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DeviceNet
Abstract:
The purpose of this essay is to provide our reader with a practical and complete overview of a
DeviceNet industrial network, the facilities that this technology supplies, the differences involved in a
conventional PLC application, from the equipment specification to the installation, in a clear and
objective way, in order to enable even a person who has never seen it before to properly figure this
technology and all required steps to implement it successfully.
Resumo:
Este artigo visa dar ao leitor uma visão prática e completa do que é uma rede industrial DeviceNet, as
facilidades que a utilização deste tecnologia proporciona, as diferenças com relação a um projeto com
cartões de PLC convencional desde a definição dos equipamentos até a instalação em campo, de
uma maneira clara e objetiva de forma que uma pessoa que nunca teve contato com esta tecnologia
tenha uma idéia bem definida dos passos necessários para implementar um projeto com sucesso.
Palavras chaves: redes industriais, DeviceNet, protocolo CAN, projeto de rede, instalação.
1 – INTRODUÇÃO:
Grande parte dos projetos atuais de automação industrial incluem a tecnologia de redes industriais
para os equipamentos de campo, e existentes no mercado vários protocolos disponíveis, sendo que
abordaremos neste trabalho a rede DeviceNet, que possui um grande parque instalado no Brasil.
O tema será abordado de forma simples de fácil compreensão focando sempre a instalação da rede
onde o leitor encontrará informações desde o surgimento da rede DeviceNet até os requisitos de sua
implementação física; incluindo a especificação dos equipamentos até sua instalação e start up da
planta.
2 - O PROTOCOLO CAN:
A rede DeviceNet é baseada no protocolo CAN (Controller Area Network), desenvolvido pela Bosh
nos anos 80 originalmente para aplicação automobilística, mais especificamente para a Mercedes,
pois devido ao grande número de sensores utilizados tornando inviável o encaminhamento dos fios.
O protocolo CAN define uma metodologia de acesso ao meio físico MAC (Controle de Acesso ao
Meio) e fornece como segurança bits de checagem CRC (Vistoria Redundante Cíclica), que detecta
estruturas alteradas e erros.
3 - A REDE DeviceNet:
A rede DeviceNet é derivada da rede CAN, adaptada para operar ao nível de equipamentos desde os
mais simples como sensores on/off e módulos I/O até os mais complexos, como interfaces homem-
máquinas e inversores de freqüência para controle de velocidade de motores.
A rede DeviceNet possui protocolo aberto, tendo um expressivo número de fabricantes ofertando
equipamentos, regulamentados via a associação OVDA (Open DeviceNet Vendor Association –
www.odva.org), organização independente que tem o objetivo de divulgar, padronizar e difundir a
tecnologia visando seu crescimento global.
Existem hoje 3 cabos disponíveis, o cabo tronco também conhecido por cabo grosso, que tem
diâmetro externo de 12,5 mm, outro chamado de cabo fino com diâmetro externo de 7 mm e um
terceiro chamado flat que possui um perfil chato para ser utilizado por conectores especiais com a
tecnologia de perfuração visando reduzir o tempo de montagem.
Os sinais de comunicação utilizam a técnica de tensão diferencial para os níveis lógicos, visando
diminuir a interferência eletromagnética, que será igual nos dois fios e aliada a blindagem dos cabos,
tende a conservar a integridade da informação.
3.2 - Topologias:
A rede DeviceNet admite somente a topologia com um cabo tronco (principal) e derivações
executadas obrigatoriamente do cabo principal. A tabela abaixo ilustra as restrições quanto
ao comprimento dos cabos em função a taxa de transmissão adotada para a troca dos
dados na rede.
Sem se aprofundar nos significados de cada bit deste frame, destacamos apenas o campo de dados
que pode conter de 1 a 8 bytes de informação, e normalmente é suficiente para as trocas de dados
de módulos I/O distribuídos, e demais equipamentos da rede.
Caso necessário a informação pode ser sub dividida em vários frames, pois existem equipamentos
que necessitam trocar mais informações, tais como: interfaces homem / máquina, inversores de
freqüência, etc.
Deve-se conferir através da formula abaixo as tensões que efetivamente ocorrerão em cada
equipamento, e caso necessário deve-se adotar uma posição diferente para a fonte:
U = ρ x L x I;
sendo:
U – Tensão em volts; Tipo de cabo Resistividade do cabo
L – Comprimento do cabo em metros; Cabo Grosso 0,015 Ω/m
I – Corrente em ampères; Cabo Fino 0,069 Ω/m
ρ - De acordo com a tabela ao lado; Cabo Flat 0,019 Ω/m
No caso de uma fonte não conseguir atender todos os equipamentos da rede, existe a possibilidade
de utilização de mais de uma fonte, e isto é feito separando os trechos interrompendo somente o fio
vermelho do cabo, conforme é ilustrado na figura abaixo:
6.1 - EDS:
Como existem vários softwares configuradores e diversos
fabricantes de equipamentos, o configurador da rede deve
propiciar o setup básicos dos equipamentos e para tanto
precisa “conhecer” o equipamento a ser configurado, e para
isto existe o EDS, sigla de Electronic Data Sheet, ou seja,
isto é um arquivo eletrônico, disponível nos sites dos
fabricantes.
O arquivo de EDS informa as características dos
instrumento, tais como: tipo, modelo, método de
comunicação, memória a ser utilizada, pontos a serem
configurados, etc.
O arquivo, o mesmo deve ser instalado no software
conforme procedimentos específico de cada padrões que
passa a reconhecer o equipamento e disponível para as
configurações necessárias.
6.3 - Memória:
Após definido o scan list, deve-se definir o espaço de memória no scanner para cada elemento, e o
espaço para cada escravo será definido com base no número de bytes que o escravo necessita para
as entradas e saídas, e este endereço definido é o que irá ser usado em toda a programação da
estratégia de controle da planta.
7 – CONCLUSÃO:
A rede DeviceNet oferece aos usuários grandes benefícios, pois concilia todos as características de
uma rede industrial com baixo custo de instalação e diagnóstico remoto, e tem a programação similar
ao do PLC convencional, não trazendo nenhuma dificuldade, além de oferecer uma gama muito
grande de fabricantes de equipamentos.
Outro ponto muito importante que a observar é a importância de termos um projeto bem feito e
principalmente uma instalação de acordo com os requisitos que uma rede industrial necessita, sendo
que observado estes pontos o usuário não terá nenhum tipo de problema na utilização desta
tecnologia.
Esperamos ter informado o usuário de automação industrial que ainda não teve oportunidade de ter
contato com esta tecnologia, lembrando dos pontos a observar para obter uma instalação bem
sucedida.
AGRADECIMENTOS:
Agradecemos aos departamentos de Engenharia de Aplicações, Marketing e Engenharia de
Desenvolvimento da Sense que tornaram este trabalho possível.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS:
Curso de Redes Industriais: DeviceNet, Sense Eletrônica Ltda, 73 páginas
ODVA, www.odva.com.br