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CESUMAR – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ

CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA: EPIDEMIOLOGIA E BIOESTATÍSTICA

ATIVIDADE - Usos da Epidemiologia

Nome: Flávia Lívia Schalkoski Kirchner RA: 11009522

Consulte a referência abaixo e responda as questões seguintes.

PEREIRA, Maurício G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,


2008. p. 17-28.

1. Quais as principais aplicações da epidemiologia?

A epidemiologia é um estudo da dinâmica saúde/doença de uma população e as razões desta


distribuição, sendo este conhecimento importante para a escolha das atitudes a serem tomadas
em consequência à situação encontrada. A epidemiologia é comumente aplicada no diagnostico
da situação da saúde; investigação etiológica; determinação deriscos; aprimoramento da
descrição do quadro clínico; determinação de prognósticos; identificação de síndromes e
classificação de doenças; verificação d valor de prcedimentos diagnósticos; planejamento e
organização de serviços; avaliação das tecnologias, programas ou serviços; análise crítica de
trabalhos cientificos, e pode ser utilizada ainda na avaliação do sucesso destas mesmas medidas.

2. Por que parte importante do trabalho em epidemiologia consta de gerar dados quantitativos
precisos sobre a saúde da comunidade?

Por fazer parte do processo de diagnostico epidemiologico a organização de dados, de maneira a


evidenciar as frequencias dos eventos em diversos subgrupos da população, mostrando
quantitativamente como entes eventos podem variar na distribuição da doença, este
conhecimento objetiva o direcinamento das ações saneadoras e a elaboração de explicações para
o porquê destas variações, contribuindo na formulação de hipóteses de causas.

3. Para que serve a inspeção da distribuição dos casos de uma doença?

O estudo da distribuição dos casos de uma doença é importante para apontar as camadas da
população onde os casos são mais frequentes ou onde são raramente encontrados. Este estudo,
identificando as desigualdades, seja no presente ou no passado, prediz, não exatamente, mas
provavelmente, a evolução do evento para estas populações, auxiliando assim, como podem ser
realizadas ações para diminuir os riscos e suas consequências.

4. Esboce um histórico das buscas das causas das doenças.

A explicação das causas das doenças pode ser dividida em quatro etapas:
a) Fase da magia, onde os fatores causadores de doenças encontram-se no plano
sobrenatural (deuses, demônios ou forças do mal);
b) Fase dos fatores físicos e dos “miasmas”, onde os causadores de doenças estão ligados
aos faores emanados pelo solo, relacionados ao ambiente, responsabilizando assim a
decomposição do lixo, e sujeiras.
c) Fase microbiologica, dos ermes ou do contágio, nesta categoria há a enfatização da ação
de microorganismos para que haja estado patológico.
d) Fase da casualidade múltipla, após a falta de meios para comprovar somente patologias
de ação micoorganismos, germes e contágio, houve o reconhecimento de que as doenças
podem ser causadas por multiplos fatores, reconhecendo o social, ou psicossocial, como
fator etiológico.

Atualmente, a teoria da multicasualidade é a vigente, porém, ainda ocorre a utilização das outras
teorias, seja por crenças, ou por simplicidade de se apontar um unico fato/causa e efeito à
determinado caso.

5. O que se entende por risco? Exemplifique.

Entende por “risco” o grau de probabilidade da ocorrência de um determinado evento. Como por
exemplo, o risco de uma pessoa se acidentar ou o risco de ter câncer. Porém, nem todos os
indivíduos possuem os mesmos riscos de que determinado evento ocorra, sendo que esta
probabilidade varia pela presença ou não de um fator, sua intensidade ou a combinação com
outros fatores.

6. O que se entende por risco absoluto, risco relativo e risco atribuível? Exemplifique.

Em termos populacionais, os grupos que sofrem os mesmos fatores de risco são classificados
segundo a expressão de resultados para serem calculados, são estes grupos:

a) Risco absoluto: Quando casos novos de uma doença aparecem no grupo, em um dado
período (taxa de incidência). Ex: o numero de casos novos dividido pela população sob
risco; 15 óbitos anuais por coronariopatia por mil adultos com colesterol sérico elevado.
b) Risco relativo: informa quantas vezes o rico é maior em um grupo, quando comparado a
outro (razão entre duas taxas de incidência). Ex: risco 3 vezes maior de mortalidade por
coronariopatia entre os que tem colesterol sérico elevado, quando comparados com quem
tem colesterol sérico baixo.
c) Risco atribuível: relativo à exposição aos riscos, comparando a diferença de incidência
entre dois grupos. Ex: relativo aos óbitos em excesso, atribuídos a presença de colesterol
sérico elevado, nas pessoas integrantes do grupo considerado.

7. Ilustre o uso da epidemiologia, na descrição do quadro clínico de uma doença.

O quadro clínico de uma doença trata-se da descrição de características utilizadas para o


diagnóstico e evolução de uma doença, sendo importante conhecer a variabilidade destas
características. A descrição do quadro clínico segue da observação do caso e descrição das
principais características.

A epidemiologia tem importante participação no aprimoramento das descrições de quadros


clínicos, certos detalhes das doenças são somente esclarecidos em estudos populacionais, e a
epidemiologia auxilia na metodologia das investigações, observando objetivamente a evolução da
doença em um numero de pacientes em condições adequadas, complementando assim o quadro
clínico.

8. O que são fatores prognósticos? Exemplifique.


Os fatores de prognóstico são fatores que, dependendo de sua ausência, presença e intensidade,
influenciam a diferentes conhecimentos prévios relativos à evolução, duração, termino, tratamento
e conseqüências de uma patologia.

Exemplo: prognostico da doença meningocóccica, em presença de choque, no momento da


admissão hospitalar, indica letalidade de 88%, quando não havia presença de choque, a taxa de
latalidade cai para 8% de chances.

9. O que se entende por validade e por confiabilidade de um procedimento diagnóstico?

A validade do diagnostico diz respeito ao grau em que o diagnostico reflete a real condição do
paciente, por exemplo; exame histopatológico realizado por um experiente especialista resulta em
diagnostico muito mais valido do que a simples inspeção da lesão a olho nu.

A confiabilidade do diagnostico refere-se a consistência dos resultados, quando o teste é


repetido, podendo esta ser enfocada entre observadores, ou intra-observador. Por exemplo, a
conclusão do diagnostico realizada por dois dermopatologistas, em relação a uma lamina de lesão
de pele.

10. Quais são os níveis principais de avaliação de uma medida?

As avaliações são feitas em diferentes níveis, a eficácia se refere ao plano ideal, em laboratório,
procedendo assim a avaliação da eficácia dos produtos, como vacinas e medicamentos; a
efetividade, refere-se a vida real, assim, pode-se e deve-se avaliar o impacto que produzem, em
condições normais, como por exemplo, um estudo caso-controle para estimar a efetividade de
uma vacina; já a eficiência, onde o objetivo é quantificar o impacto financeiro, humano, e de
materiais empregados em um programa ou envolvidos no uso das tecnologias, muito uteis para
decidir a melhor alternativa a implantar ou recomendar. Este terceiro nível é menos utilizado na
área da saúde.

11. Em que a epidemiologia pode ser útil na avaliação crítica de trabalhos científicos?

A epidemiologia pode ser utilizada para avaliar uma pesquisa, através do conhecimento de
múltiplos aspectos, como os principais métodos de investigação e suas aplicações e limitações; os
indicadores de saúde mais utilizados; as características das fontes de dados; as deturpações que
podem ser introduzidas em função do modo de seleção das pessoas que formam o grupo sobre o
qual é feita a coleta de dados; os erros mais comuns da coleta de dados; a influencia das
variáveis que confundem a interpretação dos resultados.

12. Quais são os principais usuários da epidemiologia? Ilustre o uso que estes profissionais da
saúde fazem da epidemiologia.

Os principais usuários da epidemiologia na área da saúde são:


a) Sanitaristas: atividades ditas a saúde publica, assim consideradas aquelas voltadas para a
promoção de saúde e a prevenção de doenças.
b) Planejadores e administradores: utilizadas para o planejamento, execuçãoe a avaliação
das ações de saúde, sugerindo e decidindo para onde os recursos disponveis serão
encaminhados segundo a realidade da comunidade.
c) Pesquisadores: planejando estudos, e analizando e interpretando dados.
d) Clínicos: uso na utilização de corpo de conhecimento da epidemiologia; aprimoramento do
raciocinio clínico e produção de novos conhecimentos.

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