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CENTRO UNIVERSITÁRIO HERMÍNIO OMETTO

DÉBORA CAROLINA DE SOUZA


IGOR AFONSO DOS SANTOS
GIOVANNI LAUTENSCHLEGER ROSIN DA SILVA
LEONEL TORQUATO

MEMORIAL DESCRITIVO:
Projeto de estradas

ARARAS-SP
2019
INTRODUÇÃO:

Define-se uma estrada com via de comunicação terrestre para trânsito de


veículos. Para executar um projeto de estradas são necessários alguns estudos como:
cálculo das curvas circulares, curva de transição, superlevação, superlargura e
esconsidade do rio e da ferrovia
Este memorial tem como finalidade apresentar passos utilizados na realização
de um projeto geométrico visto em sala de aula.
A região do traçado do projeto está localizada em, São Carlos-SP, onde
observou-se alguns relevos com suas cotas variando, rio e alguns sítios da região. Com
essas informações, decidiu-se fazer o traçado apresentado, visando o melhor maneja
mento entre cotas e características da região para a elaboração da rodovia de
ligamento.

PROJETO:

ESTUDO DO TRAÇADO:

Analisando o terreno, foram feitas algumas tentativas, traçando primeiro linhas,


que dariam origem as tangentes das curvas, estreitamento do rio, lugares planos,
garganta, além dos pontos obrigatórios que devemos fugir visto em sala de aula.
Para o traçado, foi feito um estudo analisando a melhor saída perpendicular à
rodovia existente onde priorizou um caminho natural das curvas verticais, evitando-se
cortes e aterros desnecessários e elevados. Além disso, procurou-se ter um raio mínimo
de conforto e segurança estipulado em norma.
PROJETO TRAÇADO:

PROJETO GEOMÉTRICO:

Verificação das inclinações utiliza-se:

𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 − 𝑐𝑜𝑡𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙


. 100 %
𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 . ∆ 𝑑

847 −834
Trecho 1: . 100 % = 2,4800 %
524,8395 .0,9988

834 −832
Trecho 2: 1637,5805 .0,9988 . 100 % = 0,1223 %
Trecho 3:

Desconsiderando a elevação inicial o trecho, que mostraria um aspecto menos inclinado


do que o trecho se demonstra.

832 − 782,5
. 100 % = 5,8589 %
845,8905 . 0,9988

782,5 −740
Trecho 4: 561,1786 .0,9988 . 100 % = 7,5824 %

Aplica-se um aterro na região para a rampa máxima ideal prevalecer; neste caso 10 m.

782,5 − 750
. 100 % = 5,7897 %
561,1786 . 0,9988

1750−7861
Trecho 5: 2442,6036 .0,9988 . 100 % = 1,4756 %

1786−7791
Trecho 6: 14,5,69236. 0,9988
. 100 % = 0,488 %

Portando, todos os trechos de estrada atendem os 8 % máximo de inclinação de rampa.


Para o cálculo das curvas horizontais, usou-se os seguintes itens:

● Tangente da curva (T): Obtido através da relação: T = R. tan( ), onde AC é o


ângulo central, medido pelo desenho, formado pelo encontro das duas
tangentes de curva e R é o raio da curva, que foi adotado de acordo com o
critério mínimo estipulado.

● Desenvolvimento da curva (D): Obtido através da relação: D = AC. R.

● Ponto de intersecção das tangentes (PI): Obtido através da relação: PI = PC


+ T, onde PC, ponto de curva, é onde inicia-se a curva. Para a obtenção do
PI, traçam-se as tangentes das curvas, em sua união acha-se o ponto.

● Ponto de tangente (PT): obtido através da relação PT = PC + D.

Fator de correção para escala em desacordo:

1000,0000
∆ = = 0,9988
1001,1534

Curva 1:

Para as tangentes traçadas achou-se: AC = 25°

O raio adotado foi: R = 800m

PI = 524,8395 . 0,9988 = 524,2097

T = 177,3557 m = R.tan(AC°/2)

PC= 346,8540 m = PI - T

D = 349,0659 m = (R.AC°.π/180)

PT = 695,9198 m = PC + D
Á partir disso obtivemos os seguintes resultados:
Curva 2:

Para as tangentes traçadas achou-se: AC = 47 °

O raio adotado foi: R = 800m


Curva 3:

Para as tangentes traçadas achou-se: AC = 23°

O raio adotado foi: R = 800m


Curva 4:

Para as tangentes traçadas achou-se: AC = 23°

O raio adotado foi: R = 800m


Curva 5:

Para as tangentes traçadas achou-se: AC = 67°

O raio adotado foi: R = 500m


Velocidade = 80 Km/h
f=0,14
Curva com transição: Valor limite do raio R para ser dispensada a curva de transição,
para a velocidade V= 80 Km/h adotado no projeto R limite é de 1200m, para o projeto
adotou-se o raio mínimo de 500m.

Comprimento mínimo de transição:


𝑉3 80 3
● Critério dinâmico: Le min = 0,036 . = 0,036 . = 36,864 𝑚
𝑅𝑐 500

𝑉 80
● Critério de tempo: Le min = 2 . = 2 . 3,6 = 44,444 𝑚
3,6

𝜋 𝜋
● Critério estético: Le máx = 𝑅𝑒 . 𝐴𝐶 = 𝑅𝑐. 𝐴𝐶° = 500. 67 ° =
180 180
584,6852 𝑚

36,864 m 44,444 m 546, 852 m

Apenas para observação, esboço fora de escala.


Considerando um valor próximo ao Le min = 44,444 m, adota-se Ls = 50m.

𝐿𝑆 50
𝜃𝑠 = = = 0,05 𝑟𝑎𝑑
2𝑅 2 .500

𝜃𝑠 2 𝜃𝑠 4 0,052 0,054
𝑋𝑠 = 𝐿𝑠 . (1 − + ) = 50 . (1 − + ) = 49,9875 𝑚
10 216 10 216

𝜃𝑠 𝜃𝑠 3 𝜃𝑠 5 0,05 0,053 0,055


𝑌𝑠 = 𝐿𝑠 . ( − + ) = 50 . ( − + ) = 0,8332 𝑚
3 43 216 3 43 1320

Q = Xs – Rc . sen(𝜃𝑠) [rad]

Q = 49,9875/500 . sen 0,05


Q= 24,9979 m

P = Ys – Rc . (1 – cos (𝜃𝑠) [rad]


P = 0,8332-500 (1 – cos 0,05)
P = 0,2083 m

TT = Q+ [(Rc + P) . tg (AC/2) [°]


TT = 24,9979 +[ ( 500 + 0,2083) . tg (67°/2)
AC = 67°= 1,1693705099 rad

𝛿 = AC - 2 𝜃𝑠 [rad]

𝛿 = 1,0693705599 𝑟𝑎𝑑

Dc = Rc . (Ac - 2 𝑠 ) = 500 . 1,0693705099 = 534,6853 m

TS = PI - TT = 6374,8687 - 356,0786 = 6018,796 m


SC = TS + LS = 6068,7901 m
CS = SC + DC = 6603,4954 m
ST = CS + LS = 6653,4754 m

Estaqueamento:

TS = 300 + 18,7901 m
SC = 303 + 8,7901 mm
CS = 390 + 3,4753 m
ST = 332 + 13,4754 m

𝛿 = 61,270 °

𝜃𝑠 = 2,865 °

Esconsidade: traçado de uma perpendicular ao eixo, escolha de um ponto aleatório na


reta da estrada e obtenção do Δx e Δy perpendicular a resta.

Δ𝑦 0,8258
Em relação ao rio: esc = . 100 % = . 100 % = 2,8281 %
Δ𝑥 29,2002

0,3225
Em relação a ferrovia: esc = . 100 % = 5,9071 %
5,4595
Portanto ambas esconsidades menores que os 15 toleráveis nos entronamentos e
passagens de rios e ferrovias.

SUPERLARGURA:

Adotando um veículo de passeios de dimensões (recomendado pela .. )


Largura = L1 1,80 m
Distância entre eixos = b 3,40 m
Frente do veículo = F 1,50 m
Distância lateral = L2 0,15 m
Espaços de segurança : g1 0,90 m
R = 500 m
V = 80 Km/h

Sendo: LB = LT = L1+ L2 = 1,80 + 0,15 = 1,95 m

Para a superlargura:
𝑏 2 𝑉
𝑆 = 2 (𝐿 + 2𝑅
+ 𝐺) + √𝑅 + 𝐹 ( 𝐹 + 2𝑏) - R + 10 − 𝐿𝐵
√𝑅
3,40 2 80
𝑆 = 2 (1,95 + 2 .500
+ 0,90) + √5002 + 1,5 ( 1,5 + 2. 3,40) - 500 + 10 − 7,2
√500

Dado LB = 7,2 m para G = 0,90 m


S = -1,1067 = - 1,2 m

A superlargura sendo de menor valor que os 0,40 m mínimo estabelecido em


norma, faz- se ser dotado este mínimo de 0,40 m no trecho.

SUPERLEVAÇÃO:

𝑉2
𝑒= −𝑓
127 . 𝑅

Tabelado por Fontes (1995) : Para V = 80 Km/h adota-se f = 0,14

80 2
𝑒= −𝑓
127 .500

𝑚
𝑒 = −0,039
𝑚

Assim, sendo um valor negativo adotava-se o valor mínimo admissível, logo


um valor igual ao abaulamento, para fins de assegurar a devida drenagem superficial
da rodovia no trecho.

Determinada pelas normas do DNER as adequações para abaulamento,


adotou-se um valor de 6 %, visto que as condições de fluidos da rodovia é relativamente
baixa com velocidades de operação máxima de 80 Km/h.

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