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Mentiras de jornal velho
Olavo de Carvalho
Há duas décadas os brasileiros estão privados de informações sobre o
debate político nos EUA, que só chegam aqui pelo recorte esquerdista
calculado para dar uma idéia totalmente falseada do panorama. Por isso, a
imagem que o brasileiro tem do establishment americano ainda é a dos
anos 50: uma elite nacionalista e conservadora, empenhada no combate
ao comunismo. O poder avassalador da esquerda norte-americana, que
hoje torna os EUA o maior centro difusor da revolução marxista no mundo,
permanece completamente ignorado entre nós. Ignorada, também, é a
guerra interna que, nos EUA, opõe os representantes da Nova Ordem
Mundial (esquerdista) aos conservadores republicanos. Assim, tudo o que
o establishment esquerdista faz de mau pode ser, perante a opinião pública
brasileira, facilmente debitado na conta de seus adversários. A imprensa
no Brasil tornou-se um braço local do esquerdismo americano.
A falsa imagem que se mantém no ar é também vantajosa para os
esquerdistas locais porque neutraliza, tornando-a inverossímil, qualquer
informação sobre a aliança macabra entre a esquerda mundial e certos
representantes do capital monopolista, irmanados no empenho de destruir
os EUA como potência e de fortalecer um poder supranacional baseado na
ONU e na CEE, com o apoio da China, da Rússia e, evidentemente, da
esquerda internacional. Por exemplo, se dizemos que na África do Sul os
comunistas foram postos no poder com a ajuda dos Rockefeller - uma
coisa que ninguém ignora na Europa e nos EUA - logo nos vemos cercados
de sorrisinhos irônicos e tratados como crianças imaginosas. Se
informamos que as ONGs que estão ocupando a Amazônia são européias,
que trabalham para o outro pólo e não para os EUA, que portanto a gritaria
contra o "imperialismo americano" é somente uma farsa para encobrir o
autêntico imperialismo que nos estrangula, aí só falta nos vestirem uma
camisa de força. Um eficiente muro de inibições foi construído em torno da
ignorância, para protegê-la de qualquer intromissão do conhecimento. O
pior é que algumas informações autênticas, reprimidas, circulam por baixo
do pano numa versão alucinadamente "conspiratória" concebida pelo sr.
Lyndon LaRouche e seus emissários locais para favorecer suas próprias
ambições políticas (tão antiliberais quanto as da aliança
esquerda-monopolistas), confundindo ainda mais a opinião pública.
Uma boa maneira de dar ao leitor uma idéia de quanto ele está
desinformado é mostrar algo do que os americanos já sabiam e discutiam
sobre o assunto dez ou doze anos atrás, e que, para os brasileiros,
continua sendo uma novidade absoluta. O artigo reproduzido a seguir foi
extraído de The Forerunner ("O Pioneiro"), revista da Media House
International, uma das primeiras instituições tipo media watch voltadas à
fiscalização e denúncia da mentira esquerdista já então dominante nos
meios de comunicação norte-americanos. Depois apareceram muitas
instituições do mesmo tipo, entre as quais se destaca a Media Research do
jornalista Brent Bozell e o Honest Reporting, este último especializado na
detecção do viés anti-israelense, fortíssimo na grande mídia americana
que - porca miséria! - ainda tem, no Brasil, a fama de estar a serviço dos
judeus. Hoje a desinformação esquerdista na mídia americana já é objeto
de centenas de livros e teses acadêmicas - um material que também não
chega ao Brasil - e, segundo me disse o próprio Brent Bozell durante o
encontro que tivemos em junho em Washington DC, ela está com os dias
contados. Foram as denúncias divulgadas por Bozell que desmoralizaram
a CNN, fazendo baixar a audiência da rede para menos da metade de sua
concorrente conservadora, a Fox. Mas o material do Media Research,
injetado na opinião pública brasileira, seria dose excessiva. Os brasileiros
estão tão por fora do assunto, que nem compreenderiam o sentido das
notícias. É preciso começar, pois, contando o que já deixou de chegar aqui
mais de uma década atrás.
Ao ler a matéria, por favor não esqueça que é de 1991. Isso lhe dará a
medida de quanto tem sido sonegado a você pelos jornalistas brasileiros.
Este país está hoje mais isolado do mundo do que no tempo da Colônia.
***
Loren Mitchell
As estatísticas abaixo foram compiladas pelo uso de vários métodos,
incluindo levantamentos, estudos, amostragem aleatória e um programa
de computador chamado "Nexus", que pode examinar milhares de matérias
jornalisticas e descobrir coisas tais como quantas vezes os republicanos
são rotulados de "direitistas" ou "de direita" e os democratas de
"esquerdistas" ou "de esquerda".