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ABNT/CB-008

PROJETO ABNT NBR ISO 16691


NOV 2019

Sistemas espaciais — Revestimentos de controle térmico para


espaçonaves — Requisitos gerais

APRESENTAÇÃO
Projeto em Consulta Nacional

1) Este Projeto foi elaborado pela Comissão de Estudo de Materiais e Processos de Aplicação
Espacial (CE-008:010.060) do Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Espaço (ABNT/CB-008),
com número de Texto-Base 008:010.060-016, nas reuniões de:

21.03.2018 26.09.2018 05.12.2018

a) é previsto para ser idêntico à ISO 16691:2014, que foi elaborada pelo Technical
Committee Aircraft and Space Vehicles (ISO/TC 20), Subcommittee Space System and
Operations (SC 14);

b) não tem valor normativo.

2) Aqueles que tiverem conhecimento de qualquer direito de patente devem apresentar esta
informação em seus comentários, com documentação comprobatória.

3) Analista ABNT – Carlos Alberto Bigatan.

4) Tomaram parte na sua elaboração, participando em no mínimo 30 % das reuniões realizadas


sobre o Texto-Base e aptos a deliberarem na Reunião Especial de Análise da Consulta Nacional:

Participante Representante

INPE/CGETE Graziela S. Savonov


INPE/LABCP Sayuri Okamoto
INPE/LABCP Douglas Miranda Rodrigues
INPE/LIT Eduardo Andrés Serrano Velásquez

© ABNT 2019
Todos os direitos reservados. Salvo disposição em contrário, nenhuma parte desta publicação pode ser modificada
ou utilizada de outra forma que altere seu conteúdo. Esta publicação não é um documento normativo e tem
apenas a incumbência de permitir uma consulta prévia ao assunto tratado. Não é autorizado postar na internet
ou intranet sem prévia permissão por escrito. A permissão pode ser solicitada aos meios de comunicação da ABNT.

NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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Sistemas espaciais — Revestimentos de controle térmico para


espaçonaves — Requisitos gerais

Space systems — Thermal control coatings for spacecraft — General requirements


Projeto em Consulta Nacional

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto
da normalização.

Os Documentos Técnicos internacionais adotados são elaborados conforme as regras da


ABNT Diretiva 3.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).

Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.

Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar as
datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.

A ABNT NBR ISO 16691 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Aeronáutica e Espaço (ABNT/CB-008),
pela Comissão de Estudo de Materiais e Processos de Aplicação Espacial (CE-008:010.060).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº XX, de XX.XX.XXXX a XX.XX.XXXX.

A ABNT NBR ISO 16691 é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação,
à ISO  16691:2014, que foi elaborada pelo Technical Committee Aircraft and Space Vehicles
(ISO/TC 20), Subcommittee Space System and Operations (SC 14).

O Escopo em inglês da ABNT NBR ISO 16691 é o seguinte:

Scope
This Standard defines general requirements for thermal control coatings (TCC) that are applied on
metallic and/or non-metallic surfaces of spacecraft and payloads in order to provide the following
thermo-optical properties:

—— αs: solar absorptance;

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—— ε: emittance.

The function of TCC is to reduce external heat absorption and/or to regulate radiant heat exchange
between on-board equipment on spacecraft.
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Introdução

Este documento fornece informações técnicas sobre seleção e aplicação de revestimentos de controle
térmico, necessárias para confirmar sua conformidade com os requisitos do controle térmico para
espaçonaves.
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Este documento classifica revestimentos de controle térmico de acordo com o seu uso em subsistemas
de controle térmico passivo e/ou ativo para a redução de absorção de calor externo ou controle de
troca de calor radiante entre o equipamento a bordo na aeronave, suas propriedades gerais e suas
características especiais para aplicação em ambiente espacial.

Este documento também contém recomendações especiais para preparação da superfície, aplicação
de sistemas de revestimento e cura, e estabelece requisitos para métodos de ensaio sobre estimativa
de propriedades de revestimentos de controle térmico de acordo com seus usos principais.

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Sistemas espaciais — Revestimentos de controle térmico para


espaçonaves — Requisitos gerais

1 Escopo
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Esta Norma estabelece os requisitos gerais para revestimentos de controle térmico (TCC) que são
aplicados em superfícies metálicas e/ou não metálicas de espaçonaves e cargas úteis, para prover as
seguintes propriedades termo-óticas:

—— αs: absortância solar;

—— ε: emitância.

A função do TCC é reduzir a absorção de calor externo e/ou controlar a troca de calor radiante entre
o equipamento e a aeronave.

2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais,
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento
(incluindo emendas).

ISO 9117-1:2009, Paints and varnishes – Drying tests – Part 1: Determination of through-dry state and
through-dry time

ISO 14624-3, Space systems – Safety and compatibility of materials – Part 3: Determination of
offgassed products from materials and assembled articles

3 Termos, definições e abreviaturas


Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos, definições e abreviaturas.

3.1 Termos e definições

Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1.1
sistema ativo de controle térmico
sistema onde o controle térmico ativo é o método usado

Nota 1 de entrada: O método do controle térmico ativo é o procedimento para controlar a temperatura
utilizando componentes mecânicos móveis ou fluidos, utilizando a energia elétrica de um aquecedor,
alterando as propriedades termofísicas dos componentes, ou utilizando outra tecnologia para alterar/controlar
a temperatura.

[FONTE: JERG-2–310:2009]

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3.1.2
revestimento
camada contínua formada pela aplicação simples ou múltipla de um material de revestimento sobre
um substrato

[FONTE: ISO 4618:2006]


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3.1.3
material de revestimento
produto na forma líquida, pasta ou pó que, quando aplicado sobre um substrato, forma um filme que
possui propriedades protetivas e/ou outras propriedades específicas

[FONTE: ISO 4618:2006]

3.1.4
processo de revestimento
processo de aplicação de um material de revestimento sobre um substrato, como imersão, aspersão,
rolo de revestimento, pincel

[FONTE: ISO 4618:2006]

3.1.5
sistema de revestimento
combinação de todas as camadas de materiais de revestimento a serem aplicadas ou que tenham
sido aplicadas em um substrato

[FONTE: ISO 4618:2006]

3.1.6
emissividade
emitância
ε
ε=M/Mb

onde M é a emitância de um radiador térmico, e Mb é a emitância de um corpo negro à mesma


temperatura
Nota 1 de entrada: Os seguintes adjetivos devem ser adicionados para especificar as condições:

—— Total: se estiverem relacionadas ao espectro inteiro de radiação térmica (esta designação pode
ser considerada como implicita);[7]

—— Espectral ou monocromática: se estiverem relacionadas ao intervalo espectral centralizado no


comprimento de onda λ;[7]

—— Hemisférica: se estiverem relacionadas a todas as direções ao longo do elemento de superfície


que pode emitir ou receber radiação;[7]

—— Direcional: se estiverem relacionadas às direções de propagação determinadas por um ângulo


sólido próximo à direção estabelecida;[7]

—— Normal: se estiverem relacionadas à direção normal de propagação ou incidência para a


superfície.[7]

[FONTE: ABNT NBR ISO 80000-7:2016]

[FONTE: ISO 16378]

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3.1.7
tinta
material de revestimento pigmentado que, quando aplicado a um substrato, geralmente forma um
filme opaco que possui propriedades protetivas ou técnicas específicas

[FONTE: ISO 4618:2006]


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3.1.8
filme de tinta
revestimento intacto que é formado por aplicação de uma ou mais camadas de materiais de revesti-
mento em um substrato

3.1.9
sistema de controle térmico passivo
sistema onde o método de controle térmico passivo é usado

Nota 1 de entrada: O método de controle térmico passivo é o procedimento para controlar a temperatura do
componente em uma faixa especificada pelo ajuste dos caminhos de condução e radiação, e pela seleção de
cada forma geométrica de cada superfície e propriedades termo-físicas da aeronave

[FONTE: JERG-2–310:2009]

3.1.10
carga útil
conjunto dos elementos do segmento espacial (partes de um sistema espacial colocados no espaço
para cumprir os objetivos da missão espacial)

Nota 1 de entrada: Uma carga útil de espaçonave é um conjunto de instrumentos ou equipamentos que
realizam a missão do usuário.

Nota 2: Uma carga útil de lançador é um conjunto de elementos carregados para o espaço de acordo com a
posição acordada, tempo e condições ambientais.

[FONTE: ISO 10795:2011]

3.1.11
primer
pintura que foi formulada para ser usada como um revestimento primário em superfícies preparadas

3.1.12
revestimento primário
primeiro revestimento de um sistema de revestimento

3.1.13
absortância solar
αs
razão entre o fluxo radiante absorvido pelo material (ou corpo) e o fluxo radiante da radiação incidente

3.1.14
substrato
superfície na qual o material de revestimento é aplicado ou está aplicado

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3.1.15
revestimento de controle térmico
TCC
revestimento que é usado para manter certas condições de temperatura de um objeto por meio do
estabelecimento de equilíbrio entre o calor absorvido de um meio e/ou fontes de calor interna e a
energia irradiada pela superfície de objetos em um ambiente
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3.1.16
verniz
material de revestimento transparente que, quando aplicado no substrato, forma um filme transparente

3.1.17
amostra-testemunha
peças de amostra que representam o produto revestido

Nota 1 de entrada: Devem ser feitas na forma de placas planas usando o mesmo material de revestimento
com o produto e revestidas simultaneamente. Usadas para ensaio destrutivo e ensaio que requer tamanho
limitado de amostra.

3.2 Abreviaturas

Para os efeitos deste documento, aplicam-se as seguintes abreviaturas.

BOL início de vida


EMC compatibilidade eletromagnética
EOL final de vida
ESD descarga eletrostática
TCC(s) revestimento(s) de controle térmico
TCS(s) sistema(s) de controle térmico
QA garantia da qualidade
UV ultravioleta
VUV ultravioleta no vácuo

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4 Geral
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Figura 1 – Mapeamento dos revestimentos de controle térmico relativos para cada material
de controle térmico passivo

A ação do ambiente espacial depende fortemente das condições de serviço da espaçonave. Estas são
definidas pelas órbitas onde as naves espaciais se destinam a operar.

Fontes de calor que determinam a temperatura de uma espaçonave são principalmente raios solares
e albedo da terra. A quantidade de calor emitida por uma espaçonave é igual à soma da entrada de
calor e da quantidade de calor interno produzido de todos os equipamentos de uma espaçonave.

No entanto, há fatores gerais que exercem influência sobre a utilidade e eficiência da espaçonave:
vácuo, radiação solar eletromagnética, incluindo radiação UV e VUV, radiações ionizantes, oxigênio
atômico, temperatura, contaminação, micrometeoroides e efeitos do ambiente de detritos.

Quando em serviço, podem ocorrer efeitos indesejáveis, como carga eletrostática, geração de
atmosfera externa de espaçonave e cargas térmicas alternadas.

Os TCC são geralmente danificados pela exposição a UV e partículas carregadas. Além disso, em
altitudes de aproximadamente 200 km a 600 km, pode ocorrer erosão de alguns TCC devido ao
oxigênio atômico. O branqueamento ou o branqueamento dos danos induzidos por UV / partículas
carregadas destes revestimentos podem também ocorrer a partir da exposição ao oxigênio atômico.

Os TCC são os elementos dos TCS passivos e/ou ativos para a regulação da temperatura de espaço-
naves. A localização dos revestimentos de controle térmico em relação a outros materiais passivos de
controle térmico é mostrada na Figura 1.

Os TCC são aplicados em superfícies de espaçonaves, unidades individuais, conjuntos e dispositivos


que devem ser controlados por temperatura. Eles são usados para manter as condições de temperatura
predefinidas de uma espaçonave, estabelecendo o equilíbrio entre o calor absorvido de um ambiente e/
ou emitido por fontes a bordo, a energia redistribuída entre o equipamento e a estrutura da espaçonave
e a energia irradiada no ambiente.

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As propriedades termo-óticas de um TCC são usadas no projeto de TCS. O TCC deve atender aos
requisitos de especificação no BOL e manter as propriedades necessárias no EOL da espaçonave.

EMC/ESD, envelhecimento, diferença de propriedades entre o início e o final da vida útil são deter-
minados pelas condições de serviço e propósitos da espaçonave. Essas propriedades são medidas
quando os materiais candidatos do TCC estão sendo considerados para um TCS na fase de projeto.
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O escopo depende do revestimento a ser ensaiado e dos requisitos do projetista e/ou engenheiro
de produção.

4.1 Funcionalidade

Com relação à sua funcionalidade, determinada pela capacidade do revestimento de absorver ou


refletir a energia radiante, os revestimentos de controle térmico podem ser classificados da seguinte
forma:

—— I: absorvedor verdadeiro (αs →1, ε →1);

—— II: refletor solar (αs →0, ε →1);

—— III: absorvedor solar (αs →1, ε →0);

—— IV: refletor verdadeiro (αs →0, ε →0).

4.1.1 Classe I

Os TCC Classe I (preto) absorvem o calor de objetos de temperatura mais alta, transmitem o calor
para uma temperatura mais baixa e promovem a intensificação da transferência de calor radiante
entre superfícies de dispositivos e unidades, bem como entre dispositivos, unidades e ambiente.

Os TCC pretos são aplicados principalmente nas superfícies internas. Eles são aplicados em superfí-
cies de dispositivos óticos de espaçonaves (instrumentos de medição de radiação, analógicos de um
radiador ideal), em células de lente, misturas e barris de dispositivos óticos (câmeras, telescópios,
escâneres de uma superfície terrestre) e em superfícies externas para absorver a radiação do sol.
Além disso, estes revestimentos impedem a reflexão da luz de uma superfície para outra.

4.1.2 Classe II

TCC Classe II (branco) refletem luz incidente e radiação térmica de fontes de calor, como raios solares
e albedo da terra, para manter a temperatura dos componentes do projeto da espaçonave dentro da
faixa de trabalho e para aumentar a eficiência dos TCS.

Os TCC brancos são aplicados principalmente nas superfícies externas. Os TCC de Classe II também
podem ser usados para dissipar o calor em ambientes, para diminuir a temperatura de membros de
espaçonaves.

4.1.3 Classe III

Os TCC Classe III são usados em instalações que funcionam periodicamente e requerem a entrada
de energia quando a instalação está desligada, para manter uma temperatura estável e evitar que os
limites de temperatura baixa sejam excedidos.

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4.1.4 Classe IV

Os TCC Classe IV são aplicados principalmente em superfícies sujeitas a aquecimento simultâneo por
jatos de propulsão e sujeitas a resfriamento convectivo.

4.2 Componentes básicos


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Os componentes básicos dos TCC são ligantes e pigmentos.

As tintas geralmente possuem esses dois componentes; mas outros revestimentos, como o TCC com
spray de plasma, podem usar apenas um, geralmente um pigmento.

Os ligantes usuais são componentes orgânicos (por exemplo, silicone, poliuretano, fluorocarbono etc.)
ou inorgânicos (por exemplo, silicatos).

Os pigmentos que podem ser usados incluem óxidos e fluoretos de metais, metais e também sais
complexos e simples.

5 Seleção
Convém que os TCC sejam selecionados considerando suas propriedades de resistência térmica e
ambiental, vantagens e desvantagens, atendam aos requisitos da missão e executam os objetivos
funcionais necessários do sistema.

Para garantir a capacidade de trabalho das naves espaciais, convém que a seleção de TCC ou
sistema de revestimento (classe de revestimento, estrutura, tintas e primers) seja feita pelo projetista,
dependendo dos requisitos para as propriedades e do tipo de material ao qual um material de
revestimento é aplicado e condições de serviço.

Ao selecionar os TCC das Classes I e II, as características primárias a serem consideradas são
mostradas na Tabela 1.

Ao selecionar TCC das Classes III e IV, a lista de características primárias é determinada pelos
projetistas dependendo, das condições de serviço do equipamento, nas quais o TCC é aplicado.

Tabela 1 – Características primárias a serem consideradas quando selecionar os TCC


de Classes I e II (continua)
TCC-I TCC-II
Tipo de
Superfície Superfície Superfície Destaques na seleção
revestimento
interna externa externa
Espessura + + + A espessura do revestimento
é determinada considerando
adesão, poder de cobertura e
peso. A espessura requerida para
atingir sua função termo-ótica é
diferente, dependendo dos tipos
de materiais de revestimento.

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Tabela 1 (continuação)
Tipo de TCC-I TCC-II Destaques na seleção
revestimento Superfície Superfície Superfície
interna externa externa
Adesão + + + A adesão dos TCCs é diferente,
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dependendo dos tipos de materiais


de revestimento e materiais a
serem revestidos. Os TCC que
demonstram um alto nível de
adesão devem ser selecionados
em relação aos resultados dos
ensaios de adesão do TCC a
diferentes materiais.
Características αs - + + Os αs e ε apropriados devem
termo-óticas εn + + + ser selecionados com relação
à geração interna de calor e
à temperatura desejada da
espaçonave.
Quando o calor interno é pequeno,
a temperatura da espaçonave é
determinada por αs / ε.
Como a exposição prolongada
ao ambiente espacial afetará
as propriedades termo-óticas, é
necessária uma atenção especial.
Resistividade elétrica + + + A redução do carregamento
do volume da superfície requer o controle
Resistência elétrica + + + das propriedades elétricas dos
de superfície materiais da superfície que entram
em contato direto com o plasma
circundante. A resistividade
elétrica deve ser baixa o suficiente
para reduzir a possibilidade de
carregamento local e a descarga
eletrostática resultante.
Degasagem + + + O caráter de degasagem do
TCC deve cumprir o requisito
de contaminação do veículo
espacial. Cuidados especiais
devem ser tomados quando o
revestimento é aplicado em uma
área grande, próxima a superfícies
sensíveis e / ou criogênicas
contaminantes. A quantidade de
gases é diferente dependendo
da condição de processamento,
como a pulverização e a cura do
revestimento e do lote do material
de revestimento.

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Tabela 1 (continuação)
TCC-I TCC-II
Tipo de
Superfície Superfície Superfície Destaques na seleção
revestimento
interna externa externa
Resistência à UV - + + Os TCC aplicados à superfície
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externa de uma espaçonave


estão sujeitos a fortes raios UV.
As propriedades termo-óticas e
a adesão são degradadas pelos
raios UV.
A quantidade de UV que uma
espaçonave recebe é determinada
pela altitude orbital, vida útil
esperada, atitude e geometria da
espaçonave.
Resistência à + + + Os TCC devem suportar
radiação níveis fortes de radiação. As
propriedades termo-óticas e a
adesão são degradadas pela
radiação. A dose que uma
espaçonave recebe é determinada
pela altitude orbital, tempo de vida
esperado e efeito de proteção da
espaçonave.
Resistência ao - + + Os TCC aplicados à superfície
oxigênio atômico externa de uma espaçonave
são expostos a uma grande
quantidade de oxigênio atômico.
As propriedades termo-óticas e a
adesão são afetadas pelo oxigênio
atômico.
Brilho + + + O TCC Classe I é usado às vezes
em torno de instrumentos óticos
para prevenção de reflexão de
superfície. Convém que o TCC
com superfície plana (baixo
brilho) seja selecionado para esta
finalidade.
Temperatura de + + + Os TCCs devem resistir a
ciclagem ciclos de temperatura. As
propriedades termo-óticas e a
adesão são afetadas pelo ciclo de
temperatura.
O ciclo é determinado pela altitude
orbital da espaçonave.

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Tabela 1 (conclusão)
TCC-I TCC-II
Tipo de
Superfície Superfície Superfície Destaques na seleção
revestimento
interna externa externa
Massa de ejeçãoa + + + Danos causados por meteoroides
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e/ou detritos podem resultar


em uma potencial geração de
pequenos detritos (ejetos). A
quantidade de material ejetado é
maior para materiais frágeis, como
o TCC inorgânico, do que para
materiais dúcteis.
a Para casos específicos, conforme necessidade do projetista.

Propriedades gerais dos TCC típicos são apresentadas no Anexo A.

6 Métodos de ensaio para TCC


6.1 Inspeção visual

Inspeção visual deve ser realizada no próprio produto revestido. Amostras-testemunha aprovadas
pelo fabricante devem ser usadas para comparação, se necessário.

As amostras devem ser preparadas a partir dos materiais utilizados em veículos espaciais.

6.2 Espessura do revestimento

A espessura do TCC aplicado nas superfícies é medida por métodos não destrutivos.

A espessura do TCC deve ser medida em três pontos diferentes na superfície do produto. Quando
a superfície revestida for maior que 1 m2, convém que o número de medições seja coordenado com
o cliente.

A espessura do TCC não pode ser medida em locais de difícil acesso, em soldas e nas bordas do
produto.

O peso do TCC (sistema de revestimento) seco depende de sua espessura e deve ser calculado com
antecedência para atender aos requisitos de limitação de peso do sistema.

6.3 Adesão

A adesão de um TCC é determinada usando preferencialmente os ensaios de corte transversal


realizados principalmente em uma amostra-testemunha. O ensaio de corte cruzado em um produto
pintado é realizado com a aprovação do cliente. Outros ensaios de adesão também são permitidos.
O reparo subsequente das áreas de ensaio danificadas e/ou detalhes do revestimento é obrigatório.

A medição da aderência do revestimento nos locais de difícil acesso não é obrigatória.

A amostra de ensaio deve ser preparada simultaneamente com os produtos revestidos.

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6.4 Propriedades termo-óticas


 a) As propriedades termo-óticas devem ser medidas no decorrer de/após ensaios de resistência do
ambiente espacial.

 b) As medições devem ser realizadas nas amostras-testemunha pelos métodos referidos no Anexo
A. Outro método de medição poderia ser aplicado com a aprovação do cliente. O método de
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medição deve ser registrado e reportado.

 c) Para medir αs, ε e a espessura do TCC aplicado em superfícies metálicas, as amostras testemunha
são feitas na forma de placas planas, um item por produto ou um lote de produtos, e revestidas
simultaneamente com eles.

 d) Para medir αs, ε e espessura do TCC aplicado em superfícies não metálicas, as amostras teste-
munha são feitas com o mesmo material que é usado no produto a ser revestido.

6.4.1 Métodos de medição de αs

Dois métodos de ensaio são descritos nesta subseção.

6.4.1.1 Absortância solar usando um espectrofotômetro

O método primário abrange a medição da absorção espectral (αs), refletância e transmitância de mate-
riais usando espectrofotômetros equipados com esferas integradoras.

6.4.1.2 Absortância solar usando um método de ensaio comparativo

Os αs de produtos revestidos com controle térmico são medidos utilizando fotômetros portáteis e
comparando-os com as amostras de referência. αs da amostra de referência é calculada com base
nos resultados de medição da refletância (ρλ), obtidos com o espectrofotômetro e normalizados na
curva solar.

Com base nos resultados da medição da refletância radiante solar (ρs), αs é calculado da seguinte forma:[10]

α s = 1 − ρs (1)
λ2

∫ ρ (λ ) S (λ ) d λ
λ1
ρs = (2)
λ2

∫ S (λ ) d λ
λ1

onde

ρ(λ) é a refletância espectral após 100 % de correção de referência;

S(λ) é a irradiação solar espectral;

dλ énormalmente 1 nm. dλ deve ser definido considerando as propriedades da amostra;

λ1 é menor que 250 nm;

λ2 é maior que 2500 nm. O espectro de irradiância solar está disponível em várias fontes.
A ASTM E490-00a deve ser aplicada principalmente. Quando outro espectro for utilizado,
a fonte de dados deve ser descrita no relatório de ensaio.

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A superfície da amostra-testemunha e a superfície do produto medido devem ser similares (mesmo


processamento, mesmo material, mesma composição da cobertura do TCC e mesma tecnologia de
aplicação do revestimento).

6.4.2 Métodos de medição de ε


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O ε é medido usando um termo-radiômetro, comparando a radiação da superfície do produto medida


com a radiação da superfície padrão do corpo negro à mesma temperatura.

Outros métodos de ensaio requeridos pelas normas nacionais podem ser utilizados para a medição
de αs e ε.

6.4.3 Variação de características óticas

As medições e a análise de Δαs e Δε dos CCT devem ser realizadas por meio de ensaios em câmaras
especiais, simulando condições de ambiente espacial.

Medidas de propriedades óticas e suas alterações devido à exposição do ambiente espacial no vácuo
são preferíveis.

∆α s = α s1 − α s0 (3)

onde

αs0 é a absorção solar antes do ensaio em câmaras especiais simulando condições de ambiente
espacial;

αs1 é a absorção solar após ensaio em câmaras especiais simulando condições de ambiente
espacial.

∆ε = ε1 − ε0 (4)

onde

ε0 é a emissão antes do ensaio em câmaras especiais que simulam condições do ambiente


espacial;

ε1 é a emissão após ensaio em câmaras especiais que simulam condições do ambiente espacial.

6.5 Resistência (resistência elétrica de superfície e resistividade elétrica do volume)

A resistência da superfície elétrica e a resistividade do volume elétrico dos TCC são medidas usando
as sondas de medição e um medidor apropriado de tensão ou resistência. Convém que as amostras
planas tenham pelo menos 25 mm × 50 mm. Para amostras tubulares, recomenda-se um diâmetro
mínimo de 50 mm.

Convém que as sondas tenham alta condutividade e recomenda-se que forneçam bom contato elétrico
em toda a superfície de contato com a amostra e possam não interferir na medição adequada da
resistência da amostra sob ensaio.

As medições de resistência são realizadas usando os dispositivos de medição com a precisão


necessária, que têm a capacidade de realizar medições dentro de uma faixa predefinida e de permitir
a regulação suave da tensão de ensaio aplicada. Convém que a atmosfera de medição (umidade,
temperatura, pressão etc.) seja descrita.

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Os TCC que poderiam ter um efeito adverso nos sistemas e hardware das naves espaciais, devido
às suas características e propriedades elétricas, devem ser revisados pela engenharia da EMI para
conformidade com as especificações do programa e ser especificamente aprovados para uso no
programa.

As medições devem ser efetuadas pelos métodos referidos no Anexo A.


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6.6 Degasagem

O caráter de desgasagem dos TCC deve atender ao requisito de contaminação da espaçonave.

A medição deve ser efetuada pelos métodos referidos no Anexo A.

6.7 Resistência à UV

A quantidade de UV que uma espaçonave recebe é determinada pela altitude orbital, tempo de vida
esperado, atitude e geometria da espaçonave.

A medição deve ser realizada pelos métodos referidos no Anexo A.

A mudança nas propriedades termo-óticas e a adesão da amostra ensaiada devem ser avaliadas.
Outras propriedades são avaliadas conforme necessário.

6.8 Resistência à radiação

A dose que uma espaçonave recebe é determinada pela altitude orbital, tempo de vida esperado e
efeito de proteção da espaçonave.

A medição deve ser realizada pelos métodos referidos no Anexo A.

A mudança nas propriedades termo-óticas e a adesão da amostra ensaiada devem ser avaliadas.
Outras propriedades são avaliadas conforme necessário.

6.9 Resistência ao oxigênio atômico

A quantidade de oxigênio atômico que uma espaçonave recebe é determinada pela altitude orbital,
tempo de vida esperado, atitude e geometria da espaçonave.

A medição deve ser realizada pelos métodos referidos no Anexo A.

A mudança nas propriedades termo-óticas e a adesão da amostra ensaiada devem ser avaliadas.
Outras propriedades são avaliadas conforme necessário.

6.10 Brilho

A medição deve ser efetuada pelos métodos referidos no Anexo A.

6.11 Temperatura de ciclagem (influência de temperaturas)

Os TCC devem funcionar na faixa de temperatura, t ± 150 °C, a menos que especificado de outra
forma no padrão para o TCC individual.

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A medição da durabilidade dos CCT para determinar a influência de altas e baixas temperaturas, bem
como do ciclo de temperatura, deve ser realizada em uma câmara climática especial, capaz de simular
as condições ambientais corretas.

Os ensaios são realizados em amostras-testemunha. A mudança nas propriedades termo-óticas e


a adesão da amostra ensaiada devem ser avaliadas. Outras propriedades são avaliadas conforme
Projeto em Consulta Nacional

necessário.

6.12 Massa de ejeção

Os TCCs produzem material ejetado sob impacto de micrometeoroides ou detritos. Os TCCs com
menos ejeção são preferíveis no propósito de mitigação de detritos.

A medição deve ser efetuada pelos métodos referidos no Anexo A.

7 Requisitos para aplicação


 a) Convém que os TCC tenham uma adesão com o substrato ao qual eles são aplicados e adequados
para o uso pretendido.

 b) Convém que os TCC sejam aplicados em qualquer método regulamentado, descrito no documento
normativo do revestimento.

 c) Os defeitos são descritos em padrões de materiais ou de aplicativos, ou conforme especificado


na documentação do projeto.

 d) Na montagem, fabricação, marcação e durante as operações de embalagem, as partes revestidas


não podem ser tocadas e manuseadas com as mãos desprotegidas. Um algodão limpo sem
fiapos ou luvas cirúrgicas sem pó devem ser usadas.

Se a parte revestida for tocada ou manuseada com as mãos protegidas, estas não podem se
mover contra as superfícies revestidas.

 e) Convém que os requisitos do processo de revestimento (método de aplicação, requisitos da área
de trabalho, requisitos de medidas de segurança) sejam determinados pelo fornecedor do material
de revestimento. Todos os parâmetros que estabelecem os requisitos do processo devem ser
controlados e monitorados adequadamente.

O tempo de cura de um revestimento e de um TCC é determinado de acordo com a ISO 9117-1.


Outros métodos, incluindo os domésticos, também são admissíveis.

Convém que o material de revestimento deve atender a uma certificação do fabricante.

 f) Modos de falha: arranhões, lascas, sujeira e manchas não pintadas durante as operações no
solo. Causas: montagem, transporte, embalagem, desembrulhar, condições atmosféricas. Todos
estes defeitos podem ser reparados com os procedimentos apropriados de reparo recomendados
pelo fabricante do TCC, se necessário ou desejado.

8 Requisitos de segurança para aplicação de TCC


 a) A menos que especificado de outra forma, os requisitos de toxicidade para os TCC e o processo
de pintura devem atender aos requisitos especificados aqui;

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 b) Algumas tintas e primers usados para preparar o TCC são tóxicos, principalmente devido ao uso
de diluentes orgânicos em alguns deles. Ao manusear tintas e primers, devem ser utilizados meios
de proteção individual e acessórios de proteção, e os efeitos dos materiais no meio ambiente
devem ser monitorados.

 c) Os requisitos de toxicidade não são aplicados para todos os módulos, exceto os habitados. No
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caso da aplicação dos TCC dentro dos módulos habitados, é necessário seguir a ISO 14624-3.

9 Identificação
 a) Os materiais de revestimento devem ser rotulados.

 b) O rótulo deve conter a informação total para identificar inequivocamente o TCC de acordo com a
documentação normativa.

10 Protetores
Os protetores são usados para manter a absorção solar e a emissão de TCC durante o armazena-
mento e para protegê-los contra danos e contaminação durante a montagem, instalação e trans-
porte. Protetores temporários, facilmente descartáveis, que sejam apropriados e autorizados para
entrar em contato com o revestimento, e que não danifiquem ou exerçam influência sobre ele, podem
ser usados.

Convém que a remoção do(s) material(is) de proteção do TCC seja feita usando procedimentos,
ferramentas e materiais padrão.

As propriedades dos materiais de proteção dos TCC aplicáveis são estabelecidas de acordo com os
requisitos da documentação de projeto e levando em consideração o documento normativo tecnoló-
gico de material.

Os materiais de proteção de TCC são aplicados, usados e removidos de acordo com o processo des-
crito na documentação de projeto apropriada.

Algum tipo de tinta branca fica amarela devido à radiação UV emitida pela lâmpada de fluorescência.
O isolador de luz deve ser considerado quando o TCC sensível a UV for armazenado sob luz ambiente
e/ou solar.

11 Embalagem
 a) Convém que os componentes pintados sejam adequadamente embalados para proteger os TCC
contra danos e sujeira durante o transporte e o armazenamento.

 b) O tipo de embalagem é escolhido de acordo com o tamanho e a forma do produto a ser embalado
e levando em consideração os materiais e os componentes que fazem parte do produto.

 c) Convém que o tipo de embalagem deve ser especificado no caderno de especificações.

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12 Programa de produção de garantia da qualidade


12.1 Geral

 a) Convém que a pessoa/organização responsável pela aplicação do TCC tenha um sistema de
gestão de qualidade adequado, como a certificação ABNT NBR ISO 9001.
Projeto em Consulta Nacional

 b) Convém que o fornecedor seja solicitado a identificar os processos de produção e as ações que
exercem influência sobre as propriedades dos componentes que são usados na fabricação dos
TCC; recomenda-se também que forneça o monitoramento adequado destes processos e ações.

 c) Convém que os processos e ações básicas para os quais os procedimentos apropriados não
sejam desenvolvidos sejam os seguintes:

 1) inspeção de entrada (identificação) de matérias-primas e componentes;

 2) armazenamento de matérias-primas e componentes;

 3) produção dos TCC em condições de trabalho;

 4) métodos de ensaio dos produtos acabados;

 5) marcação, embalagem.

 d) Certificação: o consumidor deve realizar a inspeção de entrada do revestimento para verificar se
os indicadores necessários estão em conformidade com o certificado do produto.

13 Alterações e revisões
13.1 Documento de permissão

Os requisitos de um padrão podem ser alterados ou revisados somente se houver um documento


permissivo aprovado. O documento permissivo é emitido pela organização/pessoa que inicia as
alterações ou revisões. O documento inclui o seguinte:

 a) número e/ou outra designação da alteração a ser emitida, designação do documento confirmativo
e data de sua aprovação;

 b) motivo da mudança ou revisão;

 c) listas de páginas, pontos, linhas etc. que serão alteradas;

 d) cópias que devem ser alteradas (ou estas todas devem ser alteradas);

 e) termos de alterações.

13.2 Assinaturas necessárias para o documento confirmatório

Convém que o documento confirmativo seja assinado por

 a) iniciador da mudança,

16/22 NÃO TEM VALOR NORMATIVO


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 b) gerente de programa responsável pelo sistema espacial e

 c) cliente, se este for prescrito.

13.3 Registro de alterações


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Convém que todas as alterações e revisões sejam registradas no registro de alterações, que inclui o
seguinte:

 a) número de alterações da cópia dada;

 b) designação do documento confirmativo;

 c) data da mudança da cópia dada;

 d) número de páginas (alteradas, novas e anuladas);

 e) nome e assinatura da pessoa responsável por fazer alterações.

NOTA Dependendo da fase do projeto, um “Conselho de Revisão de Materiais” (MRB) deve ser convocado.

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Anexo A
(informativo)

Propriedades gerais de TCC-I e TCC-II


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Característica Valores-padrão Referências


TCC-I TCC-II
 1) Cor preto branco ISO 3668:1998 (GOST 29319–92), Paints and
varnishes – Visual comparison of the colour of
paints
 2) Espessura do ≤ 100 ≤ 150 GOST R 51694-2000 (ISO 2808:2007), Paints
revestimento, and varnishes – Determination of film thickness
(μm)
(A espessura
preferível pode estar
de acordo com a
especificação TCC ou
deve atender ao valor
recomendado pelo
fabricante)
 3) Adesão 1–2 1–2 ISO 4624:2002, Paints and varnishes – Pull-off
test for adhesion
GOST 15140-78, Paintwork materials. Methods
for determination of adhesion
ISO 2409:2013, Paints and varnishes – Cross-
cut test
ECSS-Q-ST-70-04C, Space product
assurance. Thermal testing for the evaluation
of space materials, processes, mechanical
parts and assemblies
 4) Características ISO 16378, Space systems – Measurements
óticas: of thermo-optical properties of thermal control
—— absortância ≥ 0,95 ≤ 0,3 materials
solar, αs ASTM E490-00, (2006), Standard solar
—— emitância, ε constant and zero air mass solar spectral
≥ 0,92 ≥ 0,90
irradiance tables
ASTM E903-96, Standard test method for solar
absorptance, reflectance, and transmittance of
materials using integrating spheres
ECSS-Q-ST-70-09C, Measurements of thermo-
optical properties of thermal control materials

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Característica Valores-padrão Referências


TCC-I TCC-II
 5) TCC normal: ≤ 7 × 1014 ≤ 7 × 1014 GOST 6433.2-71, Solid electrical insulating
Resistividade materials. Methods for evaluation of electrical
resistances at d. c. voltages
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elétrica do volume, ρ,
(ohm × m) ASTM-D 257-07, Electrical surface resistance
measurement
TCC antiestático ≤ 7 × 103 ≤ 5 × 105
específico IEC 61340-2-3, Methods of test for determining
the resistance and resistivity of solid planar
Resitividade elétrica
materials used to avoid electrostatic charge
do volume, ρ
accumulation
(ohm × m)
IEC 60093, Methods of test for volume
Resistência elétrica 1 × 106 1 × 106 resistivity and surface resistivity of solid
de superfície, R (ohm) electrical insulating materials
IEC 60167, Methods of test for the
determination of the insulation resistance of
solid insulating materials
ISO 1853, Conducting and dissipative rubbers,
vulcanized or thermoplastic – Measurement of
resistivity
ISO 3915, Plastics – Measurement of resistivity
of conductive plastics
 6) Degasagem: ≤ 1,0 ≤ 1,0 ASTM E595, Standard test method for total
—— perda de massa mass loss and collected volatile condensable
(%) materials from outgassing in a vacuum
environment
—— substâncias ≤ 0,1 ≤ 0,1 GOST R 50109-92, Non-metallic materials.
condensáveis Test method for mass loss and content of
(%) volatile condensable materials in a vacuum-
thermal environment
ECSS-Q-ST-70-02C, Space product
assurance. Thermal vacuum outgassing test for
the screening of space materials
 7) resistência à UV ≤ 0,005 ≤ 0,04 ECSS-Q-ST-70-06C, Space product
Variação da assurance. Particle and UV radiation testing for
absortância solar, space materials
Δαs, quando sujeitas ISO/AWI 17851a ,Space environment (natural
a: and artificial) – Space environment simulation
at material tests – General principles and
—— radiação UV ≤ 0,005 ≤ 0,04
criteria
solar (exposição
- 100 esd)
Adesão 1–2 1–2

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Característica Valores-padrão Referências


TCC-I TCC-II
 8) Resistência à ≤ 0,005 ≤ 0,10 ISO 15856, Space systems – Space
radiação environment – Simulation guidelines for
exposure of non-metallic materials
Projeto em Consulta Nacional

Variação da
absortância solar, ISO/AWI 17851a , Space environment (natural
Δαs, quando sujeitas and artificial) – Space environment simulation
a: at material tests – General principles and
—— elétrons (fluência criteria
- 5∙1016 cm−2,
energia - 40 keV)
—— prótons (fluência ≤ 0,005 ≤ 0,10
- 5∙1015 cm−2,
energia - 40 keV)
Adesão 1–2 1–2
 9) Resistência ao 1–2 1–2 ASTM E2089-00 (2006), Standard practices for
oxigênio atômico ground laboratory atomic oxygen interaction
Adesão evaluation of materials for space applications
ISO/AWI 17851a , Space environment (natural
and artificial) – Space environment simulation
at material tests – General principles and
criteria
 10) Brilho 3 ± 3 - ISO 2813, Paints and varnishes –
60° Brilho Determination of specular gloss of non-metallic
paint films at 20 degrees, 60 degrees and 85
degrees
Temperatura de 1–2 1–2
ciclagem de
(±100°C), 100 ciclos
para
(±150°C), 1 000
ciclos:
Adesão
Massa de ejeção ISO 11227, Test procedure to evaluate
spacecraft material ejecta upon hypervelocity
impact
a Em preparação.

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Bibliografia

[1]  ISO 2409:2013, Paints and varnishes – Cross-cut test


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[2]  ISO 2808:2007, Paints and varnishes – Determination of film thickness

[3]  ISO 2813:1994, Paints and varnishes – Determination of specular gloss of non-metallic paint films
at 20 degrees, 60 degrees and 85 degrees

[4]  ISO 3248:1998, Paints and varnishes – Determination of the effect of heat

[5]  ISO 4624:2002, Paints and varnishes – Pull-off test for adhesion

[6]  ISO 4618:2006, Paints and varnishes – Terms and definitions

[7]  ISO  9288:1989, Thermal insulation – Heat transfer by radiation — Physical quantities and
definitions

[8]  ISO 10795:2011, Space systems – Programme management and quality — Vocabulary

[9]  ISO  11227, Space systems – Test procedure to evaluate spacecraft material ejecta upon
hypervelocity impact

[10]  ISO  16378, Space systems – Measurements of thermo-optical properties of thermal control
materials

[11]  ABNT NBR ISO 80000-7, Grandezas e unidades  – Parte 7: Luz

[12]  JERG-2-310, “Spacecraft thermal control system”

[13]  ECSS-Q-ST-70-09C, “Space product assurance. Measurements of thermo-optical properties of


thermal control materials”

[14]  ECSS-ST-Q-70-31C ,“Space product assurance. Application of paints on space hardware”

[15]  ISO/AWI 178511, Space environment (natural and artificial) – Space environment simulation at
material tests – General principles and criteria

[16]  ISO 3668:1998, Paints and varnishes – Visual comparison of the colour of paints

[17]  ISO  1853, Conducting and dissipative rubbers, vulcanized or thermoplastic  – Measurement of
resistivity

[18]  ISO 3915, Plastics – Measurement of resistivity of conductive plastics

1 Em preparação.

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[19]  ISO 15856, Space systems – Space environment – Simulation guidelines for radiation exposure
of non-metallic materials

[20]  ABNT ISO 9001:2015, Sistemas de gestão da qualidade – Requisitos


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