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IMUNOLOGIA DOS TUMORES: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

RAMOS, A.J¹; SOUSA, J.M.C¹; SILVA, M.S¹; TEIXEIRA, D.P¹; LOPES, T.S¹; NETA,
A.M.B¹; ANDRADE, D.S¹; MORAIS, L.R.S¹; MARTINS, W.F¹; REIS, R.C².
1
DISCENTES DO CURSO DE BIOMEDICINA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
2
BIOMÉDICO PELO CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI

RESUMO

Introdução A proliferação de células normais é cuidadosamente regulada,


entretanto é capaz de ter um crescimento descontrolado, produzindo tumor ou
neoplasma gerando o que se chama de câncer. Para que o sistema imune
reaja contra um tumor, este deve ter antígenos que são reconhecidos como
estranhos. Com isso, tem-se cada vez mais interesse em estudar maneiras de
se curar cânceres já que este se tornou uma das doenças mais fatais nos
últimos tempos.Com isto o estudo tem como o objetivo analisar a imunologia
dos tumores. Metodologia: Realizou-se uma revisão bibliográfica, nos bancos
de dados: Google acadêmico, LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe
em Ciências da Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online).
Referencial Teórico: De acordo com a Teoria da Vigilância Imunológica,
células cancerígenas que aparecem no corpo são eliminadas pelo sistema
imune. Entretanto, devido à reatividade imune prejudicada, células
cancerígenas podem escapar da destruição. Tumores evadem o
reconhecimento imune por meio de vários mecanismos. Conclusões: O estudo
sobre o câncer é de grande importância, uma vez que é exacerbado o número
de mortes devido a doença. Tendo em vista, o sistema de defesa do corpo, já
se tem muitos estudos na área imunológica dos tumores, porem necessita-se
de maiores estudos e descobertas para facilitar a descoberta de um tratamento
menos invasivo ou doloroso (nos casos) ou cura do mesmo.

Palavras-chave –Imunologia; tumores; câncer.

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ABSTRACT

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Introduction: The proliferation of normal cells is carefully regulated, however it
is capable of having an uncontrolled growth, producing tumor or neoplasm
generating what is called cancer. For the immune system to react against a
tumor, it must have antigens that are recognized as foreign. With this, there is
an increasing interest in studying ways to cure cancers since this has become
one of the most fatal diseases of recent times. With this the study aims to
analyze the immunology of tumors. Methodology: A bibliographic review was
carried out in the databases: Academic Google, LILACS (Latin American and
Caribbean Literature in Health Sciences) and SCIELO (Scientific Electronic
Library Online). Theoretical Referential: According to the Theory of Immune
Surveillance, cancer cells that appear in the body are eliminated by the immune
system. However, due to impaired immune reactivity, cancer cells can escape
destruction. Tumors evade immune recognition through various mechanisms.
Conclusions: The study on cancer is of great importance, since the number of
deaths due to disease is exacerbated. In view of the body's defense system,
there are already many studies in the immunological area of tumors, but further
studies and findings are needed to facilitate the discovery of a less invasive or
painful treatment (in cases) or cure .

Keywords -Imunology; tumors; Cancer.


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INTRODUÇÃO

Segundo Calder (2014), A proliferação de células normais é


cuidadosamente regulada. Entretanto, tais células quando expostas a
carcinogênicos químicos, irradiação e certos vírus podem sofrer mutações que
levam à sua transformação em células que são capazes de crescimento
descontrolado, produzindo tumor ou neoplasma gerando o que se chama de
câncer.

Para que o sistema imune reaja contra um tumor, este deve ter antígenos
que são reconhecidos como estranhos. Várias alterações na expressão de
genes ocorrem em células durante a tumorigênese. Tumorigênese leva à
expressão de novos antígenos (neoantígenos) ou à alteração nos antígenos
existentes que são encontrados nas células normais. Esses antígenos incluem
receptores de membrana, reguladores do ciclo celular e apoptose, ou
moléculas envolvidas nas vias de transdução de sinal (KILPIVAARA, 2013).

Há 2 tipos principais de antígenos tumorais: Antígenos de transplante


tumor-específicos (TSTA) que são próprios de células tumorais e não são

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expressados em células normais. Eles são responsáveis pela rejeição do
tumor. Antígenos de transplante associados a tumor (TATA) que são expressos
pelas células tumorais e células normais. Embora tumores induzidos por
agentes químicos, UV ou por vírus expressem neoantígenos, a maioria desses
tumores é frequentemente imunogenicamente fraca ou não imunogênica. Na
maioria dos casos, TSTAs não podem ser identificados facilmente. Alguns
desses antígenos são secretados enquanto que outros são moléculas
associadas a membrana (CONTRAN, 2013).

Os tumores podem ser: benignos, se não é capaz de crescimento


infinito e o hospedeiro sobrevive. Ou maligno, se o tumor continua a crescer
infinitamente e espalha (metastatiza), eventualmente matando o hospedeiro.
Este crescimento incontrolável é devido à ativação dos oncogenes (genes
indutores de cancer) e/ou inativação de genes supressores de tumor que
normalmente inibem crescimento tumoral frequentemente pela indução de
morte. (DELVES, 2015).

Embora muitas pessoas ainda morram por causa do câncer, existem


evidências de que os tumores podem estimular respostas imunes. Com isso,
tem-se cada vez mais interesse em estudar maneiras de se curar cânceres já
que este se tornou uma das doenças mais fatais nos últimos tempos. Calcula-
se que neste ano no Brasil, onde ele já é a segunda causa de morte, existirão
337 mil novos casos da doença sendo que desses, 222 mil resultarão em óbito
(Menezes, 2014). Com isto o estudo tem como o objetivo analisar a imunologia
dos tumores.

METODOLOGIA
Realizou-se uma revisão bibliográfica, nos bancos de dados: Google
acadêmico, LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da
Saúde) e SCIELO (Scientific Electronic Library Online), seguindo a estratégia
de busca: Imunologia; tumores; câncer.

REFERÊNCIAL TEÓRICO
1. Ação imunológica contra células com tendência tumoral

Como se sabe atualmente, a fase inicial da formação de um tumor causa


um processo inflamatório na região afetada. Esse fato provoca forte reação
imunológica por meio de alguns leucócitos, com destaques aos linfócitos T CD4

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e CD8, macrófagos e células dendríticas, e células CD 45 (um antígeno celular
presentes em alguns leucócitos e que ativa continuamente os linfócitos T) que
eliminam a maioria das células com tendência tumoral no organismo
(JANEWAY, 2016).

Segundo Mirra (2014), A viabilização da célula tumoral a faz “vencedora”


após superar todos os obstáculos apresentados e, nesses casos, se impõe
num tecido formando o tumor primário fixo, algumas vezes sentido pela
apalpação, ou detectado através de diagnóstico por imagens (radiografias,
ultrassom, tomografias, etc.), ou percebido por meio de marcadores tumorais
(ex.: PSA-antígeno específico prostático, CA 15-3, calcitonina etc.).

Na fase do tumor primário, precocemente identificado, é possível a sua


remoção cirúrgica ou terapêutica (quimioterapia e radioterapia, principalmente).
Porém, em expressivo número de situações o tumor primário cresce, atrai a
vascularização para sua atividade metabólica (neoangiogênese), fato que
permite o deslocamento vascular das células cancerosas para outros tecidos,
cujo processo é conhecido por metástase. Essa fase, geralmente caracterizada
por descontroles metabólicos dos tecidos invadidos, é muitas vezes
prejudicada pela dificuldade da reação imunológica do organismo devido aos
múltiplos efeitos inflamatórios causados pelas células tumorais. Esses
focosinflamatórios enfraquecem a reação imunológica tornando o organismo
cada vez mais susceptível à invasão das células tumorais (BRAGA, 2015).

1.1 A imunologia do câncer

Como se sabe, o câncer começa com uma série de mudanças genéticas


induzidas por vários fatores: vírus, drogas, radiações, etc, que atacam um ou
mais grupos de células, tornando-as com excessiva capacidade de reprodução
e, assim, invadem tecidos vizinhos, onde tem início a malignidade. Um exemplo
da biologia do câncer por indução viral (HTLV-1)ocorre na leucemia e linfoma
das células T do adulto. Eventualmente alguns tumores celulares podem se
deslizar da matriz ou local de origem e dar início a novos tumores celulares em
outros tecidos distantes causando a sua propagação na metástase (PARKIN,
2014).

Um estudo realizado por komiyama (2013), relata que embora exista


uma ampla evidência de uma reatividade imune anti-tumoral em humanos,

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evidência de imunidade contra malignidades provêm mais comumente de
estudos experimentais com animais. Neles, ratos foram imunizados pela
administração de células tumorais irradiadas ou após remoção de um tumor
primário sensibilizado com o mesmo tumor vivo. Esses animais foram
considerados resistentes à sensibilização com o mesmo tumor vivo. Enquanto
anticorpos se desenvolvem contra alguns canceres, imunidade mediada por
células tem papel importante na rejeição de tumores. Assim, imunidade pode
ser transferida, na maioria dos casos, de um animal no qual um tumor regridiu,
a recipientes não sensibilizados singeneicos pela administração de linfócitos T.
As células T auxiliares (Th) reconhecem os antígenos tumorais que se
destacam de tumores e foram internalizadas, processadas e apresentadas em
associação com MHC classe II em células apresentadoras de antígenos. Essas
células Th, quando ativadas, irão produzir citocinas. Assim, células Th auxiliam
as células B na produção de anticorpos. Citocinas tais como IFN-gama também
ativam macrófagos para se tornarem tumoricidas. Além disso, as células Th
também provêm auxílio a células T citotóxicas tumor-específicas (CTLs) pela
indução de sua proliferação e diferenciação. As CTLs reconhecem antígenos
de tumores no contexto do MHC classe I e mediam a lise da célula tumoral. Em
tumores que exibem diminuição de antígenos MHC, células assassinas
naturais (NK) são importantes na mediação da rejeição tumoral.

O ponto de vista de compreender o câncer implica que a erradicação até


a última célula cancerosa se torna necessária.Um outro fato importante na
imunologia dos tumores se refere ao TNF (Fator de necrose tumoral),
descoberto no final da década de 90, em que esta citocina quando
administrada diretamente no tumor induzia a morte das células cancerosas.
Entretanto, pesquisas recentes demonstraram que quando a presença do TNF
se torna crônica no tumor, sua ação se desenvolve ao contrário do que poderia
se prever. A explicação é de que o gene produtor do TNF se desliga e dessa
forma não se produz mais TNF e por essa razão o tumor não se contrai ou
retrai. Essas pesquisas foram realizadas em camundongos. Recentemente o
TNF tem sido relacionado como um sinalizador de processos proinflamatórios
com tendência pré-maligna (GILMAN, 2016).

2. Escape da vigilância imunológica

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De acôrdo com a Teoria da Vigilância Imunológica, células cancerígenas
que aparecem no corpo são eliminadas pelo sistema imune. Entretanto, devido
à reatividade imune prejudicada, células cancerígenas podem escapar da
destruição. Tumores evadem o reconhecimento imune por meio de vários
mecanismos. Tumores podem não expressar neo-antígenos que são
imunogênicos ou eles falham na expressão de moléculas co-estimulatórias
necessárias para a ativação das células T. Além disso, certos tumores são
conhecidos como ausentes ou pobremente expressarem antígenos de MHC
(LOPES, 2013).

Uma outra razão para a falha da vigilância imune pode ser o fato de que
no início do desenvolvimento de um tumor, a quantidade de um antígeno pode
ser muito pequena para estimular o sistema imune (tolerância a baixa dose) ou,
devido à rápida proliferação de células malignas (tolerância a alta dose), o
sistema imune é rapidamente sobrecarregado. Além disso, alguns tumores
evadem o sistema imune ao secretarem moléculas imunossupressoras e outros
induzem células T regulatórias, particularmente as células CD4+CD25+
FoxP3+ . Também, alguns tumores podem destacar seus antígenos que por
sua vez interagem e bloqueiam anticorpos e células T impedindo-as de
reagirem com as células tumorais (Hynea, 2015).

2.1 Imunodiagnóstico

Segundo Lynch (2015), São múltiplas as finalidades dos exames


complementares na área da oncologia. A solicitação destes exames visa a
avaliar o tumor primário, as funções orgânicas, a ocorrência simultânea de
outras doenças e a extensão da doença neoplásica (estadiamento). Além
disso, os exames complementares são indicados para detecção de recidivas,
controle da terapêutica e rastreamento em grupos de risco. Os exames
utilizados para diagnosticar e estadiar o câncer são, na maioria, os mesmos
usados no diagnóstico de outras doenças. Assim é que os exames
laboratoriais, de registros gráficos, endoscópicos e radiológicos, inclusive os
ultra-sonográficos e de medicina nuclear, constituem meios pelos quais se
obtêm a avaliação anatômica e funcional do paciente, a avaliação do tumor
primário e suas complicações loco-regionais e à distância.

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Dentro dos exames laboratoriais incluem os de imunodiagnóstico. Onde
anticorpos monoclonais marcados com radioisótopos têm sido usados na
detecção in vivo de focos tumorais relativamente pequenos. Anticorpos têm
sido também usados in vitro para identificar a origem da célula de tumores
indiferenciados, particularmente de origem linfocítica. Também, coloração
imunohistológica é usada para confirmar supostos focos metastáticos,
especialmente na medula óssea (Egeblad, 2012).

CONCLUSÕES
O estudo sobre o câncer é de grande importância, uma vez que é
exacerbado o número de mortes devido a doença. Tendo em vista, o sistema
de defesa do corpo, já se tem muitos estudos na área imunológica dos
tumores, porem necessita-se de maiores estudos e descobertas para facilitar a
descoberta de um tratamento menos invasivo ou doloroso (nos casos) ou cura
do mesmo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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