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Foi descoberta por Hahn e Meitner com a observação de uma fissão nuclear depois da irradiação de urânio com nêutrons.
A tecnologia nuclear tem como uma das principais finalidades gerar energia elétrica. Aproveitando-se do calor emitido na reação,
para aquecer a água até se tornar vapor, assim movimentando uma turbina a vapor acoplada a um gerador. A reação nuclear pode
acontecer controladamente em um reator de usina nuclear ou descontroladamente em uma bomba atômica (causando uma reação
chamada reação em cadeia).
Índice
Tipos de reações nucleares
Exemplo
História da energia nuclear
Tipos de reatores
Reatores de fissão
Reatores de fusão
Método para obtenção da energia elétrica por fonte nuclear
Economia
Bomba atômica
Toxicidade de radioativos
Aplicação civil
Uso no espaço
Energia nuclear no Brasil – dados de consumo
Vantagens e desvantagens da energia nuclear
Vantagens
Desvantagens
Resíduos radioativos
Acidentes nucleares
Perigos aos funcionários
Segurança
Gases de estufa
Existem duas formas de reações nucleares: a fissão nuclear, onde o núcleo atômico subdivide-se em duas ou mais partículas; e a
fusão nuclear, na qual ao menos dois núcleos atômicos se unem para formar um novo núcleo.
Exemplo
Apenas um exemplo das mais de 1000 possíveis fissões de urânio-235: Urânio captura um nêutron, torna-se instável e fraciona
em bário e criptônio com emissão de dois nêutrons.
Com esta reação Hahn e Strassmann demonstraram a fissão em 1938 através da presença de bário na amostra, usando
espectroscopia de massa.
Enrico Fermi suspeitava que o núcleo ficaria cada vez maior acrescentando
nêutrons. Ida Noddack foi a primeira a suspeitar que "durante o
bombardeamento de núcleos pesados com nêutrons, estes poderiam quebrar-se
em pedaços grandes, que são isótopos de elementos conhecidos, mas não
vizinhos dos originais na tabela periódica".
A fissão nuclear foi descoberta por Otto Hahn e Fritz Straßmann em Berlim-
1938 e explicada por Lise Meitner e Otto Frisch (ambos em exílio na Suécia)
logo depois, com a observação de uma fissão nuclear depois da irradiação de
urânio com nêutrons (ver: projeto de energia nuclear alemão). Otto Hahn e Lise Meitner no
laboratório
A primeira reação em cadeia foi realizada em dezembro de 1942 em um reator
de grafite de nome Chicago Pile 1 (CP-1), no contexto do projeto Manhattan
com a finalidade de construir a primeira bomba atômica, sob a supervisão de Enrico Fermi na Universidade de Chicago.
Tipos de reatores
Reatores de fissão
Existem vários tipos de reatores, de água leve (ingl. Light Water reactor ou LWR), reatores de água pesada (ingl. Heavy Water
Reactor ou HWR), reator de rápido enriquecimento ou "reatores incubadores" (ingl. Breeder reactor) e outros, dependendo da
substância moderadora usada. Um reator de rápido enriquecimento gera mais material físsil (combustível) do que consome. A
primeira reação em cadeia foi realizada num reator de grafite. O reator que levou o acidente nuclear na usina de Chernobil
também era de grafite. A maioria dos reatores em uso para geração de energia elétrica no mundo são do tipo água leve. A nova
geração de usinas nucleares, denominada G3+, incorpora conceitos de segurança passiva, pelos quais todos os sistemas de
segurança da usina são passivos, o que as tornam intrinsecamente seguras. Como reatores da próxima geração (G4) são
considerados reatores de sal fundido ou MSR (ingl. molten salt reactor). Ainda em projeto conceitual, será baseada no conceito de
um reator de rápido enriquecimento.
Reatores de fusão
O emprego pacífico ou civil da energia de fusão está em fase
experimental, existindo incertezas quanto a sua viabilidade
técnica e econômica.
Os cientistas do projeto Iter, no qual participam o Japão e a União Europeia, pretendem construir uma central experimental de
fusão para comprovar a viabilidade econômica do processo como meio de obtenção de energia.
Nos reatores as reações acontecem de maneira controlada, enquanto que nas bombas atômicas a reação em cadeia [nota 2]
processa-se integralmente em um tempo muito curto, liberando de modo explosivo toda a energia armazenada no material
fissionável [nota 3], urânio ou plutônio.
Um átomo é composto por um núcleo e pelos elétrons que ocupam a região ao redor do núcleo atômico, que são muito leves e
têm carga elétrica negativa. Dentro do núcleo, há dois tipos de partículas, os prótons e os nêutrons. O número de prótons é sempre
igual ao número dos elétrons, num átomo eletricamente neutro, mas sua carga é positiva. Os nêutrons variam em número sendo
mais numerosos quanto mais pesado for o átomo, e são eletricamente neutros. No urânio presente na natureza são encontrados
átomos, que têm em seu núcleo 92 prótons e 143
nêutrons (cuja soma é 235), átomos com 92
prótons e 142 nêutrons (234) e outros ainda, com
92 prótons e 146 nêutrons (238). Como o número
de prótons e elétrons é sempre igual (92), pode-se
dizer que esses são quimicamente iguais e são
chamados de isótopos do mesmo elemento.[3]
O choque de um nêutron livre com o isótopo 235U causa a divisão do núcleo desse isótopo em duas partes, e ocasiona uma
liberação relativamente alta de energia. Dá-se a esse fenômeno o nome de fissão nuclear.
Economia
A economia das novas plantas nucleares é um tópico controverso, visto que existem visões divergentes sobre o mesmo, e
investimentos multibilionários dependem da escolha desta dentre as outras fonte de energia. Plantas de energia nuclear
tipicamente tem seu capital de custo inicial bem elevado para a construção, porém possuem baixos preços de combustível.
Comparando com outras formas de geração de energia, estas são fortes dependentes de suposições e preconceitos sobre
construções sob a escala de tempo e o financiamento de plantas nucleares, assim como, os futuros custos de combustíveis fósseis
e renováveis, além das soluções para armazenamento de energia. Por outro lado, métodos para diminuiu o aquecimento global,
tais como o imposto de carbono, podem favorecer a consolidação desta indústria. O Reino Unido, assim como outras nações
favoráveis a economia neoliberal, veem como um grande problema a necessidade de subsidiar as plantas nucleares como é
realizado nos Estados Unidos da América, pois as outras formas de energia não necessitam de mesmo tratamento, mesmo que
elas se paguem ao longo prazo.[4][5]
Bomba atômica
As bombas nucleares fundamentam-se na reação nuclear (i.e. fissão ou fusão nuclear) descontrolada e portanto explosiva.
A eficácia da bomba atômica baseia-se na grande quantidade de energia liberada e em sua toxicidade, que apresenta duas formas:
radiação e substâncias emitidas (produtos finais da reação e materiais que foram expostos à radiação), ambas radioativas. A força
da explosão é de 5 mil até 20 milhões de vezes maior, se comparada a explosivos químicos. A temperatura gerada em uma
explosão termonuclear atinge de 10 até 15 milhões de graus Celsius no centro da explosão.
Na madrugada do dia 16 de julho de 1945, ocorreu o primeiro teste nuclear da história, realizado no deserto de Alamogordo,
Novo México, a chamada Experiência Trinity.
O segundo, empregado pela primeira vez para fins militares durante a Segunda Guerra Mundial, foi na cidade japonesa de
Hiroshima (bomba Little Boy lançada pelo bombardeiro Enola Gay) e o terceiro, na cidade de Nagasaki (bomba Fat Man lançada
pelo Bockscar). Essas explosões mataram ao todo cerca de 155.000 pessoas imediatamente, além de 110.000 pessoas que
morrerem durante as semanas seguintes, em consequência dos efeitos da radioatividade. Além disso, suspeita-se que até hoje
mais 400.000 morreram devido aos efeitos de longo prazo da radioatividade [6]
As bombas termonucleares são ainda mais potentes e fundamentam-se em
reações de fusão de hidrogênio ativadas por uma reação de fissão prévia. A
bomba de fissão é o ignitor da bomba de fusão nuclear devido à elevada
temperatura para iniciar o processo da fusão.
Toxicidade de radioativos
A toxicidade baseia-se na radiação emitida pelas substâncias envolvidas na
reação nuclear. Assim, tanto o material utilizado, quanto todo entorno
serão fonte de radioatividade e, portanto, tóxicos.
Aplicação civil
A fissão nuclear do urânio é a principal aplicação civil da energia nuclear. É usada em centenas de centrais nucleares em todo o
mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coreia do
Norte, Paquistão e Índia, entre outros.
A percentagem da energia nuclear na geração de energia mundial é de 6,5% (1998, UNDP) e de 16% na geração de energia
elétrica. No mês de janeiro de 2009 estavam em funcionamento 210 usinas nucleares em 31 países com ao todo 438 reatores
produzindo a potência elétrica total de 372 GW. A maior usina nuclear por capacidade instalada é a Usina Nuclear de
Kashiwazaki-Kariwa, com potência de 7 965 MW para a rede elétrica e 8 212 MW de potência total.[7] No entanto, devido a
desativação temporária de Kashiwazaki-Kariwa devido aos problemas de segurança que vieram a tona com o Desastre Nuclear de
Fukushima, atualmente a maior usina nuclear em funcionamento no mundo é a Central Nuclear de Bruce no Canadá, com
potência de 6 383 MW e produção anual de energia elétrica de 47,63 GWh.[8]
Uso no espaço
Tanto a fissão, quanto a fusão aparentam promissoras aplicações na propulsão de foguete, gerando maiores velocidades com
menor número de massa na reação. Isso se deve a mais elevada densidade da energia das reações nucleares: próximas de 7 ordens
de magnitude (10.000.000 vezes) mais enérgicas que as reações químicas as quais são utilizadas atualmente nos foguetes.
A desintegração nuclear vem sendo usada em uma escala relativamente pequena (alguns kW), majoritariamente para suprir a
demanda energética de missões espaciais e experimentos usando geradores termoelétrico de radioisótopos, tais como os
desenvolvidos pelo Laboratório Nacional de Idaho.[9]
Além disso, os licenciamentos ambientais dos aproveitamentos hídricos remanescentes e economicamente viáveis estão se
tornando cada vez mais difíceis.
No quadro geral de geração de energia no Brasil,
entre todas as formas comercialmente viáveis, o
percentual de participação por fonte nuclear e de
outras fontes é mostrado na figura 2, verifica-se o
baixo aproveitamento com relação ao urânio e seus
derivados, apenas 1,40%.[3]
Segundo a INB, com o aumento da extração de urânio, a quantidade será suficiente para suprir a demanda de combustível das
usinas nucleares brasileiras, Angra 1, 2 e 3 e de mais oito usinas de 1 GW, previstas no Plano Nacional de Energia 2030 (PNE
2030), para suprir a exigência dos 8GW à matriz energética brasileira, mantendo-se o atual crescimento do PIB em torno de 5,2%
anual.
Com essa produção, o Brasil ocupará o 25º lugar no ranking Participação da Energia Nuclear na Produção de Energia Elétrica,
conforme mostra tabela.
Vantagens
A principal vantagem da energia nuclear é a não utilização de combustíveis fósseis. Considerada como vilã no passado, a Energia
Nuclear passou gradativamente a ser defendida por ecologistas de nome como James E. Lovelock por não gerarem gases de efeito
estufa. Estes ecologistas defendem uma virada radical em direção à energia nuclear como forma de combater o aquecimento
global argumentando que particularmente áreas contaminadas por acidentes nucleares como a região de Chernobyl se tornam em
parques ecológicos perfeitos com natureza plena e selvagem.[10]
Em comparação com a geração hidrelétrica, a geração a partir da energia nuclear apresenta a vantagem de não necessitar o
alagamento de grandes áreas para a formação dos lagos de reservatórios, evitando assim a perda de áreas de reservas naturais ou
de terras agriculturáveis, bem como a remoção de comunidades inteiras das áreas que são alagadas. Outra vantagem da energia
nuclear em relação à geração hidrelétrica é o fato de que a energia nuclear
é imune à alterações climáticas futuras que porventura possam trazer
alterações no regime de chuvas.
Cerca de 4% do total do combustível queimado é constituído dos chamados produtos de fissão e da série dos actinídeos, que são
originados a partir da fissão do combustível nuclear. Estes podem incluir elementos altamente radioativos como o Plutônio,
Amerício e Césio. Atualmente esses elementos são separados do urânio que será reprocessado e são armazenados em depósitos
projetados especificamente para armazenamento de elementos radioativos ou utilizados em pesquisas. O Plutônio tem valor
estratégico e científico particularmente alto por ser utilizado na fabricação de armamentos nucleares e também para pesquisas
relacionadas aos chamados Fast Breed Reactors, que são reatores que operam utilizando uma combinação de urânio natural e
plutônio como combustível. O Plutônio também é utilizado como combustível de satélites artificiais.[11].
Desvantagens
Resíduos radioativos
O resíduo radioativo de usinas nucleares é normalmente baixo, mas
representa um problema, pois os elementos contidos no combustível
queimado, principalmente os produtos de fissão, demoram um tempo muito
longo para decaírem em outros elementos e apresentam alta radioatividade,
portanto é necessário que eles fiquem confinados em um depósito próprio
onde não possa haver nem interferência humana externa nem interferência
ambiental (já que a interferência ambiental pode causar vazamentos e
deslocamento dos elementos).
Acidentes nucleares
O acidente no reator da Usina Nuclear de Chernobil (ex-URSS) contaminou
radioativamente uma área de aproximadamente 150.000 km² (corresponde mais
de três vezes o tamanho do estado do Rio de Janeiro), sendo que 4.300 km²
possuem acesso interditado indefinidamente. Até 180 quilômetros distantes do
reator situam-se áreas com uma contaminação de mais de 1,5 milhões de
Becquerel por km², o que as deixa inabitáveis por milhares de anos.
Em 1993 uma pessoa demente ultrapassou as barricadas de segurança da usina "Three Mile Island" com um carro e chegou até o
salão de turbinas. Nesse momento o reator estava em operação sob plena carga. Foi condenada sob acusação de causar ou arriscar
a uma catástrofe e internada em psiquiatria.[19]
Um funcionário do instituto de pesquisa nuclear belga em Mol (EURATOM) sofreu um acidente em 1980 que o expôs a Plutônio-
239 e provavelmente o levou a morte por leucemia 8 anos depois. Pesquisas feitas em cachorros, motivadas por esse incidente,
demonstraram que 3,24 microgramas de Plutônio-239 absorvidos pelo pulmão resultam em morte por câncer.[21]
Segurança
A Agência Internacional de Energia Atómica alertou que terroristas poderiam vir a comprar resíduos radioativos, por exemplo de
países da ex-URSS ou de países com ditaduras que usam tecnologias nucleares, tais como Irã ou Coreia do Norte, e construir uma
chamada "bomba suja".
O quão fácil é desviar materiais altamente radioativos é demonstrado pelo exemplo do acidente radiológico de Goiânia, no Brasil
em 1987, onde uma cápsula contendo Césio-137 foi encontrada por moradores em um lixão, contida dentro de uma máquina
hospitalar em um hospital abandonado.[22]
Uma usina nuclear, justamente por lidar com algo potencialmente perigoso e que já resultou em acidentes no passado, tem
normas de segurança tanto nacionais quanto internacionais que garantem que cada procedimento seja feito de acordo com todos
os padrões de segurança. A Agência Internacional de Energia Atômica é um órgão internacional regulatório que salva-guarda a
construção e uso da energia nuclear no mundo. Os requisitos para a obtenção de salva-guarda são severos e reconhecidos pela
exigência em relação à segurança e operação de usinas nucleares; sem uma salva-guarda, um país é proibido de realizar a
construção de instalações nucleares. Um dos requisitos para a obtenção de salva-guarda é que a instalação em questão deve ser
supervisionada durante toda a sua existência por um grupo internacional de supervisores especializados em segurança radiológica
e nuclear.
Gases de estufa
Os insumos necessários e auxiliares à produção da energia nuclear, como a fabricação de recipientes próprios e refinamento do
combustível nuclear, ou seja, para operacionalizá-la de forma geral, leva a uma consequente produção de gases do efeito estufa
entre 3 e 6 vezes maior comparada com a energia hídrica e eólica.[23]
Se não for adequadamente planejada, como qualquer atividade de mineração de grande porte, a mineração de urânio pode causar
forte impacto ambiental. Esse planejamento deve incluir, entre outros, questões como: a geração de poeiras, a utilização das águas
e a recuperação da área degradada após o fechamento do empreendimento.
Como consequência do baixo teor de urânio, grandes volumes de minério teriam de ser transportados e o custo do transporte para
o seu processamento, em algum local distante da mineração iria inviabilizar financeiramente o empreendimento. Dessa forma,
associa-se a mineração de urânio ao seu processamento. Durante essa etapa, o minério é tratado com ácido sulfúrico visando a
solubilizar o urânio. Após, ele encontra-se na forma de íons uranilo (UO2+2). Segue-se a precipitação do urânio com di-uranato
de amônio [(NH4)2U2O7], comumente chamado de yellow-cake ou bolo amarelo, segundo a reação abaixo.
Com exceção dos reatores do tipo BWR (Boiling Water Reactor - reatores de água fervente), todos os reatores nucleares de
potência, ou seja, destinados à produção de energia elétrica, utilizam elemento combustível enriquecidos em 235U. A
percentagem isotópica natural é de 0,73%, enquanto que reatores PWR (Pressurized Water Reactor - reatores de água
pressurizada) empregam elemento combustível com cerca de 4% de 235U. Os processos de enriquecimento de urânio usam uma
espécie gasosa contendo urânio: o hexafluoreto de urânio (UF6). Assim sendo, a etapa seguinte do processo é a conversão do
(NH4)2U2O7 em UF6.
O hexafluoreto de urânio é, então, utilizado no processo de enriquecimento. No Brasil, emprega-se o enriquecimento através de
ultracentrífugas e, como o fator de enriquecimento obtido em cada estágio é baixo, utiliza-se um conjunto dessas unidades
chamado de cascata.
O impacto radiológico ambiental dessas duas unidades é considerado baixo e o maior problema ambiental está relacionado com o
emprego de HF e de F2, ambos bastante tóxicos e corrosivos.
Certamente, por questões de segurança, o emprego do urânio na forma gasosa em reatores nucleares não seria algo dos mais
aconselháveis. Por essa razão, a etapa seguinte ao enriquecimento é chamada de reconversão, ou seja, ao contrário da etapa de
conversão, temos a transformação do UF6 (gás) em UO2 (sólido).
Um reator nuclear de potência do tipo PWR – como os existentes em Angra dos Reis – trabalha com uma sequência de barreiras
de contenção, a fim de que os produtos da fissão do urânio não atinjam o meio ambiente. A primeira dessas barreiras é a própria
pastilha de urânio enriquecido.
O elemento combustível nuclear é um arranjo de vareta, produzido em uma liga metálica à base de zircônio chamada de
Zircalloy. No interior dessas varetas, existem pastilhas cerâmicas de UO2.
Portanto, as varetas são consideradas a segunda barreira. O reator nuclear de Angra 2 possui 193 desses conjuntos contendo cada
um 236 varetas, perfazendo um total de 45.548 varetas. Os elementos combustíveis permanecem cerca de três anos no núcleo do
reator, período durante o qual a percentagem de 235U diminui para cerca de x%.
Ver também
Acidente nuclear de Chernobyl Fissão nuclear
Agência Internacional de Energia International Thermonuclear
Atómica Experimental Reactor
Bomba atômica Lista de usinas nucleares
Bomba H Radioatividade
Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto Reações nucleares
Centrais nucleares Reatores nucleares
Escala Internacional de Acidentes Energia nuclear por país
Nucleares
Notas
1. O termo queima se refere ao processo de fissão de núcleos de urânio que causa a liberação de uma quantidade
significativa de energia.
2. Reação em cadeia é uma seqüência de reações de fissão nuclear, provocadas por um nêutron ou grupo de
nêutrons, que gera novas reações entre os núcleos envolvidos.
3. Material fissionável é a quantidade de elemento fissionável que é capaz de sustentar uma reação em cadeia de
fissão nuclear.
Referências
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Malheiros, Tania. Brasil, a bomba oculta: O programa nuclear brasileiro. Rio de Janeiro: Gryphus, 1993. 164
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Malheiros, Tania. Brasiliens geheime Bombe: Das brasilianische Atomprogramm. Tradução: Maria Conceição da
Costa e Paulo Carvalho da Silva Filho. Frankfurt am Main: Report-Verlag, 1995. (em alemão)
Antônio D. Machado e Ennio Candoti (coord.): Energia Nuclear e Sociedade - Um debate, Editora: Paz e Terra,
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Gláucia Oliveira da Silva: Angra I e a melancolia de uma era - Um estudo sobre a construção social do risco,
Editora: EdUFF, 1999, 284 páginas
Does Brazil have the Bomb? (http://www.wiseinternational.org/node/1207). World Information Service on Energy.
December 19, 1994.
Ligações externas
Energia Nuclear (http://www.biodieselbr.com/energia/nuclear/index.htm)
Conselho de Segurança Nuclear da Espanha (http://www.csn.es)
Projeto Iter (https://web.archive.org/web/20041010155205/http://www-fusion.ciemat.es/fusion/iter/ITER.html)
Página oficial da Agência Internacional de Energia Nuclear (http://www.iaea.org/) (inglês)
Nuclear Events Web Based System da IAEO (https://web.archive.org/web/20110318130608/http://www-news.iae
a.org/news/default.asp) – coleção atualizada de incidentes nucleares
Nuclearfiles.org - Coleção de acidentes nucleares de uma iniciativa pacífica (http://www.nuclearfiles.org/menu/ke
y-issues/nuclear-weapons/issues/accidents/index.htm) (inglês)
História da Energia Nuclear (https://web.archive.org/web/20111006234925/http://www.vendageradores.com/histo
ria-energia-nuclear.php) (Português)
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