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SILVICULTURA
Revisão Bibliográfica
Juazeiro-BA
Novembro de 2019
Acácia Negra
A acácia-negra (Acacia mearnsii) é uma leguminosa arbórea, originária da Austrália,
que vem sendo cultivada em vários paises. No Brasil, o estado que mais a cultiva é o
Rio Grande do Sul, cujo estabelecimento da primeira plantação comercial deu-se por
volta de 1930. É uma espécie de múltiplos propósitos, tais como restauração de
ambientes degradados, fixação de nitrogênio, produção de tanino e de energia, dentre
outros. No Brasil vem sendo plantada, principalmente, com a finalidade de produção de
tanino, extraído da casca e utilizado nas indústrias de curtume, e de energia,
proveniente da madeira.
Uma das principais vantagens da espécie é a idade de corte no Brasil, que varia desde
os 5 anos até 10 anos, enquanto na África do Sul ocorre normalmente aos 11 anos. A
amplitude de produtividade gira em torno dos 10 a 25 m³/ha/ano, sendo a produção
média de casca em torno de 15 t/ha. Uma árvore de acácia-negra pesa em média nos
plantios brasileiros, na idade de 6 a 8 anos, 60 kg, sendo que destes 6 kg correspondem
à casca e 54 kg à madeira. Em média considera-se uma produtividade de 2,2 t/ano de
casca e 25,7 st./ano de madeira, num ciclo cultural de 7 anos e uma área colhida de 20
mil ha/ano, com uma produção anual em torno de 44 mil t. de casca e 3.600.000 de
metros cúbicos de madeira.
A espécie não tolera solos mal drenados, hidromórficos ou muito úmidos e apresenta
desenvolvimento reduzido em solos muito ácidos e de baixa fertilidade. A acácia-negra
é uma espécie eficiente na fixação de nitrogênio, recuperadora e enriquecedora do solo
pela deposição elevada de folhedo rico em nitrogênio.
Sistemas agroflorestais:
Doenças em Acácia-negra:
Araucária
O gênero Araucaria L. Jussieu, cuja origem remonta há cerca de 200 milhões de anos,
é composto por 19 espécies de ocorrências restritas ao hemisfério Sul, na Austrália,
Papua Nova Guiné, Nova Caledônia, Vanuatu, Ilha Norfolk, Brasil, Chile e Argentina.
SINONÍMIA
CARACTERÍSTICAS
COPA: Sua forma é única na paisagem brasileira, parecendo uma taça ou umbela.
FOLHAS: Aciculares
A seringueira, cujo nome científico é Hevea brasiliensis, é uma árvore de porte ereto,
podendo atingir 30m de altura total sob condições favoráveis, iniciando aos 4 anos a
produção de sementes, e aos 6 -7 anos (quando propagada por enxertia) a produção
de látex (borracha) (IAPAR,2004).
O fim do ciclo da borracha iniciou em 1876 quando Henry Wickham levou para Inglaterra
70 mil mudas de seringueira onde apresentaram notável desenvolvimento. Neste
mesmo período, 2.000 mudas foram levadas para Malásia onde também conseguiram
se desenvolver. Em 1913, as seringueiras malaias superavam a produção do Brasil:
47.000 toneladas contra 37.000 mil toneladas (LEÃO, 2000).
Pragas e Doenças:
Podemos destacar também as doenças provocadas pelo fungo Phytophthora spp. Nos
últimos anos, este tem causado danos superiores ao mal-das-folhas, atacando folhas,
frutos e hastes. Os sintomas são: requeima, queda anormal das folhas, podridão dos
frutos, cancro estriado do painel e cancro do tronco. Ocorre somente no Brasil e tem
maior importância no sudeste da Bahia.
O controle pode ser feito utilizando fungicidas, área de escape, limpeza e queima de
ramos e galhos infectados da porção mais baixa da copa. Além da requeima e queda
anormal das folhas, o fungo é responsável pelo cancro-estriado (cancro-do-painel) e o
cancro-do-tronco. O sintoma do cancro-estriado é a interrupção das sangrias durante o
período chuvoso, prejudicando a produção.
Aspectos de Plantio:
Clima e solo: solos com permeabilidade e profundidade adequadas e ph entre 3,8 e 6,0
(ótimo: 4,0 a 5,5). Evitar regiões frias e baixadas sujeitas a geadas.
Viveiro de seringueira:
Plantio: covas nas dimensões de 0,4 x 0,4 x 0,5 m com uso da cavadeira ou em sulcos.
Plantio em nível.
Controle da erosão: plantar em nível mantendo o solo vegetado no período das chuvas.
Culturas intercalares: indicado até o terceiro ou quarto ano de formação; culturas anuais
recomendadas - feijão, soja, milho etc; e perenes - palmito, café, cacau, etc. Tomar o
cuidado de respeitar uma faixa de pelo menos um metro de cada lado da linha de
seringueira, para evitar competição por nutrientes.
Colheita: o látex é colhido o ano todo com sangrias a cada três, quatro, cinco ou até
sete dias. Sugere-se o uso de estimulantes após visitação técnica.
Sabiá
Ocorre naturalmente nos Estados do Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará, na região
Nordeste do Brasil.
Importância e Usos:
A espécie se destaca como uma das principais fontes de estacas para cercas no
Nordeste, em especial no Estado do Ceará. A madeira também é utilizada para energia,
apresentando peso específico em torno de 0,87 g/cm3 e um teor de carbono fixo de
aproximadamente 73%.
Estas características qualificam a espécie como uma boa opção para a produção de
lenha e carvão. Atualmente, nas áreas irrigadas do Vale do Rio São Francisco, no
semiárido nordestino, as estacas têm sido amplamente comercializadas e utilizadas,
principalmente, como tutores para apoio e sustentação das plantações de uvas (Vitis
vinifera L.).
As folhas, verdes ou secas, assim como as vagens, são forrageiras. Sua folhagem é
considerada uma valiosa fonte de alimento para grandes e pequenos ruminantes,
principalmente na época seca.
Nesta última, tem a função de minimizar alguns impactos gerados pela atividade, tais
como o impacto visual e a poeira. As cercas-vivas oferecem proteção como se fossem
um muro , que impossibilita a visualização do empreendimento e a entrada de pessoas
estranhas e animais, além do aspecto paisagístico.
Produção
A produção de estacas varia entre 4.000 e 9.000 unidades por hectare, em plantios com
8 anos de idade, em solos Podzólicos Vermelho-Amarelos. As cercas vivas, quando
plantadas adensadas, atingem quatro metros de altura em dois anos.
Após o terceiro ano a barreira, ou cortina vegetal, está formada com altura de quatro a
oito metros, 50 cm de largura e, aproximadamente, 300 espinhos (acúleos) por metro
quadrado de cerca.
Descrição Botânica
A fim de evitar problemas com os espinhos (acúleos) no manejo desta espécie para
obtenção de estacas, se aconselha a utilização de sementes de M.caesalpiniaefolia
forma inerme, variedade melhorada geneticamente para a ausência dessa
característica. Por outro lado, quando a finalidade do plantio for a formação de cercas-
vivas, a presença de espinhos nas plantas torna-se uma característica desejável.
Possui boa capacidade de rebrota, que se inicia sete dias após do corte do tronco. O
número de brotos chega a ser superior a 12, sendo aconselhado o raleio, deixando
somente 3 a 6 gemas. Também existe a possibilidade de rebrota das raízes.
As sementes são atacadas por um coleóptero (Bruchus pisorus L.), perfurando-as antes
mesmo da coleta ou logo após o seu beneficiamento. Este fato é importante, e serve
como um indicativo para escolha de sementes de qualidade, garantindo um maior
percentual de germinação.
Silvicultura e Manejo
A multiplicação pode ser feita por sementes ou por estacas. O número de sementes por
quilo é de 22.400 a 33.000 unidades. As sementes, por apresentarem problemas de
dormência de tegumento, necessitam de tratamento para a sua ruptura, podendo ser
por processos físicos ou químicos. Recomenda-se a prática de imersão das sementes
em água recém-fervida por um minuto. Com este processo de quebra de dormência a
germinação tem início 3 a 5 dias após a semeadura e pode-se obter cerca de 80% de
sementes germinadas.
A formação de mudas pode ser realizada em sacos plásticos, sendo utilizado como
substrato uma mistura de terra e esterco na proporção de 1:1. É onveniente colocar
duas sementes por recipiente, deixando-se posteriormente a de maior vigor ou a central.
A plantação definitiva deve ser feita quando as mudas alcançarem cerca de 20 cm de
altura, o que ocorre 3 a 4 meses depois da semeadura.
O tamanho das covas, para plantios definitivos no terreno, devem ter 20 x 20 x 20 cm,
distanciadas em 3 x 2 m ou 3 x 3 m e devem receber adubação (orgânica ou química),
com o objetivo de favorecer o rápido desenvolvimento das raízes. A plantação desta
espécie pode ser realizada isolada ou associada a outros cultivos.
Populus
O gênero Populus, popularmente chamado de Álamo ou Choupo pertence a Família
Salicaceae. É originário de regiões de clima temperado e frio do Hemisfério Norte, onde
são amplamente cultivados, constituindo-se como uma das principais espécies
econômicas.
A Federação Russa, Canadá e Ucrânia têm as maiores áreas de Álamo nativos, porém,
China, Índia e Paquistão possuem as maiores áreas plantadas. No Brasil os primeiros
plantios comerciais de Populus foram implantados na década de 1960, no entanto,
somente no início da década de 1990, passaram a ser praticados em áreas mais
extensas.
Paricá
A espécie Shizolobium amazonicum (paricá) por apresentar rápido crescimento, fuste
reto e madeira com elevada cotação no mercado interno e externo, vem sendo bastante
cultivada pelas empresas madeireiras da região norte e nordeste do país, principalmente
nos Estados do Pará e Maranhão. Segundo o Centro de Pesquisa do Paricá (CPP)
localizado no município de Dom Eliseu, no sul do Pará, que representa a grande maioria
dos plantadores de paricá dos Estados do Pará e Maranhão, estima-se que, nestes
Estados, existe em torno de 40.000 hectares da espécie plantados.
Usos da espécie
A madeira é mole, leve, com textura grossa, grã direita a irregular, cerne creme-
avermelhado e alburno creme claro. Apresenta processamento fácil e recebe bom
acabamento, mas possui baixa durabilidade natural, sendo suscetível ao ataque de
fungos, cupins e insetos xilófagos. É empregada na fabricação de palitos de fósforo,
saltos de calçados, brinquedos, maquetes, embalagens leves, canoas, forros, miolo de
painéis e portas, formas de concreto, laminados, compensados, celulose e papel.
Características Silviculturais
Nim
O nim é uma planta de origem asiática, pertencente à família Meliaceae, natural de
Burma e das regiões áridas da Índia (SAXENA, 1983). O nim (Azadirachta indica A.
Juss) também pode ser encontrado com os nomes de neen, margosa, nime, lila índio,
ou ainda por Melia azadirachta L., Melia indica (A. Juss.) Brandis e Antelaea azadirachta
(L.) Adelb. (KOUL et al., 1990).
Características botânicas
Ecologia da planta
Clima e solo
O nim é uma planta de clima tropical, podendo se adaptar ao clima subtropical. Seu
máximo potencial de desenvolvimento é obtido com temperaturas entre 20 e 32º C
(GRUBER, 1992). É mais resistente às altas do que as baixas temperaturas, tolerando
temperaturas altas, mas não suportando temperaturas abaixo de 4ºC por muito tempo.
Geadas causam mais danos em mudas pequenas do que em árvores maduras, porém
podem reduzir drasticamente a produção de frutos no ano seguinte. A planta é resistente
à seca, podendo se desenvolver com precipitação média anual de 400 mm, porém as
condições ideais estão entre 800 e 1800 mm. Pode se desenvolver em qualquer solo,
tendo preferência pelos profundos e bem drenados. O pH do solo ideal para seu
crescimento deve variar de 6,5 e 7,5 (GRUBER, 1992).
Referências
LEÃO, R. M. A Floresta e o Homem. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo:
Instituto de Pesquisa e Estudos Florestais, 2000, 448 p.
ANDRADE LIMA, D. de. Plantas das caatingas. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de
Ciências. 1989. 243 p.
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