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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Interceptação Telefônica – Lei Nº 9.296, de 24 de Julho de 1996��������������������������������������������������������������������2
Introdução��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Constituição Federal de 1969��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do Agora Eu Passo Concursos Públicos.
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Interceptação Telefônica – Lei Nº 9.296, de 24 de Julho de 1996


Regulamenta o inciso XII, parte final, do art. 5° da Constituição Federal.
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova em investigação
criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz
competente da ação principal, sob segredo de justiça.
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo de comunicações em sistemas de
informática e telemática.

Introdução
Constituição Federal de 1969
Art. 153, § 9º É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas e telefônicas.
Código Brasileiro de Telecomunicações – Lei Nº 4.117, de 27 de agosto de 1962.
Art. 57. Não constitui violação de telecomunicação:
II – O conhecimento dado:
e) ao juiz competente, mediante requisição ou intimação deste.
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – Art. 5º (...)
XII – é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunica-
ções telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;
BASE CONSTITUCIONAL – A Constituição Federal de 1988 trouxe, em seu ar. 5º, inciso XII, a possibili-
dade de violação das comunicações telefônicas. No entanto, para tal, trouxe algumas condições. Vejamos:
→→ Medida excepcional – requisitos para a interceptação telefonica
→→ Ordem judicial prévia –
→→ Hipóteses e forma estabelecidas em lei –
→→ Para fins de investigação criminal ou instrução processual penal –
Medida Excepcional – Em um Estado democrático de direito, o Estado deverá evitar a violação de
direitos e garantias, fazendo-o em última hipótese, apenas quando não for possível a obtenção de provas
por outros meios. Desta forma, a violação de comunicação telefônica deverá ser medida excepcional.
Ainda, vale acrescentar que se trata de medida excepcional por se tratar de riscos a alguns direitos
fundamentais, como direito à intimidade, vida privada (art. 5º, X) e sigilo das comunicações telefô-
nicas (art. 5º, XII);
Ordem judicial prévia – A interceptação de comunicações telefônicas está sujeita à Clausula de
Reserva Jurisdicional, ou seja, está condicionada à autorização do Juiz competente. Desse modo,
qualquer interceptação telefônica sem a ordem judicial é prova ilícita.
Nesse contexto, vale mencionar que, apesar de haver entendimento em sentido contrário, a inter-
pretação que deve ser feita do art. 5º, inciso XII é no sentido de que todas as disposições lá previstas
poderão ser relativizadas. No entanto, quando se tratar de interceptação das telefônicas para fins lá
previstos dependerá de ordem judicial. Dessa forma, de acordo com o princípio da convivência das
liberdades fundamentais, nenhum direito tem caráter absoluto.
Hipóteses e forma estabelecidas em lei – A própria CF/88 dispõe que a lei irá tratar das hipóte-
ses que em poderá haver a interceptação telefônica. Além disso, a lei irá dispor também sobre a forma
dessa quebra de comunicações telefônicas.
Para fins de investigação criminal ou instrução processual penal
Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com fins
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Conforme se extrai da CF/88, a priori, interceptação telefônica só poderá ser autorizada no
âmbito criminal, devido seu alto grau invasivo, e reforçando a última ratio do direito penal.
No entanto, a título de prova emprestada, a interceptação telefônica realizada no âmbito criminal,
desde que atendidos a todos os requisitos e submetido ao contraditório, poder ser usada em eventual
processo administrativo.
Processo Administrativo – Excepcionalidade – Conforme o entendimento do Supremo
Tribunal Federal, a título de prova emprestada, a interceptação telefônica realizada no âmbito
criminal poderá ser usada em eventual processo administrativo, desde que atendidos a todos os re-
quisitos e submetido ao contraditório. Vejamos:
STF: “(...) A jurisprudência desta Corte admite o uso de prova emprestada em processo adminis-
trativo disciplinar, em especial a utilização de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente
para investigação criminal. Precedentes. Recurso ordinário a que se nega provimento”. (STF, 1ª Turma,
RMS 28.774/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 09/08/2016
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – O STF, no HC 69.912-0-RS, entendeu pela não recepção do
art. 57 da Lei de Comunicações Telefônicas; bem como ressaltou que toda e qualquer interceptação
realizada sem a edição de uma lei seria inconstitucional, pois o Legislador Constituinte exigiu a edição
de uma lei atendendo aos requisitos previstos na CF.
Prova emprestada – No entanto, de acordo com o entendimento do STF, a interceptação tele-
fônica realizada no âmbito criminal, desde que atendidos a todos os requisitos, poder ser usada em
eventual processo administrativo.
STF: “(...) A jurisprudência desta Corte admite o uso de prova emprestada em processo adminis-
trativo disciplinar, em especial a utilização de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente
para investigação criminal. Precedentes. Recurso ordinário a que se nega provimento”. (STF, 1ª Turma,
RMS 28.774/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, j. 09/08/2016)
Interceptação telefônica sem autorização judicial – Posterior consentimento de um dos
interlocutores
STJ – Não é válida a interceptação telefônica realizada sem prévia autorização judicial, ainda que
haja posterior consentimento de um dos interlocutores para ser tratada como escuta telefônica e uti-
lizada como prova em processo penal. (HC 161.053-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 27/11/2012.)
Exercícios
01. Conforme o texto constitucional, é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, em todos os casos, por ordem
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou
instrução processual penal.
Certo ( ) Errado ( )
02. A jurisprudência do STF não admite o uso de prova emprestada em processo administrativo
disciplinar, em especial a utilização de interceptações telefônicas autorizadas judicialmente
para investigação criminal.
Certo ( ) Errado ( )
03. Não é válida a interceptação telefônica realizada sem prévia autorização judicial, ainda que
haja posterior consentimento de um dos interlocutores para ser tratada como escuta telefônica
e utilizada como prova em processo.
Certo ( ) Errado ( )

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04. A interceptação telefônica está sujeita à clausula de reserva jurisdicional.
Certo ( ) Errado ( )
Gabarito
01 - Errado
02 - Errado
03 - Certo
04 - Certo

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