Você está na página 1de 31

Ruas

SISTEMA VIÁRIO & SISTEMA DE DRENAGEM

•Um bom planejamento do sistema viário pode reduzir


substancialmente o custo do sistema de drenagem.

•Cuidados com a deterioração do pavimento.

•O dimensionamento do sistema de drenagem urbana deve ser


feito tanto para a chuva inicial de projeto, como para a chuva
máxima de projeto.
Classificação das ruas:

•Rua secundária :
Tráfego local, geralmente 2 faixas, com estacionamento junto ao
meio fio.

•Rua principal :
Maior movimento, de 2 a 4 faixas, com estacionamento junto ao
meio fio as vezes permitido.

•Avenida :
Trânsito rápido, e estacionamento em geral não é permitido.

•Via expressa :
Tráfego rápido, através ou em torno de uma cidade, não se
estaciona.
Água nas ruas :

•Superficial, decorrente da chuva que incide diretamente sobre


o próprio pavimento (pode gerar acqua-planagem).

•Escoamento adjacente à guia, podendo inviabilizar parte da pista.

•Poças em depressões.

•Escoamento transversal à pista proveniente de fontes externas.

•Espirro de água sobre pedestres.


Interferência do
escoamento no trânsito :

•Espirros de água dificultam


a visibilidade e diminuem a
velocidade do trânsito.

•Em alguns casos impende a


circulação de veículos,
atrapalhando bombeiros,
ambulâncias, polícia e etc.

•Perigo para veículos em alta


velocidade que encontrem
escoamentos transversais à
rua.
•A água causa problemas na
estrutura de um pavimento, se este
não estiver em boas condições de
impermeabilidade, gerando um
aumento progressivo em suas
rupturas e buracos.

•O recapeamento melhora este


problema, porém reduz a secção
transversal para o escoamento nas
sarjetas.

•A má ligação entre o pavimento e


a sarjeta ocasiona a entrada de
água, mesmo com chuvas fracas,
degradando rapidamente as guias.
Sedimentação :

Deposição de sedimentos nos pontos de menor declividade das sarjetas


Valas de drenagem:

Em vias rurais é necessária a


incorporação de valas laterais de
drenagem ao longo da mesma

A manutenção é fundamental.
Manutenção de ruas em
geral :

Boca de lobo com abertura na guia


- remover qualquer obstrução;

Boca de lobo com grade - remover


toda obstrução da superfície e
inspecionar as aberturas.

Bueiros - remover qualquer


obstrução na entrada, verificar se
há sedimentação ou erosão e
corrigir se necessário.
Declividade da sarjeta :

•A declividade de sarjeta é aquela paralela à direção do escoamento.

•A declividade máxima permissível não é determinada pela drenagem

•A mínima admissível para uma drenagem adequada é de 0,4%.


Seção transversal da rua :

•É a ortogonal ao eixo da rua.

•A declividade mínima transversal


deverá ser de 1%, para facilitar a
drenagem da pista.

•A sarjeta padrão tem 15cm de


profundidade e 60cm de largura, ruas
onde os carros podem estacionar 90cm.

•A guia padrão tem 15cm de altura.

•As entradas de veículos não deve


invadir a sarjeta.
Declive transversal :

Diferença de nível entre sarjetas opostas.

Em cruzamentos isto costuma ocorrer.

Planta - Cruzamento Típico


Perfil :

Nos cruzamentos de ruas secundárias, o projetista poderá introduzir


variações dos perfís longitudinais

O perfil da rua mais importante deve ser mantido, o tanto quanto


possível, uniforme.
Estruturas hidráulicas nos cruzamentos :

Quando existem galerias no cruzamento, as bocas de lobo devem


ser colocadas e dimensionadas de tal forma, que as descargas
sejam compatíveis
Estruturas hidráulicas nos cruzamentos :
Drenos transversais cobertos :
Vazões baixas, onde normalmente seriam utilizados sarjetões.
Convenientes em ruas principais.

Bueiros :
Em cruzamentos onde não é necessário o sistema de galerias, é
possível transpor descargas por uma rua através de bueiros.

Sarjetões :
Cruzar superficialmente descargas por ruas secundárias e
eventualmente principais.

Sarjetões chanfrados :
Possui um chanfro na sua linha de fundo, para conduzir baixas
descargas quando estas forem mito freqüentes.
O chanfro não deve afetar o tráfego. O acúmulo de sedimentos
geralmente inutiliza o chanfro.
A. Capacidade de escoamento da rua para a chuva inicial de
projeto

Considerações:

•Verificação da capacidade teórica de escoamento, baseada na


inundação máxima do pavimento;

•Ajuste às condições reais, baseado na aplicação de um fator de


redução da capacidade de escoamento.
A inundação do pavimento, para a chuva inicial, deve ser
limitada de acordo com as indicações da tabela :

Classificação das ruas Inundação máxima

Secundária Sem transbordamento sobre a guia. O


escoamento pode atingir até a crista da rua.

Principal Sem transbordamento sobre a guia. O


escoamento deve preservar, pelo menos, uma
faixa de trânsito livre.

Avenida Sem transbordamento sobre a guia. O


escoamento dave preservar pelo menos, uma
faixa de trânsito livre em cada direção.

Expressa Nenhuma inundação é permitida em qualquer


faixa de trânsito.
O sistema de galerias deverá iniciar-se no ponto onde é
atingida a capacidade admissível de escoamento na rua, e
deve ser projetado com base na chuva inicial de projeto.
O cálculo da capacidade teórica de descarga das sarjetas :

Q = 0,375 (Z/n) i1/2 y8/3

Q é a descarga em m3/s.
Z é o inverso da declividade transversal.
i é a declividade longitudinal.
y é a profundidade junto à linha de fundo em m.
n é o coeficiente de rugosidade (este coeficiente na maioria dos casos
é de n=0,016).

A descarga admissível é obtida multiplicando Q por um fator de redução,


(referente às obstruções).
B. Capacidade de escoamento da rua para a chuva máxima de
projeto

Considerações:

•Capacidade teórica baseada na profundidade admissível e área


inundada;

•A profundidade da água na sarjeta não deve exceder 45cm, e nenhuma


construção deve ser atingida. Em avenidas o nível não deve exceder
15cm na crista da rua.
Escoamento transversal admissível nas ruas

Classificação da rua Descarga inicial de projeto Descarga máxima de projeto

Secundária 15cm na crista ou na sarjeta 45cm na sarjeta

Principal Onde forem admissíveis sarjetões 15cm 45cm na sarjeta

Avenida Nenhum 15cm acima da crista

Via expressa Nenhum 15cm acima da crista


Considerações especiais para áreas comerciais

•Em áreas comerciais as sarjetas devem ser atravessadas com um


passo.

•Nenhum escoamento deve circular as esquinas, sendo necessárias


bocas de lobo na maioria dos casos.
Canais centrais em ruas

•O uso de canais centrais em ruas deve ser evitado

•Coloca restrições indesejáveis nos projetos de ruas (curvas com


grandes raios, sinais de tráfego duplos um alguns cruzamentos,
restrições a conversões à esquerda, etc.

Você também pode gostar