Relatório sobre a Política Nacional de Saúde Integral de lésbicas, gays,
bissexuais, travestis, transexuais.
O grupo iniciou a apresentação, apresentando marcos temporais que
foram essenciais para a criação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT dentro de um panorama histórico traçando uma linha do tempo. A política foi instituída pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria nº 2.836 de 1º de dezembro de 2011, e pactuada pela Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Ela é composta por um conjunto de diretrizes envolvendo estratégias e metas sanitárias a serem implementadas pelas instancias de governo no âmbito da saúde, com o apoio da sociedade, visando garantir o direito a saúde a população LGBT. Essa política traduz o reconhecimento de que a identidade de gênero e a orientação sexual são determinantes sociais que condicionam a uma série de situação que correspondem a situação de saúde desta população. Para além da relação do LGBT com o ambiente externo, mas também da busca pelo respeito dentro do sistema de saúde, tentando romper o preconceito que existe institucionalmente e que afasta essa população. Essa política deve ser transversal e estar presente em todos os serviços de saúde, é importante que os profissionais de saúde compreendam não somente as condições físicas, mas também, sociocultural e econômica que essa população se encontra, a fim de proporcionar um atendimento seguindo os princípios do SUS e adequado. Antes da política, já existiam orientações como a utilização do nome social por travestis e transexuais, e também a identificação da orientação sexual, não somente como atitude de respeito ao usuário, mas também para auxiliar o SUS, os gestores, e os profissionais, em pesquisas que ajudem a ampliar as perspectivas de atendimento para essa população. As principais ações e o objetivo geral da Política Nacional de Saúde integral LGBT, seria um trabalho de capacitação dos profissionais de saúde com relação a essa realidade, combatendo o preconceito e a descriminação tentando diminuir os efeitos do estigma social que essa população sofre e que leva a um processo de adoecimento e sofrimento, até para que essas informações sejam colhidas e utilizadas para melhoria do serviço.