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Histologia do Sistema Cardiovascular

O que é o sistema cardiovascular? O sistema cardiovascular é composto por tubos endoteliais


contínuos, formando um sistema fechado, isto é, em nenhum momento do circuito o sangue será
despejado em uma cavidade, já que ele percorre todo o trajeto dentro desses tubos endoteliais
contínuos.

Função distribuição de nutrientes e oxigênio por todo o corpo, e pela coleta das excretas e do gás
carbônico.
Os tubos que compõem o sistema são as artérias, veias e capilares.
As artérias transportam o sangue em uma pressão muito alta, então suas paredes musculares são
espessas.
Já as veias devem transportar o sangue de volta ao coração, então a pressão do sangue dentro
delas é menor, por isso as suas paredes são mais finas.
A circulação dentro do organismo é dividida em duas: circulação sistêmica ou periférica (grande
circulação) e circulação pulmonar (pequena circulação).
O sistema cardiovascular é composto por pelas veias, artérias, coração, sangue, capilares e sistema
linfático, (que possui características próprias, mas assemelha – se ao sanguíneo, na medida que
também é composto por tubos).
O coração é um tubo endotelial dobrado, é quem bombeia o sangue para o resto do corpo. Por
causa disso, a parede muscular desse órgão é muito espessa. E dividida em: Endocárdio e
Miocárdio. Também é possível observar a camada de tecido conjuntivo subendocárdico (fica abaixo
do endocárdio!) e também as fibras de Purkinje.
1. Endocárdio: composto por um revestimento endotelial e um tecido conjuntivo subendotelial
que é composto por fibras colágenas e elásticas, sintetizadas por fibroblastos. Nessa camada de
tecido conjuntivo ficam pequenos vasos sanguíneos, nervos e as fibras de Purkinje. O endocárdio é
homólogo à túnica íntima dos vasos sanguíneos.

2. Miocárdio: é um sincício (conjunto de células que se fundem, perdem suas membranas e


formam uma única massa multinuclear) formado por fibras musculares estriadas cardíacas. Ele é
composto por três tipos de músculo: músculo atrial, músculo ventricular e fibras musculares
especializadas na excitação e condução de impulsos cardíacos. Ele é contínuo com a túnica média
dos vasos sanguíneos.
É composto por três tipos de células: cardiócitos contráteis (que são os que se contraem para
bombear o sangue), cardiócitos mioendócritos (produzem FNA) e cardiócitos nodais (especializados
no controle da contração rítmica do coração.

3. Epicárdio: superfície de baixo atrito revestida por um mesotélio em contato com o espaço
pericárdico seroso. Ele é semelhante à túnica adventícia dos vasos sanguíneos.
O coração é composto de dois sincícios de fibras musculares:
Sincício atrial: forma a parede dos dois átrios
Sincício ventricular: forma a parede dos dois ventrículos

Ao redor das aberturas valvares entre os átrios e os ventrículos, há um tecido conjuntivo fibroso que
separam os átrios e os ventrículos.

Sistema Condutor do Coração


O coração possui dois sistemas condutores especializados:
O nodo sinusal ou sinoatrial que gera impulsos que causam contrações rítmicas do
músculo cardíaco.
O coração também tem um sistema condutor especializado, constituído pela via internodal,
que induz o impulso do nodo sinoatrial para o nó atrioventricular, o feixe atrioventricular, que
conduz o impulso dos átrios para os ventrículos; e os feixes esquerdo e direito de fibras de
Purkinje, que conduzem o impulso a todas as partes dos ventrículos.

É importante lembrar que o tecido muscular estriado cardíaco possui discos intercalares onde ficam
as junções comunicantes, importantes para a distribuição sincronizada de íons e a rápida
disseminação do potencial de ação, para que a contração do coração seja feita de forma rítmica.

Fibras de Purkinje Os feixe formados pelas fibras de Purkinje são responsáveis por conduzir o
impulso a todas as partes dos ventrículos. Diferentemente das fibras musculares cardíacas, elas
possuem um diâmetro maior e porque tem um número reduzido de microfibrilas localizadas na
periferia da fibra.
Válvulas Cardíacas são constituídas por uma porção central de tecido conjuntivo denso contendo
fibras colágenas e elásticas, revestida nas suas duas faces por uma camada endotelial.

Artérias
Função: levar o sangue do coração ao resto do corpo, através dos capilares. Quando o coração
contrai (sístole) o sangue é ejetado, como elas recebem um sangue vindo em alta pressão, elas
devem ser mais grossas do que as veias, e mais firmes.

São divididas em três túnicas:


Túnica íntima: é a camada mais interna da artéria. Ela é constituída por:
– revestimento endotelial contínuo com o endocárdio
– camada intermediária de tecido conjuntivo frouxo (subendotélio)
– lâmina elástica interna, feita por elastina;

Túnica média: é a camada intermediária da artéria. Ela é constituída por:


– células musculares lisas cercadas por uma quantidade variável de componentes da MEC (fibras
colágenas e lâminas elásticas, com espaços irregulares – membranas elásticas fenestradas). O
colágeno serve pra dar sustentabilidade pra artéria e também limitam a distensibilidade da parede do
vaso. Tem mais colágeno nas veias do que nas artérias.

Túnica Adventícia (externa): é a camada mais externa da artéria. Ela é constituída por tecido
conjuntivo. Algumas artérias e veias possuem pequenos vasos que as penetram pela túnica média e
fornecem oxigênio aos vasos. Esses pequenos vasos são chamados de vasa vasorum.

O que separa a túnica externa e a média é uma camada de lâmina elástica.

As artérias são classificadas em ordem decrescente de tamanho:

Artérias elásticas de grande calibre têm como função levar o sangue do coração para as artérias
distribuidoras de calibre médio. são a aorta e os ramos principais: braquiocefálica, carótida comum,
subclávia e ilíaca comum.
Principais características: recebe sangue do coração com alta pressão e mantem o sangue
circulando continuamente, enquanto o coração está bombeando intermitentemente.
A túnica íntima, dessas artérias é composta pelo endotélio e pelo tecido conjuntivo subendotelial.
Na túnica média dessas artérias, há lâminas elásticas fenestradas.
A túnica adventícia, possui as fibras colágenas. O tecido muscular liso é capaz de sintetizar fibras
elásticas e colágenas.
O vasa vasorum, nervi vasorum e vasos linfáticos ficam na túnica adventícia das grandes artérias
elásticas.

Artérias musculares de calibre médio são vaso distribuidores, distribuem a quantidade necessária
de sangue a cada órgão, dependendo da sua demanda.
São as artérias radial, tibial, poplítea, axilar, esplênica, mesentéria e intercostal.
A túnica íntima das artérias musculares de calibre médio são compostas pelo endotélio, subendotélio
e por uma lâmina elástica interna.
A túnica média da artéria elástica de grande calibre, a das de calibre médio tem uma diminuição da
quantidade de componentes elásticos e aumento da quantidade de fibras musculares lisas.
Arteríolas são os ramos finais do sistema arterial, controlam a distribuição do sangue para os
capilares por meio de vasoconstrição e vasodilatação. Suas paredes contêm fibras musculares lisas
que possibilitam esses fenômenos. São consideradas vasos de resistência e são os principais
determinantes da pressão sanguínea sistêmica.
A túnica íntima delas é composto pelo endotélio, subendotélio e lâmina elástica interna.
A túnica média é feita por camadas concêntricas de células musculares lisas.
A adventícia contém pouca quantidade de tecido conjuntivo frouxo.
Túnica
Túnica Íntima Túnica Média Adventícia Quais são?

Fibras aorta e os ramos


Artéria colágenas; principais:
Elástica Endotélio; vasa vasorum, braquiocefálica,
de tecido Lâminas nervi vasorum carótida comum,
Grande conjuntivo elásticas e vasos subclávia e ilíaca
Calibre subendotelial fenestradas linfáticos comum

Lâmina elástica
diminuição da externa
quantidade de fenestrada na
componentes junção da
endotélio, elásticos e túnca média artérias radial,
Artéria subendotélio aumento da com a tibial, poplítea,
Muscular e lâmina quantidade de adventícia – só axilar, esplênica,
de Médio elástica fibras em vasos mesentéria e
Calibre interna musculares lisas maiores intercostal

endotélio, pouca
subendotélio camadas quantidade de
e lâmina concêntricas de tecido
elástica células conjuntivo ramos finais do
Arteríola interna musculares lisas frouxo sistema arterial

O segmento depois da arteríola é chamado de metarteríola, que é o ramo terminal do sistema


arterial. Ela é constituída por uma camada de células musculares, geralmente descontínua, e
representa um importante regulador local do fluxo sanguíneo.

Veias
O sistema venoso se inicia com as vênulas pós-capilares. Essas vênulas são tubos de células
endoteliais sustentados por uma lâmina basal e uma adventícia de fibras colágenas e fibroblastos.
A circulação venosa inicia – se com as vênulas pós capilares, depois as vênulas musculares,
vênulas coletoras até que se juntam e formam as veias.

Túnicas das veias: não há uma distinção clara entre a túnica média e a túnica adventícia. Já o
lúmen é revestido por um endotélio e uma lâmina basal subjacente. Não há lâmina elástica interna
distinta.
Túnica média muscular: é mais fina do que nas artérias, e as células musculares lisas têm uma
orientação irregular, aproximadamente circular.
Túnica adventícia: fibras colágenas e fibroblastos e poucas fibras nervosos.
Os vasa vasorum nas grandes veias penetram na parede.
Uma característica específica das veias é a presença das valvas.
A valva é uma projeção da túnica íntima para o lúmen, é coberta por células endoteliais e reforçadas
por fibras elásticas e colágenas.

Os capilares são vasos que realizam as trocas metabólicas, são tubos muito finos e formados por
uma camada única de células endoteliais, que são altamente permeáveis, e circundadas por lâmina
basal.

O leito microvascular é composto por uma arteríola terminal, pelo leito capilar, e por vênulas pós-
capilares.
O leito capilar é formado por capilares ligeiramente grandes onde o fluxo sanguíneo é contínuo.
Pequenos capilares, denominados capilares verdadeiros, onde o fluxo sanguíneo é intermitente.

Há três tipos de capilares:


Os contínuos são aqueles completamente revestidos por endotélio.
Os fenestrados em que há poros, podendo, ou não, possuir diafragma.
Os descontínuos em que o revestimento endotelial e a lâmina basal é incompleto, então há
buracos e espaços nesses capilares.

Capilar Contínuo: presença dos pericitos, Capilar Fenestrado: presença, nessa imagem, Capilar Descontínuo: presença dos espaços.
junção de oclusão. Encontrado em: encéfalo, de diafragma. Encontrado em: com poros sem Encontrado em: fígado e baço. Lâmina basal
tecido muscular, pele, timo e pulmão. Lâmina diafragma - glomérulos renais. Com diafragma - descontínua.
basal contínua. intestinos, glândulas endócrinas e ao redor dos
túbulos renais. Lâmina basal contínua.
Sistema Linfático

Sistema Linfático Funções:


Conduzir células do sistema imunológico e linfa aos linfodonos;
Remover o excesso de líquido acumulado nos espaços intersticiais;
Transportar quilomícrons

O fluxo da linfa vem sob baixa pressão e é unidirecional.


Conforme a circulação vai rolando, é comum que haja formação de um líquido que chamam de linfa.
Essa linfa extravasa dos vasos sanguíneos e caem nos capilares linfáticos.
Os grandes vasos linfáticos têm três camadas parecidas com as veias, mas o lúmen é maior.
Ainda como as veias, os vasos linfáticos também possuem valvas, só que em maior número ainda.
Túnica íntima: camada endotelial com uma camada subendotelial (feito de tecido conjuntivo).
Túnica média: algumas células musculares lisas em forma concêntrica e separadas por fibras
colágenas.
Túnica adventícia: formada por tecido conjuntivo com fibras colágenas e elásticas.

Como acontece a circulação linfática: Inicia – se com tubos dilatados com extremidades fechadas,
perto dos capilares sanguíneos. Os capilares linfáticos convergem em vasos linfáticos pré –
coletores, drenando a linfa para os vasos linfáticos coletores. Os vasos linfáticos coletores são
envolvidos por células musculares lisas, que promovem atividade de bombeamento intrínseco. O
movimento do tecido adjacente promove um bombeamento extrínseco passivo.

O fluxo da linfa segue por duas contrações:


Contração Intrínseca: os vasos linfáticos se expandem por meio da linfa, e em seguida o músculo
liso da parede se contrai. Daí, a válvula abre, a linfa fui, e depois a válvula fecha de novo.
Contração Extrínseca: contração de músculos adjacentes durante exercício, pulsações arteriais e
compreensão por forças externas ao corpo comprimem o vaso linfático e causam o bombeamento.
Quando a drenagem da linfa está comprometida, o excesso de líquido acumula – se nos espaços
teciduais e forma – se o edema.

Sistema imunológico humano

O sistema imunológico humano consiste numa rede de células, tecidos e órgãos que atuam
na defesa do organismo contra o ataque de invasores externos. Estes invasores podem ser
microrganismos (bactérias, fungos, protozoários ou vírus) ou agentes nocivos, como substâncias
tóxicas (ex. veneno de animais peçonhentos).
As substâncias estranhas ao corpo são genericamente chamadas de antígeno. Os antígenos são
combatidos por substâncias produzidas pelo sistema imune denominadas anticorpos, que reagem
de forma específica com os antígenos.
Quando o sistema imune não consegue combater os invasores o corpo reage com doenças,
infecções ou alergias.
A defesa corporal é realizada por um grupo de células específicas que atuam no processo de
detecção do agente invasor, no seu combate e total destruição. Todo este processo é denominado
de resposta imune.

As células do sistema imune pertencem a dois grupos principais:

Macrófagos – são importantes na regulação da resposta imune. Estão presentes nos tecidos
conjuntivos e no sangue e, no sistema imune.
Função: detectar e fagocitar microrganismos invasores, células mortas e vários tipos de resíduos.
Essas células são as primeiras a perceber a presença de agentes invasores.

Linfócitos - essas células, presentes no sangue, são um tipo de leucócito e podem ser de três tipos:
Linfócitos B – principal função desse tipo celular é a produção de anticorpos, quando maduros e
ativos. Nesta fase são denominados plasmócitos.

Linfócitos T auxiliadores (CD4) – através de informações recebidas pelos macrófagos, são


estimuladas a ativar outros tipos de linfócito T, os linfócitos T matadores (CD8) e os linfócitos B. São
os linfócitos auxiliadores os responsáveis por comandar a defesa do organismo.

Linfócitos T matadores (CD8) – recebem este nome por serem responsáveis pela destruição de
células anormais, infectadas ou estranhas ao organismo.

O sistema imunitário é composto por dois grupos de órgãos:

Os órgãos imunitários primários são assim denominados por serem os principais locais de
formação e amadurecimento dos linfócitos.

Medula óssea – responsável pela produção de células sanguíneas e plaquetas, a medula produz
linfócitos B, linfócitos matadores. É nesse órgão que ocorre o processo de amadurecimento dos
linfócitos B.
Timo – o timo é responsável por produzir linfócitos T maduros.
Os órgãos imunitários secundários são secundários por atuarem no sistema imunológico após a
produção e amadurecimento dos linfócitos.

Linfonodos – estão presentes nos vasos linfáticos; neles a linfa é filtrada, permitindo que partículas
invasoras sejam fagocitadas pelos linfócitos ali presentes.
Tonsilas – possuem função semelhante aos linfonodos. Estão localizadas na parte posterior da
boca e acima da garganta.
Baço – o baço filtra o sangue para remover microrganismos, substâncias estranhas e resíduos
celulares, além de produzir linfócitos.
Adenoides – constituem de uma massa de tecidos linfoides protetores localizados no fundo da
cavidade nasal. Têm como função ajudar a proteger o organismo de bactérias e vírus causadores de
doenças transmitidas pelo ar.
Apêndice cecal – é uma pequena extensão tubular localizada no ceco, primeira porção do intestino
grosso. Através da atuação das bactérias presentes nessa estrutura, microrganismos invasores são
combatidos.

Sistema imunológico em ação


Um agente invasor, ao entrar no organismo, gera um mecanismo de defesa, a resposta imune. As
substâncias invasoras são detectadas pelos macrófagos, que irão atuar em sua digestão parcial e na
comunicação aos demais componentes do sistema imune da invasão sofrida, para que essas
substâncias sejam totalmente destruídas e eliminadas. Após a atuação dos macrófagos, os linfócitos
T auxiliadores entram em ação, ligando-se aos antígenos invasores.
Este processo estimula a produção, pelos leucócitos, de compostos denominados interleucinas, que
atuarão na ativação e estímulo para a produção de mais linfócitos T auxiliadores.
Estes novos linfócitos intensificarão o combate aos antígenos e liberarão outros tipos de
interleucinas, que estimularão a produção de linfócitos T matadores e linfócitos B. Depois de
estimulados, estes linfócitos se multiplicam até que os antígenos sejam desativados e eliminados.
Parte dos linfócitos produzidos é armazenada, estes são um tipo de linfócito especial, denominados
de células de memória.

Anticorpos moléculas sintetizadas após um estímulo antigênico, dotadas de alta especificidade


para antígeno.
Antígenos moléculas que quando introduzidas em um indivíduo, estimulam a síntese de anticorpos
capazes de interagir com ele através dos sítios de combinação.

ÓRGÃOS LINFÓIDES
Existem diversos locais onde há produção de células linfóides maduras que vão agir no combate a
agressores externos. Alguns órgãos linfóides se encontram interpostos entre vasos sanguíneos e
vão dar origem a células brancas na corrente sanguínea. Outros estão entre vasos linfáticos, e vão
filtrar a linfa e combater antígenos que chegam até eles por essa via. Outros ainda podem ser
encontrados fazendo parte da parede de outros órgãos, ou espalhados pela sua mucosa.

Tecidos linfóides são classificados em primários e secundários.


Primários: representam o local onde ocorrem as principais fases de amadurecimento dos linfócitos.
O timo e a medula óssea são tecidos primários, pois é o local onde amadurecem os linfócitos T e
B respectivamente.

Funções do Timo:
- Promover a maturação dos linfócitos T que vieram da medula óssea até o estágio de pró-linfócitos
que vão para os outros tecidos linfoides, onde se tornam ativos para a resposta imune.
- Dar origem a linfócitos T maduros que vão fazer o reconhecimento do organismo para saber
identificar o que é material estranho ou próprio do organismo.
- Produção de fatores de desenvolvimento e proliferação de linfócitos T, como a timosina alfa,
timopoetina, timulina e o fator tímico humoral.

Medula Óssea é um órgão linfóide primário capaz de formar pró-linfócitos que vem das células
totipotentes. O Pró-linfócito não é capaz de realizar uma resposta imune, então se dirige aos órgãos
secundários para se desenvolver.
A célula multipotente mielóide e linfoblastos T irão ao timo para formar linfócitos T. Secundários: são
os que efetivamente participam da resposta imune, seja ela humoral ou celular.
As células presentes nesses tecidos secundários tiveram origem nos tecidos primários, que
migraram pela circulação e atingiram o tecido. Neles estão presentes os nodos linfáticos difusos, ou
encapsulados como os linfonodos, as placas de Peyer, tonsilas, baço e medula óssea.

Linfonodos: são órgãos pequenos em forma de feijão que aparecem no meio do trajeto de vasos
linfáticos. Estes órgãos desempenham papel na defesa do organismo, sintetizando anticorpos. Os
linfonodos funcionam como “filtro” da linfa, retirando, da mesma, partículas estranhas, como células
neoplásicas e agentes patogênicos, antes da linfa retornar ao sistema circulatório sanguíneo.
Para que a defesa seja incrementada, ocorre liberação de substâncias quimiotáxicas, responsáveis
por atrair linfócitos e macrófagos para o local em questão, resultando em um gânglio linfático
infartado e doloroso (linfonodomegalia).

Baço: é o maior órgão linfático secundário do organismo e tem como função imunológica, a
liberação de linfócitos B, T, plasmócitos, e outras células linfóides maduras e capazes de realizar
uma resposta imune para o sangue e não para a linfa.
Tonsilas: As tonsilas são aglomerados de nódulos linfáticos revestidos apenas de epitélio. As
tonsilas conhecidas como amigdalas, estão localizadas na cavidade bucal próximas ao arco
palatofaríngeo, na parte posterior da língua, e na parte posterior da nasofaringe as tonsilas
faríngeas.
A função mais característica das tonsilas é a produção de plasmócitos que secretem IgA-
secretória para a mucosa, protegendo a mucosa da agressão de micróbios que fazem parte da
microbiota normal ou micróbios patogênicos que possam vir junto com os alimentos.

Os tecidos linfóides são classificados como:

Órgãos linfóides primários: onde os linfócitos primeiramente expressam os receptores de


antígenos e atingem a maturidade fenotípica e funcional.

Órgãos linfóides secundários: onde as respostas dos linfócitos aos antígenos estranhos são
iniciadas e se desenvolvem.

Sistema respiratório

É formado por um conjunto de órgãos que têm como função principal captar oxigênio e
eliminar gás carbônico. É constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar
para dentro e para fora do nosso corpo. É dividido em porção condutora e porção respiratória. No
mecanismo de ventilação dos pulmões estão envolvidos o tórax, diafragma e conjuntivo elástico dos
pulmões.
Porção condutora
A parte condutora é formada pela cavidade nasal,
nasofaringe, orofaringe, faringe, laringe, traquéia,
brônquios e bronquíolos propriamente dito são
responsáveis também por umedecer, limpar e aquecer
o ar inspirado.
A mucosa dessa porção é revestida por epitélio
estratificado pavimentoso na porção anterior da
cavidade nasal e pseudo-estratificado ciliado nas
demais regiões. Estão presentes as células caliciformes
e inúmeras glândulas acinosas seromucosas na lâmina
própria da cavidade nasal aos brônquios. São
encontradas também as células endócrinas que estão
relacionadas à regulação da secreção brônquica, quimiorrecepção e contração muscular. Associado
ao epitélio encontra-se as células basais indiferenciadas.

Fossas Nasais Desempenham três funções importantes: aquecem e umedecer o ar que passa a
caminho dos pulmões; retêm partículas de poeira funcionando como um filtro; transmitem sensações
olfativas ao cérebro por nervos especializados.

Faringe Estrutura comum ao Sistema Digestório. Pela faringe passa tanto o ar como o alimento.
Para coordenar a passagem tanto do ar como do alimento, na faringe existe uma estrutura - a
epiglote - que assim que o alimento chega a parte superior da faringe, a epiglote fecha a passa o ar,
deixando o caminho livre do alimento para o esôfago.

Laringe Localizada na parte superior da traquéia, constitui-se de duas membranas, as cordas


vocais, que vibram quando o ar é expelido, formando o som. É um tubo sustentado por peças de
cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe.

Traquéia É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de


comprimento. É caracterizada por apresentar macroscopicamente de 16 a 20 peças de cartilagem
inteiras e abertas na região posterior.
Possui epitélio pseudo-estratificado ciliado, grande quantidade de fibras elásticas, glândulas
seromucosas e fibras musculares lisas. O tecido conjuntivo periférico não apresenta revestimento
mesotelial.

Brônquios são condutos com diâmetro superior a 1 mm com início na primeira segmentação da
traquéia. Cada um dos brônquios penetra em seu respectivo pulmão e, a partir daí, dividi-se em
diversos ramos menores, cerca de sete vezes, e formam os brônquios segmentares. Possuem
estrutura semelhante à traquéia, entretanto, com cartilagem segmentada.

Broquíolos Os bronquíolos são condutos com diâmetro inferior a 1 mm que formam um conjunto de
ramificações denominada árvore brônquica. Estes apresentam cerca de 14 gerações de
ramificações. Não possuem cartilagem, tampouco células caliciformes, mas apresentam as células
de Clara e uma camada muscular aumentada.
Os bronquíolos são divididos em:
Propriamente dito (epitélio cúbico alto),
Terminal (epitélio cúbico baixo)
Respiratório (epitélio delgado) que permite trocas gasosas.

Os bronquíolos respiratórios abrem-se em alvéolos e constituem a última porção do conduto


respiratório.

Região olfatória é um tipo especializado de epitélio localizado no interior da cavidade nasal, acima
da concha nasal superior, e que está associado ao sistema respiratório pela captação de odores.
O epitélio é classificado como pseudo-estratificado.
Estes possuem células
epiteliais de sustentação altas,
neurônios bipolares que
apresentam bulbo e cílios
olfatórios e células basais.
Estas últimas estão
relacionadas à regeneração
dos neurônios bipolares.

Porção respiratória
A porção respiratória
compreende a parte final de
bronquíolos terminais,
bronquíolos respiratórios e
pelos alvéolos pulmonares. Estas regiões, sobretudo a alveolar, permitem o transito dos.

Alvéolos pulmonares encontrados nos sacos alveolares, ductos alveolares e porção final dos
bronquíolos respiratórios. Consistem na última porção da árvore brônquica e são delimitados pelo
septo alveolar.
As células epiteliais que formam a parede alveolar são:pneumócitos I, são arredondadas, intensa
atividade mitótica e são responsáveis pela produção do surfactante e diferenciação em pneumócito I.
Além das células epiteliais estão associados à parede alveolar os macrófagos alveolares/células da
poeira, que se relacionam com os processos de defesa, limpam a superfície alveolar e contribuem
para a atividade pinocítica dos pneumócitos I.

Traquéia é uma parte do sistema respiratório que se localiza no pescoço, estendendo-se entre a
laringe e os brônquios, situando-se na parte frontal do esôfago.

Características é formada por numerosos anéis cartilaginosos, abertos por sua região dorsal, que é
adjacente ao esôfago. Estes anéis são distribuídos uns sobre os outros e estão ligados por tecido
muscular fibroso.
Sua superfície interna está revestida por uma membrana mucosa ciliada.
Observa-se o epitélio pseudo-estratificado
ciliado, com uma única camada de células
cilíndricas irregulares aonde os núcleos se
posicionam alternadamente, conferindo uma
falsa estratificação.
Entremeadas entre as células cilíndricas se
encontram as células caliciformes
responsáveis pela produção de muco.
É importante lembrar que todas as células
desse epitélio estão apoiadas sobre a lâmina
basal. Logo abaixo do epitélio é possível
observar uma única camada de células
cúbicas, dispostas regularmente. Estas
constituem as células indiferenciadas
responsáveis pela reposição de células mortas.
Observamos também na superfície epitelial a presença de cílios cujo movimento auxilia a remoção
de partículas de poeira do ar inspirado.
Na região posterior um tecido muscular liso entre as bordas da cartilagem. Perceba que não há
revestimento epitelial na parede externa deste órgão, constituindo uma camada adventícia contínua
com o esôfago.

Os pulmões são órgãos esponjosos e elásticos formados por milhões de alvéolos que se enchem
de ar. O pulmão direito apresentar três lóbulos e o esquerdo tem dois.

Os pulmões estão fixados ao pericárdio através de ligamentos pulmonares e à traqueia e coração


por estruturas chamadas de hilo, compreende vasos pulmonares, vasos linfáticos, vasos brônquicos,
brônquios principais e nervos que chegam e saem dos pulmões.

Os pulmões são cobertos por uma fina camada, a pleura que consiste em uma membrana
transparente e fina.

A pleura interna está ligada a superfície pulmonar,

A Pleura externa está ligada a parede da caixa torácica. No espaço intermediário das pleuras há
um reduzido espaço, ocupado por um líquido lubrificante secretado pela pleura, este líquido é o que
mantém juntas as duas pleuras, devido a tensão superficial, fazendo com que elas deslizem durante
os movimentos respiratórios.
Função do Pulmão
A principal finalidade dos pulmões é fornecer ao nosso sangue oxigênio, que é transportado para as
células do corpo.

Os demais órgãos respiratórios têm a função de encaminhar o ar aos pulmões, e nos mesmos que
ocorre conversão do sangue venoso em sangue arterial.

Ao respirarmos o ar entra pelas narinas (ou pela boca), encaminha-se para traqueia seguindo por
pequenos tubos, os brônquios. A partir dos brônquios o ar é levado para outras regiões pulmonares.

Os pneumócitos tipo I são células planas e alongadas cobrem quase toda superfície alveolar do
pulmão.
Os pneumócitos tipo II são cúbicos com núcleo central e cuja função é a síntese do surfactante.
Também encontramos macrófagos alveolares e a rede capilar no interior do septo alveolar.

SISTEMA URINÁRIO

O sistema urinário remove substâncias tóxicas do corpo, através da urina, e auxilia na regulação
hemodinâmica, de eletrólitos e do equilíbrio ácido-base corporal.

O principal órgão do sistema urinário são os rins. A urina sai dos rins pelos ureteres e é
armazenada na bexiga, antes de ser conduzida pela uretra para fora do corpo.

RINS é o órgão principal de filtração do corpo, está dividido em três áreas principais:
uma cápsula externa, feito de tecido conjuntivo denso não-modelado com algumas fibras elástica e
musculares lisas,
Um córtex abaixo da cápsula que contém grânulos que constituem os corpúsculos renais, além
dos túbulos contorcidos,
Uma medula é formada por regiões delimitadas chamadas de pirâmides renais, com a base
voltada para o córtex. Cada pirâmide renal e as estruturas associadas a ela constituem um lobo
renal relativamente independente. Cada raio medular e suas estruturas associadas constituem
juntos lóbulos renais.

TÚBULOS URINÍFEROS são a unidade funcional dos rins e têm a finalidade de produzir e conduzir
a urina. É composto por duas unidades, os néfrons e os túbulos coletor.

NÉFRONS são a unidade responsável pela filtração sanguínea e podem ser divididos, pela sua
localização, em corticais e justaglomerulares. O néfron em si é constituído por um corpúsculo
renal, e pelos túbulos contorcidos.

O corpúsculo renal é composto pelo glomérulo, pela cápsula de Bowman, e pelo espaço entre os
dois, o espaço de Bowman.
O glomérulo está em contato íntimo com o folheto visceral da cápsula de Bowman, onde as células
epiteliais chamam-se podócitos, responsáveis por criar uma barreira de filtração. O folheto parietal
é composto por tecido epitelial simples.
O tecido conjuntivo no glomérulo é substituído por um tecido especializado denominado mesângio,
composto pelas células mesangiais.
Os túbulos contorcidos são um grupo que compreende três tipos de túbulo:
Os túbulos contorcidos proximais A urina drena do espaço de Bowman para o túbulo contorcido
proximal, que é formado por epitélio cuboide simples, e reabsorve cloreto, sódio e água da urina
formada,
Alça de Henle A parte final do TCP forma a parte espessa da alça de Henle, e depois transforma-
se na parte delgada dessa alça, formada por epitélio simples pavimentoso.
Túbulos contorcidos distais se inicia a partir de um espessamento da parte ascendente da alça de
Henle.

Uma região modificada do túbulo distal, a mácula densa, faz parte do aparelho justaglomerular.
Esse aparelho é constituído também pelas células justaglomerulares.

A mácula densa está em contato íntimo com as células justaglomerulares, que constituem a camada
íntima das arteríolas glomerulares aferentes.

Essa comunicação facilita a ativação ou inibição do eixo renina-angiotensina-aldosterona, já que as


células justaglomerulares têm grânulos de renina.

Os túbulos contorcidos distais são formados por um epitélio simples cuboide baixo, absorvem sódio
por trocadores de potássio e secretam íons hidrogênio ativamente na urina.

Aos cortes, os TCP têm células mais altas e a luz mais ocluída, enquanto os TCD têm células mais
baixas e luz mais aberta. A mácula densa aparece como uma região basófila próxima ao glomérulo.

Córtex renal. É possível ver os tufos glomerulares, a cápsula e o espaço de Bowman e os túbulos
contorcidos proximais e distais. A mácula densa encontra-se indicada pela letra M próxima ao
glomérulo da esquerda.

URETER são compostos por uma camada mucosa de epitélio de transição, uma camada muscular
lisa e uma camada fibrosa de tecido conjuntivo.

BEXIGA é o órgão de armazenamento da urina antes da micção.


A mucosa da bexiga é composta por um epitélio de transição, que se distende e contrai em relação
à pressão exercida pela urina nas paredes, formando regiões de placas rígidas.
Epitélio de revestimento da bexiga, onde podem-se observar as células características do epitélio de
transição.

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