RESPOSTAS:
1.A. Não, pois a responsabilidade dos profissionais liberais (dermatologista Aline) é subjetiva. Sendo assim,
para fins de indenização deve-se haver demonstração de culpa do causador do dano conforme art. 14, §4º
do código de Defesa do Consumidor.
1.B. Não. A demanda proposta pela Raquel em face da seguradora não preenche um das condições da
ação que seria a legitimidade passiva (art. 17 do CPC). Quando se trata de seguro de responsabilidade civil
facultativo, não pode o terceiro prejudicado (Raquel) ingressar com ação exclusivamente em face da
seguradora (Súmula 529 do STJ).
2.A. Sim. De acordo com o art. 1345 do CC, o adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante,
em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.
2.B. A ação mais célere seria a denunciação da lide nos termos do art. 125 do CPC.
3.A. Para José obter novamente a suspensão dos efeitos da compra e venda, ele deverá formular novo
pedido cautelar de efeito suspensivo que poderá ser interposto a termo na apelação ou em petição
autônoma quando já interposto o recurso. Ressalte-se que o requerimento do pedido deverá observar o
momento da interposição e distribuição da apelação, se a apelação não tiver sido distribuída, dirige-se ao
tribunal, caso contrário ao relator conforme Art. 1.012 §3º do CPC.
O pedido cautelar deverá comprovar a probabilidade do direito (fumus boni iuris) e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo (periculum in mora) de acordo com o Art. 300 do CPC, além
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de demonstrar a probabilidade de provimento do recurso conforme Art. 1.012 § 4º do CPC.
3.B. O fundamento da ação de José para anular a venda de imóvel celebrado entre pai e irmão se encontra
respaldado no art. 496 do CC, “Art. 496 É anulável a venda de ascendente a descendente, salvo se os outros
descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido”, ou seja, como José não
consentiu com a venda do imóvel, o contrato de compra e venda pode ser anulado.
A sentença proferida pelo juiz de primeira instância está incorreta, pois a ação foi proposta dentro
do prazo prescricional de dois anos conforme descrito no art. 179 do CC.
4. Como locatário e tendo o referido contrato de locação estipulado cláusula de vigência e averbada à
matrícula do imóvel, Antônio José se encontra resguardado conforme art. 8º, caput da Lei nº 8.2445/91.
“Art. 8º Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente poderá denunciar
o contrato, com o prazo de noventa dias para a desocupação, salvo se a locação for
por tempo determinado e o contrato contiver cláusula de vigência em caso de
alienação e estiver averbado junto à matrícula do imóvel”.
Agustinho, como adquirente não poderia notificá-lo para a desocupação e deveria esperar o
término da vigência do contrato de locação.
Antônio José também pode alegar que houve o descumprimento do locador ao direito de
preferência que o locatário tem para adquirir o imóvel locado em igualdade de condições com terceiros
conforme art. 27 da Lei 8.245/91.