Você está na página 1de 8

Eis o trabalho final de Teologia Sistemática: Definir a Salvação e os demais

termos que cooperam em seu processo: Redenção, Justificação, Reconciliação,


Regeneração, Santificação, Glorificação, Arrependimento, Conversão e
Expiação.

Depois de alguns dias de longa reflexão, seguem abaixo minhas definições:

1. SALVAÇÃO

No sentido literal da palavra, salvação é o ato de livrar algo ou alguém de um


perigo iminente. No cristianismo, a salvação está intimamente ligada à relação
do indivíduo com Deus, sendo este o responsável pelo livramento e o homem o
indivíduo a ser livrado.

Acontece que o perigo supracitado é justamente a condenação à morte eterna.


Uma dicotomia lógica é criada entre ambas as partes: Se o sujeito não for salvo,
logo deverá ser condenado.

Desde a Queda (Gn 3), todos os homens já nascem condenados.


Paulo escreve à igreja de Roma e à de Éfeso explicando o fato:

“Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a


morte, assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos
pecaram.”
(Romanos 5:12)

“E [o Espírito] vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,”


Efésios 2:1-2

Entendemos, portanto, que todo indivíduo pertencente da raça humana precisa


de salvação, caso contrário, receberá a justa condenação por suas transgressões
e pecados contra o Eterno Deus.

O processo da salvação não pode ser executado pelo próprio homem. Desta
forma, Deus é o agente responsável pela salvação o ser humano.

“Do SENHOR é a salvação”, cantou o profeta Jonas dentro do ventre do peixe.

O sacrifício vicário de Cristo possibilitou a salvação a todo aquele que crer em


Seu senhorio, pois na cruz, Cristo pagou o preço pelos pecados do homem,
fazendo-se maldito no lugar da humanidade.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
João 3:16

Uma vez entendidos estes conceitos, definimos salvação como o ato divino,
soberano, gracioso e misericordioso de permitir que indivíduos definitivamente
e justamente condenáveis, sejam vivificados e livrados de sua eterna
condenação, através da fé no Cristo.

2. REDENÇÃO

Paulo apregoa aos crentes da igreja de Roma, dizendo que eles foram libertados
do pecado e agora são escravos da justiça (Rm 6:18). Curiosamente, no início da
carta, em sua apresentação, ele autodenomina-se escravo de Cristo Jesus (Rm
1:1).

REPORT THIS AD
REPORT THIS AD

Existe uma série de versículos que podem ser citados para confirmar a relação
de servidão que existe entre Deus e Seu povo, desde Abraão até João
Evangelista, mas o fato é que o homem sempre servirá a alguém. Ou
forçosamente ao pecado, devido à sua natureza corrompida, ou amorosamente
a Deus, devido à gratidão por Sua misericórdia. A redenção é justamente este
processo de compra de escravos. Deus comprando o homem e fazendo-o uma
nova criatura, para Lhe servir.

No momento da Queda, Adão vendeu a si mesmo e a toda sua descendência


ao pecado e tornou-se escravo deste. Como conseqüência, sua natureza, então
perfeita, se corrompeu e suas iniqüidades o separaram de Deus. Por suas
próprias forças o homem não conseguiria se religar à essência de Deus, pois
estava preso aos pesados grilhões do pecado. Era necessário que o homem
fosse arrematado de volta para seu SENHOR de origem. O preço pago nesta
transação foi a vida de um justo.

Acontece que não havia um justo sequer (Rm 3:10) na face da Terra. Era
necessário um homem que não tivesse sido corrompido. Era necessário ser o
próprio Deus.

O cordeiro de Deus tirou o pecado do mundo (Jo 1:29) e comprou de volta,


com seu sacrifício, aquele que havia se vendido ao pecado. Definimos, portanto,
redenção como o termo de compra e venda, rubricado com o sangue de Cristo,
ou seja, a garantia legal dada àqueles que são de Deus, para que tenham
acesso a uma realidade não mais de escravidão no pecado, mas de privilégio de
serviço no Reino de Deus.

3. JUSTIFICAÇÃO

Justo é aquele que pratica a justiça. Biblicamente, é assim que se pode definir
este adjetivo. João afirma em sua primeira epístola que “Aquele que pratica a
justiça é justo, assim como ele é justo” (1 Jo 3:7). “Continue o justo, a praticar
justiça”, exorta Jesus aos leitores da carta de João (Ap 22:11). O mesmo Jesus,
em seu sermão no Monte das Oliveiras, aconselha ao povo que busque a
Deus e a Sua justiça em primeiro lugar (Mt 6:33).

A justiça de Deus é perfeita, porque Ele é perfeito, sendo, portanto, o padrão


único a ser seguido pelo justo. Mas o problema é que não há um justo sequer,
Não havendo justos, seria impossível ao homem praticar a justiça, nos padrões
de Deus.Cristo quando remiu os pecados na cruz, não só proporcionou a
salvação àqueles que crerem, mas também o poder de serem feitos filhos de
Deus e, por conseguinte, a justificação deles. Deus é justo. Cristo é justo. O
crente, em Cristo, é justo.

Sendo assim, seguindo a definição criada na seção 2, acerca da redenção, pode-


se definir a justificação como o “nada consta” gerado nos céus após a compra
do servo, dando-lhe a autorização para adentrar no Reino, sendo, portanto,
considerado justo aos olhos de Deus ao herdar os méritos do Filho na cruz.

4. EXPIAÇÃO

Ainda seguindo o raciocínio da seção 3, pode-se considerar a redenção como o


processo final da expiação. Para poder comprar o homem do pecado e retirá-lo
da maldição, Jesus precisou fazer-se maldito em seu lugar.

REPORT THIS AD
REPORT THIS AD

Na cultura popular, a expressão “bode expiatório” é atribuída a um indivíduo


que sofre as conseqüências das más atitudes de outra pessoa. Poucos sabem,
entretanto, que o dito tem suas origens na Bíblia, mais especificamente no livro
de Levítico:

“E da congregação dos filhos de Israel tomará dois bodes para expiação do


pecado e um carneiro para holocausto.
Depois Arão oferecerá o novilho da expiação, que será para ele; e fará expiação
por si e pela sua casa.
Também tomará ambos os bodes, e os porá perante o SENHOR, à porta da
tenda da congregação.
E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo SENHOR, e a outra pelo
bode emissário.
Então Arão fará chegar o bode, sobre o qual cair a sorte pelo SENHOR, e o
oferecerá para expiação do pecado.
Mas o bode, sobre que cair a sorte para ser bode emissário, apresentar-se-á vivo
perante o SENHOR, para fazer expiação com ele, a fim de enviá-lo ao deserto
como bode emissário.
E Arão fará chegar o novilho da expiação, que será por ele, e fará expiação por
si e pela sua casa; e degolará o novilho da sua expiação.
Tomará também o incensário cheio de brasas de fogo do altar, de diante do
SENHOR, e os seus punhos cheios de incenso aromático moído, e o levará para
dentro do véu.
E porá o incenso sobre o fogo perante o SENHOR, e a nuvem do incenso
cobrirá o propiciatório, que está sobre o testemunho, para que não morra.
E tomará do sangue do novilho, e com o seu dedo espargirá sobre a face do
propiciatório, para o lado oriental; e perante o propiciatório espargirá sete vezes
do sangue com o seu dedo.
Depois degolará o bode, da expiação, que será pelo povo, e trará o seu sangue
para dentro do véu; e fará com o seu sangue como fez com o sangue do
novilho, e o espargirá sobre o propiciatório, e perante a face do propiciatório.
Assim fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel
e das suas transgressões, e de todos os seus pecados; e assim fará para a tenda
da congregação que reside com eles no meio das suas imundícias.”
(Levítico 16:5-16)

O sacrifício do bode e a aspersão de seu sangue sobre o propiciatório


perpetravam a expiação, ou seja, a purgação das imundícias, transgressões e
dos pecados do povo de Israel. Deus, em sua plena sabedoria, antevendo a
Queda do homem, deu início a este processo antes mesmo da fundação do
mundo, sacrificando Seu filho, para resgatar Sua criação.

“Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e


incontaminado. O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes
da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de
vós.”(1 Pe 1:19-20)

Pode-se definir expiação como o processo de substituição sacrificial e


providencial de um (Cristo) em relação a outro ou outrem (ser humano).

5. REGENERAÇÃO

Como o próprio termo diz, regenerar é gerar novamente. Tornar algo novo de
novo. Paulo em sua carta a Tito afirma que “Não pelas obras de justiça que
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da
regeneração e da renovação do Espírito Santo” (Tito 3:5).

Infere-se, portanto, que no momento da conversão do indivíduo, o Espírito


Santo gera uma nova criatura.

REPORT THIS AD
REPORT THIS AD

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já


passaram; eis que tudo se fez novo.”(2 Coríntios 5:17-20)

Em um de seus confrontos com os fariseus, Jesus os compara a sepulcros


caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas interiormente estão
cheios de ossos de mortos e de toda a imundícia.
(Mateus 23:27).
No momento da conversão do indivíduo, o Espírito Santo gera uma nova
criatura e remove a imundícia, vivificando-o, ao invés.

Regeneração, portanto é a habilidade do Espírito Santo de transformar o


interior de um novo convertido, tornando-o uma nova criatura, um novo ser.

6. ARREPENDIMENTO

O chamado ao arrependimento é recorrente na história de Israel. A primeira


pregação de Cristo após Seu batismo é emblemática, pois é o cerne do
Evangelho que viria a ser anunciado em Seu ministério:

“Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é


chegado o reino dos céus. “(Mateus 4:17)

É curioso notar que o próprio Deus, receoso que o povo se arrependesse de ter
saído da escravidão e quisesse retornar ao Egito, faz com que eles passem pelo
caminho mais longo:

“E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo
caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para
que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte ao
Egito.”(Êxodo 13:17)

Note que o arrependimento gera uma mudança de direção. Se o povo tivesse


se arrependido, teria saído da direção de Deus e retornado ao Egito.

O homem já esteve nos trilhos do SENHOR. Andava junto com Ele até o dia da
Queda, onde tomou um caminho diferente e iniciou uma marcha em direção à
perdição. Só seria possível um retorno ao caminho correto se houvesse um
combustível que lhe propulsionasse o coração. É pelo arrependimento que é
possível a conversão. O argumento para esta sequência está no texto de Atos
19.

“E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo, tendo passado por
todas as regiões superiores, chegou a Éfeso; e achando ali alguns discípulos,
Disse-lhes: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-
lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo.
Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No
batismo de João.
Mas Paulo disse: Certamente João batizou com o batismo do arrependimento,
dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo.
E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus.
E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam
línguas, e profetizavam.
E estes eram, ao todo, uns doze homens.”
(Atos 19:1-7)
REPORT THIS AD
REPORT THIS AD

Os doze homens eram discípulos de João Batista e haviam ouvido à pregação


de arrependimento que este realizava. Ao serem chamados ao arrependimento,
coadunaram no reconhecimento de seus pecados, arrependendo-se, portanto.
Quando Paulo chegou, ao constatar que os homens nunca ouviram falar de
Cristo, lhes apresentou o evangelho e então eles puderam se converter (tornar
seus caminhos) a Jesus Cristo, que até então não conheciam. Q.E.D.

Pode-se definir arrependimento como o reconhecimento e repúdio ao próprio


pecado, não apenas da práxis, mas da condição intrínseca do ser, que faz o
homem querer verter seu caminho, outrora de perdição, ao estreito caminho de
Deus.

7. RECONCILIAÇÃO

No Éden, Adão e Eva tinham uma relação bem próxima com Deus. Todas as
tardes, o SENHOR visitava o Jardim e conversava com suas criações (Gn 3:8). Ao
pecarem, esse laço foi quebrado.

A Bíblia trata a reconciliação como um ministério.

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já


passaram; eis que tudo se fez novo.
E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus
Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;Isto é, Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em
nós a palavra da reconciliação.
De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós
rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. “(2
Coríntios 5:17-20)

“Pois foi do agrado de Deus que nele habitasse toda a plenitude e por meio dele
reconciliasse consigo todas as coisas, tanto as que estão na terra quanto as que
estão nos céus, estabelecendo a paz pelo seu sangue derramado na cruz. Antes
vocês estavam separados de Deus e, na mente de vocês, eram inimigos por
causa do mau procedimento de vocês. Mas agora ele os reconciliou pelo corpo
físico de Cristo, mediante a morte, para apresentá-los diante dele santos,
inculpáveis e livres de qualquer acusação.”(Cl 1:19-22)

Pode-se definir reconciliação como o reatamento do relacionamento outrora


rompido, ou seja do homem, na terra, com Deus, nos céus, através de Cristo, o
cordeiro pascal.

8. CONVERSÃO
No linguajar de auto-escola, existem expressões que deixam de ser usuais ao
cotidiano do motorista após a chegada de sua carteira de habilitação. Termos
como bifurcação e entroncamento se transformam em trevo e cruzamento. Para
o que muitos motoristas chamariam de curva, um instrutor diria simplesmente
“conversão”.

Neste sentido, conversão é a adoção de um sentido divergente do anterior.

O apóstolo Paulo escreve à igreja de Éfeso, descrevendo o processo que lhes


ocorreu, desde antes de se tornarem crentes, até o advento que lhes aguarda
nos céus:

REPORT THIS AD
REPORT THIS AD

“E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,


Em que noutro tempo andastes segundo o curso deste mundo, segundo o
príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos da
desobediência.
Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne,
fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos
da ira, como os outros também.
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos
amou,
Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com
Cristo (pela graça sois salvos),
E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais,
em Cristo Jesus.” (Efésios 2:1-6)

A situação do homem corrompido é exatamente esta: Morto em ofensas e


pecados, seguindo o itinerário do príncipe deste século e realizando seus
próprios desejos. Estava indo em linha reta e a passos largos para o mesmo
lugar que foi destinado a Satanás e os seus anjos.

Conversão pode ser definida como a mudança de direção do indivíduo,


tomando o caminho contrário ao da destruição, mas favorável ao da eterna
salvação.

9. SANTIFICAÇÃO

O SENHOR é santo. Os quatro seres viventes não deixam ninguém se esquecer


disso, proclamando de dia e de noite que Ele o é (Ap 4:8). O Espírito é Santo e
carrega a santidade no próprio nome. Se o Pai é santo, o Espírito é Santo, o
filho também é santo (Sl 16:10).

Não, as pessoas da Trindade não precisam ter sua santificação defendida, mas é
justamente pela evidência da santidade divina, que inferimos que a santificação
precisa ocorrer no povo de Deus e este é o motivo de o crente dever buscá-la
diariamente.

“Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em toda a
vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede santos, porque eu sou
santo.“
(1 Pedro 1:15-16)

“E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira


justiça e santidade.”(Efésios 4:24)

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o SENHOR”.
(Hebreus 12:14).

Nas palavras de Oscar Wilde:


“Todo santo tem um passado e todo pecador tem um futuro.”

Santificação é o processo através do qual o homem aproxima-se de Deus,


através um relacionamento gracioso, presente mediante a fé e a Palavra.
O homem torna-se, portanto, mais íntimo de Deus, ao conhecê-Lo e prosseguir
em conhecê-Lo. Isto reflete-se em seu estilo de vida, forma de pensamento,
expressão verbal e conduta entre os seus.

10. GLORIFICAÇÃO

Paulo revela este mistério à igreja de Corinto:

“Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos
seremos transformados;Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a
última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão
incorruptíveis, e nós seremos transformados.Porque convém que isto que é
corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da
imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e
isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que
está escrita: Tragada foi a morte na vitória.”
(1 Coríntios 15:51-54)

A glorificação é o último passo do processo de salvação do crente.


Após a transformação na alma, Deus também operará uma mudança completa
no corpo, cambiando o que era corruptível em algo incorruptível.

Você também pode gostar