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DISCIPLINA: DIREITO PENAL – PARTE GERAL

PROFESSOR: GABRIEL HABIB


MATÉRIA: CULPA, COMISSÃO E OMISSÃO, RESULTADO, NEXO DE CAUSALIDADE

Indicações bibliográficas:
Livro Direito Penal da Negligência, Juarez Tavares.

Leis e artigos importantes:


Súmula 96 STJ

Palavras-chave: Crime omissivo, comissivo, nexo causal, culpa

TEMA: CULPA, COMISSÃO E OMISSÃO, RESULTADO, NEXO DE CAUSALIDADE

PROFESSOR: GABRIEL HABIB

Culpa, Comissão e Omissão, Resultado, Nexo de Causalidade

Princípio da Confiança – Quem atende adequadamente ao cuidado objetivo exigido pode


confiar que os demais co-participantes da mesma atividade também operem cuidadosamente.

As pessoas agem de acordo com a expectativa de que as outras atuarão dentro do que lhes
é esperado.

Tem grande incidência em atividade em que há cooperação, ex: trânsito, tráfego aéreo.

Negligência – não agir / não fazer

Modalidades de culpa Imprudência – agir / fazer

Imperícia – profissionais habilitados; deve estar no exercício da função;

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Culpa consciente - previsão

Espécies de culpa Culpa inconsciente – sem previsão

Culpa imprópria – é aquela que decorre de erro de tipo permissivo nas


descriminantes putativas.

Concorrência de culpas

Ambos sofrem lesões, ambos respondem por lesão corporal.

Compensação de culpas

Não exclui a responsabilidade penal do acusado. STJ (HC 193.759/RJ, Rel. Ministro Gurgel
de Faria, julgado em 18/08/2015, DJe 01/09/2015).

Comissão e Omissão

Própria – violação do dever de agir GENÉRICO (todos nós)

Omissão

Imprópria – violação do dever de agir ESPECÍFICO (uma pessoa específica)

Omissão Imprópria (art. 13, §2º) – comissivos por omissão

“§2º - A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o
resultado. O dever de agir incumbe a quem:”

a) Tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;

b) De outra forma, assumir a responsabilidade de impedir o resultado; - assunção


voluntária de custódia

c) Com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do resultado-


ingerência.

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Diferenças entre a omissão própria e a omissão imprópria:

Omissão própria -

Violação de um dever de agir genérico

Pode ser praticado por qualquer pessoa

Não admite tentativa

Subordinação direta ou imediata

Omissão imprópria -

Violação de um dever de agir especifico

Só pode ser praticado por garantidor

Admite tentativa

Indireta ou mediata - Ver aula de tipicidade

Jurídico ou normativo – perigo ou dano efetivo ao bem jurídico; todo crime tem.

Resultado

Material ou naturalístico – modificação causada no mundo exterior

Crimes matérias

Conduta Resultado

Resultado naturalístico que não basta a conduta, tem a necessidade da ocorrência do


resultado para a consumação.

Crimes Formais

Conduta Resultado

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Crimes de consumação antecipada, não há necessidade de ocorrer necessidade para o crime
se consumar.

Súmula 96 STJ.

Crimes de mera conduta

Conduta

Basta a pratica da conduta para a consumação.

Nexo de Causalidade

Conceito: Elo em que liga a conduta praticada pelo agente ao resultado por ele produzido.

Crimes em que ocorre: Crimes Materiais.

Teorias sobre o nexo de causalidade

1. Teoria da Causalidade Adequada ou Teoria da Condição Qualificada ou Teoria


Individualizadora

(Von Kries e Von Bar)

Juízo de possibilidade ou de probabilidade.

Para ela causa é a condição necessária e adequada para determinar a produção do


resultado.

2. Teoria da Relevância Jurídica

Condição relevante para o resultado.

Tudo que for previsível para o homem, ser humano, no momento da conduta.

Irrelevante é tudo que for imprevisível.

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3. Teoria da qualidade do efeito da causa eficiente (Kohler)

Causa é a condição a qual depende a qualidade do resultado.

4. Teoria da condição mais eficaz ou ativa (Birkmeyer)

Causa força que produz um fato.

Entre as Condição do resultado, é a que contribui mais eficazmente para a produção do


resultado.

5. Teoria do Equilíbrio ou da preponderância (Binding)

Luta

Elementos destroem a situação presente

Elementos que mantem a situação presente

6. Teoria da Causa Próxima ou penúltima (Ortmann)

Causa é a última condição humana que aparece na cadeia causal.

7. Teoria da Causalidade Jurídica (Maggiore)

Ordem prática

Juízo do valor intérprete – escolhe a causa responsável do resultado.

8. Teoria da Causa Humana (Antolisei)

Causa = característica humana

Ser humano é provido de consciência para prever os efeitos de determinadas causas.

Elemento Positivo – condição do evento; e Elemento Negativo – não decorra de fatores


excepcionais.

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9. Teoria da Equivalência dos antecedentes causais ou Teoria da conditio sine
qua non ou Teoria da Equivalência dos Antecedentes ou Teoria Condição simples ou
Teoria da Condição Generalizadora

(Maximilian Von Buri, Glaser e Stuart Mill)

Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido, como
ocorreu no caso concreto, ou seja, todos os fatos ocorridos antes do resultado se equivalem,
desde que sejam indispensáveis a produção dos resultados.

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