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APOSTILA S
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ELETRÔNICA BÁSICA
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Curso de Eletrônica
Todos os direitos reservados - Lei nº 9.610 de 19/02/98
Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio, principalmente por sistemas gráficos, reprográficos,
fotográficos, etc., bem como a memorização e/ou recuperação total ou parcial, ou inclusão deste trabalho em qualquer
sistema ou arquivo de processamento de dados, sem prévia autorização escrita da TOP Treinamentos. Os infratores
estão sujeitos às penalidades da lei, respondendo solidariamente as empresas responsáveis.
* Resistencia Elétrica
*Resistores
S
* Tipos
TO
EN
* Valores e Tolerâncias
AM
* Código de Cores
N
EI
* Exercício para memorização
TR
LIÇÃO 2: RESISTORES VARIÁVEIS
P
O
* Potenciômetros
-T
* Trimpots
S
O
D
* Associação em Série
EI
IR
* Associação em Paralelo
-D
* Associação Mista
A
ID
*PTC
*NTC
LIÇÃO 5: CAPACITORES
* O Capacitor
* Tipos de Capacitores
* Capacitância
* Códigos de Capacitores
S
TO
* Exercício para memorização
EN
LIÇÃO 6: ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES
AM
N
* Associação em Série
EI
TR
* Associação em Paralelo
P
* Associação Mista
O
-T
* Exercício para memorização
S
O
LIÇÃO 7 : CAPACITORES VARIÁVEIS
D
VA
* Trimmers e Padders
ES
R
* Coeficiente de Temperatura
O
PR
* Tipos
* Polaridade
* Eletrolíticos de Tântalo
S
TO
* Uso destes Capacitores
EN
* Valores destes capacitores
AM
N
* Exercício para memorização
EI
TR
LIÇÃO 10: INDUTORES
P
* Indutância
O
-T
* Indutores
S
O
- Núcleos
D
VA
- Fios Esmaltados
ER
* Associação em Paralelo
A
ID
* Associação em Série
IB
* Associação Mista
O
PR
* Contínua
* Alternada
- Formas de Onda
S
TO
* Exercício para memorização
EN
LIÇÃO 13: TRANSFORMADORES
AM
N
* Indução
EI
TR
* O Transformador
P
* Tipos de Transformadores
O
-T
* Cálculo de Transformadores
S
O
* Exercício para memorização
D
VA
* Funcionamento
ES
R
* Características
S
TO
* Caixas de Redução
EI
* Motores de Passo
IR
-D
* Magnetização
A
PI
* Linhas de Força
Ó
C
* Indução Eletromagnética
* Fluxo Magnético
S
TO
* Lei de Lenz
EN
* Efeito Motor da Indução Magnética
AM
N
* exercício para memorização
EI
TR
LIÇÃO 17: CORRENTE ALTERNADA E SINAIS
P
* Corrente alternada senoidal
O
-T
* Outras Formas de Onda
S
O
- Corrente Contínua Pulsante
D
VA
* Valores de Pico
A
ID
* Frequência e Período
O
PR
LIÇÃO 01 – RESISTORES
Introdução
Diversos tipos de componentes eletrônicos básicos são encontrados em
equipamentos de uso tanto doméstico como industrial e automotivo. Dentre
S
esses componentes, o resistor é um dos que aparece com mais frequência na
TO
maioria dos equipamentos.
EN
Em nosso estudo da eletrônica, vamos justamente começar falando deste
componente.
AM
Além de aprender como o resistor funciona, você vai saber como trabalhar com
N
ele.
EI
Os resistores podem ser encontrados numa grande quantidade de formatos e
TR
tamanhos, e possuem diversas funções nos circuitos. Por serem assim, tão
versáteis e tão presentes, é necessário que você saiba o máximo possível sobre
P
eles.
O
-T
Esta lição tem por objetivo fornecer a você informações sobre os seguintes
assuntos: S
O
D
• Resistência elétrica
VA
• Funcionamento do resistor.
ER
• Tipos de resistores.
• Como ler os valores dos resistores.
ES
1. Resistência Elétrica
Quando uma corrente atravessa um fio metálico, temos a produção de calor, que
resulta da conversão da energia gasta pelas cargas para vencer a oposição do
condutor metálico.
Isso ocorre porque, da mesma forma que não existe um isolante perfeito,
também não existe um condutor perfeito. Mesmo o melhor metal, ou qualquer
outro meio sólido, líquido ou gasoso, não permite que as cargas o atravessem
S
sem lhes apresentar uma certa oposição, denominada resistência elétrica.
TO
Essa característica dos materiais pode ter muitas aplicações práticas. Podemos,
por exemplo, usar um dispositivo que tenha uma certa resistência elétrica para
EN
reduzir propositalmente a intensidade da corrente num circuito, até que ela
AM
atinja um valor desejado. Essa é uma das funções dos resistores.
N
2. Resistores
EI
TR
Os resistores podem ser definidos como componentes cuja finalidade é
P
apresentar uma certa resistência elétrica. Veja a seguir os símbolos adotados
O
para representá-los:
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
também o mais adotado em nosso país. Em 1.b temos o símbolo adotado nos
TO
seu desempenho, assim como na quantidade de calor que eles transferem para
Ó
o ambiente.
C
S
TO
EN
AM
N
EI
Resistores de Carbono Resistores de Fio Resistores SMD
TR
Carvão ou carbono (PTH e SMD)
P
O
-T
Os resistores de carbono são os mais comuns de todos. São fabricados
depositando-se uma película de carbono num pequeno tubo de porcelana ou
S
pastilha SMD. A espessura e as raias dessa película determinam a resistência
O
que o componente vai apresentar. O tamanho desses resistores depende da
D
VA
quantidade de calor que eles podem dissipar, mas em geral são resistores de
pequena ou baixa potência, podendo ser encontrados com dissipações de 1/8 W
ER
(0,125) a 2 W.
ES
acaba gerando ruídos no circuito. Isso impede, por exemplo, a utilização desse
S
intensas, devendo, para isso, dissipar uma grande quantidade de calor. Esses
PI
S
TO
estoque de trabalho, precisaríamos de um gaveteiro com igual número de
gavetas. Como fazer então?
EN
Ocorre que, na prática. não precisamos ter valores precisos de resistores para a
AM
maioria das aplicações. Assim, quando se projeta um equipamento eletrônico,
leva-se em conta certa tolerância de valores para os componentes usados.
N
Uma faixa comum de tolerância é 10%. Isso significa que, se calcularmos um
EI
valor de 100 ohms para uma aplicação, o aparelho vai funcionar normalmente se
TR
usarmos qualquer valor de resistência entre 90 e 110 ohms (10% para mais ou
para menos). Como conseqüência, em vez de precisarmos fabricar todos os
P
valores de resistores entre 90 e 110 ohms, é suficiente que tenhamos o valor de
O
-T
100 ohms, que vai cobrir esta faixa; em seguida teremos o de 120 ohms, que vai
cobrir a faixa logo acima, e assim por diante veja figura abaixo:
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
casos, de até 20%. Isso nos possibilita trabalhar com poucos valores
O
10 12 15 18 22 27 33 39 47 56 68 82
Observe que a série é chamada E12 pois usa 12 valores básicos. Multiplicando-
os ou dividindo-os por 10, 100, 1.000, etc., obtemos os outros valores possíveis.
Nesta série, com 10% de tolerância, temos portanto valores como 470 ohms,
2.200 ohms, 56.000 ohms, 1,2 ohm, 330.000 ohms, etc. Evidentemente não
teremos valores como 38 ohms, 245 ohms, 24.000 ohms, pois não fazem parte da
série.
10 15 22 33 47 68
Para a série E24 (5% de tolerância) os valores são:
10 11 12 13 15 16 18 20 22 24 27 30 33 36 39 43 47 51 56 62 68 75 82 91 0
S
TO
Obs.: para as séries E6 e E24, é válido o mesmo processo de multiplicação e
EN
divisão por 10, 100 e 1000.
AM
2.3 Código de Cores
N
EI
Nos resistores de grandes dimensões, como os resistores de fio, existe bastante
TR
espaço para especificar o valor, dissipação e demais informações que sejam
importantes para o usuário. No entanto, nos resistores pequenos esse espaço
P
não existe, o que acarreta dificuldades para fabricantes e usuários.
O
Uma forma de se especificar os valores dos resistores (e de outros
-T
componentes pequenos) é por meio de pintas, anéis ou faixas coloridas. Essas
S
faixas podem ser pintadas automaticamente durante a fabricação, num processo
O
muito mais simples que o da escrita de cada detalhe do componente. Adota-se
D
S
TO
47 × 100 = 4.700
O valor será 4.700 ohms ou 4.7 k.
EN
AM
Se tivermos três faixas, a tolerância será 20%; se tivermos quatro faixas, a
quarta determina tolerância conforme a tabela.
N
EI
b) Cinco faixas: as três primeiras determinam os três dígitos do valor.
TR
Ex.: marrom, verde, violeta = 157.
P
A quarta faixa é o multiplicador.
O
-T
Exemplo: vermelho (× 100) 157 × 100 = 15.700
O resistor será de 15.700 ohms, ou 15,7 k. S
A quinta faixa determina a tolerância, conforme a tabela.
O
D
VA
Veja mais:
ER
que vimos nesta lição. Enumeramos a seguir algumas das perguntas mais
frequentes sobre o assunto e suas respectivas respostas.
R
S
( ) a) 10 ohms
( ) b) 470 ohms
S
( ) c) 220.000 ohms
TO
( ) d) 3.700 ohms
EN
2 - Como são chamados os resistores destinados à dissipação de potência
AM
elevada, feitos de um fio metálico de nicromo enrolado sobre uma base de
porcelana?
N
EI
TR
( ) a) Resistores fixos.
( ) b) Resistores de carbono.
P
( ) c) Resistores de filme metálico.
O
( ) d) Resistores de fio.
-T
3 - Se precisarmos de um resistor de 123 ohms da série de 10% de tolerância,
S
O
qual será o valor comercial mais próximo recomendado?
D
VA
( ) a) 130 ohms
ER
( ) b) 120 ohms
( ) c) 100 ohms
ES
( ) d) 123 ohms
R
( ) a) de alta potência.
-D
( ) b) de baixa potência.
( ) c) de baixo nível de ruído.
A
( ) d) de alta precisão.
ID
IB
resistor que tem, na ordem de leitura, faixas com as cores amarelo, violeta,
PR
vermelho?
A
PI
( ) a) 472 ohms
Ó
( ) b) 470 ohms
C
Na lição anterior estudamos os resistores fixos, ou seja, aqueles que são fabricados
S
com um único e definitivo valor e que são os mais comuns em equipamentos
TO
eletrônicos. Nesta lição iremos estudar os resistores variáveis, cujo valor de
resistência pode ser alterado conforme a necessidade de aplicação.
EN
Os resistores variáveis são empregados em muitos equipamentos, como, por exemplo,
AM
nos controles de volume dos aparelhos de som, equalizadores, em dimmers de
máquinas industriais e em muitos outros equipamentos.
N
Também são usados em ajustes internos de equipamentos de diversos tipos.
EI
Para o profissional da eletrônica será importante conhecer o funcionamento desses
TR
resistores, assim como os diversos tipos em que se apresentam, pois eles certamente
P
aparecerão no seu trabalho muitas vezes.
O
-T
O objetivo desta lição é tratar dos seguintes assuntos:
S
O
• O que são e como funcionam os resistores variáveis.
D
• Potenciômetros.
• Trimpots.
ER
• Curvas de variação.
ES
• Valores comerciais.
• Como a resistência varia conforme o tipo do resistor.
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Resistores Variáveis
Nos circuitos eletrônicos em geral, existem aplicações em que é preciso alterar o valor
do resistor de modo a ajustá-lo ao funcionamento de um equipamento, ou mesmo
mudar o comportamento do aparelho durante a operação. É o que acontece quando
desejamos alterar o volume ou o tom da reprodução do som de um rádio ou
amplificador. Para essas aplicações, existem os resistores variáveis.
Dentre os diversos tipos de resistores variáveis, os mais comuns são os
S
potenciômetros e os trimpots.
TO
1.1 Potenciômetros
EN
AM
Os potenciômetros são resistores variáveis que nos permitem atuar sobre um
elemento de controle e mudar sua resistência a qualquer momento. São usados como
N
EI
controles em diversos equipamentos, normalmente instalados em seus painéis. É o
TR
caso dos potenciômetros de controle de volume e tom de rádios e amplificadores.
Os potenciômetros são representados pelos seguintes símbolos:
P
O
-T
S
O
D
VA
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
Em alguns casos os potenciômetros podem ser duplos ou mesmo incorporar outros
elementos de controle de um circuito, como, por exemplo, uma chave que liga e
S
desliga veja figura:
O
D
VA
ER
ES
R
1.2 Trimpots
S
TO
Esse tipo de resistor variável é usado na parte interna dos equipamentos, tendo a
EI
função de possibilitar ajustes. Normalmente, uma vez ajustados para apresentar uma
IR
determinada resistência, os trimpots não são mais tocados, a não ser quando
necessário.
-D
Na figura abaixo vemos os aspectos mais comuns desses componentes, assim como
A
seu símbolo.
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
Nele, o cursor desliza quando é girado um parafuso. Para que o cursor vá de uma
extremidade a outra do elemento de resistência, é preciso dar muitas voltas no
parafuso. Isso permite um ajuste preciso da resistência apresentada pelo componente,
o que o torna ideal para as aplicações mais críticas.
Tanto os potenciômetros como os Trimpots são encontrados em faixas de valores que
vão de poucos ohms até mais de 4,7 Mohms.
S
TO
A utilidade dos resistores variáveis, principalmente potenciômetros, não se limita à
variação do valor e da capacidade de dissipar mais ou menos calor. Existem
EN
aplicações em que precisamos variar de maneira constante e uniforme a resistência
AM
apresentada pelo componente num circuito; outras ainda esperam de um componente
um comportamento não uniforme. Isso nos leva a dois grupos de potenciômetros, que
N
se diferenciam segundo o modo de variação da sua resistência.
EI
TR
2.1 Potenciômetros Lineares ou Lin
P
O
Os potenciômetros lineares são aqueles cuja resistência varia em proporção direta
-T
com o movimento de seu cursor; ou seja, em proporção direta com o ângulo de giro
S
nos potenciômetros rotativos, ou com o deslocamento do cursor nos potenciômetros
O
deslizantes. A “curva” de variação da resistência desses potenciômetros é uma reta,
D
O ouvido humano não tem uma característica linear de sensibilidade. Ele é mais
O
PR
sensível aos sons fracos e diminui a sensibilidade para os sons mais fortes, como se
houvesse um “controle de ganho” evitando que nossos tímpanos sejam feridos.
A
abaixo.
Ó
C
S
resistência no início do movimento do cursor e mais acentuada no centro.
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
Obs.: os potenciômetros lin e log podem ser tanto rotativos como deslizantes. Além
VA
desses dois tipos, são encontráveis potenciômetros com curvas as mais diversas,
ER
S
TO
EN
AM
N
EI
( ) a) Um resistor fixo de carbono.
( ) b) Um resistor de fio.
TR
( ) c) Um potenciômetro de fio.
P
( ) d) Um trimpot.
O
-T
2 - Os potenciômetros que são construídos depositando-se uma película de carbono
sobre uma base na qual corre um cursor e que são destinados a trabalhar com
S
O
correntes fracas são denominados:
D
VA
( ) a) potenciômetros fixos.
( ) b) potenciômetros de carbono.
ER
( ) c) potenciômetros multivoltas.
ES
( ) d) potenciômetros de fio.
R
material de que são feitos ou com a tecnologia usada na sua fabricação. De acordo
com o que vimos, os potenciômetros multivoltas são resistores:
EI
IR
( ) a) de alta potência.
( ) b) de baixa potência.
A
PI
( ) d) de alta precisão.
C
S
emprego desses componentes vai além do seu uso isolado, pois eles podem também
TO
ser ligados em conjunto, ou associados, de modo a combinar seus efeitos.
EN
O conhecimento sobre associação de resistores tem duas utilidades práticas: a
primeira está em saber associar resistores de forma a obter um valor de resistência
AM
que não exista na série comercial, ou que esteja em falta na ocasião; a segunda
N
consiste em saber prever os efeitos de um conjunto de resistores num circuito,
EI
conhecimento este de grande utilidade pois, conforme dissemos, os resistores estão
TR
presentes em grande quantidade em todos os equipamentos.
P
Nesta lição você irá aprender sobre:
O
-T
• como os resistores podem ser associados;
S
• como calcular a resistência da associação em série;
O
• como calcular a resistência da associação em paralelo;
D
1. Associações de Resistores
S
forma como eles são ligados. Aprenderemos então nesta lição os tipos de associações
TO
de resistores e quais os seus efeitos.
EN
1.1 Associação em Série
AM
Quando dois ou mais resistores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
N
EI
dizemos que eles estão associados ou ligados em série.
TR
P
O
-T
S
Este conjunto de resistores, de R1 a Rn, se comporta como um único resistor que tem
O
resistência R, cujo valor é a soma das resistências associadas:
D
VA
R = R1 + R2 + R3 + ....... + Rn
ER
ES
2. O resistor de maior valor fica submetido à maior tensão, conforme mostra a figura.
-D
Quando dois ou mais resistores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
dizemos que eles estão associados em paralelo.
S
TO
EN
AM
N
Este conjunto de resistores de R1 a Rn se comporta como um único resistor de valor R,
EI
ou seja, tem uma resistência equivalente a R que pode ser calculada pela seguinte
TR
fórmula:
P
O
-T
S
O
Se tivermos apenas dois resistores associados, conforme mostra a figura abaixo,
D
S
4. O resistor de menor valor dissipa mais calor.
TO
EN
Obs.: é muito importante que você memorize tanto as fórmulas para o cálculo das
resistências equivalentes quanto as principais propriedades de cada tipo de
AM
associação. Como o cálculo de resistores em série e em paralelo envolve o
N
conhecimento de um pouco de matemática básica, em caso de dúvidas você deve
EI
procurar ajuda específica.
TR
1.3 Associação em Série/Paralelo
P
O
-T
Podemos combinar resistores em série e em paralelo, obtendo, desta forma,
associações mais complexas, como a mostrada na figura abaixo. Nela encontramos
S
alguns resistores ligados em série e outros ligados em paralelo.
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
Para determinar a resistência equivalente a esse tipo de associação, não temos uma
-D
fórmula específica, pois as ligações série/ paralelo podem ser feitas de várias formas,
conforme ilustra a figura abaixo.
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Como resultado desses cálculos, temos uma associação mais simples (figura abaixo),
P
em que Ra e Rb estão em série.
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
S
potência.
TO
( ) c) A resistência equivalente é de 60 ohms e todos dissipam a mesma potência.
EN
( ) d) A resistência equivalente é menor que 10 ohms.
AM
2 - Qual é a resistência equivalente à associação em paralelo de um resistor de 40
ohms com um de 60 ohms?
N
EI
TR
( ) a) 100 ohms
( ) b) 50 ohms
P
( ) c) 24 ohms
O
( ) d) 12 ohms
-T
S
3 - Uma lâmpada que tem uma resistência de 10 ohms é ligada em série com outra
O
cuja resistência é de 20 ohms, conforme mostra o circuito da figura abaixo. Quando
D
( ) a) 90 ohms
( ) b) 72 ohms
( ) c) 360 ohms
( ) d) 750 ohms
S
TO
EN
AM
( ) a) 30 ohms
( ) b) 12 ohms
N
EI
( ) c) 6 ohms
TR
( ) d) 4 ohms
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
que é de grande importância prática. Falamos dos resistores especiais, cujas
TO
características variam conforme algum tipo de influência externa.
EN
Os resistores especiais são empregados como sensores de muitos equipamentos, por
exemplo, na iluminação automática, em equipamentos de uso médico e industrial, na
AM
compensação dos efeitos da temperatura dentro de equipamentos de todos os tipos,
N
etc.
EI
Em especial, estudaremos resistores sensíveis à luz e à temperatura, os mais comuns
TR
em equipamentos e instalações. Para o profissional da eletrônica, será muito
importante saber como são e como funcionam esses resistores, pois eles certamente
P
aparecerão no seu trabalho muitas vezes.
O
-T
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
S
O
• Funcionamento dos resistores sensíveis à luz, ou LDRs.
D
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
O comportamento elétrico do LDR é mostrado pelo gráfico abaixo.
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
como a do sol, essa resistência pode cair para menos de 100 ohms.
IR
apropriado para aplicações tanto amadoras como profissionais. Por exemplo, tanto os
IB
Apesar dessa sensibilidade e versatilidade, o LDR tem uma limitação que precisa ser
considerada: para certas aplicações, ele é muito lento. Mesmo sendo mais rápido que
A
o olho humano, ele não pode ser usado em aplicações mais críticas que envolvam, por
PI
Além dos componentes cuja resistência se altera conforme a luz, temos aqueles cuja
resistência varia de acordo com a temperatura. São os chamados PTCs e NTCs.
2.1 PTC
S
Temperatura. Trata-se de um componente cuja resistência aumenta quando a
TO
temperatura aumenta (por isso a expressão “coeficiente positivo”).
EN
Na figura abaixo temos o símbolo adotado para representar esse componente e o
aspecto dos tipos mais comuns.
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
O gráfico abaixo representa a curva característica do PTC. Fica claro que, para
ER
científicos.
PI
Ó
C
2.2 NTC
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
No gráfico abaixo , mostramos a sua curva característica. Observe que, nas
P
temperaturas mais altas, a resistência é mais baixa.
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
médicos e de pesquisa.
IR
Um tipo especial de NTC é o mostrado na figura abaixo, que possui uma capacidade
térmica muito pequena, ou seja, absorve pouco calor.
-D
Como absorve muito pouco calor, dadas as suas dimensões, este sensor afeta muito
A
pouco a temperatura do local em que está sendo usado, o que o torna ideal para a
ID
chamado de termométrico.
O
PR
A
PI
Ó
C
NTC Termométrico
( ) a) NTC
( ) b) PTC
( ) c) LDR
S
( ) d) Potenciômetro
TO
EN
2 - Quando a temperatura aumenta, o que acontece com a resistência de um NTC?
AM
( ) a) Diminui.
( ) b) Aumenta.
N
EI
( ) c) Não se altera.
TR
( ) d) Pode aumentar ou diminuir, dependendo de seu valor.
P
3 - Quando a luz incide na superfície sensível de um LDR, o que acontece?
O
-T
( ) a) Ele gera uma tensão.
( ) b) Sua resistência aumenta. S
O
( ) c) Sua resistência diminui.
D
LIÇÃO 05 – CAPACITORES
Introdução
Nas lições anteriores, estudamos os resistores fixos e variáveis, que são componentes
encontrados com muita frequência nos equipamentos eletrônicos em geral. Outro tipo
S
de componente bastante comum nos equipamentos eletrônicos, e por isso mesmo de
TO
grande importância prática, é o capacitor.
EN
Assim como os resistores, os capacitores são encontrados em diversos formatos e
tamanhos; fabricados por diversas tecnologias, possuem várias aplicações práticas.
AM
Nesta lição vamos estudar inicialmente os chamados capacitores fixos. Veremos como
N
eles funcionam, quais os tipos mais usados na prática e também quais as suas
EI
propriedades particulares.
TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
P
O
• O que são e como funcionam os capacitores.
-T
• Quais os tipos de capacitores encontrados nos equipamentos eletrônicos.
• Unidades de capacitância. S
O
• Aplicações dos capacitores.
D
• Valores comerciais.
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. O Capacitor
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Ligando esse componente a uma bateria, conforme mostra a figura abaixo, uma das
armaduras se carrega positivamente e a outra negativamente. Ao carregarmos um
P
capacitor, produzimos um campo elétrico entre as armaduras e, em consequência,
O
estabelecemos uma diferença de potencial entre elas.
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
depois de desligarmos a bateria, essas cargas são mantidas pela atração mútua
através do dielétrico.
A
cargas podem fluir de uma para a outra até se anularem, pois, conforme vimos, elas
IB
S
TO
c) A diferença de potencial estabelecida entre as armaduras: a quantidade de cargas
EN
que podemos armazenar num capacitor depende da tensão em que isso ocorre
(trataremos especificamente desse item mais adiante).
AM
N
d) O material de que é feito o dielétrico: o tipo de material usado como dielétrico
EI
também influi na capacidade de armazenamento de um capacitor. Se um material com
TR
maior constante dielétrica for usado, o capacitor pode armazenar maior quantidade de
cargas.
P
O
O conceito de “constante dielétrica” refere-se à capacidade que cada material tem de
-T
absorver cargas elétricas. O ar e o vácuo possuem uma constante dielétrica igual ou
S
próxima de 1. No entanto, alguns materiais empregados na fabricação de capacitores
O
possuem constantes dielétricas muito maiores.
D
Constante Dielétrica
ES
• Ar: 1,0006
R
• Baquelite: 5
S
• Vidro: 6
TO
• Mica: 5
• Óleo: 4
EI
• Papel: 2,5
IR
• Borracha: 3
-D
• Teflon: 2
A
ID
No que diz respeito à maneira como são feitos, podemos encontrar capacitores
Ó
planos, tubulares, eletrolíticos, etc. O fato é que não precisamos necessariamente usar
C
Uma tecnologia muito usada para fabricar capacitores consiste em se colocar uma
folha flexível de material isolante, como papel, plástico (poliéster, styroflex,
policarbonato), etc., entre duas folhas de material condutor. Enrolando depois o
conjunto e acrescentando os fios terminais, obtemos um capacitor de formato tubular
(figura abaixo).
S
TO
EN
AM
N
Outro tipo de capacitor é aquele em que o metal de uma das armaduras é “atacado”
EI
quimicamente por uma substância, formando-se entre eles uma película isolante que
TR
será o dielétrico. Como o líquido (denominado eletrólito) que ataca quimicamente o
material é condutor, ele forma a outra armadura (figura abaixo).
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
conforme o material que forma uma das armaduras. Na figura abaixo, temos diversos
tipos de capacitores encontrados nos equipamentos eletrônicos comuns.
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
1.2 Capacitância
A
PI
em que isso ocorre. Essa relação carga/tensão nos dá uma grandeza denominada
C
S
TO
Na prática, encontramos capacitores numa faixa de valores muito grande, que vai de
poucos picofarads a mais de 100.000 microfarads ou perto de 1 farad.
EN
Isso significa que os capacitores podem ser encontrados em tamanhos os mais
AM
variados, desde as pequenas pastilhas para montagem em superfície, de dimensões
reduzidas a poucos milímetros, até os grandes, tubulares, do tamanho de uma garrafa
N
de refrigerante de 2 litros.
EI
Da mesma forma que nos resistores, nos capacitores pequenos a indicação dos
TR
valores pode apresentar dificuldades, o que leva os fabricantes a adotar códigos
P
variados. A existência de mais de uma forma de se marcar o valor de um capacitor
O
pode levar a interpretações equivocadas, por isso mesmo é preciso estar atento ao
-T
trabalhar com um componente desse tipo, a fim de evitar confusões.
Na figura abaixo temos a forma como alguns capacitores são marcados, e que deu
S
O
origem a alguns códigos.
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
valores (da ordem de poucos picofarads), em que uma letra substitui a vírgula decimal.
O
maiúsculo) Em (b) temos uma marcação em que usamos a letra k (minúsculo) para
PI
Para este tipo de marcação, 4k7 significa que se trata de um capacitor de 4.700
C
Finalmente, em (c), temos o mais comum, que é o mesmo código de três dígitos usado
nos resistores. Nele, os dois primeiros números indicam os dois primeiros dígitos da
capacitância; o terceiro indica o fator de multiplicação, ou o número de zeros a serem
acrescentados. O resultado obtido é em picofarads.
Por exemplo:
223 indica 22 x 1.000, ou 22.000 pF, que também pode ser expresso por
22 nF.
S
474 indica 47 x 10.000, ou 470.000 pF, que equivale a 470 nF ou 0,47 uF.
TO
EN
Tabela de cores dos capacitores:
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
( ) d) o dielétrico tem elétrons livres.
TO
EN
2 - A capacitância de um capacitor depende de que fatores? (assinale a alternativa
que é a mais correta)
AM
( ) a) Da superfície das armaduras.
N
EI
( ) b) Da espessura do dielétrico.
TR
( ) c) Do material de que é feito o dielétrico.
( ) d) As três alternativas anteriores são válidas.
P
O
3 - Se ligarmos uma à outra as armaduras de um capacitor completamente carregado,
-T
o que acontece?
S
O
( ) a) O capacitor se descarrega.
D
( ) b) O capacitor explode.
VA
como armadura?
S
TO
( ) a) Eletrolíticos.
( ) b) Cerâmicos.
EI
( ) c) Poliéster.
IR
( ) d) Todos os anteriores.
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
Assim como os resistores, os capacitores também podem ser ligados em conjunto, de
TO
modo a combinar seus efeitos.
EN
Conforme esclarecemos sobre os resistores, há duas finalidades práticas no estudo da
associação de componentes, no caso os capacitores: a primeira está em saber
AM
associá-los de forma a obter uma capacitância de valor que não exista na série
N
comercial, ou que não esteja disponível em determinada ocasião (quando uma
EI
máquina quebra num fim de semana, por exemplo); a segunda está em saber prever
TR
os efeitos de um conjunto de capacitores num circuito específico.
P
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
O
-T
• Como os capacitores podem ser associados.
S
• Como calcular a capacitância equivalente à associação em série.
O
• Como calcular a capacitância equivalente à associação em paralelo.
D
1. Associações de Capacitores
Quando diversos capacitores são interligados, os efeitos de suas capacitâncias se
combinam, e o resultado é que todo o conjunto se comporta de uma forma bem
definida, que pode ser prevista através de cálculos. Além disso, cada capacitor passa
a se comportar de uma forma diferente daquela quando isolado.
Veremos a seguir quais são os tipos de associações de capacitores, e quais as
características de cada uma delas.
S
TO
Quando dois ou mais capacitores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
EN
dizemos
AM
que eles estão associados ou ligados em série.
Esse conjunto de capacitores, de C1 a Cn, comporta-se como um único capacitor de
N
capacitância C, cujo valor é calculado pela seguinte fórmula:
EI
TR
1 = 1 + 1 + 1 + ....... + 1
P
C C1 C2 C3 Cn
O
-T
Veja figura abaixo:
S
O
D
VA
ER
Quando temos apenas dois capacitores em série, o cálculo da capacitância pode ser
-D
Esta associação tem algumas propriedades importantes que devem ser entendidas e
memorizadas:
S
TO
EN
AM
N
EI
1.2 Associação em Paralelo
TR
Quando dois ou mais capacitores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
P
dizemos
O
que eles estão associados em paralelo.
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
C1+C2+C3+.......+Cn = Ct
-D
capacitâncias associadas.
ID
um de 200 pF.
C = 100 + 200
A
PI
C = 300 pF
Ó
C
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Da mesma forma que nos resistores, na há fórmula específica para o cálculo da
capacitância equivalente a este tipo de associação, pois as ligações podem ser feitas
P
de diversas maneiras, conforme mostra a figura abaixo.
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
é trabalhar por etapas, calculando setores em que podemos perceber que temos uma
associação em série ou uma associação em paralelo simples. Em suma, trabalhamos
A
Vamos a um exemplo:
O
PR
S
TO
( ) a) A capacitância equivalente é 1,2 uF e o capacitor de 2 uF fica com a maior carga.
EN
( ) b) A capacitância equivalente é 1,2 uF e os dois capacitores ficam com a mesma
AM
carga.
( ) c) A capacitância equivalente é 5 uF e o capacitor de 2 uF fica com a maior carga.
N
( ) d) A capacitância equivalente é 5 uF e o capacitor de 3 uF fica com a maior carga.
EI
TR
2 - Um capacitor de 20 uF é ligado em série com um capacitor de 30 uF. Podemos
afirmar que:
P
O
-T
( ) a) a capacitância equivalente é 50 uF e o capacitor de 30 uF fica com a maior
carga.
( ) b) a capacitância equivalente é 12 uF e o
S
capacitor de 30 uF fica com a maior
O
carga.
D
carga.
ER
S
( ) c) Dois capacitores de 50 uF em série.
TO
( ) d) Quatro capacitores de 50 uF em série.
EN
5 - Calcular a capacitância equivalente à associação em série/paralelo de capacitores
AM
mostrada na figura abaixo.
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
( ) a) 24 uF
ER
( ) b) 12 uF
ES
( ) c) 6 uF
( ) d) 4 uF
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
circuito, caso em que um tipo especial de componente deve ser usado.
TO
São os chamados capacitores variáveis, que vamos estudar nesta lição.
EN
Os capacitores variáveis são encontrados principalmente em circuitos que permitem
mudar a frequência de operação de sintonizadores de rádio, radiotransmissores,
AM
instrumentos de medidas, circuitos de testes, etc. Também são usados em ajustes
N
internos de diversos tipos de equipamentos.
EI
É importante que você saiba como esses capacitores variáveis funcionam e onde são
TR
encontrados, pois eles certamente aparecerão no seu trabalho muitas vezes.
P
O objetivo desta lição é tratar dos seguintes assuntos:
O
-T
• O que são e como funcionam os capacitores variáveis
• Capacitores variáveis comuns S
O
• Trimmers
D
• Tipos especiais
VA
1. Capacitores Variáveis
S
TO
1.1 Capacitores Variáveis Comuns
EN
O capacitor variável de placas paralelas, componente mais comum dessa categoria,
AM
pode ser encontrado nos formatos mostrados na figura abaixo.
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
fixa, e um conjunto de placas móveis acionadas por um eixo, que formam a armadura
móvel. Quando o eixo da armadura móvel é movimentado, as placas desta armadura
R
se interpõem às placas fixas, porém sem tocá-las. Com isso amplia-se a área de
S
TO
O capacitor tem então sua capacitância máxima quando está totalmente fechado, e
A
dielétrico desse tipo de capacitor é composto por folhas de plástico dispostas entre as
armaduras fixas e móveis.
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
1.2 Trimmers e Padders
P
O
Outra possibilidade refere-se a quando o componente é ajustado apenas uma vez
-T
para garantir o funcionamento adequado do equipamento, só precisando ser
S
novamente ajustado em caso de reparos. Para esse tipo de função usamos os
O
capacitores ajustáveis. Neste grupo, destacamos os trimmers e os padders, que são
D
podem ser formados por placas (armaduras) que são apertadas/desapertadas por um
parafuso. Nesse tipo, quando as placas estão afastadas, a capacitância do
A
Nos tipos mais antigos, o dielétrico usado é uma fina folha de mica; nos mais
IB
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
( ) c) Seletor de estações de um rádio comum.
TO
( ) d) Controle de velocidade de um motor elétrico.
EN
2 - Quando um trimmer está com as placas mais próximas ou mais apertadas,
AM
podemos afirmar que sua capacitância:
N
( ) a) é mínima.
EI
( ) b) é máxima.
TR
( ) c) está num valor intermediário entre o máximo e mínimo.
P
( ) d) está oscilando.
O
-T
3 - Que componente normalmente usamos no ajuste fino de um oscilador de alta
frequência, como o de um intercomunicador sem fio? S
O
D
( ) d) Um trimpot.
ES
isso:
EI
afirmar que, na posição de mínima capacitância (todo aberto), ele estará com:
O
PR
( ) a)10 pF
( ) b) 50 pF
A
PI
( ) c) 100 pF
Ó
( ) d) 110 pF
C
LIÇÃO 08 – CAPACITORES
CERÂMICOS E POLIÉSTER
Introdução
S
TO
Na lição 5, estudamos os capacitores fixos. Vimos que esses componentes podem ser
EN
feitos de diversos tipos de material, conforme a aplicação a que se destinam.
Nesta lição estudaremos dois tipos bastante comuns de capacitores fixos: os
AM
capacitores cerâmicos e os de poliéster. Veremos quais as suas propriedades, seus
N
valores e aplicações.
EI
TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
P
• Quais os tipos de capacitores cerâmicos e de poliéster encontrados nos
O
equipamentos eletrônicos.
-T
• Onde são usados e quais as suas principais características.
• Como interpretar os códigos desses capacitores. S
O
• Como suas características variam conforme a temperatura.
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Capacitores Cerâmicos
Conforme o nome sugere, este tipo de capacitor fixo tem por dielétrico o material
isolante conhecido como cerâmica. A cerâmica tem uma boa constante dielétrica e
pode suportar tensões elevadas, o que fez dela um material ideal para a construção de
diversos tipos de capacitores.
Os tipos mais comuns de capacitores cerâmicos, mostrados na figura abaixo, podem
ter o formato de discos ou smd.
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Encontrados na faixa de valores que vai de menos de 1 pF até 1 uF, os capacitores
P
cerâmicos suportam tensões de trabalho que variam de 25 V a mais de 10.000 volts
O
-T
(10 kV). Evidentemente, a capacitância e a tensão de trabalho vão determinar o
tamanho desse tipo de componente.
S
Além dessas, duas outras especificações são importantes nesse tipo de capacitor: a
O
tolerância e o coeficiente de temperatura. A tolerância diz respeito à máxima variação
D
escrevam por extenso suas especificações. Nos capacitores cerâmicos, são usados
IR
Por exemplo, um capacitor cerâmico com a marca 104 é de 100.000 pF ou 100 nF.
Figura abaixo:
S
TO
EN
Se após os três dígitos aparecer uma letra, ela indica a tolerância, conforme a
AM
seguinte tabela:
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
Um outro tipo de código é aquele em que temos um número entre duas letras, como,
por exemplo, A 103 Z5U. Trata-se de um capacitor para baixas temperaturas de 10 nF
EI
2. Capacitores de Poliéster
S
TO
O poliéster é uma resina sintética (um tipo de plástico) usada como dielétrico nesse
tipo de capacitor. Na figura abaixo temos os aspectos mais comuns desses
EN
capacitores, que se dividem em duas categorias: poliéster comum e metalizado.
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
No tipo comum tubular, uma folha de poliéster é enrolada juntamente com duas folhas
VA
de poliéster.
ES
Estes capacitores podem ser encontrados na faixa de valores que vai de 470 pF a
mais de 1 uF. As tensões de operação podem variar entre 50 e 600 V tipicamente,
R
com pulsos.
IR
-D
A mais comum é a que indica o próprio valor numérico da capacitância, que pode
O
aparecer de 3 formas:
PR
A
S
TO
EN
Existem ainda outros tipos de códigos, como o chamado “zebrinha”, em que faixas
coloridas (como as dos resistores) representam números que indicam a capacitância
AM
em picofarads. As faixas restantes indicam a tensão de trabalho e a tolerância.
N
EI
3. Coeficiente de Temperatura
TR
Todos os materiais manifestam mudanças de suas características físicas (e
P
O
eventualmente químicas) com a temperatura. Os corpos podem dilatar-se, podem ter
-T
sua condutividade elétrica modificada, podem sofrer alterações estruturais, etc.
Com a mudança da temperatura, diversas das características de um capacitor podem
S
se alterar, dentre elas a capacitância. Essa alteração pode ser indicada de três formas
O
D
principais:
VA
+125 °C para um capacitor de 10 pF. Isso significa que nesta faixa sua capacitância
estará entre 8 a 12 pF.
R
S
4. Por quantas partes por milhão (ppm) a capacitância é alterada para cada grau
centígrado de variação da temperatura. Exemplo: o coeficiente de temperatura
A
sua capacitância vai mudar de 100 ppm, ou 0,01 pF Em muitos casos, este
IB
(figura abaixo).
PR
A
PI
Ó
C
S
TO
2 - Qual dos seguintes capacitores cerâmicos tem por valor 68 nF?
EN
( ) a) 6k8
AM
( ) b) 68K
( ) c) 683
N
EI
( ) d) 68N
TR
3 - Em qual das seguintes aplicações é conveniente usar um capacitor cerâmico?
P
O
( ) a) Passagem de sinais de rádio de um receptor.
-T
( ) b) Filtragem de uma fonte de alimentação.
( ) c) Passagem dos sinais de um microfone. S
O
( ) d) Filtragem do tom de um amplificador de som.
D
VA
( ) a) 10 pF
ES
( ) b) 10 nF
R
( ) c) 10 uF
( ) d) 1 nF
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
recomendados especificamente para circuitos de baixa e média frequência.
TO
EN
Nesta lição você ficará sabendo:
AM
• quais os tipos de capacitores eletrolíticos;
N
• onde são usados e quais as suas principais características;
EI
• como ler os seus códigos;
TR
• em que valores os eletrolíticos são encontrados nos equipamentos comuns;
• como suas características variam conforme a temperatura.
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Capacitores Eletrolíticos
S
Da mesma forma, o profissional deve estar apto a interpretar os códigos de marcação,
TO
assim como outras especificações que os capacitores eventualmente tenham.
EN
1.1 Como são Construídos os Eletrolíticos
AM
Se uma substância líquida condutora de eletricidade denominada eletrólito entrar em
N
EI
contato com uma placa de alumínio (figura abaixo), ocorre uma reação química que
TR
forma sobre a placa uma finíssima capa de material isolante.
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
dielétrico e maior a sua constante dielétrica, essa técnica possibilita que se fabriquem
S
1.2 Tipos
-D
A
1.3 Polaridade
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Ao usar um capacitor eletrolítico, é preciso sempre observar sua polaridade, a fim de
P
O
evitar a sua queima.
-T
1.4 Eletrolíticos de Tântalo S
O
D
O tântalo é um metal cujo óxido possui uma constante dielétrica muito maior do que a
VA
do óxido de alumínio. Isso significa que usando com o tântalo a mesma tecnologia de
fabricação dos eletrolíticos de alumínio, podemos obter capacitores muito menores ou
ER
O ideal seria sempre usar os capacitores de tântalo, mas infelizmente eles são muito
O
PR
mais caros, o que limita seu uso. Apenas nos casos em que se necessita de altas
capacitâncias ocupando pouco espaço é que eles são empregados.
A
S
TO
EN
AM
N
EI
Esta construção faz com que o capacitor se comporte como uma verdadeira “bobina”
TR
(que estudaremos mais adiante), o que é indesejável para algumas aplicações. Assim,
além de só poderem ser usados em circuitos que tenham polaridade definida, ou seja,
P
circuitos de corrente contínua, eles não podem ser usados em circuitos de altas
O
frequências.
-T
É nos circuitos de baixas e médias frequências que eles são geralmente utilizados.
S
Encontramos os capacitores eletrolíticos em funções tais como a filtragem de
O
correntes de fontes, circuitos de som (saída de amplificadores, por exemplo) e outros
D
isso podem ter seus valores (capacitâncias) e tensões gravados diretamente nos seus
S
S
( ) d) Circuitos alimentados por baterias.
TO
EN
2 - Qual dos seguintes capacitores, de acordo com seu valor, certamente será do tipo
eletrolítico numa aplicação?
AM
( ) a) 0,68 uF
N
EI
( ) b) 68 pF
TR
( ) c) 1000 pF
( ) d) 470 uF
P
O
3 - Em qual das seguintes aplicações é necessário usar um capacitor eletrolítico?
-T
( ) a) Passagem de sinais de rádio de um receptor. S
O
( ) b) Filtragem de uma fonte de alimentação.
D
( ) a) Cerâmico.
S
TO
( ) b) Eletrolítico.
( ) c) Poliéster.
EI
( ) d) Poliéster metalizado.
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
LIÇÃO 10 – INDUTORES
Introdução
Nos circuitos eletrônicos, encontramos diversos tipos de componentes da família dos
passivos. Os resistores e os capacitores que estudamos até aqui são os mais
S
famosos dessa família. Um terceiro tipo de componente passivo, não tão comum
TO
quanto os resistores e capacitores, mas de igual importância pelo que faz num circuito,
EN
é o indutor ou bobina.
Como a maioria dos componentes, os indutores podem ser encontrados em diversos
AM
formatos e tipos. Cada tipo tem propriedades elétricas específicas, apropriadas para
N
um determinado tipo de aplicação.
EI
TR
Nesta lição você ficará sabendo:
P
• o que é indutância;
O
• qual o princípio de funcionamento dos indutores;
-T
• quais os tipos de indutores;
S
• onde são usados e quais as suas principais características;
O
• como interpretar os códigos dos indutores;
D
1. Indutância
Quando uma corrente elétrica percorre um fio, é criado um campo magnético à sua
volta. Este campo criado em torno do condutor tem uma propriedade interessante:
funciona como uma espécie de freio, opondo-se à própria circulação da corrente,
conforme mostra a figura abaixo:
S
TO
EN
AM
N
EI
Uma corrente não se propaga com facilidade por um fio muito longo, pois precisa
TR
vencer, além da resistência do fio, a própria oposição de seu campo magnético. Esta
oposição é denominada indutância.
P
Podemos aumentar muito a indutância enrolando o fio por onde passa a corrente, de
O
modo a formar uma bobina. Dessa forma estaremos concentrando as linhas de força
-T
do campo magnético.
S
A figura abaixo mostra que, numa bobina cilíndrica, as linhas de força se concentram
O
no seu interior.
D
VA
ER
ES
R
S
TO
2. Indutores
EI
IR
-D
representá-los.
PR
A
PI
Ó
C
2.1 Núcleos
S
TO
bobinas, fazendo com que sua indutância aumente (figura abaixo).
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
Algumas bobinas podem ter sua indutância ajustada com o uso de núcleos que se
deslocam em seu interior, de modo a alterar a sua indutância. Na figura abaixo,
ER
Nas bobinas em que as espiras estão muito próximas, ou mesmo encostadas umas
nas outras, deve existir um isolamento para o fio. O isolamento de plástico dos fios
A
comuns não se aplica, tanto pela espessura como pelas características do material.
PI
isolados: o primeiro tipo, mais comum, é o fio de cobre com capa de esmalte, também
C
conhecido como fio esmaltado; o segundo tipo, conhecido como fio litz, faz uso de
uma capa de seda ou algodão, que pode receber um tratamento adicional de
impermeabilização. Na figura abaixo, mostramos o aspecto dos dois tipos de fio.
S
TO
Para os indutores de valores elevados, com milhares de espiras de fio muito fino e
núcleo, ou de ferrite, ou de ferro laminado, o uso mais comum é em filtros de fonte e
EN
em circuitos especiais de frequências muito baixas.
AM
2.4 Valores dos Indutores
N
EI
A unidade de indutância é o Henry (H). Nas aplicações práticas em eletrônica,
TR
encontramos indutores cujos valores vão desde milionésimos de henry até mais de 1
P
henry. Ainda que alguns indutores sejam grandes o bastante para permitir a gravação
O
direta de seus valores, é comum o uso de submúltiplos do henry. O microhenry (uH)
-T
equivale a 0,000 001 H, ou à milionésima parte do henry. O milihenry (mH) que
equivale a 0,001 H, ou à milésima parte do henry. S
O
D
S
( ) b) o campo magnético no seu interior se torna mais fraco
TO
EN
2 - Nos fios usados na fabricação dos indutores existe uma camada de esmalte.
Sua finalidade é:
AM
( ) a) aumentar a indutância.
N
EI
( ) b) reduzir a indutância.
TR
( ) c) isolar as espiras.
( ) d) atuar como dielétrico.
P
O
3 - O que acontece com a indutância de um indutor quando introduzimos um núcleo de
-T
ferrite no seu interior?
S
O
( ) a) A indutância diminui.
D
( ) b) A indutância aumenta.
VA
4 - Qual dos materiais abaixo indicados não é apropriado para servir de núcleo para
R
um indutor?
S
TO
( ) a) Ferrite.
( ) b) Ferro.
EI
( ) c) Ar.
IR
( ) d) Mica.
-D
( ) a) 1 mH
PR
( ) b) 10 mH
A
( ) c) 100 mH
PI
( ) d) 1.000 uH
Ó
C
S
efeitos.
TO
Como acontece com as associações de resistores e capacitores, a utilidade desse
EN
estudo está em saber associar indutores de determinadas formas, a fim de obter uma
indutância de valor que não exista na série comercial ou que não esteja disponível
AM
num determinado momento.
N
EI
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
TR
• Como os indutores podem ser associados.
P
• Como calcular a indutância numa associação em série.
O
• Como calcular a indutância numa associação em paralelo.
-T
• Propriedades destas associações.
• Associações combinadas série/paralelo. S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Associação de Indutores
S
associados.
TO
1.1 Associação em Paralelo
EN
AM
Quando dois ou mais indutores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
dizemos que eles estão associados ou ligados em paralelo.
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
Quando temos apenas dois indutores em paralelo, o cálculo da indutância pode ser
TO
memorizá-las):
IB
O
Quando dois ou mais indutores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
dizemos que eles estão associados em série.
S
TO
Este conjunto de indutores de L1 a Ln se comporta como um único indutor de valor L,
ou seja, tem uma indutância equivalente a L, que pode ser calculada pela seguinte
EN
fórmula:
L = L1 + L2 + L3 + .......... + Ln
AM
N
Ou seja, numa associação em série a indutância equivalente é igual à soma das
EI
indutâncias associadas.
TR
Vamos a um exemplo de aplicação:
P
O
Calcular a indutância equivalente a um indutor de 100 uH ligado em série com um de
-T
200 uH.
S
O
L = 100 + 200
D
L = 300 uH
VA
ER
Vamos a um exemplo:
S
TO
EN
AM
N
EI
O resultado é que a associação fica convertida numa mais simples, em que temos La
TR
e Lb em série (figura abaixo).
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
S
( ) b) A indutância equivalente é 9 mH e o indutor de 2 mH é percorrido pela maior
TO
corrente.
EN
( ) c) A indutância equivalente é 9 mH e o indutor de 4 mH é percorrido pela maior
corrente.
AM
( ) d) A indutância equivalente é 9 mH e todos os indutores são percorridos pela
mesma corrente.
N
EI
TR
2 - Um indutor de 20 mH é ligado em paralelo com um indutor de 30 mH. Podemos
afirmar que:
P
O
( ) a) a indutância equivalente é 50 mH.
-T
( ) b) a indutância equivalente é 15 mH.
( ) c) a indutância equivalente é 25 mH. S
O
( ) d) a indutância equivalente é 12 mH.
D
VA
S
forma única entre os dois polos de um gerador ou de um circuito, que é a corrente
TO
contínua, existe um outro tipo de corrente com características distintas: a corrente
EN
alternada.
A corrente alternada, esta presente nas tomadas de nossas casas e nas instalações
AM
comerciais ou industriais, também pode ser encontrada dentro dos próprios
N
equipamentos, cumprindo funções específicas. É importante que você conheça bem
EI
esses os dois tipos de corrente e saiba como os principais componentes e circuitos se
TR
comportam quando percorridos por elas.
P
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
O
-T
• O que é e como é produzida a corrente alternada.
• Como medir a frequência de uma corrente alternada.S
O
• Como analisar a forma de onda de uma corrente alternada.
D
1. Corrente Contínua
Os circuitos com os quais trabalhamos até agora são os chamados circuitos elétricos
simples, formados, por exemplo, por pilhas e baterias ligadas a elementos como
resistores e lâmpadas.
Na figura abaixo temos um desses circuitos. Observe que as pilhas estabelecem uma
diferença de potencial no resistor, de modo a produzir uma corrente que circula entre o
polo positivo e o negativo.
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
A corrente circula sempre no mesmo sentido, de forma invariável e com intensidade
P
O
determinada pela resistência do resistor, segundo a Lei de Ohm.
-T
Essa é a chamada corrente contínua, abreviada por CC (também encontramos a
abreviação DC, de Direct Current, nos documentos em inglês e nos painéis de
S
aparelhos importados). Para gerar uma corrente contínua, precisamos de uma fonte
O
D
2. Corrente Alternada
ER
ES
Vamos imaginar um tipo de gerador diferente das baterias e pilhas. Na figura abaixo
R
temos um tipo de gerador diferente, que “gira” para criar uma corrente. O
S
funcionamento característico desse gerador produz uma corrente que “vai e vem”,
TO
A cada volta do gerador, a corrente circula uma vez num sentido e outra no sentido
oposto. Em outras palavras: os polos do gerador num momento ficam positivos e no
outro negativos; ou seja, têm a polaridade alternada de instante para instante. É por
isso que chamamos esse tipo de corrente de corrente alternada.
Para produzir uma corrente alternada, é preciso que o circuito seja submetido a uma
tensão alternada. Observe porém que o efeito de uma corrente alternada é o mesmo
de uma corrente contínua. No caso da lâmpada ligada ao gerador de corrente
alternada, também chamado de alternador, quando a corrente “vai” o filamento se
aquece, e quando ela “volta” também, o que significa que a lâmpada se acende da
S
mesma forma.
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
2.1 Forma de Onda
O
D
VA
A forma como a tensão muda de sinal ou a corrente muda de sentido é suave e pode
ser expressa por um gráfico de sua forma de onda, ou sua senóide (figura abaixo).
ER
Associamos os valores que a corrente assume a cada volta aos ângulos de um ciclo
ES
completo do gerador.
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
seja, temos 60 ciclos completos produzidos a cada segundo. Nesse caso dizemos que
a frequência da corrente alternada da rede de energia é de 60 hertz (60 Hz). Cada
ciclo corresponde a 360 graus da volta completa do gerador que o produz. Metade de
um ciclo completo ou um semiciclo corresponde a 180 graus. Os pontos em que a
corrente ou tensão atinge maior valor são denominados “picos” e ocorrem aos 90 e
270 graus.
Para que um ciclo se complete, precisamos de 1/60 segundo, o que significa que o
período da corrente alternada da rede de energia é 1/60 segundo.
Observe que o período é o inverso da frequência ou:
S
Existem países em que a frequência da energia da rede é de 50 Hz.
TO
2.2 Valores da Corrente Alternada
EN
AM
Você já sabe que a corrente alternada está constantemente mudando de intensidade e
N
sentido. O gráfico que tem a forma de uma senóide ilustra com precisão esse
EI
movimento. Existem diversas maneiras de expressarmos o valor de uma corrente ou
TR
de uma tensão alternada. Podemos tomar o valor máximo ou valores intermediários
que dependem dos efeitos que a corrente produz. Estes modos de representação são
P
mostrados na figura abaixo.
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
Observe que a tensão sobe lentamente a partir do zero até atingir um valor máximo no
EI
Voltando ao valor máximo, observamos que ele permanece apenas por uma fração de
IB
0 e o valor de pico. São então definidos dois valores intermediários (figura abaixo) que
refletem os efeitos desse tipo de corrente e que, por isso, são os mais empregados
A
O valor rms (Root Mean Square), ou “raiz quadrada média” (√2/2), corresponde a
70,7% do valor de pico.
O valor médio corresponde a 63,7 % do valor de pico.
Como calcular?
S
Vm = 0,637 ⋅ Vp
TO
Vrms = 0,707 ⋅ Vp
EN
Vp = 1,41 ⋅ Vrms
Vp = 1,57 ⋅ Vm
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
( ) a) 50 vezes.
( ) b) 60 vezes.
( ) c) 100 vezes.
S
( ) d) 120 vezes.
TO
EN
2 - A quantos graus corresponde metade do ciclo completo da tensão alternada da
rede de energia?
AM
( ) a) 60°
N
EI
( ) b) 120°
TR
( ) c) 90°
( ) d) 180°
P
O
3 - Em qual das aplicações encontramos a corrente alternada?
-T
( ) a) Na alimentação de rádios portáteis. S
O
( ) b) No circuito da bateria de um carro.
D
( ) a) 0° e 180°
EI
( ) b) 90° e 270°
IR
( ) c) 90° e 360°
-D
( ) a) 200 V
O
( ) b) 141 V
PR
( ) c) 282 V
A
( ) d) 400 V
PI
Ó
C
LIÇÃO 13 – TRANSFORMADORES
Introdução
Um dos componentes cujo princípio de funcionamento está associado à
corrente alternada é o transformador, encontrado em quase todos os
equipamentos elétricos e eletrônicos. Como o nome sugere, o transformador
S
“transforma” os valores da energia elétrica, mas só opera com correntes que
TO
variam, mais especificamente com a corrente alternada. Os transformadores são
EN
encontrados tanto em tamanhos reduzidos (em aparelhos como telefones
celulares, notebooks, fontes, Tv’s LCD, etc) e também em formatos maiores que
AM
uma casa (em grandes instalações industriais).
N
EI
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
TR
• Como funciona um transformador.
P
• Como a tensão e a corrente se alteram no transformador.
O
• Tipos de transformador.
-T
• Cálculo de tensões e correntes de um transformador.
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Transformadores
A principal aplicação prática dos transformadores está na alteração dos valores das
tensões e correntes, além de outras características de um circuito. Tratemos a
princípio do fenômeno da indução, no qual se baseia o funcionamento do
transformador.
1.1 Indução
S
TO
Sabemos que, quando uma corrente elétrica percorre um condutor, é criado um campo
EN
magnético. Também sabemos que a eletrização dos corpos pode se dar de três
formas: por atrito, por contato e por indução.
AM
No caso específico da indução, temos o seguinte fenômeno: quando um condutor é
movimentado através das linhas de força do campo magnético de um outro condutor
N
EI
ou de um imã natural, produz-se no primeiro condutor uma corrente.
TR
Dizemos, no caso, que houve indução de uma corrente no primeiro condutor. Um fato
importante a ser observado é que esta indução só ocorre quando o condutor é
P
movimentado em relação ao campo ou vice-versa.
O
Na figura abaixo ilustramos o fenômeno.
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
campo. Isso significa que o ligar e desligar da corrente também pode provocar a
ID
indução.
IB
O
1.2 O Transformador
PR
S
Nesse caso, só poderíamos ter uma tensão permanente (mesmo que oscilando) no
TO
secundário se ficássemos ligando e desligando o interruptor rapidamente. Este
EN
problema pode ser resolvido se, em lugar de alimentarmos o primário com uma tensão
contínua, usarmos uma corrente alternada.
AM
As variações constantes da corrente no primário induzem no secundário uma tensão
N
alternada de igual frequência, conforme mostra a figura abaixo.
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
Este dispositivo formado por duas bobinas (primário e secundário), alimentado por
R
S
TO
Aplicando 220 V no primário, obtemos 110 V no secundário. Isso faz do transformador
um dispositivo que pode ser usado para alterar o valor das tensões alternadas. Na
EN
figura abaixo temos exemplos de transformadores com tensões de primário e
AM
secundário as mais diversas.
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
podemos até mesmo fazê-los sem núcleo. Na figura abaixo temos os tipos mais
comuns de transformadores encontrados nas aplicações eletrônicas.
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
O modo de construção de cada tipo depende da potência com que ele trabalha, da
frequência da corrente que deve ser transformada e também da tensão.
1.4 Cálculos de Transformadores
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
Nos trabalhos práticos com transformadores, é comum que o profissional precise
calcular qual será a tensão obtida no secundário quando a relação de espiras é
S
O
conhecida.
D
VA
Para essa finalidade, existe uma fórmula importante que precisa ser memorizada.
ES
escrever:
S
TO
EI
IR
-D
Exemplo:
A
ID
np = 500
ns = 25
A
PI
Vp = 100
Ó
Vs = ?
C
Aplicando a fórmula:
Vale lembrar, entretanto, que o transformador não pode criar energia. Assim, se a
tensão no secundário aumenta, a corrente disponível diminui na mesma proporção. Na
figura abaixo mostramos que a potência aplicada ao primário é a mesma que obtemos
no secundário.
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
( ) b) Por indução eletrostática.
TO
( ) c) Por ondas de corrente alternada.
EN
( ) d) Por indução magnética.
AM
2 - Uma pilha é ligada ao primário de um transformador através de um interruptor.
No secundário do transformador, existe um indicador de tensão. Quando ligamos o
N
EI
interruptor e o mantemos assim, podemos afirmar que:
TR
( ) a) O indicador de tensão não indica nada, porque a tensão aplicada no primário é
P
contínua.
O
( ) b) O indicador de tensão indica a tensão da pilha.
-T
( ) c) A tensão indicada pelo indicador depende da relação entre as espiras do
S
transformador, e continua sendo indicada mesmo depois que o interruptor é ligado.
O
( ) d) O indicador de tensão indica uma tensão nesse instante e depois cai a zero.
D
VA
expandem.
R
com 1000 espiras. Aplicando ao primário uma tensão de 110 Vrms, obteremos no
PI
( ) a) 55 Vrms
( ) b) 110 Vrms
( ) c) 200 Vrms
( ) d) 220 Vrms
S
tecnologias, denominada mecatrônica.
TO
Dentre os inúmeros produtos dessa união, os motores elétricos são dos mais
EN
conhecidos e difundidos. Como a função dos motores elétricos é produzir força
mecânica a partir da eletricidade, o estudo de seu princípio de funcionamento é algo
AM
que interessa não só aos profissionais da eletrônica, mas também aos da mecânica e
N
da mecatrônica.
EI
Nesta lição estudaremos o princípio de funcionamento dos motores elétricos, suas
TR
características e principais aplicações. Será dado especial destaque aos motores de
corrente contínua, que são os mais encontrados nas aplicações práticas.
P
Também trataremos um pouco dos chamados motores de passo, que hoje equipam a
O
maioria dos equipamentos informatizados. As características desses motores
-T
possibilitam que eles sejam controlados de maneira muito precisa por computadores e
outros dispositivos de automação. S
O
D
• RPM e potência.
R
• Caixas de redução.
S
• Motores de passo.
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Motores Elétricos
S
TO
Quando submetemos um condutor (por exemplo, um pedaço de fio) à influência de um
EN
campo magnético e, ao mesmo tempo, à corrente elétrica de uma bateria ou pilha,
surge uma força que tende a movimentar o condutor em determinada direção. Este
AM
efeito, representado na figura abaixo, é o princípio de funcionamento dos motores
elétricos.
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
A força que aparece no condutor depende do sentido da corrente que nele circula e
também da orientação das linhas do campo magnético. Podemos, por exemplo,
ES
circulação da corrente.
S
Se enrolarmos o fio na forma de uma bobina, podemos aumentar a força exercida pelo
TO
campo e pela corrente. Para obtermos o efeito desejado, ou seja, produzir força e
EI
movimento devemos montar a bobina entre os polos de um imã, além de contar com
alguns recursos adicionais.
IR
Trata-se de uma espira de fio que gira entre os polos de um imã. Observe que a espira
A
Para que a espira possa ser submetida à corrente sem que seu movimento seja
comprometido, dois contatos fazem a ligação entre a pilha e o eixo. Estes contatos,
denominados escovas, têm também a função de, a cada meia volta do rotor, inverter
o sentido da corrente. Quando a corrente é aplicada ao conjunto, uma força gira a
espira, até que ela alcance uma posição de repouso meia volta depois.
Quando ela alcança essa posição, as escovas atuam invertendo a corrente. Após a
inversão, a nova posição de repouso estará meia volta à frente, e a espira irá
permanecer em movimento. Mais meia volta e novamente as escovas entram em
ação, invertendo a corrente. O resultado é que a espira permanecerá indefinidamente
S
em movimento, enquanto houver corrente aplicada. A figura abaixo ilustra esse
TO
processo.
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
de faíscas (devido à comutação das bobinas) provocam desgaste nas escovas, que
precisam ser substituídas.
EI
IR
são comuns, mas um motor especificado para 6 V pode perfeitamente operar com
tensões de 4 a 7 V sem problemas.
A
entre 1.000 e 10.000 são comuns. Vale lembrar que a velocidade do motor depende
Ó
Há uma grande variedade de motores de corrente contínua, inclusive tipos que não
possuem escovas, os sincros e os servos. Caso você queira se aprofundar no
assunto, poderá encontrar mais informações em livros especializados. Na figura
abaixo temos uma amostra da variedade de tipos e tamanhos de motores elétricos.
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
1.3 Caixas de Redução
O
-T
Muitas vezes a rotação de um motor em condições normais de operação é alta demais
para a aplicação que se deseja. Por isso é comum que os motores de corrente
S
O
contínua operem associados a conjuntos de engrenagens, ou caixas de redução.
D
aumentam sua força, que é medida em termos de torque. Na figura abaixo temos um
ER
Na figura abaixo mostramos um tipo de motor de corrente contínua que hoje encontra
vasta aplicação em indústria e mesmo produtos de consumo, com destaque para os
equipamentos de automação e informática. Trata-se do motor de passo.
S
TO
EN
AM
O motor de passo, usado em aplicações de precisão, não possui escovas, sendo
N
formado por um conjunto de bobinas. Energizando essas bobinas de determinada
EI
forma, é possível colocar o rotor na posição que desejarmos.
TR
Graças a essa característica, o motor de passo não se destina somente à produção de
movimento, mas também ao posicionamento de peças. É ele, por exemplo, que
P
O
posiciona a cabeça de uma impressora para ela gravar um símbolo num determinado
-T
ponto de uma folha. A figura abaixo representa a estrutura interna de um motor de
passo de 4 fases. S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
Para cada bobina energizada, o rotor gira até certo ângulo. Se energizarmos as
EI
bobinas em sequência, ele pode dar tantas voltas quantas sejam as sequências de
IR
pulsos aplicados. A posição final, que pode ser prevista com precisão, depende
-D
( ) a) campos elétricos.
S
( ) b) correntes induzidas.
TO
( ) c) campos magnéticos.
EN
( ) d) ondas eletromagnéticas.
AM
2 - Qual a finalidade das escovas nos motores de corrente contínua?
N
( ) a) Interromper a corrente para que motor não entre em curto.
EI
( ) b) Criar os campos magnéticos que produzem a força que gira o motor.
TR
( ) c) Inverter o sentido da corrente a cada meia volta do motor.
P
( ) d) Produzir a corrente pulsante que gera a indução das bobinas.
O
-T
3 - Quando duas bobinas orientadas conforme mostra a figura abaixo são
percorridas por uma corrente e é criado um campo com as orientações mostradas
S
O
na mesma figura, entre elas aparece que tipo de interação?
D
VA
ER
ES
R
( ) a) 2
Ó
( ) b) 4
C
( ) c) 6
( ) d) 8
LIÇÃO 15 – MAGNETISMO
Introdução
O funcionamento de muitos dispositivos usados em instrumentação elétrica e
eletrônica se baseia no fenômeno do magnetismo. Com certeza você já viu esse
S
assunto em suas aulas de Física do ensino médio, ou mesmo nas aulas de Ciências
TO
do ensino fundamental, quando estudou objetos como ímãs e bússolas. Na lição
EN
anterior, tratamos de magnetismo ao estudar o funcionamento de motores elétricos.
Vamos agora nos aprofundar no assunto, com a finalidade de preparar terreno para a
AM
abordagem dos instrumentos de medição. O magnetismo possui uma infinidade de
N
aplicações práticas em dispositivos como relés, solenoides, motores de todos os tipos
EI
e sensores.
TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
P
O
• O que são os ímãs
-T
• Os polos de um ímã
• A influência do ímã no espaço que o envolve S
O
• Principais propriedades dos ímãs
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Magnetismo
Certamente você já viu e até mesmo brincou com um ímã permanente. Trata-se de
uma barra de metal que pode atrair determinados objetos metálicos, como alfinetes,
pregos, clipes e outros. Por que, no entanto, os ímãs atraem estes objetos e não
outros?
Essa propriedade dos ímãs permanentes é conhecida como “magnetismo” e só se
manifesta em materiais denominados ferrosos. Somente materiais como ferro, cobalto,
S
níquel e aço são atraídos pelos ímãs e podem, por isso, tornarem-se ímãs e atrair
TO
objetos também dos mesmos materiais. Materiais como papel, vidro, plástico, borracha
e mesmos metais como alumínio, cobre, prata e ouro não são atraídos pelos ímãs.
EN
Os ímãs permanentes são assim chamados por poderem conservar seu magnetismo
AM
por tempo indeterminado. Na figura abaixo observamos um ímã em forma de barra.
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
Os ímãs permanentes podem ser naturais ou artificiais. Os naturais são compostos por
materiais que já são encontrados na natureza com as propriedades magnéticas que os
ES
Os ímãs artificiais são obtidos de materiais ferrosos que não possuem propriedades
S
forma de barra. Este ímã possui duas regiões nas quais a força de atração se
A
manifesta de forma mais intensa. São seus polos, que, por analogia com os polos da
ID
Essa analogia vem do fato de a Terra se comportar como um gigantesco (porém muito
O
importante dos ímãs pode ser exposta da seguinte maneira: polos de mesmo nome se
PI
abaixo.
S
TO
EN
1.1 Magnetização
AM
Em uma barra de ferro não magnetizada, os domínios magnéticos são distribuídos de
N
forma caótica. Se aproximarmos essa barra de um ímã poderoso, todos os seus
EI
domínios se “orientam” e ela passa a funcionar como um ímã. A figura abaixo ilustra
TR
este processo.
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
Na prática, usamos este fenômeno para “fabricar” ímãs, submetendo materiais em que
a orientação dos domínios é possível a poderosos campos magnéticos.
ES
R
seja, a sua influência no espaço que o cerca. Estas linhas saem do polo Norte e
IR
Como todo ímã tem sempre dois polos, as linhas que representam o campo magnético
C
( ) a) No meio.
( ) b) No polo Norte.
( ) c) No polo Sul.
( ) d) Nos polos.
S
TO
2 - Cortando ao meio um ímã em forma de barra, o que acontece?
EN
( ) a) Teremos metade com o polo Norte e a outra metade com o polo Sul.
AM
( ) b) As duas metades deixam de ser ímãs.
( ) c) Teremos duas partes que serão ímãs completos, com polos Norte e Sul.
N
EI
( ) d) Uma das partes ficará com o polo norte e a outra perderá o magnetismo.
TR
3 - Qual dos seguintes materiais não pode resultar num ímã?
P
O
( ) a) Ferro
-T
( ) b) Aço
( ) c) Cobalto S
O
( ) d) Alumínio
D
VA
4 - Todos os ímãs possuem dois polos, Norte e Sul. Pelo que aprendemos, podemos
ER
( ) d) são infinitas.
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
LIÇÃO 16 – ELETROMAGNETISMO
Introdução
Vimos, na lição anterior, que os campos elétricos não devem ser confundidos com
campos magnéticos, isto é, são fenômenos diferentes. No entanto, sabemos que
existe uma relação entre eletricidade e magnetismo, pois a corrente elétrica que passa
S
por um fio condutor tem a propriedade de produzir em torno de si um campo
TO
magnético.
EN
Nesta lição veremos como esse campo magnético é produzido. Estudaremos também
algumas leis que permitem prever sua ação e a orientação das linhas de força, assim
AM
como o aspecto quantitativo dos fenômenos envolvidos.
N
Procure memorizar as leis estudadas, pois elas serão necessárias nas aplicações
EI
práticas de instrumentação.
TR
Esta lição irá tratar dos seguintes assuntos:
P
O
• A origem dos fenômenos eletromagnéticos.
-T
• Leis da mão direita e da mão esquerda.
• Fluxo magnético. S
O
• Indução eletromagnética.
D
• Lei de Lenz.
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
1. Eletromagnetismo
S
A descoberta da relação entre eletricidade e magnetismo coube ao físico dinamarquês
TO
Hans Christian Oersted (1777-1851). Antes dele, no entanto, já havia hipóteses sobre
EN
essa relação, motivadas pela coincidência entre os aspectos opostos (na eletricidade,
as cargas positivas e negativas; no magnetismo, os polos norte e sul) e pelo fato de
AM
que, em ambos os fenômenos, os opostos se atraem e os iguais se repelem.
A experiência de Oersted, feita em 1820, é ilustrada na figura abaixo. Nesta
N
EI
experiência, quando a chave S é fechada, cria-se um campo magnético perpendicular
TR
ao fio, em consequência da circulação da corrente. O campo atua sobre a agulha de
uma bússola, que se posiciona de modo a ficar perpendicular ao fio, ou seja, paralela
P
às linhas de força do campo. Vale observar que o campo só existe enquanto a
O
corrente circula pelo fio.
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
O campo magnético criado tem uma orientação bem definida. Ele envolve o fio com as
linhas, tendo a direção mostrada na figura abaixo.
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
Observe que o campo magnético que surge ao redor do condutor possui uma
orientação magnética (de norte “N” para sul “S”) definida em função do sentido da
corrente (convencional) no condutor.
É necessário prever como é o campo criado por uma determinada corrente. Para
facilitar essa previsão, existe a Regra da Mão Direita. Essa regra facilita a
memorização do sentido do campo em relação à corrente. Se segurarmos o fio com a
mão direita de modo que o dedo indicador aponte para o sentido da corrente, as linhas
de força do campo estarão acompanhando a posição dos demais dedos. Veja na
figura abaixo como isso ocorre e memorize a regra.
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
1.3 Indução Eletromagnética
D
VA
condutor penetrar num campo magnético, gera-se uma corrente. O físico inglês
ES
Para que o fenômeno ocorra, é preciso que o condutor se mova em relação ao campo
S
Para haver indução, é preciso que as linhas de força do campo atravessem o fio ou
que o fio atravesse as linhas; se o fio se mover paralelamente às linhas do campo,
sem atravessá-las, não haverá indução.
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
A quantidade de linhas de força de um campo que atravessa uma superfície pode ser
D
VA
medida tanto em Tesla (T) quanto em Gauss (G). As duas unidades são encontradas
nas especificações de produtos cujo princípio de funcionamento se baseia em campos
ER
magnéticos.
ES
O físico russo Heinrich Lenz (1797 - 1878) foi quem descobriu a relação existente
TO
a induziu. A Lei de Lenz afirma que “quando uma corrente elétrica for induzida pelo
IR
movimento de um condutor num campo magnético, esta corrente terá um sentido tal
-D
que o campo magnético por ela criado irá se opor ao movimento do condutor”. Veja a
figura abaixo:
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
Quando o condutor se move no campo, a corrente induzida cria seu próprio campo
magnético que tende a se opor ao campo atravessado, deformando-o. Isso significa
que, para gerar uma corrente induzida, é necessário gastar energia.
Quando um condutor é percorrido por uma corrente e está imerso num campo
magnético, verifica-se o aparecimento de uma força que atua sobre o condutor. É o
chamado Efeito Motor da indução eletromagnética, aproveitado em instrumentos
elétricos e eletrônicos, além de motores. Essa força tem características peculiares: é
perpendicular ao sentido da corrente e também às linhas do campo magnético em que
está o fio. Observe a figura abaixo:
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
Para determinar o sentido da força em função do sentido da corrente e do campo, usa-
D
se a Regra da Mão Direita. Veja na figura abaixo como podemos usar os dedos na
VA
indicadas.
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
( ) a) Paralelo ao condutor.
( ) b) Oblíquo em relação ao condutor.
( ) c) Perpendicular ao condutor.
S
( ) d) Depende do sentido da corrente.
TO
EN
2 - Para que ocorra indução de uma corrente num condutor retilíneo, como deve ser
seu movimento dentro de um campo magnético uniforme (linhas paralelas)?
AM
( ) a) Ele deve se movimentar perpendicularmente às linhas do campo.
N
EI
( ) b) Ele deve se movimentar paralelamente às linhas do campo.
TR
( ) c) Ele deve oscilar paralelamente às linhas do campo.
( ) d) Ele deve ficar parado no campo magnético.
P
O
3 - Envolvendo com a mão direita um condutor percorrido por uma corrente de modo
-T
que o dedo polegar corresponda ao sentido da corrente, podemos afirmar que:
S
O
( ) a) A tensão gerada tem o sentido dos quatro dedos que envolvem o fio.
D
produzido.
ER
4 - Em que caso temos a indução de uma tensão maior num condutor em relação a
S
TO
5 - Pela regra da mão esquerda, que estabelece a relação entre as direções dos
O
vetores da corrente elétrica num fio, do fluxo magnético e da força que tende a
PR
S
TO
O fato é que a corrente alternada nem sempre segue os padrões que estudamos
anteriormente.
EN
Isso significa que, nesta lição, precisamos ir além. Veremos agora correntes com
outras formas de onda, quais as suas principais propriedades e como elas podem ser
AM
representadas. Essas correntes, conhecidas como sinais, são encontradas numa
N
série de equipamentos eletrônicos.
EI
TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
P
• O que é um sinal
O
• Corrente contínua pulsante
-T
• Sinais retangulares / quadrados
• Sinais triangulares e dente de serra S
O
• Aplicações dos sinais
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
2. Outras Formas de Onda
P
O
Nos circuitos eletrônicos, além das correntes contínuas e alternadas senoidais,
-T
encontramos correntes chamadas “sinais”.
S
Recebem esse nome porque podem transportar informações ou exercer uma função
O
diferente daquela de, simplesmente, levar a energia de um ponto a outro do circuito.
D
familiares. Assim, é comum que eles sejam identificados pelas suas formas de onda,
ER
Esta corrente é empurrada num único sentido por pulsos ou “soquinhos”. Dizemos
A
tecnicamente que se trata de uma corrente contínua pulsante. Contínua porque circula
PI
Um outro tipo de corrente ou sinal é o que obtemos quando abrimos e fechamos uma
chave em intervalos uniformes. Temos, assim, uma corrente num instante e no outro
instante não. Se os tempos em que a chave estiver aberta forem iguais aos tempos
em que ela está fechada, dizemos que o ciclo ativo desta corrente é de 50 %.
Na figura abaixo temos representações desse tipo de sinal, que lembram quadrados
ou retângulos. Por isso é comum usar a denominação de sinal retangular, ou então
S
TO
sinal quadrado quando o ciclo ativo é de 50%.
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
Observe os ciclos ativos que indicam, em cada ciclo, por quanto tempo temos corrente
e quanto tempo não. S
O
D
serra, temos uma subida lenta e depois uma queda rápida, ou vice-versa.
A
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
corrente contínua pulsante circula sempre no mesmo sentido, mas varia de
TO
intensidade.
EN
( ) d) Enquanto a corrente contínua varia de sentido, a corrente contínua pulsante
muda de intensidade.
AM
2 - Abrindo e fechando um interruptor rapidamente, a intervalos regulares, geramos
N
EI
que tipo de sinal num circuito?
TR
( ) a) Sinal alternado senoidal
P
( ) b) Sinal retangular
O
( ) c) Sinal contínuo
-T
( ) d) Sinal triangular
S
O
3 - Ligando, na saída de um gerador, um aparelho (osciloscópio) que nos permita
D
Podemos afirmar que a corrente que este gerador está fornecendo a um circuito
ER
externo é:
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
( ) a) Contínua pura
A
( ) b) Contínua pulsante
ID
( ) c) Alternada senoidal
IB
( ) d) Alternada triangular
O
PR
4 - O tempo que um sinal retangular mantém a tensão mais alta é o mesmo que ele
mantém a tensão mais baixa, conforme mostra a figura abaixo. Podemos dizer que:
A
PI
Ó
C
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
Os cálculos e conceitos relacionados à corrente alternada são fundamentais para o
TO
desenvolvimento de projetos em eletrônica. Com eles é possível prever os limites de
funcionamento e o consumo de energia de muitos equipamentos, além do
EN
comportamento de dispositivos controlados por esses equipamentos.
AM
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
N
EI
• Energia numa senóide
TR
• Valores-limite
P
• Como medir a corrente alternada senoidal
O
• Conceitos de ciclo e período
-T
• Valor de pico, valor pico a pico, valor médio e valor eficaz.
• Período e frequência. S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
TO
EN
AM
Observe que a tensão ou corrente alternadas não possuem um valor fixo, isto é,
N
variam constantemente. Essa característica faz com que seja impossível falar na sua
EI
medida da forma como fazemos para as correntes e tensões contínuas.
TR
Nesse caso, dizemos que, a cada instante, a tensão tem um valor denominado
P
instantâneo. O cálculo desse valor só é necessário em algumas aplicações
O
específicas. No entanto, precisamos medir os efeitos de uma corrente alternada, o que
-T
nos leva a expressar sua intensidade de diversas formas. Já vimos algumas delas em
lições anteriores, porém sem entrar em detalhes. Vamos agora nos aprofundar um
S
O
pouco mais no assunto.
D
VA
Os primeiros valores que nos interessam referem-se aos pontos máximo e mínimo que
ES
a corrente atinge a cada ciclo. Temos, então, os chamados valores de pico, que tanto
podem ser positivos como negativos, como mostra a figura abaixo:
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
Entre o pico positivo e o pico negativo, podemos indicar o valor pico a pico.
O
Representamos estes valores como Vp+, Vp-, Vp ou, ainda, para o valor pico a pico,
PR
Vpp.
A
PI
Numa aplicação prática, quando precisamos trabalhar com potências elétricas, o valor
de pico não é o mais apropriado para especificar uma tensão ou corrente alternada.
Isso porque o valor de pico se mantém apenas por uma fração de segundo,
representando uma quantidade de energia que a corrente alternada não pode
realmente fornecer. Uma primeira alternativa para medir a tensão ou corrente
alternada consiste em calcular o valor médio, ou seja, a média de todos os valores que
a tensão assume num semiciclo.
O resultado desse cálculo descreve com maior fidelidade os efeitos de uma corrente
alternada que esteja fornecendo energia. Na figura abaixo ilustramos o valor médio.
S
TO
EN
AM
Mas mesmo a média das tensões não corresponde a uma indicação apropriada para
N
determinadas aplicações, principalmente para que envolvem potências. Afinal, como
EI
calcular o valor da corrente contínua que, aplicada a um resistor, fizesse com que ele
TR
dissipasse a mesma quantidade de calor que um outro resistor alimentado por uma
tensão alternada?
P
O
Verifica-se que este valor é 70,7% do valor do pico da tensão alternada, e não 63,7%.
-T
Este valor é denominado “eficaz” ou “root mean square”, sendo por isso abreviado por
RMS. O valor RMS é obtido dividindo-se o valor de pico pela raiz quadrada de 2, que é
S
aproximadamente 1,41.
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
Um caso comum é o dos picos (ou spikes) que, sobrepondo-se a uma tensão senoidal,
ID
como mostra a figura abaixo, elevam-se para milhares de volts, o que pode danificar
IB
S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C
S
TO
EN
AM
N
EI
A frequência é o número de ciclos que a corrente completa em cada segundo e é
TR
medida em Hertz (Hz). O período é o tempo necessário para se completar um ciclo
completo. O período é medido em segundos (s).
P
O
Frequência e período se relacionam de uma forma bem definida: a frequência é o
-T
inverso do período ou:
S
O
D
VA
ER
Onde:
ES
f é a frequência em Hz
T é o período em segundos
R
S
figura abaixo é possível observar quanto dura o período (ou ciclo) de um sinal de 60
EI
Hz.
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
1 - Qual o efeito de uma tensão senoidal de 100 V de pico alimentando uma lâmpada
incandescente?
S
( ) c) O mesmo efeito de uma tensão de 67,3 RMS.
TO
( ) d) O mesmo efeito de uma tensão contínua de 70,7 V.
EN
2 - Um multímetro foi calibrado para medir tensões true RMS (RMS verdadeiro).
AM
Numa aplicação industrial em que sejam constatadas deformações na tensão senoidal
fornecida, podemos afirmar que:
N
EI
TR
( ) a) o multímetro vai detectar estas alterações.
( ) b) o multímetro vai queimar.
P
( ) c) o multímetro vai indicar zero em todas as escalas.
O
( ) d) o multímetro não vai detectar estas alterações.
-T
S
3 - Numa fonte encontramos uma tensão senoidal de 35 V RMS. O valor de pico da
O
tensão desta fonte será de aproximadamente:
D
VA
( ) a) 70 V
ER
( ) b) 50 V
( ) c) 100 V
ES
( ) d) 140 V
R