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PROTOCOLO DE

ENFERMAGEM
ATENÇÃO À DEMANDA ESPONTÂNEA
DE CUIDADOS AO INTERNO

PENITENCIÁRIA FEDERAL DE
CAMPO GRANDE

Mato Grosso do Sul


PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

ATENÇÃO A DEMANDA ESPONTÂNEA DE


CUIDADOS AO INTERNO

Penitenciária Federal de Campo Grande


PFCG

1ª EDIÇÃO
2018
Autor:
FÁBIO LOPES DO NASCIMENTO

PENITENCIÁRIA FEDERAL DE CAMPO GRANDE


PFCG

Diretor:
R od ri go A lme i d a M or el

Ch e fe do S e rv i ç o d e S a úd e :
M a n ue la da S i l va A m or i m

Co o rde na do ra G e ra l d a s As s i s t ên c i a s n a s
P e n i te nci ári a s - CG AP :
J oc e ma ra R od r i g u e s d a S i l va

Co la b ora dore s :

E li s i e n os L i m a S t oc hi
A don i a s M i c he l S i l va
L uc ya n a Con c e i ç ã o L . J u s t i n o
4

EQUIPE DE SAÚDE
PENITENCIÁRIA FEDERAL DE CAMPO GRANDE/MS

A equipe de saúde da Penitenciária


Federal de Campo Grande/MS, ligada

diretamente ao Serviço de Saúde (SESA)

desta Unidade Prisional, é composta pelos

profissionais: Médico, Enfermagem,

Farmacêutico, Odontologista e Psicólogo.

Os referidos profissionais reconhecem a

importância deste Protocolo de Enfermagem

para auxiliar nas condutas da equipe de saúde,

em especial a equipe de Enfermagem da PFCG.

Dra. Karine C. Falkenburg Ana Paula Basso


Médica/Clínica Geral Odontologista

Fábio Lopes do Nascimento Denise Baldança C. Moreira


Enfermeiro/Responsável Técnico Psicóloga

Alice Luzia F. Ferreira


Farmacêutica
4

APRESENTAÇÃO

O Protocolo de Enfermagem na Penitenciária

Federal de Campo Grande/MS, tem como

principal objetivo prover ao profissional de

enfermagem a segurança e o compromisso

ético necessários para que atuem com

autonomia e proporcionem ao usuário/interno

do Sistema Penitenciário Federal uma

atenção adequada.

Nesse sentido, é fundamental que a equipe de

enfermagem esteja devidamente sensibilizada

e capacitada para o atendimento e

encaminhamento das morbidades mais

comuns, bem como identificação de sinais de

alerta que possam indicar uma situação

potencialmente grave. Todos os capítulos

deste protocolo se referem ao adulto legal,

ou seja, com idade maior ou igual

a 18 anos de idade. 
5
Foi buscando auxiliar as condutas da equipe

de saúde, em especial a equipe de

enfermagem, que o autor construiu esse

protocolo. Além disso, pretende-se com esta

publicação validar a prática de enfermagem

sobre os temas aqui abordados através de um

guia simples e prático, para consulta do

profissional de enfermagem no tocante a

identificação de morbidades, prescrição de

medicamentos e solicitação de exames

referentes às condições descritas.

Para efeitos legais, este documento está em

acordo com a Lei Federal 7.498/1986

(regulamentação do exercício da

enfermagem), com a Resolução COFEN

195/1997 (solicitação de exames de rotina e

complementares por Enfermeiro), bem como,

com a Resolução SESAU n° 128/2012

(Publicada no Diário Oficial de Campo

Grande/MS), sendo válido como protocolo

institucional desta PENITENCIÁRIA FEDERAL


DE CAMPO GRANDE/MS.
 

FÁBIO LOPES DO NASCIMENTO


Especialista Federal em Assistência a Execução Penal
ENFERMEIRO/COREN-MS: 455.842
6

SUMÁRIO

Cefaleia........................................................................7

Febre............................................................................13

Dor de Ouvido..............................................................18

Diarreia/Náuseas e Vômitos......................................26

Dor de Garganta.........................................................35

Azia (Pirose)................................................................40

Constipação Intestinal...............................................45

Dor Lombar..................................................................49

Resfriado.....................................................................54

Afecções de Pele........................................................59

Afecções de Boca.......................................................66

Hiperdia.......................................................................71
7

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

CEFALEIA

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
8

CEFALEIA

A queixa mais comum da cefaleia é a do tipo

primária, principalmente a cefaleia tensional,

responsável pela maioria dos casos, seguida

pelas cefaleias tipo migrânea (enxaqueca) e

as causadas por infecções sistêmicas agudas,

tais como a gripe. (Caderno de Atenção


Básica, 2012). 

Algo muito importante ao manejar um caso de

cefaleia no primeiro contato é realizar a

diferenciação entre cefaleia primária e

secundária. A cefaleia primária é aquela em

que os sintomas não podem ser ligados a uma

etiologia definida, sendo estas as mais

prevalentes e amplamente manejadas na

atenção primária, como a enxaqueca

(migrânea) e a cefaleia tensional. No oposto,

as cefaleias secundárias são aquelas que

possuem algum outro problema associado e

que seja capaz de explicar sua causa, como

um trauma ou doença vascular. Os sinais de

gravidade (descritos abaixo) podem ajudar a

fazer a identificação de quadros desse tipo. 


9

CEFALEIA
Sinais de alerta do interno com queixa de cefaleia

Hemorragia subaracnoide por

Início abrupto ruptura de aneurisma ou

de forte intensidade.  malformação arteriovenosa (MAV)

ou hematoma intracerebral.

Aumento da frequência e da intensidade

Processo expansivo
das crises de dor de forma subaguda

(semanas a meses).  intracraniano e/ou

Mudança do padrão das crises, cefaleia hidrocefalia. 

diária desde a sua instalação. 

Febre, rigidez de nuca, convulsões.  Meningite, encefalite. 

Cuidados de Enfermagem Sinais de Gravidade

1. Orientar repouso; 1. Rigidez da nuca;

2. Estimular a ingestão hídrica; 2. Pupilas alteradas;

3. Orientar para realização de 3. PA elevada (180X110mmHg);

exercícios durante o horário do 4. Edema em MMII;

"banho de sol"; 5. Perda de força/tônus

4. Se dor, o Enfermeiro poderá muscular;

prescrever paracetamol ou 6. Marcha alterada;

dipirona (VO); 7. Febre alta acima de 39°C;

5. Reavaliar em 24-48 horas, Nível de consciência alterado;

se não houver remissão da dor, 8. Alterações visuais;

encaminhar imediatamente 9. Cefaleia súbita e severa;

para avaliação médica. 10. Distúrbio da fala/tontura.


10

CEFALEIA
Condutas de enfermagem relacionados a cefaleia

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO
1. Avaliar a intensidade e características da dor;

2. Avaliar sinais vitais;

3. Instruir o INTERNO a fazer compressão das artérias

temporais (acima do arco zigomático por pelo menos 10

minutos;

4. Estimular a ingestão hídrica e não ficar muito tempo sem

alimentação.

5. Caso não haja sucesso com medidas anteriores,

administrar dipirona 500-1000 mg via oral a cada 6 horas ou

paracetamol 500-1000 mg via oral a cada 6 horas,

reavaliando em 24-48 horas ou antes se piora ou sinais de

gravidade;

6. Se PA elevada, mas menor que 180/110 (sinal de

gravidade), ofertar analgésico e aguardar na enfermaria

por pelo menos 45 minutos para nova verificação.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

1. Avaliar a intensidade e características da dor;

2. Avaliar sinais vitais;

3. Instruir o usuário a fazer compressão das artérias

temporais (acima do arco zigomático por pelo menos 10

minutos;

4. Estimular a ingestão hídrica e não ficar muito tempo sem

alimentação.
11
CEFALEIA
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem na Cefaleia
12
CEFALEIA
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

NÃO
2. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Protocolo

de atenção a Saúde mental. Tubarão: Ed. Copiart, 2010.

Disponível em: <http://www.pmf.sc.gov.br/arquivos/arquivos/

pdf/05_08_2011_9.41.44.1bf62fa463bec5495279a63

c16ed417f.pdf >. Acesso em: 30 de setembro de 2018  

3. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack Brasil

Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção Primária à


Sinais de Gravidade
Saúde. Florianópolis-SC, 2016.  
Enfermeiro
13

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

FEBRE

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
14

FEBRE

Febre é a elevação da temperatura corporal

que pode ser causada por doença, alteração

hormonal, ou ingestão de substâncias

pirogênicas. A temperatura do nosso corpo é

em torno de 36,7°C e considera-se febre em

adultos quando acima de 37,7°C. A febre é

um sinal que nunca deve ser avaliado

separadamente, já que se constitui de um

achado inespecífico.  

Sinais de alerta para a febre incluem

convulsões, letargia ou inconsciência; cefaleia

com rigidez de nuca; vômito em jato; tosse

com guincho; petéquias ou equimoses; dor

abdominal intensa ou de início súbito; tiragem

subcostal ou batimento das asas do nariz ou

afundamento retroesternal ou de fúrcula (com

ou sem cianose); dor de garganta com pontos

necróticos ou quantidade numerosa de

placas; dor de ouvido c/ tumefação dolorosa

ao toque atrás da orelha; sinal de Blumberg

ou de Giordano positivos, dentre muitos

outros. Sendo um achado inespecífico, a

investigação clínica tradicional busca outros

sinais/sintomas que possa indicar a origem da

febre, normalmente envolvendo

agentes infecciosos.  
15

FEBRE
Condutas de enfermagem relacionados a febre

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO

1. Orientar sinais de alerta;

2. Aumentar ingesta hídrica;

3. Orientar vestimentas leves;

4. Questionar reação alérgica a algum medicamento;

5. Reavaliação em 24 horas caso a febre não ceder

após uso de medicamentos.

6. Para INTERNO acima de 40 kg, prescrever:

- Dipirona 500-1000 mg cada 6 horas,

respeitando a dose máxima de 4g/dia.

- Paracetamol 500-1000 mg a cada 6 horas


respeitando a dose máxima de 4g/dia.

7. Reavaliação em 24 horas caso a febre não ceder

após uso de medicamentos.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

1. Orientar sinais de alerta;

2. Aumentar ingesta hídrica;

3. Orientar vestimentas leves;

4. Questionar reação alérgica a algum medicamento;

5. Reavaliação em 24 horas caso a febre não ceder

após uso de medicamentos.


FEBRE 16
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem na Febre

NÃO

Cuidados de Enfermagem
1. Orientar sinais de alerta / Aumentar ingesta hídrica;

3. Orientar vestimentas leves;

4. O enfermeiro poderá prescrever paracetamol ou dipirona (VO);

5. Reavaliar em 24-48 horas, se não houver remissão da dor,

encaminhar imediatamente para avaliação médica. 


Enfermeiro

Sinais de Alerta
1. Presença de sinais meningeos (Rigidez de nuca/vômitos); 

2. Taquipneia/Dificuldade respiratória/Vômitos intensos;

3. Sangramento de mucosas;

4. Dor abdominal intensa/distensão abdominal;  

5. Sinal de Blumberg positivo (descompressão abdominal);

6. Presença de manchas na pele;  

7. Febre alta acima de 39°C/Febre há mais de 48 horas;


17
FEBRE
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

2. BRUN, C. P.; PASQUALOTTO, A.C.. Febre. In. ROSA, A. A. A.;


NÃO
SOARES, J. L. M. F.; BARROS, E. Sintomas e sinais na prática

médica: consulta rápida. Artmed: São Paulo, 2006.  

3. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Sírio-Libanês de Ensino

e Pesquisa.Protocolos da Atenção Básica: Saúde das mulheres.

Brasília-DF, 2016. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/


Sinais de Gravidade
docs/portaldab/publicacoes/protocolo_saude_mulher.pdf  

4. FERNANDES, J. G.; KOWACS, F. Cefaléia. In: DUNCAN, B. B.;

SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R.J.. Medicina ambulatorial:

Condutas de atenção primária baseadas em evidências. 3. ed.

Porto Alegre: Artmed, 2006, p. 11164-1173


Enfermeiro
18

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

DOR DE OUVIDO

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
19

DOR DE OUVIDO

As queixas otológicas são uma das causas

mais frequentes de busca de atendimento

pelos serviços de atenção primária a saúde,

constituindo um importante indicador na

avaliação da efetividade destes serviços,

principalmente no que se refere a prevenção

de internações hospitalares por estas causas.

As causas de otalgia primária mais comuns na

prática clínica do enfermeiro são: otite

externa (OE), otite média aguda (OMA) e a

otite média crônica. 

Foto de uma otoscopia com

achado normal durante o exame. 

Neste sentido o exame físico através da

inspeção externa, palpação auricular (tragus)

e a realização da otoscopia constituem-se no

principal mecanismo de avaliação e

apontamento de problemas do ouvido, o que

vai indicar a necessidade de uma intervenção

médica ou de enfermagem imediatas.  


20

DOR DE OUVIDO
Condutas de enfermagem relacionados a dor de ouvido
OTITE EXTERNA

Sinais e sintomas
1. Dor e/ou prurido no ouvido, geralmente

sem febre.

Exame Físico

1. Aumento da dor a mobilização do pavilhão

auricular e palpação do tragus.

2. Otoscopia: Edema e hiperemia do conduto


auditivo, podendo ocorrer secreção purulenta

secundária. Caso não haja integridade da

membrana timpânica, encaminhar para

avaliação médica.

Condutas de Enfermagem
1. Evitar o uso de cotonetes, ou catucar

o ouvido;

2. Manter o local seco;

3. Solução de ácido acético* 5%, 5 gotas 8/8

horas por 7 dias.

4. Se dor, o enfermeiro poderá prescrever

Paracetamol 500-1000 mg ou

Dipirona 500-1000 mg de 6/6 horas.

5. Se não houver melhora, solicitar avaliação

médica, para possível tratamento com


Foto de achado de

antibióticos. Otite Externa


21
DOR DE OUVIDO
Condutas de enfermagem relacionados a dor de ouvido

Sinais e sintomas (menos de duas semanas)


OTITE MÉDIA
AGUDA

1. Dor de ouvido de leve a muito intensa com

início súbito. A febre pode ocorrer em alguns

casos. Otorreia supurativa.

Exame Físico
1. Otoscopia: Opacificação, Hiperemia
(vermelhidão) e/ou abaulamento timpânico.

Condutas de Enfermagem

1. Manter local seco e cuidados;

2. Solicitar avaliação médica em conjunto;

3. Em alguns casos pode ser necessário uso de

antibioticoterapia;

5. Encaminhar com urgência se: edema

doloroso retroauricular e/ou rigidez de

nuca/meningismo.

Foto de achado de

Otite Média Aguda


22

DOR DE OUVIDO
Condutas de enfermagem relacionados a dor de ouvido

Sinais e sintomas (mais de duas semanas)


OTITE MÉDIA
CRÔNICA

1. Otorreia supurativa, podendo ter mal cheiro.

Pode ocorrer perda auditiva.

Exame Físico

1. Otoscopia: Perfuração da membrana


timpânica e secreção.

Condutas de Enfermagem

1. Manter o local seco, (o ouvido pode se

recuperar apenas se estiver seco);

2. Evitar o uso de cotonetes, ou catucar;

3. Solicitar avaliação médica em conjunto;

4. Encaminhar novamente ao médico se não

houver melhora após tratamento, presença de

secreção malcheirosa;

5. Encaminhar com urgência se: edema

doloroso retroauricular e/ou rigidez de

nuca/meningismo.
Foto de achado de

Otite Média Crônica


23

DOR DE OUVIDO
Condutas de enfermagem relacionados a dor de ouvido

Sinais e sintomas
IMPACTADO
CERÚMEN

1. Congestão (sensação de ouvido tapado),

diminuição auditiva.

Exame Físico

1. Otoscopia: Presença de rolha de cerúmen.

Condutas de Enfermagem

1. Evitar o uso de cotonetes, ou catucar;

2. Uso de ceratolítico (avaliação médica e

prescrição médica) ou uso de óleo

mineral/óleo de oliva (prescrição do enfermeiro),

5 gotas 2 a 3X/dia por 3 dias;

3. Agendar retorno em 3 dias para reavaliação

e necessidade de lavagem otológica, com Soro

Fisiológico 0.9% morno (procedimento médico).

Foto de achado de

Cerúmen Impactado
24
DOR DE OUVIDO
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem na Dor de Ouvido
25
DOR DE OUVIDO
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

2. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria GM 221/2008 Define


NÃO
a Lista Brasileira de Internações por Condições Sensíveis a

Atenção Primária à Saúde. Brasília-DF, 17/08/2016. Disponível

em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2008/

prt0221_17_04_2008.htm   

3. BRITISH MEDICAL JOURNAL. Best Pratice. Otite média e otite

externa: última atualização em outubro de 2015. Disponível em:

http://brasil.bestpractice.bmj.com/bestpractice/monograph/3

9.html e http://brasil.bestpractice.bmj.com/bestpractice/

monograph/40.html  

  

Sinais de Gravidade
4. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack Brasil

Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção Primária à


Enfermeiro

Saúde. Florianópolis-SC, 2016.  


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PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

DIARREIA/NÁUSEAS
VÔMITOS

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
27

DIARREIA

Conforme o Caderno de Atenção Básica

(CAB) do Ministério da Saúde, a principal

causa de diarreia aguda é infecciosa,

podendo variar entre viral ou bacteriana,

devendo o enfermeiro saber diferenciar os

sinais de uma ou outra, por exemplo, a

presença de pus ou sangue nas fezes, os

quais são sinais de gravidade e devem ser

avaliados pelo profissional médico da equipe.

O exame físico é importante para avaliar a

presença de desidratação e instituição do

cuidado adequado, tendo duas funções

essenciais: buscar condições de

comorbidades e estimar os níveis de

desidratação.

Após avaliação clínica do INTERNO, estabelece-

se qual plano de intervenção que será

executado. A seguir resume-se os planos de

tratamento de desidratação de acordo com a

avaliação clínica inicial. A partir da

classificação do grau de desidratação

aplica-se a conduta mais adequada.


28
DIARREIA
Condutas de enfermagem relacionados a diarreia

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO
1. Avaliar as características da diarreia;

2. Distinguir as diarreias potencialmente mais graves;

3. Verificar (questionar) presença de febre, muco, pus e/ou

sangue na fezes;

4. Avaliar a presença de desidratação;

5. Orientar maior oferta líquida;

6. Recomendar o fracionamento da dieta para poder melhorar

a aceitação;

7. Administrar solução de reidratação oral à vontade após

cada evacuação;

8. INTERNO com desidratação leve deve receber 50ml/Kg de

SRO em um período de quatro horas. Aqueles com

desidratação moderada devem receber 100ml/Kg de SRO

mais a reposição de perdas continuadas, em um período de

quatro horas (observação na cela);

9. INTERNO com sintomas de desidratação grave deve ser

encaminhado para avaliação médica o mais breve possível,

para hidratação endovenosa (conduta médica). Observação

na enfermaria.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
1. Avaliar as características da diarreia;

2. Distinguir as diarreias potencialmente mais graves;

3. Verificar (questionar) presença de febre, muco, pus e/ou

sangue na fezes / Avaliar a presença de desidratação;

4. Orientar maior oferta líquida;

5. Recomendar o fracionamento da dieta para poder melhorar a

aceitação;
29

DIARREIA
Graus de desidratação na diarreia

HIDRATADO

Aspecto Geral Alerta

Olhos Brilhantes com lágrimas

Mucosas Úmidas

Turgor Normal

Pulso Cheio

Perfusão Normal

Circulação (PA) Normal

Diurese Normal

Redução de Peso 0%

DESIDRATADO

Aspecto Geral Irritado, com sede

Olhos Fundos, lágrimas ausentes

Mucosas Secas
Enfermeiro

Turgor Pastoso

Pulso Palpável

Perfusão Normal

Circulação Normal

Diurese Pouco diminuída

Redução de Peso Menor/igual a 10%


30

DIARREIA
Graus de desidratação na diarreia

DESIDRATAÇÃO
GRAVE
Aspecto Geral Deprimido, comatoso

Olhos Muito fundos, sem lágrima

Mucosas Muito secas

Turgor Muito pastoso

Pulso Débil ou ausente

Perfusão Alterada

Circulação Diminuída/taquicardia

Diurese Oligúria/anúria

Redução de Peso Maior que 10%


Enfermeiro
31

NÁUSEAS E VÔMITOS

Náuseas e vômitos pode ser entendido como

a expulsão oral forçada do conteúdo gástrico,

associada à contração da musculatura. Há

três fases consecutivas da êmese que incluem

náusea, arcadas e vômitos. A náusea é a

sensação de necessidade iminente de vomitar

que está associado à estase gástrica. As

arcadas são os movimentos musculares

bruscos, abdominais e torácicos, que

precedem o vômito. A fase final da êmese é o

vômito, a expulsão forçada do conteúdo

gástrico devido à retroperistalse.

Deve-se atentar para sinais de distensão

abdominal, presença de ruídos hidroaéreos,

dor abdominal, presença de massas, dor à

descompressão brusca dolorosa, contração

abdominal involuntária, icterícia, alterações

neurológicas e sinais de desidratação.

É fundamental avaliar o grau de hidratação

(Descrito em Diarreia) e identificar a causa de

origem das náuseas e vômitos para a

instituição de terapia apropriada orientada

pelo diagnóstico, o que frequentemente

resulta no controle dos sintomas.


32

NÁUSEAS E VÔMITOS
Condutas de enfermagem relacionados a náuseas e vômitos

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO

1. Explicar a causa de náusea e a duração se conhecidas;

2. Encorajar o cliente a fazer refeições pequenas e

frequentes;

3. Acompanhar evolução do caso na própria Penitenciária

Federal;

4. Ofertar Sal de Reidratação Oral após perdas: 1 copo no

mínimo - 300 ml;

5. Aumentar ingesta de líquidos (água);

6. Fornecer orientações sobre alimentos recomendados e

aqueles a serem evitados;

7. Retornar para avaliação médica se não houver melhor em

48 horas ou piora clínica a qualquer momento.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

1. Manejar quadro na própria Penitenciária Federal;

2. Orientar para ingesta de líquidos (água);

3. Fornecer orientações sobre alimentos recomendados e

aqueles a serem evitados;

4. Retornar para avaliação médica se não houver melhor em

48 horas ou piora clínica a qualquer momento.


33
DIARREIA / NÁUSEAS E
VÔMITOS
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem na Diarreia,
Náuseas e Vômitos

Terapia de Reidratação
Sinais de Alerta
Oral (TRO) na cela
(atendimento médico imediato)
1. Soro de Reidratação Oral:
1. Taquipneia/Taquicardia/Febre;
50 a 100 ml/kg em 4 a 6
2. Pulso rápido e fino;
horas na cela;
3. Dor abdominal intensa e
2. Reavaliar INTERNO a cada
ausência de ruídos hidroaéreos;
30 minutos ou antes se
3. Descompressão abdominal
necessário;
dolorosa (Blumberg positivo);
3. Observar sinais de
4. Fezes com sangue ou pus;
gravidade ou de piora clínica;
5. Vômitos com sangue;
4. Se piora durante a TRO na
6. Rigidez de nuca/meningeos;
cela ou não aceitação da
7. Vômitos em jatos e persistentes;
mesma por via oral, solicitar
8. Sinais de desidratação grave.
avaliação médica imediata.
34
DIARREIA / NÁUSEAS E
VÔMITOS
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

NÃO
2. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack

Brasil Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção

Primária à Saúde. Florianópolis-SC, 2016.

3. VIDOR, A. C.; CUNHA, C. R. H.. Náuseas e vômitos. In.

DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J.. Medicina

Sinais de Gravidade
ambulatorial: Condutas de atenção primária baseadas em

evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006, p. 1193-1200.


Enfermeiro
35

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

DOR DE GARGANTA

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
36

DOR DE GARGANTA

A faringite infecciosa aguda é a principal

causa de dor de garganta e mais de 50% das

faringites são de etiologia viral. A clínica é de

dor de garganta, febre e mal-estar. O mal-

estar costuma ser menor do que o provocado

pelas infecções bacterianas. Alguns sintomas

são comuns e ajudam a suspeitar da etiologia

viral do quadro: rouquidão, tosse, conjuntivite

e diarreia. No exame físico, notam-se:

hiperemia da faringe e das amígdalas, com

ou sem vesículas ou ulcerações, e com ou sem

exsudato amigdaliano.

Perante esta queixa a equipe de enfermagem

deve avaliar os seguintes aspectos:

dificuldade para deglutir, dor de ouvido,

tosse, febre, dor nas articulações (febre

reumática), atentar para as doenças de

notificação obrigatória (difteria). No exame

físico deve ser observado: estado geral,

aspecto da mucosa orofaríngea, presença de

gânglios em região submandibular, febre. Os

sinais de alerta que envolve esta queixa são:

febre alta, secreção ou pontos purulentos,

pontos necróticos, placas branco-

acinzentadas, edema em região cervical e

gânglios submandibulares.
37

DOR DE GARGANTA
Condutas de enfermagem relacionados a dor de garganta

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO

1. Orientar a escovação dos dentes e gengivas, fazer repouso

da voz;

2. Encaminhar para consulta médica em caso de sinais de

alerta ou agravamento dos sintomas;

3. Orientar sinais de alerta;

4. Orientar aumento de ingesta hídrica.

5. Caso haja demanda para aliviar a dor, administrar dipirona

500-1000 mg via oral a cada 6/6 horas ou paracetamol 500-

1000 mg 6/6 horas se dor;

6. Acompanhar tratamento;

7. Retornar para avaliação médica se não houver melhora do

quadro clínico.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

1. Orientar a escovação dos dentes e gengivas, fazer repouso

da voz;

2. Encaminhar para consulta médica em caso de sinais de

alerta ou agravamento dos sintomas;

3. Orientar sinais de alerta;

4. Orientar aumento de ingesta hídrica.


38
DOR DE GARGANTA
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem na
Dor de Garganta

Cuidados de Enfermagem
1. Analgesia (prescrição do enfermeiro)

2. Retorno em 24-48 horas se persistência do quadro clínico

ou antes se houver piora;

3. Orientar sinais de gravidade;

4. Retornar para avaliação médica se não houver melhora do

quadro clínico.

Sinais de Alerta
(atendimento médico imediato)

1. Dificuldade de abrir a boca (trismo);

2. Totalmente incapaz de engolir;

3. Dificuldade respiratória e febre (suspeitar de H1N1);

4. Presença de sinais de abcesso de tonsilas à oroscopia;

5. Febre maior que 39°C.


39
DOR DE GARGANTA
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

2. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack


NÃO
Brasil Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção

Primária à Saúde. Florianópolis-SC, 2016.

3. MAXIMILHANO, M. A.; SCHENEIDER, N. C.; KUPSKI,

C..Diarréia. In. ROSA, A. A. A.; SOARES, J. L. M. F.; BARROS, E.

Sintomas e sinais na prática médica: consulta rápida. Artmed:


Sinais de Gravidade
São Paulo, 2006.

4. SMITH, M. M.; ROSITO, L. P. S.. Dor de garganta. In. ROSA,

A. A. A.; SOARES, J. L. M. F.; BARROS, E. Sintomas e sinais na

prática médica: consulta rápida. Artmed: São Paulo, 2006.

20. VIDOR, A. C.; CUNHA, C. R. H.. Náuseas e vômitos. In.


Enfermeiro

DUNCAN, B. B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J.. Medicina

ambulatorial: Condutas de atenção primária baseadas em

evidências. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006, p. 1193-1200.


40

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

AZIA (PIROSE)

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
41

AZIA (PIROSE)

É uma sensação de dor ou queimação no

esôfago, logo abaixo do esterno, que é

causado pela regurgitação de ácido gástrico.

A equipe de Enfermagem deve avaliar a

presença de sinais de alerta como segue:

idade maior que 50 anos, emagrecimento,

vômitos persistentes, disfagia, anemia,

hematêmese, massa abdominal palpável,

história familiar de câncer gastrointestinal,

cirurgia gástrica prévia.

A consulta de Enfermagem deve conter os

seguintes questionamentos: tempo de

evolução, hábitos alimentares, estado

emocional, tabagismo, episódio único ou

repetitivo, uso de medicação (analgésicos,

anti-inflamatório, antibióticos, etc.),

doenças associadas.
42
AZIA (PIROSE)
Condutas de enfermagem relacionados a azia (pirose)

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO
1. Solicitar avaliação médica para avaliação, sugerindo a

possibilidade de mudança na alimentação (dieta

alimentar);

2. Para INTERNOS com Doença Refluxo Gastroesofágico

(DRGE) já diagnosticado, orientar repouso em decúbito

elevado, dietas fracionadas, evitar deitar-se logo após

ingestão de alimentos.

3. Utilizar hidróxido de alumínio 60 mg/ml, 5 ml (uma colher

de chá) VO até 3x/dia (uma hora após refeições e/ou

antes de deitar-se), atentando para possível efeito rebote

e evitando uso rotineiro já que a medicação não promove

alívio a médio prazo (no máximo 14 dias);

4. Realizar interconsulta médica ou avaliação médica em

conjunto, a fim de determinar conduta medicamentosa

mais adequada.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

1. Solicitar avaliação médica para avaliação, sugerindo a

possibilidade de mudança na alimentação (dieta

alimentar);

2. Para INTERNOS com Doença Refluxo Gastroesofágico

(DRGE) já diagnosticado, orientar repouso em decúbito

elevado, dietas fracionadas, evitar deitar-se logo após

ingestão de alimentos.
43
AZIA (PIROSE)
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem na Azia (Pirose)

Cuidados de Enfermagem
Sinais de Gravidade
1. Se necessário e sem contraindicações:
(atendimento médico)
iniciar Hidróxido de alumínio 60 mg/ml, 5

ml por via oral até 3x/dia. (prescrição do 1. Dificuldade de engolir,

enfermeiro); deglutir;

2. Se história pregressa de gastrite, úlcera

péptica, doença do refluxo gastresofágico 2. Sangue nas fezes;

ou quadro recorrente, discutir/encaminhar

para médico da equipe no mesmo dia ou 3. Vômitos persistentes;

em consulta agendada, conforme

intensidade da queixa; 4. Vômitos com sangue;

3. Se em 24-48 horas não houver melhora

dos sintomas, ou antes se piora ou início 6. Abdômen distendido,

de sinais de gravidade, solicitar avaliação rígido (sinais de peritonite).

médica.
44
AZIA (PIROSE)
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

2. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack


NÃO
Brasil Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção

Primária à Saúde. Florianópolis-SC, 2016.

Sinais de Gravidade
Enfermeiro
45

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

CONSTIPAÇÃO
INTESTINAL

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
46

CONSTIPAÇÃO INTESTINAL

Na constipação intestinal, o atendimento

de enfermagem consiste em avaliar o

tempo de evolução, atendimentos

anteriores com a mesma queixa, hábitos

alimentares, consistência e aspecto das

fezes, hábito intestinal, dor, distensão

abdominal e flatulência. Também deve-se

verificar a presença de queixas

associadas: distúrbios anorretais,

hemorroidas, fissuras ou sangramentos

por esforço ao evacuar.

É importante na avaliação inicial da

equipe de enfermagem, ficar atento aos

sinais de alerta, para poder aplicar as


condutas adequadas em um possível

quadro de constipação intestinal.

Sinais de Alerta
1. Ausência de evacuação ou flatulência nas últimas 24

horas com dor/distensão abdominal;

2. Dor abdominal intensa;

3. Ausência de ruídos hidroaéreos;

4. Ausência de evacuações há mais de 5 dias;

5. Dor à descompressão abdominal;

6. Febre maior que 38°C sem outros sinais/sintomas que

possam originá-la.
47
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Condutas de enfermagem relacionados
a constipação intestinal

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO

1. Aumentar a ingesta hídrica;

2. Avaliação alimentar com orientações de dieta

adequada de alimentos ricos em fibras (verduras, feijão,

aveia, milho cozido, brócolis, couve flor, rabanete, quiabo,

ervilha, vagem, dobradinha, abacate, mamão, laranja com

bagaço, melancia, uva e azeite. Evitar alimentos como

cenoura cozida, batata, maçã, banana maçã, arroz em

grande quantidade, bolachas);

3. Incentivar atividade física regular, durante o banho de

sol.

4. Prescrever óleo mineral 15 ml à noite e outra dosagem

no dia seguinte ao despertar. Caso não obtenha êxito,

aumente a dosagem para 30 ml (2 colheres de sopa) à

noite e 15 ml pela manhã.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
1. Aumentar a ingesta hídrica;

2. Avaliação alimentar com orientações de dieta

adequada de alimentos ricos em fibras (verduras, feijão,

aveia, milho cozido, brócolis, couve flor, rabanete, quiabo,

ervilha, vagem, dobradinha, abacate, mamão, laranja com

bagaço, melancia, uva e azeite. Evitar alimentos como

cenoura cozida, batata, maçã, banana maçã, arroz em

grande quantidade, bolachas);

3. Incentivar atividade física regular, durante o banho de

sol.
48
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

2. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack


NÃO
Brasil Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção

Primária à Saúde. Florianópolis-SC, 2016.

Sinais de Gravidade
Enfermeiro
49

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

DOR LOMBAR

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
50

DOR LOMBAR

A dor lombar ou lombalgia é ainda uma das

principais causas de procura por serviços de

saúde. Conforme o Ministério da Saúde até

70% das pessoas com mais de 40 anos

apresentam algum problema de coluna e esse

número sobe para 80% a 90% na população

acima de 50 anos.

o papel da enfermagem é de extrema

relevância no que tange a abordagem e

no manejo da mesma, sendo com medidas

não farmacológicas e mudanças posturais

e de estilo de vida, seja na identificação

de sinais de gravidade e referenciamento

imediato ao médico da equipe ou mesmo

na prescrição de medicamentos de

primeira linha, os quais possuem uma boa

efetividade com poucos efeitos colaterais.

Sinais de Alerta
51

DOR LOMBAR
Condutas de enfermagem relacionados a dor lombar

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO

1. Orientar medidas de alongamento (durante banho de sol);

2. Orientar postura e medidas gerais para corrigir a mesma

se necessário;

3. Paracetamol ou Dipirona 500-1000 mg VO de 6/6 horas se

dor.

4. Se não houver melhora, encaminhar para avaliação

médica;

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

1. Orientar medidas de alongamento (durante banho de sol);

2. Orientar postura e medidas gerais para corrigir a mesma

se necessário;
52
DOR LOMBAR
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem na Dor Lombar

Sinais de Gravidade
(atendimento médico)
Cuidados de Enfermagem
1. Alteração na função da

1. Paracetamol ou Dipirona 500-1000 mg bexiga ou do intestino

VO de 6/6 horas se dor. (prescrição do (retenção ou incontinência);

enfermeiro); 2. Fraqueza nas pernas;

3. Dificuldade de andar;

2. Reavaliação da enfermagem em no 4. Dormência nas nádegas,

máximo 7 dias, se manutenção da dor ou períneo ou pernas;

antes se piora; 5. Febre;

6. Dor em flanco súbita, que

3. Se em 7 dias não houver melhora dos se irradia para a região da

sintomas, ou antes se piora ou início de virilha ou testículo;

sinais de gravidade, solicitar avaliação 7. Dor intensa na flexão e/

médica. ou extensão passiva dos

membros.
53
DOR LOMBAR
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

2. LONDRINA. Prefeitura do Município. Avaliação e Assistência


NÃO
de Enfermagem: protocolo. Londrina-PR, 2006. Disponível em:

http://www1.londrina.pr.gov.br/dados/images/stories/Storag

e/sec_saude/protocolos_clinicos_saude/prot_enfermagem.p

df.

Sinais de Gravidade
Enfermeiro
54

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

RESFRIADO

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
55

RESFRIADO

O resfriado comum ou mais conhecido como

infecção das vias aéreas superiores (IVAS),

constitui causa comum de consultas de

enfermagem na atenção primária e dentro do

contexto da saúde da família. Na ausência de

fatores de risco ou sinais de gravidade, deve

ser manejado inicialmente pelos profissionais

de enfermagem, principalmente no que diz

respeito às orientações de cuidados e

conforto, os quais são as principais medidas no

tratamento de IVAS.

O fluxograma que trata do

acompanhamento das IVAS tenta auxiliar

a equipe de enfermagem no manejo e na

identificação de sinais de gravidade, os

quais deverão ser encaminhados

Sinais de Alerta
prontamente ao médico da equipe para o

tratamento medicamentoso adequado.


56
RESFRIADO
Condutas de enfermagem relacionados ao resfriado

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO
1. Realizar cuidados a fim de evitar a propagação (higiene

da tosse);

2. Aumentar a ingestão de líquidos (água);

3. Orientar repouso;

4. Se tosse produtiva persistente por mais de 3 semanas,

solicitar baciloscopia de escarro;

5. Orientar vacinação se INTERNO > 60 anos ou HIV positivo

ou com DPOC, depois que os sintomas do episódio

cessarem;

6. Se em 48 horas não houver melhora dos sintomas, ou

antes se piora ou início de sinais de gravidade, solicitar

avaliação médica.

7. Paracetamol ou Dipirona 500-1000 mg VO de 6/6 horas se

dor;

8. Se em 48 horas não houver melhora dos sintomas, ou

antes se piora ou início de sinais de gravidade, solicitar

avaliação médica.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM

1. Realizar cuidados a fim de evitar a propagação (higiene da

tosse);

2. Aumentar a ingestão de líquidos (água);

3. Orientar repouso;

4. Orientar vacinação se INTERNO > 60 anos ou HIV positivo ou

com DPOC, depois que os sintomas do episódio cessarem;

5. Se em 48 horas não houver melhora dos sintomas, ou antes se

piora ou início de sinais de gravidade, solicitar avaliação

médica.
57
RESFRIADO
Fluxograma de Atendimento de Enfermagem no Resfriado

Cuidados de Enfermagem
1. Paracetamol ou Dipirona 500-1000

mg VO de 6/6 horas se dor,


Fatores de Riscos

(prescrição do enfermeiro);
1. INTERNO idoso (acima de 60
2. Se em 48 horas não houver
anos);
melhora dos sintomas, ou antes se
2. Cardiopatias;
piora ou início de sinais de gravidade,
3. Imunossupressão;
solicitar avaliação médica.
4. Nefropatias;

Sinais de Gravidade 5. Diabetes de difícil controle;

(atendimento médico) 6. Distúrbios hematológicos;


1. Dispneia ou FR alterada;
7. Transtornos neurológicos;
2. Febre > 38°C;
8. Obesidade.
3. Tosse persistente ou produtiva;

4. Secreção nasal amarelo-esverdeado


58
RESFRIADO
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

NÃO
2. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack Brasil

Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção Primária à

Saúde. Florianópolis-SC, 2016.

Sinais de Gravidade
Enfermeiro
59

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

AFECÇÕES DE PELE

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
60

AFECÇÕES DE PELE

A pele é considerada o maior órgão ou

sistema do corpo humano, sendo assim

uma das regiões mais relevantes e mais

suscetíveis a infecções sejam elas

bacterianas, fúngicas ou determinadas

por outros agentes etiológicos.

exporemos as principais afecções de pele,

as quais o enfermeiro poderá realizar

abordagem clínica e farmacológica, sendo

importante o registro e determinação de

tempo de cada sinal ou sintoma e, caso haja

dúvidas encaminhar para avaliação médica, a

qual pode ser eletiva ou de urgência

dependendo a situação.
61
AFECÇÕES DE PELE
Condutas de enfermagem relacionados as afecções de pele

Sinais e sintomas
1. As áreas de lesões mais comuns são entre os dedos das

mãos e podem se estender para punhos (face anterior),


ESCABIOSE (SARNA)

região inguinal e coxas, região periumbilical, nádegas,

axilas, cotovelo e couro cabeludo.

2. Erupção pápulo eritomatosa em consequência da

infestação e da reação de hipersensibilidade ao ácaro,

sendo uma lesão que apresenta como característica

principal a formação de cavitações (pequenos túneis

sobre a pele).

3. O prurido se manifesta intensamente principalmente no

período da noite, podendo ocorrer durante o dia também.

Como tratar:
Enfermeiro / Técnico de Enfermagem
Orientar sobre transmissibilidade, prevenção, higiene

pessoal e identificar contatos.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Prescrever Loção de permetrina a 5 %


aplicação à noite (retirar no banho após

8-12 horas) sendo 2 aplicações com

intervalo 1 semana entre elas.

2. A aplicação deve ocorrer em todo o

corpo (pescoço para baixo),

independentemente da região onde estão

as lesões já que o parasita costumeiramente

está alojado em outras partes também.


Fotos de achado de

Escabiose (sarna)
62
AFECÇÕES DE PELE
Condutas de enfermagem relacionados as afecções de pele

Sinais e sintomas
PEDICULOSE (PIOLHO)

1. Presença de parasitas (vulgo piolho) ou ovos do parasita

em couro cabeludo.

2. Atentar para presença de feridas em couro cabeludo e

cuidar com sinais de infecção secundária, a qual na

presença deve também ser manejada com o uso de

antibióticos conforme conduta do médico da equipe

(interconsulta/consulta conjunta).

Como tratar:
Enfermeiro / Técnico de Enfermagem
Orientar passar frequentemente o pente fino no couro

cabeludo no mínimo uma vez ao dia e lavar o mesmo

com água corrente e sabão.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Prescrever Loção de permetrina a 1%


(diluição de uma parte da loção a 5% para 4

partes de água), sendo a aplicação durante

o banho. Deixar agir por 5 minutos e

enxaguar.

2. Repetir 3x/semana por uma semana em

dias intercalados.

Foto de achado de

Pediculose (piolho)
63
AFECÇÕES DE PELE
Condutas de enfermagem relacionados as afecções de pele

MICOSE INTERDIGITAL (FRIEIRA)

Sinais e sintomas
MICOSE (IMPINGEM)

1. Lesões circulares e pruriginosas, com

descamação de crescimento lento e

bordas elevadas, tendo como áreas

mais comuns as axilas e região da virilha.

2. Lesões descamativas úmidas entre os

dedos ou nas plantas dos pés.

Como tratar:
Enfermeiro / Técnico de Enfermagem

1. Orientar para evitar contato direto ou indireto com outros

INTERNOS, para que não haja transmissão da doença.

2. Orientar para lavar e secar bem os pés.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Prescrever Clotrimazol creme 2x/dia por


7 a 14 dias.
Foto de achado de Micose

(impingem)

2. Se presença de lesões extensas,

encaminhar ou discutir com médico da

equipe uso de antifúngico sistêmico.

Foto de achado de

Micose (frieira)
64
AFECÇÕES DE PELE
Condutas de enfermagem relacionados as afecções de pele

Sinais e sintomas
PITIRÍASE VESICOLOR

1. Máculas descamativas coalescentes


(PANO BRANCO)

hipopigmentadas (mais comum) ou

hiperpigmentadas no tronco, face, pescoço e

membros superiores.

2. É mais comum nos meses de verão, favorece

áreas oleosas da pele e geralmente apresenta

uma natureza recidivante que requer tratamento

frequente; prurido é raro.

Como tratar:
Enfermeiro / Técnico de Enfermagem

Orientar que as mudanças na pigmentação da pele

normalmente persistem após o término do tratamento.

O retorno à coloração normal leva meses após o término

da terapia.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Prescrever Clotrimazol tópico (1%):


aplicar em todo o pescoço, tronco, braços e

pernas 2x/ por 2 semanas; ou

2. Prescrever Cetoconazol xampu: aplicar


em todo o corpo após fazer espuma lavando

os cabelos, deixando agir por 5 minutos no

corpo todo antes de retirar a substância. Foto de achado de

Usar 1x/dia por 2 semanas. Pitiríase Vesicolor

(pano branco)
65
AFECÇÕES DE PELE
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção

Básica. Dermatologia na atenção básica. Caderno de

Atenção básica n. 9. Brasília-DF, 2002.

2. BRITISH MEDICAL JOURNAL. Best Pratice. Scabies: última

atualização em janeiro de 2016. Disponível em:

http://bestpractice.bmj.com/best-practice/monograph-

pdf/124.pdf NÃO

3. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack Brasil

Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção Primária à

Saúde. Florianópolis-SC, 2016. 


Enfermeiro
66

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

AFECÇÕES DE BOCA

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
67

AFECÇÕES DE BOCA

Apesar de ser uma especialidade da

odontologia, muitos problemas bucais

são de fácil manejo e devem fazer parte

do escopo de prática do enfermeiro,

sendo que aqueles que sugerem sinais de

gravidade e/ou problemas crônicos

deverão ser encaminhados ao dentista da

equipe e/ou médico para avaliação.

Lesões bucais crônicas, leucoplásicas e/ou

que não cicatrizarem em até 2-3 semanas

após primeira avaliação deverão

obrigatoriamente ser referenciadas ao

dentista ou médico da equipe, considerando

a prevalência significativa que o câncer bucal

apresenta no Brasil. Exporemos os principais

agravos bucais de mais fácil manejo e as

quais o enfermeiro poderá realizar

abordagem clínica e farmacológica.


68
AFECÇÕES DE BOCA
Condutas de enfermagem relacionados as afecções de boca

Sinais e sintomas
(CANDIDÍASE)
AFTA

Placas brancas em bochechas, gengiva, língua,

palato há menos de 2 semanas.

Como tratar:
Enfermeiro / Técnico de Enfermagem

Orientar para manter escovação e higiene

bucal rotineira.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Prescrever: Se lesões grumosas: Nistatina


100.000 UI/ml, 04 ml via oral de 6/6 horas por
7 dias. E/ou;

2. Analgesia com Dipirona 500-1000 mg de

6/6 horas ou Paracetamol 500-1000 mg de 6/6

horas se dor.

Foto de achado de Afta

(candidíase)
69
AFECÇÕES DE BOCA
Condutas de enfermagem relacionados as afecções de boca
HERPES LABIAL

Sinais e sintomas

Lesões bolhosas em lábios ou boca, associadas a

sensação de prurido/queimação.

Como tratar:
Enfermeiro / Técnico de Enfermagem

Orientar para evitar o contato direto e/ou

compartilhado de objetos de uso comum

durante a fase aguda das lesões, bem como,

evitar contato íntimo com a boca e/ou outras

mucosas durante a fase aguda das lesões.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Prescrever: Lidocaina creme 2% nas lesões


de 8/8 horas se necessário para alivio da dor.

2. Analgesia com Dipirona 500-1000 mg de


6/6 horas ou Paracetamol 500-1000 mg de

6/6 horas se dor.

3. Se primeiro episódio foi iniciados há menos

de 72 horas: utilizar aciclovir pomada, e


encaminhar para avaliação médica.

Fotos de achado de

Herpes Labial
70

AFECÇÕES DE BOCA
Referências

1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de atenção básica.

Departamento de atenção básica. Acolhimento à demanda

espontânea. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Cadernos

de Atenção Básica n. 28, Volume II. Brasília-DF, 2012.

Disponível: http://www.saude.sp.gov.br/resources/

humanizacao/biblioteca/documentosnorteadores/cadernos_

de_atencao_basica_-_volume_ii.pdf  

NÃO
2. FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Pack

Brasil Adulto: Ferramenta de manejo clínico em Atenção

Primária à Saúde. Florianópolis-SC, 2016. 


Enfermeiro
71

PROTOCOLO DE
ENFERMAGEM

HIPERDIA

Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG
72

HIPERDIA

As doenças crônicas não transmissíveis

representam uma grave preocupação à saúde

para as populações em todo o mundo. Dentre

essas patologias destacam-se as doenças

cardiovasculares e metabólicas, como o

Diabetes Mellitus e Hipertensão Arterial

Sistêmica.

O programa Hiperdia é oriundo do Plano de

Reorganização da Atenção à Hipertensão

Arterial Sistêmica e ao Diabetes Mellitus, criado

em 2001 pelo Ministério da Saúde . A meta

principal é garantir o acompanhamento e

tratamento sistemático, mediante ações de de

saúde aos portadores destas doenças crônicas.

A assistência aos hipertensos e/ou

diabéticos exige a realização de

atividades de promoção em saúde, como

campanhas educativas periódicas, bem

como acompanhamento dos valores

pressóricos e de glicoteste periódicos, a

fim de manter sob controle a saúde dos

que apresentam tais doenças.


73
HIPERDIA
Condutas de enfermagem relacionados ao hiperdia

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
ENFERMEIRO

1. Nos casos de Pressão Arterial e Glicoteste de até (139x89

mmHg - 99mg/dl) a consulta de enfermagem/

médica será uma vez a cada seis (06) meses;


2. Nos casos de Pressão Arterial e Glicoteste igual ou acima

de (140x90 mmHg - 100mg/dl) a consulta de

enfermagem/médica será uma vez por mês.


3. Os enfermeiros deverão encaminhar para consulta médica,

sempre que os valores pressóricos e glicoteste estiverem

alterados, principalmente quando o INTERNO estiver em uso de

medicação para hipertensão e diabetes.

ATRIBUIÇÕES E COMPETÊNCIAS
TÉCNICO DE ENFERMAGEM
1. Controle/acompanhamento de Pressão Arterial

(hipertensos) e Glicoteste (diabéticos) pelo menos a cada


uma vez ao mês dos INTERNOS que apresentam valores
pressóricos dentro do padrão de normalidade com uso de

medicação (139x89 mmHg - 99mg/dl).

2. Nos casos de INTERNOS que mesmo fazendo uso de

medicação, os valores pressóricos e o glicoteste sempre dão

acima do normal (140x90 mmHg - 100mg/dl), estes deverão

ter suas aferições de Pressão Arterial e glicoteste

monitorados pelo menos uma vez por semana.


3. Os registros de PA e Glicoteste deverão ser anotados na

Planilha de Controle do Prontuário, bem como, no SIAPEN.


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HIPERDIA
Condutas de enfermagem relacionados ao hiperdia
PRESSÃO ARTERIAL

Sinais e sintomas
GLICOTESTE

INTERNO apresentando PA e Glicoteste dentro do padrão de

normalidade de até (139x89 mmHg - 99mg/dl) com uso de

medicação.

Como tratar:
Técnico de Enfermagem

Realizar o controle/acompanhamento de Pressão

Arterial (hipertensos) e Glicoteste (diabéticos)

pelo menos a cada uma vez ao mês.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Nos casos de Pressão Arterial e Glicoteste

dentro do padrão de normalidade em uso de

medicação de até (139x89 mmHg - 99mg/dl)

a consulta de enfermagem/médica será uma


vez a cada seis (06) meses;

2. Os enfermeiros deverão encaminhar para

consulta médica, sempre que os valores

pressóricos e glicoteste estiverem alterados,

principalmente quando o INTERNO estiver em

uso de medicação para hipertensão e

diabetes.
75

HIPERDIA
Condutas de enfermagem relacionados ao hiperdia
PRESSÃO ARTERIAL

Sinais e sintomas
GLICOTESTE

INTERNO que mesmo fazendo uso de medicação,

apresentar os valores pressóricos e o glicoteste igual ou

acima de (140x90 mmHg - 100mg/dl).

Como tratar:
Técnico de Enfermagem

Realizar o controle/acompanhamento de Pressão

Arterial (hipertensos) e Glicoteste (diabéticos)

pelo menos a cada uma vez por semana.

Condutas do ENFERMEIRO

1. Nos casos que mesmo fazendo uso de

medicação, a Pressão Arterial e o Glicoteste

seja igual ou acima de (140x90 mmHg - 100mg/dl)

a consulta de enfermagem/médica será uma vez


por mês;

2. Os enfermeiros deverão encaminhar para

consulta médica, sempre que os valores

pressóricos e glicoteste estiverem alterados,

principalmente quando o INTERNO estiver em uso

de medicação para hipertensão e diabetes.


76

HIPERDIA
Referências

1. ASSIS, L. C., Somões, M. O. S. & Cavalcanti, A. L. (2012).

Políticas públicas para monitoramento de hipertensos e

diabéticos na atenção básica, Brasil. Revista Brasileira de

Pesquisa em Saúde, 14(2), 65-70.

2. BRASIL (2002). Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas

NÃO
Públicas. Plano de reorganização da atenção à hipertensão e

diabetes mellitus. Brasília: Editora do Ministério da Saúde.

3. BRASIL (2010). Ministério da Saúde. Secretaria de atenção

à saúde. Núcleo técnico da política nacional de

humanização. Acolhimento nas práticas de produção de

saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,

Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – 2. ed.

5. reimp. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde.


Enfermeiro
Penitenciária Federal de Campo Grande/MS

PFCG

NÃO
Enfermeiro

FÁBIO LOPES DO NASCIMENTO


Especialista Federal em Assistência a Execução Penal
ENFERMEIRO/COREN-MS: 455.842

2018

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