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Olavo de Carvalho
Jornalismo, no Brasil de hoje, é prostituição. Prostituição da fala e da
escrita a serviço da aliança sinistra entre o oportunismo covarde das
empresas e a ambição política insana de propagandistas e militantes
revolucionários travestidos de jornalistas.
MÍDIA SEM MÁSCARA vai provar, dia após dia, a veracidade dessas
afirmações.
MÍDIA SEM MÁSCARA não é subsidiado, apoiado ou ajudado de qualquer
forma que seja por nenhum órgão público, partido político, empresa,
sindicato, serviço secreto, ONG, casa noturna, seita satânica ou
universidade do Brasil ou do Exterior.
Eu, pessoalmente, arco com todas as despesas, sacrificando meu já
apertadíssimo orçamento doméstico. Faço isso com a alegria de estar
servindo a um país do qual todos hoje se servem. Mas faço-o, também,
com a tristeza e a vergonha de ver que neste país os que têm meios de
reagir preferem acomodar-se oportunisticamente à situação, deixando a
defesa da pátria a cargo de cidadãos inermes e sem recursos.
MÍDIA SEM MÁSCARA é feito de graça por um grupo de patriotas sem rabo
preso de espécie alguma.
Por isso é que o cidadão brasileiro pode ver hoje as grandes redes de TV
particulares e os canais estatais fazendo a glorificação um de Luiz Carlos
Prestes ou de um Guevara e, no mesmo dia, encontrar nas bancas algum
panfleto comunista que apresente esses dois personagens como heróicos
outsiders proibidos de aparecer na "mídia capitalista". A mentira
institucionalizada chega, aí, às raias da alucinação.
MÍDIA SEM MÁSCARA pouco pode fazer contra esse estado de coisas,
além de dizer o que sabe. Não temos ambição política ou empresarial de
espécie alguma, não temos sequer a ilusão de poder mudar o rumo dos
acontecimentos. Somos, com orgulho, o que Antonio Gramsci denominava
"aberrações": indivíduos que, em vez de alugar suas consciências a alguma
força política, preferem continuar enxergando com seus próprios olhos e
pensando com seus próprios cérebros. Do ponto de vista daquele anão
malicioso que tantos hoje idolatram, nada poderia haver de mais
desprezível. Mas a capacidade de arcar sozinho com o peso de verdades
que a sociedade nega é a mais significativa diferença entre o homem e
orangotango.