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Legislação Específica

Lei nº 4.077/2014 –
Dispõe sobre o Quadro de Servidores Auxiliares da Defensoria Pública do Estado do Amazonas

Professor Fidel Ribeiro

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Legislação Específica

LEI Nº 4.077, DE 11 DE SETEMBRO DE 2014

INSTITUI o Quadro de Servidores Auxiliares da d) vencimentos compatíveis com a função;


Defensoria Pública do Estado do Amazonas e o
respectivo Plano de Cargos, Carreiras e Remu- III – motivação dos servidores, mediante o
nerações e dá outras providências. reconhecimento dos resultados obtidos no
desempenho das suas atribuições, após afe-
O GOVERNADOR DO ESTADO DO AMAZONAS rição da eficiência e qualidade dos serviços
FAÇO SABER a todos os habitantes que a AS- prestados;
SEMBLEIA LEGISLATIVA decretou e eu sanciono
a presente LEI: IV – desenvolvimento profissional dos servi-
dores, mediante qualificação, para o exercí-
cio de suas atribuições;
V – compromisso dos servidores com a filo-
CAPÍTULO I sofia e os objetivos da Instituição;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
VI – revisão geral e anual da remuneração
Art. 1º É instituído o Quadro de Servidores Auxi- em maio, obedecidos os parâmetros da Lei
liares da Defensoria Pública do Estado do Ama- de Diretrizes Orçamentárias e a disponibili-
zonas e o respectivo Plano de Cargos, Carreiras dade financeira.
e Remunerações, com quantitativo, denomina-
Art. 2º Os servidores de que trata esta Lei sub-
ções, atribuições e vencimentos, na conformi-
metem-se ao regime estatutário, obedecidos os
dade dos Anexos I, II e X desta Lei, organizados
ditames desta Lei.
com fundamento nas seguintes diretrizes:
I – mobilidade funcional na respectiva car-
reira, mediante progressão vertical e hori-
zontal; CAPÍTULO II
DA ESTRUTURA DO PLANO
II – organização e escalonamento dos car-
gos, tendo em vista: DE CARGOS, CARREIRAS E
REMUNERAÇÕES
a) a retribuição, por meio de escalas de
vencimentos, composta de classes e pa- Seção I
drões;
DAS DEFINIÇÕES
b) a multifuncionalidade, a multidisciplina-
ridade e a complexidade das atribuições; Art. 3º Para os fins desta Lei, considera-se:

c) os graus diferenciados de responsabili- I – servidor: a pessoa legalmente investida


dade e de experiência profissional e demais em cargo público;
requisitos exigidos para o desempenho das II – cargo: o conjunto de funções e respon-
respectivas atribuições; sabilidades, com denominação própria,

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criado por lei, com número certo, pagamen- peitada a formação escolar do seu ocupan-
to por pessoa jurídica de direito público e te, a legislação profissional e os regulamen-
atribuições definidas; tos do serviço;
III – função: o conjunto de atribuições con- XIII – multifuncionalidade: o aglutinamento
feridas a um cargo; de diferentes áreas de atuação em um mes-
mo cargo, diversificando-se as funções e as
IV – classe: o escalonamento hierárquico de respectivas atribuições, respeitada a forma-
desenvolvimento profissional de um cargo, ção escolar do seu ocupante, a legislação
com idênticas atribuições, responsabilida- profissional e os regulamentos do serviço;
des e vencimentos, representados pelas le-
tras de "A", "B" e "C"; XIV – tabela de vencimentos: a correspon-
dência entre os valores financeiros e res-
V – padrão: o indicativo da posição do cargo pectivas classes e padrões.
nas escalas de vencimentos;
XV – função gratificada: aquela exercida em
VI – progressão horizontal: a evolução do caráter transitório para a qual é estabeleci-
servidor para o Padrão seguinte mantido a da uma gratificação/remuneração de fun-
Classe, mediante classificação no processo ção de confiança;
de Avaliação Periódica de Desempenho ou
por aprovação em estágio probatório; XVI – provimento: o preenchimento de car-
go público, na forma prevista em Lei;
VII – progressão vertical: a evolução do ser-
vidor para a classe subsequente, mediante XVII – enquadramento: o ato que oficializa a
adequada titulação e classificação no pro- mudança funcional na carreira do servidor;
cesso de Avaliação Periódica de Desempe-
nho; XVIII – enquadramento inicial: a modifica-
ção funcional do servidor em decorrência
VIII – vencimento: a retribuição pecuniária de sua classificação no Plano de Cargos, a
pelo exercício de cargo público, fixado em partir da correspondência estabelecida na
Lei; Tabela de Transposição de Cargos, confe-
rindo-lhe direito ao vencimento correspon-
IX – avaliação Periódica de Desempenho: o dente.
instrumento destinado a verificação do de-
senvolvimento funcional do servidor, com- Seção II
preendendo ações voltadas para o estabe- DO QUADRO DE CARGOS
lecimento de padrões de atuação funcional
compatíveis com os objetivos da Defensoria DE SERVIDORES AUXILIARES
Pública do Estado do Amazonas;
Art. 4º O quadro dos cargos dos servidores auxi-
X – seleção interna: o ato de aplicar critérios liares da Defensoria Pública do Estado do Ama-
preestabelecidos entre os servidores inscri- zonas é organizado:
tos no processo de promoção;
I – segundo a multidisciplinaridade e a mul-
XI – processo de promoção: procedimento tifuncionalidade;
adotado para organizar todos os atos neces-
II – em três classes identificadas pelas letras
sários à progressão;
"A", "B" e "C", e seis padrões em cada clas-
XII – multidisciplinaridade: o aglutinamento se, identificados por algarismos arábicos de
de disciplinas de atuação de naturezas dis- 1 a 6.
tintas em um mesmo cargo, diversificando
as funções e as respectivas atribuições, res-

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Parágrafo único. As atribuições de cada um § 7º Os "atrasos" e as "saídas antecipadas",


dos cargos referidos no artigo 1.º são as es- não justificadas, ou cujas justificativas não
tabelecidas no Anexo II desta Lei. sejam aceitas pela Administração, serão
registrados cumulativamente no mês e, a
cada hora de "atraso" ou de "antecipação
CAPÍTULO III de saída" durante o mês, será descontado
DA JORNADA DE TRABALHO 1/3 (um terço) da remuneração correspon-
dente ao dia de trabalho.
Art. 5º A jornada de trabalho dos servidores dos
§ 8º As saídas durante o horário de expe-
serviços auxiliares, ocupantes de cargo efetivo,
diente, por necessidade pessoal do servi-
da Defensoria Pública do Estado do Amazonas,
dor, e sua forma de compensação, inclusive
será de 06 (seis) horas diárias ou de 08 (oito) ho-
por intermédio de banco de horas, serão re-
ras, a critério do Defensor Público-Geral.
gulamentadas por ato do Defensor Público-
§ 1º A jornada de trabalho dos servidores -Geral a ser editado em até 60 (sessenta)
ocupantes do cargo de analista em saúde dias da presente Lei.
será de 04 (quatro) horas diárias.
Art. 6º A jornada de trabalho para os cargos de
§ 2º Ato do Defensor Público-Geral fixará provimento em comissão e para as funções gra-
o horário de expediente da Defensoria Pú- tificadas é de quarenta horas semanais.
blica do Estado do Amazonas e dos seus ór-
Art. 7º O servidor da Defensoria Pública do Es-
gãos, notadamente daqueles cujas ativida-
tado do Amazonas fará hora extra somente em
des necessitem ser executadas em horários
caso de necessidade do serviço e com prévia e
diferenciados e em regime de plantão, sen-
expressa autorização escrita do Defensor Públi-
do este entendido como aquele executado
co-Geral.
fora do horário fixado como de expediente.
§ 3º O registro de entrada e de saída será
efetivado, somente por meio de ponto ele-
trônico, exceto nos locais desprovidos de CAPÍTULO IV
registro eletrônico, ou excepcionalmente, DO PROVIMENTO
por razões de não funcionamento daqueles,
motivos pelos quais a administração adota- Art. 8º O provimento inicial dos cargos de que
rá meios específicos de controle da frequ- trata esta Lei dar-se-á na classe e padrão inicial
ência. da Tabela de Vencimentos constante do Anexo
X, mediante aprovação prévia em concurso pú-
§ 4º Será configurado como "atraso" o regis- blico de provas ou de provas e títulos.
tro de entrada após a tolerância máxima de
15 (quinze) minutos do horário fixado como § 1º A nomeação dos aprovados respeitará
de início para o expediente estabelecido em a ordem de classificação por área de gradu-
ato do Defensor Público-Geral, e contando- ação ou habilitação, e ocorrerá por ato do
-se como tal o tempo decorrido entre o iní- Defensor Público-Geral.
cio do expediente e o registro da entrada. § 2º A lotação dos cargos de que se refere
§ 5º As "saídas antecipadas" serão igual- esta Lei será por Ato do Defensor Público-
mente registradas, para os fins desta Lei. Geral, observando o que fora disciplinado
no edital do concurso.
§ 6º Serão justificáveis os "atrasos" e "saí-
das antecipadas" nos casos previstos em lei, Art. 9º O concurso público será aberto após a
desde que devidamente comprovados, e conclusão do primeiro processo de promoção,
protocolizados até o dia seguinte ao evento. para os casos onde existirem vagas.

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Art. 10. Os cargos constantes do Anexo VI não CAPÍTULO VI
poderão ser providos por concurso público, sen- DO ENQUADRAMENTO INICIAL
do extintos após sua vacância.
Seção I
DO ENQUADRAMENTO
CAPÍTULO V INICIAL DOS CARGOS
DO ESTÁGIO PROBATÓRIO
Art. 12. O Quadro de Cargos Efetivos Permanen-
Art. 11. O servidor concursado, ao entrar em tes dos servidores administrativos da Defenso-
exercício, fica sujeito a estágio probatório por ria Pública do Amazonas consta do Anexo I.
trinta e seis meses, para avaliação de sua apti-
dão e capacidade no desempenho do cargo. Art. 13. Os cargos efetivos dos atuais Quadros
Permanente, Suplementar e Adicional da Defen-
§ 1º Serão observados os seguintes itens: soria Pública do Amazonas ficam transformados,
conforme Anexo III, passando a compor o novo
I – assiduidade; Quadro Permanente da Defensoria Pública.
II – pontualidade;
Seção II
III – disciplina; DO ENQUADRAMENTO
IV – capacidade de iniciativa; INICIAL DOS SERVIDORES
V – produtividade; Art. 14. Para fins de implantação do Plano de
Carreiras e Vencimentos, os servidores serão
VI – responsabilidade; enquadrados, automaticamente, nos cargos
VII – idoneidade moral; transformados, correspondentes aos cargos dos
quais são titulares.
VIII – urbanidade.
§ 1º O servidor efetivo não-estável será en-
§ 2º A avaliação é realizada pelo chefe ime- quadrado na classe primeira do cargo, pa-
diato em conjunto com a Corregedoria, drão "1", e o estável no padrão e classe do
através de instrumento próprio, a ser regu- novo cargo, na forma do Anexo IV desta Lei,
lamentado pelo Conselho Superior. considerado, para tanto, o tempo de serviço
público.
§ 3º Fica assegurado ao servidor em estágio
probatório vencimento integral e demais di- § 2º O enquadramento inicial dos servido-
reitos dos servidores efetivos que, com este res atende às seguintes condições:
instituto, não conflitarem.
I – ser efetivo no serviço público estadual;
§ 4º O estágio probatório tem regulamenta-
ção própria, materializada através de Ato do II – estar em efetivo exercício nos órgãos da
Conselho Superior da Defensoria Pública do Defensoria Pública do Estado do Amazonas;
Estado do Amazonas. III – exercer, efetivamente, as atribuições do
cargo transformado;
IV – atender os requisitos profissionais bási-
cos estipulados para o cargo.
§ 3º O prazo para o enquadramento dos
servidores é de sessenta (60) dias, a contar
da data da publicação desta Lei, por ato do
Defensor Público-Geral.

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Seção III I – opera-se por progressão horizontal e


DA PRIMEIRA PROMOÇÃO progressão vertical;
II – vincula-se ao Sistema de Avaliação Peri-
Art. 15. O primeiro processo de promoção será ódica de Desempenho;
aberto após o enquadramento, com aplicação
de todos os critérios básicos e específicos das III – ocorre nos limites da dotação orçamen-
duas modalidades de promoção, e dos fatores tário-financeira anual.
de avaliação, exceto o de desempenho.
Art. 19. É vedada a evolução funcional quando o
Parágrafo único. O prazo para a abertura do servidor que:
primeiro processo de promoção é de vinte
(20) dias, a contar da data de publicação I – durante o período avaliado tiver:
do enquadramento inicial dos servidores e a) mais de cinco faltas injustificadas;
conclusão dos processos de recurso de revi-
são do enquadramento. b) sofrido pena administrativa de suspen-
são ou sido destituído de cargo de provi-
Art. 16. O concurso público será aberto após a mento em comissão ou de função gratifi-
conclusão do primeiro processo de promoção cada, por meio de processo administrativo
e processos de recurso de revisão do mesmo, disciplinar;
para os cargos com vagas, dentro dos limites or-
çamentários e financeiros disponíveis. II – estiver:
a) em estágio probatório;
b) cumprindo pena decorrente de processo
CAPÍTULO VII disciplinar ou criminal.
DO RECURSO DE REVISÃO
Parágrafo único. Na hipótese da alínea "b"
Art. 17. O servidor que não concordar com o re- do inciso II deste artigo, a evolução funcio-
sultado de seu enquadramento ou de sua pro- nal concedida é revogada, em caso de con-
moção, nas duas modalidades, pode requerer denação do servidor em processo criminal
revisão de sua situação ao Conselho Superior da iniciado em data anterior à concessão, com
Defensoria Pública do Estado do Amazonas. sentença transitada em julgado.

§ 1º O prazo para apresentar o recurso é de Art. 20. Nos interstícios necessários para a evo-
quinze (15) dias, a contar da data de publi- lução funcional, desconta-se o tempo:
cação do enquadramento do servidor, com I – da licença:
justificativa e provas das alegações.
a) para serviço militar;
§ 2º O recurso tem efeito suspensivo, até a
data da decisão administrativa do recurso. b) para atividade política;
c) para tratar de interesses particulares;
d) para desempenho de mandato classista;
CAPÍTULO VIII
DA EVOLUÇÃO FUNCIONAL II – do afastamento:

Art. 18. A evolução funcional do quadro dos ser- a) para exercício em outro órgão ou unida-
vidores auxiliares da Defensoria Pública do Esta- de do Estado, dos demais Estados, da União,
do do Amazonas: do Distrito Federal ou dos Municípios;
b) para o exercício de mandato eletivo;

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c) para estudo, por prazo superior a seis Art. 23. A promoção é autorizada pelo Defensor
meses, ininterrupto ou não. Público-Geral e o enquadramento do servidor
na nova situação funcional são oficializados por
Art. 21. As progressões horizontais e verticais ato administrativo publicado no Diário Oficial
produzem efeitos financeiros para o servidor a do Estado.
partir do primeiro dia útil do mês subsequente
ao da concessão. Art. 24. O enquadramento é realizado de acor-
do com o resultado obtido pelo servidor no pro-
Seção I cesso de promoção.
DA PROGRESSÃO HORIZONTAL
Seção II
Art. 22. A progressão horizontal dar-se-á quan- DA PROGRESSÃO VERTICAL
do o servidor estável for movimentado de um
padrão para outro imediatamente superior, Art. 25. A progressão vertical dar-se-á quando o
dentro de uma mesma classe, obedecidos, servidor estável for movimentado de uma Clas-
cumulativamente, os seguintes critérios: se para outra imediatamente superior, obedeci-
dos, cumulativamente, os seguintes critérios:
I – 24 meses de efetivo exercício no padrão
em que se encontra, salvo para a primeira I – 36 (trinta e seis) meses de efetivo exer-
progressão que ocorre na forma do parágra- cício no último padrão da classe que se en-
fo único deste artigo; contra;
II – obtenha conceito igual ou superior a II – participação em cursos de aperfeiçoa-
60% dos pontos possíveis: mento, ação ou programa de capacitação,
durante o interstício de que trata o inciso
a) em todos os procedimentos da Avalia- anterior:
ção Periódica de Desempenho;
a) 80 horas para os cargos de nível supe-
b) na avaliação dos cursos de aperfeiçoa- rior, podendo ser fracionado em 02 cursos
mento, ação ou programa de capacitação de no mínimo 40 horas cada;
de que tenha participado;
b) 60 horas para os cargos de nível médio,
III – efetivo exercício nas unidades da De- podendo ser fracionado em até 03 cursos
fensoria Pública; de no mínimo 20 horas;
IV – não tenha o servidor: c) 40 horas para os cargos de nível funda-
a) mais de cinco faltas injustificadas, por mental, podendo ser fracionado em até 02
exercício, referentes ao período avaliado; cursos de no mínimo 20 horas;

b) em sua ficha funcional, na data do defe- III – conceito igual ou superior a 60% dos
rimento da progressão horizontal, anotação pontos possíveis em todos os procedimen-
sobre punição por crime contra a Adminis- tos da Avaliação Periódica de Desempenho;
tração Pública ou ilícito administrativo, pre- IV – efetivo exercício nas unidades da De-
visto em lei. fensoria Pública;
Parágrafo único. Após a aprovação no es- V – não ter o servidor:
tágio probatório, ocorre automaticamente
a progressão horizontal do servidor, para o a) mais de cinco faltas injustificadas, por
padrão imediatamente seguinte ao inicial exercício, referentes ao período avaliado;
do cargo e da classe em que se encontra.
b) em sua ficha funcional, na data do de-
ferimento da progressão vertical, anotação

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sobre punição por crime contra a Adminis- VI – a integração entre as chefias e avalia-
tração Pública ou ilícito administrativo, pre- dos, com vistas à melhoria do ambiente de
visto em lei. trabalho.
§ 1º O processo de avaliação de desempe-
nho de que trata esta Lei será regulamen-
CAPÍTULO IX tado por ato do Conselho Superior da De-
fensoria Pública do Estado do Amazonas, a
DA AVALIAÇÃO PERIÓDICA
quem cabe definir a sua periodicidade.
DE DESEMPENHO
§ 2º São avaliados todos os servidores efeti-
Art. 26. A Avaliação Periódica de Desempenho vos, inclusive os que se encontram no exer-
– APD é instrumento para aprimorar os méto- cício de cargo de provimento em comissão
dos de gestão, valorizar a atuação do servidor ou função gratificada, sendo-lhes assegura-
comprometido com o resultado de seu trabalho do, o direito a informação sobre o resultado
e instruir os processos de evolução funcional, e do seu desempenho.
consiste na atribuição de pontos, nas hipóteses
previamente estabelecidas em regulamento, § 3º Caberá ao Setor competente de Gestão
tendo por finalidade: de Pessoas a Avaliação Periódica de Desem-
penho.
I – a aferição dos resultados alcançados pela
atuação do servidor;
II – avaliar o desempenho no exercício das CAPÍTULO X
atribuições do servidor, identificando suas DOS DIREITOS E VANTAGENS
habilidades e inaptidões, de modo a:
a) disponibilizar treinamento e melhoria Seção I
nas condições de trabalho; DA REMUNERAÇÃO
b) habilitar o servidor à mobilidade funcio- Art. 27. A remuneração dos cargos criados por
nal, segundo critérios qualitativos e com- esta Lei é constituída pelo vencimento básico
portamentais, no exercício das suas atribui- correspondente à respectiva classe e padrão,
ções; podendo ser acrescida das eventuais gratifica-
III – manter registro e disponibilizar infor- ções pecuniárias estabelecidas em lei.
mações sobre as condições dos equipamen- Art. 28. Os membros da Defensoria Pública e
tos e insumos à disposição do servidor, no servidores ocupantes dos cargos da carreira ora
exercício de suas atribuições, viabilizando criada, quando investidos em função de con-
ações, políticas e estratégias de melhoria na fiança ou cargos de provimento em comissão,
qualidade dos serviços; perceberão a remuneração do cargo efetivo
IV – acompanhar o servidor, com vistas a acrescida do valor da função ou da representa-
promover medidas voltadas à correção das ção do cargo para o qual forem designados, que
dificuldades apresentadas, no desempenho equivalerá ao valor integral dos vencimentos do
de suas atribuições; cargo de provimento em comissão.

V – apoiar estudos na área de formação de Art. 29. As tabelas de vencimentos básicos são
pessoal, e capacitação profissional, com vis- as previstas no Anexo X desta Lei.
tas ao aperfeiçoamento funcional; Art. 30. A importância relativa às vantagens
identificadas no Anexo VII da presente Lei passa
a constituir vantagem nominalmente identifi-

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cada, sujeita exclusivamente à atualização de- § 3º O prêmio por produtividade consiste
corrente da revisão geral da remuneração dos no pagamento de um abono, em parcela
servidores da Defensoria Pública do Amazonas, única, ao final de cada ano civil, aos mem-
não se estendendo aos demais servidores que bros e servidores públicos em razão do cum-
até a entrada em vigor da presente Lei não a te- primento das metas institucionais, aferidos
nham adquirido. com base no conjunto das metas setoriais e
nos indicadores de desempenho, conforme
Seção II regulamentação expedida pelo Conselho
DAS VANTAGENS Superior observando-se o seguinte:

Art. 31. Os servidores do quadro auxiliar da De- I – o valor será arbitrado de maneira unifor-
fensoria Pública do Estado do Amazonas terão me pelo Defensor Público-Geral, limitado
as seguintes vantagens pecuniárias: ao valor da remuneração básica mensal do
cargo;
I – adicional de desempenho;
II – o valor será arbitrado levando-se em
II – prêmio por produtividade (abono); consideração a soma dos recursos prove-
nientes das economias com despesas cor-
III – estímulo ao aperfeiçoamento profissio-
rentes e da ampliação da arrecadação de
nal;
receitas, ao fim do exercício;
IV – diárias, quando se deslocar, em objeto
III – o servidor fará jus ao prêmio propor-
de serviço e temporariamente, da comarca
cionalmente à quantidade de dias trabalha-
em que tiver exercício, obedecida a legisla-
dos, desde que tenha obtido conceito igual
ção pertinente;
ou superior a 60% (sessenta por cento) dos
V – auxílio alimentação; pontos possíveis em todos os procedimen-
tos da Avaliação Periódica de Desempenho;
VI – ajuda de custo;
IV – O prêmio de produtividade não se in-
VII – auxílio moradia; corpora à remuneração nem aos proventos
VIII – auxílio saúde; de aposentadoria ou pensão do servidor e
não servirá de base de cálculo para outro
IX – indenização de férias não gozadas; benefício ou vantagem nem para a contri-
buição à seguridade social;
X – licença especial convertida em pecúnia.
§ 4º o adicional de que trata o inciso III
§ 1º O valor das diárias e do auxílio alimen-
será concedido aos servidores efetivos da
tação dos servidores da Defensoria Pública
Defensoria Pública que tenham concluído
do Amazonas será fixado por Ato do Defen-
graduação, especialização, mestrado ou
sor Público-Geral.
doutorado, desde que o curso abranja co-
§ 2º O adicional de desempenho (ADE) pre- nhecimentos do interesse da Instituição,
visto no inciso I deste artigo, é o adicional não seja requisito inicial do cargo e seja
remuneratório variável pago mensalmente compatível com a atividade exercida, inte-
ao membro ou servidor efetivo consoante grando a remuneração para efeitos de pro-
sua performance na avaliação periódica de ventos de aposentadoria, observando-se,
desempenho, conjugada com o cumprimen- ainda, o seguinte:
to das metas setoriais aprovadas pelo Con-
I – aos ocupantes de cargos cujo requisito
selho Superior, que expedirá a respectiva
inicial seja graduação em nível superior,
regulamentação, respeitado o limite de 10%
será pago o adicional na proporção de dez,
(dez por cento) da remuneração básica;
quinze e vinte por cento, conforme tenham

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concluído, respectivamente, especialização, § 9º Além das vantagens previstas neste


mestrado ou doutorado; artigo, outras poderão ser auferidas pelos
servidores do quadro auxiliar da Defenso-
II – aos servidores que ocupam cargos cujo ria Pública do Amazonas, de acordo com as
requisito inicial seja a conclusão do ensino normas pertinentes, inclusive as aplicáveis
médio, o adicional será pago no patamar de ao funcionalismo em geral.
10% (dez por cento), em caso de colação de
grau em graduação de nível superior; § 10. Os servidores públicos militares dis-
posicionados à Defensoria Pública farão jus
III – aos ocupantes dos cargos cujo requisi- ao benefício do inciso V deste artigo, desde
to inicial seja a conclusão do ensino funda- que não percebam a mesma vantagem, si-
mental, o adicional será pago no patamar multaneamente, junto ao seu órgão de ori-
de 5% (cinco por cento) e 10% (dez por cen- gem. (NR)
to), conforme tenham concluído, respecti-
vamente, o ensino médio e a graduação em § 11. Os adicionais previstos nos incisos I e
nível superior; II só serão devidos após a regulamentação
pelo Conselho Superior.
§ 5º A ajuda de custo, para despesas de
instalação, será paga em parcela única, cor- Seção III
respondente a um mês de vencimento, ao DO TEMPO DE SERVIÇO
servidor que, no interesse do serviço, for
lotado em Município do Interior do Estado Art. 32. Será considerado de efetivo exercício o
do Amazonas diverso daquele em que se afastamento em virtude de:
encontra domiciliado.
I – férias;
§ 6º O auxílio moradia será concedido, men-
salmente, no percentual equivalente a 15% II – disponibilidade remunerada;
(quinze por cento) do vencimento básico
III – licença para tratamento de saúde;
do cargo do servidor que, no interesse do
serviço, desempenhar suas atribuições fun- IV – licença gestante;
cionais no interior do Estado do Amazonas,
observados os seguintes requisitos: V – licença especial.

I – ausência, no local, de imóvel funcional Parágrafo único. O período de afastamento


disponível ao uso pelo servidor; será computado como tempo de serviço, de
acordo com os critérios estabelecidos em
II – ausência de domicílio, ou residência, lei específica.
pelo servidor, no Município em que se loca-
lizar a Unidade em que estiver lotado; Seção IV
III – não percepção de auxílio moradia por
DAS FÉRIAS
outra pessoa com quem o servidor resida Art. 33. Os servidores auxiliares da Defensoria
no Município da Unidade em que estiver lo- Pública do Estado, após o primeiro ano de exer-
tado. cício terão direito, anualmente a trinta (30) dias
§ 7º As vantagens previstas nos incisos IV a de férias, na forma regimental.
X do presente artigo tem caráter indenizató- § 1º As férias dos servidores somente pode-
rio e estendem-se aos membros da Defen- rão acumular-se, por imperiosa necessidade
soria Pública, no que couber. de serviço e, no máximo, até dois períodos.
§ 8º As vantagens fixadas neste artigo serão
objeto de resolução do Conselho Superior.

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§ 2º As férias não gozadas, por conveniência Art. 37. Ao servidor que entrar em gozo de li-
do serviço, poderão sê-lo, cumulativamente cença ou for autorizado a afastar-se na forma do
ou não, nos meses seguintes. artigo anterior, aplica-se o disposto no artigo 34
desta Lei.
§ 3º As férias serão usufruídas de acordo
com a escala organizada pela Diretoria Ad- Parágrafo único. O período de afastamento
ministrativa mediante prévia consulta aos será computado como tempo de serviço, de
interessados, observando-se o regulamento acordo com os critérios estabelecidos em
a ser editado pelo Conselho Superior da De- lei específica.
fensoria Pública do Estado. Art. 38. O servidor licenciado não poderá exer-
Art. 34. O servidor, nos dez dias anteriores ao cer qualquer de suas funções, nem exercitar
início do gozo de férias regulamentares, deverá qualquer outra atividade pública ou particular,
apresentar ao seu chefe imediato relatório das salvo nos casos previstos nos incisos IV e VI do
ações em curso e demais pendências de suas artigo 35 desta Seção.
atividades próprias.
Seção VI
Seção V DA APOSENTADORIA
DAS LICENÇAS E DO AFASTAMENTO
Art. 39. Para efeito de aposentadoria, aplica-se
Art. 35. Aos servidores da Defensoria Pública aos servidores da Defensoria Pública o dispos-
conceder-se-á licença: to nos artigos 111 e 109, XXI da Constituição do
Estado e, subsidiariamente, o que estabelece o
I – para tratamento de saúde; Estatuto dos Funcionários Civis do Estado.
II – por motivo de doença em pessoa da fa- Parágrafo único. O servidor aposentado
mília; não perderá seus direitos e prerrogativas,
III – para repouso à gestante; salvo os incompatíveis com sua condição de
inativo.
IV – por motivo de afastamento do cônjuge;
Art. 40. A aposentadoria compulsória vigorará a
V – licença especial; partir do dia em que for atingida a idade limite.
VI – para trato de interesses particulares; Art. 41. A aposentadoria por invalidez será con-
cedida a pedido ou decretada de ofício e, de-
VII – em outros casos previstos na legislação penderá, em qualquer caso, de verificação de
pertinente. moléstia que venha determinar, ou que haja de-
§ 1º As licenças de que trata este artigo se- terminado, o afastamento contínuo da função
rão concedidas nos termos da legislação por mais de dois anos.
aplicável ao funcionalismo civil do Estado. Parágrafo único. A inspeção de saúde, para
§ 2º A licença para tratamento de saúde su- fins deste artigo, poderá ser determinada
perior a 03 (três) dias dependerá de inspe- pelo Defensor Público-Geral, de ofício, ou
ção médica. mediante proposta do Conselho Superior.

Art. 36. O afastamento do servidor para estudo Seção VII


ou missão, no interesse da Defensoria Pública, DA DISPONIBILIDADE
será autorizado pelo Defensor Público-Geral,
desde que completado o estágio probatório e Art. 42. Ficará em disponibilidade o servidor
pelo prazo máximo de dois anos, podendo ser estável da Defensoria Pública cujo cargo seja
interrompido, a juízo da mesma autoridade, extinto ou declarada a sua desnecessidade, até
quando o interesse público assim o exigir. seu adequado aproveitamento.

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Art. 43. O servidor posto em disponibilidade § 3º será tornada sem efeito a reversão de
não poderá exercer funções ou atividades ve- ofício e cassada a aposentadoria do servi-
dadas aos que se encontram em atividade, sob dor que, cientificado expressamente, não
pena de cassação da disponibilidade, em pro- comparecer à inspeção médica ou não en-
cesso com garantia de ampla defesa. trar em exercício no prazo legal.

Seção VIII § 4º Para fins de reversão, o tempo de afas-


DA REINTEGRAÇÃO, DA REVERSÃO tamento em decorrência de aposentadoria
será computado para efeito de nova apo-
E DO APROVEITAMENTO sentadoria.
Subseção I Subseção III
DA REINTEGRAÇÃO DO APROVEITAMENTO
Art. 44. O servidor da Defensoria Pública demiti- Art. 46. O aproveitamento é o retorno à carrei-
do poderá reingressar na carreira em decorrência ra do servidor posto em disponibilidade, o qual
de decisão administrativa ou sentença judiciária dar-se-á, obrigatoriamente, na 1ª vaga da classe
passada em julgado, retornando ao cargo que a que o mesmo pertencer.
ocupava, restabelecidos os direitos e vantagens
atingidos pelo ato demissório, com o ressarci- § 1º O aproveitamento terá preferência so-
mento dos prejuízos resultantes da demissão. bre as demais formas de provimento.

Parágrafo único. A reintegração observará § 2º No caso de mais de um concorrente à


as seguintes normas: mesma vaga, dar-se-á o aproveitamento da-
quele que estiver há mais tempo em dispo-
I – se o cargo estiver extinto ou provido, o nibilidade, e havendo empate, o de maior
reintegrado será posto em disponibilidade; tempo na Defensoria Pública.
II – se, no exame médico, for considerado § 3º O aproveitamento dependerá de pré-
incapaz, será aposentado com os proventos via inspeção médica, caso em que, provada
a que teria direito se passasse à inatividade a incapacidade definitiva do servidor, este
depois de reintegrado. será aposentado.
Subseção II § 4º Tornar-se-á sem efeito o aproveitamen-
DA REVERSÃO to e cassada a disponibilidade, se o servidor
não tomar posse no prazo legal ou não com-
Art. 45. Reversão é o ato pelo qual o servidor parecer à inspeção médica.
aposentado retorna à carreira, a pedido ou ex-
-officio em cargo da mesma classe anteriormen-
te ocupado, em vaga a ser preenchida pelo cri-
tério de merecimento. CAPÍTULO XI
DA VACÂNCIA DOS CARGOS
§ 1º A reversão dependerá de prova de ca-
pacidade mediante inspeção médica e obe- Art. 47. A vacância dos cargos do quadro auxi-
decerá ao limite máximo de sessenta anos liar de servidores da Defensoria Pública dar-se-á
de idade. em decorrência de:
§ 2º Dar-se-á a reversão ex-officio quando I – exoneração;
insubsistentes as razões que determinaram
a aposentadoria por invalidez, não haven- II – demissão;
do, neste caso, limite de idade. III – aposentadoria;

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IV – disponibilidade; I – referir-se de modo depreciativo ou des-
respeitoso em informação, parecer ou des-
V – falecimento. pacho, às autoridades e a atos da Defenso-
Parágrafo único. Dar-se-á a vacância na ria Pública, podendo, porém, em trabalho
data do fato ou da publicação do ato que assinado, criticá-los do ponto de vista dou-
lhe der causa. trinário ou da organização do serviço;
II – censurar, por qualquer órgão de divul-
gação pública, as autoridades constituídas;
CAPÍTULO XII III – pleitear, como procurador ou inter-
DOS DEVERES mediário junto às repartições públicas,
salvo quando se tratar de percepção de
Art. 48. Além do exercício das atribuições do vencimentos e proventos do cônjuge, com-
cargo, são deveres do servidor público: panheiro ou parente consanguíneo ou afim,
até segundo grau;
I – lealdade e respeito às instituições consti-
tucionais e administrativas; IV – exercer consultoria, assessoramento ju-
rídico ou advocacia fora das atribuições ine-
II – assiduidade e pontualidade;
rentes ao seu cargo ou a função que esteja
III – cumprimento de ordens superiores, desempenhando;
representando quando manifestamente ile-
V – retirar, modificar ou substituir, sem pré-
gais;
via autorização, qualquer documento de ór-
IV – desempenho, com zelo e presteza, dos gão estadual;
trabalhos de sua incumbência;
VI – empregar materiais e bens do Estado
V – sigilo sobre os assuntos da repartição; em serviço particular ou, sem autorização
superior, retirar objetos de órgãos oficiais;
VI – zelo pela economia do material e pela
conservação do patrimônio sob sua guarda VII – valer-se do cargo para lograr proveito
ou para sua utilização; pessoal;
VII – urbanidade com companheiros de ser- VIII – coagir ou aliciar subordinados com
viços e o Público-Geral; objetivo de natureza partidária;
VIII – cooperação e espírito de solidarieda- IX – receber propinas, comissões, presentes
de com os companheiros de trabalho; e vantagens de qualquer espécie, em razão
do cargo;
IX – conhecimento das leis, regulamentos,
regimentos, instruções e ordens de serviços X – receber, a qualquer título e sob qual-
referentes às suas funções; e quer pretexto, honorários, percentagens ou
custas processuais, em razão de suas atri-
X – procedimento compatível com a digni- buições;
dade da função pública.
XI – praticar a usura, em qualquer de suas
formas;

CAPÍTULO XIII XII – promover manifestações de apreço ou


desapreço, mesmo para obsequiar superio-
DAS VEDAÇÕES res hierárquicos, e fazer circular ou subscre-
Art. 49. É vedado ao servidor público: ver lista de donativos na repartição;

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XIII – cometer a pessoa estranha à reparti- sessoria e são de provimento provisório, sendo
ção, fora dos casos previstos em lei, o de- exercidos por profissionais com comprovada ca-
sempenho de encargos de sua competência pacidade técnica, idoneidade moral e aptidão
ou de seus subordinados. para as funções do cargo.
XIV – participar da diretoria, gerência, ad- § 1º Fica estabelecido que o número de car-
ministração, conselho-técnico ou adminis- gos de Assessor de Defensor Público é igual
trativo de empresa ou sociedade: ao número de Defensores Públicos de 1ª
Classe.
a) contratante ou concessionária de servi-
ço público; § 2º O provimento do cargo de Assessor
de Defensor Público será precedido da in-
b) fornecedora de equipamento ou mate- dicação de nome pelo respectivo Defensor
rial de qualquer natureza ou espécie, a De- Público de 1ª Classe, e os Assessores do De-
fensoria Pública; fensor Público-Geral serão de livre escolha
c) com atividades relacionadas à natureza deste, porém, em ambos os casos, obedeci-
do cargo ou função pública exercida; do os ditames do artigo 51.

XV – exercer o comércio ou participar de so- § 3º Quando a nomeação recair sobre ba-


ciedade comercial, exceto como acionistas, charel em Direito não integrante do Qua-
cotistas ou comanditário; dro Administrativo da Defensoria Pública
do Amazonas, este subordinar-se-á às leis e
XVI – entreter-se, nos locais e horas de tra- normas do pessoal administrativo da Defen-
balho, em palestras, leituras ou atividades soria Pública do Amazonas.
estranhas ao serviço;
§ 4º O servidor não efetivo, nomeado para
XVII – atender pessoas estranhas ao serviço cargo comissionado no âmbito da Defenso-
no local de trabalho, para tratar de assuntos ria Pública do Estado do Amazonas, perce-
particulares; berá a remuneração fixada no Anexo V desta
XVIII – incitar ou praticar atos de sabota- Lei, podendo cumular com seu vencimento
gem contra o serviço público; e básico de seu órgão de origem na hipótese
de ser cedido por outro órgão público à De-
XIX – ausentar-se do Estado, mesmo para fensoria Pública do Estado do Amazonas.
estudo ou missão oficial de qualquer natu-
reza, com ou sem ônus para os cofres públi- § 5º Em caso de vacância do órgão de atua-
cos, sem autorização expressa do Defensor ção, por morte ou aposentadoria do titular,
Público-Geral ou do Chefe Imediato. caberá ao Defensor Público-Geral a manten-
ça da nomeação ou a indicação e livre no-
meação de outro bacharel em direito para
a devida substituição, até que o cargo de
CAPÍTULO XIV Defensor Público de 1ª Classe seja provido.
DOS CARGOS DE PROVIMENTO § 6º Durante os afastamentos, por férias ou
EM COMISSÃO E DA FUNÇÃO licenças de qualquer espécie, do Defensor
GRATIFICADA Público de 1ª Classe ao qual está vincula-
do o Assessor, este passará a atuar junto ao
Art. 50. Os cargos de provimento em comissão substituto daquele, ainda que se tratar de
da Defensoria Pública do Estado do Amazonas, Defensor Público convocado para o exercí-
nomeados e exonerados por Ato do Defensor cio de tal mister.
Público-Geral, têm natureza de gerência e as-

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§ 7º Em caso de acumulação de Defensorias CAPÍTULO XV
por um único membro, será este assesso- DA RESPONSABILIDADE FUNCIONAL
rado por ambos os Assessores de Defensor
Público, respeitado o disposto no Seção I
§ 5 º deste artigo, quando tratar-se de va- DISPOSIÇÕES GERAIS
cância de uma das Defensorias Públicas. Art. 54. Os servidores da Defensoria Pública res-
Art. 51. É absolutamente vedada a nomeação pondem penal, civil e administrativamente pelo
ou designação para o exercício do cargo de pro- exercício irregular de suas funções.
vimento em comissão ou função de confiança, Parágrafo único. Qualquer pessoa pode
no âmbito do quadro de pessoal administrativo representar ao Corregedor-Geral sobre os
da Defensoria Pública do Amazonas, e de seus abusos, erros ou omissões dos servidores
órgãos, de parentes de membros da Defensoria da Defensoria Pública.
Pública até o 4.º grau, consanguíneos ou afins,
ou de servidores que estejam em cargo de Che- Seção II
fia ou Direção até o 4.º grau, consanguíneos ou
DAS SANÇÕES DISCIPLINARES
afins.
Art. 55. São aplicáveis aos servidores da Defen-
Parágrafo único. A regra do caput deste ar-
soria Pública as seguintes sanções disciplinares:
tigo poderá ser flexibilizada na hipótese do
ingresso do servidor ocorrer, exclusivamen- I – advertência;
te, por concurso público administrativo da
Defensoria Pública do Amazonas, porém a II – suspensão por até 90 dias;
designação jamais poderá ser efetuada para III – demissão;
cargo cuja chefia imediata for de parente
até o quarto grau, consanguíneo ou afim. IV – cassação da aposentadoria ou da dispo-
nibilidade.
Art. 52. A função gratificada é exclusiva de ser-
vidores efetivos, para desempenho de encargo Art. 56. Nenhuma penalidade será aplicada sem
de chefia ou supervisão, mediante designação que se garanta ampla defesa.
do Defensor Público-Geral.
Art. 57. A aplicação de penas de suspensão, de-
Parágrafo único. O Corregedor-Geral da De- missão ou cassação da aposentadoria ou da dis-
fensoria Pública indicará ao Defensor Públi- ponibilidade, será sempre precedida de proces-
co-Geral os nomes para o provimento dos so administrativo disciplinar.
cargos em comissão e funções de confiança
Art. 58. Na aplicação das penas disciplinares,
que lhe forem subordinados.
serão consideradas a natureza e a gravidade
Art. 53. As funções gratificadas, constantes do da infração e os danos dela resultantes para o
Anexo VIII, dividem-se conforme a simbologia serviço público, as circunstâncias agravantes ou
FGS e FGD, indicando a primeira as que podem atenuantes e os antecedentes funcionais.
ser ocupadas apenas por servidores e a segunda
Art. 59. Serão consideradas circunstâncias agra-
por Defensores Públicos.
vantes a negligência reiterada para com os de-
veres, proibições e impedimentos funcionais, e
a reincidência.
Art. 60. Serão consideradas circunstâncias ate-
nuantes a ausência de antecedentes disciplina-
res e a prestação de relevantes serviços à De-
fensoria Pública do Estado.

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Art. 61. Quando se tratar de falta funcional que, Art. 64. A pena de demissão será aplicada nos
por sua natureza e reduzida gravidade, não de- casos de:
mande aplicação das penas previstas nesta Se-
ção, será o servidor recomendado a abster-se I – crime contra a administração pública, as-
da conduta praticada. sim definido na Lei Penal;
II – abandono de cargo;
Art. 62. A pena de advertência será aplicada,
por escrito, de forma reservada, nos casos de III – inassiduidade habitual;
violação dos deveres e vedações funcionais, IV – incontinência pública ou escandalosa e
quando o fato não justificar imposição de pena prática de jogos proibidos;
mais grave, incidindo nas seguintes hipóteses:
V – insubordinação grave em serviço;
I – negligência no exercício da função;
VI – ofensa física em serviço contra funcio-
II – desobediência às determinações e às nário ou particular, salvo em legítima defesa
instruções dos Órgãos da Administração Su- e em estrito cumprimento do dever legal;
perior da Defensoria Pública do Estado e do
Chefe Imediato; VII – aplicação irregular de dinheiro público;

III – descumprimento injustificado de desig- VIII – revelação de fato ou informação de


nações oriundas dos Órgãos da Administra- natureza sigilosa que o funcionário conheça
ção Superior da Defensoria Pública do Esta- em razão do cargo;
do e do Chefe Imediato; IX – corrupção passiva, nos termos da Lei
IV – inobservância dos deveres inerentes ao Penal;
cargo, quando o fato não se enquadrar nos X – lesão aos cofres públicos e dilapidação
incisos anteriores. do patrimônio estadual;
Art. 63. A suspensão será aplicada em caso de XI – transgressão de quaisquer dos itens IV,
reincidência em falta punida com advertência, V, VI, VII e IX do artigo 49 desta Lei.
ou quando a infração dos deveres e vedações
funcionais, pela gravidade, justificar a sua impo- § 1º Considera-se abandono de cargo a au-
sição. sência ao serviço, sem justa causa, por mais
de trinta dias consecutivos.
§ 1º A suspensão também será aplicada
nas hipóteses de prática, pelo servidor, de § 2º Entende-se como inassiduidade habi-
infração que constitua crime contra a admi- tual a falta ao serviço sem causa justificada,
nistração pública ou ato de improbidade ad- por sessenta dias intercalados durante o pe-
ministrativa, que não implique na perda da ríodo de doze meses.
função pública.
Art. 65. A cassação da aposentadoria terá lugar
§ 2º A suspensão acarretará a perda dos di- se ficar comprovado que o servidor praticou,
reitos e vantagens decorrentes do exercício quando ainda em exercício do cargo, falta susce-
do cargo, não podendo ter início durante o tível de determinar demissão.
período de férias ou de licença. Art. 66. Será cassada a disponibilidade quando
§ 3º Quando houver conveniência para o o servidor, nessa situação, investiu-se ilegal-
serviço, o Defensor Público-Geral poderá mente em cargo ou função pública.
converter a suspensão em multa, no valor Parágrafo único. Será igualmente cassada a
de 50% (cinquenta por cento) por dia de disponibilidade do funcionário que não as-
vencimento, permanecendo o servidor no sumir no prazo legal o exercício do cargo em
exercício de suas funções. que for aproveitado.

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Art. 67. Caracteriza a reincidência, para os efei- II – o Defensor Público-Geral do Estado, nos
tos previstos neste Capítulo, o cometimento demais casos.
pelo servidor público de infração disciplinar,
após a aplicação de penalidade definitiva por Seção III
outra infração administrativa. DO PROCESSO DISCIPLINAR
Parágrafo único. Na hipótese em que haja
Subseção I
transcorrido período igual ou superior a 02
(dois) anos, contado do cumprimento da DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
penalidade pela infração anterior, a reinci-
Art. 72. A apuração das infrações disciplinares
dência deixa de operar os efeitos previstos
praticadas pelos servidores da Defensoria Públi-
nesta Seção, desde que o servidor apresen-
ca será feita mediante sindicância ou processo
te o pedido de reabilitação.
administrativo.
Art. 68. Constarão obrigatoriamente do seu as-
sentamento individual as penalidades discipli- Subseção II
nares impostas ao servidor. DA SINDICÂNCIA
Art. 69. Prescreverá: Art. 73. A Sindicância, sempre de caráter sigilo-
so, será instaurada nos seguintes casos:
I – em dois meses, a falta sujeita à adver-
tência; I – para apuração de falta funcional punida
com advertência, e;
II – em dois anos, a falta sujeita à pena de
suspensão; e II – como preliminar do processo adminis-
trativo disciplinar, quando não houver ele-
III – em cinco anos, a falta sujeita às penas
mentos suficientes para se concluir pela
de demissão, cassação de aposentadoria ou
existência de falta ou de sua autoria.
disponibilidade.
Art. 74. São competentes para ordenar a instau-
Parágrafo único. A falta prevista em Lei Pe-
ração de sindicância: o Defensor Público-Geral,
nal como crime prescreverá juntamente
o Conselho Superior e o Corregedor-Geral.
com ele.
Art. 75. A sindicância será instaurada, através
Art. 70. A prescrição começa a contar da data
de despacho motivado, indicando os membros
em que a autoridade tomar conhecimento da
que farão parte da Comissão Sindicante, sendo
existência da falta.
um deles o Presidente; as razões da instauração,
§ 1º O curso de prescrição interrompe-se e o prazo de conclusão, que não poderá ser su-
pela abertura do competente procedimento perior a 60 (sessenta) dias, prorrogável por igual
administrativo. período, salvo motivo de força maior.

§ 2º O curso da prescrição suspende-se en- Art. 76. A Comissão Sindicante deverá colher to-
quanto não resolvida em outro processo de das as informações necessárias, ouvido o sindi-
qualquer natureza, questão de que depen- cado, as testemunhas e informantes, se houver,
da o reconhecimento da infração. bem como proceder a juntada de quaisquer do-
cumentos capazes de esclarecer o ocorrido.
Art. 71. São competentes para aplicar as penas
disciplinares: Parágrafo único. As declarações do sindica-
do serão consideradas também como meio
I – o Governador do Estado, no caso de cas- de defesa.
sação da aposentadoria;

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Art. 77. Encerrada a fase cognitiva, a Comissão III – por solicitação do Corregedor-Geral,
Sindicante determinará diligências que enten- mediante autorização do Conselho Supe-
der cabíveis ou fará relatório conclusivo, facul- rior.
tando ao sindicado o prazo de 05 (cinco) dias
para se pronunciar. Art. 82. A portaria de instauração do processo
administrativo disciplinar conterá exposição su-
Parágrafo único. Encerrada a sindicância, o cinta dos fatos imputados, sua capitulação legal
Presidente da Comissão Sindicante encami- e a indicação dos componentes da Comissão
nhará os autos ao Defensor Público-Geral Processante.
do Estado, propondo as medidas cabíveis.
Art. 83. A Comissão Processante a que se refere
Art. 78. Ao Defensor Público-Geral do Estado, o artigo anterior será composta por no mínimo
entendendo suficientemente esclarecidos os fa- 03 (três) membros, entre Defensores e Servido-
tos, caberá então a adoção de uma das seguin- res, todos de classe igual ou superior à do indi-
tes medidas: ciado, presidida pelo Corregedor-Geral da Insti-
tuição, que poderá ser substituído por um dos
I – determinar o arquivamento da sindicân- Subcorregedores.
cia, se julgar improcedente a imputação fei-
ta ao sindicado; Parágrafo único. Os membros da Comissão
Processante, quando necessário, poderão
II – aplicar a sanção pertinente, caso enten- ser dispensados do exercício de suas fun-
da caracterizada infração, e; ções na Defensoria Pública até entrega do
III – determinar a instauração de processo relatório.
administrativo disciplinar, nas hipóteses de Art. 84. A Comissão Processante deverá iniciar
infração disciplinar que cuja apuração o exi- seus trabalhos dentro de 05 (cinco) dias a contar
girem. de sua constituição, devendo concluí-los em 60
Art. 79. Da decisão proferida pelo Defensor Pú- (sessenta) dias, a partir da citação do indiciado,
blico-Geral caberá recurso, com efeito suspensi- os quais poderão ser prorrogados, a critério do
vo, ao Conselho Superior da Defensoria Pública, Defensor Público-Geral, por igual prazo por soli-
no prazo de 10 (dez) dias, contados da intima- citação do Presidente da Comissão Processante.
ção da decisão, a ser processado na forma do Art. 85. À Comissão Processante serão assegu-
regimento interno do Conselho Superior da De- rados todos os meios necessários ao desempe-
fensoria Pública do Estado. nho de suas funções.
Subseção III Parágrafo único. Os órgãos estaduais e mu-
DO PROCESSO nicipais deverão atender com a máxima
ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR presteza as solicitações da Comissão, inclu-
sive requisição de técnicos e peritos.
Art. 80. O Processo Administrativo Disciplinar
Art. 86. O Presidente da Comissão Processante
será instaurado para a apuração das faltas pu-
designará dia e hora para a audiência de inter-
nidas com suspensão, demissão ou cassação da
rogatório, determinando a citação do indiciado.
aposentadoria ou da disponibilidade.
§ 1º A citação será feita pessoalmente, com
Art. 81. O processo administrativo disciplinar
a antecedência mínima de 48 (quarenta e
será instaurado:
oito) horas, devendo o mandado ser acom-
I – pelo Defensor Público-Geral quando au- panhado de cópia da portaria inicial.
torizado pelo Conselho Superior;
§ 2º Achando-se ausente do lugar em que
II – por deliberação do Conselho Superior, e; se encontrar a Comissão Processante, o in-

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diciado será citado por via postal, em carta (quarenta e oito) horas, designará audiência
registrada com aviso de recebimento, cujo para inquirição da vítima, se houver, e das teste-
comprovante se juntará ao processo. munhas e informantes arrolados.
§ 3º Não encontrado o indiciado, e ignora- § 1º Se as testemunhas de defesa não fo-
do o seu paradeiro, a citação far-se-á, com rem encontradas, e o indiciado, no prazo de
o prazo de 15 (quinze) dias, inserto por 03 03 (três) dias, não indicar outras em subs-
(três) vezes no Diário Oficial do Estado. tituição, prosseguir-se-á nos demais termos
do processo.
§ 4º O prazo a que se refere o parágrafo an-
terior será contado da publicação do último § 2º No caso de mais de um indiciado, cada
edital, certificando o Secretário da Comis- um deles será ouvido separadamente, po-
são Processante a data da publicação e jun- dendo ser promovida acareação, sempre
tando exemplar do Diário Oficial do Estado. que divergirem em suas declarações.
Art. 87. O indiciado ao mudar de residência, de- Art. 91. As testemunhas serão intimadas a de-
verá comunicar à Comissão Processante o local por mediante mandado expedido pelo Presi-
onde poderá ser encontrado. dente da Comissão Processante, devendo apor
seus cientes na segunda via, a qual será anexada
Art. 88. Na audiência de interrogatório, o indi- ao processo.
ciado indicará seu defensor, e, se não o quiser
ou não puder fazê-lo, o Presidente da Comissão Parágrafo único. Se a testemunha for servi-
Processante solicitará ao Defensor Público-Ge- dor público, a expedição do mandado será
ral que designe Defensor Público para promover acompanhada de requisição ao chefe da
sua defesa. repartição onde servir, com a indicação do
dia, hora e local em que se procederá à in-
§ 1º Não comparecendo o indiciado, apesar quirição.
de regularmente citado, prosseguirá o pro-
cesso à revelia, com a presença do Defensor Art. 92. Serão assegurados transporte e diárias:
constituído ou nomeado na forma deste ar-
tigo. I – ao Defensor Público e ao servidor con-
vocados para prestarem depoimentos, fora
§ 2º A qualquer tempo, a Comissão Proces- da sede de sua repartição, na condição de
sante poderá proceder ao interrogatório do indiciado, informante ou testemunha;
indiciado.
II – aos membros da Comissão Processante
Art. 89. O indiciado, ou seu Defensor, no prazo e ao Secretário da mesma, quando obriga-
de 05 (cinco) dias, contado da audiência desig- dos a se deslocarem da sede dos trabalhos
nada para o interrogatório, poderá apresentar para a realização de missão essencial ao es-
defesa prévia, juntar prova documental, reque- clarecimento dos fatos.
rer diligências e arrolar testemunhas, até o má-
ximo de 08 (oito). Art. 93. O depoimento será prestado oralmente
e reduzido a termo, não sendo lícito à testemu-
Parágrafo único. Será assegurado ao indi- nha trazê-lo por escrito, sendo-lhe, porém, fa-
ciado o direito de participar, pessoalmente cultada breve consulta a apontamentos.
ou por seu Defensor, dos atos procedimen-
tais, podendo inclusive, requerer provas, Art. 94. Ao ser inquirida uma testemunha, as
contraditar e reinquirir testemunhas, ofere- demais não poderão estar presentes, a fim de
cer quesitos e indicar assistentes técnicos. evitar-se que uma ouça o depoimento da outra.

Art. 90. Findo o prazo do artigo anterior, o Pre- Art. 95. A testemunha somente poderá eximir-
sidente da Comissão Processante, dentro de 48 -se de depor nos casos previstos na Lei Penal.

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Parágrafo único. No caso de serem arrola- Parágrafo único. Havendo mais de um indi-
dos como testemunhas o Governador do ciado, os prazos de defesa serão distintos e
Estado, o Vice-Governador do Estado, os Se- sucessivos.
cretários de Estado, o Procurador-Geral do
Estado, os Chefes das Casas Civil e Militar, Art. 101. Decorrido o prazo estabelecido no ar-
bem como os Presidentes ou Diretores-pre- tigo anterior, a Comissão Processante, em 15
sidentes das entidades da Administração (quinze) dias, remeterá os autos do Processo
Pública Estadual Direta e Indireta, e as au- Administrativo Disciplinar ao Defensor Público-
toridades federais, estaduais ou municipais -Geral do Estado, com relatório conclusivo, o
de níveis hierárquicos a eles assemelhados, qual especificará, se for o caso, as disposições
o depoimento será colhido em dia, hora e legais transgredidas e as sanções aplicáveis.
local previamente ajustado entre o Presi- Parágrafo único. Se houver divergência en-
dente da comissão e a autoridade arrolada. tre os membros da Comissão Processante,
Art. 96. Não sendo possível concluir a instrução no relatório deverão constar as suas razões.
na mesma audiência, o Presidente marcará a Art. 102. Ao Defensor Público-Geral, ao rece-
continuação para outra data, intimando o indi- ber o processo, caberá então uma das seguintes
ciado e as testemunhas e informantes que de- medidas:
vam depor.
I – julgar improcedente a imputação feita ao
Art. 97. Durante o processo, poderá o Presiden- servidor, determinando o arquivamento do
te, ouvidos os demais membros da Comissão processo;
Processante, ordenar qualquer diligência que
seja requerida ou que julgue necessária ao es- II – devolver o processo à Comissão para a
clarecimento do fato. realização de diligências que entender in-
dispensáveis à decisão;
Parágrafo único. Quando houver dúvida
sobre a sanidade mental do indiciado, a Co- III – aplicar ao acusado a penalidade que
missão proporá ao Defensor Público-Geral entender cabível, quando de sua competên-
do Estado que ele seja submetido a exame cia;
por junta médica, da qual participe, pelo
IV – sendo a sanção cabível a de cassação
menos, um médico psiquiatra, preferencial-
de aposentadoria, encaminhar o processo
mente do quadro do órgão de perícia oficial
ao Governador do Estado.
do Estado.
Parágrafo único. Da decisão proferida cabe-
Art. 98. A Comissão poderá conhecer de acusa-
rá recurso, com efeito suspensivo, ao Con-
ções novas contra o indiciado ou de denúncia
selho Superior da Defensoria Pública, no
contra outro servidor que não figure na portaria.
prazo de 10 (dez) dias, contados da intima-
Parágrafo único. Neste caso, a Comissão ção da decisão, a ser processado na forma
Processante representará ao Defensor Pú- do regimento interno do Conselho Superior
blico-Geral do Estado, sobre a necessidade da Defensoria Pública do Estado.
de expedir aditamento à portaria.
Art. 103. Ao determinar a instauração do Proce-
Art. 99. Constará dos autos a folha de serviço do dimento Administrativo Disciplinar ou no curso
indiciado. deste, o Defensor Público-Geral poderá ordenar
o afastamento provisório do indiciado de suas
Art. 100. Encerrada a instrução, o indiciado, funções, com decisão fundamentada, desde
dentro de 02 (dois) dias, terá vista dos autos que necessária a medida para a garantia de re-
para oferecer alegações escritas, no prazo de 10 gular apuração dos fatos.
(dez) dias.

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§ 1º O afastamento será determinado pelo § 2º Na hipótese de admissão da revisão,
prazo de trinta dias, prorrogável, no míni- será apensado ao pedido o processo origi-
mo, por igual período. nal e o Defensor Público-Geral do Estado
constituirá a respectiva Comissão de Re-
§ 2º O afastamento dar-se-á sem prejuízo visão, composta por no mínimo 03 (três)
dos direitos e vantagens do indiciado, cons- membros, entre Defensores e Servidores,
tituindo medida acautelatória, sem caráter todos de classe igual ou superior à do puni-
de sanção. do, que não tenham participado do proces-
Art. 104. Aplicam-se supletivamente ao proce- so disciplinar, a qual, concluirá a instrução,
dimento disciplinar de que cuida esta Seção, no no prazo máximo de quinze dias, e relatará
que couber, as normas da legislação processual o processo em dez dias, encaminhando à
penal e as da legislação aplicável aos servidores autoridade competente, que decidirá den-
civis do Estado. tro de trinta dias.

Subseção IV § 3º Não se admitirá a reiteração do pedido


pelo mesmo motivo.
DO PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
Art. 109. Julgada procedente a revisão, tornar-
Art. 105. Das decisões proferidas pelo Governa- -se-á sem efeito o ato punitivo ou aplicada a pe-
dor do Estado caberá pedido de reconsideração, nalidade adequada, restabelecendo-se os direi-
sem efeito suspensivo, no prazo de dez dias. tos atingidos pela punição, na sua plenitude.
Subseção V § 1º Procedente a revisão, o requerente
DA REVISÃO DISCIPLINAR será ressarcido dos prejuízos que tiver sofri-
do.
Art. 106. Admitir-se-á, a qualquer tempo, a revi-
§ 2º Julgada improcedente a revisão, caberá
são do processo administrativo, sempre que fo-
recurso ao Conselho Superior da Defensoria
rem alegados vícios insanáveis no procedimento
Pública, no prazo de 10 (dez) dias, contados
ou quando se aduzirem fatos novos ou circuns-
da intimação da decisão, a ser processado
tâncias susceptíveis de provar a inocência ou de
na forma do regimento interno do Conselho
justificar a imposição de pena mais branda.
Superior da Defensoria Pública do Estado.
Art. 107. A revisão poderá ser requerida pelo
§ 3º Nas hipóteses de pedido de revisão de
próprio interessado, ou, se falecido ou interdi-
sanção imposta pelo Governador do Estado,
to, o seu cônjuge, ascendente, descendente ou
o Defensor Público-Geral do Estado encami-
irmão.
nhará ao mesmo o processo para decisão.
Art. 108. O pedido de revisão, devidamente
Art. 110. Dois anos após o trânsito em julgado
instruído, inclusive com o rol das testemunhas,
da decisão que impuser penalidade disciplinar,
será dirigido à autoridade que impôs a penali-
poderá o infrator, desde que não tenha reincidi-
dade, a quem caberá decidir sobre sua admissi-
do, requerer sua reabilitação ao Conselho Supe-
bilidade.
rior da Defensoria Pública.
§ 1º No caso de indeferimento liminar de
§ 1º A reabilitação deferida terá por fim can-
parte do Defensor Público-Geral do Estado,
celar a penalidade imposta, sem qualquer
caberá recurso ou pedido de reconsidera-
efeito sobre a reincidência e a promoção.
ção ao Conselho Superior da Defensoria Pú-
blica do Estado, no prazo de 10 (dez) dias, a § 2º Não se aplica o disposto neste artigo
contar da intimação da decisão. às penalidades de demissão ou cassação da
aposentadoria ou da disponibilidade.

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Legislação Específica – Lei Complementar nº 01/90 – Prof. Fidel Ribeiro

CAPÍTULO XVI Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Es-


DISPOSIÇÕES FINAIS tado do Amazonas que não colidirem com esta
Lei.
Art. 111. O servidor que, na data de publicação
Art. 120. Esta Lei entra em vigor no primeiro dia
desta Lei, se encontrar em licença para tratar de
do mês subsequente a data da sua publicação.
interesse particular ou à disposição, sem ônus
para a sua instituição, será enquadrado por oca- GABINETE DO GOVERNADOR DO ESTADO DO
sião do seu retorno ao serviço. AMAZONAS, em Manaus, 11 de setembro de
2014.
Art. 112. O servidor que, na data da publicação
desta Lei, estiver à disposição, com ônus para a JOSÉ MELO DE OLIVEIRA
sua instituição, afastado por licença à gestante Governador do Estado
ou para tratamento de sua própria saúde, exer-
cendo mandato sindical, ou qualquer outro tipo RAUL ARMONIA ZAIDAN
de afastamento, será enquadrado normalmen- Secretário de Estado Chefe da Casa Civil
te.
Art. 113. O enquadramento do servidor nos no-
vos cargos obedece, rigorosamente, aos requisi-
tos profissionais exigidos para o cargo.
Art. 114. O enquadramento não pode acarretar
redução de vencimento.
Art. 115. Os cargos de provimento em comissão
existentes atualmente na Defensoria Pública do
Estado do Amazonas são absorvidos por este
regramento e passarão a ser exclusivamente os
constantes do anexo V da presente Lei, e suas
atribuições e requisitos serão fixadas por Ato do
Defensor Público-Geral.
Art. 116. O Anexo II, "PARTE II: FUNÇÕES GRA-
TIFICADAS", da Lei Complementar Estadual n.
01, de 30 de março de 1990, passa a vigorar na
forma do Anexo VIII da presente Lei e suas atri-
buições são as fixadas no Anexo IX.
Art. 117. Este Plano de Carreiras e Vencimentos
será revisado após 02 (dois) anos, contados de
sua efetiva implantação.
Art. 118. As despesas decorrentes desta Lei são
custeadas com recursos consignados no orça-
mento da Defensoria Pública para os exercícios
de 2015 e seguintes e dependem das disponibi-
lidades orçamentária e financeira.
Art. 119. Aplicam-se, subsidiariamente, aos ser-
vidores do quadro administrativo da Defensoria
Pública do Estado do Amazonas, as normas do

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