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CONDIÇÕES
PREVALENTES NA APS
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O fotógrafo Araquém Alcântara registrou a atuação dos profissionais do programa Mais
Médicos em 2015 e reuniu o resultado em um livro lançado no mesmo ano pela editora Terra
Brasilis.
Algumas dessas imagens ilustram essa apresentação.
DATASUS, 2014
FATORES DE RISCO:
• Características/estilo de vida do paciente: cigarro, álcool, disfagia,
comprometimento nutricional, comprometimento funcional, mais
de 10% de perda de peso, uso de imunossupressores;
QUANDO SUSPEITAR?
DIAGNÓSTICO:
• Baixa sensibilidade dos critérios exclusivamente clínicos para o diagnóstico preciso;
• Mesmo a combinação de sintomas (tosse) e sinais (febre, taquicardia e crepitações)
não apresenta sensibilidade superior a 50%, comparada com a radiografia de tórax;
• Radiografia de tórax ajuda a evidenciar complicações (derrame pleural, PNM
bilateral) e a descartar outras causas de tosse ou febre;
• Presença de infiltrado (consolidações) é considerada padrão-ouro para o diagnóstico
quando há suspeita clínica;
• Radiografia de tórax deve ser obtida em pacientes com suspeita de pneumonia
sempre que estiver disponível e que for possível fazê-la.
Metlay / Fine. Ann Intern Med. 2003;138(2):109.
Radiografia de
adulto de 56 anos
com pneumonia
pneumocóccica.
Notem a
opacificação em
lobo inferior
esquerdo.
TRATAMENTO:
• Atualmente, a terapia empírica com antibiótico é recomendada com cobertura para os microorganismos mais
prováveis;
• Deve-se levar sempre em consideração o padrão e a frequência da resistência local, assim como os fatores
de risco específicos do paciente;
• A estabilidade clínica é alcançada mais rapidamente em pacientes graves quando inicia-se precocemente a
antibioticoterapia.
Hospitalização
Tratamento (CURB-65 maior
ambulatorial ou igual a 2 OU
sinais de instabilidade clínica)
• Fluoroquinolonas respiratórias
- Levofloxacina 500 mg 1x/dia
- Moxifloxacina 400 mg 1x/dia
• Beta-lactâmicos
- Amoxicillina 500-1000mg 3x/dia
- Amoxicillina+clavulanato 500-875mg 3x/dia
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
•
Kaplan V, Angus DC. Crit care Clin. 2003;19:729-748
• Otite média;
• Exacerbação de asma;
• Sinusites;
• Pneumonias
A^pica (lactentes) Chlamydia trachomatis Menores de três meses Taquipneia, hipoxemia leve,
ausência de febre, sibilância,
radiografia de tórax com infiltrado.
A^pica (escolares e Mycoplasma Maiores de cinco anos Início gradual, febre baixa, achados
adolescentes) difusos na ausculta respiratória,
radiografia com infiltrado difuso.
Viral Múltiplos vírus Todas as idades, mais Sintomas respiratórios das vias
comum entre três aéreas superiores, febre baixa ou
meses e cinco anos ausente, sibilos ou achados difusos
na ausculta respiratória. 24
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
• A realização de radiografia de tórax para confirmação do diagnóstico não é rotineiramente
necessária em crianças com quadro leve de pneumonia, sem complicações e que serão
tratadas ambulatorialmente;
• Reservar o exame para pneumonias graves, para avaliação de complicações e para
diagnóstico diferencial.
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
ORIENTAÇÕES NO MANEJO DOS CASOS LEVES DE PAC EM CRIANÇAS:
Casos leves = frequência respiratória menor que o normal para a idade, sem tiragem
ou com tiragem discreta.
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
TRATAMENTO DOS CASOS LEVES DA PAC NA CRIANÇA:
• A escolha da antibioticoterapia é empírica – a AMOXICILINA é droga de primeira
escolha nas pneumonias típicas em crianças;
• Macrolídeos (ex: azitromicina) podem ser utilizados nas crianças maiores de 5
anos ou em casos suspeitos de pneumonia atípica;
Idade Medicamento Dose Dia Dose Max
4 meses a 4 anos Amoxicilina 50 a 100mg/kg dia (3x) 1g/dia
5 anos ou mais Macrolídeo ou 10mg/kg/dia 500mg
amoxilicina 50 a 100mg/kg/dia 1g/dia
• Duração do tratamento: Macrolídeo: 3 a 5 dias; Amoxicilina: 7 a 14 dias;
• Reavaliar a criança 48 horas após o início da terapêutica;
• Orientar retorno ao serviço no caso de piora do quadro
clínico.
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
ESTRATÉGIA DE ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS PREVALENTES NA INFÂNCIA (AIDPI):
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Pneumonia Adquirida na Comunidade(PAC)
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2. Infecções do Trato Urinário (ITU)
EPIDEMIOLOGIA:
• É uma das infecções mais frequentes em adultos na Atenção Primária à Saúde;
• A maioria dos episódios de cistite e pielonefrite geralmente acomete mulheres
saudáveis e não grávidas e é considerada como não complicada;
• A principal causa de ITU é a incursão ascendente de bactérias pelo trato urinário.
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Infecções do Trato Urinário (ITU)
DIAGNÓSTICO:
• O diagnóstico é geralmente feito com base nas manifestações clínicas e pode
ser reforçado por evidências laboratoriais de piúria e /ou bacteriúria;
• O exame físico muitas vezes não é necessário para o diagnóstico em mulheres
com sintomas típicos de cistite, mas, se realizado, deve incluir avaliação de
febre, punho-percussão lombar e exame abdominal;
• Exame de gravidez também pode ser apropriado, de modo a se evitar a
administração de antibióticos empíricos potencialmente danosos ao embrião
ou feto;
• Em casos de suspeita de ITU não complicada em mulheres saudáveis, a
avaliação laboratorial geralmente é desnecessária para o diagnóstico.
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Infecções do Trato Urinário (ITU)
AVALIAÇÃO LABORATORIAL :
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Infecções do Trato Urinário (ITU)
PIELONEFRITE AGUDA:
• A suspeita de piolonefrite aguda não-complicada deve ser feita em mulheres
com febre, arrepios, dor à punho-percussão de flanco (Sinal de Giordano),
sensibilidade na palpação do ângulo costovertebral, náuseas e vômitos,
acompanhados ou não dos sintomas típicos da cistite.
• Sugere-se iniciar antibioticoterapia empírica e colher material para análise
de urina e urocultura em mulheres com suspeita de pielonefrite;
• Os estudos de imagem não são rotineiramente necessários para o
diagnóstico de pielonefrite aguda sem complicações, mas podem ser úteis em
certas circunstâncias;
• Pacientes com pielonefrite aguda podem apresentar sinais de sepse, choque
e /ou insuficiência renal aguda, embora seja incomum.
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Infecções do Trato Urinário (ITU)
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O TRATAMENTO:
A antibioticoterapia deve ser individualizada com base em:
• Localização da infecção (alta ou baixa);
• Circunstâncias do paciente
- Alergia
- Tolerabilidade
- Conformidade (concordância com o tratamento)
- Fatores de risco para complicações ou falha
- Sinais de gravidade
• Prevalência de resistência da comunidade local;
• Disponibilidade do tratamento;
• Custo;
• Limites do paciente e provedor para falha na administração do tratamento.
22º MAAv - PMMB
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Infecções do Trato Urinário (ITU)
TRATAMENTO DA CISTITE NÃO COMPLICADA:
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3. Gastroenterites
DEFINIÇÃO: caracteriza-se por diarréia com
perda de água e eletrólitos nas fezes maior
do que a normal, resultando no aumento do
volume e da frequência das evacuações e
diminuição da consistência das fezes. A
diarréia é geralmente definida como a
ocorrência de três ou mais dejeções
amolecidas ou líquidas em um período de 24
horas.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual Aidpi Criança: 2 meses a 5 anos / Ministério da Saúde,
Organização Pan-Americana da Saúde, Fundo das Nações Unidas para a Infância. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2017.
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Gastroenterites
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Gastroenterites
CONDIÇÕES POTENCIALMENTE AMEAÇADORAS À VIDA A CURTO PRAZO :
É necessário excluir...
• Depleção de volume e distúrbios eletrolíticos graves
• Perfuração do cólon
• Megacólon tóxico
• Obstrução intestinal
• Bacteremia e sepse
• Síndrome hemolítico-urêmica e PTT
• Necrose hepática
• Enterite necrosante
• Infecção na gravidez
• Isquemia intestinal
22º MAAv - PMMB
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Gastroenterites
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES NA HISTÓRIA CLÍNICA:
• Início e duração da diarréia • Sintomas associados
• Frequência evacuatória - dor abdominal
• Quantidade de fezes - náuseas e vômitos
• Consistência das fezes - distensão abdominal
• Presença de sangue nas fezes - flatulência
• Muco ou pus nas fezes - febre
• Febre - tenesmo
• Dor abdominal • Infecções extra-intestinais
• Viagem recente • Histórias clínica e cirúrgica prévias
• Histórico alimentar • História social (prática sexual, uso de drogas, uso
• Exposição a animais de álcool)
• Medicamentos recentes • História ocupacional
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Gastroenterites
PREVENÇÃO DA DESIDRATAÇÃO:
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Gastroenterites
TRATAMENTO DA DESIDRATAÇÃO:
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Gastroenterites
TRATAMENTO DA DESIDRATAÇÃO:
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Gastroenterites
IDENTIFICAÇÃO DE DISENTERIA E/OU OUTRAS PATOLOGIAS ASSOCIADAS À
DIARRÉIA:
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Gastroenterites
IDENTIFICAÇÃO DE DISENTERIA E/OU OUTRAS PATOLOGIAS ASSOCIADAS À
DIARRÉIA:
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Gastroenterites
USO DE MEDICAMENTOS EM PACIENTES COM DIARRÉIA:
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Gastroenterites
TRATAMENTOS EMERGENTES:
• A utilização de probióticos (lactobacilos) no início do curso da doença, pode reduzir a
frequência das evacuações e encurtar a duração da diarréia.
Bernaola AG et al. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(11):CD007401.
Floch MH et al. J Clin Gastroenterol. 2011;45(suppl):168-171.
Allen SJ et al. Cochrane Database Syst Rev. 2010;11:CD003048.
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