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A Estrela Sirius

Sirius, uma das mais maravilhosas estrelas de nosso firmamento, possui sua
aparente grande magnitude por causa do simples fato de que ela está a somente
8,7 anos luz da Terra. Ela emite 23 vezes mais luz do que o Sol e é 1,8 vezes
maior do que ele.

Comparada com outras estrelas como Rigel ou Beltegeuse, (da constelação de


Órion) Sirius, no entanto, é relativamente pequena.

Porém a história desta luminosa estrela é bastante singular. No antigo Egito,


a estrela Sirius era alvo de uma particular veneração e era representada pela
Deusa Sothis, ou Isis Sotis, e pelo Deus Hermes Thot. Seu aparecimento no céu
coincidia com o momento da cheia do rio Nilo (aproximadamente 3.000 anos
a.C.), no auge do verão, cheia que vinha trazer prosperidade e fertilidade às
terras inundadas. Na realidade esta cheia coincide com o auge do verão no
hemisfério norte e até hoje, quando um dia está demasiadamente quente, é
usada a expressão "Está um calor de cão". Na antiga Roma, cachorros eram
sacrificados em nome dela. O nome "canicula" para indicar um período de
grande calor também tem esta derivação.

Sirius faz parte da Constelação de Canis Major (O Grande Cão) e faz par com a
Constelação de Canis Minor (O Pequeno Cão). Os dois cães pertencem e servem o
caçador celeste Órion.

Os astrônomos nos tempo antigos (1.500 a.C.) descreviam Sirius como sendo de
luz avermelhada, uma luz mais vermelha do que aquela do planeta Marte.
Atualmente a sua luz é absolutamente branca, como pode ser observado a olho
nu no hemisfério Norte ao se olhar o céu num determinado período do ano.

Como pode uma estrela mudar a sua cor num período de somente 1500 anos? Esta
questão não encontrou uma resposta convincente até agora. O estudo das
estrelas fixas é ainda uma grande charada para os astrônomos. Pois, apesar
das estrelas passarem indubitavelmente através de diferente estágios, as
mudanças de cor claramente visíveis de vermelho para branco, segundo as
teorias recentes, precisam de centenas de milhares de anos para serem
efetuadas, e não somente 01 milênio e meio.

Talvez a mudança misteriosa da cor de Sirius tenha algo a ver com a estrela
companheira de Sirius, já que ela é uma estrela binária. No início de 1844 o
astrônomo alemão Friederich Bessel notou que Sirius não se movia no céu de
uma forma reta, como as outras estrelas fixas, mas sim seguia um caminho
serpenteado. Bessel concluiu que Sirius teria uma companheira invisível cujos
efeitos gravitacionais provocavam este comportamento. Foi somente em 1862 que
esta companheira chamada de Sirius B, foi realmente descoberta através de um
telescópio e apareceu como um pequeno ponto de luz perto da luminosa Sirius
A.

Na realidade, a descoberta desta segunda estrela, chamada também de Pup Star,


apresenta um quebra cabeça para os astrônomos. Com base nos movimentos destas
estrelas binárias, eles calcularam que Sirius A deveria ser 2,36 vezes e
Sirius B 0,98 mais pesadas do que o Sol. No entanto, como a luz de Sirius B
aparecia muito mais fraca que sua irmã maior (apesar de sua superfície ser
extremamente quente), ela deveria ser muito menor, isto é, ela teria somente
aproximadamente 18.000 milhas (30.000 km) ou aproximadamente duas vezes o
diâmetro da Terra. Esta grande quantidade de matéria concentrada num espaço
tão pequeno significa que a sua densidade seria muito maior do que se pudesse
imaginar. Um centímetro cúbico de matéria feita com Sirius B pesaria mais de
150 Kg! Por isto Sirius B se tornou o primeiro exemplo de um novo tipo de
estrela que seria mais tarde descoberta: as estrelas anãs brancas.
As características das anãs brancas são: tamanho extremamente pequeno (a
menor conhecida até agora tem somente a metade do tamanho de nossa Lua), a
temperatura de superfície extremamente alta, e a incrível concentração da
matéria do que são compostas.

Sirius é a primeira estrela conhecida com absoluta certeza pelos hieróglifos


egípcios, (e às vezes representada por um cão), e aparece nos monumentos e
templos ao longo do Rio Nilo. Entre estes existem os Templos da Deusa Hathor,
ou Isis Hator, que eram erguidos com orientação para a estrela Sirius. Os
Egípcios acreditavam que Sirius detinha o destino de nosso planeta. É para lá
que iam as almas dos Faraós e sacerdotes após a morte para "receberem
instruções" e ganhar conhecimento. Alguns historiadores pensam que a partir
desta estrela chegaram ao Egito os Deuses que ensinaram toda a sua sabedoria
a este povo da antiguidade.

Uma antiga representação egípcia mostra a deusa Isis com a estrela


Sirius, sobre sua cabeça e segurando o cetro wadj e o ank (da dilatação e da
espiritualidade da vida), precedida por Órion, que segura o cetro uas (do
fluxo da seiva), enquanto olha para trás, para Isis, e apresenta a vida com a
sua mão esquerda. Atrás de Isis estão representados Júpiter, Saturno e Marte.
Todos estão numa barca que desce o rio Nilo, na direção do Oriente para o
Ocidente.

O que aparece na figura, é que Isis retira o seu poder de Sirius (que está
representada ao lado de outra pequena estrela, indicando que os Egípcios
sabiam que esta estrela tinha uma companheira menor!) e que ela a transmite a
Órion que por sua vez o transmite aos "filhos do Sol".

Sirius era também atribuída ao Deus Thoth, ou Hermes do Egípcio ou Mercúrio


dos Romanos. Mas eu acredito que Mercúrio ou Hermes era simplesmente a
"oitava inferior" do Deus Thoth, o Três Vezes Grande Hermes Trismegisto dos
Egípcios, que sim seria representado pelo planeta Urano, que rege, entre
outras coisas, a Astrologia.

Segundo os teólogos de Hermopolis, Thoth, ou Tehuti como o chamavam os


antigos Egípcios, era o verdadeiro Demiurgo universal, o Íbis divino que
chocou o ovo da humanidade na Hermopolis Magna. Este trabalho de criação foi
fruto somente do "som de sua voz" (lembra o versículo da Bíblia: Em princípio
era o verbo...). Os livros das pirâmides referem-se a ele como o filho mais
velho de Rá, filho de Geb e Nut, ou irmão de Isis, apesar de que outros
textos o descrevem como vizir de Osíris e de sua familia, e escriba do Faraó.
Tehuti, ou Hermes curou o filho de Osíris, Hórus, somente com o seu sagrado
alento, e era detentor de um conhecimento universal. Ele ensinava as
ciências, a aritmética, a geometria, a música, a astronomia, as artes
mágicas, a medicina, a cirurgia, etc., e nós encontramos tudo isto descrito e
documentado nos monumentos e textos que chegaram até nós. Ele era venerado
pelos Egípcios como um Deus autogerado e autoproduzido, isto é: ele era UM.
Ele efetuou os cálculos concernentes o estabelecimento do céu, das estrelas e
da terra e ele era o coração de Rá (o Sol no Zenit) e seu mestre, seja no
conceito físico que moral. Ele tinha o dom da "divina palavra".

Os escritores clássicos se referem a Thoth como sendo um estrangeiro que


chegou ao Egito durante a Era Zodiacal de Câncer. Isto sugere que ele tenha
sido um antepassado da família de Osíris e pode ter sido o primeiro habitante
de Atlântida a trazer seu conhecimento ao Egito.

Hermes, o Três Vezes Grande, é considerado o patrono da Astrologia e os seus


Princípios Herméticos, contidos nas Tábuas de Esmeraldas, e descritos no
livro "O Caibalion" são a base de toda a interpretação astrológica séria.

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