Você está na página 1de 12
Neste capitulo, apresentaremos as integrats triplas. A tuncao inte- grando, nesse caso, é uma fungio de trés varidveis w = f (x, y, z) definida sobre uma regiéo T do espaco tridimensional. As idéias que usaremos so as mesmas empregadas no capitulo anterior, quando estudamos a integral dupla. Assim, faremos ape~ nas uma breve cxplanagio ¢ apontaremos os principais resultados, dando énfase especial aos exemplos ¢ aplicagdes. 8.1 Definigao ‘Seja w = f (x, y, 2) uma fungdo definida ¢ continua em uma regidio fechada e limitada do espaco. Subaividinos Tem pequenas sub-regiées tragando planos paralelos aos planos coordenados (ver Figura 8.1). Ki Yar Ze) Figura 8.1 ‘Numeramos os paralelepipedos no interior de 7 de 1 até n. Em cada um dos pequenos paralelepfpedos 7, escolhe- ‘mos um ponto arbitrério (x), yp £4)- Formamos a soma Eilow m2dav ‘onde AV; é 0 volume do paralelepfpedo T, BID e109 — rs evr anes crs mls nea anes de sper Fazemos isso de maneira arbitréria, mas de tal forma que a maior aresta dos paralelepipedos 7, tende a 2210: do noo. Se existir lim 3 Fn mn DV ele € chamado integral tripla da fungio f (x, y,z) sobre a regido T ¢ o representamos por 8.2 Propriedades De forma aniloga & integral dupla, temos a [Jerav-« [ff rev 5 i Goins [fae Ifa ) frw- {Jr If} se. onde T= T, UT; , como mostra a Figura 8.2 Figura 8.2 8.3 Calculo da Integral Tripla As integrais triplas podem ser calculadas de forma andloga as integrais duplas, por meio de integracdes sucessi Podemos utilizar os conhecimentos adquiridos no capitulo anterior, reduzindo, inicialmente, a sua resolugio a0 culo de uma integral dupla. A seguir, apresentamos as diversas situagGes. 1° caso: A regio 7 € delimitada inferionmeme pelo grifico da fungdo z = h(x, y) e superiormente pelo grifieo z= In(x, y), onde i, € ft; sdo fungdes continuas sobre a regio R do plano xy, como mostra @ Figura 8.3. Cavirvio 8 Integr wiles FTES -Z = (XY) Z=HKY) Nesse caso, temos a Assim, se, por exemplo, a regido R for do Tipo I isto &, Re ee sy fia) (ver Sega0 7.4) asrsd fintegral tripla sera dada pela seguinte integral itecada tripla: aT [tonoa= |] | ro.r2 ddan : tk win caso: A regido T € delimitada a esquerda pelo grafico de y = p,(x,z) € a direita pelo grafico de y = p,(x, z), onde € pz io fangSes continuas sobre a regido R’ do plano zz, como mostra a Figura 8.4, fF Y=P%2) = yap 2) ra 8.4 SSBB cateso 8 —ranc0es ce varias vrives imecrais mails, integrals cuties e de superficie Nesse caso, temos @ 3° caso: A regiio T é delimitada na parte de tris pelo gréfico da fungio x = 9\(, 2) ¢ na frente pelo gréfico X= @(,2), onde a € 4s sto fungdes continvas sobre a regitio R” do plano yz, como mostra a Figura 8.5, x= 9042) 2402 Figura 8.5 ‘esse caso, temos ‘Nos exemplos que seguem, as diversas situagées so exploradas. 8.4 Exemplos Exemplo 1: Caleuler 1 = {l]- 4V, onde Té 0 s6lido delimitado pelo cilindro x? + y? = 25, pelo plano x + y + z= € pelo plano xy. ‘Suluyau: O sdlido T pode ser visualtzado ma Figura 6.6. Observando essa figura, vemos que 7 € delimitado superiormente pelo gréfico de z~ 8 ~ x — y © inferi por z ~ 0. A projegio de T sobre 0 plano xy é 0 circulo x* + y? = 25 (ver Figura 8.6b).. Assim, usando (1), temos Cariruco © Integaiswiples G37ZE Figura 8.6 y xdz |dxdy x fee axdy lo > el Bed a= alles taza Para calealar essa integral dupla, podemos usar as coordenadas polares, conforme vimos na Segio 7.6. Temos 7 c0s (8 ~ reos @ — rsen 8) + rdrd0 (8 cos 67? — (cos?@ + sen Bcos 6) r°) drdd 2 Ap 5 (ooo vents 7) a (cos*9 + sen 6 cos ole mplo 2: Calcular I [ff>evcnte rea resi emits pelos lamas coordenacos peo plano y ee 2 lugo: A regio T'€ 0 tetraedro apresentado na Figura 8.7. =p (Céleulo B ~ Fungies de varias variéveis, integrais miltiplas, integrais curvilineas ¢ de superficie Figura 8.7 [Nesse caso, T se enquadra em qualquer tum dos casos |, 2 ou 3. Para visualizarmos bem 0s trés casos, vamos plificar 0s tres procedimentos correspondentes. Procedimento 1: Observando a Figura 8.8, vemos que T € delimitada superionmemte pelo grifico da fu Bay. z= 1 -%~2% einferiormente por z = 0. AES te ps A projegiio de T sobre o plano xy € o wridngulo representado na Figura 8.8b. © Assim, usando (1), temos ne ee covine © ies RIO Procedimento 2: Observando a Figura 89a, vemos que T ¢ delimitada & esquerda por y= e a direita por y-2(1-$-2). A projegio de 7 sobre o plano xz € 0 triéngulo representado na Figura 8.9b. © Figura 8.9 Assim, usando (2), ver jimento 3: De maneira aniloga, podemos visualizar na Figura 8.10a que T é delimitada atrés por x = 0 ¢ na =a pow 103(1-2-2) ___ A projecdo de T sobre o plano yz € 0 triangulo representado na Figura 8.10b. ) BD citer. Funcses de vras varévis.integrais mitplas integaiscurvlneas e de superiie Usando (3), temos Exemplo 3: Expressar na forma de uma integral iterada tripla a integral J = I) aV, onde T 6 a regito deli po ty +2-4e 24 P= 3 Solugio: A equagio 7 + y+ c= 4 representa uma esfera de centro na origem ¢ raio 2. A equagio x? + y? = 1 equagio de um parabol6ide de vértice na origem e concavidade veltada para cima, Na Figura 8. 11a, representamos a regito 7, delimitada por essas duas superticies. 2 @ ) Figura 8.11 CObservandoas figura 8.114 b, vemos que 7€deimitad inferiomnent pelo araboldide z = 3 (2° + 99) € riormente pelo hemisfétio z = V4 — x? — 7. Vamos, entio, utilizar (1). Temos Vier conde R 6 a projegiio de T sobre o plano xy. cornuoe esas ups SEE Para obter a regio R, que pode ser visualizada na Figura 8.12, necessitamos encontrar 2 intersecgo das duas super- es que delimitam T. Substituinds x* + y* = 3z na equagio x? + y? + z* = 4, vem at2=4, ‘onde concluimos que z = 1. Portanto, R é delimitada pela 4 jrcanferéncia x2 + 2 = 3, como mostra « Figura 8.12, mae Figura 8.12 Temos -V3sx + 2 Tr (0, 1] (0, 2] x (1, 3]. 3. [ff 2+ av, onde TE ocitindro x? + y? = 1, 7 O) ieee LER roy O 2» | | ae 2 ydzdyde OR asap 00 4) eee leccee: 8.6 Mudan¢a de Varidveis em Integrais Triplas De forma andloga 2 apresentada para as integrais duplas na Segiio 7.7, podemos introduzir novas varidveis de i gragdo na integral tripla = re : = Introduzindo novas varidveis de integragio u, v, w por meio das equagSes x= x(u yw) Y= yey Ww), Z= 2H, Y W) ‘integral (1) pode ser expressa por a(x, y. 2) onde T’ ¢ a correspondente regio no espaco u, v. w € yen alu, v, w) Observamos que as condigées gerais sob as quais (2) 6 vilida so andlogas is condigées sob as quais é vélida a ‘mula correspondente para integrais duplas. A seguir, exploraremos 0s casos particulares das coordenadas cilindricas e esféricas, que simplificarao bastante celeulo das integrais triplas em diversas situagées. €o determinante jacobiano de x, y, z em relagio ai 8.6.1 Cdlculo de uma integral tripla em coordenadas cilindricas As coordenadas cilindricas de um ponto P no espaco, de coordenadas cartesianas (x, y, z), sio determinadas rnuimeros noez

Você também pode gostar