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A marcha da opressão 

MÍDIA SEM MÁSCARA, 8 DE AGOSTO DE 2002 

Mais uma contra a liberdade de imprensa no RS 

Percival Puggina 

O  Observatório  da  Imprensa  deu  destaque  ao  Manifesto  pela  Liberdade  de 
imprensa  e  pelo  estado  de  direito  (v.  texto  abaixo), recentemente divulgado 
no  Rio  Grande  do Sul. Abriu uma sessão com o título Mídia gaúcha, apenas 
para tratar do assunto. 

Como  era  de  se  esperar,  desabaram  sobre  o  site  textos  em  oposição  ao 
conteúdo  do  manifesto,  contra  a  sua  divulgação  no  site,  defendendo  a 
posição  do  governo  estadual  e,  alguns  deles,  seguindo  o  velho  padrão  da 
esquerda  que,  em  falta de argumentos, trata, sempre, de desqualificar seus 
antagonistas. Note-se que o OI é de indisfarçada posição esquerdista. 

Pois  bem,  em  resposta  à  manifestação  de  um  leitor  que  afirmava 
exatamente  isso,  o  OI  defendeu-se  alegando  não ter vínculos com partidos 
políticos  nem  com  o  governo  do  Rio  Grande  do  Sul,  tanto  assim  que  o 
programa de TV do Observatório fora banido da programação da TVE/RS. 

Contestando  essa  informação,  a  direção  da  TVE  enviou  uma  Nota  Oficial 
ao  site  do  OI.  O  texto  está  transcrito  a  seguir. Respondendo, Alberto Dines, 
diretor  do  OI, afirma que tal nota é "um coquetel de engabelação, ocultação 
e  inverdades".  E  relata  um  fato  desconhecido  da  opinião  pública  estadual, 
cuja  natureza  faz  prova  cabal  daquilo  que  causa  ao  Manifesto  pela 
Liberdade de Imprensa e o Estado de Direito. 

Em  virtude  da  gravidade  da  informação,  transcrevo,  a  seguir,  os  dois 
documentos extraídos do site www.observatoriodaimprensa.com.br. 

*** 

/
 

Nota da Fundação Cultural Piratini 

Mídia gaúcha: OI na TV não foi banido 

A  propósito  da  nota  intitulada  "OI  na  TV  banido  no  Sul"  gostaríamos  de 
esclarecer  que,  como  já  fora  informado  anteriormente  pelo  nosso 
ex-diretor  de  Programação,  jornalista  Geraldo  Canali,  o  programa 
Observatório  da  Imprensa  não  foi  retirado  da  grade  de  programação  da 
TVErs  durante  a  atual  gestão.  Ao  assumirmos,  em  janeiro  de  1999,  este 
programa  já  não  era  retransmitido  ao  vivo,  e  sim  em  reprise  gravada  em 
outro  dia  da  semana.  No  horário  do  Observatório  da  Imprensa  já  era 
veiculado o programa Frente à Frente, produção própria da TVErs. 

Aliás,  desde  julho  de  1995,  mês  de  sua  estréia,  o  Frente  a  Frente  é 
veiculado  nas noites de terça-feira. Trata-se de um programa de entrevistas 
semelhante ao Roda Viva, da TV Cultura de São Paulo. 

A  atual  gestão  manteve  o  programa  Observatório  da  Imprensa  no  dia  e 


horário  em  que  era  retransmitido  anteriormente  durante  os  primeiros 
meses  de  1999,  até  que  foi  tomada  a  decisão  de  manter  em  nossa  grade 
apenas  os  programas  de  rede  transmitidos  ao  vivo.  Nessa  ocasião,  vários 
outros  programas  da  TV  Cultura  e  da  TVE  do  Rio  de  Janeiro  deixaram  de 
ser  retransmitidos  por  nossa  emissora,  principalmente  porque  a estratégia 
de  programação  da  TVErs  durante  a  gestão  atual  é  de  ampliar  a  produção 
local.  Com  isso,  perdemos  a  qualidade  dos  debates  do  Observatório  da 
Imprensa  -  assim  como  vários  outros  programas  da  TV  Cultura,  entre  eles 
Conversa  Afiada  e  Opinião  Nacional  -  em  troca  da  ampliação  dos  horários 
de  programação  regional.  Entendemos  que  este  é  um  dos  papéis  de  uma 
emissora  pública:  lutar  contra  a  homogeneização  da  programação  da 
televisão  brasileira,  hoje  quase  totalmente  concentrada  no  eixo  Rio-São 
Paulo. 

Atualmente  nos  orgulhamos  de  produzir  praticamente  metade  da 


programação  veiculada  pela  emissora.  Sempre  com  extremo  respeito  ao 
princípio  da  pluralidade.  Além  disso,  nosso  compromisso  com a defesa da 
democratização  da  comunicação  nos  leva  a  pautar  este  tema 
constantemente  em  nossos  programas,  como  o  Antena  da  Aldeia  (único 

/
programa  da  televisão  no  Rio  Grande  do  Sul  destinado  à  análise da mídia), 
Jornal  da  Cidadania,  Crônicas  do  Tempo  e  TVE  Repórter.  Também  a  FM 
Cultura,  emissora  de  rádio  da  Fundação  Cultural  Piratini,  veicula 
semanalmente  o  programa  Mídia  em  Debate,  igualmente  destinado  a 
analisar o comportamento dos meios de comunicação em todo o país. 

Ao  leitor  Gustavo  Stella  Acauan,  colocamo-nos  à  disposição  para 


esclarecer  outras  dúvidas  ou  receber  sugestões  pelo  endereço  eletrônico  . 
A  programação e os demais projetos da emissora podem ser conferidos na 
página. 

José Roberto Garcez, presidente da Fundação Cultural Piratini. 

*** 

Alberto Dines responde 

A  nota  oficial  emitida  pela  Fundação  Piratini  é  um  coquetel  composto  por 
engabelação, ocultação e inverdades. Veja-se o que disse logo no inicio: 

"Ao  assumirmos,  em janeiro de 1999, este programa já não era retransmitido 


ao vivo, e sim, em reprise gravada (...)". 

Inverdade  -  Entre  9/2/99  e  24/8/99  o  programa  Observatório  da  Imprensa 


na  TV  foi  transmitido  DEZ  vezes  ao  vivo  dos  estúdios da TVE-RS, em Porto 
Alegre,  numa  média  de  dois  por  mês  [veja  a  lista  abaixo].  Em  1998  foram 
transmitidos  ao  vivo,  dos  mesmos  estúdios,  SEIS  programas  sendo  que  o 
último, em 13/10/98, com a participação de Ruy Osterman. 

Perguntará  o  leitor:  qual  a  razão  de  tão  grande  intervalo  entre  o  último  de 
1998 e o primeiro de 1999? 

Ocultação  -  Porque  foi  omitido  na nota o fato de que, com a posse do novo 


governo  gaúcho,  o  diretor  de  programação,  também  recém-empossado, 
procurou  a  produção  do  programa  para  informar  que  o  jornalista  Augusto 
Nunes (colaborador regular) era persona non grata no estado. 

/
Recebeu  a  seguinte  resposta:  não  aceitamos  esta  interferência  porque  é 
uma  forma  de  censura.  O  jornalista  participava  regularmente  dos  estúdios 
de  São  Paulo,  o  veto  a  seu  nome  era  uma  intervenção  aberta  e 
antidemocrática.  Augusto  Nunes  foi  poupado  da  constrangedora  ameaça, 
só soube do ocorrido dois anos depois. 

Por  coincidência,  algumas semanas depois da primeira pressão da TVE-RS, 


no  início  de  99,  Augusto  foi  convidado  a  comandar  o  programa  da 
Globonews  N  de  Notícia  e  afastou-se  do  Observatório.  A  TVE  gaúcha,  por 
intermédio  do  mesmo  diretor,  declarou  então  que  desejava  indicar  o 
convidado que participaria do programa em seus estúdios. 

Exigência  descabida  e  impertinente  porque  isso  jamais  acontecera  mas, 


para  evitar um caso político com o governo recém-empossado, solicitamos 
uma  lista  de  profissionais  capazes  de  participar  de  um  programa  com 
estas  características.  O  primeiro  foi  um  desastre,  outros  profissionais  ou 
políticos  do  estado  convidados  pela  produção  no  Rio  saíram-se  bem. 
Então,  em  agosto  de  99,  a punição final - os estúdios para transmissões ao 
vivo  por  satélite  estavam  comprometidos  e  o  programa  não  seria  mais 
retransmitido pela rede, mesmo em reprise. 

Engabelação  -  O  signatário  informa  que  dentro  princípio  da  pluralidade  a 


emissora  transmite  um  programa  sobre  mídia  denominado  Antena  da 
Aldeia.  Se  o  princípio da pluralidade está sendo levado a sério, a direção da 
emissora  gaúcha  deveria  solicitar  um  compacto  do  Observatório  para  ser 
encaixado  no  seu  programa.  Isto  porque  a  TVE-RS  foi  uma  ativa  parceira 
do  projeto  desde  a  sua  primeira  emissão,  só  perdendo  para  a  TVE  mineira 
(ligada,  como  se  sabe,  a  um  governo  chefiado  por  um político da oposição 
e que jamais prejudicou a parceria). 

Conclusão:  considerando  o  sucesso  do  programa,  sua  isenção  política  e 


sua  preocupação  em  examinar  a  mídia  pelo  ângulo  do  interesse  público, 
fica  evidente  que  a  TVE-RS  não  está  interessada  na  despolitização  da 
crítica da mídia. 

Quem  sai  perdendo  é  o  contribuinte  gaúcho  que  paga  seus  impostos  para 
que  a  sua  rede  pública  de  TV  lhe  ofereça  o  melhor  em  cada  segmento. 
(A.D.) 

/
Programas  do  Observatório  com  convidados  gaúchos  e  transmitidos  ao 
vivo dos estúdios da TVE-RS, com datas e nomes: 

05/05/98 - Antonio Brito 

19/05/98 - Elmar Bones 

09/06/98 - Elmar Bones 

14/07/98 - Marcelo Rech 

15/09/98 - Marcelo Rech 

13/10/98 - Ruy Osterman 

09/02/99 - Carlos Alberto Kotecza 

09/03/99 - José Antonio Pinheiro Machado 

06/04/99 - Ruy Osterman 

04/05/99 - Ruy Osterman 

18/05/99 - Otto Bender 

08/06/99 - Paulo Gasparotto 

29/06/99 - Julio Redecker 

13/07/99 - Pedro Simon 

27/07/99 - Eduardo Bueno 

24/08/99 - Omar Ferri 

/
*** 

Manifesto  dos  gaúchos  pela  liberdade  de  imprensa  e  pelo  Estado  de 
Direito 

Redigido  por  iniciativa  do  filósofo  Denis  L.  Rosenfield  e  distribuído  no  mês 
de  julho  de  2002,  este  documento  fundamental  foi  ignorado  quase  por 
completo pela mídia do Rio e de São Paulo. - O. de C. 

Uma  sociedade  democrática  baseia-se  no  pluralismo,  na  tolerância,  no 


respeito  às  leis  e  no  comprometimento  com  o  bem-estar  de todos os seus 
membros.  Se  os  seus  pilares  estão  ameaçados,  é  todo  o edifício que pode 
ruir.  Há,  portanto,  coisas  sobre  as  quais  não  se  pode transigir, sob pena de 
comprometermos o nosso futuro. 

O  atual  governo  tem  pautado  suas  ações  por  uma  longa  série  de 
perseguições  e  processos  contra  jornalistas  e  intelectuais.  Inclusive 
organizações,  como  a  OEA,  têm  assinalado  que  nossa  liberdade  de 
imprensa  padece  de  problemas  delicados.  Uma  sociedade  na  qual  a 
liberdade  de  imprensa  é  suprimida  ou  grandemente  restringida  torna-se 
uma  sociedade  escrava,  e  nela  a  intimidação  converte-se  em  regra. 
Quando  os  meios  de  comunicação  passam  a  policiar-se,  a  liberdade  de 
cada  um  está  comprometida.  De  nada  adianta  alardear  a  palavra 
"cidadania"  como  marca  de  um  governo,  se  essa  palavra  estiver 
inteiramente  comprometida  com  um  uso  ideológico,  que  visa  apenas  dar 
respaldo  a  uma  forma  autoritária  de  dominação.  Conclamamos,  isto  sim, 
pelos  verdadeiros  direitos  dos  cidadãos,  como  as  liberdades  públicas,  a 
paz  e  a  segurança,  nas  cidades  e  no  campo.  Presenciamos  algo  novo  na 
história  do  Rio  Grande  que,  por  suas  tradições  de  bravura  e  coragem,  não 
pode aceitar a paz que se impõe pelo cerceamento das liberdades. 

De  outra  parte,  uma  funcionária  de  Diógenes  de  Oliveira,  envolvida  com  o 
Clube  de  Seguros  da  Cidadania,  é  ameaçada de morte. Ela é então forçada 

/
a  abandonar  o  Estado  sob  a  proteção  da Polícia Federal, pois não mais crê 
nas  instituições  gaúchas.  Suas  declarações  e  os  documentos 
apresentados  mostram  a  necessidade  de  continuação  da  CPI  da 
Segurança  Pública.  Melhor,  exigem  que  esses  trabalhos  sejam  retomados 
com  a  firmeza  e  a  perseverança  daqueles  que  buscam  a  verdade.  O 
governo  alega  ter  pautado  suas  ações  passadas  na  defesa  da  ética  na 
política.  Quando  mais  não  seja  por  um  mínimo  de  coerência,  deveria 
abandonar  sua  postura  de  tudo  denegar.  Por  muito  menos,  outros  foram 
exaustivamente  investigados na área federal. Os fatos são graves e exigem 
apuração  isenta.  Afirmações  de  que se trata de um conluio da direita ou de 
transações  entre  particulares  seriam  risíveis  se  não  fossem  proferidas  por 
altos  dignitários  do  governo.  A  ética  não  tem  cores  partidárias,  mas 
repousa  em  um  comprometimento  imparcial  com  a  coisa  pública  e  com  o 
bem de todos os cidadãos. 

Os  signatários  estão  profundamente  preocupados com a situação atual do 


Rio  Grande.  Também  estão  conscientes  de  que  o  silêncio pode significar a 
submissão.  Por  isso,  se vêem na obrigação de manifestar-se publicamente 
em  favor  do  respeito  às  liberdades  democráticas  e  em  defesa  da  ética  na 
política. 

Denis  Lerrer  Rosenfield,  Paulo  do  Couto  e  Silva,  Jair  Krischke,  Fernando  A. 
Lucchese,  Sérgio  da  Costa  Franco,  João  Carlos Brum Torres, Fernando Gay 
da  Fonseca,  Políbio  Braga,  Flávio  Fereira  Presser,  Gilberto  S.  Pires, Percival 
Puggina,  José  Antônio  Giusti  Tavares,  Kathrin  Rosenfield,  Diego 
Casagrande,  Fernando  Albrecht,  Nelson  Boeira,  Guilherme  Socias  Villela, 
Ruy  Lopes,  Luis  Millman,  Magda  Brossard  Iolovitch,  Hélio  Gama,  Themis 
Reverbel,  Francisco  Araújo  do  Santos,  Eduardo  Dutra  Aydos,  Érico Valduga, 
Flávio  Del  Mese,  Jandira  Feijó,  Marisa  Abreu,  Maria  Isabel  Knijnik,  Ronald 
Hillbrecht,  Nestor  Hein, Abrahão Finkelstein, Fernando Schüller, Paulo M. de 
Moura,  Valério  Rohden,  Ronaldo  Moreira  Brum, Ney Gastal, Newton Arones, 
Joaquim  José  Xavier,  Joel  Nogueira,  Abílio  Baeta  Neves,  Carlos  Alberto 
Reis  Lima,  Luiz  de  Miranda,  Jayme  Copstein,  Laury  Ernesto  Koch,  Marcia 
Sobotyk,  Frederico  Lanz,  Danilo  Groff,  Odilon  Rebés  Abreu,  Benito  Giusti, 
Pedro  Roza  Marques,  Alexandre  Desanti,  Carlos  MacArthur  Alves,  Hilda  de 
Souza,  Luiz  Roberto  Ponte,  Nelsir  Tesaro,  José  Antônio  Vieira  da  Cunha, 
Omar  Ferri,  Wilson  Müller  Rodrigues,  Newton  Müller  Rodrigues,  Luiz 
Guilherme  Poziomczyk,  Luiz  Garcia,  Fúlvio  Araújo  dos  Santos,  Ricardo 

/
Ranzolin,  Francisco  Sérgio  Turra,  Cléber  Benvegnú,  Miguel  Peracchi 
Barcellos,  Leila  Fetter,  Mônica  Leal,  Silvana  Covatti,  Carnem  Handel,  Joel 
Cândido,  Miguel  Wedy,  Abel  Dourado,  Pedro  Ruas,  Ségio  Bittencourt,  Dani 
Rudnick,  Ricardo  Ranzolim,  Fernanda  Campagnolo,  José  Américo 
Machado,  Luiz  Hartmann,  Alberto  Brentano,  Ricardo  Sondermann,  Gilberto 
S.  Machado,  Odilon  Oliveira,  Carlos  Roberto  Pires  Porto,  Luiz  F.  Feijó, 
Eduardo  Estima,  Sergio  Lewin,  Eduardo  Logemann,  Carlos  Smith,  Carlos 
Bidermannn,  Carlos  Eduardo  Chaise,  Ana  Carla  Morsch  Cherini,  Pedro 
Hector  Zanette,  Fernando  D'Àvila,  Heron  de  Oliveira,  Miguelina  Paiva 
Vecchio,  Teldiomara  F.  da  Silva,  Tadeu  Karczeski,  Valdomiro  Lima,  Flávio 
Zacher,  Artur  Zanella,  Alexandre  S.  Silveira,  Gilmar  Gaspar  Silva,  Márcio 
Ferreira  Bins  Ely,  Sônia  D'Àvila,  Roque  Jacoby,  Zênia  Aranha  da  Silveira, 
Marília  Freitas  Lima,  Maria  da  Glória  Cairoli,  Maria  Helena  Linhares,  Maria 
Inês  Velho,  Nara  Pereira,  Mara  Berta,  Mariana  Sperotto,  Maria  Luiza 
Eichenberg,  Renan  Proença,  Carlos  Rivaci  Sperotto,  Paulo  Afonso  Girarde 
Feijó,  William  Ling,  Sen.  José  Fogaça,  Dep.  Fed.  Adolfo  Fetter  Junior,  Dep. 
Fed.  Airton  Dipp,  Dep.  Fed.  Alceu  Collares  ,  Dep.  Fed.  César  Schirmer,  Dep. 
Fed.  Darcísio  Perondi,  Dep.  Fed.  Edir  Oliveira,  Dep.  Fed.  Germano  Rigotto, 
Dep.  Fed.  João  Augusto  Nardes,  Dep.  Fed.  Julio  Redecker,  Dep.  Fed.  Luiz 
Carlos  Heinze,  Dep.  Fed.  Mendes  Ribeiro  Filho,  Dep.  Fed.  Nelson  Proença, 
Dep.  Fed.  Osmar  Terra,  Dep.  Fed.  Telmo  Kirst,  Dep.  Fed.  Yeda  Rorato 
Crucius,  Dep.  Fed.Osvaldo  Biolchi,  Dep.  Fed.Wilson  Cigmachi.  , Dep. Adolfo 
Brito,  Dep.  Adroaldo  Loureiro,  Dep.  Alexandre  Postal,  Dep.  Aloísio 
Classmann,  Dep.  Befran  Rosado,  Dep.  Bernardo  de  Souza,  Dep.  Carlos 
Eduardo  Vieira  Cunha,  Dep.  Cezar  Buzatto,  Dep.  Ciro  Simoni,  Dep.  Eliseu 
Santos,  Dep.  Elmar  Schneider,  Dep.  Érico  Ribeiro,  Dep.  Frederico  Antunes, 
Dep.  Germano  Bonow,  Dep. Giovani Cherini, Dep. Iara Wortmann, Dep. Iradir 
Pietroski,  Dep.  Jair  Foscarini,  Dep.  João  Fischer,  Dep.  João  Luiz  Vargas, 
Dep.  João  Osório,  Dep.  José  Haidar  Farret,  Dep.  José  Ivo  Sartori,  Dep.  Luiz 
Augusto  Lara,  Dep.  Luiz  Valdir  Andrés,  Dep.  Manoel  Maria,  Dep.  Marcos 
Peixoto,  Dep.  Mario  Bernd,  Dep.  Onyx  Lorenzoni,  Dep.  Osmar  Severo,  Dep. 
Otomar  Vivian,  Dep.  Paulo  Moreira,  Dep.  Paulo  Odone,  Dep.  Sérgio 
Zambiasi,  Dep.  Vilson  Covatti,  Dep.  Francisco  Appio,  Ver.  Alberto  Pretto 
Moesch,  Ver.  Antônio  Hohlfeldt,  Ver.  Clênia  Maranhão,  Ver.  Ervino  Besson, 
Ver.  João  Antonio  Dib,  Ver.  João  Bosco  Vaz,  Ver.  João  Carlos  Nedel,  Ver. 

/
José  Fortunati,  Ver.  Nereu  D'Àvila,  Ver.  Pedro  Américo  Leal,  Ver.  Sebastião 
Mello 

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