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MUNICÍPIO DE AÇAILÂNDIA - MA

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
ESCOLA MUNICIPAL SARAH KUBITSCHEK
Prof. Inaldo M.M. Junior (3º período) – História 9ºC

SÍNTESE DA DITADURA MILITAR


A Era pós-Vargas
- 1945: Getúlio foi afastado do poder e democracia foi reestruturada;
- Haviam 3 propostas de políticas para o país: nacionalista, liberal e comunista. A primeira defendia um
Estado forte e fechado ao capital estrangeiro. O outro propunha vínculo com o capitalismo
internacional, abertura do mercado e aproximação com os Estados Unidos. A última pregava maior
intervenção estatal e aproximação com a União Soviética.
- Entre 1946 e 1964 as propostas nacionalistas e liberais se alternaram no poder. A partir de 1964, a
democracia foi interrompida por uma ditadura que se justificou por livrar o país de uma ameaça
comunista.
- Os governos democráticos (1946 - 1964) foram presididos por Eurico Gaspar, Getúlio Vargas, Café
Filho, Carlos Luz, Nereu Ramos, JK, Jânio e Jango.

 Eurico Gaspar Dutra (1946 - 1951): era liberal; diminuiu a intervenção estatal; instaurou o plano
Salte; abriu o país para o capital estrangeiro; rompeu relações com a URSS ; tornou o PCB ilegal;
 Getúlio Vargas (1951 - 1954): era nacionalista e intervencionista; incentivou a indústria
nacional; criou o BNDE e a Petrobras; dobrou o valor do salário mínimo;
 Café Filho (vice de vargas), Carlos Luz (presidente da câmara) e Nereu Ramos (1954 – 1956):
governaram por pouco tempo; o primeiro por substituição ao suicida, o segundo por causa do
afastamento do primeiro (por motivos de saúde) e o último em substituição ao segundo
(presidente do senado).
 Juscelino Kubitschek (1956 - 1961) - JK: esposo de Sarah Kubitschek; governo marcado pelo
desenvolvimentismo; sua meta era fazer o Brasil alcançar em 5 anos o progresso que levaria 50
anos para completar; abriu o país para investimentos estrangeiro; houve instalações de muitas
fábricas, construção de usinas hidrelétricas, pavimentação de muitas estradas; o maior ícone do
governo foi a construção de Brasília; por outro lado o país sofreu uma crise por causa dos
empréstimos no estrangeiro;
 Jânio Quadros (1961): prometeu limpar a política nacional e combater a corrupção; tomou
medidas impopulares; reatou laços com países comunistas; era de orientação comunista;
renunciou, mas ninguém solicitou sua volta ao cargo;
 João Goulart (1961 – 1964) - Jango: foi instituído o parlamentarismo; Jango foi escolhido
primeiro-ministro pelo Congresso Nacional; porém depois o regime presidencialista foi
restaurado;

- As ditaduras militares (1964 - 1985) foram lideradas por Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel
e Figueiredo.

Castelo Branco (1964 - 1967)


Costa e Silva (1967 - 1969)
Médici (1969 - 1974)
Geisel (1947 - 1979)
Figueiredo (1979 - 1985)

Como se deu o governo desses líderes militares? Quais os principais fatos históricos?
O Golpe de 1964
- O governo de Jango levou o país à uma crise econômica; não promoveu reformas eficientes; ameaçou
os interesses liberais e se aliançou com a esquerda comunista;
- Conservadores promoveram a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Havia temor pela
possibilidade do país se tornar comunista. Os militares depuseram o presidente e instituíram a ditadura
militar.
Características das ditaduras militares
- Progressiva anulação de liberdade democrática;
- Poder concentrado no executivo e limitação e submissão do legislativo e judiciário;
- Governos estaduais e municipais perderam autonomia e só executavam as decisões federais;
- Abertura econômica do país ao estrangeiro (internacionalização da economia);
- Estabilização financeira e crescimento econômico (1970 - 1973): milagre econômico
- Violento sistema de repressão;
- Muitas mortes, prisões, exílios;
Aspectos culturais do período da ditadura militar
- Cresce a influência da televisão.
- 1950: primeiras transmissões televisivas; 1969: primeiras transmissões via satélite; 1972: primeiras
transmissões a cores; 1980: aumento do número de emissoras;
- A imprensa foi censurada (controle).
- As notícias proibidas/críticas eram camufladas em receitas de bolos e em poesias;
- A Música, Literatura e Teatro foram os principais canais de protestos;
O Fim da Ditadura
- As mortes do jornalista Vladmir e do operário Manuel (torturados na ditadura) causou revolta social
contra as práticas repressoras da ditadura militar;
- Geisel e Figueiredo foram os ditadores que começaram e completaram a reabertura democrática do
país;
- Em 1978 Luiz Inácio Lula da Silva organizou uma grande greve de metalúrgicos reivindicando
melhores salários. Esse movimento foi fortalecido por outras categoriais profissionais e enfraquecendo
o governo ditatorial;
- O movimento Diretas Já, levou centenas de milhares de pessoas às ruas para reivindicar eleições
diretas para presidente. Porém o novo presidente foi eleito de forma indireta (Tancredo Neves).
- Tancredo Neves, antes da posse foi hospitalizado e faleceu. Então José Sarney assumiu a presidência,
o que marcou o fim do regime militar e a reinaugurou a democracia no Brasil.
- Esta nova fase foi apelidada de Nova República.

Atividade Complementar

Para ampliar seu conhecimento sobre o Regime Militar, com base nas informações das páginas 202 e
203 do livro didático, liste os principais fatos sobre cada governo desse período. Reúnam-se em grupo
e registrem essas informações na folha distribuída pelo professor. Ao final da aula, compartilhe com a
turma as informações coletadas.
Na sua juventude, ela se apaixonou perdidamente por Juscelino Kubitschek de Oliveira que foi o primeiro
presidente brasileiro a nascer no século XX. Porém, quando ele decidiu fazer especialização
em urologia na Europa, JK rompeu o noivado e passou a não responder suas cartas. Apesar disso,
aconselhada por sua mãe, Sarah resolveu esperá-lo.
No dia 30 de dezembro de 1931, Sarah e Juscelino casaram-se na cidade do Rio de Janeiro. No dia seguinte,
comemoraram o casamento no Ano Novo no famoso Hotel Copacabana Palace.

ADALBERTO FRANKLIN
CULTURA, CIDADANIA, POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO ==
ADALBERTO.FRANKLIN@GMAIL.COM
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 IMPERATRIZ TEM IDENTIDADE CULTURAL, SIM
1958: JK visitou Imperatriz com embaixadores amigos
As publicações que tratam da história de Imperatriz não registram essa primeira visita que o então presidente
Juscelino Kubitschek fez a Imperatriz, informalmente, em 1958, no inicio da construção da rodovia Belém-Brasília,
acompanhado dos embaixadores do Equador, da Alemanha e da Tchecoslováquia, do ministro da Viação e de oficiais
da Aeronáutica. Evidencia-se a visita de JK feita em janeiro de 1961, para a inauguração da rodovia, poucos dias
antes do final de seu governo. Encontrei este registro nos arquivos do Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, que
transcrevo a seguir, na integra:

Presidente levou diplomatas para ver a rodovia que ligará Belém do Pará a Brasília

O presidente Juscelino Kubitschek percorreu as obras de construção da Rodovia Belém-Brasília que se estende por
mais de dois mil e duzentos quilômetros, tornando efetiva a ligação entre o Norte e o Sul da País.

Nessa visita às frentes de trabalho na selva amazônica, o presidente foi acompanhado dos representantes de quatro
nações amigas, a saber: do Equador, sr. Neftali Ponce Miranda, embaixador extraordinário e plenipotenciário; da Grã-
Bretanha, sr. Geoffrey H. Wallinger, embaixador extraordinário e plenipotenciário; e da Tcheco-Eslováquia, sr.
Jaroslav Kuchvalek, enviado extraordinário e ministro plenipotenciário.
Viajaram também na companhia do presidente da República o almirante Lúcio Meira, ministro da Viação; o general
Nélson de Melo, chefe do Gabinete Militar; o coronel aviador Lino Romualdo Teixeira, subchefe do Gabinete Militar;
o sr. Waldir Bouhid, superintendente do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA) e outras
autoridades.

NA FLORESTA DO GUAMÁ
Após inaugurar, em Belém, a nova estação de passageiros do Aeroporto de Val-de-Cans e a Escola de Agronomia da
Amazônia, o presidente da República iniciou a visita às obras da grande rodovia que colocará a bacia amazônica em
ligação com o centro e o sul do país. O primeiro trecho da estrada, na região do Guamá, numa extensão de 120
quilômetros, já está asfaltado. Continuam a obras em ritmo acelerado. através da floresta, onde outra centena de
quilômetros já está aberta ao tráfego, com pista revestida de cascalho.
Nesse trecjo, a “Rodobrás”, entidade da SPVEA, incumbida de executar os trabalhos, fez construir dois campos de
pouso para apoio aos desbravadores.
O avião em que viajavam o presidente da Repúbica e sua comitiva, um “Douglas” da FAB, desceu no primeiro desses
campos. Depois, em camionetas de fabricação nacional, os visitantes seguiram até a ponta da estrada, no local onde se
efetuam os serviços de desmatamento. Ali, em plena floresta amazônica, o presidente Juscelino Kubitschek e demais
visitantes tiveram oportunidade de assistir à derrubada de árvores giagantescas, por meio de tratores, para abertura das
picadas onde iriam penetrar em seguida as outras máquinas.
O segundo campo construído nessa região ainda não tem acesso por terra. Fica situado a cerca de 250 quilômetros de
Belém. Feita a clareira inicial, o campo está sendo alargado, pouco a pouco, e já permite a descida de pequenos aviões.
O avião presidencial sobrevoou esse campo e prosseguiu viagem para o sul.

JANEIRO: ENCONTRO NA FLORESTA


Enquanto os trabalhos prosseguem em ritmo acelerado do norte para o sul, também do sul para o norte se intensificam
os trabalhos de penetração na mata virgem partindo de Imperatriz, no Maranhão, no rumo do Guamá. Nessa frente já
foi aberto um caminho para trabalho das máquinas de terraplanagem, numa extensão de cerca de 80 quilômetros, bem
como construído um campo de pouso, nas proximidades das cabeceiras do rio Gurupi, em um lugar que os
trabalhadores batizaram com o nome de Açailândia, em virtude da Abundância de açaí, o alimento tão apreciado pelas
populaçoes da região amazônica. O campo está sendo revestido de cascalho, a fim de que ali possam descer aviões do
tipo “Douglas”.
Nessa região já foram assinalados vestígios de tribos ainda não identificadas. A penetração é feita com o maior
cuidado, de sorte a evitar choques entre silvícolas e civilizados, tendo o Serviço de Proteção aos Índios destacado para
os trabalhos, na expectativa de contato próximo, um fiscal e dois índios “Gaviões” civilizados.
O presidente e sua comitiva foram recebidos com entusiasmo por toda a população de Imperatriz, cidade à margem do
Tocantins, cujas esperanças de rápido desenvolvimento residem na construçao da nova rodovia.
Nessa ocasião o presidente Juscelino recebeu a informação de que os encarregados dos serviços estão dispostos a
ultimar a penetração nas selvas ainda em janeiro do próximo ano, embora as previsões iniciais indicassem que
somente em março poderia se dar o encontro entre as duas turmas que avançam através da floresta, do Guamá para
Imperatriz e vice-versa.
(JORNAL DO BRASIL, sábado, 11 de outubro de 1958. p. 8, 2º Caderno)

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