Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Resumo
Abstract
Based on the Realist Theory of International Relations, it is sought to
understand the impact of the natural resources in a Nation. The study has a focus on
the hydric resources and how they can affect Brazil’s national security in a world with
increasingly limited natural resources, like water. Furthermore, the question of
research is to know if Brazil by taking a realistic agenda for its foreign policies, will be
able to keep their natural resources safe, in front of world that will not be fighting for
petroleum, but for water.
Results: Brazil does not take its wealth in natural resources, mainly water, as the
main motivator for building a solid and efficient defense, but rather a need to
maintain its sovereignty, besides having security for a risk-free development. The
Brazilian State, hardly threatened, would use hostility as its first option and, because
of its convictions, guidelines and peaceful nature, would seek the best resolution
through diplomacy.
Introdução
A água sempre foi o recurso mais abundante e um dos mais importantes da
terra, cobrindo mais de 70% de todo território. Segundo o artigo ‘’Global Water
Crisis: The Facts’’, produzido pela Universidade das Nações Unidas, a água potável
no mundo está em uma situação complexa. 1,8 bilhões de pessoas usam uma fonte
de água potável contaminada por fezes e, mais impressionante ainda, são os dados
que demonstram que hoje, 40% da população mundial é afetada pela escassez de
água e, até 2030, a diferença entre a oferta e a demanda da água será de 40%.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, apesar do mundo ser 70% coberto
de água, apenas 2,5% dessa água é doce, e, referente à água doce, 68,9% se
encontram em geleiras, 29,9% está em águas subterrâneas e outro percentual
baixo, que são de águas de difícil extração. Ou seja, de toda água potável, temos
acesso consumível à apenas 0,3%. 70% de todo consumo de água potável é feito
pelo setor de agricultura, 22% pelas indústrias e apenas 8% é utilizado para uso
doméstico (banho, consumo, lavagens, etc...). O Brasil abriga hoje, 13,7% de toda
água potável mundial, porém, a distribuição é complexa e desigual, haja vista que
mais de 73% dessa água se encontra na Bacia Amazônica.
No artigo “The Global Water Crisis: Addressing an Urgent Security Issue”
Março, 21-23, 2011, Munk School of Global Affairs, Toronto, Canada;”, Bob
Sandford reflete a possibilidade de que as guerras no futuro sejam travadas pela
água. Apesar da existência de cooperação para a manutenção de recursos hídricos
tenha casos de sucesso, as crescentes populações e demandas podem fortalecer o
potencial de conflitos, até em regiões hoje estáveis.
Ademais, Gro Harlem Brundtland, no documento das Nações Unidas,
publicado em 1987, e denominado ‘’Our Common Future’’, explicita que os
problemas ambientais e a expansão dessas mazelas passariam a ser aceitos como
uma ameaça à segurança nacional e internacional,
Por mais, a água salgada também tem sua importância, haja vista que é
muito utilizada na geração de energia e sendo assim, muito visada por todos países.
Portanto, unindo o argumento do artigo e revendo o cenário e a projeção global para
a água no mundo, podemos perceber a existência de uma real ameaça à
estabilidade de algumas regiões do globo, entre elas, o Brasil.
Durante o presente artigo, será apresentado um estudo onde no primeiro
capítulo serão explanados os conceitos mais importantes para o entendimento do
assunto geral. O segundo capítulo se trata de uma revisão geral da situação e
projeção dos recursos hídricos mundiais e brasileiros. No capítulo terceiro, será feita
uma revisão das maiores teorias que consideram os recursos hídricos como causas
de guerras. Já no quarto trecho do artigo, casos reais de guerras que foram
motivadas por recursos naturais serão explicitados, com a finalidade de embasar
empiricamente a parte anterior. O quinto capítulo abordará de forma sucinta os
fatores de defesa nacional brasileira.
Conceitos centrais
Segurança ambiental: Luis Veiga Cunha, em seu artigo ‘’Segurança
Ambiental e Gestão dos Recursos Hídricos’’, tem forte inspiração em Harlem
Brundtland e seu artigo citado anteriormente. Para ele, a Segurança ambiental é um
alargamento do conceito já conhecido. Assim, a segurança nacional e internacional,
passa a abarcar não só questões políticas e militares, mas também, questões
sociais, econômicas e ambientais.
Conflitos ambientais: Dessa vez, Luiz Veiga, com base em Lodgaard (1992) e
Homer-Dixon (1994), demonstra que a degradação ambiental e a escassez de
recursos podem levar à conflitos.
Segurança Nacional: De acordo com o Professor Marco Cepik, por segurança
nacional, entende-se que esta é a condição relativa de proteção coletiva e individual
dos membros de uma sociedade contra ameaças plausíveis à sua sobrevivência e
autonomia. E que, estar seguro, seria viver em um Estado que possua capacidade
para prover segurança por meio do bom uso das negociações, da coleta de
informações e percepção de intenções e das possibilidades de emprego das forças.
Defesa Nacional: O conceito usado será o definido pelo próprio Estado
brasileiro no Livro Branco de Defesa Nacional (2012), onde, é dito que a defesa
nacional é “o conjunto de medidas e ações do Estado, com ênfase na expressão
militar, para a defesa do território, da soberania e dos interesses nacionais contra
ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas” (BRASIL, 2012,
p. 24).
Conclusão
Baseado nas informações à respeito da disponibilidade de recursos hídricos
em território brasileiro, nos fatos históricos envolvendo esse tipo de conflito e a
postura brasileira em relação às suas diretrizes de defesa, o país não foge do
comum, que é, por motivos lógicos, estar sempre se aperfeiçoando no âmbito
securitário. Porém, o Brasil, não trata como causa maior do seu aperfeiçoamento os
recursos que tem, e sim, uma lógica de manutenção de soberania aliada à
possibilidade de se ter um desenvolvimento seguro, livre de ameaças externas.
Em um cenário onde o país seja protagonista de um conflito envolvendo seus
recursos, a natureza diplomática brasileira faria com que a nação cessasse sua
busca por aperfeiçoamento e almejo por desenvolver uma auto-ajuda, para resolver
o contencioso da maneira mais harmoniosa possível. Haja visto que no ranking das
maiores potências militares do planeta, segundo o site Global Firepower, o Brasil
ocupa somente a 15° posição, e que, as prováveis nações que teriam condições de
incitar conflitos com o país estão em posições superiores no ranking e possuem
vantagens consideravelmente grandes em relação ao Estado brasileiro, o país não
colocaria sua integridade em jogo e optaria levar a contenda para o âmbito da
cooperação, e, somente em último caso, usar da força bélica para se firmar na
situação.
Referências:
https://nacoesunidas.org/onu-ma-gestao-do-meio-ambiente-e-dos-recursos-na
turais-pode-contribuir-para-surgimento-de-conflitos/
Jhaveri, Nayna. (2004). Petroimperialism: US Oil Interests and the Iraq War.
https://jornal.ceiri.com.br/os-conflitos-internacionais-sobre-recursos-hidricos/
http://www.eitan.com.br/Guerra%20dos%20Seis%20Dias.pdf