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Há muitos anos, perguntei a meu irmão Fábio Lopes Magalhães sua opinião sobre um
ensaio meu. Ele disse que o texto estava ótimo, só uma palavra o incomodava: o pronome
“cujo”. “O ensaio está tão bom que não precisaria desse termo”, disse ele, expressando sua
antipatia pelo tal vocábulo. Desde então, devo confessar, eu me policio no momento em que
vou utilizá-lo. Sempre que o emprego numa oração – gosto dele – lembro-me do comentário
desse meu leitor.
Certa vez, escrevendo sobre a Aids para uma coluna de jornal, usei a palavra “aidético”
sete vezes por todo o texto. O editor daquele jornal a substituiu por outra:
“Soropositivo causa menos impacto”, justificou.