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ELEMENTOS

INDIVIDUALIZADORES DA ESCRITA

1) MORFOLOGIA

O conteúdo e estilo das escritas questionada e padrão devem ser o mesmo

para a análise. Caso contrário, há incompatibilidade gráfica.


2) NATUREZA

Distinção entre assinaturas, rubricas ou texto.

- Firmas (legíveis e ilegíveis)

• Assinaturas – Usadas para autenticar documentos;

• Rubricas – É uma assinatura abreviada, resumida, usada para

manifestar conhecimento de uma informação contida no

documento;

• Chancelas mecânicas – Símbolo impresso, usado para autenticação.

- Escritos de contexto (preenchimento)

Apenas carregam informações. Não tem o propósito de autenticar

documentos.


3) ALÓGRAFOS

É a variação de cada grafema (letra) na escrita, podendo ser dos tipos

cursivo ou de impressa ou mesmo consistir em variantes peculiares.


4) MÉTODO DE CONSTRUÇÃO (gênese gráfica ou grafocinética)

É o sentido dos traços feitos com a caneta.


5) ANDAMENTO GRÁFICO

Verifica-se o comportamento da escrita em relação as pausas procedidas,


determinadas pelos levantamentos do instrumentos escritor.
Uma palavra nem sempre é escrita em um único momento, com letras
ligadas umas as outras. Geralmente, é escrita em duas, três ou mais retiradas do
instrumento.
O conjunto dos caracteres, lançados sem levantamentos é chamado
MOMENTO GRÁFICO.
Um mesmo vocábulo pode ser escrito em número diferentes de
momentos. O andamento é a verificação e estudo destes momentos.

6) CONEXÕES

É o modo como as letras são ligadas umas nas outras em uma palavra.

7) ATAQUES E ARREMATES

Ataques são os pontos onde a caneta inicia a escrita. Arremates são os


pontos onde a caneta desconecta do papel.

8) DIACRÍTICOS E PONTUAÇÃO

É possível analisar o formato, a posição e o sentido de formação dos


acentos e sinais de pontuação.

9) ESPAÇAMENTOS

Existem quatro tipos de espaçamento:

I) Interlineares – distância entre as linhas de um contexto (papel sem

pauta);

II) Intervocabulares – distância entre as palavras;

III) Interliterais – distância entre as letras;

IV) Intergramáticos – distância entre os traços.


10) ALINHAMENTO GRÁFICO

Observa-se o posicionamento da escrita em relação à linha. Em regra, as


palavras obedecem às pautas impressas ou imaginárias. Alguns hábitos
particulares podem aparecer.

11) POSICIONAMENTO

É a análise do posicionamento da palavra em um campo gráfico.


Algumas pessoas mostram características particulares na maneira de
dispor as palavras em entradas de parágrafos, separações de períodos , ao iniciar
uma assinatura. Há quem inicie juntamente com o início da linha; com
espaçamento; outras mais centralizadas e também próximo a margem direita.

12) INCLINAÇÃO
A escrita pode ser vertical, inclinada para a esquerda e mais
frequentemente inclinada para a direita.
A vertical é ensinada na escola. A inclinada para a direita decorre da
acomodação do papel, para rapidez nos lançamentos. É chamada normal. Já a
inclinação para a esquerda é menos comum e encontrada, com mais frequência,
na escrita do canhoto.

INCLINAÇÃO AXIAL

Cada letra tem sua inclinação própria. É a direção do traço. Podemos


lançar linhas retas, acompanhando a direção de cada um dos traços, são
chamados eixos gramáticos, que no conjunto, nos dão a inclinação axial.

13) CALÍBRES E PROPORÇÕES

O calibre diz respeito à altura das letras minúsculas não passantes.


Existem letras de grande calibre, médio ou pequeno.
Os tamanhos das letras, quando consideradas umas com as outras,
revelam as relações de proporcionalidade.

14) VALORES ANGULARES E CURVILÍNEOS

A escrita realiza-se em curvas ou ângulos, que podem ser assinalados e


medidos. Em algumas pessoas, predominam as formações curvilíneas; em outras,
as angulares; e há também as pessoas que adotam um estilo misto.

15) LINHAS LIMITANTES VERBAIS

São pequenas linhas que delimitam as bases e topos das letras. Nas bases,
estão as limitantes verbais inferiores; nos topos, as superiores.
Com a marcação das limitantes, hábitos gráficos podem transparecer.
Revela-se a proporcionalidade das minúsculas, uma em confronto com a outra. A
ampliação ou redução de calibragem de determinadas letras se manifestam no
afastamento ou na aproximação das limitantes superiores e inferiores. Também
transparece a situação das letras, relativamente às linhas de pauta ou de base,
quando estas forem adequadamente assinaladas.

16) VELOCIDADE

Os traços desenvolvem-se com maior ou menos rapidez. Verificamos a


velocidade com que a caneta deslizou sobre o suporte para produzir os traçados.
As escritas velozes apresentam: simplificações na estrutura das letras;
estruturas arredondadas; traçado sem tremores e hesitações; grandes arcos ou
laçadas; ligações entre letras; direcionamentos dos arremates; arremates
evanescentes ou em arpão; diacríticos deslocados para a direita ou ausentes;
pequena pressão.
Enquanto as escritas mais lentas apresentam: letras e estruturas com
detalhes; estruturas angulosas; traçado com tremores e hesitações; estruturas de
pequeno calibre; ausência de ligações em letras; arremates não direcionados;
arremates normais ou em ponto de repouso; diacríticos sempre presentes e
corretamente posicionados; grande pressão.

17) PRESSÃO

Pressão é a força exercida para que a tinta da caneta seja transferida para
o papel.
A pressão da caneta produz três efeitos no papel:
1) Afundamento da superfície (sulcos);
2) Alargamento do traço produzido;
3) Aumento na intensidade do entitamento.

Pessoas mais adaptadas ao ato de escrever costumam usar uma pressão
moderada no instrumento escritos, geralmente com alternâncias entre regiões
de pressão baixa e média; pessoas pouco habituadas a escrever normalmente
aplicam uma pressão mais alta, quase sem variações.

18) DINAMISMO

É o estudo concomitante das forças: pressão e velocidade. O dinamismo


mostra o equilíbrio entre estas duas forças. Observamos o dinamismo na escrita
com há ausência de tremores e sinais de hesitação (traços firmes); pressão global
baixa; variações na pressão e alta velocidade.

19) RITMO GRÁFICO
A sequência de movimentos dos músculos do braço resulta no ritmo
gráfico, que pode ser harmônico ou intercortado.
O ritmo gráfico consiste na cadência dos movimentos, compreendendo as
formações harmoniosas ou contrafeitas. Existem escritas de ritmos fraco, médio
e forte.

20) GRAU DE HABILIDADE DO ESCRITOS

A escrita realizada automaticamente, apresentando espontaneidade,


velocidade é considerada superior.
Já uma escrita desenhada, altamente caligráfica, constituiu, ao contrário,
prova de inferioridade grafoscópica. Demonstrando que o punho do escrevente
será capaz de desenhar, com careza e elegância, as formas das letras, mas faltará
a velocidade.
Pode-se excluir a autoria de uma determinada pessoas , quando se prova
que um determinado escritor não possui habilidade suficiente para reproduzir
uma determinada escrita.

21) VARIABILIDADE

É o grau de variabilidade na escrita de um escritor. Existem escritores


constantes em seus hábitos gráficos, enquanto outros apresentam variações.


Resumo feito por Renata Macedo Pereira
Turma: Perícia Judicial com ênfase em Documentoscopia - RJ

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