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OXUM ABALU/ABALÔ

ABALÚ (agbá+ ilú) ou ABALÔ – Nome dado a Oxum quando brinca com o leque, seu nome
significa agbá= anciã / ilú = leque/vento, traduzindo = anciã dona do leque que venta.

Guarda o iniciado no período de Kelê, sendo considerada a dona do Kelê. Qualquer prestação de
contas neste período, Abalu é a Oxum que faz a cobrança. É também a Senhora dos ovos
oferecidos no Omolocum.

É uma velha Oxum, de culto antigo, considerada Iyá Ominibú - oxum do fundo do rio, das oxuns
que encabeçam o culto ás aguas, senhora dona do leque, poranto seu abebe é um forma de
leque. Usa adereços dourados.

Mora no encontro do rio com as aguas do mar, e nas nascentes dos rios. Descansa no fundo das
lagoas.

Se veste de azul claro ou de cores claras. Usa colar de miçangas dourado bem claro.

É meiga, vaidosa, protetora, trabalhadora, maternal, porem muito feiticeira e dada aos misterios
dos feitiços das aguas, ligada as yami oxoronga.

Se veste de azul devido ao mar ter sido tingido de azul por Asessu, e as aguas terem se
misturado com as aguas do rio.

Gosta de hortensias.

Tem forte ligação com Omolu, Asessu, carrega junto um Ogun Mege e uma Yansã, as vezes
caminha com Oxóssi.

Alguns antigos da nação, dizem que ela tambem é ligada aos Ibejis, e gosta muito de crianças e
quando responde junto deles no seu igbá podem ter brinquedos.

No seu igbá tem que ter obrigatoriamente areia de rio e de mar em volta e embaixo da sopeira,
ou seja sua sopeira fica em cima destas areias, representando o encontro das aguas do mar com
as do rio, sem este fundamento a vida e o caminho de seus filhos e filhas fica incompleto e
interrompido.

Quando em terra, ela dança suavemente, e balança muito seu leque/abebe produzindo um
pouco de vento.

Pode carregar alfange dependendo do seu gosto, porem o leque é de sua preferencia.

Responde nos odus oxê (5) junto com osá (9) e ejiologbon (13), muito dificil aparecer na mesa de
jogo, pois não gosta de ser incomodada.

Come omolocum, ovos, eboyá, frutas, doces. Sua criação é toda branca e amarela clara, aprecia
cabras, galinhas, angola e pata.

Pode ser tratada tanto pelo azeite doce como pelo azeite de dendê.

Gosta de fazer feitiços de cura, auxilia as gestantes, cura principalmente problemas menstruais e
de baixo ventre, abre caminhos fechados, abençoa as crianças, desmancha maleficios nas aguas.

Seus ebós e fundamentos devem ser feitos no encontro de agua de rio com o mar, ou na
ausência deste local, fazer seus ebos em agua doce e no mar também.

Em sua fundamentação, coloca-se em seu Igbá 16 folhas de colônia abertas, no seu pé direito
um Omolocum com 16 ovos cozidos; e no

seu pé esquerdo uma bacia com água de rio e de mar tingidas de waji com 16 ovos crus
Nas suas oferendas não devem faltar bonecas e bonecos, vestidos de

amarelo e azul, os quais representam a sua descendência (filhos,netos...)

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