Você está na página 1de 10

Graduação em Engenharia de Controle e Automação

campus Macaé

Bianca Martins Moreira


Flávia de Almeida Araújo
Gabriel Xavier
Isabela Almeida
João Marcos
Jorge Matheus
Natalia Rocha
Victor Pinheiro Guimarães

TEORIA CIENTÍFICA DA ADMINISTRAÇÃO

Macaé – RJ
2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 3

2 6

2.1 6

3 6
1. INTRODUÇÃO

A administração científica é um modelo de administração criado pelo americano


Frederick Winslow Taylor no fim do século XIX e início do século XX e que se baseia na
aplicação do método científico na administração com o intuito de garantir o melhor
custo/benefício aos sistemas produtivos. Assim, em 1903, ele publica o livro “Administração
de Oficinas” onde expõe pela primeira vez suas teorias.
Taylor propõe a racionalização do trabalho por meio do estudo dos tempos e
movimentos. Os operários deveriam ser escolhidos com base em suas aptidões para a
realização de determinadas tarefas (divisão do trabalho) e então treinados para que
executem da melhor forma possível em menos tempo. Taylor, também, defende que a
remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na produção alcançada, pois desta
forma, ele teria um incentivo para produzir mais.

Princípios da Administração Científica

Em seu segundo livro “Principles of Scientific Management” (Princípios de


Administração Científica), publicado em 1911, Taylor apresenta seus estudos, porém com
maior ênfase em sua filosofia, e introduz os quatro princípios fundamentais da
administração científica:
Princípio de planejamento: substituição de métodos empíricos por procedimentos
científicos – sai de cena o improviso e o julgamento individual, o trabalho deve ser planejado
e testado, seus movimentos decompostos a fim de reduzir e racionalizar sua execução.
Princípio de preparo dos trabalhadores: selecionar os operários de acordo com
as suas aptidões e então prepará-los e treiná-los para produzirem mais e melhor, de acordo
com o método planejado para que atinjam a meta estabelecida. Princípio de controle –
controlar o desenvolvimento do trabalho para se certificar de que está sendo realizado de
acordo com a metodologia estabelecida e dentro da meta.
Princípio da execução: distribuir as atribuições e responsabilidades para que o
trabalho seja o mais disciplinado possível. Objetivava a isenção de movimentos inúteis,
para que o operário executasse de forma mais simples e rápida a sua função,
estabelecendo um tempo médio, a fim de que as atividades fossem feitas em um tempo
menor e com qualidade, aumentando a produção de forma eficiente. Estudo da fadiga
humana: a fadiga predispõe o trabalhador à diminuição da produtividade e perda de
qualidade, acidentes, doenças e aumento da rotatividade de pessoal; Divisão do trabalho e
especialização do operário; Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos: cada
um se especializaria e desenvolveria as atividades em que mais tivessem aptidões;
Princípio do controle: controlar o trabalho para se certificar de que o mesmo está
sendo executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano previsto. A
gerência deve cooperar com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.

2. PENSADORES

2.1 FREDERICK WINSLOW TAYLOR

Frederick Winslow Taylor nascido na Filadélfia em 1856 era técnico em mecânica e


operário, depois formou-se em engenharia mecânica. Trabalhou em várias empresas
dando consultorias e aprimorando processos. Ele é considerado o pai da Administração
Científica. Em seu túmulo há o seguinte epitáfio: “O Pai da Administração Científica”. Este
título tem sido aceito em todo o mundo, tanto por simpatizantes como por críticos.
Taylor desenvolveu uma análise do trabalho realizado pelos operários e desenvolveu
um estudo dos tempos e movimentos (motion-time study), que permitiu a racionalização
dos métodos de trabalho do operário e a fixação de tempos para a execução de cada tarefa.
Em sua obra, Shop Management, Taylor estabelece que toda a operação fabril pode e deve
ser um processo padronizado e planejado de modo a eliminar todo desperdício de esforço
humano e de tempo. As atividades eram divididas em tarefas e ensinadas aos empregados,
dando origem à ideia de treinamento.
A partir dessa análise de tempo e movimento Taylor desenvolveu uma Organização
Racional do Trabalho, onde era estabelecido o método mais eficiente de executar as
tarefas. Nessa organização eram claras as responsabilidades, ficando para a gerência o
planejamento das atividades, para a supervisão a responsabilidade por repassar o
planejamento e controlar a execução e com o operário fica a execução das tarefas. Com
isso, começa a se delinear uma estruturação mais sistemática do gerenciamento das
organizações. Para descrever as atribuições da gerência, Taylor estabeleceu quatro
princípios: do planejamento, do preparo, do controle e da execução e esses se tornaram os
princípios da Teoria Científica da Administração.
Como decorrência da aplicação desses princípios, ocorre uma divisão do trabalho
onde cada operário realiza uma única tarefa predominante, de forma repetitiva e
predeterminada pela gerência. Isso fazia com que o operário produzisse mais e a empresa
tivesse maior controle sobre seu desempenho. Ao contrário do artesão, que tinha visão e
controle do produto final, o operário especializado só conhece a tarefa que desempenha. A
motivação do operário, segundo Taylor, eram as recompensas materiais obtidas pelo
aumento da produtividade.
Taylor acreditava que todas as organizações deveriam ter um objetivo comum e um
método comum para alcançá-lo.

2.2 FRANK E LILIAN GILBRETH

Frank Gilbreth nasceu em 1868 e sua esposa, Lilian Gilbreth, que nasceu em 1878
foram reconhecidos por seus trabalhos no aprofundamento da teoria de tempos e
movimentos e estudos aprofundados sobre a fadiga e seus efeitos. Ambos eram
engenheiros industriais e Lilian ainda se dedicava a psicologia.
O principal objetivo dos estudos do casal era o de reduzir o número de ações
executadas pelo trabalhador, para que fosse aumentada a produtividade. Apesar da visão
de Taylor estar extremamente presente, o casal tinha um interesse particular pelos efeitos
dos hábitos de trabalho dos empregados, fato este não relevante nos estudos de Taylor.
Ao decorrer do desenvolvimento dos estudos, o casal notou que havia um fator
predominante e diretamente relacionado a produtividade, que era a fadiga. Foi notado que
os sintomas de fadiga influenciavam a qualidade do trabalho, gerando perda de tempo,
aumento da rotação de pessoas, acidentes e diminuição da capacidade de esforço físico.
Devido a esses fatores, foi estudado que deveriam ser introduzidos pequenos intervalos de
descanso, de acordo com a natureza do trabalho, com a finalidade de estabilizar o ritmo de
produção. Além disso, o casal propôs o redesenho do ambiente de trabalho, a redução das
horas diárias de trabalho e a implantação do aumento de dias de descanso remunerado,
tudo visando o aumento da produtividade.
O estudo de tempos e movimentos levava em consideração o tempo de execução
das tarefas e também todo o ambiente de trabalho ao redor, proporcionando eliminação de
desperdício do esforço humano; adaptação dos operários a própria tarefa; treinamento dos
operários para melhor adequação a seus trabalhos; maior especialização de atividades e
estabelecimento de normas detalhadas de execução do trabalho e também foi provado que
trabalhos manuais poderiam ser reduzidos a movimentos elementares. Os princípios da
economia de movimentos foram selecionados em:
1. Uso do corpo humano: Melhor utilização dos movimentos.
2. Arranjo material do local de trabalho: Adaptando o local de trabalho de acordo com
as necessidades do trabalho.
3. Desempenho das ferramentas e equipamentos: Sincronia dos movimentos
executados.

2.3 HENRY FORD


Henry Ford, nascido em 30 de Julho de 1863 foi um industrialista e magnata
americano fundado da Ford Motor Company e talvez o maior propagador de sua época
para o desenvolvimento da linha de montagem como técnica de produção em massa.
Mesmo que Ford não tenha sido o inventor nem do carro nem da linha de
montagem, ele, foi o responsável pela produção do primeiro veículo que muitos dos
americanos de classe média puderam adquirir, trazendo o automóvel para a realidade da
população, desta forma ele deixava de ser algo luxuoso e distante para um bem de
conveniência usado de forma prática por operários e empregados a fim de satisfazer suas
necessidades cotidianas, se desejado.
Ao popularizar o automóvel, Ford modificou toda uma cultura, reconfigurando as
cidades do futuro. A apresentação do seu veículo Modelo T revolucionou a indústria de
veículos americana, movimentando o setor industrial com novos horizontes.
Ford frequentemente mantinha sua mente em maneiras de reduzir os custos de produção,
desta maneira chegou a múltiplos avanços no seu método de manter negócios, inclusive
um sistema de franquias que colocou concessionárias espalhadas pelo país e em pontos
de grande significância ao redor do mundo.
A ele é atribuído o método de produção conhecido como Fordismo, método de
produção em massa de bens cotidianos com altos salários para seus colaboradores. Ford
acreditava que o consumismo era um caminho para a paz mundial.
O fordismo também foi descrito como “um modelo de expansão econômica e
progresso tecnológico baseado em produção de produtos padronizados em alta
quantidade usando maquinaria personalizada e trabalhadores inexperientes. ”
(TOLLIDAY, STEVEN & ZEITLIN, JONATHAN, NEW YORK, 1987, THE AUTOMOBILE
INDUSTRY AND ITS WORKERS: BETWEEN FORDISM AND FLEXIBILITY, ST.
MARTIN'S PRESSPP. PAG1–2, tradução nossa)
Este modelo é bem descrito por algumas características como:
 Reorganização para funcionamento sob uma linha de montagem móvel,
onde o material é transportado ao longo do processo e dos trabalhadores,
que ficam em suas posições determinadas;
 Padronização do produto;
 Público-alvo amplo.
Mesmo com o reconhecimento de seus resultados positivos quanto à produtividade
e economia, Ford foi acusado de reduzir os trabalhadores a interesses puramente
econômicos, mostrando-se acreditar que o homem faria o pedido se fosse pago na
quantidade certa.

Figura 1- Linha de produção móvel da Ford, 1913

2.4 HENRY GANTT


Henry Gantt trabalhou na Midvale Steel como assistente do departamento de
engenharia, quando Taylor era chefe de produção da empresa, embora tenha colaborado
bastante com Taylor durante alguns anos, o seu modo de ver as coisas era um pouco
diferente. Ele foi um dos primeiros a dar atenção ao ser humano dentro da indústria, ele
dizia que, “entre todos os problemas da administração, o elemento humano é o mais
importante”.
Ele notou a relevância dos incentivos não monetários para os trabalhadores,
defendendo a cooperação entre empregadores e empregados, diminuindo o autoritarismo
no ambiente de trabalho, com intuito de aumentar a moral dos trabalhadores.
Henry Gantt ficou bastante conhecido pela criação do Gráfico de Gantt, a ideia desta
ferramenta é auxiliar a coordenar todo o processo, é um tipo de gráfico de barras que ilustra
todo o cronograma do projeto, nele é possível identificar quais são as tarefas do projeto,
data de início, quem está atuando em cada tarefa, quanto tempo cada tarefa levará e como
elas se relacionam, além da data prevista para a conclusão do projeto.

2.5 HARRINGTON EMERSON

2.6 MORRIS COOKE

Morris LIewellyn Cooke foi um engenheiro mecânico nascido em 1872, em Carlisle,


Pensilvânia. Cooke foi uma das pessoas que Frederick W. Taylor escolheu para ajudá-lo
a implementar as suas teorias científicas da administração.

Os princípios de Taylor influenciaram Cooke a acreditar que a Teoria Científica da


Administração poderia beneficiar não só a indústria, mas também a sociedade como um
todo. Ele foi muito importante na ampliação do modo de administração de Taylor no
governo e nos sistemas educacionais. Morris fez algumas advertências às administrações
das universidades, manifestando que a qualidade do ensino deveria ser aprimorada.

Apesar da influência de Taylor, Cooke discordava dele em dizer que os operadores


deveriam propor melhores maneiras de executar a tarefa, enquanto Taylor defendia que
apenas um profissional especialista em análise do trabalho poderia propor mudanças na
execução do serviço.

3. INFLUÊNCIA NA ATUALIDADE E CRÍTICAS AO MODELO

REFERÊNCIAS

SANTOS, V. Teoria Cientifica Frederick Winslow Taylor. 2011. Disponível em: <
https://administradores.com.br/producao-academica/teoria-cientifica-frederick-winslow-
taylor> Acesso em: 14 de jul. de 2019.
SOUZA, H. Os princípios da Administração Científica. 2017. Disponível em:
<https://administradores.com.br/artigos/teoria-geral-da-administracao-1>. Acesso em: 14
de jul. de 2019.

ELAINA,J. Frank e Lillian Gilbreth, os pioneiros da produtividade. 2015. Disponível


em: <https://www.portal-gestao.com/artigos/7623-frank-e-lillian-gilbreth,-os-pioneiros-da-
produtividade.html>. Acesso em: 14 de jul. de 2019.

MACHADO,W. O casal Frank e Lilian Gilbreth e os estudos dos movimentos e o


estudo da fadiga humana. 2011. Disponível em:< http://wil-ler.blogspot.com/2011/07/o-
casal-frank-e-lillian-gilbreth-e-o.html>. Acesso em: 14 de jul. de 2019.

Public Broadcasting Service. Ford installs first moving assembly line 1913, Disponível
em: <https://www.pbs.org/wgbh/aso/databank/entries/dt13as.html>. Acesso em 14 de
Julho de 2019

PIRES, M. O pai do gerenciamento de projetos. 2010. Disponível em: <


http://www.projetizado.com.br/SubPaginas/Sub%20%20Pai%20do%20gerenciamento%20de%20Pr
ojetos.html >. Acesso em: 14 de jul. de 2019.

Frank,Lilian e Gantt: Os mestres menos famosos da Administração. 2015. Disponível em: <
https://administradores.com.br/artigos/frank-lilian-e-gantt-os-mestres-menos-famosos-da-
administracao> Acesso em: 14 de jul. de 2019.

Você também pode gostar