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DESAFIO

*Extensão: 8.547.403,5 Km²


(dimensão continental)
* População: 190.732.694
(censo 2010, IBGE)
*27 Estados
*Municípios autônomos: 5.565
O Brasil é o único país
com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio
de ter um sistema universal, público e gratuito de Saúde
E AINDA:
Fragmentação dos
serviços de saúde

Baixo desempenho dos serviços


de saúde:
- Dificuldade de acesso
- Serviços de baixa qualidade
técnica
- Uso ineficiente dos recursos
- Incremento dos custos de
produção
- Baixa satisfação dos
Outros fatores responsáveis pelo usuários
baixo desempenho do sistema:
financiamento insuficiente; falta de
recursos humanos qualificados;
E
Tripla carga de doenças
Envelhecimento populacional
O que ainda temos hoje e não queremos
mais
- GESTANTES SEM PRÉ
NATAL
- SEM VINCULO PARA PARTO
- GESTANTE E BEBE
PEREGRINAM
- BEBE SEM
ACOMPANHAMENTO
O que ainda temos hoje e não queremos
mais
Pronto Socorros cheios
Pacientes no Chão

- Ausência de Regulação de
leitos
- Inexistência de classificação de
risco adequada
O que ainda temos hoje e não queremos
mais
POSTOS DE SAÚDE LOTADOS
- Modelo de Atenção onde
Atenção Básica não é
priorizada
- UBS em espaços
inadequados
- Ausência de estratégias
para colocar ABS como
ordenadora do cuidado
O que temos hoje e não queremos mais
Cracolândias...

- Modelos de atenção
que desconsideram
ação intersetorial
- Ausência de serviços
de saúde diferentes
para diferentes
necessidades
É POSSÍVEL MUDAR?
 Adoção de um Modelo de Atenção à Saúde que:
-Seja usuário centrado
-Considere as necessidades de saúde da população
-Tenha a ABS como ordenadora do cuidado
-Possibilite a Integralidade e continuidade do cuidado
-Garanta o acesso e a qualidade dos serviços
-Respeite as condições adequadas de trabalho
 Financiamento Tripartite
 Considere a Regulação como Facilitadora de Acesso e Garantidora
de Equidade
 Gestão comprometida com o alcance de Resultados e combate à
corrupção
Sistema de Saúde: universal; igualitário; com
acesso facilitado e com garantia de
qualidade; regulado para garantia de
equidade; com classificação de risco para
atender primeiro a quem mais precisa;
diverso para atender os diferentes;
resolutivo; integrado; rápido; com atenção
básica sendo a ordenadora do cuidado;
intersetorial; usuário centrado; com
participação social; democrático; integral;
com percursos claros para o usuário atender
suas necessidades de saúde.
DESAFIO: Como desenvolver o SUS estabelecendo coerência entre o modelo de
atenção, organização e gestão garantindo maior efetividade, eficiência e qualidade
sistêmica?
Promover a Integração do Sistema

Mudança radical no modo de organizar e fazer gestão


do sistema, que significa:
Articular e integrar um conjunto de recursos, serviços e práticas clínicas
capazes de contribuir para o processo de integração do sistema

Estratégias fundamentais e inter-relacionadas no processo de integração


sistêmica:

• A conformação de Redes de Atenção à Saúde em busca da


Integralidade do Cuidado

• Atenção Básica constituindo a base da RAS por ser a melhor estratégia


para produzir melhorias sustentáveis e uma maior equidade
Redes de Atenção à Saúde

• Busca da Integralidade
• Atenção Básica como ordenadora do
cuidado
• Acesso e Qualidade
• Planejamento e organização regional
• Sustentabilidade e financiamento
tripartite
1 - Espaço Territorial e uma população
2 - Serviços e ações de saúde de diferentes densidades tecnológicas e com
distintas características nesse território, incluindo os de apoio diagnóstico e
terapêutico, atenção farmacêutica, etc., adequadamente articulados e
integrados harmonicamente numa condição ótima de custo/benefício e
oferta/necessidade
3 - Logística: identificação usuário e prontuário acessível em todos os pontos da
rede. Insumos, transporte.
4 - Sistemas de Regulação: com normas, protocolos e fluxos a serem adotados
para orientar o acesso, definir competências e responsabilidades dos pontos de
atenção
5- Sistema de Governança:coordenação, planejamento, articulação e gestão.
6- Modelo de Atenção: modelo lógico que organiza o funcionamento da RAS:
usuário centrado, multiprofissional, regulado
 É a partir dos serviços de atenção básica que se estrutura o
atendimento e o acesso aos serviços especializados com
efetivação de uma porta de entrada preferencial
 Investimentos em tecnologias de informação e
comunicação com a implantação de sistemas
informatizados de regulação e prontuários eletrônicos
 Novos instrumentos como Telessaúde e apoio matricial –
estratégias com potencialidades para superar a distância
entre profissionais da atenção básica e especializada
reduzindo a fragmentação da rede e a descontinuidade do
cuidado
Processo de implantação de RAS
• Realizar diagnóstico/análise situacional
• Estabelecer prioridades baseadas em
pactuações regionais
• Montar grupo condutor representativo
• Desenhar a rede: estabelecimento dos
percursos dos usuários e função de cada
ponto de atenção
• Contratualizar os pontos de atenção
• Acompanhar a implantação da rede e
seus resultados
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE
Redes Temáticas priorizadas, com pactuação
tripartite:
 Rede Cegonha
 Rede de Atenção às Urgências e Emergências
 Rede de Atenção Psicossocial: priorizando o
Enfrentamento do Álcool, Crack e outras Drogas
 Rede de Atenção às Doenças Crônicas: iniciando
pelo enfrentamento do câncer de mama e do câncer
de colo do útero
 Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência
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Regulação
Informação
Qualificação/Educação

Promoção e Vigilância à Saúde

ATENÇÃO BÁSICA
Rede Cegonha

Rede de Atenção Psicossocial

Rede de Atenção ás
Urgências e Emergências

Rede de Atenção às doenças


e condições crônicas

Rede de Cuidado a Pessoa


com Deficiência
AS REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE - RAS
ATENÇÃO BÁSICA COMO ORDENADORA E
COORDENADORA DO CUIDADO NAS RAS

Acolhimento, ampliação do acesso, qualidade, integralidade


da atenção, implantação de diretrizes clínicas, vinculação e
identificação de risco

ALGUMAS INICIATIVAS:
- Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na
Atenção Básica - PMAQ
- Programa de Requalificação das UBS
- Programa Academia da Saúde
- Melhor em Casa
-Programa Saúde na Escola
- Informatização e Telessaúde
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SAÚDE MAIS PERTO DE VOCÊ
SF 6 composições
NASF
ESFR
ESFF
UBS - Fluviais

Política Nacional de Atenção Básica


Portaria n. 2488, de 21 de outubro de 2011.
Política Nacional de Atenção Básica
Funções da Atenção Básica na Rede de Atenção à Saúde

I - Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de
descentralização e capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária

II - Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e


articulando diferentes tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica
ampliada capaz de construir vínculos positivos e intervenções clínica e sanitariamente efetivas,
na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos indivíduos e grupos sociais.

III - Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares,


bem como acompanhar e organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS.

IV - Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua


responsabilidade, organizando as necessidades desta população em relação aos outros pontos
de atenção à saúde, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das
necessidades de saúde dos usuários

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Linhas Gerais de Nova Política Nacional de
Atenção Básica
* FORTALECIMENTO DA GESTÃO EM TODOS OS NÍVEIS (Financiamento Tripartite,
Contratualização, Papel dos Estados, Informatização);
* FORTALECIMENTO DO CONTROLE SOCIAL E DA PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE (Conselhos
Locais de Saúde, Ouvidorias, Pesquisas)
* AÇÕES INTERSETORIAIS VISANDO UMA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE (Brasil Sem Miséria,
Academia da Saúde, Programa Saúde na Escola, Política de Alimentação e Nutrição)
* PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO DAS UBS (Estrutura e Ambiência;
Reforma/Ampliação/Construção)
* AMPLIAÇÃO DO ACESSO (“Saúde em Todo Lugar”, Consultórios de Rua, Atenção Domiciliar,
acolhimento nas UBS´s)
* QUALIFICAÇÃO DA AB (Ampliação dos NASF’s, Formação e Educação Permanente, Tele Saúde
Redes, Comunidades de Praticas, Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade)

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REDE
CEGONHA
REDE CEGONHA
1. Garantia do acolhimento com classificação de risco,
ampliação do acesso e melhoria da qualidade do PRÉ-
NATAL
2. Garantia de VINCULAÇÃO da gestante à unidade de
referência e ao transporte seguro
3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao
PARTO E NASCIMENTO
4. Garantia da atenção à saúde das CRIANÇAS de 0 a 24
meses com qualidade e resolutividade
5. Garantia da ampliação do acesso ao PLANEJAMENTO
REPRODUTIVO
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REDE DE ATENÇÃO
ÀS URGÊNCIAS E
EMERGÊNCIAS
IMPLEMENTAÇÃO DA REDE DE ATENÇÃO ÀS
URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS – RUE

A organização da RUE tem a finalidade de articular e integrar todos os


equipamentos de saúde objetivando ampliar e qualificar o acesso
humanizado e integral aos usuários em situação de
urgência/emergência nos serviços de saúde de forma ágil e oportuna.

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Componentes e Interfaces da Rede de Atenção
às Urgências e Emergências
• Promoção e prevenção: academia saúde; motos; violência
• Atenção básica: unidades básicas de saúde
• UPA e outros serviços com funcionamento 24 h
• SAMU 192
• Portas hospitalares de atenção às urgências – SOS Emergências
• Enfermarias de Retaguarda e Unidades de Cuidados Intensivos
• Inovações tecnológicas nas linhas de cuidado prioritárias: AVC, IAM, Traumas
• Atenção domiciliar – Melhor em Casa

Acolhimento com classificação


de risco e resolutividade

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SOS EMERGÊNCIAS:2011
MUNICIPIO UNIDADE

SALVADOR HOSPITAL GERAL ROBERTO SANTOS (Estadual)

FORTALEZA INSTITUTO JOSÉ FROTA CENTRAL


RECIFE HOSPITAL DA RESTAURAÇÂO
GOIÂNIA HOSPITAL DE URGÊNCIAS DE GOIÂNIA HUGO (Estadual)

BRASILIA HOSPITAL DE BASE DO DISTRITO FEDERAL

SÃO PAULO SANTA CASA DE SÃO PAULO

SÃO PAULO HOSPITAL SANTA MARCELINA

RIO DE JANEIRO HOSPITAL MIGUEL COUTO

RIO DE JANEIRO HOSPITAL ALBERT SCHWEITZER

BELO HORIZONTE HOSPITAL JOÃO XXIII


PORTO ALEGRE HOSPITAL NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Melhor em Casa:
OBJETIVOS:
* Opção da alta hospitalar, quando puder ser substituída por cuidados em
domicílio;
* Desinstitucionalização de pacientes internados;
* Diminuição do período de permanência de pacientes internados;
* Disponibilização de leitos hospitalares para retaguarda das urgências e
internação;
* Humanização da atenção à saúde;
* Preservação dos vínculos familiares, com maior conforto para o paciente
* Ampliação da autonomia dos usuários e familiares, para o cuidado à
saúde;
* Redução de custos.
REDE DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL
DIRETRIZES DA RAPS
• Respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia, a liberdade e o
exercício da cidadania;
• Promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da
saúde;
• Garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado
integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;
• Ênfase em serviços de base territorial e comunitária, diversificando as
estratégias de cuidado com participação e controle social dos usuários e
de seus familiares;
• Organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada,
com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a
integralidade do cuidado;
• Desenvolvimento da lógica do cuidado centrado nas necessidades das
pessoas com transtornos mentais, incluídos os decorrentes do uso de
substâncias psicoativas
REDE CRÔNICAS:

- EIXO CÂNCER
- EIXO RENOCARDIOVASCULAR
- EIXO RESPIRATÓRIAS
- EIXO OBESIDADE
Rede de Rede de Cuidado
à Pessoa com Deficiência
Rede de Rede de Cuidado à Pessoa com
Deficiência
OBJETIVOS:

Ampliar o acesso e qualificar atendimento às pessoas com


deficiência no SUS com foco na organização de Rede e na atenção
integral à saúde, que contemple as áreas de deficiência auditiva,
física, visual, intelectual e ostomias;
Ampliar a integração e articulação dos serviços de reabilitação com
a rede de atenção básica e outros pontos de atenção especializada;
 Desenvolver ações de prevenção de deficiências na infância e vida
adulta.

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Novo Modelo da Rede de Cuidado à Pessoa com
Deficiência

Componentes da Rede:

1. CER - Centro Especializado em Reabilitação


2. Oficinas Ortopédicas : local e itinerante
3. Centros-Dia
4. Serviços de atenção odontológica para pessoas com
deficiência
5. Serviço de Atenção Domiciliar no âmbito do SUS
6. Atenção Hospitalar
Novo Modelo da Rede de Cuidado à Pessoa com
Deficiência
*Rede Cegonha:
*4.129 municípios aderidos
* cerca de dois milhões de gestantes cobertas
*2485 municípios com pagamento de pré-natal

*RUE: apenas dois estados sem PAR de RUE: PB e


AC

*RAPS: 14 territórios principalmente capitais com


o Plano Crack
*Consultório na Rua – RAPS
*Melhor em Casa (Atenção Domiciliar) e
Salas de Observação – RUE
*Pré - Natal e acompanhamento da criança –
Rede Cegonha e Deficiência
*NASF – apoio matricial - todas as redes

*ABS como porta de entrada preferencial


para todas as redes e linhas de cuidado
prioritárias
* Entre Gestores: União, Estado e Municípios:
pactuando políticas, financiamento tripartite,
respeitando instâncias
*Entre áreas: ações interministeriais: “Viver sem
Limites”, “Plano Crack é possível vencer”
*Entre Redes Temáticas: RUE e RAPS; Cegonha e
Deficiência
*Entre profissionais diversos
*Entre profissionais e usuários
Lêda Lúcia Couto de Vasconcelos

Ministério da Saúde / Secretaria de Atenção à Saúde


Departamento de Articulação de Redes de Atenção à Saúde
leda.vasconcelos@saude.gov.br
61-35519220

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