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TOP TREINAMENTOS AVANÇADOS

S
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P
O
-T
APOSTILA S
O
D
VA

DE
ER
ES

ELETRÔNICA BÁSICA
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Curso de Eletrônica
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Apostila de Eletrônica Básica
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ÍNDICE DAS LIÇÕES


LIÇÃO 1: RESISTORES

* Resistencia Elétrica

*Resistores

S
* Tipos

TO
EN
* Valores e Tolerâncias

AM
* Código de Cores

N
EI
* Exercício para memorização

TR
LIÇÃO 2: RESISTORES VARIÁVEIS

P
O
* Potenciômetros

-T
* Trimpots
S
O
D

* Potenciômetros Lineares ou LIN


VA
ER

* Potenciômetros Logarítmicos OU log


ES

* Exercício para memorização


R
S

LIÇÃO 3: ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES


TO

* Associação em Série
EI
IR

* Associação em Paralelo
-D

* Associação Mista
A
ID

* Exercício para memorização


IB
O
PR

LIÇÃO 4: RESISTORES ESPECIAIS


A

* Resistores Sensíveis à Luz (LDR's)


PI
Ó

* Resistores Sensíveis a Temperatura


C

*PTC

*NTC

* Exercício para memorização

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LIÇÃO 5: CAPACITORES

* O Capacitor

* Tipos de Capacitores

* Capacitância

* Códigos de Capacitores

S
TO
* Exercício para memorização

EN
LIÇÃO 6: ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES

AM
N
* Associação em Série

EI
TR
* Associação em Paralelo

P
* Associação Mista

O
-T
* Exercício para memorização
S
O
LIÇÃO 7 : CAPACITORES VARIÁVEIS
D
VA

* Capacitores Variáveis Comuns


ER

* Trimmers e Padders
ES
R

* Valores de Capacitores Variáveis


S
TO

* Exercício para memorização


EI

LIÇÃO 8: CAPACITORES CERÂMICOS E POLIÉSTER


IR
-D

* Capacitores Cerâmicos e seus códigos


A
ID

* Capacitores de Poliéster e seus códigos


IB

* Coeficiente de Temperatura
O
PR

* Exercício para memorização


A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 9: CAPACITORES ELETROLITICOS

* Como são construídos

* Tipos

* Polaridade

* Eletrolíticos de Tântalo

S
TO
* Uso destes Capacitores

EN
* Valores destes capacitores

AM
N
* Exercício para memorização

EI
TR
LIÇÃO 10: INDUTORES

P
* Indutância

O
-T
* Indutores
S
O
- Núcleos
D
VA

- Fios Esmaltados
ER

- Uso dos Indutores


ES
R

- Valores dos Indutores


S
TO

* Exercício para memorização


EI

LIÇÃO 11: ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES


IR
-D

* Associação em Paralelo
A
ID

* Associação em Série
IB

* Associação Mista
O
PR

* Exercício para memorização


A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 12: CORRENTE

* Contínua

* Alternada

- Formas de Onda

- Valores da Corrente Alternada

S
TO
* Exercício para memorização

EN
LIÇÃO 13: TRANSFORMADORES

AM
N
* Indução

EI
TR
* O Transformador

P
* Tipos de Transformadores

O
-T
* Cálculo de Transformadores
S
O
* Exercício para memorização
D
VA

LIÇÃO 14: MOTORES ELÉTRICOS


ER

* Funcionamento
ES
R

* Características
S
TO

* Caixas de Redução
EI

* Motores de Passo
IR
-D

* exercício para memorização


A
ID

LIÇÃO 15: MAGNETISMO


IB

* Propriedade dos Imãs


O
PR

* Magnetização
A
PI

* Linhas de Força
Ó
C

* exercício para memorização

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LIÇÃO 16: ELETROMAGNETISMO

* Efeito Magnético da Corrente

* Regra da Mão Direita

* Indução Eletromagnética

* Fluxo Magnético

S
TO
* Lei de Lenz

EN
* Efeito Motor da Indução Magnética

AM
N
* exercício para memorização

EI
TR
LIÇÃO 17: CORRENTE ALTERNADA E SINAIS

P
* Corrente alternada senoidal

O
-T
* Outras Formas de Onda
S
O
- Corrente Contínua Pulsante
D
VA

- Sinais Retangulares e Quadrados


ER

- Sinais Dente de Serra e Triangulares


ES
R

* Aplicações dos Sinais


S
TO

* exercício para memorização


EI

LIÇÃO 18: MEDIDAS DE CORRENTE ALTERNADA


IR
-D

* Valores de Pico
A
ID

* Valor Médio e Eficaz


IB

* Frequência e Período
O
PR

* exercício para memorização


A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 01 – RESISTORES
Introdução
Diversos tipos de componentes eletrônicos básicos são encontrados em
equipamentos de uso tanto doméstico como industrial e automotivo. Dentre

S
esses componentes, o resistor é um dos que aparece com mais frequência na

TO
maioria dos equipamentos.

EN
Em nosso estudo da eletrônica, vamos justamente começar falando deste
componente.

AM
Além de aprender como o resistor funciona, você vai saber como trabalhar com

N
ele.

EI
Os resistores podem ser encontrados numa grande quantidade de formatos e

TR
tamanhos, e possuem diversas funções nos circuitos. Por serem assim, tão
versáteis e tão presentes, é necessário que você saiba o máximo possível sobre

P
eles.

O
-T
Esta lição tem por objetivo fornecer a você informações sobre os seguintes
assuntos: S
O
D

• Resistência elétrica
VA

• Funcionamento do resistor.
ER

• Tipos de resistores.
• Como ler os valores dos resistores.
ES

• Valores usados nos equipamentos comuns.


R

• A precisão dos resistores.


S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Resistência Elétrica

Quando uma corrente atravessa um fio metálico, temos a produção de calor, que
resulta da conversão da energia gasta pelas cargas para vencer a oposição do
condutor metálico.
Isso ocorre porque, da mesma forma que não existe um isolante perfeito,
também não existe um condutor perfeito. Mesmo o melhor metal, ou qualquer
outro meio sólido, líquido ou gasoso, não permite que as cargas o atravessem

S
sem lhes apresentar uma certa oposição, denominada resistência elétrica.

TO
Essa característica dos materiais pode ter muitas aplicações práticas. Podemos,
por exemplo, usar um dispositivo que tenha uma certa resistência elétrica para

EN
reduzir propositalmente a intensidade da corrente num circuito, até que ela

AM
atinja um valor desejado. Essa é uma das funções dos resistores.

N
2. Resistores

EI
TR
Os resistores podem ser definidos como componentes cuja finalidade é

P
apresentar uma certa resistência elétrica. Veja a seguir os símbolos adotados

O
para representá-los:

-T
S
O
D
VA
ER
ES
R

Em 1.a temos o símbolo encontrado em diagramas de origem européia, que é


S

também o mais adotado em nosso país. Em 1.b temos o símbolo adotado nos
TO

diagramas de origem americana. Na prática, precisamos de componentes que


apresentem uma certa resistência para executar diversas funções nos circuitos,
EI

tais como reduzir a intensidade de uma corrente a um valor desejado, ou reduzir


IR

uma tensão a um determinado valor. Dependendo do tipo de aplicação, da


-D

intensidade da corrente com que devem trabalhar, além de outros fatores, os


resistores podem ser fabricados com diversos materiais e em diversos
A
ID

tamanhos. A seguir iremos conhecer os tipos mais comuns.


IB
O
PR

2.1 Tipos de Resistores


A

As dimensões e os materiais usados na fabricação dos resistores influem no


PI

seu desempenho, assim como na quantidade de calor que eles transferem para
Ó

o ambiente.
C

Um resistor que não transfere o calor gerado para o ambiente acaba se


aquecendo demais e “queimando”. Por isso a fabricação desses componentes
deve levar em conta não só o material de que são feitos, mas também as suas
dimensões, a fim de controlar as características de cada resistor.

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Os resistores fabricados com um valor de resistência determinado são também
conhecidos como “resistores fixos”. Os principais tipos de resistores fixos são
os seguintes veja figura abaixo:

S
TO
EN
AM
N
EI
Resistores de Carbono Resistores de Fio Resistores SMD

TR
Carvão ou carbono (PTH e SMD)

P
O
-T
Os resistores de carbono são os mais comuns de todos. São fabricados
depositando-se uma película de carbono num pequeno tubo de porcelana ou
S
pastilha SMD. A espessura e as raias dessa película determinam a resistência
O
que o componente vai apresentar. O tamanho desses resistores depende da
D
VA

quantidade de calor que eles podem dissipar, mas em geral são resistores de
pequena ou baixa potência, podendo ser encontrados com dissipações de 1/8 W
ER

(0,125) a 2 W.
ES

Um aspecto negativo dos resistores de carbono está no fato de serem ruidosos:


quando a corrente passa através de um deles, a agitação térmica do material
R

acaba gerando ruídos no circuito. Isso impede, por exemplo, a utilização desse
S

tipo de componente em circuitos de som mais sensíveis.


TO
EI

Película metálica (PTH e SMD)


IR

Os resistores de película metálica são menos ruidosos que os de carbono. São


-D

fabricados depositando-se uma fina película de metal num tubinho de porcelana,


A

exatamente como no caso dos resistores de carbono. Podem ser encontrados


ID

na mesma faixa de dissipação dos resistores de carbono.


IB
O

Fio ou potência (PTH)


PR

Um importante tipo de resistor é o que se destina a trabalhar com correntes


A

intensas, devendo, para isso, dissipar uma grande quantidade de calor. Esses
PI

resistores, além de serem maiores, precisam ser feitos de materiais que


Ó

suportem temperaturas mais elevadas. O tipo mais comum é fabricado


C

enrolando-se fio metálico (normalmente níquel-cromo, ou nicromo) numa base


de porcelana. O resistor de fio pode ser encontrado em dissipações que vão de 1
ou 2 W até mais de 100 W.

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2.2 Valores e Tolerância

A resistência elétrica é medida em ohms (Ω), e quando se refere a um resistor é


também chamada de valor. Nas aplicações eletrônicas, podemos encontrar
resistores de uma grande variedade de valores. Os menores chegam a ser de 0,1
ohm e os maiores podem chegar a 22.000.000 ohms (22 M).
Evidentemente, fabricar todos os valores entre esses dois extremos seria
impossível. Se fôssemos fabricar resistores com todos os valores até 22.000.000
ohms (22 M), precisaríamos ter 22 milhões de “formas” diferentes e, para ter um

S
TO
estoque de trabalho, precisaríamos de um gaveteiro com igual número de
gavetas. Como fazer então?

EN
Ocorre que, na prática. não precisamos ter valores precisos de resistores para a

AM
maioria das aplicações. Assim, quando se projeta um equipamento eletrônico,
leva-se em conta certa tolerância de valores para os componentes usados.

N
Uma faixa comum de tolerância é 10%. Isso significa que, se calcularmos um

EI
valor de 100 ohms para uma aplicação, o aparelho vai funcionar normalmente se

TR
usarmos qualquer valor de resistência entre 90 e 110 ohms (10% para mais ou
para menos). Como conseqüência, em vez de precisarmos fabricar todos os

P
valores de resistores entre 90 e 110 ohms, é suficiente que tenhamos o valor de

O
-T
100 ohms, que vai cobrir esta faixa; em seguida teremos o de 120 ohms, que vai
cobrir a faixa logo acima, e assim por diante veja figura abaixo:
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID

Em aplicações mais críticas, podemos adotar uma tolerância de 5% e, em outros


IB

casos, de até 20%. Isso nos possibilita trabalhar com poucos valores
O

padronizados e cobrir todos os valores usados nos circuitos, empregando


PR

sempre o mais próximo do desejado.


Para cada faixa de tolerância, existe uma série de valores. Tais séries são
A

adotadas universalmente e correspondem aos códigos E6, E12 e E24.


PI

Para a série E12, por exemplo os valores são:


Ó
C

10 12 15 18 22 27 33 39 47 56 68 82
Observe que a série é chamada E12 pois usa 12 valores básicos. Multiplicando-
os ou dividindo-os por 10, 100, 1.000, etc., obtemos os outros valores possíveis.
Nesta série, com 10% de tolerância, temos portanto valores como 470 ohms,
2.200 ohms, 56.000 ohms, 1,2 ohm, 330.000 ohms, etc. Evidentemente não
teremos valores como 38 ohms, 245 ohms, 24.000 ohms, pois não fazem parte da
série.

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Para a série E6 (20% de tolerância) temos os valores básicos:

10 15 22 33 47 68
Para a série E24 (5% de tolerância) os valores são:

10 11 12 13 15 16 18 20 22 24 27 30 33 36 39 43 47 51 56 62 68 75 82 91 0

S
TO
Obs.: para as séries E6 e E24, é válido o mesmo processo de multiplicação e

EN
divisão por 10, 100 e 1000.

AM
2.3 Código de Cores

N
EI
Nos resistores de grandes dimensões, como os resistores de fio, existe bastante

TR
espaço para especificar o valor, dissipação e demais informações que sejam
importantes para o usuário. No entanto, nos resistores pequenos esse espaço

P
não existe, o que acarreta dificuldades para fabricantes e usuários.

O
Uma forma de se especificar os valores dos resistores (e de outros

-T
componentes pequenos) é por meio de pintas, anéis ou faixas coloridas. Essas
S
faixas podem ser pintadas automaticamente durante a fabricação, num processo
O
muito mais simples que o da escrita de cada detalhe do componente. Adota-se
D

então uma codificação universal que os profissionais da área devem conhecer.


VA

O código para os resistores consiste numa sequência de faixas coloridas que


ER

são pintadas no corpo do componente, cada faixa tendo um significado


associado à posição que ocupa na sequência, conforme mostra a figura abaixo.
ES

Os resistores podem ter três, quatro ou cinco faixas pintadas.


R

O código de cores é de extrema importância para o profissional, pois também é


S

adotado na identificação de outros componentes que não os resistores.


TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Usando o código

a) Três e quatro faixas: contando a partir da esquerda, as duas primeiras


faixas ou dois primeiros anéis determinam os dois primeiros dígitos do
valor da resistência.

Ex.: Amarelo, Violeta = 47 A terceira faixa determina qual será o multiplicador


das primeiras faixas.
Ex.: Vermelho(× 100).

S
TO
47 × 100 = 4.700
O valor será 4.700 ohms ou 4.7 k.

EN
AM
Se tivermos três faixas, a tolerância será 20%; se tivermos quatro faixas, a
quarta determina tolerância conforme a tabela.

N
EI
b) Cinco faixas: as três primeiras determinam os três dígitos do valor.

TR
Ex.: marrom, verde, violeta = 157.

P
A quarta faixa é o multiplicador.

O
-T
Exemplo: vermelho (× 100) 157 × 100 = 15.700
O resistor será de 15.700 ohms, ou 15,7 k. S
A quinta faixa determina a tolerância, conforme a tabela.
O
D
VA

Veja mais:
ER

Resistores são o centro de um assunto fascinante que pode ir muito além do


ES

que vimos nesta lição. Enumeramos a seguir algumas das perguntas mais
frequentes sobre o assunto e suas respectivas respostas.
R
S

1. O que acontece quando um resistor “queima”?


TO

Os resistores normalmente “abrem” quando queimam; ou seja, sua resistência


EI

se altera para um valor maior ou mesmo para o infinito. Esta alteração é


IR

verificada através de instrumentos.


-D

2. Os resistores custam caro?


A

Os resistores de carbono são muito baratos, chegando a custar poucos


ID

centavos, dependendo do valor e tolerância. Os outros tipos, dependendo do


IB

tamanho, podem custar caro.


O
PR

3. Como podemos testar um resistor?


Os resistores são testados medindo-se sua resistência. Para esta finalidade o
A

profissional usa um instrumento chamado “multímetro” que, entre outras


PI

funções, mede resistências.


Ó
C

4. O que são resistores SMD?


SMD significa Surface Mounting Devices ou Componentes para Montagem em
Superfície. Os resistores fabricados por meio dessa tecnologia são
extremamente pequenos e usados em montagens de equipamentos
miniaturizados. São encontrados nos mesmos tipos e valores que os resistores
comuns.

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Exercícios para Memorizar


○ ○ ○ ○ ○

1 - Qual dos seguintes valores de resistores com uma tolerância de 10 % não


pode ser encontrado comercialmente?

( ) a) 10 ohms
( ) b) 470 ohms

S
( ) c) 220.000 ohms

TO
( ) d) 3.700 ohms

EN
2 - Como são chamados os resistores destinados à dissipação de potência

AM
elevada, feitos de um fio metálico de nicromo enrolado sobre uma base de
porcelana?

N
EI
TR
( ) a) Resistores fixos.
( ) b) Resistores de carbono.

P
( ) c) Resistores de filme metálico.

O
( ) d) Resistores de fio.

-T
3 - Se precisarmos de um resistor de 123 ohms da série de 10% de tolerância,
S
O
qual será o valor comercial mais próximo recomendado?
D
VA

( ) a) 130 ohms
ER

( ) b) 120 ohms
( ) c) 100 ohms
ES

( ) d) 123 ohms
R

4 - Existem diversos tipos de resistores, classificados de acordo com o material


S
TO

de que são feitos, ou com a tecnologia usada na sua fabricação. Os resistores


de carbono são resistores:
EI
IR

( ) a) de alta potência.
-D

( ) b) de baixa potência.
( ) c) de baixo nível de ruído.
A

( ) d) de alta precisão.
ID
IB

5 - Consultando o código de cores dos resistores, responda: qual o valor de um


O

resistor que tem, na ordem de leitura, faixas com as cores amarelo, violeta,
PR

vermelho?
A
PI

( ) a) 472 ohms
Ó

( ) b) 470 ohms
C

( ) c) 270 000 ohms


( ) d) 4700 ohms

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LIÇÃO 02 – RESISTORES VARIÁVEIS


Introdução

Na lição anterior estudamos os resistores fixos, ou seja, aqueles que são fabricados

S
com um único e definitivo valor e que são os mais comuns em equipamentos

TO
eletrônicos. Nesta lição iremos estudar os resistores variáveis, cujo valor de
resistência pode ser alterado conforme a necessidade de aplicação.

EN
Os resistores variáveis são empregados em muitos equipamentos, como, por exemplo,

AM
nos controles de volume dos aparelhos de som, equalizadores, em dimmers de
máquinas industriais e em muitos outros equipamentos.

N
Também são usados em ajustes internos de equipamentos de diversos tipos.

EI
Para o profissional da eletrônica será importante conhecer o funcionamento desses

TR
resistores, assim como os diversos tipos em que se apresentam, pois eles certamente

P
aparecerão no seu trabalho muitas vezes.

O
-T
O objetivo desta lição é tratar dos seguintes assuntos:
S
O
• O que são e como funcionam os resistores variáveis.
D

• Quais os tipos de resistores variáveis encontrados nos equipamentos eletrônicos.


VA

• Potenciômetros.
• Trimpots.
ER

• Curvas de variação.
ES

• Valores comerciais.
• Como a resistência varia conforme o tipo do resistor.
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Resistores Variáveis

Nos circuitos eletrônicos em geral, existem aplicações em que é preciso alterar o valor
do resistor de modo a ajustá-lo ao funcionamento de um equipamento, ou mesmo
mudar o comportamento do aparelho durante a operação. É o que acontece quando
desejamos alterar o volume ou o tom da reprodução do som de um rádio ou
amplificador. Para essas aplicações, existem os resistores variáveis.
Dentre os diversos tipos de resistores variáveis, os mais comuns são os

S
potenciômetros e os trimpots.

TO
1.1 Potenciômetros

EN
AM
Os potenciômetros são resistores variáveis que nos permitem atuar sobre um
elemento de controle e mudar sua resistência a qualquer momento. São usados como

N
EI
controles em diversos equipamentos, normalmente instalados em seus painéis. É o

TR
caso dos potenciômetros de controle de volume e tom de rádios e amplificadores.
Os potenciômetros são representados pelos seguintes símbolos:

P
O
-T
S
O
D
VA

Nos potenciômetros rotativos existe um cursor que desliza sobre um elemento de


ER

resistência, de modo que a resistência entre o ponto A e o cursor varia ao mesmo


tempo que a resistência entre o ponto B e o cursor veja abaixo:
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

Assim, quando o cursor vai de A para B, a resistência entre A e o cursor aumenta,


enquanto a resistência entre B e o cursor diminui. Enquanto isso, a resistência entre
as extremidades permanece constante; é a chamada resistência nominal do
potenciômetro.

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Vejamos um exemplo: num potenciômetro de 100 ohms, a resistência varia de 0 a 100
entre A e o cursor, e de 100 ohms a 0 entre o cursor e B, mas fica constante em 100
ohms entre as extremidades.
Dependendo da intensidade da corrente que deverá passar pelos potenciômetros, eles
podem ser feitos de carbono ou fio. Os de fio são usados no controle de correntes
maiores. Nos potenciômetros deslizantes, ou slide (veja figura), o cursor desliza sobre
o elemento resistivo de carbono, de modo a termos o mesmo tipo de variação da
resistência entre A e o cursor e entre B e o cursor.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
Em alguns casos os potenciômetros podem ser duplos ou mesmo incorporar outros
elementos de controle de um circuito, como, por exemplo, uma chave que liga e
S
desliga veja figura:
O
D
VA
ER
ES
R

1.2 Trimpots
S
TO

Esse tipo de resistor variável é usado na parte interna dos equipamentos, tendo a
EI

função de possibilitar ajustes. Normalmente, uma vez ajustados para apresentar uma
IR

determinada resistência, os trimpots não são mais tocados, a não ser quando
necessário.
-D

Na figura abaixo vemos os aspectos mais comuns desses componentes, assim como
A

seu símbolo.
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

Os trimpots são normalmente de carbono e têm o mesmo modo de variação de


resistência que os potenciômetros. Um tipo importante de resistor variável de ajuste é
o trimpot (ou potenciômetro) multivoltas, mostrado na figura abaixo.

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Nele, o cursor desliza quando é girado um parafuso. Para que o cursor vá de uma
extremidade a outra do elemento de resistência, é preciso dar muitas voltas no
parafuso. Isso permite um ajuste preciso da resistência apresentada pelo componente,
o que o torna ideal para as aplicações mais críticas.
Tanto os potenciômetros como os Trimpots são encontrados em faixas de valores que
vão de poucos ohms até mais de 4,7 Mohms.

2. Potenciômetros Lineares e Logarítmicos

S
TO
A utilidade dos resistores variáveis, principalmente potenciômetros, não se limita à
variação do valor e da capacidade de dissipar mais ou menos calor. Existem

EN
aplicações em que precisamos variar de maneira constante e uniforme a resistência

AM
apresentada pelo componente num circuito; outras ainda esperam de um componente
um comportamento não uniforme. Isso nos leva a dois grupos de potenciômetros, que

N
se diferenciam segundo o modo de variação da sua resistência.

EI
TR
2.1 Potenciômetros Lineares ou Lin

P
O
Os potenciômetros lineares são aqueles cuja resistência varia em proporção direta

-T
com o movimento de seu cursor; ou seja, em proporção direta com o ângulo de giro
S
nos potenciômetros rotativos, ou com o deslocamento do cursor nos potenciômetros
O
deslizantes. A “curva” de variação da resistência desses potenciômetros é uma reta,
D

conforme mostra a figura abaixo:


VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A

2.2 Potenciômetros Logarítmicos ou Log


ID
IB

O ouvido humano não tem uma característica linear de sensibilidade. Ele é mais
O
PR

sensível aos sons fracos e diminui a sensibilidade para os sons mais fortes, como se
houvesse um “controle de ganho” evitando que nossos tímpanos sejam feridos.
A

A curva de sensibilidade do ouvido humano é representada pelo gráfico da figura


PI

abaixo.
Ó
C

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Trata-se de uma curva logarítmica em que a sensibilidade é proporcional ao


logaritmo(log) da intensidade sonora. Como, em muitas aplicações, os potenciômetros
são usados como controle de volume sonoro (por exemplo, em amplificadores e outros
equipamentos de som), é interessante adaptar esses componentes para que sua
curva de variação de resistência esteja de acordo com a sensibilidade do nosso
ouvido. Isso possibilita um controle mais suave e preciso do som naqueles
equipamentos. Os potenciômetros que apresentam esse tipo de curva são chamados
potenciômetros logarítmicos, ou log (figura abaixo). Encontrados nos controles de
volume de diversos tipos de aparelhos, possuem uma variação mais suave da

S
resistência no início do movimento do cursor e mais acentuada no centro.

TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D

Obs.: os potenciômetros lin e log podem ser tanto rotativos como deslizantes. Além
VA

desses dois tipos, são encontráveis potenciômetros com curvas as mais diversas,
ER

adaptadas ao tipo de controle que se quer ter sobre o circuito.


ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - Qual dos seguintes tipos de resistores é o mais apropriado para controlar a
corrente no circuito de uma lâmpada, como o mostrado na figura abaixo, de modo que
possamos ajustar a qualquer momento o brilho da lâmpada?

S
TO
EN
AM
N
EI
( ) a) Um resistor fixo de carbono.
( ) b) Um resistor de fio.

TR
( ) c) Um potenciômetro de fio.

P
( ) d) Um trimpot.

O
-T
2 - Os potenciômetros que são construídos depositando-se uma película de carbono
sobre uma base na qual corre um cursor e que são destinados a trabalhar com
S
O
correntes fracas são denominados:
D
VA

( ) a) potenciômetros fixos.
( ) b) potenciômetros de carbono.
ER

( ) c) potenciômetros multivoltas.
ES

( ) d) potenciômetros de fio.
R

3 - Existem diversos tipos de resistores variáveis, classificados de acordo com o


S
TO

material de que são feitos ou com a tecnologia usada na sua fabricação. De acordo
com o que vimos, os potenciômetros multivoltas são resistores:
EI
IR

( ) a) variáveis de alta potência.


-D

( ) b) fixos de baixa potência.


( ) c) variáveis para ajustes críticos.
A

( ) d) variáveis para correntes intensas.


ID
IB

4 - Os potenciômetros deslizantes são:


O
PR

( ) a) de alta potência.
( ) b) de baixa potência.
A
PI

( ) c) de baixo nível de ruído.


Ó

( ) d) de alta precisão.
C

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LIÇÃO 03 – ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES


Introdução
Nas lições anteriores estudamos os resistores, que são componentes encontrados
em grande quantidade, em todos os equipamentos eletrônicos. A freqüência do

S
emprego desses componentes vai além do seu uso isolado, pois eles podem também

TO
ser ligados em conjunto, ou associados, de modo a combinar seus efeitos.

EN
O conhecimento sobre associação de resistores tem duas utilidades práticas: a
primeira está em saber associar resistores de forma a obter um valor de resistência

AM
que não exista na série comercial, ou que esteja em falta na ocasião; a segunda

N
consiste em saber prever os efeitos de um conjunto de resistores num circuito,

EI
conhecimento este de grande utilidade pois, conforme dissemos, os resistores estão

TR
presentes em grande quantidade em todos os equipamentos.

P
Nesta lição você irá aprender sobre:

O
-T
• como os resistores podem ser associados;
S
• como calcular a resistência da associação em série;
O
• como calcular a resistência da associação em paralelo;
D

• quais as propriedades dessas associações;


VA

• como calcular associações combinadas série/paralelo.


ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Associações de Resistores

Quando diversos resistores são interligados, os efeitos de suas resistências se


combinam e o resultado é que todo o conjunto se comporta de uma forma bem
definida, que pode ser prevista através de cálculos. Além disso, cada resistor
associado passa a se comportar de uma forma diferente de quando está isolado.
Para os profissionais da eletrônica, é importante saber como calcular os efeitos dessas
associações de resistores e saber o que acontece com cada um, dependendo da

S
forma como eles são ligados. Aprenderemos então nesta lição os tipos de associações

TO
de resistores e quais os seus efeitos.

EN
1.1 Associação em Série

AM
Quando dois ou mais resistores são ligados da forma indicada na figura abaixo,

N
EI
dizemos que eles estão associados ou ligados em série.

TR
P
O
-T
S
Este conjunto de resistores, de R1 a Rn, se comporta como um único resistor que tem
O
resistência R, cujo valor é a soma das resistências associadas:
D
VA

R = R1 + R2 + R3 + ....... + Rn
ER
ES

Em suma, para calcular a resistência equivalente a uma associação de resistores em


série, basta somar suas resistências. Por exemplo, um resistor de 5 ohms em série
R

com um de 7 ohms resulta numa resistência equivalente de 12 ohms. A seguir


S

enumeramos as propriedades de uma associação de resistores em série:


TO
EI

1. A corrente é a mesma em todos os resistores.


IR

2. O resistor de maior valor fica submetido à maior tensão, conforme mostra a figura.
-D

3. O resistor de maior valor se aquece mais (dissipa mais calor).


4. A resistência equivalente é maior que o valor do maior resistor associado.
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1.2 Associação em Paralelo

Quando dois ou mais resistores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
dizemos que eles estão associados em paralelo.

S
TO
EN
AM
N
Este conjunto de resistores de R1 a Rn se comporta como um único resistor de valor R,

EI
ou seja, tem uma resistência equivalente a R que pode ser calculada pela seguinte

TR
fórmula:

P
O
-T
S
O
Se tivermos apenas dois resistores associados, conforme mostra a figura abaixo,
D

podemos simplificar esta fórmula para:


VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D

Vamos a um exemplo de aplicação:


Calcular a resistência equivalente a um resistor de 2 ohms ligado em paralelo com um
A

de 3 ohms, conforme mostra a figura:


ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Em uma associação em paralelo, a corrente se divide pelos resistores, enquanto todos


eles ficam submetidos à mesma tensão.
A seguir enumeramos as propriedades desta associação, as quais devem ser
memorizadas:

1. A resistência equivalente a uma associação em paralelo é menor que o valor do


menor resistor associado.
2. Todos os resistores ficam submetidos à mesma tensão.
3. O resistor de menor valor é percorrido pela maior corrente.

S
4. O resistor de menor valor dissipa mais calor.

TO
EN
Obs.: é muito importante que você memorize tanto as fórmulas para o cálculo das
resistências equivalentes quanto as principais propriedades de cada tipo de

AM
associação. Como o cálculo de resistores em série e em paralelo envolve o

N
conhecimento de um pouco de matemática básica, em caso de dúvidas você deve

EI
procurar ajuda específica.

TR
1.3 Associação em Série/Paralelo

P
O
-T
Podemos combinar resistores em série e em paralelo, obtendo, desta forma,
associações mais complexas, como a mostrada na figura abaixo. Nela encontramos
S
alguns resistores ligados em série e outros ligados em paralelo.
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR

Para determinar a resistência equivalente a esse tipo de associação, não temos uma
-D

fórmula específica, pois as ligações série/ paralelo podem ser feitas de várias formas,
conforme ilustra a figura abaixo.
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Para se calcular a resistência equivalente a esse tipo de associação, o que fazemos é


trabalhar por etapas, calculando setores em que podemos perceber que temos uma
associação em série ou uma associação em paralelo simples.
Vamos a um exemplo:

No circuito da figura abaixo, podemos começar calculando a resistência Ra


equivalente a R1 e R2, que estão em série. Depois calculamos Rb equivalente a R3 e
R4, que estão em paralelo.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Como resultado desses cálculos, temos uma associação mais simples (figura abaixo),

P
em que Ra e Rb estão em série.

O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S

Basta então somar Ra e Rb para se obter a resistência equivalente a todo o conjunto


TO

que é R. Evidentemente, para as associações mais complicadas, precisamos fazer


muitos cálculos como esse para obter a resistência final equivalente.
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - Em um circuito, resistores de 10, 20 e 30 ohms são ligados em série. Podemos
afirmar com certeza que:

( ) a) A resistência equivalente é de 60 ohms e o resistor de 30 ohms dissipa maior


potência.
( ) b) A resistência equivalente é de 60 ohms e o resistor de 10 ohms dissipa maior

S
potência.

TO
( ) c) A resistência equivalente é de 60 ohms e todos dissipam a mesma potência.

EN
( ) d) A resistência equivalente é menor que 10 ohms.

AM
2 - Qual é a resistência equivalente à associação em paralelo de um resistor de 40
ohms com um de 60 ohms?

N
EI
TR
( ) a) 100 ohms
( ) b) 50 ohms

P
( ) c) 24 ohms

O
( ) d) 12 ohms

-T
S
3 - Uma lâmpada que tem uma resistência de 10 ohms é ligada em série com outra
O
cuja resistência é de 20 ohms, conforme mostra o circuito da figura abaixo. Quando
D

alimentamos as duas lâmpadas por uma bateria, podemos afirmar que:


VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A

( ) a) as duas lâmpadas acendem com o mesmo brilho.


ID

( ) b) a lâmpada de 10 ohms acende com maior brilho.


IB

( ) c) a lâmpada de 20 ohms acende com maior brilho.


O

( ) d) a lâmpada de 10 ohms queima.


PR

4 - Qual é a resistência equivalente à ligação em paralelo de um resistor de 600 ohms


A
PI

com um de 900 ohms?


Ó
C

( ) a) 90 ohms
( ) b) 72 ohms
( ) c) 360 ohms
( ) d) 750 ohms

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5 - Calcular a resistência equivalente à associação série/paralelo mostrada na figura.

S
TO
EN
AM
( ) a) 30 ohms
( ) b) 12 ohms

N
EI
( ) c) 6 ohms

TR
( ) d) 4 ohms

P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 04 – RESISTORES ESPECIAIS


Introdução
Não estudamos ainda todos os tipos de resistores. Além dos resistores fixos e
resistores variáveis, existe ainda uma outra categoria da família desses componentes

S
que é de grande importância prática. Falamos dos resistores especiais, cujas

TO
características variam conforme algum tipo de influência externa.

EN
Os resistores especiais são empregados como sensores de muitos equipamentos, por
exemplo, na iluminação automática, em equipamentos de uso médico e industrial, na

AM
compensação dos efeitos da temperatura dentro de equipamentos de todos os tipos,

N
etc.

EI
Em especial, estudaremos resistores sensíveis à luz e à temperatura, os mais comuns

TR
em equipamentos e instalações. Para o profissional da eletrônica, será muito
importante saber como são e como funcionam esses resistores, pois eles certamente

P
aparecerão no seu trabalho muitas vezes.

O
-T
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:
S
O
• Funcionamento dos resistores sensíveis à luz, ou LDRs.
D

• Aplicação dos LDRs.


VA

• Funcionamento dos resistores sensíveis à temperatura (NTCs e PTCs).


ER

• Aplicações dos NTCs e PTCs.


ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Resistores Sensíveis à Luz (LDRs)


LDR é a abreviação de Light Dependent Resistor, ou Resistor Dependente de Luz.
Trata-se de um componente cuja resistência varia conforme a quantidade de luz que
incide numa superfície sensível, feita de sulfeto de cádmio (CdS). Por isso, em
algumas publicações técnicas, o LDR poderá ser chamado de célula de sulfeto de
cádmio, ou CdS. Também é conhecido como foto-resistor.
Na figura abaixo temos o símbolo adotado para representar esse componente dos
tipos mais comuns.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
O comportamento elétrico do LDR é mostrado pelo gráfico abaixo.

P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S

No escuro, este componente apresenta uma resistência muito alta, da ordem de


TO

centenas de milhares ou mesmo milhões de ohms. No claro, sob iluminação forte


EI

como a do sol, essa resistência pode cair para menos de 100 ohms.
IR

Em outras palavras: no escuro, o LDR se comporta como um resistor de valor muito


alto, não deixando passar a corrente elétrica; no claro, funciona como um resistor de
-D

valor baixo, que deixa passar bastante corrente.


A

A sensibilidade do LDR é muito grande, o que faz dele um componente muito


ID

apropriado para aplicações tanto amadoras como profissionais. Por exemplo, tanto os
IB

sistemas de iluminação pública quanto sistemas automáticos de uso doméstico usam


O

o LDR como sensor.


PR

Apesar dessa sensibilidade e versatilidade, o LDR tem uma limitação que precisa ser
considerada: para certas aplicações, ele é muito lento. Mesmo sendo mais rápido que
A

o olho humano, ele não pode ser usado em aplicações mais críticas que envolvam, por
PI

exemplo, a detecção de variações de luz que ocorram com muita rapidez.


Ó
C

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2. Resistores Sensíveis à Temperatura

Além dos componentes cuja resistência se altera conforme a luz, temos aqueles cuja
resistência varia de acordo com a temperatura. São os chamados PTCs e NTCs.

2.1 PTC

PTC é a abreviação de Positive Temperature Coefficient, ou Coeficiente Positivo de

S
Temperatura. Trata-se de um componente cuja resistência aumenta quando a

TO
temperatura aumenta (por isso a expressão “coeficiente positivo”).

EN
Na figura abaixo temos o símbolo adotado para representar esse componente e o
aspecto dos tipos mais comuns.

AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA

O gráfico abaixo representa a curva característica do PTC. Fica claro que, para
ER

temperaturas maiores, a resistência desse componente é maior.


ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A

Os PTCs podem ser usados como estabilizadores em circuitos, de modo a compensar


ID

os efeitos da temperatura. Por exemplo, quando a corrente aumenta num circuito,


IB

tendendo a aquecer demais um componente crítico, o PTC entra em ação, reduzindo a


O

corrente e com isso compensando os efeitos da elevação da temperatura.


PR

Encontramos os PTCs em televisores, monitores de vídeo, Fontes de alimentação e


diversos tipos de equipamentos de uso doméstico e industrial, além de equipamentos
A

científicos.
PI
Ó
C

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2.2 NTC

NTC é a abreviação de (Negative Temperature Coefficient), ou resistor com


Coeficiente Negativo de Temperatura. Este componente funciona “ao contrário” do
PTC, pois sua resistência diminui quando a temperatura aumenta.
Na figura abaixo temos o símbolo adotado para representar este componente e seus
aspectos mais comuns.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
No gráfico abaixo , mostramos a sua curva característica. Observe que, nas

P
temperaturas mais altas, a resistência é mais baixa.

O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R

Os NTCs têm basicamente as mesmas aplicações que os PTCs, atuando como


S

sensores de temperatura de algum dispositivo de controle. Eles podem ser


TO

encontrados em equipamentos de uso doméstico e industrial, além de equipamentos


EI

médicos e de pesquisa.
IR

Um tipo especial de NTC é o mostrado na figura abaixo, que possui uma capacidade
térmica muito pequena, ou seja, absorve pouco calor.
-D

Como absorve muito pouco calor, dadas as suas dimensões, este sensor afeta muito
A

pouco a temperatura do local em que está sendo usado, o que o torna ideal para a
ID

fabricação de termômetros eletrônicos sensíveis. Por isso esse tipo de NTC é


IB

chamado de termométrico.
O
PR
A
PI
Ó
C

NTC Termométrico

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Exercícios para Memorizar

1 - O resistor sensível à luz e que funciona como sensor é chamado:

( ) a) NTC
( ) b) PTC
( ) c) LDR

S
( ) d) Potenciômetro

TO
EN
2 - Quando a temperatura aumenta, o que acontece com a resistência de um NTC?

AM
( ) a) Diminui.
( ) b) Aumenta.

N
EI
( ) c) Não se altera.

TR
( ) d) Pode aumentar ou diminuir, dependendo de seu valor.

P
3 - Quando a luz incide na superfície sensível de um LDR, o que acontece?

O
-T
( ) a) Ele gera uma tensão.
( ) b) Sua resistência aumenta. S
O
( ) c) Sua resistência diminui.
D

( ) d) Ele libera cargas elétricas.


VA
ER

4 - Existe um tipo de componente cuja resistência diminui quando a temperatura


aumenta. Este componente:
ES
R

( ) a) apresenta coeficiente positivo de temperatura.


( ) b) apresenta coeficiente negativo de temperatura.
S
TO

( ) c) apresenta baixa resistência quando a temperatura é alta.


( ) d) serve como sensor de luz.
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 05 – CAPACITORES
Introdução
Nas lições anteriores, estudamos os resistores fixos e variáveis, que são componentes
encontrados com muita frequência nos equipamentos eletrônicos em geral. Outro tipo

S
de componente bastante comum nos equipamentos eletrônicos, e por isso mesmo de

TO
grande importância prática, é o capacitor.

EN
Assim como os resistores, os capacitores são encontrados em diversos formatos e
tamanhos; fabricados por diversas tecnologias, possuem várias aplicações práticas.

AM
Nesta lição vamos estudar inicialmente os chamados capacitores fixos. Veremos como

N
eles funcionam, quais os tipos mais usados na prática e também quais as suas

EI
propriedades particulares.

TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

P
O
• O que são e como funcionam os capacitores.

-T
• Quais os tipos de capacitores encontrados nos equipamentos eletrônicos.
• Unidades de capacitância. S
O
• Aplicações dos capacitores.
D

• Valores comerciais.
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. O Capacitor

Podemos definir o capacitor como um componente que pode armazenar cargas ou


energia elétrica.
Duas placas de metal separadas por um material isolante, conforme mostra a figura
abaixo formam um componente que chamamos de capacitor plano. As placas de
metal são chamadas de armaduras e o material isolante de dielétrico.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Ligando esse componente a uma bateria, conforme mostra a figura abaixo, uma das
armaduras se carrega positivamente e a outra negativamente. Ao carregarmos um

P
capacitor, produzimos um campo elétrico entre as armaduras e, em consequência,

O
estabelecemos uma diferença de potencial entre elas.

-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR

A quantidade de cargas da armadura positiva é igual à da armadura negativa. Mesmo


-D

depois de desligarmos a bateria, essas cargas são mantidas pela atração mútua
através do dielétrico.
A

Se as armaduras de um capacitor forem interligadas por meio de um fio condutor, as


ID

cargas podem fluir de uma para a outra até se anularem, pois, conforme vimos, elas
IB

são equivalentes e de polaridades opostas. Nessas condições, o capacitor se


O

descarrega, conforme mostra a figura abaixo.


PR
A
PI
Ó
C

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A quantidade de cargas que um capacitor pode armazenar depende de fatores como:


a) O tamanho das armaduras: quanto maiores forem as armaduras de um capacitor,
mais energia ele pode armazenar. Podemos dizer que a que a capacidade de
armazenamento é diretamente proporcional à superfície das armaduras.

b) A separação entre as armaduras: quanto mais próximas elas estiverem uma da


outra, maior será a quantidade de cargas que o capacitor pode armazenar. Podemos
dizer que a capacidade de armazenamento é inversamente proporcional à separação
entre as armaduras.

S
TO
c) A diferença de potencial estabelecida entre as armaduras: a quantidade de cargas

EN
que podemos armazenar num capacitor depende da tensão em que isso ocorre
(trataremos especificamente desse item mais adiante).

AM
N
d) O material de que é feito o dielétrico: o tipo de material usado como dielétrico

EI
também influi na capacidade de armazenamento de um capacitor. Se um material com

TR
maior constante dielétrica for usado, o capacitor pode armazenar maior quantidade de
cargas.

P
O
O conceito de “constante dielétrica” refere-se à capacidade que cada material tem de

-T
absorver cargas elétricas. O ar e o vácuo possuem uma constante dielétrica igual ou
S
próxima de 1. No entanto, alguns materiais empregados na fabricação de capacitores
O
possuem constantes dielétricas muito maiores.
D

Confira na lista a seguir as constantes dielétricas de alguns desses materiais.


VA
ER

Constante Dielétrica
ES

• Ar: 1,0006
R

• Baquelite: 5
S

• Vidro: 6
TO

• Mica: 5
• Óleo: 4
EI

• Papel: 2,5
IR

• Borracha: 3
-D

• Teflon: 2
A
ID

1.1 Tipos de Capacitores


IB
O

Os materiais e a forma como são feitos os capacitores normalmente lhes dão os


PR

nomes. Assim, para aplicações em eletricidade e eletrônica, encontramos capacitores


de mica, cerâmica, poliéster, styroflex, papel, etc., que são nomeados conforme o
A

material de que são feitos.


PI

No que diz respeito à maneira como são feitos, podemos encontrar capacitores
Ó

planos, tubulares, eletrolíticos, etc. O fato é que não precisamos necessariamente usar
C

armaduras planas como as placas para ter um capacitor.

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Uma tecnologia muito usada para fabricar capacitores consiste em se colocar uma
folha flexível de material isolante, como papel, plástico (poliéster, styroflex,
policarbonato), etc., entre duas folhas de material condutor. Enrolando depois o
conjunto e acrescentando os fios terminais, obtemos um capacitor de formato tubular
(figura abaixo).

S
TO
EN
AM
N
Outro tipo de capacitor é aquele em que o metal de uma das armaduras é “atacado”

EI
quimicamente por uma substância, formando-se entre eles uma película isolante que

TR
será o dielétrico. Como o líquido (denominado eletrólito) que ataca quimicamente o
material é condutor, ele forma a outra armadura (figura abaixo).

P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES

Este tipo de capacitor é denominado eletrolítico, e pode ser de alumínio ou tântalo,


R

conforme o material que forma uma das armaduras. Na figura abaixo, temos diversos
tipos de capacitores encontrados nos equipamentos eletrônicos comuns.
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR

1.2 Capacitância
A
PI

A quantidade de cargas que podemos armazenar num capacitor depende da tensão


Ó

em que isso ocorre. Essa relação carga/tensão nos dá uma grandeza denominada
C

capacitância do capacitor. Chamando de C a capacitância, de Q a quantidade de


cargas e de U a tensão, podemos escrever:

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A unidade de capacitância é o Farad, abreviado por F, mas o Farad é muito grande,
sendo muito mais prático usar seus submúltiplos:
✓ microfarad (μF) que equivale a 0,000001 farad ou 10-6 F
✓ nanofarad (nF) que equivale a 0,000.000.001 farad ou 10-9 F
✓ picofarad (pF) que equivale a 0,000.000.000.001 farad ou 10-12 F

1.3 Códigos dos Capacitores

S
TO
Na prática, encontramos capacitores numa faixa de valores muito grande, que vai de
poucos picofarads a mais de 100.000 microfarads ou perto de 1 farad.

EN
Isso significa que os capacitores podem ser encontrados em tamanhos os mais

AM
variados, desde as pequenas pastilhas para montagem em superfície, de dimensões
reduzidas a poucos milímetros, até os grandes, tubulares, do tamanho de uma garrafa

N
de refrigerante de 2 litros.

EI
Da mesma forma que nos resistores, nos capacitores pequenos a indicação dos

TR
valores pode apresentar dificuldades, o que leva os fabricantes a adotar códigos

P
variados. A existência de mais de uma forma de se marcar o valor de um capacitor

O
pode levar a interpretações equivocadas, por isso mesmo é preciso estar atento ao

-T
trabalhar com um componente desse tipo, a fim de evitar confusões.
Na figura abaixo temos a forma como alguns capacitores são marcados, e que deu
S
O
origem a alguns códigos.
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID

No primeiro caso (a) temos a marcação de capacitores cerâmicos de pequenos


IB

valores (da ordem de poucos picofarads), em que uma letra substitui a vírgula decimal.
O

Esta letra indica o comportamento térmico do capacitor, ou seja, se ele aumenta ou


PR

diminui de capacitância com o calor e em que proporção.


Assim, 4N7 significa que se trata de um capacitor de 4,7 nF. (observe que o N é
A

maiúsculo) Em (b) temos uma marcação em que usamos a letra k (minúsculo) para
PI

indicar quilo ou milhares de picofarads.


Ó

Para este tipo de marcação, 4k7 significa que se trata de um capacitor de 4.700
C

picofarads, ou 4,7 nF; 10k refere-se a um capacitor de 10.000 picofarads, ou 10 nF.

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Finalmente, em (c), temos o mais comum, que é o mesmo código de três dígitos usado
nos resistores. Nele, os dois primeiros números indicam os dois primeiros dígitos da
capacitância; o terceiro indica o fator de multiplicação, ou o número de zeros a serem
acrescentados. O resultado obtido é em picofarads.
Por exemplo:

223 indica 22 x 1.000, ou 22.000 pF, que também pode ser expresso por
22 nF.

S
474 indica 47 x 10.000, ou 470.000 pF, que equivale a 470 nF ou 0,47 uF.

TO
EN
Tabela de cores dos capacitores:

AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar

1 - Num capacitor carregado, podemos afirmar que:

( ) a) as duas armaduras estão carregadas positivamente.


( ) b) as duas armaduras estão carregadas negativamente.
( ) c) uma armadura tem carga positiva e a outra negativa.

S
( ) d) o dielétrico tem elétrons livres.

TO
EN
2 - A capacitância de um capacitor depende de que fatores? (assinale a alternativa
que é a mais correta)

AM
( ) a) Da superfície das armaduras.

N
EI
( ) b) Da espessura do dielétrico.

TR
( ) c) Do material de que é feito o dielétrico.
( ) d) As três alternativas anteriores são válidas.

P
O
3 - Se ligarmos uma à outra as armaduras de um capacitor completamente carregado,

-T
o que acontece?
S
O
( ) a) O capacitor se descarrega.
D

( ) b) O capacitor explode.
VA

( ) c) A polaridade das cargas se inverte.


ER

( ) d) A carga do capacitor aumenta.


ES

4 - Como se chamam os capacitores que usam um líquido condutor de eletricidade


R

como armadura?
S
TO

( ) a) Eletrolíticos.
( ) b) Cerâmicos.
EI

( ) c) Poliéster.
IR

( ) d) Todos os anteriores.
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 06 – ASSOCIAÇÃO DE CAPACITORES


Introdução
Na lição anterior você foi apresentado aos capacitores, componentes encontrados em
grande quantidade nos equipamentos eletrônicos.

S
Assim como os resistores, os capacitores também podem ser ligados em conjunto, de

TO
modo a combinar seus efeitos.

EN
Conforme esclarecemos sobre os resistores, há duas finalidades práticas no estudo da
associação de componentes, no caso os capacitores: a primeira está em saber

AM
associá-los de forma a obter uma capacitância de valor que não exista na série

N
comercial, ou que não esteja disponível em determinada ocasião (quando uma

EI
máquina quebra num fim de semana, por exemplo); a segunda está em saber prever

TR
os efeitos de um conjunto de capacitores num circuito específico.

P
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

O
-T
• Como os capacitores podem ser associados.
S
• Como calcular a capacitância equivalente à associação em série.
O
• Como calcular a capacitância equivalente à associação em paralelo.
D

• Quais as propriedades dessas associações.


VA

• Como calcular associações combinadas: série/paralelo.


ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Associações de Capacitores
Quando diversos capacitores são interligados, os efeitos de suas capacitâncias se
combinam, e o resultado é que todo o conjunto se comporta de uma forma bem
definida, que pode ser prevista através de cálculos. Além disso, cada capacitor passa
a se comportar de uma forma diferente daquela quando isolado.
Veremos a seguir quais são os tipos de associações de capacitores, e quais as
características de cada uma delas.

1.1 Associação em Série

S
TO
Quando dois ou mais capacitores são ligados da forma indicada na figura abaixo,

EN
dizemos

AM
que eles estão associados ou ligados em série.
Esse conjunto de capacitores, de C1 a Cn, comporta-se como um único capacitor de

N
capacitância C, cujo valor é calculado pela seguinte fórmula:

EI
TR
1 = 1 + 1 + 1 + ....... + 1

P
C C1 C2 C3 Cn

O
-T
Veja figura abaixo:
S
O
D
VA
ER

Esse conjunto de capacitores, de C1 a Cn, comporta-se como um único capacitor de


capacitância C, cujo valor é calculado pela seguinte fórmula:
ES
R
S
TO
EI
IR

Quando temos apenas dois capacitores em série, o cálculo da capacitância pode ser
-D

simplificado pela fórmula:


A
ID
IB
O
PR
A
PI

Por exemplo, um capacitor de 4 nF em série com um de 6 nF resulta numa


Ó

capacitância equivalente de:


C

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Esta associação tem algumas propriedades importantes que devem ser entendidas e
memorizadas:

1. Os capacitores, mesmo que sejam de valores (capacitâncias) diferentes, ficam


carregados com a mesma carga (conforme mostra a figura abaixo).
2. O menor capacitor fica submetido à maior tensão.
3. A capacitância equivalente é menor que o menor capacitor associado.

S
TO
EN
AM
N
EI
1.2 Associação em Paralelo

TR
Quando dois ou mais capacitores são ligados da forma indicada na figura abaixo,

P
dizemos

O
que eles estão associados em paralelo.

-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO

Este conjunto de capacitores de C1 a Cn, comporta-se como um único capacitor (Ct),


que pode ser calculado pela seguinte fórmula:
EI
IR

C1+C2+C3+.......+Cn = Ct
-D

Ou seja, numa associação em paralelo a capacitância equivalente é a soma das


A

capacitâncias associadas.
ID

Vamos a um exemplo de aplicação:


IB
O

Calcular a capacitância equivalente a um capacitor de 100 pF ligado em paralelo com


PR

um de 200 pF.
C = 100 + 200
A
PI

C = 300 pF
Ó
C

As seguintes propriedades desse tipo de associação devem ser memorizadas:

1. A capacitância equivalente a uma associação em paralelo é maior que o valor


do maior capacitor associado.
2. Todos os capacitores ficam submetidos à mesma tensão.
3. O maior capacitor fica carregado com a maior carga.

Como o cálculo de capacitores em série e em paralelo envolve o conhecimento de um


pouco de matemática básica, em caso de dúvidas procure auxílio específico.

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1.3 Associação em Série/Paralelo


Podemos combinar capacitores em série e em paralelo ao mesmo tempo, obtendo
desta forma associações mais complexas, como exemplifica a figura abaixo.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Da mesma forma que nos resistores, na há fórmula específica para o cálculo da
capacitância equivalente a este tipo de associação, pois as ligações podem ser feitas

P
de diversas maneiras, conforme mostra a figura abaixo.

O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR

Para se calcular a capacitância equivalente a este tipo de associação, o que fazemos


-D

é trabalhar por etapas, calculando setores em que podemos perceber que temos uma
associação em série ou uma associação em paralelo simples. Em suma, trabalhamos
A

pela redução da associação a formas sucessivamente mais simples.


ID
IB

Vamos a um exemplo:
O
PR

No circuito da figura abaixo, podemos começar calculando a capacitância Ca,


equivalente a C1 e C2, que estão em série. Depois calculamos Cb, equivalente à
A
PI

associação C3 e C4, que estão em paralelo. O resultado é que a associação fica


Ó

convertida numa mais simples, desenhada na figura abaixo, em que temos Ca e Cb em


C

paralelo. Basta então somar Ca e Cb (que estão em paralelo) para se obter a


capacitância equivalente a todo o conjunto que é C.

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Exercícios para Memorizar


1 - No circuito reproduzido na figura abaixo, qual é a capacitância equivalente e qual
o capacitor que se carrega com a maior carga?

S
TO
( ) a) A capacitância equivalente é 1,2 uF e o capacitor de 2 uF fica com a maior carga.

EN
( ) b) A capacitância equivalente é 1,2 uF e os dois capacitores ficam com a mesma

AM
carga.
( ) c) A capacitância equivalente é 5 uF e o capacitor de 2 uF fica com a maior carga.

N
( ) d) A capacitância equivalente é 5 uF e o capacitor de 3 uF fica com a maior carga.

EI
TR
2 - Um capacitor de 20 uF é ligado em série com um capacitor de 30 uF. Podemos
afirmar que:

P
O
-T
( ) a) a capacitância equivalente é 50 uF e o capacitor de 30 uF fica com a maior
carga.
( ) b) a capacitância equivalente é 12 uF e o
S
capacitor de 30 uF fica com a maior
O
carga.
D

( ) c) a capacitância equivalente é 12 uF e o capacitor de 12 uF fica com a maior


VA

carga.
ER

( ) d) a capacitância equivalente é 12 uF e os dois capacitores ficam com a mesma


carga.
ES
R

3 - Na figura abaixo, temos uma associação de capacitores em paralelo com valores


S

de C1 = 10 μF, C2 = 20 μF , C3 = 30 μF e C4 = 100 μF. Analisando esta associação,


TO

assinale a alternativa que não é verdadeira.


EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR

( ) a) Todos os capacitores ficam com a mesma carga.


( ) b) C4 fica com a maior carga.
A
PI

( ) c) C1 fica com a menor carga.


Ó

( ) d) A tensão em todos os capacitores é de 100 V.


C

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4 - Uma máquina industrial teve um capacitor de 100 μF queimado. O técnico
responsável pela manutenção não encontrou no estoque um capacitor com este valor
para fazer a substituição, e não pode deixar a máquina parada. Existem no estoque
capacitores de outros valores que podem ser usados em associação para substituir o
capacitor queimado. Dentre as opções abaixo, que combinação de capacitores o
técnico deve fazer para conseguir a capacitância necessária?

( ) a) Dois capacitores de 200 uF em paralelo.


( ) b) Dois capacitores de 200 uF em série.

S
( ) c) Dois capacitores de 50 uF em série.

TO
( ) d) Quatro capacitores de 50 uF em série.

EN
5 - Calcular a capacitância equivalente à associação em série/paralelo de capacitores

AM
mostrada na figura abaixo.

N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA

( ) a) 24 uF
ER

( ) b) 12 uF
ES

( ) c) 6 uF
( ) d) 4 uF
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 07 – CAPACITORES VARIÁVEIS


Introdução
Da mesma forma que alguns resistores podem ter sua resistência modificada pela
ação de um operador, há capacitores que também possibilitam esse recurso. Em
certas aplicações, pode ser necessário mudar a capacitância de um capacitor num

S
circuito, caso em que um tipo especial de componente deve ser usado.

TO
São os chamados capacitores variáveis, que vamos estudar nesta lição.

EN
Os capacitores variáveis são encontrados principalmente em circuitos que permitem
mudar a frequência de operação de sintonizadores de rádio, radiotransmissores,

AM
instrumentos de medidas, circuitos de testes, etc. Também são usados em ajustes

N
internos de diversos tipos de equipamentos.

EI
É importante que você saiba como esses capacitores variáveis funcionam e onde são

TR
encontrados, pois eles certamente aparecerão no seu trabalho muitas vezes.

P
O objetivo desta lição é tratar dos seguintes assuntos:

O
-T
• O que são e como funcionam os capacitores variáveis
• Capacitores variáveis comuns S
O
• Trimmers
D

• Tipos especiais
VA

• Usos e características dos capacitores variáveis.


ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Capacitores Variáveis

Depois da montagem de um equipamento, é comum precisarmos ajustar a


capacitância de um componente num ponto qualquer, a fim de garantir o bom
funcionamento do conjunto.
Também é comum precisarmos alterar a capacitância de um circuito durante o próprio
funcionamento do aparelho. Para esse tipo de finalidade, utilizamos os capacitores
variáveis.

S
TO
1.1 Capacitores Variáveis Comuns

EN
O capacitor variável de placas paralelas, componente mais comum dessa categoria,

AM
pode ser encontrado nos formatos mostrados na figura abaixo.

N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA

Na mesma figura mostramos o símbolo usado para representá-lo. Esse tipo de


ER

capacitor é constituído por um conjunto de placas de metal que formam a armadura


ES

fixa, e um conjunto de placas móveis acionadas por um eixo, que formam a armadura
móvel. Quando o eixo da armadura móvel é movimentado, as placas desta armadura
R

se interpõem às placas fixas, porém sem tocá-las. Com isso amplia-se a área de
S
TO

proximidade efetiva entre as placas (figura abaixo), e a capacitância do capacitor


aumenta.
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR

O capacitor tem então sua capacitância máxima quando está totalmente fechado, e
A

mínima quando totalmente aberto. No tipo de capacitor mostrado, as armaduras


PI

móveis se movimentam sem encostar nas armaduras fixas, e o próprio ar funciona


Ó

com dielétrico. Um outro tipo de capacitor variável é o mostrado na figura abaixo. O


C

dielétrico desse tipo de capacitor é composto por folhas de plástico dispostas entre as
armaduras fixas e móveis.

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Os capacitores variáveis são normalmente usados em circuitos de sintonia de altas


frequências. Suas aplicações típicas incluem a sintonia de rádios, transmissores,
instrumentos de laboratório, etc. O botão que muda as estações de seu rádio controla
um capacitor variável.
Existem casos em que precisamos controlar simultaneamente a capacitância em mais
de um ponto de um circuito. Nesses casos podemos usar capacitores variáveis de
mais de uma seção, como o mostrado na figura abaixo.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
1.2 Trimmers e Padders

P
O
Outra possibilidade refere-se a quando o componente é ajustado apenas uma vez

-T
para garantir o funcionamento adequado do equipamento, só precisando ser
S
novamente ajustado em caso de reparos. Para esse tipo de função usamos os
O
capacitores ajustáveis. Neste grupo, destacamos os trimmers e os padders, que são
D

mostrados na figura abaixo.


VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR

Os trimmers e padders podem ter o aspecto de capacitores variáveis em miniatura, ou


-D

podem ser formados por placas (armaduras) que são apertadas/desapertadas por um
parafuso. Nesse tipo, quando as placas estão afastadas, a capacitância do
A

componente é mínima, e quando estão totalmente apertadas a capacitância é máxima.


ID

Nos tipos mais antigos, o dielétrico usado é uma fina folha de mica; nos mais
IB

modernos, usam-se folhas de plástico especial.


O
PR

1.3 Valores dos Capacitores Variáveis


A
PI

Os capacitores variáveis comuns e ajustáveis são componentes de ajuste de circuitos


Ó

de altas frequências, por isso normalmente têm pequenas capacitâncias.


C

Os varáveis comuns possuem capacitâncias máximas da ordem de poucas dezenas


ou centenas de picofarads (na faixa de 50 a 500 pF). Quando especificamos um
capacitor deste tipo, é conveniente indicar a faixa de valores que ele pode varrer. Por
meio da indicação de um variável 10-100 pF, por exemplo, sabemos que se trata de
um capacitor que, quando está todo aberto, tem uma capacitância de 10 pF, e todo
fechado, de 100 pF. Em alguns casos, pode-se indicar apenas a capacitância máxima,
bastando lembrar que ela nunca será zero quando o componente estiver no mínimo,
ou todo aberto.

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Nos trimmers e padders, a capacitância é ainda menor, no máximo de 40 ou 50 pF
para os tipos comuns. Os valores desses componentes são especificados como nos
variáveis comuns, ou seja, pelos valores mínimo e máximo. Um trimmer de 2-20 pF
tem no mínimo 2 pF e no máximo 20 pF, podendo ser ajustado para qualquer
capacitância intermediária entre estes dois valores.

Obs.: Para os capacitores variáveis, também é comum especificar-se a tensão máxima


que podem suportar entre as armaduras.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - Em qual das aplicações provavelmente encontramos um capacitor variável de duas
seções?

( ) a) Controle de volume de um amplificador.


( ) b) Seletor de tensões de uma fonte de alimentação.

S
( ) c) Seletor de estações de um rádio comum.

TO
( ) d) Controle de velocidade de um motor elétrico.

EN
2 - Quando um trimmer está com as placas mais próximas ou mais apertadas,

AM
podemos afirmar que sua capacitância:

N
( ) a) é mínima.

EI
( ) b) é máxima.

TR
( ) c) está num valor intermediário entre o máximo e mínimo.

P
( ) d) está oscilando.

O
-T
3 - Que componente normalmente usamos no ajuste fino de um oscilador de alta
frequência, como o de um intercomunicador sem fio? S
O
D

( ) a) Um capacitor variável simples.


VA

( ) b) Um capacitor variável de duas seções.


( ) c) Um trimmer.
ER

( ) d) Um trimpot.
ES

4 - Num receptor de rádio, para sintonizar as freqüências mais elevadas, é preciso


R

diminuir a capacitância do circuito ressonante usado para esta finalidade. Fazemos


S
TO

isso:
EI

( ) a) fechando o capacitor variável.


IR

( ) b) colocando o capacitor variável na posição média.


-D

( ) c) abrindo o capacitor variável.


( ) d) atuando sobre o controle de volume.
A
ID

5 - Um capacitor ajustável de 10-100 pFé empregado num circuito de ajuste. Podemos


IB

afirmar que, na posição de mínima capacitância (todo aberto), ele estará com:
O
PR

( ) a)10 pF
( ) b) 50 pF
A
PI

( ) c) 100 pF
Ó

( ) d) 110 pF
C

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LIÇÃO 08 – CAPACITORES
CERÂMICOS E POLIÉSTER
Introdução

S
TO
Na lição 5, estudamos os capacitores fixos. Vimos que esses componentes podem ser

EN
feitos de diversos tipos de material, conforme a aplicação a que se destinam.
Nesta lição estudaremos dois tipos bastante comuns de capacitores fixos: os

AM
capacitores cerâmicos e os de poliéster. Veremos quais as suas propriedades, seus

N
valores e aplicações.

EI
TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

P
• Quais os tipos de capacitores cerâmicos e de poliéster encontrados nos

O
equipamentos eletrônicos.

-T
• Onde são usados e quais as suas principais características.
• Como interpretar os códigos desses capacitores. S
O
• Como suas características variam conforme a temperatura.
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Capacitores Cerâmicos

Conforme o nome sugere, este tipo de capacitor fixo tem por dielétrico o material
isolante conhecido como cerâmica. A cerâmica tem uma boa constante dielétrica e
pode suportar tensões elevadas, o que fez dela um material ideal para a construção de
diversos tipos de capacitores.
Os tipos mais comuns de capacitores cerâmicos, mostrados na figura abaixo, podem
ter o formato de discos ou smd.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Encontrados na faixa de valores que vai de menos de 1 pF até 1 uF, os capacitores

P
cerâmicos suportam tensões de trabalho que variam de 25 V a mais de 10.000 volts

O
-T
(10 kV). Evidentemente, a capacitância e a tensão de trabalho vão determinar o
tamanho desse tipo de componente.
S
Além dessas, duas outras especificações são importantes nesse tipo de capacitor: a
O
tolerância e o coeficiente de temperatura. A tolerância diz respeito à máxima variação
D

possível entre o valor real e o valor especificado para o componente em um circuito. O


VA

coeficiente de temperatura nos diz o quanto a mudança de temperatura interfere na


ER

capacitância de um componente. Os capacitores cerâmicos são muito usados nos


equipamentos eletrônicos em geral, especialmente para altas frequências.
ES
R

1.1 Códigos dos Capacitores Cerâmicos


S
TO

Você já sabe que o pequeno tamanho de muitos componentes dificulta que se


EI

escrevam por extenso suas especificações. Nos capacitores cerâmicos, são usados
IR

diversos códigos que é preciso conhecer. O mais comum é código de 3 dígitos, em


-D

que os dois primeiros dígitos indicam os dois primeiros algarismos da capacitância, e o


terceiro indica o multiplicador, conforme a seguinte tabela:
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Por exemplo, um capacitor cerâmico com a marca 104 é de 100.000 pF ou 100 nF.
Figura abaixo:

S
TO
EN
Se após os três dígitos aparecer uma letra, ela indica a tolerância, conforme a

AM
seguinte tabela:

N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO

Um outro tipo de código é aquele em que temos um número entre duas letras, como,
por exemplo, A 103 Z5U. Trata-se de um capacitor para baixas temperaturas de 10 nF
EI

e tolerância de +22% a –56%. Confira as tabelas:


IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Em alguns capacitores de pequenos valores, podemos encontrar uma letra


substituindo a vírgula decimal, ou no final da marcação, indicando a tolerância ou o
coeficiente de temperatura. Assim 4N7 ou 4J7 indicam capacitores de 4,7 pF.
As letras n e k (minúsculas) podem aparecer como multiplicadores (nano ou quilo) em
capacitores como 4n7 (4,7 nF), 10n (10 nF) e 10k (10 nF ou 10.000 pF, onde o k
significa quilo).

2. Capacitores de Poliéster

S
TO
O poliéster é uma resina sintética (um tipo de plástico) usada como dielétrico nesse
tipo de capacitor. Na figura abaixo temos os aspectos mais comuns desses

EN
capacitores, que se dividem em duas categorias: poliéster comum e metalizado.

AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D

No tipo comum tubular, uma folha de poliéster é enrolada juntamente com duas folhas
VA

de material condutor (folhas de alumínio), que formam as armaduras. No tipo


metalizado, as armaduras são finas películas de metal aplicadas no próprio dielétrico
ER

de poliéster.
ES

Estes capacitores podem ser encontrados na faixa de valores que vai de 470 pF a
mais de 1 uF. As tensões de operação podem variar entre 50 e 600 V tipicamente,
R

dependendo do fabricante. Os capacitores de poliéster não são indicados para


S

operação com sinais de altas frequências. Suas aplicações se limitam a circuitos


TO

de corrente contínua e sinais de baixas e médias frequências, ou circuitos que operam


EI

com pulsos.
IR
-D

2.1 Códigos dos Capacitores de Poliéster


A

Para os tipos comuns destes capacitores, podemos encontrar tanto o código de 3


ID

dígitos como outras formas de marcação de valores.


IB

A mais comum é a que indica o próprio valor numérico da capacitância, que pode
O

aparecer de 3 formas:
PR
A

a) Para capacitâncias inferiores a 10 nF, o valor é dado diretamente em picofarads.


PI

Exemplo: 4.700 significa 4.700 pF ou 4,7 nF


Ó
C

c) Para valores acima de 10 nF, porém inferiores a 1 uF, o valor é dado em


microfarads na forma de ponto seguido por um número.
Exemplo: .1 para 100 nF, ou 0,1 uF; .47 para 0,47 uF, ou 470 nF.

c) Para valores acima de 1 uF, a capacitância é marcada diretamente com a indicação


uF.
Exemplo: 1,5 uF.

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Na figura abaixo, vemos estes capacitores com suas indicações.

S
TO
EN
Existem ainda outros tipos de códigos, como o chamado “zebrinha”, em que faixas
coloridas (como as dos resistores) representam números que indicam a capacitância

AM
em picofarads. As faixas restantes indicam a tensão de trabalho e a tolerância.

N
EI
3. Coeficiente de Temperatura

TR
Todos os materiais manifestam mudanças de suas características físicas (e

P
O
eventualmente químicas) com a temperatura. Os corpos podem dilatar-se, podem ter

-T
sua condutividade elétrica modificada, podem sofrer alterações estruturais, etc.
Com a mudança da temperatura, diversas das características de um capacitor podem
S
se alterar, dentre elas a capacitância. Essa alteração pode ser indicada de três formas
O
D

principais:
VA

1. Pela quantidade de picofarads que a capacitância do componente é alterada na sua


ER

faixa de temperatura. Exemplo: o coeficiente de temperatura é 2 pF na faixa de –10 a


ES

+125 °C para um capacitor de 10 pF. Isso significa que nesta faixa sua capacitância
estará entre 8 a 12 pF.
R
S

2. Por porcentagem, também na faixa de temperaturas. Exemplo: o coeficiente de


TO

temperatura é de –10% na faixa de temperatura de operação de um capacitor de 100


EI

pF. Sua capacitância estará entre 100 e 90 pF na faixa de operação.


IR
-D

4. Por quantas partes por milhão (ppm) a capacitância é alterada para cada grau
centígrado de variação da temperatura. Exemplo: o coeficiente de temperatura
A

de um capacitor de 1.000 pF é de 10 ppm/°C. Isso significa que de 10 a 20 °C


ID

sua capacitância vai mudar de 100 ppm, ou 0,01 pF Em muitos casos, este
IB

comportamento dos capacitores pode vir indicado na forma de um gráfico


O

(figura abaixo).
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - Em qual das aplicações não devemos utilizar um capacitor de poliéster?

( ) a) Circuitos de baixas freqüências.


( ) b) Circuitos de altas freqüências.
( ) c) Fontes de alimentação comuns.
( ) d) Circuitos alimentados por baterias.

S
TO
2 - Qual dos seguintes capacitores cerâmicos tem por valor 68 nF?

EN
( ) a) 6k8

AM
( ) b) 68K
( ) c) 683

N
EI
( ) d) 68N

TR
3 - Em qual das seguintes aplicações é conveniente usar um capacitor cerâmico?

P
O
( ) a) Passagem de sinais de rádio de um receptor.

-T
( ) b) Filtragem de uma fonte de alimentação.
( ) c) Passagem dos sinais de um microfone. S
O
( ) d) Filtragem do tom de um amplificador de som.
D
VA

4 - Um capacitor cerâmico tem a marcação 10 n. O valor deste capacitor é:


ER

( ) a) 10 pF
ES

( ) b) 10 nF
R

( ) c) 10 uF
( ) d) 1 nF
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 09 – CAPACITORES ELETROLÍTICOS


Introdução
Depois dos capacitores cerâmicos e de poliéster, agora passamos ao estudo particular
dos capacitores eletrolíticos Muito comuns nos equipamentos eletrônicos, eles são

S
recomendados especificamente para circuitos de baixa e média frequência.

TO
EN
Nesta lição você ficará sabendo:

AM
• quais os tipos de capacitores eletrolíticos;

N
• onde são usados e quais as suas principais características;

EI
• como ler os seus códigos;

TR
• em que valores os eletrolíticos são encontrados nos equipamentos comuns;
• como suas características variam conforme a temperatura.

P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Capacitores Eletrolíticos

Os capacitores eletrolíticos formam uma categoria de componentes de grande


utilidade, que todo profissional da eletrônica precisa conhecer. Quando, em um
equipamento, a substituição de um capacitor danificado se faz necessária, é preciso
saber se um capacitor eletrolítico pode ser usado, ou quais devem ser as
características do substituto, a fim de não comprometer o bom funcionamento do
equipamento.

S
Da mesma forma, o profissional deve estar apto a interpretar os códigos de marcação,

TO
assim como outras especificações que os capacitores eventualmente tenham.

EN
1.1 Como são Construídos os Eletrolíticos

AM
Se uma substância líquida condutora de eletricidade denominada eletrólito entrar em

N
EI
contato com uma placa de alumínio (figura abaixo), ocorre uma reação química que

TR
forma sobre a placa uma finíssima capa de material isolante.

P
O
-T
S
O
D
VA
ER

Nessas condições, o eletrólito pode ser considerado a armadura de um capacitor, a


placa de alumínio a outra armadura e a finíssima camada de óxido o dielétrico.
ES

Como a capacitância de um capacitor é tanto maior quanto menor for a espessura do


R

dielétrico e maior a sua constante dielétrica, essa técnica possibilita que se fabriquem
S

componentes de capacitâncias muito altas. Os capacitores fabricados de acordo com


TO

esse princípio são denominados “eletrolíticos”, justamente por se basearem na ação


química de um eletrólito sobre uma superfície de metal.
EI
IR

1.2 Tipos
-D
A

Os tipos mais comuns de capacitores eletrolíticos são os de alumínio (figura abaixo).


ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

Esses capacitores podem ser encontrados na faixa de capacitância que vai de 1 uF a


mais de 500.000 uF. Como a película que forma a camada de dielétrico é muito fina,
eles são indicados para trabalhar com tensões relativamente baixas. Podemos
encontrar os eletrolíticos com tensões de trabalho na faixa de 1,5 a 500 volts.

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1.3 Polaridade

Os capacitores eletrolíticos, diferentemente de muitos outros tipos, são polarizados.


A armadura metálica deve ser sempre carregada com carga positiva e o eletrolítico
com carga negativa. Se houver inversão, o dielétrico perde suas propriedades,
permitindo a circulação de uma corrente que o destrói.
O capacitor “entra em curto”, não mais podendo ser usado. Por isso os capacitores
eletrolíticos possuem marcação de polaridade, conforme mostra a figura abaixo.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
Ao usar um capacitor eletrolítico, é preciso sempre observar sua polaridade, a fim de

P
O
evitar a sua queima.

-T
1.4 Eletrolíticos de Tântalo S
O
D

O tântalo é um metal cujo óxido possui uma constante dielétrica muito maior do que a
VA

do óxido de alumínio. Isso significa que usando com o tântalo a mesma tecnologia de
fabricação dos eletrolíticos de alumínio, podemos obter capacitores muito menores ou
ER

com capacitâncias muito altas.


ES

Na figura abaixo mostramos um capacitor de tântalo e um de alumínio com a mesma


capacitância.
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB

O ideal seria sempre usar os capacitores de tântalo, mas infelizmente eles são muito
O
PR

mais caros, o que limita seu uso. Apenas nos casos em que se necessita de altas
capacitâncias ocupando pouco espaço é que eles são empregados.
A

Atualmente já se pode fabricar capacitores eletrolíticos também de um outro metal cujo


PI

óxido tem elevadíssima constante dielétrica: o nióbio. No entanto, as aplicações


Ó

destes capacitores ainda são limitadas.


C

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1.5 Uso dos Capacitores Eletrolíticos

Com capacitores eletrolíticos, podemos obter capacitâncias elevadas e tensões de


trabalho até relativamente altas, mas existem algumas propriedades adicionais que
limitam a sua utilização. Na prática, muitos desses capacitores são formados por um
papel embebido no eletrólito e posto em contato com uma folha de alumínio, conforme
mostra a figura abaixo.

S
TO
EN
AM
N
EI
Esta construção faz com que o capacitor se comporte como uma verdadeira “bobina”

TR
(que estudaremos mais adiante), o que é indesejável para algumas aplicações. Assim,
além de só poderem ser usados em circuitos que tenham polaridade definida, ou seja,

P
circuitos de corrente contínua, eles não podem ser usados em circuitos de altas

O
frequências.

-T
É nos circuitos de baixas e médias frequências que eles são geralmente utilizados.
S
Encontramos os capacitores eletrolíticos em funções tais como a filtragem de
O
correntes de fontes, circuitos de som (saída de amplificadores, por exemplo) e outros
D

onde não existem sinais de alta frequência sobre estes componentes.


VA
ER

1.6 Valores dos Capacitores Eletrolíticos


ES

Os capacitores eletrolíticos de alumínio são componentes relativamente grandes, por


R

isso podem ter seus valores (capacitâncias) e tensões gravados diretamente nos seus
S

invólucros, conforme mostra a figura abaixo.


TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar

1 - Em qual das aplicações não devemos utilizar um capacitor eletrolítico?

( ) a) Circuitos de baixas freqüências.


( ) b) Circuitos de altas freqüências.
( ) c) Fontes de alimentação comuns.

S
( ) d) Circuitos alimentados por baterias.

TO
EN
2 - Qual dos seguintes capacitores, de acordo com seu valor, certamente será do tipo
eletrolítico numa aplicação?

AM
( ) a) 0,68 uF

N
EI
( ) b) 68 pF

TR
( ) c) 1000 pF
( ) d) 470 uF

P
O
3 - Em qual das seguintes aplicações é necessário usar um capacitor eletrolítico?

-T
( ) a) Passagem de sinais de rádio de um receptor. S
O
( ) b) Filtragem de uma fonte de alimentação.
D

( ) c) Setor de um circuito em que usamos uma baixa capacitância.


VA

( ) d) Determinação da freqüência de operação de um computador.


ER

4 - Um capacitor de pequenas dimensões numa placa de um equipamento industrial


ES

tem a marcação 100 u. Este capacitor com certeza é de que tipo?


R

( ) a) Cerâmico.
S
TO

( ) b) Eletrolítico.
( ) c) Poliéster.
EI

( ) d) Poliéster metalizado.
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 10 – INDUTORES
Introdução
Nos circuitos eletrônicos, encontramos diversos tipos de componentes da família dos
passivos. Os resistores e os capacitores que estudamos até aqui são os mais

S
famosos dessa família. Um terceiro tipo de componente passivo, não tão comum

TO
quanto os resistores e capacitores, mas de igual importância pelo que faz num circuito,

EN
é o indutor ou bobina.
Como a maioria dos componentes, os indutores podem ser encontrados em diversos

AM
formatos e tipos. Cada tipo tem propriedades elétricas específicas, apropriadas para

N
um determinado tipo de aplicação.

EI
TR
Nesta lição você ficará sabendo:

P
• o que é indutância;

O
• qual o princípio de funcionamento dos indutores;

-T
• quais os tipos de indutores;
S
• onde são usados e quais as suas principais características;
O
• como interpretar os códigos dos indutores;
D

• em quais valores eles são encontrados nos equipamentos comuns.


VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Indutância

Quando uma corrente elétrica percorre um fio, é criado um campo magnético à sua
volta. Este campo criado em torno do condutor tem uma propriedade interessante:
funciona como uma espécie de freio, opondo-se à própria circulação da corrente,
conforme mostra a figura abaixo:

S
TO
EN
AM
N
EI
Uma corrente não se propaga com facilidade por um fio muito longo, pois precisa

TR
vencer, além da resistência do fio, a própria oposição de seu campo magnético. Esta
oposição é denominada indutância.

P
Podemos aumentar muito a indutância enrolando o fio por onde passa a corrente, de

O
modo a formar uma bobina. Dessa forma estaremos concentrando as linhas de força

-T
do campo magnético.
S
A figura abaixo mostra que, numa bobina cilíndrica, as linhas de força se concentram
O
no seu interior.
D
VA
ER
ES
R
S
TO

2. Indutores
EI
IR
-D

Os componentes formados por fios enrolados de modo a formar bobinas recebem o


nome de indutores. No entanto, dependendo da aplicação, da técnica de construção
A

e até mesmo do formato, os indutores podem receber nomes diferentes, como


ID

bobinas, choques, toróides, etc.


IB

Na figura abaixo temos o aspecto desses componentes e os símbolos adotados para


O

representá-los.
PR
A
PI
Ó
C

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2.1 Núcleos

Nos símbolos da figura abaixo as linhas pontilhadas e contínuas indicam os diferentes


tipos de núcleo de um indutor. Explicando o que é o núcleo: se, no interior de um
indutor, colocarmos materiais que tenham propriedades ferromagnéticas, como o ferro
doce (ferro com silício), ferro comum ou ferrite (pó de ferro aglomerado), as linhas de
força do campo magnético criado se concentram, resultando numa bobina com maior
indutância.
Na prática, isso significa que podemos usar esses materiais como núcleos das

S
TO
bobinas, fazendo com que sua indutância aumente (figura abaixo).

EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA

Algumas bobinas podem ter sua indutância ajustada com o uso de núcleos que se
deslocam em seu interior, de modo a alterar a sua indutância. Na figura abaixo,
ER

mostramos uma bobina ajustável.


ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID

2.2 Fios Esmaltados


IB
O
PR

Nas bobinas em que as espiras estão muito próximas, ou mesmo encostadas umas
nas outras, deve existir um isolamento para o fio. O isolamento de plástico dos fios
A

comuns não se aplica, tanto pela espessura como pelas características do material.
PI

Para o isolamento de bobinas, usamos basicamente dois tipos de fios de cobre


Ó

isolados: o primeiro tipo, mais comum, é o fio de cobre com capa de esmalte, também
C

conhecido como fio esmaltado; o segundo tipo, conhecido como fio litz, faz uso de
uma capa de seda ou algodão, que pode receber um tratamento adicional de
impermeabilização. Na figura abaixo, mostramos o aspecto dos dois tipos de fio.

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2.3 Usos dos Indutores

Os indutores ou bobinas têm usos de acordo com suas características e sua


indutância. Os tipos de pequenos valores de indutância, com poucas espiras, núcleo
de ferrite ou sem núcleo, são usados em circuitos de alta frequência, sintonia,
transmissores, etc. São chamados também de choques de RF (Rádio Frequência).
Os tipos de valores intermediários são usados em circuitos de médias frequências,
circuitos de áudio e em filtros de médias e baixas frequências. São chamados também
de choques ou, conforme o tamanho, de micro choques.

S
TO
Para os indutores de valores elevados, com milhares de espiras de fio muito fino e
núcleo, ou de ferrite, ou de ferro laminado, o uso mais comum é em filtros de fonte e

EN
em circuitos especiais de frequências muito baixas.

AM
2.4 Valores dos Indutores

N
EI
A unidade de indutância é o Henry (H). Nas aplicações práticas em eletrônica,

TR
encontramos indutores cujos valores vão desde milionésimos de henry até mais de 1

P
henry. Ainda que alguns indutores sejam grandes o bastante para permitir a gravação

O
direta de seus valores, é comum o uso de submúltiplos do henry. O microhenry (uH)

-T
equivale a 0,000 001 H, ou à milionésima parte do henry. O milihenry (mH) que
equivale a 0,001 H, ou à milésima parte do henry. S
O
D

Desses números se conclui que:


VA

• Para converter henry em milihenry basta multiplicar por 1.000;


ER

• Para converter henry em microhenry basta multiplicar por 1.000.000;


ES

• Para converter milihenry em microhenry basta multiplicar por 1.000;


• Para converter milihenry em henry basta dividir por 1.000;
R

• Para converter microhenry em henry para dividir por 1.000.000;


S

• Para converter microhenry em milihenry basta dividir por 1.000.


TO
EI

Por exemplo, 47 mH equivalem a 0,047 H e 0,22 H equivalem a 220 mH.


IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar

1 - Aumentando-se o número de espiras de um indutor, podemos afirmar que:

( ) a) sua indutância aumenta.


( ) b) sua indutância diminui.
( ) a) sua indutância não se altera.

S
( ) b) o campo magnético no seu interior se torna mais fraco

TO
EN
2 - Nos fios usados na fabricação dos indutores existe uma camada de esmalte.
Sua finalidade é:

AM
( ) a) aumentar a indutância.

N
EI
( ) b) reduzir a indutância.

TR
( ) c) isolar as espiras.
( ) d) atuar como dielétrico.

P
O
3 - O que acontece com a indutância de um indutor quando introduzimos um núcleo de

-T
ferrite no seu interior?
S
O
( ) a) A indutância diminui.
D

( ) b) A indutância aumenta.
VA

( ) c) A indutância não se altera.


ER

( ) d) As espiras entram em curto.


ES

4 - Qual dos materiais abaixo indicados não é apropriado para servir de núcleo para
R

um indutor?
S
TO

( ) a) Ferrite.
( ) b) Ferro.
EI

( ) c) Ar.
IR

( ) d) Mica.
-D

5 - Num projeto exige-se um indutor de 0,1 H. No entanto, nas marcações dos


A

indutores que possuímos, este valor é indicado na forma de um submúltiplo.


ID

Qual dos indutores abaixo é o que desejamos para o projeto?


IB
O

( ) a) 1 mH
PR

( ) b) 10 mH
A

( ) c) 100 mH
PI

( ) d) 1.000 uH
Ó
C

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LIÇÃO 11 – ASSOCIAÇÃO DE INDUTORES


Introdução
Na lição anterior, vimos o princípio de funcionamento dos indutores, conhecemos os
tipos mais comuns, onde são usados e quais as suas principais características. Agora
veremos como os indutores podem ser ligados em conjunto, de modo a combinar seus

S
efeitos.

TO
Como acontece com as associações de resistores e capacitores, a utilidade desse

EN
estudo está em saber associar indutores de determinadas formas, a fim de obter uma
indutância de valor que não exista na série comercial ou que não esteja disponível

AM
num determinado momento.

N
EI
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

TR
• Como os indutores podem ser associados.

P
• Como calcular a indutância numa associação em série.

O
• Como calcular a indutância numa associação em paralelo.

-T
• Propriedades destas associações.
• Associações combinadas série/paralelo. S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Associação de Indutores

Assim como os resistores e capacitores, os indutores podem ser associados de duas


formas básicas: em série e em paralelo. Também é possível uma terceira forma de
associação, em série/ paralelo, que combina as duas primeiras.
Quando combinados entre si, os indutores passam a apresentar efeitos diferentes de
quando isolados em um circuito. É importante saber como calcular esses efeitos e com
isso prever o que acontece com cada componente, dependendo da forma como são

S
associados.

TO
1.1 Associação em Paralelo

EN
AM
Quando dois ou mais indutores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
dizemos que eles estão associados ou ligados em paralelo.

N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA

Este conjunto de indutores de L1 a Ln se comporta como um único indutor de


ER

indutância L, cujo valor é calculado pela seguinte fórmula:


ES
R
S

Quando temos apenas dois indutores em paralelo, o cálculo da indutância pode ser
TO

simplificado pela fórmula:


EI
IR
-D
A

A associação de indutores em paralelo tem as seguintes propriedades (procure


ID

memorizá-las):
IB
O

1. A corrente se distribui pelos indutores (conforme mostra a figura abaixo).


PR

2. A indutância equivalente é menor que a do menor indutor associado.


A
PI
Ó
C

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1.2 Associação em Série

Quando dois ou mais indutores são ligados da forma indicada na figura abaixo,
dizemos que eles estão associados em série.

S
TO
Este conjunto de indutores de L1 a Ln se comporta como um único indutor de valor L,
ou seja, tem uma indutância equivalente a L, que pode ser calculada pela seguinte

EN
fórmula:
L = L1 + L2 + L3 + .......... + Ln

AM
N
Ou seja, numa associação em série a indutância equivalente é igual à soma das

EI
indutâncias associadas.

TR
Vamos a um exemplo de aplicação:

P
O
Calcular a indutância equivalente a um indutor de 100 uH ligado em série com um de

-T
200 uH.
S
O
L = 100 + 200
D

L = 300 uH
VA
ER

A associação de indutores em série possui as seguintes propriedades (procure


memorizá-las):
ES
R

1. A indutância equivalente a uma associação em série é maior que o valor do


S

maior indutor associado.


TO

2. Todos os indutores são percorridos pela mesma corrente.


EI

1.3 Associação em Série/Paralelo


IR
-D

Podemos combinar indutores em série e em paralelo ao mesmo tempo, obtendo desta


A

forma associações mais complexas, como a mostrada na figura abaixo:


ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

Nesta associação, encontramos alguns indutores ligados em série e outros em


paralelo. Para determinar a indutância equivalente a esse tipo de associação, não
temos uma fórmula específica. Como nas associações mistas de resistores e
capacitores, o que fazemos é trabalhar por etapas, calculando setores em que temos
uma associação em série ou uma associação em paralelo simples. Em suma,
trabalhamos pela redução da associação a formas sucessivamente mais simples.

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Vamos a um exemplo:

No circuito da figura abaixo, podemos começar calculando a indutância La equivalente


a L1 e L2, que estão em série. Depois calculamos Lb, que equivale à associação L3 e
L4, que estão em paralelo.

S
TO
EN
AM
N
EI
O resultado é que a associação fica convertida numa mais simples, em que temos La

TR
e Lb em série (figura abaixo).

P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES

Basta então somar La e Lb (que estão em série) para se obter a capacitância L,


R

equivalente a todo o conjunto.


Evidentemente, para as associações mais complexas, precisamos fazer muitos
S
TO

cálculos como este para obter a indutância final equivalente.


EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar

1 - Num circuito, temos indutores de 2 mH, 3 mH e 4 mH associados em série. Qual


é a indutância equivalente e qual dos indutores é percorrido pela maior corrente?

( ) a) A indutância equivalente é 1,2 uF e o indutor de 2 mH é percorrido pela maior


corrente.

S
( ) b) A indutância equivalente é 9 mH e o indutor de 2 mH é percorrido pela maior

TO
corrente.

EN
( ) c) A indutância equivalente é 9 mH e o indutor de 4 mH é percorrido pela maior
corrente.

AM
( ) d) A indutância equivalente é 9 mH e todos os indutores são percorridos pela
mesma corrente.

N
EI
TR
2 - Um indutor de 20 mH é ligado em paralelo com um indutor de 30 mH. Podemos
afirmar que:

P
O
( ) a) a indutância equivalente é 50 mH.

-T
( ) b) a indutância equivalente é 15 mH.
( ) c) a indutância equivalente é 25 mH. S
O
( ) d) a indutância equivalente é 12 mH.
D
VA

3 - Na figura 81 temos uma associação de indutores em série com valores de L1 = 10


ER

mH, L2 = 20 mH , L3 = 30 mH e L4 = 100 mH. Analisando esta associação, assinale a


alternativa que não é verdadeira.
ES
R
S
TO
EI
IR

( ) a) Todos os indutores são percorridos pela mesma corrente.


-D

( ) b) A indutância equivalente é 160 mH.


( ) c) L1 é percorrido pela corrente mais intensa.
A
ID

( ) d) A corrente em L2 é a mesma que a de L3.


IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 12 – CORRENTE ALTERNADA


Introdução
Até aqui, analisamos circuitos simples e alguns componentes importantes que
aparecem numa infinidade de equipamentos eletrônicos, sem, no entanto, levar em
conta o tipo de corrente que atua sobre o circuito. Além daquela que circula de uma

S
forma única entre os dois polos de um gerador ou de um circuito, que é a corrente

TO
contínua, existe um outro tipo de corrente com características distintas: a corrente

EN
alternada.
A corrente alternada, esta presente nas tomadas de nossas casas e nas instalações

AM
comerciais ou industriais, também pode ser encontrada dentro dos próprios

N
equipamentos, cumprindo funções específicas. É importante que você conheça bem

EI
esses os dois tipos de corrente e saiba como os principais componentes e circuitos se

TR
comportam quando percorridos por elas.

P
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

O
-T
• O que é e como é produzida a corrente alternada.
• Como medir a frequência de uma corrente alternada.S
O
• Como analisar a forma de onda de uma corrente alternada.
D

• As medidas da corrente alternada.


VA

• O que é uma senóide.


ER

• Valores de pico e rms.


ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Corrente Contínua

Os circuitos com os quais trabalhamos até agora são os chamados circuitos elétricos
simples, formados, por exemplo, por pilhas e baterias ligadas a elementos como
resistores e lâmpadas.
Na figura abaixo temos um desses circuitos. Observe que as pilhas estabelecem uma
diferença de potencial no resistor, de modo a produzir uma corrente que circula entre o
polo positivo e o negativo.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
A corrente circula sempre no mesmo sentido, de forma invariável e com intensidade

P
O
determinada pela resistência do resistor, segundo a Lei de Ohm.

-T
Essa é a chamada corrente contínua, abreviada por CC (também encontramos a
abreviação DC, de Direct Current, nos documentos em inglês e nos painéis de
S
aparelhos importados). Para gerar uma corrente contínua, precisamos de uma fonte
O
D

de tensão constante, ou tensão também contínua, como as pilhas e baterias.


VA

2. Corrente Alternada
ER
ES

Vamos imaginar um tipo de gerador diferente das baterias e pilhas. Na figura abaixo
R

temos um tipo de gerador diferente, que “gira” para criar uma corrente. O
S

funcionamento característico desse gerador produz uma corrente que “vai e vem”,
TO

conforme simbolizam as setas da figura.


EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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A cada volta do gerador, a corrente circula uma vez num sentido e outra no sentido
oposto. Em outras palavras: os polos do gerador num momento ficam positivos e no
outro negativos; ou seja, têm a polaridade alternada de instante para instante. É por
isso que chamamos esse tipo de corrente de corrente alternada.
Para produzir uma corrente alternada, é preciso que o circuito seja submetido a uma
tensão alternada. Observe porém que o efeito de uma corrente alternada é o mesmo
de uma corrente contínua. No caso da lâmpada ligada ao gerador de corrente
alternada, também chamado de alternador, quando a corrente “vai” o filamento se
aquece, e quando ela “volta” também, o que significa que a lâmpada se acende da

S
mesma forma.

TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
2.1 Forma de Onda
O
D
VA

A forma como a tensão muda de sinal ou a corrente muda de sentido é suave e pode
ser expressa por um gráfico de sua forma de onda, ou sua senóide (figura abaixo).
ER

Associamos os valores que a corrente assume a cada volta aos ângulos de um ciclo
ES

completo do gerador.
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A

Em um processo periódico, o número de ciclos completos que ocorrem por segundo é


PI

o que chamamos de frequência. Sua unidade de medida é o hertz (Hz). Na rede de


Ó

energia, 60 vezes em cada segundo a polaridade é positiva e 60 vezes é negativa; ou


C

seja, temos 60 ciclos completos produzidos a cada segundo. Nesse caso dizemos que
a frequência da corrente alternada da rede de energia é de 60 hertz (60 Hz). Cada
ciclo corresponde a 360 graus da volta completa do gerador que o produz. Metade de
um ciclo completo ou um semiciclo corresponde a 180 graus. Os pontos em que a
corrente ou tensão atinge maior valor são denominados “picos” e ocorrem aos 90 e
270 graus.

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Para que um ciclo se complete, precisamos de 1/60 segundo, o que significa que o
período da corrente alternada da rede de energia é 1/60 segundo.
Observe que o período é o inverso da frequência ou:

S
Existem países em que a frequência da energia da rede é de 50 Hz.

TO
2.2 Valores da Corrente Alternada

EN
AM
Você já sabe que a corrente alternada está constantemente mudando de intensidade e

N
sentido. O gráfico que tem a forma de uma senóide ilustra com precisão esse

EI
movimento. Existem diversas maneiras de expressarmos o valor de uma corrente ou

TR
de uma tensão alternada. Podemos tomar o valor máximo ou valores intermediários
que dependem dos efeitos que a corrente produz. Estes modos de representação são

P
mostrados na figura abaixo.

O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO

Observe que a tensão sobe lentamente a partir do zero até atingir um valor máximo no
EI

ângulo de fase de 90 graus. Este valor atingido é o pico positivo.


IR

Como a corrente é gerada por um gerador que “gira”, é comum representarmos um


-D

ciclo completo da mesma maneira que representamos uma volta completa de um


círculo, ou seja, por 360 graus.
A
ID

Voltando ao valor máximo, observamos que ele permanece apenas por uma fração de
IB

segundo. Assim, os efeitos que a corrente tem ao entregar energia a um circuito de


carga não correspondem a este valor, mas sim a uma média entre 0 e 100%, ou entre
O
PR

0 e o valor de pico. São então definidos dois valores intermediários (figura abaixo) que
refletem os efeitos desse tipo de corrente e que, por isso, são os mais empregados
A

nos cálculos de corrente alternada.


PI
Ó
C

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O valor rms (Root Mean Square), ou “raiz quadrada média” (√2/2), corresponde a
70,7% do valor de pico.
O valor médio corresponde a 63,7 % do valor de pico.

Como calcular?

Chamando de Vp o valor de pico, Vm o valor médio e Vrms o valor da raiz quadrada


média, temos as seguintes relações para cálculos:

S
Vm = 0,637 ⋅ Vp

TO
Vrms = 0,707 ⋅ Vp

EN
Vp = 1,41 ⋅ Vrms
Vp = 1,57 ⋅ Vm

AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - Sabendo que a frequência da rede de energia em nosso país é de 60 Hz, quantas
vezes por segundo a polaridade da tensão estabelecida é invertida em cada segundo?

( ) a) 50 vezes.
( ) b) 60 vezes.
( ) c) 100 vezes.

S
( ) d) 120 vezes.

TO
EN
2 - A quantos graus corresponde metade do ciclo completo da tensão alternada da
rede de energia?

AM
( ) a) 60°

N
EI
( ) b) 120°

TR
( ) c) 90°
( ) d) 180°

P
O
3 - Em qual das aplicações encontramos a corrente alternada?

-T
( ) a) Na alimentação de rádios portáteis. S
O
( ) b) No circuito da bateria de um carro.
D

( ) c) Na alimentação dos circuitos internos de um computador.


VA

( ) d) Na instalação elétrica de nossa casa.


ER

4 - Como a corrente alternada é gerada por um gerador que “gira”, é comum


ES

representarmos um ciclo completo com a mesma divisão de um círculo (360°). Durante


R

um ciclo completo de um gerador de corrente alternada, os pontos em que a corrente


ou tensão atinge maior valor ocorrem a:
S
TO

( ) a) 0° e 180°
EI

( ) b) 90° e 270°
IR

( ) c) 90° e 360°
-D

( ) d) 0°, 90° e 270°


A

5 - O valor de pico de uma tensão senoidal cujo valor RMS é 200 V é:


ID
IB

( ) a) 200 V
O

( ) b) 141 V
PR

( ) c) 282 V
A

( ) d) 400 V
PI
Ó
C

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LIÇÃO 13 – TRANSFORMADORES
Introdução
Um dos componentes cujo princípio de funcionamento está associado à
corrente alternada é o transformador, encontrado em quase todos os
equipamentos elétricos e eletrônicos. Como o nome sugere, o transformador

S
“transforma” os valores da energia elétrica, mas só opera com correntes que

TO
variam, mais especificamente com a corrente alternada. Os transformadores são

EN
encontrados tanto em tamanhos reduzidos (em aparelhos como telefones
celulares, notebooks, fontes, Tv’s LCD, etc) e também em formatos maiores que

AM
uma casa (em grandes instalações industriais).

N
EI
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

TR
• Como funciona um transformador.

P
• Como a tensão e a corrente se alteram no transformador.

O
• Tipos de transformador.

-T
• Cálculo de tensões e correntes de um transformador.
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Transformadores

A principal aplicação prática dos transformadores está na alteração dos valores das
tensões e correntes, além de outras características de um circuito. Tratemos a
princípio do fenômeno da indução, no qual se baseia o funcionamento do
transformador.

1.1 Indução

S
TO
Sabemos que, quando uma corrente elétrica percorre um condutor, é criado um campo

EN
magnético. Também sabemos que a eletrização dos corpos pode se dar de três
formas: por atrito, por contato e por indução.

AM
No caso específico da indução, temos o seguinte fenômeno: quando um condutor é
movimentado através das linhas de força do campo magnético de um outro condutor

N
EI
ou de um imã natural, produz-se no primeiro condutor uma corrente.

TR
Dizemos, no caso, que houve indução de uma corrente no primeiro condutor. Um fato
importante a ser observado é que esta indução só ocorre quando o condutor é

P
movimentado em relação ao campo ou vice-versa.

O
Na figura abaixo ilustramos o fenômeno.

-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO

O movimento de um condutor num campo provoca a indução de corrente.


EI
IR

Entende-se, portanto que a indução é um fenômeno dinâmico, isto é, só ocorre


-D

quando há variação no campo magnético, seja ela provocada pela movimentação


relativa dos elementos físicos do conjunto, seja pela variação da corrente que cria o
A

campo. Isso significa que o ligar e desligar da corrente também pode provocar a
ID

indução.
IB
O

1.2 O Transformador
PR

Na figura abaixo temos um bastão de material ferroso (que concentra as linhas de


A
PI

força do campo magnético) onde são enroladas duas bobinas.


Ó
C

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Uma das bobinas, denominada primário, é conectada a uma pilha e a um interruptor
que liga e desliga a corrente. A outra bobina, que denominamos secundário, é ligada
a um indicador de tensão.
Quando ligamos o interruptor, a corrente estabelecida no primário cria um campo que
induz uma tensão no secundário. Tão logo a corrente se estabiliza no primário,
encerra-se a indução e a tensão no secundário cai a zero.
Quando desligamos o interruptor, a corrente cai a zero e as linhas de força do campo
criado se contraem. Durante essa contração, uma tensão de polaridade contrária é
induzida no secundário por um instante.

S
Nesse caso, só poderíamos ter uma tensão permanente (mesmo que oscilando) no

TO
secundário se ficássemos ligando e desligando o interruptor rapidamente. Este

EN
problema pode ser resolvido se, em lugar de alimentarmos o primário com uma tensão
contínua, usarmos uma corrente alternada.

AM
As variações constantes da corrente no primário induzem no secundário uma tensão

N
alternada de igual frequência, conforme mostra a figura abaixo.

EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES

Este dispositivo formado por duas bobinas (primário e secundário), alimentado por
R

corrente alternada, recebe o nome de transformador. Na figura abaixo temos os


S

símbolos adotados para representar os principais tipos de transformador. As linhas


TO

contínuas e tracejadas representam os núcleos.


EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1.3 Tipos de Transformadores

Ao aplicarmos uma tensão alternada no primário, o valor da tensão induzida no


secundário irá depender do número de voltas de fio de cada enrolamento.
Assim, se o enrolamento secundário tiver metade do número de voltas em relação ao
primário, a tensão ficará dividida por 2.

S
TO
Aplicando 220 V no primário, obtemos 110 V no secundário. Isso faz do transformador
um dispositivo que pode ser usado para alterar o valor das tensões alternadas. Na

EN
figura abaixo temos exemplos de transformadores com tensões de primário e

AM
secundário as mais diversas.

N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR

Com relação ao modo como os transformadores são construídos e quanto ao


-D

posicionamento das bobinas, existem diversas possibilidades. Podemos usar


diferentes formatos de núcleos, diferentes materiais, como ferro laminado, ferrite;
A
ID

podemos até mesmo fazê-los sem núcleo. Na figura abaixo temos os tipos mais
comuns de transformadores encontrados nas aplicações eletrônicas.
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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O modo de construção de cada tipo depende da potência com que ele trabalha, da
frequência da corrente que deve ser transformada e também da tensão.
1.4 Cálculos de Transformadores

Sabemos que a alteração de tensão que um transformador promove depende de como


são feitos os enrolamentos primário e secundário. Vimos que, se no secundário de um
transformador tivermos a metade das espiras do primário, a tensão ficará reduzida à
metade: aplicando 220 V num enrolamento, obtemos 110 V no outro (figura abaixo).

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
Nos trabalhos práticos com transformadores, é comum que o profissional precise
calcular qual será a tensão obtida no secundário quando a relação de espiras é
S
O
conhecida.
D
VA

Como fazer esse cálculo?


ER

Para essa finalidade, existe uma fórmula importante que precisa ser memorizada.
ES

Chamando de Vp a tensão do primário; de Vs a tensão de secundário; de np o


número de espiras do primário e de ns o número de espiras do secundário, podemos
R

escrever:
S
TO
EI
IR
-D

Exemplo:
A
ID

Um transformador tem 500 espiras no primário e 25 espiras no secundário. Aplicando


IB

uma tensão de 100 V no primário, qual será a tensão obtida no secundário?


O
PR

np = 500
ns = 25
A
PI

Vp = 100
Ó

Vs = ?
C

Aplicando a fórmula:

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Vale lembrar, entretanto, que o transformador não pode criar energia. Assim, se a
tensão no secundário aumenta, a corrente disponível diminui na mesma proporção. Na
figura abaixo mostramos que a potência aplicada ao primário é a mesma que obtemos
no secundário.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar

1 - Aplicando-se uma tensão alternada no enrolamento primário de um transformador,


obtém-se uma tensão alternada de valor diferente no secundário. A energia aplicada
ao enrolamento primário desse transformador passa para o secundário de que forma?

( ) a) Por uma corrente elétrica.

S
( ) b) Por indução eletrostática.

TO
( ) c) Por ondas de corrente alternada.

EN
( ) d) Por indução magnética.

AM
2 - Uma pilha é ligada ao primário de um transformador através de um interruptor.
No secundário do transformador, existe um indicador de tensão. Quando ligamos o

N
EI
interruptor e o mantemos assim, podemos afirmar que:

TR
( ) a) O indicador de tensão não indica nada, porque a tensão aplicada no primário é

P
contínua.

O
( ) b) O indicador de tensão indica a tensão da pilha.

-T
( ) c) A tensão indicada pelo indicador depende da relação entre as espiras do
S
transformador, e continua sendo indicada mesmo depois que o interruptor é ligado.
O
( ) d) O indicador de tensão indica uma tensão nesse instante e depois cai a zero.
D
VA

3 - Quando ocorre indução de tensão no enrolamento de um transformador?


ER

( ) a) Somente quando as linhas de força do campo magnético do primário se


ES

expandem.
R

( ) b) Somente quando as linhas de força do campo magnético do primário se


contraem.
S
TO

( ) c) Quando as linhas de força do campo magnético se estabilizam.


( ) d) Quando as linhas de força do campo magnético se contraem ou se expandem.
EI
IR

4 - Os transformadores não funcionam nos circuitos de corrente contínua pura porque:


-D

( ) a) a intensidade da corrente contínua é menor que a das correntes alternadas.


A

( ) b) as variações da corrente ocorrem apenas num sentido.


ID

( ) c) não ocorrem variações da corrente e portanto do campo magnético.


IB

( ) d) a corrente circula pelo enrolamento primário apenas num sentido.


O
PR

5 - Um transformador tem um enrolamento primário com 500 espiras e um secundário


A

com 1000 espiras. Aplicando ao primário uma tensão de 110 Vrms, obteremos no
PI

secundário uma tensão de:


Ó
C

( ) a) 55 Vrms
( ) b) 110 Vrms
( ) c) 200 Vrms
( ) d) 220 Vrms

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LIÇÃO 14 – MOTORES ELÉTRICOS


Introdução
Muitos equipamentos de uso doméstico, industrial ou mesmo científico utilizam
recursos da união de dispositivos eletrônicos e mecânicos. Tamanha é a importância
dessa união que já existe uma ciência única que estuda o uso conjunto das duas

S
tecnologias, denominada mecatrônica.

TO
Dentre os inúmeros produtos dessa união, os motores elétricos são dos mais

EN
conhecidos e difundidos. Como a função dos motores elétricos é produzir força
mecânica a partir da eletricidade, o estudo de seu princípio de funcionamento é algo

AM
que interessa não só aos profissionais da eletrônica, mas também aos da mecânica e

N
da mecatrônica.

EI
Nesta lição estudaremos o princípio de funcionamento dos motores elétricos, suas

TR
características e principais aplicações. Será dado especial destaque aos motores de
corrente contínua, que são os mais encontrados nas aplicações práticas.

P
Também trataremos um pouco dos chamados motores de passo, que hoje equipam a

O
maioria dos equipamentos informatizados. As características desses motores

-T
possibilitam que eles sejam controlados de maneira muito precisa por computadores e
outros dispositivos de automação. S
O
D

Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:


VA
ER

• O motor elétrico e seu funcionamento.


• Motores de corrente contínua.
ES

• RPM e potência.
R

• Caixas de redução.
S

• Motores de passo.
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Motores Elétricos

Os motores elétricos são usados em diversos tipos de equipamentos eletrônicos, com


a finalidade tanto de posicionar quanto de movimentar partes mecânicas. Nesta lição
analisaremos o princípio de funcionamento dos motores elétricos de corrente contínua,
ou motores DC.

1.1 Funcionamento dos Motores Elétricos

S
TO
Quando submetemos um condutor (por exemplo, um pedaço de fio) à influência de um

EN
campo magnético e, ao mesmo tempo, à corrente elétrica de uma bateria ou pilha,
surge uma força que tende a movimentar o condutor em determinada direção. Este

AM
efeito, representado na figura abaixo, é o princípio de funcionamento dos motores
elétricos.

N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER

A força que aparece no condutor depende do sentido da corrente que nele circula e
também da orientação das linhas do campo magnético. Podemos, por exemplo,
ES

controlar o movimento de um fio num campo simplesmente mudando o sentido de


R

circulação da corrente.
S

Se enrolarmos o fio na forma de uma bobina, podemos aumentar a força exercida pelo
TO

campo e pela corrente. Para obtermos o efeito desejado, ou seja, produzir força e
EI

movimento devemos montar a bobina entre os polos de um imã, além de contar com
alguns recursos adicionais.
IR

A figura abaixo reproduz a experiência com um motor elementar.


-D

Trata-se de uma espira de fio que gira entre os polos de um imã. Observe que a espira
A

é montada em um eixo, de modo a poder girar livremente. A esse conjunto móvel


ID

damos o nome de rotor.


IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Para que a espira possa ser submetida à corrente sem que seu movimento seja
comprometido, dois contatos fazem a ligação entre a pilha e o eixo. Estes contatos,
denominados escovas, têm também a função de, a cada meia volta do rotor, inverter
o sentido da corrente. Quando a corrente é aplicada ao conjunto, uma força gira a
espira, até que ela alcance uma posição de repouso meia volta depois.
Quando ela alcança essa posição, as escovas atuam invertendo a corrente. Após a
inversão, a nova posição de repouso estará meia volta à frente, e a espira irá
permanecer em movimento. Mais meia volta e novamente as escovas entram em
ação, invertendo a corrente. O resultado é que a espira permanecerá indefinidamente

S
em movimento, enquanto houver corrente aplicada. A figura abaixo ilustra esse

TO
processo.

EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R

Obs.: Nos motores elétricos convencionais, as escovas deslizam sobre os coletores do


rotor, contra o qual são pressionadas por molas. Com o tempo, o atrito e a produção
S
TO

de faíscas (devido à comutação das bobinas) provocam desgaste nas escovas, que
precisam ser substituídas.
EI
IR

1.2 Características dos Motores Elétricos


-D

A força e a velocidade de um motor dependem de diversos fatores, como a espessura


A
ID

do fio usado nos enrolamentos, o número de espiras, o tamanho físico, etc.


Motores costumam ser especificados pela sua tensão nominal de operação, ou seja,
IB

quantos volts precisam para funcionar normalmente. Motores elétricos de 1,5 a 48 V


O
PR

são comuns, mas um motor especificado para 6 V pode perfeitamente operar com
tensões de 4 a 7 V sem problemas.
A

Outra especificação é a velocidade, dada em rotações por minuto ou rpm. Valores


PI

entre 1.000 e 10.000 são comuns. Vale lembrar que a velocidade do motor depende
Ó

da sua força e, portanto, da corrente que ele consome.


C

Por isso a rotação de um motor normalmente é especificada sob determinadas


condições, como, por exemplo, a intensidade da corrente.

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Há uma grande variedade de motores de corrente contínua, inclusive tipos que não
possuem escovas, os sincros e os servos. Caso você queira se aprofundar no
assunto, poderá encontrar mais informações em livros especializados. Na figura
abaixo temos uma amostra da variedade de tipos e tamanhos de motores elétricos.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
1.3 Caixas de Redução

O
-T
Muitas vezes a rotação de um motor em condições normais de operação é alta demais
para a aplicação que se deseja. Por isso é comum que os motores de corrente
S
O
contínua operem associados a conjuntos de engrenagens, ou caixas de redução.
D

Estas caixas de redução, além de diminuírem a velocidade de rotação, também


VA

aumentam sua força, que é medida em termos de torque. Na figura abaixo temos um
ER

exemplo de caixa de redução.


ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1.4 Motores de Passo

Na figura abaixo mostramos um tipo de motor de corrente contínua que hoje encontra
vasta aplicação em indústria e mesmo produtos de consumo, com destaque para os
equipamentos de automação e informática. Trata-se do motor de passo.

S
TO
EN
AM
O motor de passo, usado em aplicações de precisão, não possui escovas, sendo

N
formado por um conjunto de bobinas. Energizando essas bobinas de determinada

EI
forma, é possível colocar o rotor na posição que desejarmos.

TR
Graças a essa característica, o motor de passo não se destina somente à produção de
movimento, mas também ao posicionamento de peças. É ele, por exemplo, que

P
O
posiciona a cabeça de uma impressora para ela gravar um símbolo num determinado

-T
ponto de uma folha. A figura abaixo representa a estrutura interna de um motor de
passo de 4 fases. S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO

Para cada bobina energizada, o rotor gira até certo ângulo. Se energizarmos as
EI

bobinas em sequência, ele pode dar tantas voltas quantas sejam as sequências de
IR

pulsos aplicados. A posição final, que pode ser prevista com precisão, depende
-D

justamente desta sequência de pulsos.


O motor mostrado é de 4 fases e usa quatro enrolamentos, mas existem outros tipos.
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - A interação entre as bobinas de um motor ou entre as bobinas e os imãs ocorre
através de:

( ) a) campos elétricos.

S
( ) b) correntes induzidas.

TO
( ) c) campos magnéticos.

EN
( ) d) ondas eletromagnéticas.

AM
2 - Qual a finalidade das escovas nos motores de corrente contínua?

N
( ) a) Interromper a corrente para que motor não entre em curto.

EI
( ) b) Criar os campos magnéticos que produzem a força que gira o motor.

TR
( ) c) Inverter o sentido da corrente a cada meia volta do motor.

P
( ) d) Produzir a corrente pulsante que gera a indução das bobinas.

O
-T
3 - Quando duas bobinas orientadas conforme mostra a figura abaixo são
percorridas por uma corrente e é criado um campo com as orientações mostradas
S
O
na mesma figura, entre elas aparece que tipo de interação?
D
VA
ER
ES
R

( ) a) Uma força de atração.


S

( ) b) Uma força de repulsão.


TO

( ) c) Uma força que tende a girar as bobinas.


( ) d) Não aparece nenhuma força entre elas, pois os campos são iguais.
EI
IR

4 - O desgaste das escovas de um motor de corrente contínua deve-se a que fator?


-D

( ) a) Passagem de correntes muito intensas.


A
ID

( ) b) Atrito e produção de faíscas devido à comutação das bobinas.


IB

( ) c) Criação de um forte campo magnético nos contatos.


O

( ) d) Aquecimento devido a sua resistência elétrica (efeito térmico).


PR

5 - Um motor de passo de 4 fases tem quantas bobinas?


A
PI

( ) a) 2
Ó

( ) b) 4
C

( ) c) 6
( ) d) 8

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LIÇÃO 15 – MAGNETISMO
Introdução
O funcionamento de muitos dispositivos usados em instrumentação elétrica e
eletrônica se baseia no fenômeno do magnetismo. Com certeza você já viu esse

S
assunto em suas aulas de Física do ensino médio, ou mesmo nas aulas de Ciências

TO
do ensino fundamental, quando estudou objetos como ímãs e bússolas. Na lição

EN
anterior, tratamos de magnetismo ao estudar o funcionamento de motores elétricos.
Vamos agora nos aprofundar no assunto, com a finalidade de preparar terreno para a

AM
abordagem dos instrumentos de medição. O magnetismo possui uma infinidade de

N
aplicações práticas em dispositivos como relés, solenoides, motores de todos os tipos

EI
e sensores.

TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

P
O
• O que são os ímãs

-T
• Os polos de um ímã
• A influência do ímã no espaço que o envolve S
O
• Principais propriedades dos ímãs
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Magnetismo

Certamente você já viu e até mesmo brincou com um ímã permanente. Trata-se de
uma barra de metal que pode atrair determinados objetos metálicos, como alfinetes,
pregos, clipes e outros. Por que, no entanto, os ímãs atraem estes objetos e não
outros?
Essa propriedade dos ímãs permanentes é conhecida como “magnetismo” e só se
manifesta em materiais denominados ferrosos. Somente materiais como ferro, cobalto,

S
níquel e aço são atraídos pelos ímãs e podem, por isso, tornarem-se ímãs e atrair

TO
objetos também dos mesmos materiais. Materiais como papel, vidro, plástico, borracha
e mesmos metais como alumínio, cobre, prata e ouro não são atraídos pelos ímãs.

EN
Os ímãs permanentes são assim chamados por poderem conservar seu magnetismo

AM
por tempo indeterminado. Na figura abaixo observamos um ímã em forma de barra.

N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER

Os ímãs permanentes podem ser naturais ou artificiais. Os naturais são compostos por
materiais que já são encontrados na natureza com as propriedades magnéticas que os
ES

caracterizam. É o caso do minério denominado “magnetita”.


R

Os ímãs artificiais são obtidos de materiais ferrosos que não possuem propriedades
S

magnéticas, mas que podem adquiri-las se passarem por processos especiais.


TO

1.1 Propriedades dos Ímãs


EI
IR

Observe novamente a figura abaixo, em que representamos um ímã permanente em


-D

forma de barra. Este ímã possui duas regiões nas quais a força de atração se
A

manifesta de forma mais intensa. São seus polos, que, por analogia com os polos da
ID

Terra, são denominados Norte (N) e Sul (S).


IB

Essa analogia vem do fato de a Terra se comportar como um gigantesco (porém muito
O

fraco) ímã, capaz de atuar sobre a agulha de um instrumento fundamental para os


PR

navegadores de muitas épocas: a bússola.


Veremos mais adiante qual a origem do magnetismo da Terra. Uma propriedade muito
A

importante dos ímãs pode ser exposta da seguinte maneira: polos de mesmo nome se
PI

repelem e polos de nomes diferentes se atraem. Em outras palavras, polos N atraem


Ó

S, polos S atraem N, polos N repelem N e polos S repelem S, conforme ilustra a figura


C

abaixo.

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Outra importante propriedade dos ímãs está na “inseparabilidade dos polos”. Se


cortarmos um ímã ao meio, as metades se tornam ímãs completos, aparecendo os
polos que faltam.
Se continuarmos dividindo os pedaços, obteremos ímãs cada vez menores. Até
quando podemos fazer isso? Até chegarmos a peças de tamanho microscópico,
chamadas de “domínios magnéticos”. Um conhecimento sobre o que se passa no
interior de um domínio magnético só é possível com um aprofundamento no estudo da
Física Atômica. Por ora, basta saber que existe um limite para a divisão dos ímãs ao
meio.

S
TO
EN
1.1 Magnetização

AM
Em uma barra de ferro não magnetizada, os domínios magnéticos são distribuídos de

N
forma caótica. Se aproximarmos essa barra de um ímã poderoso, todos os seus

EI
domínios se “orientam” e ela passa a funcionar como um ímã. A figura abaixo ilustra

TR
este processo.

P
O
-T
S
O
D
VA
ER

Na prática, usamos este fenômeno para “fabricar” ímãs, submetendo materiais em que
a orientação dos domínios é possível a poderosos campos magnéticos.
ES
R

1.2 Linhas de Força


S
TO

Podemos representar, por meio de linhas de força, o campo magnético de um ímã, ou


EI

seja, a sua influência no espaço que o cerca. Estas linhas saem do polo Norte e
IR

chegam ao polo Sul, conforme ilustra a figura abaixo.


-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó

Como todo ímã tem sempre dois polos, as linhas que representam o campo magnético
C

são linhas fechadas, isto é, saem sempre de um polo e chegam ao outro.


Observe ainda que as linhas ficam mais próximas umas das outras nos polos, onde o
campo magnético é mais forte. No centro do ímã (entre os polos) as linhas são mais
separadas, indicando que neste ponto a manifestação de forças magnéticas é muito
menor.

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Exercícios para Memorizar


1 - Num ímã em forma de barra, em que parte(s) a força de atração é maior?

( ) a) No meio.
( ) b) No polo Norte.
( ) c) No polo Sul.
( ) d) Nos polos.

S
TO
2 - Cortando ao meio um ímã em forma de barra, o que acontece?

EN
( ) a) Teremos metade com o polo Norte e a outra metade com o polo Sul.

AM
( ) b) As duas metades deixam de ser ímãs.
( ) c) Teremos duas partes que serão ímãs completos, com polos Norte e Sul.

N
EI
( ) d) Uma das partes ficará com o polo norte e a outra perderá o magnetismo.

TR
3 - Qual dos seguintes materiais não pode resultar num ímã?

P
O
( ) a) Ferro

-T
( ) b) Aço
( ) c) Cobalto S
O
( ) d) Alumínio
D
VA

4 - Todos os ímãs possuem dois polos, Norte e Sul. Pelo que aprendemos, podemos
ER

dizer que as linhas de força que saem do polo Norte sempre:


ES

( ) a) se dirigem para o polo Norte de outro ímã.


R

( ) b) chegam ao polo Sul do mesmo ímã.


( ) c) se dispersam no espaço.
S
TO

( ) d) são infinitas.
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 16 – ELETROMAGNETISMO
Introdução
Vimos, na lição anterior, que os campos elétricos não devem ser confundidos com
campos magnéticos, isto é, são fenômenos diferentes. No entanto, sabemos que
existe uma relação entre eletricidade e magnetismo, pois a corrente elétrica que passa

S
por um fio condutor tem a propriedade de produzir em torno de si um campo

TO
magnético.

EN
Nesta lição veremos como esse campo magnético é produzido. Estudaremos também
algumas leis que permitem prever sua ação e a orientação das linhas de força, assim

AM
como o aspecto quantitativo dos fenômenos envolvidos.

N
Procure memorizar as leis estudadas, pois elas serão necessárias nas aplicações

EI
práticas de instrumentação.

TR
Esta lição irá tratar dos seguintes assuntos:

P
O
• A origem dos fenômenos eletromagnéticos.

-T
• Leis da mão direita e da mão esquerda.
• Fluxo magnético. S
O
• Indução eletromagnética.
D

• O que é fluxo magnético e como atua.


VA

• Lei de Lenz.
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Eletromagnetismo

O ramo da Física que estuda a interação entre campos elétricos e magnéticos é o


eletromagnetismo O eletromagnetismo analisa o conjunto de fenômenos associados à
criação de um campo magnético pela passagem de uma corrente elétrica.

1.1 Efeito Magnético da Corrente

S
A descoberta da relação entre eletricidade e magnetismo coube ao físico dinamarquês

TO
Hans Christian Oersted (1777-1851). Antes dele, no entanto, já havia hipóteses sobre

EN
essa relação, motivadas pela coincidência entre os aspectos opostos (na eletricidade,
as cargas positivas e negativas; no magnetismo, os polos norte e sul) e pelo fato de

AM
que, em ambos os fenômenos, os opostos se atraem e os iguais se repelem.
A experiência de Oersted, feita em 1820, é ilustrada na figura abaixo. Nesta

N
EI
experiência, quando a chave S é fechada, cria-se um campo magnético perpendicular

TR
ao fio, em consequência da circulação da corrente. O campo atua sobre a agulha de
uma bússola, que se posiciona de modo a ficar perpendicular ao fio, ou seja, paralela

P
às linhas de força do campo. Vale observar que o campo só existe enquanto a

O
corrente circula pelo fio.

-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO

O campo magnético criado tem uma orientação bem definida. Ele envolve o fio com as
linhas, tendo a direção mostrada na figura abaixo.
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

Observe que o campo magnético que surge ao redor do condutor possui uma
orientação magnética (de norte “N” para sul “S”) definida em função do sentido da
corrente (convencional) no condutor.

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1.2 Regra da Mão Direita

É necessário prever como é o campo criado por uma determinada corrente. Para
facilitar essa previsão, existe a Regra da Mão Direita. Essa regra facilita a
memorização do sentido do campo em relação à corrente. Se segurarmos o fio com a
mão direita de modo que o dedo indicador aponte para o sentido da corrente, as linhas
de força do campo estarão acompanhando a posição dos demais dedos. Veja na
figura abaixo como isso ocorre e memorize a regra.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
1.3 Indução Eletromagnética
D
VA

Da mesma forma que uma corrente elétrica produz um campo magnético, se um


ER

condutor penetrar num campo magnético, gera-se uma corrente. O físico inglês
ES

Michael Faraday (1791-1867) é considerado o descobridor desse fenômeno, em que


se produz corrente elétrica a partir de um campo magnético.
R

Para que o fenômeno ocorra, é preciso que o condutor se mova em relação ao campo
S

ou que o campo se mova em relação ao condutor, de forma que as linhas de força do


TO

campo magnético sejam “cortadas” pelo condutor. A indução só ocorre com o


EI

movimento, pois se trata de um fenômeno dinâmico. A figura abaixo ilustra o fato:


IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

Para haver indução, é preciso que as linhas de força do campo atravessem o fio ou
que o fio atravesse as linhas; se o fio se mover paralelamente às linhas do campo,
sem atravessá-las, não haverá indução.

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1.4 Fluxo Magnético

Quando temos um campo magnético atuando numa determinada região do espaço,


dizemos que neste local existe um fluxo magnético, que pode ser medido pela
quantidade de linhas de força que atravessam uma determinada superfície, por
unidade de área. Onde as linhas de força se concentram e atravessam a superfície em
maior número, dizemos que o fluxo é maior. Vemos isso na figura abaixo:

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
A quantidade de linhas de força de um campo que atravessa uma superfície pode ser
D
VA

medida tanto em Tesla (T) quanto em Gauss (G). As duas unidades são encontradas
nas especificações de produtos cujo princípio de funcionamento se baseia em campos
ER

magnéticos.
ES

1.5 Lei de Lenz


R
S

O físico russo Heinrich Lenz (1797 - 1878) foi quem descobriu a relação existente
TO

entre o sentido da corrente elétrica induzida em um circuito e o campo magnético que


EI

a induziu. A Lei de Lenz afirma que “quando uma corrente elétrica for induzida pelo
IR

movimento de um condutor num campo magnético, esta corrente terá um sentido tal
-D

que o campo magnético por ela criado irá se opor ao movimento do condutor”. Veja a
figura abaixo:
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

Quando o condutor se move no campo, a corrente induzida cria seu próprio campo
magnético que tende a se opor ao campo atravessado, deformando-o. Isso significa
que, para gerar uma corrente induzida, é necessário gastar energia.

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1.6 Efeito Motor da Indução Eletromagnética

Quando um condutor é percorrido por uma corrente e está imerso num campo
magnético, verifica-se o aparecimento de uma força que atua sobre o condutor. É o
chamado Efeito Motor da indução eletromagnética, aproveitado em instrumentos
elétricos e eletrônicos, além de motores. Essa força tem características peculiares: é
perpendicular ao sentido da corrente e também às linhas do campo magnético em que
está o fio. Observe a figura abaixo:

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
Para determinar o sentido da força em função do sentido da corrente e do campo, usa-
D

se a Regra da Mão Direita. Veja na figura abaixo como podemos usar os dedos na
VA

posição indicada para determinar a força, o campo e a corrente nas condições


ER

indicadas.
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - O campo magnético produzido por uma corrente que circula através de um
condutor retilíneo é:

( ) a) Paralelo ao condutor.
( ) b) Oblíquo em relação ao condutor.
( ) c) Perpendicular ao condutor.

S
( ) d) Depende do sentido da corrente.

TO
EN
2 - Para que ocorra indução de uma corrente num condutor retilíneo, como deve ser
seu movimento dentro de um campo magnético uniforme (linhas paralelas)?

AM
( ) a) Ele deve se movimentar perpendicularmente às linhas do campo.

N
EI
( ) b) Ele deve se movimentar paralelamente às linhas do campo.

TR
( ) c) Ele deve oscilar paralelamente às linhas do campo.
( ) d) Ele deve ficar parado no campo magnético.

P
O
3 - Envolvendo com a mão direita um condutor percorrido por uma corrente de modo

-T
que o dedo polegar corresponda ao sentido da corrente, podemos afirmar que:
S
O
( ) a) A tensão gerada tem o sentido dos quatro dedos que envolvem o fio.
D

( ) b) Os dedos que envolvem o fio têm o sentido oposto ao campo magnético


VA

produzido.
ER

( ) c) Os dedos que envolvem o fio têm o mesmo sentido do campo magnético


produzido.
ES

( ) d) Os dedos que envolvem o fio ficam perpendiculares ao campo produzido.


R

4 - Em que caso temos a indução de uma tensão maior num condutor em relação a
S
TO

um campo magnético uniforme?


EI

( ) a) Quando o fio se move cortando as linhas do campo.


IR

( ) b) Quando o campo se move de modo que suas linhas cortem o fio.


-D

( ) c) Quando os dois estão estáticos (parados).


( ) d) Quando um se move perpendicularmente em relação ao outro: o campo em
A

relação ao fio ou o fio em relação ao campo.


ID
IB

5 - Pela regra da mão esquerda, que estabelece a relação entre as direções dos
O

vetores da corrente elétrica num fio, do fluxo magnético e da força que tende a
PR

movimentar este fio, podemos dizer que:


A
PI

( ) a) Os três vetores são paralelos.


Ó

( ) b) A força é paralela à corrente e perpendicular ao campo magnético.


C

( ) c) A corrente é paralela ao campo e perpendicular à força.


( ) d) Os três vetores são perpendiculares entre si.

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LIÇÃO 17 – CORRENTE ALTERNADA E SINAIS


Introdução
Nos circuitos elétricos e eletrônicos, a corrente mais comum é a corrente alternada.
Esse assunto já foi abordado na Lição 12, que deverá ser retomada para um melhor
aproveitamento do que virá a seguir.

S
TO
O fato é que a corrente alternada nem sempre segue os padrões que estudamos
anteriormente.

EN
Isso significa que, nesta lição, precisamos ir além. Veremos agora correntes com
outras formas de onda, quais as suas principais propriedades e como elas podem ser

AM
representadas. Essas correntes, conhecidas como sinais, são encontradas numa

N
série de equipamentos eletrônicos.

EI
TR
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

P
• O que é um sinal

O
• Corrente contínua pulsante

-T
• Sinais retangulares / quadrados
• Sinais triangulares e dente de serra S
O
• Aplicações dos sinais
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Corrente Alternada Senoidal

Na Lição 12 estudamos um tipo de corrente em forma de senóide, produzida por


dispositivos chamados alternadores. A corrente alternada senoidal é a mais comum na
maioria dos aparelhos elétricos e eletrônicos.
Na figura abaixo ilustramos a forma de onda de uma corrente alternada senoidal,
como a que encontramos na rede residencial de energia.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
2. Outras Formas de Onda

P
O
Nos circuitos eletrônicos, além das correntes contínuas e alternadas senoidais,

-T
encontramos correntes chamadas “sinais”.
S
Recebem esse nome porque podem transportar informações ou exercer uma função
O
diferente daquela de, simplesmente, levar a energia de um ponto a outro do circuito.
D

Quando representados na forma de gráficos, os sinais resultam em figuras bastante


VA

familiares. Assim, é comum que eles sejam identificados pelas suas formas de onda,
ER

ou formas de representação: sinais retangulares, quadrados, triangulares ou senoidais


são termos que se referem à forma de onda, ou seja, à representação da maneira
ES

como eles variam conforme o tempo.


R
S

2.1 Corrente Contínua Pulsante


TO

Um tipo de corrente encontrada em muitos aparelhos é aquela em que temos apenas


EI

os semiciclo positivos de uma senóide, os quais podem estar separados ou juntos,


IR

conforme mostra a figura abaixo:


-D
A
ID
IB
O
PR

Esta corrente é empurrada num único sentido por pulsos ou “soquinhos”. Dizemos
A

tecnicamente que se trata de uma corrente contínua pulsante. Contínua porque circula
PI

num único sentido; pulsante porque se faz na forma de pulsos.


Ó
C

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2.2 Sinais Retangulares/Quadrados

Um outro tipo de corrente ou sinal é o que obtemos quando abrimos e fechamos uma
chave em intervalos uniformes. Temos, assim, uma corrente num instante e no outro
instante não. Se os tempos em que a chave estiver aberta forem iguais aos tempos
em que ela está fechada, dizemos que o ciclo ativo desta corrente é de 50 %.
Na figura abaixo temos representações desse tipo de sinal, que lembram quadrados
ou retângulos. Por isso é comum usar a denominação de sinal retangular, ou então

S
TO
sinal quadrado quando o ciclo ativo é de 50%.

EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
Observe os ciclos ativos que indicam, em cada ciclo, por quanto tempo temos corrente
e quanto tempo não. S
O
D

2.3 Sinais Dente de Serra e Triangulares


VA
ER

Duas outras formas de sinais são ilustradas na figura abaixo:


ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID

Estas formas de onda são encontradas em televisores, monitores de vídeo, máquinas


industriais, equipamentos médicos, automotivos e de telecomunicações. No sinal
IB

triangular, a corrente sobe e desce de forma regular e constante. No sinal dente de


O
PR

serra, temos uma subida lenta e depois uma queda rápida, ou vice-versa.
A

3. Aplicações dos Sinais


PI
Ó
C

Os sinais possuem uma infinidade de aplicações, sendo encontrados nos mais


diversos equipamentos de uso industrial e comum. Vejamos apenas algumas dessas
aplicações.
Os sinais retangulares servem para transmitir informações na forma digital. Podemos
fazer a presença de tensão corresponder ao bit 1 e a ausência ao bit 0. As
informações são transmitidas na forma de sequências de uns e zeros.
Sinais retangulares também determinam o ritmo de funcionamento de diversos
aparelhos. Estão presentes, por exemplo, nos clocks (relógio) dos notebooks, tablets,
smartphones, Tv’s e etc.

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Os sinais triangulares e dente de serra servem para gerar imagens em televisores e


monitores de vídeo, determinando o sincronismo e a varredura destas imagens.
A varredura nada mais é que o processo segundo o qual um feixe de elétrons desenha
uma imagem na tela de um monitor de vídeo ou TV. Na figura abaixo damos uma ideia
de como os sinais dente de serra produzem as imagens na tela de um televisor,
controlando a varredura.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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Exercícios para Memorizar


1 - Qual a diferença básica entre corrente contínua e corrente contínua pulsante?

( ) a) As duas circulam sempre no mesmo sentido e intensidade, mas em direções


diferentes.
( ) b) Uma tem sinal contínuo pulsante e a outra inverte o sentido de circulação.
( ) c) A corrente contínua circula sempre no mesmo sentido e intensidade. Já a

S
corrente contínua pulsante circula sempre no mesmo sentido, mas varia de

TO
intensidade.

EN
( ) d) Enquanto a corrente contínua varia de sentido, a corrente contínua pulsante
muda de intensidade.

AM
2 - Abrindo e fechando um interruptor rapidamente, a intervalos regulares, geramos

N
EI
que tipo de sinal num circuito?

TR
( ) a) Sinal alternado senoidal

P
( ) b) Sinal retangular

O
( ) c) Sinal contínuo

-T
( ) d) Sinal triangular
S
O
3 - Ligando, na saída de um gerador, um aparelho (osciloscópio) que nos permita
D

visualizar a forma de onda da corrente, temos a imagem mostrada na figura abaixo.


VA

Podemos afirmar que a corrente que este gerador está fornecendo a um circuito
ER

externo é:
ES
R
S
TO
EI
IR
-D

( ) a) Contínua pura
A

( ) b) Contínua pulsante
ID

( ) c) Alternada senoidal
IB

( ) d) Alternada triangular
O
PR

4 - O tempo que um sinal retangular mantém a tensão mais alta é o mesmo que ele
mantém a tensão mais baixa, conforme mostra a figura abaixo. Podemos dizer que:
A
PI
Ó
C

( ) a) Este sinal não é retangular.


( ) b) O ciclo ativo é de 50%.
( ) c) O ciclo ativo é diferente de 50%.
( ) d) O ciclo ativo é de 100%.

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S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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5 - Em qual das aplicações é utilizada uma onda dente de serra?

( ) a) Transmissão de dados por um modem.


( ) b) Sincronismo do funcionamento de um computador (clock).
( ) c) Transmissão de energia elétrica domiciliar.
( ) d) Sincronismo e varredura de uma imagem de TV ou monitor de vídeo.

S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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LIÇÃO 18 – MEDIDAS DE CORRENTE


ALTERNADA
Introdução

S
Os cálculos e conceitos relacionados à corrente alternada são fundamentais para o

TO
desenvolvimento de projetos em eletrônica. Com eles é possível prever os limites de
funcionamento e o consumo de energia de muitos equipamentos, além do

EN
comportamento de dispositivos controlados por esses equipamentos.

AM
Esta lição tem como objetivo tratar dos seguintes assuntos:

N
EI
• Energia numa senóide

TR
• Valores-limite

P
• Como medir a corrente alternada senoidal

O
• Conceitos de ciclo e período

-T
• Valor de pico, valor pico a pico, valor médio e valor eficaz.
• Período e frequência. S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1. Medidas da Corrente Alternada

Você já conhece a forma de onda das correntes produzidas por alternadores. É a


senóide, ilustrada na figura abaixo:

S
TO
EN
AM
Observe que a tensão ou corrente alternadas não possuem um valor fixo, isto é,

N
variam constantemente. Essa característica faz com que seja impossível falar na sua

EI
medida da forma como fazemos para as correntes e tensões contínuas.

TR
Nesse caso, dizemos que, a cada instante, a tensão tem um valor denominado

P
instantâneo. O cálculo desse valor só é necessário em algumas aplicações

O
específicas. No entanto, precisamos medir os efeitos de uma corrente alternada, o que

-T
nos leva a expressar sua intensidade de diversas formas. Já vimos algumas delas em
lições anteriores, porém sem entrar em detalhes. Vamos agora nos aprofundar um
S
O
pouco mais no assunto.
D
VA

1.1 Valores de Pico


ER

Os primeiros valores que nos interessam referem-se aos pontos máximo e mínimo que
ES

a corrente atinge a cada ciclo. Temos, então, os chamados valores de pico, que tanto
podem ser positivos como negativos, como mostra a figura abaixo:
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB

Entre o pico positivo e o pico negativo, podemos indicar o valor pico a pico.
O

Representamos estes valores como Vp+, Vp-, Vp ou, ainda, para o valor pico a pico,
PR

Vpp.
A
PI

1.2 Valor Médio e Valor Eficaz


Ó
C

Numa aplicação prática, quando precisamos trabalhar com potências elétricas, o valor
de pico não é o mais apropriado para especificar uma tensão ou corrente alternada.
Isso porque o valor de pico se mantém apenas por uma fração de segundo,
representando uma quantidade de energia que a corrente alternada não pode
realmente fornecer. Uma primeira alternativa para medir a tensão ou corrente
alternada consiste em calcular o valor médio, ou seja, a média de todos os valores que
a tensão assume num semiciclo.

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O resultado desse cálculo descreve com maior fidelidade os efeitos de uma corrente
alternada que esteja fornecendo energia. Na figura abaixo ilustramos o valor médio.

S
TO
EN
AM
Mas mesmo a média das tensões não corresponde a uma indicação apropriada para

N
determinadas aplicações, principalmente para que envolvem potências. Afinal, como

EI
calcular o valor da corrente contínua que, aplicada a um resistor, fizesse com que ele

TR
dissipasse a mesma quantidade de calor que um outro resistor alimentado por uma
tensão alternada?

P
O
Verifica-se que este valor é 70,7% do valor do pico da tensão alternada, e não 63,7%.

-T
Este valor é denominado “eficaz” ou “root mean square”, sendo por isso abreviado por
RMS. O valor RMS é obtido dividindo-se o valor de pico pela raiz quadrada de 2, que é
S
aproximadamente 1,41.
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI

Na indústria, deformações na senóide da tensão que alimenta máquinas e


IR

equipamentos podem causar problemas de funcionamento. Por isso é necessário


-D

atentar para a qualidade da tensão senoidal que alimenta essas máquinas.


A

Um caso comum é o dos picos (ou spikes) que, sobrepondo-se a uma tensão senoidal,
ID

como mostra a figura abaixo, elevam-se para milhares de volts, o que pode danificar
IB

instalações e equipamentos. Esses picos são também chamados de transientes.


O
PR
A
PI
Ó
C

Somente com instrumentos apropriados, como multímetros “true rms” e analisadores


de energia, é possível medir os transientes. Quem pretende se tornar um profissional
da eletrônica deve estar atento a problemas desse tipo.

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S
TO
EN
AM
N
EI
TR
P
O
-T
S
O
D
VA
ER
ES
R
S
TO
EI
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI
Ó
C

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1.3 Frequência e Período

Ao medirmos as correntes e tensões alternadas, podemos também medir a velocidade


com que a tensão ou corrente variam pela sua frequência (f) ou pelo período (T). Na
figura abaixo temos a representação da frequência e do período de uma tensão
senoidal.

S
TO
EN
AM
N
EI
A frequência é o número de ciclos que a corrente completa em cada segundo e é

TR
medida em Hertz (Hz). O período é o tempo necessário para se completar um ciclo
completo. O período é medido em segundos (s).

P
O
Frequência e período se relacionam de uma forma bem definida: a frequência é o

-T
inverso do período ou:
S
O
D
VA
ER

Onde:
ES

f é a frequência em Hz
T é o período em segundos
R
S

Observe que, à medida que a frequência aumenta, o período se torna menor. Na


TO

figura abaixo é possível observar quanto dura o período (ou ciclo) de um sinal de 60
EI

Hz.
IR
-D
A
ID
IB
O
PR
A
PI

Definimos um semiciclo ou meio ciclo como metade de um ciclo completo.


Ó
C

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Exercícios para Memorizar

1 - Qual o efeito de uma tensão senoidal de 100 V de pico alimentando uma lâmpada
incandescente?

( ) a) O mesmo efeito de uma tensão de 200 V RMS.


( ) b) O mesmo efeito de uma tensão de 70,7 V RMS.

S
( ) c) O mesmo efeito de uma tensão de 67,3 RMS.

TO
( ) d) O mesmo efeito de uma tensão contínua de 70,7 V.

EN
2 - Um multímetro foi calibrado para medir tensões true RMS (RMS verdadeiro).

AM
Numa aplicação industrial em que sejam constatadas deformações na tensão senoidal
fornecida, podemos afirmar que:

N
EI
TR
( ) a) o multímetro vai detectar estas alterações.
( ) b) o multímetro vai queimar.

P
( ) c) o multímetro vai indicar zero em todas as escalas.

O
( ) d) o multímetro não vai detectar estas alterações.

-T
S
3 - Numa fonte encontramos uma tensão senoidal de 35 V RMS. O valor de pico da
O
tensão desta fonte será de aproximadamente:
D
VA

( ) a) 70 V
ER

( ) b) 50 V
( ) c) 100 V
ES

( ) d) 140 V
R

4 - Se compararmos uma tensão A senoidal de 100 V de pico com uma tensão B


S
TO

senoidal de mesma frequência de 50 V RMS, podemos dizer que:


EI

( ) a) a tensão A tem maior amplitude que a tensão B.


IR

( ) b) a tensão A tem a mesma amplitude que a B.


-D

( ) c) a tensão A tem menor amplitude que a tensão B.


( ) d) Nada podemos afirmar sobre suas amplitudes.
A
ID

5 - Sobre a frequência de uma tensão alternada de uma rede de energia é de 60 Hz,


IB

podemos afirmar que:


O
PR

( ) a) cada semiciclo dura 1/30 segundo.


A

( ) b) cada semiciclo dura 1/60 segundo.


PI

( ) c) cada semiciclo dura 1/120 segundo.


Ó

( ) d) cada semiciclo dura 1/240 segundo.


C

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