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(PPMEC)
REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE
MARMORARIA EM COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS
REAPROVEITAMENTO DE RESÍDUOS DE
MARMORARIA EM COMPÓSITOS CIMENTÍCIOS
Ivan Teorilang
ii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus por me dar fé, perseverança e saúde para chegar ao fim
desta etapa.
Dedico esse trabalho aos meus amados pais Mauri Antônio de Oliveira e Maria
da Glória de Oliveira, com todo meu amor e gratidão, por tudo que fizeram por mim ao
longo de minha vida. Desejo poder ter sido merecedora do esforço dedicado por vocês
em todos os aspectos, especialmente quanto à minha formação.
Ao meu noivo Felipe Soares, que esteve presente comigo em todas as etapas
deste trabalho e me deu força para superar cada obstáculo que tive no percurso.
Aos meus irmãos, Lívia, Luciano e Lidiane, pelo carinho, paciência e incentivo.
DEDICATÓRIA
RESUMO
ABSTRACT
The residual sludge marble factory is a big concern for the environment, due to its
enormous amount of waste generated, because these are going to landfills or often
deposited unevenly, causing losses to society. This study aims to investigate the effect
of addition of the slurry of marble quarrying in amounts of 20, 40, 60 and 80% in
relation to cement / sand and varying the water content (40 to 50% by mass) relative to
cement on the properties physical and mechanical of cementitious composites. The
experimental methodology is based on statistical design approach and experimental
analysis of the following response variables: compressive strength, porosity, apparent
density, bulk density and water absorption after 28 days of curing. The results of the
tests indicated the technical feasibility of the use of sludge on the marble quarrying
production of mortar.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 5.1. Mistura manual entre pasta de cimento (70%), areia (30%),
38
água (50%) e do pó residual (40%).
LISTA DE TABELAS
40
TABELA 5.3. Fatores e níveis do experimento.
41
TABELA 5.4. Planejamento fatorial completo.
49
TABELA 6.1. Análise de variância (ANOVA).
50
TABELA 6.2. Densidade volumétrica dos compósitos cimentícios.
51
TABELA 6.3. Densidade aparente dos compósitos cimentícios.
52
TABELA 6.4. Porosidade aparente dos compósitos cimentícios.
xii
55
TABELA 6.7. Resistência à elasticidade estática dos compósitos cimentícios.
56
TABELA 6.8. Resistência específica dos compósitos cimentícios.
xiii
LISTA DE SÍMBOLOS
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..............................................................................................................01
REVISÃO BILBIOGRÁFICA........................................................................................02
2. Matrizes cimentícios....................................................................................................02
2.1. Cimento portland......................................................................................................02
2.1.1. Um pouco de história.............................................................................................02
2.1.2. Composição química ............................................................................................03
2.1.3. Características fundamentais dos principais óxidos..............................................04
2.1.4. Processo de fabricação do cimento........................................................................05
2.1.2.3. Hidratação do cimento .......................................................................................08
2.1.2.4. Pega e endurecimento.........................................................................................11
2.1.3. Tipos de cimento...................................................................................................12
2.2. Concreto....................................................................................................................16
2.3. Argamassa................................................................................................................18
2.4. Areia.........................................................................................................................19
2.5. As rochas ornamentais..............................................................................................20
2.5.1. Granitos.................................................................................................................23
2.5.2. Mármores...............................................................................................................23
2.5.2. Outras rochas.........................................................................................................24
2.6. Históricos de trabalhos anteriores sobre estudos com resíduos................................25
2.7. Resíduos do setor......................................................................................................28
3. Classificação dos resíduos...........................................................................................32
OBJETIVOS...............................................................................................................35
3.1. Geral.........................................................................................................................35
3.2. Específicos................................................................................................................35
JUSTIFICATIVA................................................................................................... 36
MATERIAIS E MÉTODOS...................................................................................37
5.1. Seleção das variáveis respostas................................................................................37
5.2. Fabricação dos materiais..........................................................................................37
5.3. Fabricação dos corpos de prova................................................................................42
RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................48
6.1. Densidade volumétrica.............................................................................................61
xvi
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
Capítulo 2
REVISÃO BILBIOGRÁFICA
2. MATRIZES CIMENTÍCIOS
2.1.1. HISTÓRIA
álcalis do cimento, cal, sílica, alumina e óxido de ferro são os componentes essenciais
do cimento portland e constituem 95 a 96% do total na análise de óxidos. A magnésia
permanece livre durante todo o processo de calcinação, esta usualmente na proporção de
2 a 3%. As propriedades do cimento são, entretanto, relacionadas diretamente com as
proporções dos silicatos e aluminatos. (www.ebah.com.br, 2012).
Sílica (SiO2): aparece combinada com outros componentes e provém quase que
totalmente das argilas usadas como matéria-prima. A sua combinação com a cal fornece
os compostos mais importantes do cimento Portland.
Alumina (Al2O3): provém da argila, em combinação com a cal forma um composto que
acelera a pega do cimento reduzindo sua resistência aos sulfatos, e aumenta o calor de
hidratação, devendo este composto estar presente em teor baixo.
Óxido de Ferro (Fe2O3): este óxido trazido pela argila, quando em porcentagem não
muito elevada, age como fundamento com ação mais enérgica do que a alumina. Além
disso, é o grande responsável pela cor verde acinzentada do cimento Portland.
5
Outros Óxidos: Álcalis (K2O e Na2O): agem como fundentes no cozimento e como
aceleradores no processo de pega. Se o teor de álcalis superar 0,6%, para certos
agregados de composição determinada, poderá haver expansibilidade acentuada nas
argamassas.
Perda ao Fogo (de CO2 e H2O): são perdas em gás carbônico e água que se verificam
em % do peso do cimento levado a 1.000ºC. A umidade absorvida retarda a pega.
O termo hidratação, por definição, indica a reação química de uma dada espécie
química com água convertendo-se em hidrato, pela introdução de água em sua
molécula. No âmbito restrito da química do cimento este termo refere-se ao conjunto de
mudanças que ocorrem quando o cimento anidro ou uma de suas fases constituintes é
misturado com água. O fenômeno é complexo envolvendo reações químicas que
superam a simples conversão de espécies anidras em hidratos correspondentes
(TAYLOR, 1997), logo os compostos anidros do cimento portland reagem com a água,
por hidrólise, dando origem a numerosos compostos hidratados.
O cimento portland é constituído por um certo número de compostos, cujas
reações são a origem do processo de endurecimento. Os compostos presentes no
portland são anidros, mas quando postos em contato com a água, reagem com ela,
formando produtos hidratados.
Os compostos anidros do cimento portland reagem com a água, por hidrólise,
dando origem a numerosos compostos hidratados.
O mecanismo de hidratação do cimento pode ser dividido em cinco etapas:
estágio inicial (I), período de indução (II), período de aceleração (III), período de
desaceleração (IV), estágio final (V) ou período de reação lenta.
A termodinâmica das reações químicas permite visualizar esse perfil a partir da
determinação do calor de hidratação de uma pasta de cimento Portland. A Figura 2.1
associa a taxa de liberação de calor de hidratação de uma pasta de cimento Portland à
variação da concentração de íons cálcio em solução, com o tempo de hidratação
(JAWED et al., 1983; ZAMPIERI, 1989).
Neste estágio inicia-se a dissolução das fases anidras C3S (silicato tricálcico),
C3A (aluminato tricálcico) e C4AF (Aluminoferrato Tetracálcico) dando origem a uma
camada de gel de silicato de cálcio hidratado (C-S-H) que reveste a superfície dos grãos
anidros do clínquer. Os íons liberados com a dissolução do C3A e do C4 AF reagem com
os íons Ca+2 e SO4-2 dando origem a um gel amorfo, rico em aluminato, sobre a
superfície dos grãos do clínquer e de bastões ou pequenas e espessas agulhas de
etringita (C6 ASH32) (Figura 2.3) (JAWED et al., 1983; ZAMPIERI, 1989).
10
Existem no Brasil vários tipos de cimento portland, diferentes entre si, principalmente
em função de sua composição. Os principais tipos oferecidos no mercado, ou seja, os
mais empregados nas diversas obras de construção civil são:
Cimento Portland comum;
Cimento Portland composto;
Cimento Portland de alto-forno;
Cimento Portland pozolânico.
Em menor escala são consumidos, seja pela menor oferta, sejam pelas características
especiais de aplicação os seguintes tipos de cimento:
Cimento Portland de alta resistência inicial;
Cimento Portland resistente aos sulfatos;
13
Todos os tipos de cimento mencionados são regidos por normas da ABNT, (ABREU,
2001).
Cimentos Portland Comum (CP I): cimento puro é menos resistente. Também
disponível com adição de calcário ou escória (CP I – S).
Cimento Portland Composto (CP II): leva esse nome por ser modificado. Responde por
69,2% do consumo no Brasil, e pode ser encontrado com três diferentes adições. O CP
II – Z, por exemplo, vem com material pozolânico, o que o torna mais impermeável. É
indicado para obras subterrâneas, marítimas e industriais. O CP II – E é adivitivado com
escória granulada de alto forno, ideal para estruturas que possam ser atacadas por
sulfatos. E o CP II – F leva material carbonático, sendo ótimo para aplicações em geral
(argamassas) e também para pré-moldados de concreto.
Cimento Portland de Alto-forno (CP III): feito com escória da indústria do aço (por
isso o nome “alto-forno”), é ecológico, pois a cada tonelada de gusa produzida, há 300
kg de resíduos. Com essa adição, também são poupadas as jazidas de calcário.
Caracteriza-se por ser menos poroso e mais durável, o que o torna bastante indicado
para ficar exposta a agentes agressivos, como esgoto, chuva ácida e poluentes
industriais. Ainda que seja tão vantajoso, não é amplamente utilizado por ser pouco
resistente às primeiras idades. Isso quer dizer que até 7 ou 10 dias, o CP III tem
resistência bem inferior aos outros cimentos. Mas é muito útil quando usado em massas
de cimento maiores, como nas fundações.
Cimento Portland Branco (CPB): tem as mesmas aplicações do cimento cinza, mas se
diferencia deste por não levar minério de ferro na fabricação, o que garante sua
brancura. Pode ser estrutural (com classes 25, 32 e 40) e não estrutural.
15
modo a impedir a evaporação da água por ação do vento e do calor do sol durante um
período mínimo de sete dias. . (www.abcp.org.br, 2013).
2.2. CONCRETO
Outro ponto de destaque no preparo do concreto é o cuidado que se deve ter com
a qualidade e a quantidade da água utilizada, pois ela é a responsável por ativar a reação
química que transforma o cimento em uma pasta aglomerante. Se sua quantidade for
muito pequena, a reação não ocorrerá por completo e se for superior a ideal, a
resistência diminuirá em função dos poros que ocorrerão quando este excesso evaporar.
A relação entre o peso da água e do cimento, utilizados na dosagem é chamada de fator
água/cimento (a/c) (www.portaldoconcreto.com.br, 2014).
O concreto deve ter uma boa distribuição granulométrica a fim de preencher
todos os vazios, pois a porosidade por sua vez tem influência direta na permeabilidade e
na resistência das estruturas de concreto.
17
Agregado Moído: a areia usada como agregado miúdo para emprego em argamassas e
concretos pode ser classificada como natural (rios, minas, várzeas) e artificial (resíduo
fino de pedreiras – pó de pedra). A areia é extraída em unidades de mineração chamadas
de areais ou portos de areia, podendo ser encontrada no leito de rios, depósitos lacustres,
veios de areia subterrâneos (minas) ou de dunas.
2.3. ARGAMASSA
É uma mistura composta basicamente por cimento, areia, cal hidratada e água,
mas conforme a influência de características regionais, outros materiais têm sido
utilizados na sua composição, como o saibro, o barro e o caulim, entre outros.
A NBR 13.281 (2005) define as argamassas como sendo uma mistura homogênea de
agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água, contendo ou não aditivos,
com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosadas em obra ou em
instalação própria (argamassa industrializada).
Ao contrário do cimento, a argamassa não pode ser usada para criar objetos
autônomos. Por isso, o produto não é usado para fazer estruturas como calçadas. Em vez
disso, a argamassa, usualmente, é usada para unir objetos como telhas, tijolos e pedras.
As diferenças entre a argamassa, o cimento e concreto surgem a partir dos ingredientes
utilizados para fazer o produto (Figura 2.4), (BAUNER, 2000)
A argamassa usa o cimento como ingrediente base. Adiciona-se água, cal e areia
ao cimento para formar uma pasta espessa. A argamassa é colocada entre objetos na
medida em que são colocados. Uma vez que a massa seca, a argamassa endurece,
ligando os objetos. A argamassa serve para dois propósitos práticos, além de unir e ser
esteticamente agradável ela impede a infiltração de umidade dentro da estrutura ou
debaixo do chão e também impede que o ar entre na estrutura (SANTOS, 2011).
2.4. AREIA
aparência estética (de onde vem seu valor agregado) e utilizados como elemento
decorativo, em trabalhos artísticos e como material para construção.
Não podemos esquecer as características específicas como textura, cor, desenho
e granulação, continuam sendo muito empregadas nas construções, contudo
voltando-se para as áreas decorativas e funcionais, na fabricação dos mais diversos
produtos, como banhe ir as, esculturas, tampos e pés de mesa, balcões, lápides e
arte funerária em geral, pilares, colunas, soleiras e revestimentos internos e
externos de paredes, pisos, escadas e fachadas (Figuras 2.5 e 2.6).
2.5.1. GRANITOS
2.5.2. MÁRMORES
contendo tanto mármore quanto granito, porém não foi especificada sua
predominância. Tendo em vista os ensaios físicos, os melhores resultados foram
obtidos nas porcentagens de 5 e 10% de adição de resíduo.
Observando por este lado, fica certo a relevância dos trabalhos realizados e
dos que estão em andamento, uma vez que, das 10 empresas visitadas na cidade
de Mariana, São João del Rei e Ouro Preto, seis encaminhavam seus resíduos para
lixões e aterros, de forma irregular, muitas vezes utilizando os caminhões da própria
empresa.
28
TABELA 2.4 – Origem das perdas na cadeia produtiva do setor de rochas ornamentais.
ETAPAS DA CADEIA PRODUTIVA ORIGEM DAS PERDAS
Blocos com dimensões não
EXTRAÇÃO padronizadas;
Cacos de pedra e pó.
Imperfeições dos casqueiros
(laterais dos blocos);
BENEFICIAMENTO PRIMÁRIO Quebras de placa por falhas no
(SERRARIA) empilhamento;
Serragem de placas defeituosas.
Retalhos de rocha
BENEFICIAMENTO SECUNDÁRIO Pó de serraria (lama)
(MARMORARIA) Pó de marmoraria (lama)
29
Pó de marmoraria (lama): esta ocorre em forma de par t ícu las finas formadas
a partir do processo de recorte, polimento e lustro de peças, confeccionadas a
partir das chapas geradas nas serrarias. Estas peças podem ser tanto
personalizadas, como pias, balcões, etc, como também padronizadas, como
placas, revestimentos, peitoris entre outros. De acordo com GOBBO (2004), esta
lama é produzida em 2% do total de volume processado, o que a princípio parece
pouco, porém pensando na produção de um mês, bem como de várias
empresas, é possível justificar seu estudo neste trabalho, uma vez que o Estado de
São Paulo, conforme MELLO (2004), produziu cerca de 336.000 t de rochas
ornamentais no ano de 2003, isso significa aproximadamente 7.000 t de lama.
Capítulo 3
OBJETIVOS
3.1. GERAL
3.2. ESPECÍFICOS
Capítulo 4
JUSTIFICATIVA
Capítulo 5
MATERIAIS E MÉTODOS
5.2. MATERIAIS
FIGURA 5.1: Mistura manual entre pasta de cimento (70%), areia (30%), água (50%) e
pó residual (40%).
1. 0%
Fração em massa do pó residual de marmoraria 2. 20%
(relação areia/cimento) 3. 40%
4. 60%
5. 80%
C2 0 70 30 50
C3 20 70 30 40
C4 20 70 30 50
C5 40 70 30 40
C6 40 70 30 50
C7 60 70 30 40
C8 60 70 30 50
C9 80 70 30 40
C10 80 70 30 50
1,00 cm
2,00 cm
Misturadas às fases, o material foi vazado nos moldes dando origem aos corpos de
prova, onde ficam ensacados durante 28 dias, ficando assim livre de impurezas, (figura
5.3). Após cura, foram cortados para garantir o paralelismo para realização do ensaio de
compressão.
Densidade volumétrica
A densidade volumétrica de um material pode ser determinada por meio da
relação existente entre a massa e o volume do corpo de prova seco. A densidade
volumétrica é expressa conforme a fórmula 1.
M1
Dv = (1)
V
Sendo:
Dv – densidade volumétrica (g/cm³),
M1 – massa do compósito seco (g),
V – volume do corpo de prova (cm³).
44
= π.R².h (2)
Sendo:
R é o raio da base (cm);
h é a altura do cilindro (cm).
Densidade aparente
A densidade aparente considera o volume do material levando em conta os poros
abertos presentes, sendo inferior ao volume determinado pela medição indireta das
dimensões do corpo de prova no cálculo da densidade volumétrica.
A densidade aparente pode ser determinada de acordo com a norma britânica BS
EN ISO 10545-3 (1997), por meio do princípio de Arquimedes. Este princípio diz que
um corpo imerso em um fluido sofre um empuxo igual ao peso do volume de fluido
deslocado pelo corpo. A densidade do corpo é igual à razão entre seu peso e o empuxo
do fluido sobre ele. Desta forma, a densidade aparente pode ser calculada a partir da
fórmula 3.
M1
Dap = M (3)
2 −M3
Sendo:
Dap – densidade aparente (%),
M1 – massa do compósito seco (g),
M2 – massa saturada por imersão no vácuo (g),
M3 – massa saturada suspensa abaixo d’água (g).
45
Porosidade aparente
A porosidade aparente é definida pela relação entre o volume de poros abertos e
o volume externo do corpo de prova, determinada de acordo com a norma britânica BS
EN ISO 10545-3 (1997), por meio do princípio de Arquimedes.
A porosidade aparente pode ser calculada a partir da fórmula 4 que está em
função da medição das massas do corpo de prova seco, saturado e submerso em água. O
numerador do segundo termo da fórmula 4 expressa o volume de poros acessíveis
(abertos), sendo dado pela diferença entre a massa do corpo de prova saturado (m2) e a
massa do corpo de prova seco (m1). O volume da porção impermeável do corpo de
prova (denominador da fórmula 4) é dado pela diferença entre as massas da amostra
seca (m1) e submersa (m3), respectivamente.
M −M
P = M2 −M1 × 100 (4)
2 3
Sendo:
P – porosidade aparente (%),
M1 – massa do compósito seco (g),
M2 – massa saturada por imersão no vácuo (g),
M3 – massa saturada totalmente imersa na água (g).
Absorção de água
A absorção de água de um material é definida pelo percentual de água absorvida
por um corpo de prova após a imersão em água sobre pressão negativa constante,
conforme descrito na determinação da densidade e porosidade aparentes. A fórmula 5
mostra o cálculo desta variável resposta.
M2 −M1
Aa = × 100 (5)
M1
Sendo:
Aa – Absorção de água (%),
M1 – massa do compósito seco (g),
M2 – massa saturada por imersão no vácuo (g).
46
F
Rc = 𝐴𝑐 (6)
Sendo:
Rc - é resistência à compressão (MPa),
F - é carga máxima total (N),
Ac - é área da superfície de carregamento (mm2).
= (7)
Sendo:
- Módulo de elasticidade estático (MPa),
Δσ - é variação da tensão aplicada (MPa);
Δɛ - é a variação da deformação do corpo de prova
48
Capítulo 6
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Fração do pó
Residual de 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,000
Fatores marmoraria
Principais
Fração de
0,000 0,000 0,000 0,000 0,000 0,001
Cimento
Fração de pó
Interação residual de 0,084 0,435 0,267 0,246 0,056 0,006
de Fatores marmoraria *
Fração de água
Densidade
FATORES volumétrica
(g/cm3)
Condições
Fração em massa Fração de Fração de Teor de
Experimentais
do pó residual de Cimento areia fina água MÉDIA
marmoraria (% massa) (% massa) (% massa)
(% massa)
C1 0 70 30 40 2,29 ± 0,01
C2 0 70 30 50 2,22 ± 0,02
C3 20 70 30 40 2,21 ± 0,02
C4 20 70 30 50 2,13 ± 0,02
C5 40 70 30 40 2,14 ± 0,03
C6 40 70 30 50 2,08 ± 0,03
C7 60 70 30 40 2,05 ± 0,02
C8 60 70 30 50 1,97 ± 0,01
C9 80 70 30 40 1,96 ± 0,02
Densidade
FATORES aparente
(g/cm3)
Condições
Fração em massa Fração de Fração de Teor de
Experimentais
do pó residual de Cimento areia fina água MÉDIA
marmoraria (% massa) (% massa) (% massa)
(% massa)
C1 0 70 30 40 2,01 ± 0,02
C2 0 70 30 50 1,92 ± 0,01
C3 20 70 30 40 1,85 ± 0,03
C4 20 70 30 50 1,74 ± 0,03
C5 40 70 30 40 1,67 ± 0,02
C6 40 70 30 50 1,55 ± 0,04
C7 60 70 30 40 1,45 ± 0,02
C8 60 70 30 50 1,32 ± 0,02
C9 80 70 30 40 1,24 ±0,03
Porosidade
FATORES aparente
(%)
Condições
Fração em massa Fração de Fração de Teor de
Experimentais
do pó residual de Cimento areia fina água MÉDIA
marmoraria (% massa) (% massa) (% massa)
(% massa)
C1 0 70 30 40 3,24 ± 0,03
C2 0 70 30 50 4,14 ± 0,02
C3 20 70 30 40 5,45 ± 0,02
C4 20 70 30 50 6,31 ± 0,02
C5 40 70 30 40 7,67 ± 0,02
C6 40 70 30 50 8,55 ± 0,04
C7 60 70 30 40 9,85 ± 0,03
C8 60 70 30 50 10,74 ± 0,03
C9 80 70 30 40 12,00 ± 0,03
Resistência à
FATORES compressão
(MPa)
Condições
Fração em massa Fração de Fração de Teor de
Experimentais
do pó residual de Cimento areia fina água MÉDIA
marmoraria (% massa) (% massa) (% massa)
(% massa)
C1 0 70 30 40 21,72 ± 0,01
C2 0 70 30 50 20,93 ± 0,02
C3 20 70 30 40 19,74 ± 0,03
C4 20 70 30 50 18,85 ± 0,03
C5 40 70 30 40 17,67 ± 0,02
C6 40 70 30 50 16,55 ± 0,04
C7 60 70 30 40 15,45 ± 0,02
C8 60 70 30 50 14,31 ± 0,02
C9 80 70 30 40 13,24 ± 0,03
C2 0 70 30 50 6,91 ± 0,02
C3 20 70 30 40 7,89 ± 0,06
C4 20 70 30 50 8,75 ± 0,04
C5 40 70 30 40 9,85 ± 0,03
C6 40 70 30 50 10,74 ± 0,03
C7 60 70 30 40 11,65 ± 0,03
C8 60 70 30 50 12,64 ± 0,03
C9 80 70 30 40 13,44 ± 0,03
Resistência à
FATORES elasticidade
estático (GPa)
Condições
Fração em massa Fração de Fração de Teor de
Experimentais MÉDIA
do pó residual de Cimento areia fina água
marmoraria (% massa) (% massa)) (% massa)
(% massa)
C1 0 70 30 40 4,16 ± 0,04
C2 0 70 30 50 4,45 ± 0,05
C3 20 70 30 40 3,38 ± 0,07
C4 20 70 30 50 3,77 ± 0,07
C5 40 70 30 40 2,64 ± 0,02
C6 40 70 30 50 2,95 ± 0,03
C7 60 70 30 40 1,88 ± 0,04
C8 60 70 30 50 2,20 ± 0,05
C9 80 70 30 40 1,09 ± 0,02
Resistência
Fração do Fração de Fração Teor de Média da Média da
Específica
Condição pó residual Cimento de areia água Resistência à Densidade
de fina Compressão Volumétrica
MPa/g/cm3
marmoraria
C1 0% 70% 30% 40% 21,72 2,29 9,49
Para melhor visualização das tabelas 6.2, 6.3, 6.4, 6.5, 6.6, 6.7 e 6.8 serão
apresentados gráficos utilizando o programa Microsoft Excel 2010:
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As médias dos valores da densidade aparente variaram entre 1,12 a 1,85 g/cm³
enquanto os compósitos cimentícios somente com cimento, areia e água (variando em
40% e 50%) teve o valor médio de 2,01 e 1,92 g/cm³ respectivamente apresentadas na
Tabela 6.3.
O P-valor (0,527) sublinhado na Tabela 6.1 indica que o efeito de interação da
fração do pó residual de marmoraria são significativos. O valor de R2 ajustado foi de
95,29% indicando que a qualidade de ajuste do modelo foi satisfatória (Figura 6.3).
A fim de verificar a adequação do modelo de Análise de Variância foram
utilizados os gráficos de resíduos entre eles: probabilidade normal e gráfico do efeito de
interação dos fatores.
água (variando em 40% e 50%) teve o valor médio de 21,72 e 20,93 MPa
respectivamente apresentadas na Tabela 6.5.
O P-valor (0,246) sublinhado na Tabela 6.1 indica que o efeito de interação da
fração do pó residual de marmoraria são significativos. O valor de R2 ajustado foi de
99,99% indicando que a qualidade de ajuste do modelo foi satisfatória (Figura 6.9).
Capítulo 7
CONCLUSÕES
Capítulo 8
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
JAWED, I., SKALNY, J., YOUNG, J.F. Hydration of Portland Cement – 1983. In:
BARNES, P., ed. Struture and Performance of Cements. London, Applied Science.
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modo de ocorrência geológica, variedade tipológica, exploração comercial e utilidades
como materiais nobres de construção. Niterói, UFF/Inst. Geoc., Revista de Geociências,
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XAVIER, G.C.; SABOYA JUNIOR, F.; ALEXANDRE, J.; SOARES, M.P.S. Aditivo
mineral: uso do rejeito de mármore e granito na massa de conformação de cerâmica
vermelha. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CERÂMICA, 46º., maio 2002, São
Paulo, Anais... São Paulo, 2002. 1 CD-ROM.