior coesão; 
V ‐ a resistência da areia deve ser sempre menor do que a da pasta da argamassa que 
a envolve. 
 
Explicação: 
Em geral, quanto mais fina a areia, maior o inchamento. 
O  módulo  de  finura  é  um  parâmetro  adotado  na  análise  granulométrica  de  agregados  ‐ 
corresponde à soma das porcentagens retidas acumuladas (em massa) nas peneiras da série normal, 
dividida por 100. Quanto mais grosso o agregado, portanto, maior o módulo de finura. 
Para definir o seu possível aproveitamento na construção, seja na produção de argamassa ou 
concreto, seja para simples enchimento. A areia silicosa (quartzosa) é a de melhor desempenho. 
Uma das técnicas preliminares de avaliação da areia é tátil e visual. Preferencialmente, a areia 
deve  ser  angulosa  e  áspera  quando  esfregada  entre  os  dedos;  deve  ser  limpa  (areias  escurecidas 
sinalizam presença de partículas orgânicas ou barro). 
Por razões econômicas (a areia ocupa maior volume na argamassa e é mais barata do que o 
cimento), a resistência da areia deve ser superior à da pasta (aglomerante mais água) que a envolve. 
Caso  contrário,  a  resistência  da  pasta  (componente  mais  caro)  não  chega  a  ser  totalmente 
aproveitada. 
 
 
 
Acerca da areia empregada como agregado miúdo na produção de argamassas e concretos, 
é correto afirmar: 
 
a) a presença de argila na areia melhora a qualidade das argamassas e concretos produzidos. 
b) o agregado miúdo é responsável pela maior contração da argamassa. 
c) o agregado miúdo é o principal responsável pela resistência à compressão dos concretos. 
d)  a  resistência  à  compressão  das  argamassas  e  concretos  tende  a  ser  maior  quando  se 
emprega agregado miúdo de granulometria uniforme. 
e) areia mais fina aumenta o consumo de cimento na produção das argamassas e concretos. 
 
Explicação: 
Agregados mais finos aumentam o consumo de cimento devido à maior superfície específica, 
o que demanda maior volume de pasta para envolvê‐los e aglutiná‐los. 
Numa argamassa, a areia separa os grãos do aglomerante ‐ isso favorece o endurecimento, 
diminui a contração e facilita o manuseio. 
Agregado de granulometria uniforme não traz benefícios em termos de resistência ao concreto 
ou argamassa produzidos. 
Areia com pequeno teor de argila (da ordem de até 5%) pode favorecer a argamassa em termos 
de  plasticidade  e  impermeabilidade.  No  entanto,  já  na  produção  de  concreto,  agregados  com  a 
presença de mineral argiloso são nocivos 
A resistência à compressão do concreto não pode ser atribuída majoritariamente ao agregado 
miúdo. A parcela mais significativa do volume de concreto é ocupada pelo agregado graúdo. Uma 
boa  gradação,  tanto  da  areia  quanto  da  brita  (ou  seixo),  proporciona  ao  concreto  melhor 
desempenho,  maior  trabalhabilidade  e  menor  custo.  A  porcentagem  ótima  de  agregado  miúdo  é 
função do diâmetro máximo do agregado graúdo ‐ quanto maior do diâmetro da brita (ou seixo), 
maior  o  consumo  de  areia.  É,  portanto,  o  trabalho  conjunto  dos  agregados  (miúdo  e  graúdo) 
devidamente aglutinados que irá conferir ao concreto os seus indicadores de resistência. 
 
 
 
 
 
Considere  o  traço  em  volume  de  concreto  1:2:3  (cimento,  areia  e  brita)  com  fator  água‐ 
cimento  0,63.  O  consumo  de  cimento  para  a  produção  de  100m3  de  concreto  é  de, 
aproximadamente, em toneladas: 
 
Dados: massa específica aparente da areia: 1,46g/cm3 
massa específica dos sólidos da areia: 2,62g/cm3  
massa específica aparente da brita: 1,39g/cm3 
massa específica dos sólidos da brita: 2,56g/cm3  
massa específica aparente do cimento: 1,42g/cm3  
massa específica dos sólidos do cimento: 3,10g/cm3 inchamento da areia: 28,0% 
 
 
O primeiro passo é converter o traço em volume para traço em massa.  
1,42kg de cimento (1L de cimento) 
2 x 1,46kg de areia = 2,92kg de areia (2L de areia) 
3 x 1,39kg de brita = 4,17kg de brita (3L de brita) 
O traço em massa é, portanto: 1,42 : 2,92 : 4,17, equivalente a 1: 2 : 3 em volume. Para o cálculo 
do consumo C de cimento (por m3 de concreto), podemos empregar a seguinte fórmula 

 
 
Então,  343,96kg  de  cimento  são  consumidos  na  preparação  de  1000L  de  concreto  (1m3). 
Portanto, para prepararmos 100m3, serão gastos 34.396,00 kg de cimento (ou aproximadamente 
688  sacos  de  50kg),  100.436kg  de  areia  (=  34.396x2,92),  143.431kg  de  brita  (=  34.396x4,17)  e 
22.357kg de água (= 34.396x0,65). 
 
 

Sobre o slump test (ensaio de abatimento de tronco de cone) aplicável ao concreto, é correto 
afirmar, exceto: 
 
a) a medida da consistência obtida nesse teste serve, usualmente, como uma aproximação do 
grau de trabalhabilidade do concreto. 
b) não é aplicável a concretos muito secos nem a concretos pobres em agregados finos. 
c) a consistência é definida para o concreto, no processo de dosagem, em função do tamanho 
da peça, da disposição da armadura, e do modo de lançamento e adensamento. 
d)  a  consistência  do  concreto  depende  do  fator  água/cimento,  da  proporção  agregado/ 
cimento e da composição granulométrica do agregado. 
e)  o  ajuste  ou  correção  da  consistência  pode  ser  feito,  simplesmente,  aumentando  ou 
diminuindo a quantidade de água de amassamento. 
 
Explicação: 
O campo de aplicação do ensaio de abatimento (slump test) é limitado. Concretos muito secos 
ou pobres em agregado miúdo tendem a desagregar‐se com a retirada da forma, em vez de abater‐
se. 
De acordo com a NBR 12655, devem ser realizados ensaios pelo abatimento do tronco de cone, 
ou de espalhamento e habilidade passante em fluxo livre, no caso de concreto autoadensável. 
Para  o  concreto  preparado  pelo  construtor  da  obra,  devem  ser  realizados  ensaios  de 
consistência sempre que ocorrerem alterações na umidade dos agregados e nas seguintes situações: 
 Na primeira amassada do dia; 
 Ao reiniciar o preparo após uma interrupção da jornada de concretagem de pelo menos 2h; 
 Na troca de operadores; 
 Cada vez que forem moldados corpos de prova. 
Para  o  concreto  preparado  por  empresa  de  serviços  de  concretagem,  devem  ser  realizados 
ensaios de consistência a cada betonada. 

Analisadas  as  assertivas  seguintes,  acerca  dos  ensaios  não‐destrutivos  disponíveis  para  a 
verificação do concreto armado, devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I ‐ são sempre necessários e realizados após o primeiro ano de utilização da obra; 
II  ‐  são  recomendáveis,  por  exemplo,  em  casos  de  modificação  no  projeto,  ocorrência  de 
sinistros (incêndio) ou em obras que permaneceram paralisadas por longo tempo; 
III ‐ a esclerometria é baseada na extração de pequenas amostras do elemento estrutural para 
análise em laboratório; 
IV ‐ a homogeneidade do concreto pode ser avaliada através de ensaios baseados em ondas 
ultrassônicas; 
V ‐ a gamagrafia permite localizar fissuras internas na estrutura de concreto ou a má aderência 
do concreto às armaduras. 
 
Explicação: 
Somente são necessários quando  as  amostras colhidas durante a execução do concreto (no 
controle tecnológico sistemático) apresentarem parâmetros inferiores, incompatíveis com o projeto 
estrutural. 
A esclerometria constitui um método de dureza superficial para estimativa da resistência do 
concreto.    A  extração  de  pequenas  amostras  (corpos  de  prova)  é,  em  alguns  casos  especiais, 
procedimento complementar à esclerometria. 
Dentre as anomalias detectáveis pela gamagrafia, destacam‐se: fissuras internas, concretagem 
interrompida e mal iniciada, armadura mal dispostas ou de dimensão em desacordo com o projeto, 
má aderência do concreto com a armadura, deslocamento de bainhas na protensão e ruptura dos 
fios de protensão. 
Os métodos ultrassônicos são baseados na determinação da velocidade de propagação dessas 
ondas mecânicas (em geral, quanto maior a velocidade, melhor o concreto). São úteis para verificar 
a homogeneidade do concreto. 
Formas e Escoramentos 
 
 
1‐ Materiais para Fôrmas 
   
São muitos materiais, mas destaca‐se a madeira. Ela deve ter as seguintes qualidades: 
 
 Elevado módulo de elasticidade 
 Não ser excessivamente dura, a fim de facilitar a serragem e colocação de pregos 
 Baixo custo 
 Pequeno peso especifico 
 
Neste grupo de materiais destacam‐se: 
 
Madeira  bruta:  destinada  à  concretagem  de  peças  de  fundação  e  de  estruturas  que  não 
requerem acabamento perfeito ou que devam receber revestimento. 
 
Compensado resinado: destinado à concretagem de elementos estruturais que não requerem 
muito  acabamento.  Dependendo  do  fabricante  e  do  modo  de  uso  e  armazenamento,  tais  peças 
podem ser reutilizadas por até cinco vezes. 
 
Compensado  plastificado:  largamente  empregado  para  a  concretagem  de  elementos  que 
requerem acabamento, utilizado muitas vezes para o chamado “concreto à vista”. Dependendo da 
qualidade, do uso e do armazenamento, tais peças podem ser reutilizadas por até cinquenta vezes. 
 
Metálica:  material  cada  vez  mais  usado,  principalmente  em  construções  onde  há 
predominância de elementos estruturais com dimensões pouco variadas. Há no mercado inúmeras 
empresas  fornecedoras  de  formas  metálicas,  inclusive  com  possibilidade  de  desenvolvimento  de 
formas  personalizadas.  Na  indústria  de  pré‐moldados  é  o  tipo  mais  utilizado,  e  sua  reutilização  é 
praticamente ilimitada. Sua relação custo/benefício é bastante interessante. 
 
Mista: são fôrmas em que a madeira é estruturada em conjunto com elementos metálicos, 
propiciam facilidades de manuseio e estabilidade estrutural, e em elementos especiais. 
Também utilizada em obras cuja variação dimensional dos elementos estruturais é pequena. 
 
 
 
 
 
 
 
2‐ Tipos de Fôrmas 
 
Removível:  podem  ser  retiradas  após  a  cura  do  elemento  concretado  e  podem  ou  não  ser 
reaproveitadas. Utilizadas em lajes, painéis, vigas, pilares, entre outros. 
 
Perdida: ficam embutidas nos elementos estruturais e não podem ser retiradas. Utilizadas em 
lajes  nervuradas  como  “fôrma  perdida”.  Os  materiais  para  a  confecção  dessas  fôrmas  são  os  de 
menor peso específico possível e destacam‐se o papelão e poliestireno expandido (Isopor). 
 
Contrabarranco: quando o solo é bem consistente, estável e livre de água, costuma‐se utilizá‐
lo como fôrma para as estruturas de blocos de fundação e baldrames 
 
 
 
3‐ Nomenclatura Usuais para Fôrmas de Madeira. 
 
Painéis:  são  as  superfícies  (faces)  que  vão  dar  forma  ao  elemento  construtivo.  Os  painéis 
formam  os  pisos  das  lajes,  as  faces  de  vigas,  pilares,  paredes  e  fundações.  São  normalmente 
interligados por sarrafos 
 
Travessas: peças de ligação dos painéis. Como medida de economia, são em geral utilizadas 
como elementos constitutivos das gravatas. A distância entre as travessas é geralmente constante 
no mesmo painel, de modo que a sua fixação pode ser feita com facilidade e rapidez, por meio de 
mesas previamente bitoladas. 
 
Travessões: peças de suporte empregadas somente nos escoramentos dos painéis das lajes; 
são em geral feitas de pontaletes e trabalham como vigas contínuas apoiadas nas guias. 
 
Guias:  peças  de  sustentação  dos  travessões.  São  feitas,  em  geral,  de  caibros  ou  sarrafos 
trabalhando  de  cutelo,  isto  é,  na  direção  da  maior  resistência.  Em  alguns  casos,  por  exemplo,  na 
execução  de  apoios  para  lajes  pré‐moldadas,  os  travessões  podem  ser  suprimidos.  As  guias  são 
apoiadas nos pontaletes ou “pés‐direitos”. 
 
Travessas de apoio: peças fixadas sobre as travessas verticais das faces da viga, destinadas a 
servir  de  apoio  para  as  extremidades  dos  painéis  das  lajes  e  das  respectivas  peças  de  suporte 
(travessões e guias). 
 
Cantoneiras  (chanfrados  ou  meios‐fios):  pequenas  peças  de  seção  triangular  pregadas  nos 
ângulos internos das fôrmas, destinadas a evitar as quinas vivas dos pilares, vigas etc. 
 
Gravatas  (gastalhos):  peças  que  ligam  os  painéis  das  fôrmas  dos  pilares,  colunas  e  vigas, 
destinadas a reforçar essas fôrmas, para que resistam aos esforços que nelas atuam na ocasião do 
lançamento do concreto. A distância entre as gravatas geralmente varia de 40 a 60 cm para peças de 
pouca  solicitação  e  depende,  ainda,  dos  reforços  executados  nos  painéis.  As  peças  utilizadas 
normalmente  são  os  sarrafos  ou  os  pontaletes  (caibros)  ou,  ainda,  a  combinação  entre  caibros  e 
sarrafos. 
 
Montantes:  peças  destinadas  a  reforçar  as  gravatas  dos  pilares.  Feitas  em  geral  de  caibros, 
reforçam ao mesmo tempo várias gravatas. Os montantes colocados em faces opostas de pilares, 
paredes e fundações são ligados entre si por ferros redondos ou tirantes. 
 
Pés‐direitos (pernas): suportes das fôrmas das lajes, cujas cargas vêm por intermédio das guias; 
ou  seja,  fazem  o  escoramento  das  estruturas  das  fôrmas.  Feitos  usualmente  de  caibros  de  1a 
qualidade. São apoiados normalmente sobre pequenas tábuas (calços) colocados sobre a superfície 
de apoio. 
 
Pontaletes  (pernas):  suportes  das  fôrmas  das  vigas,  que  sobre  eles  se  apoiam  por  meio  de 
caibros  curtos  de  seção  normalmente  idêntica  à  do  pontalete  e  independentes  das  travessas  da 
fôrma. Num mesmo pavimento o comprimento dos pontaletes varia, naturalmente, com a altura das 
vigas. Feitos usualmente de caibros de 1ª qualidade. 
 
Escoras  (mãos‐francesas):  peças  inclinadas  trabalhando  a  compressão,  empregadas 
frequentemente  para  impedir  o  deslocamento  dos  painéis  laterais  das  fôrmas  de  vigas,  escadas, 
blocos  de  fundação  etc.  Podem  ser  executadas  com  sarrafos  ou  pontaletes  (caibros)  e  o  seu 
distanciamento varia principalmente em relação à altura da peça a ser concretada. 
 
Chapuzes:  pequenas  peças  feitas  de  sarrafos,  de  cerca  de  15  a  20  cm  de  comprimento, 
geralmente empregadas como suporte e reforço de pregação das peças de escoramento, ou como 
apoio dos extremos das escoras. 
 
Talas:  peças  idênticas  aos  chapuzes,  destinadas  à  ligação  e  à  emenda  das  peças  de 
escoramento.  São,  em  geral,  empregadas  nas  emendas  de  pés‐direitos  e  pontaletes,  e  na  ligação 
dessas peças com as guias e travessas. 
 
Cunhas (palmetas): peças prismáticas, geralmente usadas aos pares, com a dupla finalidade de 
forçar o contato íntimo entre os escoramentos e as fôrmas, para que não haja deslocamento durante 
o lançamento do concreto e facilitar, posteriormente, a retirada desses elementos. Devem ser feitas, 
de preferência, de madeiras duras, para que não se deformem ou sejam inutilizadas facilmente. 
 
Calços: peças de madeira sobre as quais se apoiam os pontaletes e pés‐direitos, por intermédio 
das  cunhas;  são  geralmente  feitas  de  pedaços  de  tábuas  de  aproximadamente  30  cm  de  lado. 
Mediante  a  superposição  de  calços  e  variação  do  encaixe  das  cunhas,  podem  ser  eliminadas  as 
pequenas diferenças de comprimento dos pés‐direitos e pontaletes de um mesmo escoramento, ou 
podem ser adaptadas ao escoramento de vigas e lajes de alturas ou espessuras variadas. 
 
Espaçadores:  pequenas  peças  feitas  de  concreto,  empregadas  nas  fôrmas  de  paredes  e 
fundações, para manter a distância interna entre os painéis quando da necessidade de utilização de 
tirantes. 
 
Tirantes: peças metálicas compostas de uma barra de ferro com rosca e porca em ambas as 
extremidades  ou  em  apenas  uma  extremidade,  posicionadas  entre  as  faces  de  vigas  ou  paredes, 
destinadas a reforçar a ação das gravatas. 
 
Janelas (bocas): aberturas localizadas na base das fôrmas dos pilares e paredes, ou junto ao 
fundo  das  vigas  de  grande  altura,  destinadas  a  facilitar‐lhes  a  limpeza  imediatamente  antes  do 
lançamento do concreto. 
 
Travamento: ligação transversal das peças de escoramento que trabalham à flambagem (carga 
de topo), destinada a subdividir o comprimento e aumentar a resistência. 
 
Contraventamento  (travamento,  amarração):  ligação  destinada  a  evitar  qualquer 
deslocamento  das  fôrmas,  assegurando  a  indeformabilidade  do  conjunto.  Consiste  da  ligação  das 
fôrmas  entre  si,  por  meio  de  sarrafos  e  caibros,  formando  triângulos.  Nas  construções  comuns  o 
contraventamento,  em  geral,  é  feito  somente  em  planos  verticais,  destinando‐se  a  impedir  o 
desaprumo das fôrmas dos pilares e colunas, sendo desnecessário no plano horizontal, visto que as 
fôrmas das lajes geralmente já impedem a deformação do conjunto, nesse plano. 
 
Desmoldante: composto líquido destinado a ser aplicado nos painéis internos das fôrmas para 
evitar a aderência de concreto na fôrma. Facilita, assim, a desforma, e deve ser aplicado antes da 
colocação da armadura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4‐ Exemplos de montagem de fôrmas e escoramentos 
 

 
 

 
 
 

 
 
 
 

 
 
 
 
 
 
 
5‐ Formas deslizantes 
 
São  sistemas  de  fôrmas  que  deslizam  verticalmente  impulsionadas  por  macacos  hidráulicos 
com  aproximadamente  1,2  toneladas  de  capacidade,  sendo  que  a  plataforma  de  trabalho  dos 
operários sobe junto com a fôrma, o processo exige concretagem contínua. São de pequena altura, 
e apoiadas por barras de aço presas nas paredes de concreto. 
 
Esse sistema se aplica: 
 
 Obras verticais de reservatórios elevados 
 Silos verticais 
 Núcleo de prédios 
 Poços de elevador e escadas 
 Grandes pilares 
 Chaminés cilíndricas 
 Torres de comunicação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6‐ Considerações gerais 
 

 
 
As fôrmas para concreto armado devem satisfazer os seguintes requisitos de ordem geral: 
 
 Ser executadas rigorosamente de acordo com as dimensões indicadas no projeto e ter a 
resistência necessária para não se deformarem sensivelmente sob a ação dos esforços que 
vão suportar, isto é, sob a ação conjunta do peso próprio, do peso e pressão do concreto 
fresco, do peso das armaduras e das cargas acidentais. Nas peças de grande vão devem ter 
a sobre‐elevação necessária (contraflexa) para compensar a deformação inevitável sob a 
ação das cargas. 
 
 Atenção  especial  para  a  estabilidade  das  fôrmas,  quando  o  concreto  for  sofrer 
adensamento  por  vibração  por  meio  de  vibradores  de  alta  frequência  (vibradores  de 
imersão). 
 
 Ser praticamente estanques. Para esse fim, é preciso que as tábuas sejam bem alinhadas, 
para que se justaponham o melhor possível, e as fendas que apareçam sejam tampadas 
cuidadosamente com papel ou pano. 
 
 Deverá merecer cuidado particular a ligação das tábuas que formem ângulos (arestas de 
vigas e de pilares, juntas de vigas com lajes etc.) 
 Ser construídas de modo a permitir a retirada dos seus diversos elementos com relativa 
facilidade e, principalmente, sem choques. Para esse fim, o seu escoramento deve apoiar‐
se sobre cunhas, caixas de areia ou outros dispositivos apropriados. 
 
 Ser  projetadas  e  executadas  de  modo  que  permita  o  maior  número  de  utilizações  das 
mesmas peças. 
 
 Serem feitas com madeira aparelhada ou chapas de compensado plastificado, nos casos 
em que o concreto deva constituir superfície aparente definitiva. 
 
 Antes do lançamento do concreto, as fôrmas devem ser limpas internamente; para esse 
fim, devem ser deixadas aberturas, denominadas “janelas”, próximas ao fundo, nas fôrmas 
de pilares, paredes e vigas estreitas e profundas. 
 
 Antes do lançamento do concreto as fôrmas devem ser molhadas até a saturação, para que 
não  absorvam  água  necessária  à  pega  do  cimento.  O  escoamento  da  água  em  excesso, 
empregada para esse fim, será feita por furos convenientemente localizados. 
 
 A  retirada  das  fôrmas  deve  obedecer  sempre  à  ordem  e  aos  prazos  mínimos  indicados, 
conforme de acordo com o estipulado nas Normas Brasileiras. Essa operação deve ser feita 
sem choques, e, quanto possível, por carpinteiros ou operários experientes, para que não 
causem danos à superfície do concreto nem às fôrmas, e possam ser reaproveitadas mais 
vezes. 
Alvenaria 
 
 
1‐ Aspectos Construtivos: 
 
Ergonomia: a alvenaria é executada assentando peça por peça, o que proporciona um desgaste 
físico considerável aos trabalhadores. O seu tamanho, a sua textura e o seu peso podem influenciar 
diretamente  na  produtividade.  Nem  sempre  um  bloco  maior  é  mais  produtivo  que  um  bloco 
pequeno. 
 
Regularidade  Dimensional:  a  regularidade  nas  dimensões  dos  blocos  ou  tijolos  é  fator 
importante para a uniformidade no elemento final, além de proporcionar economia de material de 
assentamento (argamassa). 
 
Absorção  de  Agua:  um  bloco  ou  tijolo  com  baixa  absorção  de  água  pode  comprometer  a 
penetração da nata do cimento nos seus poros, comprometendo a aderência com a argamassa de 
assentamento.  Em  condições  de  temperatura  elevada,  usa‐se  o  umedecimento  dos  blocos, 
principalmente os cerâmicos e os de concreto, para que não haja perda muito rápida da umidade da 
argamassa de assentamento. 
 
Tamanho do Bloco: diretamente ligado à capacidade de a alvenaria absorver movimentações 
provenientes de dilatação térmica e eventuais recalques. Quanto menos juntas, menor é o poder de 
movimentação. 
 
Desempenho  Térmico  e  Acústico:  as  alvenarias  podem  também  ser  um  bom  aliado  no 
isolamento térmico‐acústico. 
 
Peso  Específico:  característica  que  influencia  o  dimensionamento  estrutural  da  edificação, 
inclusive nas estruturas de fundação. 
 
Outras  Observações:  na  escolha  do  elemento  de  alvenaria  deve‐se  também  verificar  a 
capacidade  de  suporte  e  fixação  de  outros  elementos  de  acabamento  ou  decoração  tais  como: 
esquadrias, equipamentos, armários e redes. 
 
 
2‐ Projeto de uma Alvenaria 
 
São poucos os projetos que contemplam os detalhes da execução de uma alvenaria, prática 
esta que deve ser sempre considerada para que haja racionalização na sua execução, com diminuição 
de desperdícios e maior produtividade. Nesse sentido, um projeto de alvenaria deve prever: 
 
 Tipo do elemento de alvenaria (blocos cerâmicos, tijolos comuns, blocos de concreto, blocos 
sílico‐calcários, alvenaria estrutural etc.); 
 Projeto das fiadas dos elementos; 
 Dimensão dos vãos para colocação de portas e janelas; 
 Posicionamento dos elementos embutidos tais como: eletrodutos e tubulações hidráulicas; 
 Detalhe de execução das vergas e contravergas; 
 Ligação entre alvenaria e estrutura, principalmente com os pilares; 
 Detalhes  construtivos  gerais  (vergas,  contravergas,  ligações  com  pilares,  encunhamentos, 
encontros entre paredes, juntas etc.); 
 Especificação  detalhada  de  todos  os  materiais  empregados  tais  como:  blocos,  argamassas, 
ganchos etc.; 
 Descrição de todo o processo de execução das paredes, principalmente dos tempos de cura 
antes de fazer os encunhamentos (caso seja necessário). 
 
 
3‐ Tipo de Elementos de Alvenaria 
 
Os mais comuns são os tijolos de barro, os blocos cerâmicos ou de concreto, os tijolos sílico‐
calcários,  os  blocos  de  concreto  celular,  cada  qual  com  características  específicas  e  diferentes 
aplicações,  embora  todos  eles  exijam  cuidados  de  armazenamento,  assentamento,  nivelamento, 
prumo,  estruturação  etc.,  e  caberá  a  orientação  específica,  de  modo  geral,  para  cada  tipo  de 
elemento quando se tratar de seu detalhamento. 
 
Blocos  Cerâmicos:  Têm  como  matéria  prima  a  argila,  que  é  extrudada  e  seca  em  fornos. 
Possuem  furos  longitudinais  e  baixa  porosidade.  Normalmente  são  empregados  em  alvenaria  de 
vedação  por  terem  baixo  custo,  mas  há  blocos  cerâmicos  especiais  utilizados  em  alvenaria  com 
função estrutural, como o bloco canaleta e bloco tipo J, para apoio de lajes e execução de vergas. As 
faces do tijolo sofrem um processo de vitrificação, que compromete a aderência com as argamassas 
de assentamento e revestimento, por este motivo são constituídas por ranhuras e saliências, que 
aumentam a aderência. 
A  amarração  dos  cantos  e  da  parede  interna  com  as  externas,  se  faz  através  de  pilares  de 
concreto, pois não se consegue uma amarração perfeita devido às diferenças de dimensões. 
 
Blocos  de  Concreto:  Têm  como  matéria‐prima  o  concreto,  executados  com  pedrisco,  pó  de 
pedra, areia e cimento. Podem ser fabricados com função de vedação ou estrutural. São fornecidos 
também blocos tipo canaleta para execução de vergas e vigas. São fornecidos também, conforme o 
fabricante, os chamados “meio‐blocos” com a finalidade de evitar cortes na execução de uma parede. 
 
Tijolo Cerâmico Comum (maciço): Tijolo obtido pela moldagem do barro (argila) seco ao sol e 
depois cozido em fornos. São de alto custo, principalmente nas grandes cidades, e são utilizados para 
vedação. São fabricados também como elemento de decoração. Tem uma vantagem em relação aos 
blocos de cerâmica furados (tijolo baiano), que é a capacidade de suportar com mais tranquilidade a 
fixação de insertos e peças fixadas na alvenaria por meio de parafusos providos de buchas plásticas. 
 
Tijolo  Laminado:  É  semelhante  ao  tijolo  comum,  mas  são  mais  duros  e  caros,  devido  essa 
dureza, há dificuldade em fazer rasgos para tubulações, e consomem mais argamassa devido os furos 
verticais. Os furos evitam que esse tijolo, devido à sua massa compacta, tenha um peso excessivo. 
Recomenda‐se a aplicação desse tijolo no caso de alvenaria aparente, em substituição à litocerâmica. 
 
Bloco  Cerâmico  para  Alvenaria  Estrutural:  A  alvenaria  estrutural  também  é  composta  de 
elementos  de  cerâmica  furada,  porém  com  algumas  características  que  a  diferenciam  dos  tijolos 
cerâmicos furados convencionais. Começa pela dimensão dos blocos, que possuem uma tolerância 
de  desvios  de  medidas  mais  rigorosa  e  controle  de  qualidade  de  produção  mais  apurado,  pois  é 
necessário garantir uma elevação de alvenaria mais apropriada para o embutimento (entre os furos 
dos elementos) das instalações elétricas e hidráulicas. 
 
Tijolo de Solo Cimento: Material obtido pela mistura de solo arenoso ‐ 50 a 80% do próprio 
terreno  onde  se  processa  a  construção,  cimento  Portland  de  4  a  10%,  e  água,  prensados 
mecanicamente ou manualmente. 
 
4‐ Desempenho da Alvenaria 
 
A NBR 15575 – parte 4, traz que as vedações verticais exercem função de compartimentação 
em casos de incêndio, portanto, a resistência ao fogo é um pré‐requisito para que a alvenaria de 
vedação exerça essa função. Outra função das vedações verticais é de isolação térmica e acústica. 
Nota importante: 
 Resistência a  compressão  simples  da  argamassa  deve  ter o  valor  máximo  limitado  a  0,7  da 
resistência característica a compressão do bloco. 
 
 
5‐ Argamassa de Assentamento 
 
Traço para assentamento:   1 : 2 : 6 a 10 
Traço para encunhamento: 1 : 3 : 10 a 12 
 
É  uma  boa  técnica  executiva  deixar  de  um  dia  para  o  outro  (descanso  da  mistura),  a  cal 
hidratada com a areia úmida com a finalidade de melhorar a hidratação da cal e com isso a mistura 
final; após a adição do cimento, terá melhor plasticidade e aderência. 
 
 
 
 
6‐ Execução das Alvenarias 
 
Juntas de Assentamento: podem varias de 1 a 2 cm. devem ser em amarração para fins de 
distribuir adequadamente as tensões, as movimentações térmicas e sempre com defasagem de ½ 
bloco ou unidade, para modulação das fiadas, e também para facilitar a passagem de instalações nos 
seus septos (furos). A junta poderá ser frisada ou reta em ambas as faces da alvenaria, devendo‐se 
adotar sistemas de impermeabilização quando estas ficarem expostas à umidade.  
A falta de argamassa nas juntas verticais (“juntas secas”) não é uma boa técnica construtiva, 
pois  além  de  comprometer  a  união  entre  os  elementos  causa  prejuízo  quanto  à  distribuição  das 
tensões verticais oriundas de esforços externos e do peso próprio 
 
Locação das Paredes: Antes da locação das paredes, é necessário conferir a posição de cada 
componente  estrutural,  como  pilares,  vigas  e  outros,  com  base  na  marcação  da  primeira  fiada, 
marcar  o  início  da  alvenaria,  com  posição  de  eixo  de  cada  parede,  ou  na  maioria  das  vezes,  o 
alinhamento da face do lado em que o pedreiro irá executar a alvenaria. Para lançar as medidas, é 
recomendável que a trena seja de aço, para evitar distorções, marcando inicialmente os cantos e 
encontros de paredes. Um esquadro de 90° é indispensável na marcação e colocação da primeira 
fiada. 

 
 
Nível  da  Primeira  Fiada:  Para  nivelar  a  primeira  fiada,  deve‐se  verificar  o  projeto  de 
posicionamento  das  paredes  (ou  o  projeto  de  arquitetura)  e  o  nível  definitivo  do  piso  ou  da  viga 
baldrame onde será assentada a alvenaria, além de marcar as fiadas nos pilares ou em equipamentos 
chamados escantilhões (régua graduada com o comprimento do pé‐direito). A graduação de cada 
fiada vai depender da altura do tijolo/bloco que está sendo adotado, mais a espessura da argamassa 
de  assentamento  que  pode  variar  de  1  a  2  cm,  dependendo  da  uniformidade  dimensional  do 
tijolo/bloco. 
Caso o piso ou a viga não esteja nivelada deve‐se proceder ao nivelamento da primeira fiada, 
não ultrapassando 2 cm nesta regularização, e caso seja necessário um complemento pode ser feito 
na  segunda  fiada.  Esta  prática  é  importante  para  facilitar  o  assentamento  dos  caixilhos  e 
posicionamento das lajes. 
Nos  casos  em  que  a  alvenaria  é  executada  após  a  execução  das  vigas  estruturais,  o  que  é 
comum em edifícios, deve‐se prever espaço para o “encunhamento”. 
 
 
 
Assentamento  dos  Elementos  da  Alvenaria:  Nivelada  a  base  de  assentamento,  fixados  os 
ferros de espera nas estruturas (quando for o caso), e feita a marcação das alturas das fiadas, tem 
início a execução ou o levantamento da alvenaria, como na Figura 8.11. O procedimento é simples: 
 Assentamento dos elementos nas extremidades, respeitando o alinhamento desejado por meio 
de linha esticada segundo o gabarito. 
 Complementam‐se os elementos entre as extremidades já assentadas. 
 Segue‐se, então, assentando as demais fiadas, respeitando as alturas de cada fiada, marcadas no 
elemento estrutural ou na régua graduada (escantilhão). 
 Se  as  marcações  das  fiadas  estão  niveladas,  o  nivelamento  é  automático.  Mesmo  assim,  é 
importante a conferência do nível a cada três ou quatro fiadas assentadas. Da mesma forma, 
deve‐se proceder com a verificação do prumo. 
 

 
 
Na elevação das paredes devem ser observados os seguintes cuidados: 
 
 As paredes apoiadas sobre vigas ou lajes contínuas devem ser levantadas simultaneamente em 
todos os vãos, não sendo aconselháveis diferenças de altura superiores a 1 m entre os vãos. 
 Ao lado da parede a ser erguida, o chão deve estar sempre bem limpo ou recoberto com lona 
plástica para reaproveitamento da argamassa raspada das juntas. 
 Os  blocos  cerâmicos  deverão  ser  umedecidos  para  não  “roubar”  água  da  argamassa  de 
assentamento, o que prejudica a hidratação do cimento. 
 A  argamassa  excedente  das  juntas  será  cuidadosamente  raspada  (para  não  tirar  o  bloco  da 
posição) e reconduzida à caixa de massa; eventuais correções no nível e no prumo do bloco só 
poderão ser realizadas imediatamente após o assentamento. 
 No caso de juntas frisadas, o frisamento deverá ocorrer num prazo compreendido entre uma e 
duas  horas  após  o  assentamento,  com  especial  cuidado  para  não  tirar  os  blocos  da  posição, 
empregando‐se para isso ferramentas apropriadas. 
 Nos encontros com pilares, mais do que em qualquer outra posição, são vitais a compactação e 
o refluxo da argamassa; se, por qualquer motivo, resultar nesse encontro junta com mais de 3 
cm de largura, deve‐se empregar o microconcreto, com o máximo adensamento possível, em vez 
de argamassa. 
 Em  nenhuma  hipótese  os  encunhamentos  serão  executados  imediatamente  após  o 
assentamento da última fiada de blocos. 
 Constitui excelente prática o chapisco nas faces externas das paredes de fachada, executado logo 
após a elevação da alvenaria, protegendo‐a contra a incidência das chuvas e evitando posteriores 
problemas de fissuras e descolamentos, parciais ou totais. 
 
  Amarração: Muitas vezes não há a necessidade da ligação entre a alvenaria e a estrutura. 
Nesses  casos,  as  alvenarias  de  diferentes  alinhamentos  são  assentadas  com  as  chamadas 
“amarrações” entre as suas fiadas. Ou seja: uma parede estará engastada ou ligada à outra. 
 
  Encunhamento das Paredes: a alvenaria é interrompida cerca de 20 cm antes do encontro 
com a viga. Após o período de cura do assentamento da alvenaria e ainda depois do adicionamento 
das cargas principais do pavimento superior, no caso de prédios de diversos pavimentos, procede‐se 
ao fechamento desse vão que é o chamado “encunhamento”. 
  O encunhamento é executado com tijolos maciços, assentados e inclinados com argamassa 
normal, e pressionados entre a viga e a alvenaria já executada. O preenchimento do vão pode ainda 
ser executado com o uso de espuma expansiva de poliuretano e, nesse caso, o vão entre a alvenaria 
e a viga não deve ser superior a 3 cm. 
 
  Vergas e Contra‐Vergas: As vergas e contravergas deverão ultrapassar 40 cm de cada lado do 
vão, e quando o vão for superior a 1,20 m deverão ser dimensionadas como vigas armadas. 
  No  caso  de  paredes  com  altura  superior  a  3  m,  devem  ser  previstas  vigas  de  cintamento 
intermediárias, para absorção das tensões laterais a que as paredes estiverem sujeitas. Acima de 5 
m, as paredes devem ser calculadas como alvenaria estrutural. 
 
  Controle de Execução das Alvenarias: Independentemente de a alvenaria ser de vedação ou 
estrutural, alguns itens de controle são fundamentais para uma obra tecnicamente executada: 
  » Prazo entre concretagem da laje do pavimento e início da alvenaria. 
»  Verificação  das  posições  das  paredes,  dos  eventuais  enchimentos  nas  suas  bases  e  da 
adequação das folgas para encunhamento. 
» Checagem do posicionamento das juntas de controle, dos vãos de caixilhos e das instalações, 
entre outros, em estrita obediência ao projeto executivo. 
» Traços de argamassa, chapisco e microconcretos. 
» Posições e bitolas dos ferros “cabelo” e outros insertos. 
» Amarração, espessura, regularidade, compactação, alinhamento, nível e prumo das juntas de 
assentamento. 
» Amarração, ângulo e presença de armaduras nos encontros entre as paredes. 
» Prumo das paredes, nível e ângulos dos requadros dos vãos. 
» Posições de vergas, contravergas e da cinta de amarração. 
»  Armaduras,  umedecimento  e  concretagem  de  vergas,  contravergas  e  das  cintas  de 
amarração. 
» Verticalidade dos caixilhos e correções de suas fixações na alvenaria. 
» Compactação da argamassa ou microconcreto nos encontros com pilares. 
» Prazo decorrido entre o término da alvenaria e seu encunhamento. 
» Compactação do material no encunhamento. 
 
 
7‐ Reforços em Paredes de Alvenaria 
 
Quando uma viga, de pequena carga, proveniente principalmente das coberturas, descarrega 
sobre a alvenaria , para evitar a carga concentrada e consequentemente o cisalhamento nos tijolos, 
fazem‐se coxins de concreto. 
 

 
Figura 4.36 ‐ Coxins de concreto 
 
 
8‐ Ligação entre Estrutura e Parede de Vedação 
 
 
Um dos problemas mais sérios que se apresentam para as paredes de vedação é a deflexão de 
vigas e lajes. Nesse sentido, muito poderá ser feito, retardando ao máximo a montagem das paredes. 
Paia  que  as  deflexões  dos  andares  superiores  não  sejam  transmitidas  aos  andares  inferiores,  a 
elevação das paredes deverá ser feita do topo para a base do prédio; quando isso for impossível, o 
travamento  (encunhamento)  das  paredes  deverá  ser  efetuado  a  posteriori  (no  mínimo,  após 
decorridas  duas  semanas  do  assentamento  dos  tijolos).  Um  problema  que  se  tem  verificado 
particularmente crítico é o do destacamento entre paredes e pilares; a prática construtiva considerou 
que essa ligação tem de ser feita com o emprego de argamassa, tomando o cuidado de chapiscar 
previamente  o  pilar  e  de  nele  chumbar  alguns  ferros  de  espera.  O  destacamento  entre  pilares  e 
paredes poderá ser recuperado mediante a inserção de material flexível (massa plástica ou outro) no 
encontro parede/pilar. Nas paredes revestidas, no caso de destacamento provocado por retração da 
alvenaria, poder‐se‐á empregar tela metálica leve. 
 
 
 
 
 
 
9‐ Anotações de Questões 
 
 
Sobre a execução de cunhamento de parede de alvenaria, é correto afirmar: 
 
a) sua execução acelera a retração da argamassa de assentamento durante a cura. 
b) somente se torna necessário se a alvenaria for executada com tijolos furados. 
c) é recomendável executar o fechamento da alvenaria com tijolos mais leves. 
d)  o  cunhamento  deve  ser  executado  com  tijolos  levemente  inclinados,  após  7  dias  do 
levantamento da alvenaria. 
e)  quando  não  executado  adequadamente,  pode  haver  manifestação  de  eflorescências  na 
parede após algum tempo. 
 
Explicação: 
O  cunhamento  (ou  encunhamento)  de  paredes  de  alvenaria  tem  por  objetivo  compensar  o 
efeito de retração da argamassa de assentamento durante o período de cura. 
Os tijolos devem ser selecionados, assentados em pé (levemente inclinados) e cunhados. 
O tempo para o fechamento da parede não deve ser inferior a 7 dias (tempo suficiente para o 
assentamento (acomodação) do restante da parede). 
É recomendável, ainda, a aplicação de aditivo expansor à armagassa (cerca de 1% sobre a massa 
de  cimento).  Esse  aditivo  promove  plastificação  e  a  expansão  da  argamassa,  permitindo  o  eficaz 
preenchimento dos vazios durante o encunhamento. Ao expandir, a natural retração da argamassa 
é compensada, evitando a fissuração e o destacamento da mesma. 
• para obras com mais de um pavimento o travamento da alvenaria, respeitado o prazo de 7 
dias, só deve ser executado depois que as alvenarias do pavimento imediatamente acima tenham 
sido levantadas até igual altura. 
Revestimento 
 
1‐ Objetivo do Revestimento 
 
O revestimento protege os elementos das ações de intempéries tais como vento, chuva, etc. 
Cuidado  para  não  confundir  revestimento  com  acabamento.  São  etapas  distintas  de  uma 
obra. 
 
 
2‐ Revestimentos Comuns 
 
Os  revestimentos  mais  comuns  são  os  de  argamassas,  os  cerâmicos  e  os  de  pedra. 
Evidentemente, a cada dia que passa novas técnicas e novos materiais estão disponíveis no mercado, 
e  é  sempre  bom  estar  atento  a  essas  inovações.  Quanto  à  pintura,  que  também  é  um  tipo  de 
revestimento, será tema do próximo capitulo. 
 
 Argamassas de cimento e cal 
 
As argamassas são os revestimentos mais comuns e tradicionais, e praticamente não há obra 
em  que  não  sejam  utilizadas.  Ainda  é  o  revestimento  mais  apropriado  para  efetuar  proteção  em 
alvenarias, sejam elas internas ou externas, de vedação ou estruturais.  
Sua forma de aplicação é geralmente lisa, mas a critério do arquiteto pode assumir diferentes 
texturas e desenhos, o que pode enriquecer o aspecto das fachadas.  
Um revestimento completo de argamassa assume três partes: chapisco, emboço e reboco. 
 
Chapisco:  aplicado  28  dias  para  estruturas  de  concreto,  alvenarias  estruturais  e  blocos  de 
concreto; 14 dias para alvenarias não armadas estruturais e alvenarias sem função estrutural. 
Proporciona  melhor  aderência  à  camada  seguinte,  também  é  aplicado  como  capa  ou  véu 
impermeabilizante em certas circunstâncias, por exemplo: a) paredes externas de alvenaria de tijolo 
comum,  onde  o  impacto  das  intempéries  é  mais  sentido;  b)  em  paredes  externas  de  blocos  de 
cimento, onde a sua porosidade é excessiva. Sua espessura varia entre 5 a 7 mm. Consiste de uma 
argamassa de traço 1:3 (volume) de cimento e areia média com colher de pedreiro ou aparelho de 
progeção. 
 
Emboço: aplicado 3 dias após o chapisco para climas quentes e secos, podendo ser reduzido 
para 2 dias. 
A espessura varia entre 2 a 2,5 cm. Tem a finalidade de regularizar a superfície da alvenaria, 
preenchendo eventuais vazios e corrigir distorções encontradas no prumo quando da execução da 
alvenaria.  Seu  traço  é  bastante  variável,  dependendo  dos  componentes  utilizados  em  sua 
composição;  o  cimento  e  a  areia  são  praticamente  constantes,  porém  outros  elementos  são 
adicionados para dar plasticidade à argamassa, tais como: cal, “saibro” ou aditivos plastificantes. Os 
traços mais usuais, em volume, são: 
 
Para revestimentos internos: 1:2:8 (cimento, cal hidratada, areia média) 
Para revestimentos externos: 1:2:6 (cimento, cal hidratada, areia média) 
 
Para a aplicação dessa camada do revestimento é necessária a execução de “taliscas” com a 
finalidade de proporcionar prumo ao revestimento acabado e alinhamento perfeito, dando assim o 
aspecto  final  à  alvenaria.  Uma  vez  executadas  as  taliscas,  promove‐se  o  “chapeamento”  da 
argamassa à alvenaria com o uso da colher de pedreiro e depois que o excesso de água já estiver sido 
absorvido  pela  superfície  e  a  argamassa  apresentar  consistência  firme,  é  então  executado  um 
“sarrafeamento” com o auxílio, normalmente, de uma régua de alumínio. 
 
Reboco: deve ser executada somente 21 dias após o emboço. Consiste de uma argamassa de 
cimento, cal hidratada e areia fina peneirada aplicada numa espessura não maior do que 5 mm, para 
finalizar e dar acabamento ao emboço, corrigindo eventuais distorções. É aplicado normalmente com 
uma desempenadeira de madeira e o acabamento ou o alisamento final da superfície é executado 
com o auxílio de uma desempenadeira provida de espuma. Há, ainda, a possibilidade de adquirir essa 
argamassa já industrializada, bastando apenas a adição de água para a sua aplicação. 
Traço usual em volume é 1:3 (cal e areia fina) com adição de 50 kg de cimento por m³ de 
argamassa. 
Está  cada  vez  mais  comum  a  utilização  de  somente  duas  camadas  de  revestimento.  A 
primeira,  imprescindível  por  causa  da  necessidade  de  melhoria  da  aderência,  é  o  chapisco,  e  a 
segunda é o emboço preparado com areia média peneirada, sarrafeada e com alisamento final com 
espuma. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3‐ Execução do Emboço 
 
É necessária a colocação de taliscas e mestras para a definição da espessura do revestimento. 
É nessa etapa que eventuais desvios de prumo e de alinhamento da alvenaria podem ser corrigidos. 
 

 
 
Cuidados na execução: 
 
 Não  executar  emboços  com  mais  de  2,5  cm  numa  mesma  camada.  Se  necessário 
executar uma primeira camada, esperar cura mínima de sete dias e somente após completar a 
espessura desejada. 
 Manter umedecido o substrato (chapisco) para a aplicação das diferentes etapas de 
revestimento sem deixar encharcado com água. 
 Verificar  o  prumo  das  paredes  e  da  espessura  dos  caixilhos  para  estabelecer  a 
espessura total do revestimento. 
 Verificar  o  posicionamento  dos  portais  e  caixilhos  principalmente  em  banheiros, 
cozinhas, áreas de serviço e em outras áreas onde serão assentadas cerâmicas. 
 Os  cantos  vivos  dos  revestimentos  devem  ser arredondados  ou  chanfrados.  Nesses 
casos  é  sempre  interessante  utilizar  uma  argamassa  mais  rica  em  cimento  para  aumentar  a 
resistência  no  local  ou  ainda  “salpicar”  cimento  na  superfície  da  argamassa  no  momento  do 
acabamento.  Pode‐se  ainda  instalar  dispositivo  de  reforço  tal,  como  perfil  metálico  exclusivo 
para esse  fim,  o  que  proporciona  maior  resistência a  impactos,  não  danificando  os  cantos  da 
parede. 

 
 
 Após a execução de cada etapa do revestimento, mantê‐la sempre umedecida para 
melhoria da cura e diminuição da retração. 
 Executar  uma  etapa  do  revestimento  somente  quando  a  precedente  estiver 
totalmente seca e curada. 
 Proteger, durante o revestimento, os caixilhos e outros dispositivos já colocados ou 
fixados na alvenaria. Cuidado com as peças de alumínio: a cal provoca manhas na sua superfície 
e não são removíveis. 
 Verificar sempre os cantos das alvenarias com as lajes e os encontros de paredes para 
que não fiquem com excesso de argamassa. 
 Verificar  antes  da  execução  dos  revestimentos  o  correto  posicionamento  dos 
elementos embutidos tais como tubos e conduítes. 
 Cuidar para que as tubulações estejam embutidas o suficiente para que ocorra pelo 
menos 2 cm de revestimento sobre as mesmas. 
 
 
4‐ Revestimento em Gesso 
 
Um tipo de revestimento monolítico que está sendo bastante utilizado, em substituição aos 
revestimentos de argamassa à base de cimento e cal, é o gesso, que tem sua origem na moagem da 
gipsita. Porém, deve‐se ter cuidado, pois existem diferentes tipos para diversas aplicações e nesse 
caso o gesso deve ser específico para revestimento, o qual possui um tempo de pega em torno de 45 
minutos, o que permite um tempo adequado para o seu manuseio e aplicação. É imprescindível para 
o  total  aproveitamento  das  vantagens  econômicas  desse  tipo  de  revestimento  a  qualidade  no 
assentamento da alvenaria. Esta deve ser executada com blocos ou tijolos de assentamento o mais 
regulares possível, estar rigorosamente no prumo, e não possuir vazios ou buracos; caso isso ocorra, 
devem  estar  devidamente  preenchidos  e  regularizados.  Em  revestimento  sobre  superfície  de 
concreto, esta deve receber uma camada de chapisco, preferencialmente do tipo “rolado”. 
A aplicação pode ser de dois modos: simplesmente desempenado (em PVC) sem o uso de 
taliscas, o que confere um aspecto um pouco ondulado, ou sarrafeado com o uso de mestras e réguas 
de alumínio que proporcionam uma superfície final regular e uniforme. 
 
 
Vantagens: 
 
 É aplicado diretamente sobre o substrato, não necessita do “chapisco”. 
 Maior produtividade. 
 Superfície pronta para a aplicação da pintura. Apresenta superfície lisa e branca. 
 Menor retração. 
 É aplicado diretamente sobre o substrato, não necessita do “chapisco”. 
 Maior produtividade. 
 Superfície pronta para a aplicação da pintura. Apresenta superfície lisa e branca. 
 Menor retração. 
 
Desvantagens: 
 
 Baixa resistência à umidade. Sua aplicação é feita somente em interiores. 
 Diferentemente  dos  revestimentos  à  base  de  cimento,  o  gesso  não  contribui  no 
comportamento estrutural da parede. 
 Possui fragilidade a impactos. 
 Não auxilia na fixação de carga suspensa. 
 Necessita de mão de obra especializada. 
 A execução desse tipo de revestimento gera muito resíduo. 
 O gesso é altamente corrosivo sobre o aço‐carbono. Neste caso, o aço deve receber 
pintura de proteção anticorrosiva. 
 
 
5‐ Revestimento em Cerâmica 
 
Antigamente o assentamento era executado com a utilização de argamassa de cimento, cal e 
areia  preparados  na  obra,  mas  atualmente  são  usadas  argamassas  já  preparadas  em  fábrica, 
bastando apenas adicionar água. 
Classificação das cerâmicas quanto à abrasão: 

 
Normalmente quanto menor o grau de absorção, melhor será a qualidade, podendo ser: 
 

 
 
*  As  cerâmicas  também  são  classificadas  quanto  à  resistência  a  manchasse  resistência 
mecânica, entre outros. 
 
    Argamassa Colante (Cimento‐Cola): 
 
Essas  argamassas  possuem  características  apropriadas  para  cada  uso.  Veja  os  tipos 
encontrados no comércio: 
 
 ACI:  argamassa  apropriada  para  revestimentos  internos,  exceto  para  saunas, 
churrasqueiras, estufas e outros; 
 ACII: indicada para uso em ambientes externos. Possui propriedades que absorvem as 
influências da temperatura e da umidade; 
 ACIII:  é  indicada  para  condições  de  altas  exigências  tais  como  fachadas,  piscinas  e 
saunas. Possui alta flexibilidade e aderência; 
 ACIII E: indicada para aplicação de cerâmicas e porcelanatos de grandes dimensões, 
áreas de tráfego intenso, saunas úmidas e piscinas aquecidas. 
 
 
Recomendações para o assentamento: 
 
 Em áreas externas, não aplicar sob condições desfavoráveis como chuva, sol intenso e 
vento forte. 
 Verificar os níveis e caimentos desejados antes do início do assentamento das peças. 
Caso necessário, providenciar uma regularização. 
 Umedecer a base de assentamento antes da aplicação da argamassa colante. 
 Verificar  se  a  base  a  ser  revestida  apresenta  resistência  sufi  ciente  para  receber  o 
revestimento cerâmico e para suportar as condições de utilização do local. 
 Garantir que a peça assentada tenha um contato pleno com a argamassa e a base de 
assentamento. 
 As peças assentadas devem receber pequenos golpes com martelo de borracha para 
que a mesma possa se posicionar conforme as juntas previamente defi nidas e promover um 
perfeito contato com a argamassa de assentamento. 
 Aplicar dupla camada (base e peça), para as peças de grande formato, com área igual 
ou maior do que 900 cm2, ou com reentrâncias e saliências maiores do que 1 mm. 
 Utilizar  a  desempenadeira  de  dentes,  com  dimensões  adequadas,  para  obter  uma 
espessura de argamassa sufi ciente em relação ao tamanho da placa cerâmica. 
 As peças cerâmicas não precisam ser umedecidas antes do assentamento. 
 Estudar atentamente a modulação das paredes e dos pisos. 
 A espessura da argamassa de assentamento não deve ser superior a 5 mm. 
 
 
6‐ Argamassa para Rejuntamento 
 
As argamassas de rejuntamento destinam‐se a dar solidez ao sistema de assentamento das 
cerâmicas preenchendo as juntas e protegendo o sistema contra infiltrações indesejáveis. 
Tendo conhecimento das dimensões da placa cerâmica a ser utilizada e também da largura 
das juntas de assentamento, é possível realizar o cálculo do consumo aproximado de argamassa de 
rejunte a ser utilizada. 
O rejuntamento é aplicado 5 dias após o assentamento da cerâmica. 
 
 
7‐ Junta de Dilatação 
 
Na  colocação  de  pisos  cerâmicos  em  grandes  áreas  deve‐se  prever  juntas  de  dilatação 
(expansão).  Todo  revestimento  cerâmico  precisa  de  juntas  e  suas  especificações  devem  ser 
informadas pelo fabricante. 
As  juntas  são  obrigatórias  e  evitam  que  movimentos  térmicos  causem  "estufamento"  e, 
consequentemente, destacamento da peça. 
Existem 3 tipos básicos de juntas: 
 Superficiais, que definem a posição das peças, as 
 Estruturais, que devem existir na estrutura de concreto, e as de 
 Expansão ou movimentação, que devem existir em grandes áreas de piso cerâmico, e 
entre as paredes ou anteparos verticais auxiliando a movimentação dos mesmos. Elas devem ser 
executadas em painéis de até 32 m² para os pisos internos ou até 24 m² nos painéis externos, 
longitudinalmente  e  transversalmente.  As  juntas  de  movimentação  necessitam  aprofundar‐se 
até a superfície da base (laje, contrapiso, etc) e ser preenchida com material deformável, vedada 
com selante flexível e devem ter entre 8 a 15mm de largura. 
 
Além  de  possibilitar  a  movimentação  de  todo  o  conjunto  do  revestimento  durante  as 
dilatações e contrações, as juntas são importantes para melhorar o alinhamento das peças (juntas 
superficiais) e permitir a troca de uma única placa sem a necessidade de quebrar outras. 
Quando  temos  juntas  estruturais  no  contrapiso  estas  precisam  ser  reproduzidas  no 
revestimento cerâmico. 
8‐ Anotações de Questões 
 
 
Sobre pisos de madeira, podemos afirmar: 
 
a) não se deformam se aplicados após tratamento de secagem em estufa. 
b) devem ser aplicados sobre lastro impermeabilizado. 
c) tábuas de soalho devem ser colocadas com o lado da medula para cima. 
d) a aplicação de imunizante fungicida‐inseticida previne a retração da peças. 
e) devem ser preferencialmente colocados com argamassa. 
 
Explicação: 
Somente devem ser empregados pisos de madeira que esteja tratada e seca. A secagem deve 
ser,  preferencialmente,  em  estufa  que  promova  a  desumidificação  uniforme;  isso,  porém,  não 
garante que a madeira se torne invulnerável à umidade. Significa dizer: piso de madeira não deve ser 
exposto diretamente à água. Portanto, é necessário que a aplicação desse tipo de piso se dê sobre 
lastro impermeabilizado, prevenindo deformação após o assentamento. 
Em  alguns  casos  de  ambientes  mais  agressivos,  somente  com  um  eficaz  tratamento  com 
película impermeabilizante podem os pisos de madeira ter desempenho duradouro e satisfatório. 
A aplicação de tacos com cola é mais recomendável do que com argamassa. Neste último caso, 
a argamassa deve ser de cimento e areia grossa; as peças do piso devem receber, na sua face inferior 
(de  assentamento),  grampos  ou  pregos  que  garantam  a  ligação  com  a  argamassa.  Outra  prática 
interessante consiste em revestir a face de aplicação do piso com pedriscos colados com asfalto. 
 
 

São recomendações válidas de cuidados e preparos especiais concernentes à aplicação de 
revestimento de paredes, exceto: 
 
a) evitar uso excessivo de cimento no reboco de ambientes internos. 
b) adicionar produto impermeabilizante à argamassa do reboco externo. 
c) verificar se as juntas das alvenarias estão completamente curadas. 
d) deixar transcorrer suficiente tempo para a acomodação da parede. 
e) abreviar o intervalo de tempo entre a conclusão da alvenaria e o início do revestimento, 
durante o período chuvoso. 
 
Explicação: 
A  eficiência  de  uma  argamassa  de  revestimento  depende  não  só  do  proporcionamento 
estabelecido  no  traço,  mas  também  da  qualidade  (propriedades  físicas  e  químicas)  dos  materiais 
usadas (aglomerante, agregado miúdo). 
Uma  parede,  para  receber  qualquer  revestimento,  deve  estar  bem  seca  e  suas  juntas 
completamente curadas, garantida a plena acomodação da alvenaria. 
A menos que seja providenciada secagem artificial (com aquecedores ou uso de ventiladores), 
o tempo de secagem no período de chuvas é bem maior do que no período de estiagem. Isso tem 
que ser observado com bastante atenção. 
Recomenda‐se  não  usar  aditivo  impermeabilizante  no  chapisco  para  não  prejudicar  a 
aderência. 
O emboço (massa grossa) deve apresentar resistência nunca inferior à da camada a ser aplicada 
sobre ele. Ajuste pode ser feito no teor do aglomerante (cimento). 
O  emboço  externo  requer,  em  geral,  mais  cimento,  sobretudo  quando  for  receber  reboco 
impermeabilizante. 
No reboco (massa fina, alisada com desempenadeira) interno deve ser evitado o cimento, para 
não  prejudicar  a  pintura.  Em  faces  externas  de  paredes,  a  argamassa  deve  ser  adicionada  com 
impermeabilizante. Sempre deve ser verificado se a pintura a ser usada é compatível com argamassa 
de cimento. 
 
 

O efeito de gretagem em peça cerâmica esmaltada pode estar associado a(o): 
 
a) falta de umedecimento da peça antes do assentamento. 
b) assentamento das peças com junta de dilatação insuficiente. 
c) execução de junta seca entre as peças. 
d) desigual dilatação térmica das camadas da peça. 
e) teor de cimento da argamassa de assentamento. 
 
Explicação: 
Em geral, o fenômeno de gretagem (isto é, o surgimento de pequenas fissuras na camada de 
esmalte, semelhantes a um fio de cabelo) decorre da diferença entre a dilatação térmica do corpo 
da  peça  (material  cerâmico)  e  a  da  camada  de  esmalte.  Massas  dolomíticas  (ou  semidolomíticas) 
empregadas na produção da cerâmica tendem a favorecer a ocorrência de gretagem. 
A gretagem também pode ser devido à expansão por umidade (EPU), no caso de materiais já 
assentados.  Uma  recomendação  válida  para  prevenir  a  gretagem  após  a  aplicação  consiste  em 
diminuir o teor de cimento na argamassa de assentamento, isso porque argamassa muito rica em 
aglomerante acentua a retração no processo de pega e endurecimento. 
 
 
 
 
Acerca  do  assentamento  de  revestimento  cerâmico  em  fachada  de  edifícios,  analise  as 
assertivas seguintes: 
 
I  —  No  encontro  do  revestimento  da  parede  com  pilares  deve  ser  prevista  junta  de 
dessolidarização; 
II  —  As  juntas  de  assentamento  (ou  rejunte)  são  preenchidas  com  material  flexível  e  a  sua 
largura depende do tamanho da placa cerâmica; 
III — As placas cerâmicas devem apresentar índice de absorção de água maior ou igual a 3%; 
IV  ‐  Deve  ser  prevista  uma  junta  horizontal  de  movimentação  em  cada  pavimento  ou  no 
máximo a cada 3 metros; 
V ‐ No preenchimento das juntas de movimentação, deve ser empregado material rígido. 
 
Explicação: 
As placas cerâmicas, para uso em fachada, devem ter: 
• índice de absorção de água menor ou igual a 6%; 
• Expansão por umidade menor do que 0,6mm/m; 
• Resistência à radiação dos raios ultravioletas provenientes do sol; 
• Garras no tardoz das peças (tipo rabo de andorinha). 
 
No  preenchimento  das  juntas  devem  ser  usados  materiais  altamente  deformáveis,  como 
isopor, borracha alveolar, espuma de poliuretano, dentre outros. 
Na  vedação  das  juntas  de  movimentação,  usa‐se  selante  fabricado  à  base  de  elastômeros 
(como poliuretano, silicone etc.). 
As juntas de assentamento (ou rejunte) são espaços entre as placas cerâmicas que devem ser 
preenchidas com material flexível (a argamassa de rejuntamento). A largura das juntas depende do 
tamanho da placa cerâmica. Quanto maior a dimensão da placa cerâmica, maior a largura das juntas. 
Denominam‐se  juntas  de  movimentação  os  espaços  que  dividem  a  parede  revestida  em 
painéis. Essas juntas (algumas vezes também chamadas de juntas de expansão / contração) se iniciam 
no encontro entre duas placas cerâmicas e atravessam a camada de emboço. 
 
De acordo com a NBR 8214, devem ser executadas juntas de movimentação em fachadas nas 
seguintes situações: 
•  uma  junta  horizontal  em  cada  pavimento,  coincidindo  com  a  interface  viga  de 
concreto/alvenaria (na região de encunhamento) ou no máximo a cada 3 metros; 
• uma junta vertical a cada 3 a 6 metros, em função da orientação solar e em relação 
aos ventos dominantes da fachada (para condições mais severas de exposição, menor deve ser 
espaçamento entre as juntas); 
• juntas verticais próximas das arestas do prédio, no máximo a 60cm de distância em 
ambos os planos coincidentes; 
• mudanças de direção do plano de revestimento; 
• encontros da área revestida com pisos e forros, pilares, vigas e outros tipos de 
revestimento; 
• mudança de materiais que compõem a parede, por exemplo, interfaces entre estrutura de 
concreto e alvenaria. 
 
Juntas  de  dessolidarizaçâo  são  espaços  no  encontro  da  parede  revestida  com  pisos,  forros, 
pilares, vigas ou com outros tipos de revestimento. Esses espaços se iniciam no encontro entre duas 
placas cerâmicas e atravessam a camada de emboço, conforme a figura seguinte. 

 
 
 

Analisadas  as  assertivas  seguintes,  acerca  da  tecnologia  dos  concretos  e  argamassas, 
devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I  —  a  silica  ativa  e  o  metacaulim  podem  ser  empregados  na  produção  de  concreto  de  alto 
desempenho; 
II ‐ o graute pode ser empregado em serviços de recuperação estrutural; 
III — o concreto celular utiliza agente expansor na sua produção; 
IV  ‐  a  vermiculita  usada  como  agregado  na  produção  de  concreto  confere  uma  elevação 
resistência aos esforços mecânicos; 
V ‐ a argamassa do tipo AC‐I é aplicável para assentamento de revestimentos de fachada de 
edifícios. 
 
Explicação: 
O  metacaulim  acelera  o  processo  de  hidratação  do  cimento.  A  adição  de  metacaulim  em 
concretos tende a proporcionar um ganho de resistência mecânica. 
CADs (concretos de alto desempenho) são alcançados, normalmente, com a adição de minerais 
ativos, capazes de conferir maior compacidade e maior resistência mecânica. Nesse caso, a silica ativa 
irá  preencher  os  vazios  entre  os  grãos  (ou  partículas)  maiores,  propiciando  uma  estrutura  mais 
compacta, tendente a reagir com a cal livre e melhorando a trabalhabilidade do concreto. 
O concreto celular pode ser produzido a partir de uma mistura de cimento, cal e areia com pó 
de  alumínio  (que  funciona  como  agente  expansor).  A  expansão  resulta  em  'células'  de  ar, 
constituindo um material de construção leve. Não se trata de um concreto poroso, e sim aerado. Ele 
é  empregado  em  vedações  verticais,  por  exemplo.  Destaca‐se  no  concreto  celular  o  seu  bom 
desempenho em termos de conforto acústico e conforto térmico. O concreto celular também pode 
ser usado em regularização de lajes (quando há restrição ao incremento de sobrecarga na estrutura). 
 
Constitui a vermiculita expandida um agregado leve, exibindo uma elevada porosidade e uma 
baixa  massa  específica  aparente.  Por  outro  lado,  a  vermiculita  se  caracteriza  por  uma  resistência 
relativamente baixa a esforços mecânicos. 
 
 

Na classificação usual dos pisos cerâmicos, sobre o índice PEI é correto afirmar, exceto: 
 
a)  retrata  as  principais  qualidades  do  material  cerâmico,  sendo  suficiente  para  inferir  o 
desempenho do piso na obra. 
b) quanto maior o seu valor, maior a resistência ao desgaste do esmalte do piso. 
c) orienta onde o material cerâmico deve ser empregado 
d) indica a resistência ao desgaste por abrasão superficial do piso. 
e) em geral, pisos mais brilhantes são mais susceptíveis ao risco, ainda que apresentem PEI 
elevado. 
 
Explicação: 
Além  da  resistência  à  abrasão  (relacionada  ao  índice  PEI),  devem  ser  avaliados  num  piso 
cerâmico:  índice  de  absorção,  coeficiente  de  atrito,  resistência  ao  risco,  resistência  a  manchas, 
resistência ao gretamento (fissuras) 
 
 

Entre  as  funções  que  podem  ser  atribuídas  à  argamassa  de  assentamento  de  tijolos 
cerâmicos na execução de alvenaria, não se inclui: 
 
a) contribuir para a resistência aos esforços laterais. 
b) promover a vedação entre os tijolos. 
c) solidarizar os elementos da alvenaria.  
d) evitar a formação de fissuras. 
e) absorver deformações da alvenaria. 
 
Explicação: 
As principais funções desempenhadas pela argamassa de assentamento são: 
•  unir  os  componentes  da  alvenaria,  contribuindo  para  que  os  tijolos  resistam  bem  aos 
esforços, notadamente os laterais; 
• permitir a distribuição uniforme das cargas atuantes na parede; 
• absorver as deformações a que a alvenaria está submetida; 
• vedar o conjunto dos tijolos, prevenindo a penetração de agentes agressivos ou indesejáveis 
(como a água de chuva), notadamente em se tratando de alvenaria aparente. 
Pintura 
 
Função da pintura: 
 
 Evita que a umidade se infiltre nos elementos construtivos 
 Evita o destacamento da areia dos revestimentos 
 Beleza e conforto visual 
 
Divisão das Tintas: 
 
 Tintas Miscíveis em Água 
‐ À base de cal, cimento, caseínas e emulsões 
 
 Tintas Miscíveis em Solventes 
‐ Óleos, alquídica, laca, betuminosa e resina em solução 
 
 
1‐ Sistema de Pintura 
 
Sistema de pintura é todo o processo pelo qual se faz a aplicação de tintas nas 
mais diferentes superfícies. Compreende desde o preparo até a limpeza fina. 
Para definição do sistema de pintura, convém, primeiro, responde as questões: 
 
 Tipo de superfície: madeira, alvenaria, argamassas, concreto, metal, pedras etc. 
 Ambiente: marítimo, industrial, residencial, úmido, interno, externo etc. 
 Condições do substrato: superfície nova ou velha, estado de conservação. 
 Textura: lisa ou rústica. 
 Acabamento: brilhante, semibrilho, acetinado, fosco ou transparente. 
 Cores: claras ou escuras. 
 Tipo de pintura: tinta, acabamento colorido ou verniz, acabamento transparente. 
 Contato com água potável: algumas tintas são impróprias para revestimentos de 
locais onde há armazenamento de água potável. Consultar sempre as instruções 
na embalagem ou o fabricante do produto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2‐ Componentes de uma Tinta 
 
Antes de abordar os tipos de tintas é necessário conhecer os componentes básicos 
da tinta que são utilizados na produção de veículos, pigmentos, solventes e aditivos. 
 
Veículos ou Cargas: são substâncias que têm a propriedade de formar a película 
ou o filme de tinta e são o principal elemento na classificação de uma tinta, pois podem 
apresentar  diferentes  propriedades  físicas  e  químicas  e  estas  podem  ser  resinas, 
emulsões e óleos. 
 
Pigmentos: são partículas sólidas e insolúveis que proporcionam cor e poder de 
cobertura à tinta. São também responsáveis pela sua consistência, lixação e brilho, e 
representam a parte “sólida” da tinta. 
 
Solventes:  são  líquidos  voláteis  (que  evaporam)  e  têm  por  finalidade  conferir 
viscosidade  à  tinta  para  que  o  nivelamento  da  camada  aplicada  seja  uniforme  e 
proporcione sua secagem. Os principais solventes são os derivados de petróleo (benzina, 
aguarrás, tiner, querosene, entre outros) e a água. 
 
Aditivos:  são  elementos  que  melhoram  as  propriedades  físicas  e  químicas  das 
tintas e podem ser, entre outros: 
‐ Secantes: auxiliam na secagem das tintas diminuindo o tempo de cura. 
‐ Antissedimentantes: proporcionam maior estabilidade aos produtos de 
diferentes densidades que compõem as tintas. 
‐ Antiespumantes: evitam a formação de espumas. 
‐ Plastificantes: melhoram a aplicabilidade e o espalhamento. 
 
 
3‐ Tipos de Tintas 
 
Caiação:  pintura  econômica  e  de  fácil  aplicação,  utilizada  principalmente  em 
ambientes  rurais  (lembramos  que  a  cal  possui  efeito  desinfetante).  Deve  ser  bem 
preparada, pois sua composição parte do adicionamento de cal à água, obtendo uma 
pasta  maleável,  ou  seja,  um  “leite”  de  cal  pouco  denso.  Para  uma  boa  pintura  o 
preparado deve ser passado por uma peneira fina e aplicado no mínimo em três demãos. 
 
Látex  PVA:  tinta  à  base  de  acetato  de  polivinila  (PVA)  solúvel  em  água.  Possui 
vários tipos de textura e é aplicado sobre alvenaria, concreto, massa corrida de base 
PVA ou acrílica e reboco. 
 
Látex acrílico: tinta à base de emulsões acrílicas, solúvel em água, com excelente 
resistência às intempéries, por este motivo é recomendável para ambientes externos. 
Possui maior resistência a produtos de limpeza do que tintas à base de PVA. Também 
aplicado  sobre  alvenaria,  concreto,  massa  corrida  de  base  acrílica  e  reboco.  Não  se 
recomenda a aplicação dessa tinta sobre massa corrida à base de PVA. 
 
Esmalte  sintético:  à  base  de  resinas  alquídicas,  de  óleos  secativos  e  solventes. 
Indicado  para  aplicação  em  superfícies  de  metal  e  madeira.  Pode  ter  acabamento 
brilhante ou acetinado. 
 
Tinta  a  óleo:  com  alto  teor  de  óleo  de  linhaça,  acrescido  de  pigmentos.  Já  foi 
largamente utilizada, e atualmente é substituída pelo esmalte sintético. 
 
Tinta epóxi: à base de resinas epóxi, de grande resistência à abrasão e ambientes 
agressivos quimicamente. Apresenta‐se em dois componentes: tinta e catalisador. 
 
Tinta  borracha  clorada:  em  solução  à  base  de  borracha  clorada,  de  alta 
plasticidade  e  grande  resistência  à  água,  principalmente  a  ambientes  agressivos 
quimicamente. Muito utilizada para demarcação de ruas e quadras esportivas. 
 
Tinta hidrófuga: à base de resinas acrílicas, com propriedades impermeabilizantes 
que,  quando  aplicadas,  penetram  nos  poros  do  substrato,  evitando  penetração  de 
umidade. Aplicada sobre rebocos, alvenarias e concreto. 
 
Tinta  antiaderente:  composta  de  elementos  (Teflon )  com  propriedades 
antiaderentes. 
 
Verniz:  produto  obtido  da  dissolução  de  gomas  vegetais,  ceras  ou  resinas 
sintéticas  (goma‐laca  ou  resina  copal)  em  solventes  voláteis  com  ou  sem  adição  de 
pigmentos.  Indicado  para  aplicação  sobre  superfícies  de  madeira.  Há  no  mercado 
diversos  tipos  de  verniz  para  as  mais  diferentes  aplicações,  porém  para  ambientes 
externos recomendam se vernizes com filtro solar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4‐ Complementos 
 
Complementos são produtos que auxiliam no sistema de pintura para melhorar 
sua ancoragem (por exemplo, primer e seladoras), e as condições do substrato (fundo 
preparador de superfície). 
 
Fundo preparador de paredes: é um complemento destinado, principalmente, a 
melhorar  os  rebocos  muito  arenosos,  dar  resistência  superficial  aos  rebocos  fracos  e 
isolar  as  calcinações  da  pintura  a  ser  aplicada.  Também  utilizado  para  uniformizar  a 
absorção da pintura de acabamento, permitindo melhor espalhamento da camada de 
tinta. 
 
Selador:  é  destinado  a  uniformizar  a  absorção  da  pintura  de  acabamento, 
permitindo  melhor  espalhamento  da  camada  de  tinta.  Aplicado  sobre  reboco  novo, 
blocos de concreto, massa corrida, massa fina e demais superfícies resistentes. Diminui 
a porosidade da superfície, proporcionando melhor rendimento da pintura. Pode ainda 
ser à base de PVA e acrílico ou específico para superfícies de madeira, que podem ou 
não ser pigmentadas. 
 
Zarcão: é utilizado entre o substrato de metal e a tinta de acabamento. Tem forte 
poder de ancoragem sobre superfície lisa e também previne a corrosão dos metais. Há 
diversos tipos para os mais diferentes materiais metálicos. Lembre‐se de que o zarcão 
utilizado para superfícies de aço não é apropriado para superfícies zincadas. 
 
Massa  corrida:  é  um  complemento  utilizado  para  melhoria  da  rugosidade  da 
superfície,  deixando‐a  com  aspecto  liso  e  fino.  Aplicada  largamente  sobre  rebocos  e 
superfícies de concreto. Para ambientes externos deve‐se aplicar a massa corrida à base 
de  resinas  acrílicas,  pois  possui  maior  resistência  às  intempéries  e,  internamente, 
podem‐se utilizar massas à base de PVA (acetato de polivinila). 
 
Diluentes:  são  produtos  destinados  à  limpeza  e  à  diluição  de  tintas  e  vernizes 
sendo os mais comuns a água, o tiner e a aguarrás. A água é utilizada como diluente nas 
tintas à base de látex (PVA ou acrílica). O tiner é mais recomendado para limpeza em 
geral, podendo ser utilizado também para diluição (ver recomendações do fabricante de 
tintas). Quanto à aguarrás, além de seu uso para limpeza, é mais amplamente utilizada 
para  diluição  de  tintas  à  base  de  esmalte  sintético  e  vernizes.  Atualmente  já  se 
encontram tintas à base de esmalte sintético que podem ser diluídas em água. 
 
 
 
 
5‐ Preparo da Superfície para Pintura 
 
Basicamente,  essas  são  as  recomendações  gerais  para  a  aplicação  de  pintura, 
independentemente do substrato: 
 
 A temperatura ambiente deve estar entre 10 e 40 ºC. 
 A umidade relativa do ar estar menor de 80%. 
 O ambiente deve estar muito bem ventilado. 
 O substrato deve estar seco e livre de graxas e óleos. 
 O mofo deve ser removido e limpo com “água sanitária”. 
 Não deve haver pó. 
 O substrato deve estar são, ou seja, livre de partes soltas e elementos estranhos. 
 Uma  demão  somente  deverá  ser  aplicada  com  a  anterior  seca.  Ver  tempo  de 
secagem na embalagem, pois o intervalo entre demãos varia de tinta para tinta. 
 As  tintas  antigas  devem  ser  raspadas  caso  estejam  soltas,  e  as  que  estão  firmes 
devem receber lixamento e limpeza para retirada do pó. 
 Cuidado  nos  ambientes  com  cheiro  de  urina.  Os  sais  presentes  na  urina  são 
prejudiciais  à  pintura,  impedindo  a  ancoragem  no  substrato  e  neste  caso  as 
superfícies devem ser muito bem lavadas (não subestime esta recomendação). 
 
Recomendações Gerais: 
 
 Não aplicar massa corrida P.V.A. em superfícies externas; 
 Não aplicar tinta diretamente sobre paredes caiadas; 
 Não utilizar produtos látex (P.V.A.) e acrílico) sobre superfícies de madeira ou ferro 
(exemplos:  massa  corrida  para  corrigir  imperfeições  de  portas  antes  de  pintar; 
primeira demão de látex nas portas antes de aplicar o esmalte); 
 Não  utilizar  verniz  fosco  ou  esmalte  fosco  em  superfícies  externas.  O  verniz  ou 
esmalte brilhantes são mais resistentes;  
 Não utilizar massa corrida diluída com água como se fosse uma tinta de fundo. 
 
Nas paredes com reboco, têm de ser aplicadas as seguintes mãos: 
 
1º) Selador: reduz e uniformiza a absorção inútil e excessiva da superfície; 
2º) Emassado: fecha as fissuras e pequenos buracos que ficam e que só aparecem 
após a primeira demão de selador; 
3º) Aparelhamento: para mudar as condições de superfície, alisando‐a ou dando‐
lhe uma textura especial. 
 
 
Nas esquadrias de ferro, após a limpeza da peça, serão aplicadas as seguintes 
demãos: 
 
1º) Fundo anti‐óxido de ancoragem (zarcão ou cromato de zinco); 
2º) Selador; 
3º) Emassado; 
4º) Fundo Mate (sem brilho). 
 
 
Resumo das aplicações indicadas de acordo com o substrato: 
 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6‐ Defeito na Pintura 
 
Bolhas: ocorrem principalmente nas superfícies externas que receberam massa 
corrida à base de látex PVA. Necessária remoção e aplicação de massa acrílica. O mesmo 
problema ocorre sobre massa acrílica quando a superfície está muito quente. 
 
Crateras:  a  presença  de  graxas,  óleos  e  demais  substâncias  oleosas  podem 
ocasionar  crateras  na  pintura  (não  aderência  da  tinta  ao  substrato).  Deve‐se,  então, 
remover a tinta aplicada e efetuar a limpeza adequada. 
 
Descascamento:  ocorre  quando  a  tinta  é  aplicada  sobre  superfícies  caiadas  ou 
sobre pintura antiga pouco aderida no substrato. Deve‐se remover a pintura antiga ou 
fazer a raspagem da caiação com aplicação de fundo preparador. 
 
Desagregamento: ocorre geralmente quando a tinta é aplicada sobre a superfície 
antes  que  se  dê  a  cura  do  reboco.  Como  consequência,  a  pintura  se  desprende  da 
superfície juntamente com partes do reboco. 
 
Eflorescência: Manifestam‐se como machas esbranquiçadas na superfície pintada. 
Ocorre  quando  a  tinta  foi  aplicada  sobre  reboco  úmido  ou  devido  a  infiltração.  Isso 
ocorre devido a migração de umidade do interior para o exterior em paredes de reboco 
novo ou velho, cimento, fibrocimento, tijolos etc., carregando consigo sais solúveis. 
 
Enrugamento: a aplicação excessiva de tinta numa única demão pode apresentar 
este  problema,  principalmente  em  esmaltes  sintéticos  ou  se  o  tempo  de  secagem 
correto não tiver sido observado entre demãos. 
 
Manchas amareladas: Provenientes de gordura, óleo ou fumaça de cigarro. Lavar 
a superfície com solução de água com detergente à base de amoníaco. 
 
Mofo,  bolor  ou  fungos:  Constituem‐se  em  um  grupo  de  seres  vivos,  que  se 
proliferam em condições favoráveis, em especial climas quentes, úmidos, mal ventilados 
ou  mal  iluminados.  Produzem  o  escurecimento  da  película  decompondo‐a.  Deve‐se 
lavar  a  superfície  com  uma  solução  de  água  com  água  sanitária  na  proporção  1:1, 
molhando  constantemente  a  superfície  durante  um  período  de  6  horas.  Lavar  a 
superfície somente com água em abundância. Deixar secar e repintar. 
 
Saponificação: Causada pela alcalinidade natural da cal e do cimento que compõe 
o reboco. Raspar e escovar toda a superfície e refaze‐la. 
 
 
 
 
 
 
7‐ Anotações de Questões 
 
 
Analisadas  as  assertivas  seguintes,  devemos  concluir  que  somente  estão 
corretas: 
 
I ‐ para pintura externa látex, PVA ou acrílico, sobre parede nova recomenda‐se, 
em dias muito quentes, umedecer previamente as paredes com água; 
II‐sobre  alvenaria  aparente  ou  rebocada  a  ser  pintada  com  tinta  látex,  PVA  ou 
acrílico,  deve‐se  aplicar  previamente  uma  demão  de  caiaçáo  (tinta  mineral  à  base 
d’água); 
III ‐ em superfície muito porosa a ser pintada, não deve ser aplicado selador; 
IV  ‐  para  pintura  com  tinta  látex  de  paredes  internas  anteriormente  pintadas  à 
base de cal, esta pintura deve ser removida; 
V  —  as  sucessivas  demãos  de  tinta  látex,  em  paredes  externas,  devem  ser 
aplicadas  antes  da  secagem  da  demão  anterior,  para  garantir  a  continuidade  e 
aderência. 
 
Explicação: 
Algumas recomendações são pertinentes e não podem ser negligenciadas: 
• na pintura interna de paredes novas com tinta látex, aplicam‐se uma ou duas 
demãos de selador, antes da aplicação de massa corrida (à base de PVA) ou acrílica; isso 
ajuda  a  reduzir  o  consumo  de  tinta,  sobretudo  numa  superfície  inicialmente  muito 
porosa; 
• na pintura externa, deve‐se evitar o serviço em tempo chuvoso. Por outro lado, 
se o tempo estiver muito quente e seco, é conveniente umedecer as paredes com água, 
antes da aplicação de tinta látex, PVA ou acrílica (o que, evidentemente, será feito com 
as paredes já enxutas); 
• paredes já pintadas com tinta mineral à base de água (caiação, por exemplo) que 
forem  receber  pintura  látex  terão,  antes,  de  ser  lixadas  para  remoção  da  pintura 
anterior. Nunca se deve aplicar tinta látex sobre caiação; 
•  as  sucessivas  demãos  de  tinta  látex  devem  ser  aplicadas  somente  após  a 
secagem da demão anterior. 
 
 
 
 
 
 

Analisadas  as  assertivas  seguintes,  devemos  concluir  que  somente  estão 


corretas: 
 
I ‐ as tintas epóxi apresentam baixa aderência; 
II ‐ resinas alquídicas são usualmente empregadas em tintas sintéticas; 
III ‐ óxido de chumbo está presente na composição do zarcão; 
IV ‐ thinners são utilizados para diluir tinta ou remover pintura; 
V — seladores servem para diminuir o consumo de tinta. 
 
Explicação: 
As resinas alquídicas, usualmente empregadas nas tintas sintéticas, são compostas 
de poliálcoois com ácidos carboxílicos e óleos secantes. As tintas sintéticas foscas ou a 
óleo foscas (ditas tintas alquídicas) são bem adequadas sobre alvenarias, desde que haja 
uma boa selagem (sobretudo em se tratando de paredes novas); isso porque as tintas 
alquídicas são vulneráveis ao ataque da cal presente no revestimento da alvenaria. 
As  tintas  aplicadas  sobre  metais  devem  assegurar  proteção  contra  processos 
oxidativos (corrosão). São, portanto, as tintas antioxidantes, dentre as quais se destaca 
o zarcão. 
O zarcão é um óxido de chumbo em composição oleosa (o óleo de linhaça, por 
exemplo). 
As tintas produzidas com óxido de  zinco também são bastante eficientes como 
anticorrosivas. 
Os  thinners (afinadores)  são  solventes  fortes.  Eles  servem, então,  para  diluir  as 
tintas. Algumas vezes, também são empregados solventes quando se deseja remover a 
pintura  aplicada  sobre uma  superfície.  Esses  produtos  apresentam  acidez  acentuada, 
devendo ser manuseados com cuidado. 
 
 

Acerca das propriedades das tintas, é correto afirmar: 
 
a) o tempo de secagem de uma tinta independe de sua volatilidade, bem como de 
espessura da película. 
b) rendimento de uma tinta é tanto menor quanto maior o poder de cobertura 
dessa tinta. 
c) a dureza de uma tinta tende a diminuir com a quantidade de pigmento. 
d) o poder de cobertura de uma tinta é avaliado logo após a aplicação. 
e) a facilidade de aplicação de uma tinta está relacionada com a viscosidade e o 
poder de escoamento. 
 
 
As principais propriedades das tintas são: 
I ‐ rendimento; 
II ‐ poder de cobertura; 
III ‐ tempo de secagem; 
IV ‐ resistência química; 
V ‐ resistência às intempéries; 
VI ‐ volatilidade; 
VII ‐ viscosidade; 
VIII ‐ dureza. 
 
O rendimento refere‐se à área de cobrimento perfeito que pode ser obtido por 
uma certa quantidade de tinta. 
O  poder  de  cobertura  diz  respeito  à  capacidade  da  tinta  de  cobrir  a  superfície 
depois de seca; portanto, somente pode ser avaliado após a secagem. Essa propriedade 
é função da dimensão das partículas não voláteis presentes e do seu poder de refração. 
A dureza de uma tinta também pode ser avaliada após a secagem. A medida dessa 
propriedade tende a aumentar com a quantidade de pigmentos; quanto mais pigmento, 
mais dura a película da pintura, ou seja, maior a sua resistência ao risco. 
O tempo de secagem da pintura, contado a partir da aplicação da tinta, é medido 
à  temperatura  ambiente.  Depende,  principalmente,  da  volatilidade,  da  espessura  da 
película, da composição da tinta e da superfície de aplicação. 
A resistência química aos diversos agentes a que a pintura poderá estar exposta 
depende  da  composição.  A  escolha  da  tinta  deve  levar  em  conta  o  ambiente  e  as 
substâncias potencialmente agressivas presentes no meio, de forma a preservar suas 
características,  isto  é,  sem  que  se  desenvolvam  processos  de  desintegração  ou 
deterioração, seja na cor, seja na fixação. 
A  resistência  às  intempéries  refere‐se  à  capacidade  de  a  pintura  manter‐se 
inalterada  pela  ação  do  tempo.  Sobretudo  quando  a  pintura  é  externa,  a  tinta  deve 
conservar‐se imune a processos de oxidação favorecidos pela umidade, vento, radiação 
solar etc. 
A  volatilidade  de  uma  tinta,  também  dita  velocidade  de  evaporação,  é  uma 
propriedade  dos  solventes.  Relaciona‐se  com  o  tempo  de  secagem,  embora  sejam 
propriedades distintas. 
A  viscosidade  implica  maior  ou  menor  facilidade  de  aplicação  da  tinta.  Quanto 
menor a viscosidade, maior o escorrimento (escoamento) da tinta sobre a superfície de 
aplicação.  O  veículo  empregado,  o  volume  e  a  natureza  do  pigmento  estão  entre  os 
fatores que influem na viscosidade. 
Esquadrias 
 
 
1‐ Materiais Utilizados 
 
 
 Madeira 
Elemento de fácil adaptação em qualquer projeto arquitetônico devido à sua versatilidade e 
beleza. 
A madeira tem de ser tratada contra fungos e cupins. 
Deve estar devidamente seca antes da fabricação, pois o risco de empenamento e alteração de 
medidas é muito grande. 
A madeira tem de ser a chamada “madeira de lei” ou madeira de primeira qualidade. 
Requer pintura de proteção (verniz) periodicamente para manutenção de sua textura e beleza. 
Tem de ser protegida da umidade. 
 
 Ferro 
Elemento também adaptável a qualquer projeto arquitetônico. 
Toda a ferragem deve ser lixada e limpa com solvente antes da aplicação do sistema de pintura. 
Não  recomendado  para  regiões  litorâneas  por  causa  da  presença  de  salinidade,  que  é 
altamente prejudicial ao ferro. 
Aumenta o fator psicológico (do proprietário) no aspecto “segurança”. 
 
 Alumínio 
Elemento leve, versátil e adaptável a qualquer tipo de projeto arquitetônico. 
É encontrado comercialmente em diversas cores e padrões. 
Recomendado para regiões litorâneas por sua resistência à salinidade. 
Diminui o fator psicológico (do proprietário) no aspecto “segurança”. 
Largamente utilizado em edifícios residenciais e comerciais. 
O alumínio natural dispensa pintura. 
Não deve receber respingos de argamassa ou concreto, pois o alumínio sofre reação com à cal, 
que mancha a peça (e essa mancha não é removível). 
 
 PVC (policloreto de vinila) 
Elemento leve e versátil, também adaptável a qualquer tipo de projeto arquitetônico. 
Material de pouco conhecimento do público consumidor. 
Diminui o fator psicológico (do proprietário) no aspecto “segurança”. 
Bastante utilizado em edifícios residenciais e comerciais. 
Dispensa pintura. 
Verificar se o produto é resistente à ação dos raios ultravioleta. 
 
 Vidro 
Elemento leve e versátil, também adaptável a qualquer tipo de projeto arquitetônico. 
Material cada vez mais utilizado. 
Permite iluminação total. 
Verificar a espessura do vidro e seu tipo conforme a sua aplicação e finalidade. 
O vidro tem de ser do tipo “temperado”. 
2‐ Esquema Básico de Assentamento de um Caixilho 
 
 
Portas: 

   
 
 

 
 
Batente: Em geral é de peroba, canafístula, canela, angelim (comercial), podendo ser também 
da mesma madeira da folha (especial), tem espessura em torno de 4,5cm e largura variando com o 
tipo de parede. O batente é composto de dois montantes e uma travessa, que já devem vir montados 
para a obra, ele deve ficar no prumo e em nível. 
Podem ser fixo às alvenaria através de pregos, parafusos, espuma expansiva de poliuretano ou 
sobre contramarco. 
 
Folha: É a peça que será colocada no batente por intermédio de, no mínimo, três dobradiças 
para as folhas compensadas e quatro dobradiças para as folhas maciças recebendo posteriormente 
a fechadura. Podem ser lisas, com almofadas, envidraçadas etc. 
 
Guarnição:  Na  união  do  batente  com  a  parede,  o  acabamento  nunca  é  perfeito.  Devemos 
utilizar a guarnição para dar arremate e esconder esse defeito 
 
Chama‐se vão livre ou vão de luz de um batente, a menor largura no sentido horizontal e menor 
altura no sentido vertical. Esta é a medida que aparece nos projetos. 
 

 
 
 
*    Porta  Balcao:  São  portas  que  comunicam  dormitórios  com  o  terraço  ou  sacada,  mais 
modernamente em qualquer ambiente. Podem ser consideradas como um misto de porta e janela. 
Porta, porque permite comunicação entre dois ambientes e janela, porque permite a iluminação e a 
ventilação. 
 
 
Janelas: 

   
 
Batentes: Geralmente com peroba com dois montantes e duas travessas 

 
 
Caixilhos: Podem ser de abrir, correr, basculantes ou guilhotina. 
 
Guarnições: Tem as mesmas funções e detalhes de fixação das colocadas nas porta 
3‐ Uso de Contramarcos 
 
Na  colocação  de  caixilhos,  principalmente  os  de  alumínio,  é  de  boa  técnica  a  utilização  de 
contramarcos,  que  têm  por  finalidade  auxiliar  a  colocação  final  desses  caixilhos  por  serem  peças 
delgadas, frágeis, e de pouca resistência à ação da cal presente nas argamassas. 
Esse sistema consiste em assentar previamente um quadro auxiliar nas dimensões do caixilho, 
durante (ou após) o levante da alvenaria, e antes do revestimento. Esse quadro, depois de assentado, 
vai receber o caixilho definitivo que muitas vezes é simplesmente fixado por meio de parafusos. 
 
 
4‐ Vidros 
 
Os  caixilhos  nem  sempre  são  totalmente  fechados.  Uma  das  funções  dos  caixilhos, 
principalmente das janelas, é a de promover ventilação e iluminação para os ambientes. Para tanto, 
a colocação de materiais não opacos se faz necessária, e entre esses materiais o mais comum é o 
vidro. 
 

 
 
  Vidros em portas, vitrines e divisórias: 
   ‐ Abaixo da cota de 1,10m em relação ao piso: vidro temperado, laminado e aramado 
   ‐ Acima da cota de 1,10m  em relação ao piso: vidro temperado, laminado, aramado, 
float ou impresso. 
 
  Vidros em projetantes móveis: 
   ‐ Se projetam ao exterior: vidro laminado, aramado, temperado, float ou impresso  
 
 
 
 
 
 
Cuidados na instalação de vidros: 
 
‐ Por se tratar de uma fase final da obra, a movimentação de materiais já deve estar terminada, 
bem como todo o revestimento (paredes, pisos e tetos) ter sido executado. 
 
‐Os  caixilhos  de  ferro  já  devem  ter  pelo  menos  uma  demão  de  pintura  executada  antes  da 
colocação dos vidros, o que proporcionará maior durabilidade do caixilho e melhor efeito estético. 
 
‐ Nas esquadrias e caixilhos é recomendado usar massa de calafetação (conhecida como massa 
de vidraceiro), mostrada na Figura 12.9, dupla na colocação dos vidros, ou seja, a utilização de massa 
na parte interna e externa do vidro. Esse procedimento evita o acúmulo de sujeira entre o caixilho e 
o vidro. 
 
‐  Alguns  caixilhos  são  providos  de  “baguetes”.  Essas  peças  têm  a  finalidade  de  sustentar  os 
vidros e fixá‐los nos caixilhos. Recomenda‐se, mesmo assim, o uso de massa de vidraceiro entre o 
vidro e esses baguetes, como mostra a figura 12.10. 
 

 
 
 
 
5‐ Anotações de Questões 
 
 
Analisadas  as  assertivas  seguintes,  acerca  dos  vidros  empregados  na  construção  civil, 
devemos concluir que somente estão corretas: 
 
I ‐ vidro float é o vidro de alta resistência, aplicável em guarda‐corpos; 
II ‐ vidro aramado é um vidro de segurança, podendo ser empregado em caixas de escada; 
III ‐ vidro laminado pode ser empregado em guarda‐corpos, fachadas e coberturas;  
IV – vidro temperado pode ser obtido a partir do vidro float, 
V — vidro insulado tem função termoacústica. 
 
Explicação: 
O vidro aramado é translúcido e considerado um vidro de segurança. A principal função da 
rede  metálica  incorporada  ao  vidro  é  manter  presos  a  ele  os  estilhaços  de  vidro  quando, 
eventualmente, ocorre rompimento da placa, reduzindo riscos de ferimentos às pessoas. Pode ser 
empregado  em  áreas  de  escada  de  segurança  ‐  o  aramado  apresenta  boa  resistência  ao  fogo, 
prevenindo o ambiente da passagem de chamas e fumaças. 
O laminado é um vidro de segurança composto de duas ou mais lâminas de vidro fortemente 
interligadas, sob calor e pressão, por uma ou mais camadas de película de polivinil butiral (PVB) ou 
resina. Uma vantagem desse tipo de vidro é que, no caso de quebra da placa laminada, os fragmentos 
permanecem presos à película, evitando eventuais ferimentos às pessoas. Ele pode ser empregado 
em divisórias, portas, janelas, clarabóias, vitrinas, sacadas, guarda‐corpos, fachadas e coberturas. 
O  vidro  temperado  é  fabricado  em  forno  de  têmpera  (tratamento  térmico).  O  vidro  float 
(comum)  é  submetido  a  um  processo  de  aquecimento  e  resfriamento  rápido  que  o  torna  mais 
resistente à quebra por impacto. Depois de temperado, o vidro não pode ser beneficiado, cortado, 
furado  ‐  portanto,  qualquer  processo  de  transformação  tem  de  ser  feito  antes  do  processo  de 
têmpera. Sua principal característica é a resistência (resiste ao choque térmico, flexão, flambagem, 
torção  e  carga  peso).  Em  caso  de  quebra,  fragmenta‐  se  em  pequenos  pedaços  pouco  cortantes, 
diminuindo,  também,  o  risco  de  ferimentos.  O  temperado  apresenta  resistência  até  cinco  vezes 
maior que a do vidro comum. 
O  vidro  insulado  (ou  vidro  duplo)  tem  função  termoacústica.  Pela  sua  composição,  pode 
proporcionar bom isolamento térmico e acústico. Entre os dois vidros, há uma camada (interna) de 
ar ou de gás desidratado ‐ dupla selagem (a primeira selagem evita a troca gasosa; a segunda garante 
a estabilidade do conjunto). O sistema de envidraçamento duplo pode ser composto por qualquer 
tipo de vidro (temperado, laminado, colorido, incolor, metalizado e baixo emissivo), dependendo do 
efeito ou desempenho que se queira alcançar. 
Cobertura 
 
 
1‐ Estrutura da Cobertura 
 
Composição: 
 
 Armadura principal: compreende a tesoura e respectivos contraventamentos 
    ‐  É  uma  estrutura  reticulada,  em  geral  triangular  e  indeformável,  formada  por 
sucessão de triângulos. Triângulos formados por barras, que se unem nos vértices, chamados de nós. 
   ‐ Recebem: cargas permanentes e acidentais (neve, vento, etc) 
 
 Armadura secundaria/armação/trama: compreende o conjunto de terças, caibros e ripas. 
   ‐ Terças: terça mais alta = cumieira; terça mais baixa = frechal e contra‐frechal 
 
 Cobertura: representado pelas telhas 
 

 
Banzo superior/perna/loro 
Banzo inferior/linha/tirante/arrochante 
Montante/pendural 
Diagonal/escora 
 
1. Ripa: peça de apoio das telhas, pregadas sobre os caibros. 
2. Caibro: peças de apoio para as ripas, pregadas sobre as terças. 
3. Cumeeira: linha mais alta de um telhado. 
4. Terça:  peça  intermediária  entre  o  Frechal  e  a  Cumeeira  que  tem  a  finalidade  de 
travamento das tesouras e suporte à estrutura de caibros. 
5. Contrafrechal: terça da parte inferior do telhado 
6. Frechal: Nome dado à primeira terça da tesoura. 
7. Chapuz: calço de madeira que serve de apoio lateral para a terça ou qualquer outra 
peça 
8. Empena/Perna: suporta as terças e da inclinação da estrutura  
9. Tirante/Linha:  peça  de  alinhamento  da  tesoura  que  recebe  todos  os  esforços  da 
tesoura e pela qual é transmitida a estrutura principal da obra. 
10. Pendural Central: elemento vertical de distribuição das cargas de um telhado. 
11. Escora: elemento oblíquo de distribuição das cargas de um telhado. 
12. Pendural/Pontalete/Montante: elemento vertical de distribuição das cargas de um 
telhado. Também servem para apoiar a tesoura na laje. 
13. Empeno: parte da alvenaria de elevação que acompanha o caimento de um telhado. 
14. Rincão: linha de encontro entre duas águas de um telhado. 
15. Tesoura:  estrutura  autoportante  constituída  de  diversas  peças  formando  uma 
estrutura treliçada com a finalidade de suportar toda a carga de um telhado. 
 
 
2‐ Linhas do Telhado 
 
Cumeeira:  linha  divisora  de  águas,  de  disposição  horizontal  e  localizada  nas  posições  mais 
elevadas do telhado. Sendo uma linha divisora, forma‐se entre as águas, externamente ao telhado, 
um ângulo maior que 180º. 
 
Espigão:  linha  divisora  de  águas,  de  disposição  inclinada,  normalmente  unindo  cumeeiras  a 
alturas diferentes ou cumeeiras a beirais. Da mesma forma que a cumeeira, por lógica, forma mais 
que 180º externamente ao telhado. 
 
Rincão  (água  furtada):  linha  coletora  de  águas,  de  disposição  horizontal  ou  inclinada  (com 
maior frequência, em coberturas, do rincão inclinado). Sendo uma linha coletora apresenta menos 
que 180º externamente ao telhado. 
 

 
 
3‐ Medidas Usuais para Coberturas em Telhas Cerâmicas 
 
 

 
 
 
Em tesouras simples no mínimo devemos saber: 
 
 Vãos até 3,00m não precisam de escoras. 
 Vãos acima de 8,00m deve‐se colocar tirantes. 
 O espaçamento ideal para as tesouras deve ficar na ordem de 3,0m. 
 O ângulo entre a perna e a linha é chamado de inclinação; 
 O ponto é a relação entre a altura da cumeeira e o vão da tesoura. 
 A distância máxima entre o local de intersecção dos eixos da perna e da linha é a face de apoio 
da tesoura deverá ser de 5,0cm. 
 As tesouras devem ser contraventadas, com mãos francesas e diagonais na linha da cumeeira. 
 
 
 
4‐ Ponto e Inclinação 
 
Ponto do telhado é a altura da cumeeira, ou seja, é o ponto mais alto do telhado. Para o cálculo 
desse “ponto” é necessário saber o vão a ser vencido e o grau de inclinação – ou porcentagem de 
inclinação – da telha a ser utilizada. Como exemplo pode‐se considerar: 
 

 
 
 
Inclinação: 
 

 
 
 
 
 
5‐ Tipos de Emendas em Vigas de Madeira 
 
Nem sempre se consegue obter no mercado um fornecedor de madeiras beneficiadas, vigas de 
madeiras  com  as  medidas  necessárias  para  a  execução  de  uma  tesoura.  Então,  tem‐se  de  fazer 
emendas de peças, e estas devem ser cuidadosamente executadas de acordo com os esforços a que 
forem solicitadas: tração, compressão e flexão. 
 

 
 
 Sambladuras: são os tipos de união entre as diferentes peças componentes de uma tesoura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6‐ Formas Especiais  
 
Lanternim:  muito  usado  em  aviários,  possibilitando  melhor  e  mais  rápida  renovação  do  ar, 
baixando a temperatura interna. 

 
 
Shed:  coberturas  de  fabricas  de  grande  porte,  permitindo  melhor  iluminação  natural  e 
ventilação. 

 
 
 
 
 
7‐ Estrutura Metálica 
 

 
Orçamento: Conceitos 
 
1. Orçamentos 
 
1.1‐ Definição 
 
É  a  identificação,  descrição,  quantificação,  análise  e  valoração  de  mão  de  obra, 
equipamentos, materiais, custos financeiros, impostos, riscos e margem de lucro desejada para 
adequada previsão do preço final de um empreendimento. É a previsão de custos, considerada a 
remuneração do construtor, para a oferta de um preço, onde:  
 
 Custo é tudo aquilo que onera o construtor; representa todo gasto envolvido na produção, ou 
seja, com todos os insumos da obra, bem como com toda a infraestrutura necessária para a 
produção;  
 
 Preço  é  o  valor  final  pago  ao  contratado  pelo  contratante;  é  o  custo  acrescido  do  lucro  e 
despesas indiretas.  
 
 
1.2‐ Atributos 
 
Aproximação:  Todo  orçamento  é  aproximado,  baseado  em  previsões  e  estimativas.  O 
orçamento não deve ser exato, porém necessita ser preciso. 
 
Especificidade:  Todo  orçamento  é  imanente  ao  porte  da  empresa  apta  a  realizar  a  obra,  às 
condições locais (clima, relevo, vegetação, condições do solo, qualidade da mão de obra, facilidade 
de acesso a matérias‐primas etc.). 
 
Temporalidade: Apesar da possibilidade de reajuste por índices, existem flutuações de preços 
individuais  dos  insumos,  alterações  tributárias,  evolução  dos  métodos  construtivos,  bem  como 
diferentes cenários financeiros e gerenciais. Ou seja, orçamento outrora realizado não é válido para 
hoje. 
 
 
1.3‐ Classificação por Grau de Detalhamento ou Precisão 
 
Estimativa  de  Custo:  Avaliação  expedita  com  base  em  custos  históricos  e  comparação  com 
projetos similares. Exemplo: custo por Km de rodovia, CUB, etc. 
Um indicador bastante usado é o CUB (Custo Unitário Básico) do projeto‐padrão. 
O CUB leva em consideração: 
 Número de pavimentos 
 Número de dependências por unidade 
 Áreas equivalentes à área de custo padrão privativas das unidades autônomas 
 Padrão de acabamento da construção 
 Número total de unidades 
 
Orçamento  Preliminar:  Mais  detalhado  do  que  a  estimativa  de  custos.  Pressupõe  o 
levantamento  de  quantidades  dos  serviços  mais  expressivos  e  requer  pesquisa  de  preços  dos 
principais insumos. Seu grau de incerteza é menor. O cálculo é feito através dos projetos, ou caso 
não existam, são feitas correlações com características de outros projetos já executados. 
 
Orçamento  Discriminado  ou  Analítico:  Elaborado  com  composições  de  custos  e  extensa 
pesquisa de preços dos insumos. Procura chegar a um valor bem próximo do custo “real”, com uma 
reduzida margem de incerteza. Feito a partir de especificações detalhadas e composições de custo 
específicas. Depende da existência de projetos detalhados e especificações em nível suficiente para 
o levantamento preciso de quantitativos e para o entendimento da logística de apoio necessária à 
produção. 
 
 
1.4‐ Classificação por Finalidade 
 
Gerenciais:  Servem  para  amparar  decisões  gerenciais  sobre  o  que  se  planeja  executar,  em 
determinada época e local. São baseados nos  estudos técnicos preliminares elaborados nas fases 
iniciais do projeto da obra. 
 
Contratuais: Amparam as ações de execução de empreendimentos ou obras de construção. 
Podem  ser  balizados  no  anteprojeto,  projeto  básico,  executivo  ou  no  as  built  e  elaborados  após 
decisão  gerencial  inicial.  Devem  ser  documentos  suficientes  para  embasar  a  efetiva  execução  e 
necessitam  estar  associados  a  critérios  de  medição,  cadernos  de  encargos  ou  especificações 
construtivas. Existem dois tipos: 
‐ Contratuais de Referencia: É o orçamento com base em referências que espelhem a 
tendência de mercado quanto a índices de consumo de materiais, perdas, produtividade de 
mão de obra e preços de mercado. 
‐ Contratuais Executivos: É aquele que considera as reais possibilidades das unidades 
produtivas da empresa ou de seus fornecedores, onde a tendência de mercado é ajustada por 
índices individualizados de consumo de materiais, perdas, produtividade de mão de obra e 
preços  de  mercado.  Ou  seja,  deve  ter  maior  precisão  e  detalhamento  dos  serviços 
pretendidos. 
 
Periciais  ou  de  Auditoria:  Embasam  decisões  sobre  pendências  ou  solucionam  dúvidas  a 
respeito dos gastos necessários para a execução do empreendimento ou obra de construção. Esse 
tipo de orçamento tende a mesclar métodos de orçamento e técnicas de amostragem. 
 
 
 
 
 
1.5‐ Classificação pela Apresentação de Informações 
 
Sintético: Apresenta os custos de uma obra agrupando serviços por macro itens ou por etapas 
(infraestrutura, superestrutura, vedações, canteiro, etc.). 
 
Analítico: Apresenta visão detalhada dos macro itens ou etapas, ao detalhar quantitativos e 
custos unitários de cada serviço a ser executado, além das parcelas referentes aos custos indiretos. 
 
 
1.6‐ Divisão dos Custos da Construção 
 
Custos Diretos: Resultado da soma de todos os custos dos serviços necessários para a execução 
da obra (materiais, equipamentos e mão de obra) obtidos pelo produto das quantidades de insumos 
empregados  nos  serviços  pelos  seus  respectivos  preços  de  mercado.  Nestes  custos  estão  os 
materiais,  mão  de  obra  –  acrescida  dos  Encargos  Sociais  cabíveis,  equipamentos  e  os  Encargos 
Complementares:  EPI’s,  transporte,  alimentação,  ferramentas  e  exames  médicos  admissionais  e 
demissionais. 
 
Custos  Indiretos:  Custo  da  logística,  infraestrutura  e  gestão  necessária  para  a  realização  da 
obra. Corresponde à soma dos custos dos serviços auxiliares de apoio à obra para possibilitar a sua 
execução. São os custos previstos para a Administração Local, Mobilização e Desmobilização, Seguros 
e Custos Comercias. Compreende a equipe de administração e gestão técnica da obra (engenheiros, 
mestres  de  obra,  encarregados,  almoxarifes,  apontadores,  secretárias,  etc);  equipamentos  não 
considerados nas composições de custos de serviços específicos  (gruas, cremalheiras, etc); custos 
com a manutenção do canteiro (água, energia, internet, suprimentos de informática e papelaria); 
mobilização e desmobilização de ativos considerando seus locais de origem e a localização da obra; 
dentre outros. 
 
Despesas Indiretas: São despesas decorrentes da atividade empresarial que incidem de forma 
percentual sobre os custos da obra. Trata‐se de recursos destinados ao pagamento de tributos; ao 
rateio dos custos da administração central; à remuneração ao construtor pela assunção de riscos do 
empreendimento; e à compensação de despesas financeiras ocasionadas pelo descompasso entre 
gasto, medição e recebimento. 
 
Lucro ou Bonificação: É a parcela destinada à remuneração da empresa pelo desenvolvimento 
de sua atividade econômica. Em conjunto com as Despesas Indiretas formam o BDI (LDI), que será 
tratado neste curso em texto específico. 
 
 
 
 
2. Formação de Preço 
 
Agora falaremos de Benefícios e Despesas Indiretas (BDI). O BDI é uma taxa que se adiciona 
ao custo de uma obra ou serviço, para cobrir as despesas indiretas e a remuneração do construtor 
(benefícios). 
Precisamos diferenciar custo de despesa.  
Custo é todo gasto envolvido na produção de bens ou serviços. No caso de uma obra, são os 
gastos com insumos e os gastos com a infraestrutura necessária à construção.  
Despesa é todo gasto necessário para a comercialização do produto. Em obras, são os gastos 
com a administração central e financeira e o pagamento de tributos. 
O  Custo  direto  é  todo  gasto  envolvido  diretamente  na  produção  de  um  bem  ou  serviço 
específico. 
 Materiais; 
 Equipamentos; 
 Mão‐de‐obra e encargos sociais. 
 
O  Custo  indireto  são  os  gastos  necessários  à  realização  da  obra  ou  serviço,  mas  envolvidos 
indiretamente na produção de um bem ou serviço específico. Gastos com a infraestrutura da obra: 
 Instalação e manutenção do canteiro; 
 Administração local; 
 Mobilização e desmobilização. 
 
As despesas indiretas são: 
 Taxa de despesas da Administração Central; 
 Taxa de Riscos do empreendimento; 
 Taxa de Despesas Financeiras; 
 Tributos. 
 
De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO 2012), o preço de referência das obras e 
serviços de engenharia será aquele resultante da composição do custo unitário direto do sistema 
utilizado, acrescido do percentual de BDI, evidenciando em sua composição. 
 
O preço é a importância paga por um serviço ou bem na sua comercialização. 
Determinado o BDI, calcula‐se o preço final da seguinte forma: 
 
 Preço = custo * (1 + BDI%) 
 

 
 
A  estimativa  dos  componentes  do  BDI  é  obtida  por  meio  de  cálculos  que  levam  em  conta 
características da obra, do contrato, da empresa contratada e da tributação incidente. 
Cabe  ressaltar  que,  assim  como  as  parcelas  de  custo,  os  componentes  do  BDI  de  uma  obra 
podem ser praticados e aceitos mesmo quando se apresentam superiores à referência, desde que 
haja justificativa técnica coerente por parte do profissional responsável pelo orçamento. 
 

 
 
O BDI contempla: 
 Garantias 
 Riscos 
 Lucro 
 Atributos 
 Despesas indiretas 
 Custos financeiros 
 Custos de contingências e imprevistos 
 Custos referentes a administração central 
3. Conceitos Básicos 
 
Insumos:  Elementos  básicos  da  construção  civil;  são  os  materiais  (cimento,  blocos,  telhas, 
tábuas,  aço,  etc),  equipamentos  (betoneiras,  caminhões,  equipamentos  de  terraplenagem,  etc)  e 
mão de obra. 
 
Composições Unitárias de Serviços: Uma Composição Unitária é a descrição e quantificação de 
cada  insumo  e  composição  auxiliar  empregados  para  se  executar  uma  unidade  de  serviço.  Deve 
conter os nomes dos seus elementos, as unidades de quantificação e os indicadores de consumo e 
produtividade (coeficientes). O entendimento de uma composição é dado por: 
   ‐ Descrição: caracteriza o serviço 
   ‐ Unidade de Medida: unidade física 
   ‐ Insumos auxiliares (item): elementos da execução do serviço 
   ‐ Coeficientes de Consumo e Produtividade: composição de custo de um serviço 
 

 
 
 
4. Curva ABC

Falaremos agora de curva ABC. A curva ABC é um método de classificação de informações, para
que se separem os itens de maior importância ou impacto, os quais são normalmente em menor
número.
Trata-se de classificação estatística de materiais, baseada no princípio de Pareto em que se
considera a importância dos materiais, baseada nas quantidades utilizadas e no seu valor.
Em obras, utiliza-se a curva ABC para selecionar e controlar os serviços que possuem maior
importância e impacto financeiro. Cerca de 20% dos serviços são responsáveis por 80% dos custos
do empreendimento.
Os itens são classificados como:

● A: de maior importância, valor correspondendo a 80% do total;


● B: com importância, quantidade ou valor intermediário, correspondendo aos serviços que
representam de 80% a 90% do total;
● C: de menor importância, correspondendo aos 10% finais do total.

Os parâmetros acima não são uma regra matematicamente fixa, pois podem variar de
organização para organização nos percentuais descritos. A definição das classes A, B e C obedece
apenas a critérios de bom senso e conveniência dos controles a serem estabelecidos.
O que importa é que a análise destes parâmetros propicia o trabalho de controle cuja decisão
pode se basear nos resultados obtidos pela curva ABC. Os itens considerados de Classe A merecerão
um tratamento preferencial. Assim, a consequência da utilidade desta técnica é a otimização da
aplicação dos recursos financeiros ou materiais, evitando desperdícios e favorecendo o aumento da
produtividade.
Assim, para facilitar a análise de materialidade de um orçamento, propõe se a montagem de
uma planilha na qual os serviços são listados em ordem decrescente de valor total, criando-se, ainda,
2 colunas adicionais: uma com o “peso” do serviço em relação ao preço da obra (em percentual) e
outra com o “peso” acumulado.
Planejamento e Gerenciamento de Obras

1- Ciclo PDCA

Ciclo PDCA ou “Círculo de Deming”, promove a melhoria contínua dos processos, otimizar o
tempo da realização dos trabalhos, além de reduzir despesas excedentes de projeto, por meio de um
circuito de quatro ações, são elas:
1. Planejar: estabelecimento de objetivos e metas (estudar o projeto, definir
metodologia e gerar o cronograma);
2. Desempenhar: implementar, executar o processo e coletar dados para
acompanhamento;
3. Verificar: comparar os resultados com o planejado, ou seja, avaliar as
diferenças nos resultados;
4. Agir: determinar causas das diferenças e tomar ações corretivas.

O ciclo PDCA não prevê um fim para sua execução, assim, a cada ciclo concluído dá-se início a
outro, sucessivamente, até que seja possível encontrar um padrão mínimo de qualidade para atender
às expectativas do cliente e tornar a empresa cada vez mais eficiente em seus processos.
2- Diagrama de Rede

O diagrama de rede representa graficamente as atividades evidenciando a dependência entre


elas, ou seja, as atividades são identificadas e sequenciadas por meio de uma ordem lógica. Esses
diagramas, também chamados de diagrama PERT/CPM, auxilia na identificação do caminho crítico e
é composto por uma série de atividades interconectadas por setas de acordo com a sua sequência
de execução, ou seja, elas se conectam conforme uma rede de precedência.

 Atividade: é a tarefa a ser executada, consome tempo e recursos.


 Evento: é um ponto no tempo, caracteriza os instantes do projeto, não consome
tempo nem recursos. Um evento é atingido quando todas as atividades que convergem para
ele são concluídas, a partir desse instante, todas as atividades que partem dele estão livres
para começar.

Interpretação:

• Só há uma atividade inicial (A), o que significa que obrigatoriamente o projeto será iniciado
com essa tarefa sendo realizada sozinha;
• A atividade A abre caminho para a realização de B e C. As atividades B e C só poderão começar
depois, que A tiver sido concluída;
• A atividade F só poderá começar quando D e E tiverem sido concluídas;

As atividades condicionantes são elementos que precisam ocorrer para que outras atividades
sejam executadas.
Um evento é dito "atingido" se foram executadas todas as atividades que chegam nele.
Uma atividade só pode ser executada se o evento inicial for atingido.
Entre dois eventos sucessivos só pode existir uma atividade.
A montagem de uma rede PERT-CPM pode começar pelo final da obra ou pelo início.
2.1- Atividade Fantasma

O evento “fantasma” é uma atividade fictícia, destinada a equilibrar a rede, não consumindo
recursos.

2.2- Caminho Critico

O prazo total consiste na soma das durações das atividades no caminho mais desfavorável,
chamado de caminho crítico. As atividades do caminho crítico são indicadas por uma linha dupla ou
mais espessa que as demais.
Se todas as atividades estivessem em série, bastaria somar as durações de todas elas para
encontrar a duração total; porém, como há paralelismo de atividades, a coisa não é tão imediata
assim.
Um evento situa-se no caminho crítico se seus Tempos Mais Cedo e Mais Tarde forem iguais,
pois ele terá folga nula e, portanto, qualquer demora em satisfazê-lo violará automaticamente o
tempo de ocorrência mais tarde permissível e o projeto será consequentemente atrasado.

 Tempo Mais Cedo - é aquele a partir do qual as atividades que partem desse evento
podem começar. Nenhuma atividade que "nasça" desse evento pode começar antes.

 Tempo Mais Tarde - é a aquele até o quaI as atividades que chega m ao evento devem
terminar. Se alguma das atividades for concluída após esse limite, o projeto atrasará na
mesma medida.

As atividades críticas são aquelas que unem os eventos críticos. A sequência contínua de
atividades críticas é o caminho crítico.
Caminho Crítico:
 A redução de uma unidade de tempo na duração de uma atividade crítica reduz o
prazo total do projeto em uma unidade de tempo.
 A redução de uma atividade não crítica não afeta o prazo total do projeto.

 Uma atividade fantasma pode ser critica


 O caminho crítico pode ter mais de um ramo
 Uma rede pode ter todas as suas atividades críticas (raríssimo)
3- Gráfico de Gantt

É um gráfico que auxilia na visualização do avanço das diversas etapas da construção. É uma
forma de controlar o cronograma e os prazos para a execução das tarefas dentro de um projeto.
Na vertical estão indicadas cada uma das atividades, e na horizontal encontram-se
representadas as datas previstas de início e fim de cada atividade indicada.

O cronograma de Gantt constitui uma importante ferramenta de controle, porque é


visualmente atraente, fácil de ser lido e apresenta de maneira simples e imediata a posição relativa
das atividades ao longo do tempo.
O cronograma de barras, como originalmente concebido, tem a deficiência de não possibilitar
a visualização da ligação entre as atividades, não levar em conta as folgas e não mostrar o caminho
crítico. A fim de suprir essas limitações, planejadores criaram uma versão aprimorada do cronograma
de Gantt, na qual introduziram dados tirados da rede PERT/CPM. A versão final recebe o nome de
cronograma integrado Gantt-PERT/COM.
4- Curva S

Representa o uso acumulados dos recursos (trabalho ou custo) ao longo do tempo, ou seja, ela
pode representar um avanço físico ou monetário para qualquer tipo de projeto. Assim, ao se
percorrer o gráfico da curva ao longo do tempo (eixo horizontal) é possível identificar os valores de
custo ou total de homens-hora (eixo vertical). Sua extremidade final compreende ao custo total ou
ao total de homens-hora (Hh) gastos para desenvolvimento do projeto.
A curva S pode representar os dados estimado e os dados real do projeto, para que se faça uma
comparação e determine os desvios objetivando a adoção de medidas corretivas. Dessa forma, com
esse tipo de curva é possível visualizar num mesmo lugar o uso acumulado dos recursos do início ao
fim do projeto.

A curva S é uma curva totalizadora, acumulada, da distribuição porcentual, parcial, relativa à


alocação de determinado fator de produção ao longo do tempo.

 Representa o avanço do projeto ao longo do tempo


 Pode ser referente a trabalho (homem-hora) ou custo
 É sempre crescente, pois seus valores são acumulados
 A curva S padrão é usada para simular um comportamento ideal na falta de valores reais
 Existem várias possibilidades de curva S para um mesmo prazo de projeto

Benefícios:

 É uma curva única que mostra o desenvolvimento do projeto do começo ao fim.


 É aplicável de projetos simples e pequenos a empreendimentos complexos e extensos
 Permite visualizar o parâmetro acumulado (trabalho ou custo) em qualquer época do
projeto
 É uma ótima ferramenta de controle previsto x realizado
 Pode-se constatar se há grande (ou pequena) concentração de atividades no começo
(ou fim) da obra.
5- Linha de Balanço

A técnica da Linha de Balanço, também conhecida por diagrama tempo-caminho ou diagrama


espaço-tempo, se resume ao conceito de que as tarefas são repetidas inúmeras vezes ao longo de
uma unidade de repetição. Por exemplo, o serviço de revestimento de paredes é realizado inúmeras
vezes ao longo de todas as unidades de um conjunto habitacional ou pavimentos de um edifício. O
ritmo de conclusão da tarefa nas diversas unidades dependerá de quantas equipes sejam alocadas.
Por haver ciclos de produção, os serviços repetitivos podem ser representados por uma reta
traçada em um gráfico tempo-progresso. A inclinação da reta mostra o ritmo com que a atividade
avança.
Os métodos de rede, como o PERT/CPM, já tiveram bastante êxito no planejamento e controle
de projetos, mas ao fim não são tão adequados em projetos de natureza repetitiva, porque as
atividades repetidas em ciclos geralmente têm diferentes produtividades.

A inclinação de cada barra representa o ritmo desejado de trabalho, enquanto sua espessura
equivale a duração da atividade. O momento da execução de cada trecho pode facilmente ser lido: o
km 4 será escavado entre os dias 4 e 5, a tubulação do km 6 será assentada rio dia 9 etc.
6- Cronograma Físico-Financeiro

Representa uma linha temporal com o começo e o fim de cada uma das etapas ou atividades
da obra, a qual está agregada dos valores de cada uma dessas etapas ou atividades. Agregará o
avanço físico da obra e o quanto foi gasto até ali.
Esse tipo de cronograma auxilia a compra de materiais e equipamento, bem como a
contratação de mão de obra de acordo com a necessidade da obra. Com ele, também é possível
verificar rapidamente o andamento das diversas frentes de serviços trabalhadas, definir prioridades
e fazer ajustes caso sejam identificados atrasas em ralação ao planejado.
A forma mais comum de representar o cronograma físico-financeiro é utilizando o gráfico de
Gantt, já que ele auxilia na visualização do avanço das etapas da construção.
O cronograma pode ser detalhado a nível semanal ou mensal.

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