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COMITÊ ESTADUAL INTERSETORIAL DE

ENFRENTAMENTO DAS HEPATITES VIRAIS

RELATÓRIO DAS AÇÕES, AVANÇOS E


CONQUISTAS NO PERÍODO DE
NOVEMBRO DE 2008 A NOVEMBRO DE
2010

17 DE NOVEMBRO DE 2010

PORTO ALEGRE - RS
COMITÊ ESTADUAL INTERSETORIAL DE
ENFRENTAMENTO DAS HEPATITES VIRAIS

RELATÓRIO DAS AÇÕES, AVANÇOS E CONQUISTAS NO


PERÍODO DE NOVEMBRO DE 2008 A NOVEMBRO DE 2010

APRESENTAÇÃO
É com muita alegria que apresentamos os resultados dos
trabalhos do Comitê Estadual Intersetorial de Enfrentamento das
Hepatites Virais ao longo dos dois anos de sua existência. Dois
anos que construíram uma nova realidade no enfrentamento
Hepatites Virais no estado do Rio Grande do Sul.
No início de 2008, com o conhecimento e total respaldo da
Governadora Yeda Crusius, fomos buscar junto à equipe técnica
da Secretaria Estadual de Saúde traçar o "estado da arte" destas
doenças no estado, desde os aspectos relacionados a promoção
da saúde, passando pelo acesso ao diagnóstico e tratamento dos
portadores, o controle e a vigilância epidemiólogica das hepatites
virais, entre outros.
A conclusão do trabalho realizado ao longo daquele ano
apresentou-nos enormes desafios em todos os aspectos
abordados. Pouca visibilidade e desinformação por parte da
sociedade a respeito destas doenças, suas formas de transmissão
e prevenção; falta de informações confiáveis acerca da real
situação das hepatites no estado; "nós" na rede de atendimento,
dificultando o acesso aos exames diagnósticos e ao atendimento
especializado; dificuldades no acesso e adesão ao tratamento
medicamentoso. Estes, entre outros fatores, traziam dificuldades
para o planejamento das políticas de atenção aos portadores de
hepatites, que por vezes passavam por uma verdadeira
"peregrinação" por diversas instancias na busca do acesso aos
exames necessários ao tratamento mais adequado a cada caso,
ampliando o problema da "judicializacao da saúde".
Em virtude da amplitude, complexidade e relevância do
problema, e desejando atribuir ao enfrentamento das Hepatites
Virais a merecida prioridade nas políticas de Estado, a
Governadora Yeda Crusius instituiu, em 17 de novembro de 2008,
o Comitê Estadual Intersetorial de Enfrentamento das Hepatites
Virais. Constituído inicialmente por representantes do Gabinete da
Governadora, da Secretaria Estadual de Saúde, da Defensoria
Pública do Estado, do Ministério Público Estadual, da Procuradoria-
Geral do Estado, da Associação dos Secretários e Dirigentes
Municipais de Saúde, do Conselho Estadual de Saúde, das
entidades representantes dos portadores de Hepatites Virais
(ONGs), das Sociedades Científicas, da Comissão de Saúde da
Assembléia Legislativa do RS, da Frente Parlamentar da Saúde, e
posteriormente fortalecido com a presença de representantes da
Secretaria Estadual de Educação e da Secretaria Municipal de
Saúde de Porto Alegre, coube a este Comitê a desafiadora tarefa
de "discutir e elaborar o Plano de Prevenção, Diagnóstico,
Tratamento e Controle das Hepatites Virais".
Muito além de seu objetivo formal, porém, a instituição
deste Comitê abriu os horizontes para enfrentamento das
Hepatites Virais muito além do que poderíamos imaginar. Se o
respaldo político trazido pelo Comitê e pela determinação
demonstrada pelo Governo do Estado fortaleceu as políticas de
Estado trazendo enormes avanços, o envolvimento ativo e
entusiasmado das instituições nele representadas, a sensibilidade
encontrada em todos os segmentos da sociedade para o tema, as
propostas inovadoras e experiências intersetarias que daqui
surgiram mudaram definitivamente o quadro das Hepatites Virais
no Rio Grande do Sul.
No campo da promoção da saúde e prevenção, destacamos
a produção de materiais voltados para diferentes públicos e
fartamente distribuídos; a ampliação da cobertura vacinal contra a
Hepatite B para novos segmentos da população; a realização de
capacitações para diferentes segmentos da população, como os
profissionais de beleza, capacitações estas que não se restringiram
àquelas realizadas pelo Estado, tendo sido multiplicadas em
diversos municípios; a sensibilização dos meios de comunicação
com ampla repercussão na mídia; a participação em eventos e em
especial a realização do Mês Estadual de Enfrentamento das
Hepatites Virais, com envolvimento ativo de prefeituras, escolas
publicas e particulares, Coordenadorias de Saúde e Educação e
demais instituições parceiras em todo o território estadual. Estas
ações colocaram as Hepatites Virais definitivamente na pauta e
interesse população gaúcha.
Em relação à estruturação da rede pública de saúde,
salientamos a realização de diversas capacitações para
profissionais da rede e especialistas, que já começam a trazer
resultados positivos na ampliação e confiabilidade das notificações
de novos casos, bem como na agilidade dos encaminhamentos
necessários a cada caso; a inserção de metas de realização de
exames de biópsias hepáticas na contratualização com os
hospitais da conveniados com o SUS, praticamente eliminando as
longas esperas que há 2 anos atrás eram consideradas um
importante “nó” para o acesso ao tratamento; a progressiva
descentralização das autorizações de liberação de medicamentos,
dando maior agilidade às mesmas, reduzindo a burocracia e o
tempo de espera dos pacientes.
No plano do tratamento, destacamos a implantação de 8
novos CAMMIs (Centros de Aplicação e Monitorização de
Medicamentos Injetáveis) em todas as regiões do estado neste
período, ampliando de 3 para 11 o número destes serviços. Isso
representa um acréscimo de mais de 1.000 vagas para tratamento
dos portadores de Hepatite C e Hepatite B com coinfecções,
propiciando a milhares de pessoas, anualmente, um tratamento
diferenciado, humanizado, com maior qualidade, adesão,
eficiência e eficácia.
Após dois anos de intenso e proveitoso trabalho, entregamos
agora um relatório de seus resultados, juntamente com a
proposta, elaborada por este Comitê, de um Plano Estadual de
Enfrentamento das Hepatites Virais, o qual pretendemos que
subsidie as ações a serem definidas pelo Programa Estadual de
Hepatites Virais (PEHV), da Secretaria Estadual de Saúde, nos
próximos anos.
Ciente dos importantes avanços obtidos, bem como dos
enormes desafios ainda existentes para a estruturação do Sistema
Único de Saúde nos campos da prevenção, diagnóstico,
tratamento, vigilância e controle das Hepatites Virais no Rio
Grande do Sul, o Comitê Estadual Intersetorial de Enfrentamento
das Hepatites Virais encerra seus dois anos de atuação certo de
que com determinação, vontade política e apoio de todos os
segmentos da sociedade será possível construir uma realidade
diferente para todos.

Tarsila Rorato Crusius


Coordenadora do Comitê Estadual Intersetorial de Enfrentamento
das Hepatites Virais
RELATÓRIO DAS AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO COMITÊ

2008
1. Formação do Comitê Estadual Intersetorial de
Enfrentamento das Hepatites Virais;Considerando a magnitude e
transcendência das hepatites virais B e C e o interesse do Estado
em adequar às condições propostas pelo Programa Nacional das
Hepatites Virais do Ministério da Saúde, o Governo do Estado do
Rio Grande do Sul institue, através do Decreto 45.996/08, o
Comitê Estadual Intersetorial de Enfrentamento das Hepatites
Virais.
Um dos principais objetivos do Comitê foi elaborar o Plano
Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das Hepatites Virais,
com delineamento das ações para implementação do Programa
Estadual de Hepatites Virais(PEHV), qualificação da informação
epidemiológica, organização da rede estadual de assistência aos
portadores, implementação do diagnóstico laboratorial e do
programa de educação em saúde e prevenção e ações em
parceria com movimento social.

2. Extensão da vacinação contra Hepatite B para barceiros e


tatuadores, complementando ação do PNI/Ministério da
Saúde que contemplava vacinação somente de manicures e
podólogos;

3. Realizados pela ONG Via Vida os eventos Dia da


Solidariedade e Dia Internacional p/Hepatite, Chá Amp,
Curso Capacitação Professores, Roda da Vida/Dia Nacional
da Doação de Órgãos e Tecidos, Roda da Vida – parcão
atingindo 59.700 pessoas;
2009

1. Lançamento da intensificação da vacinação contra o vírus da


hepatite B em adolescentes com idade entre 11 e 19 anos,
uma vez que a cobertura vacinal nesta faixa etária é
bastante baixa. Tal iniciativa se dá em parceriada Secretaria
Estadual da Saúde (SES)com a Secretaria Estadual de
Educação (SEDUC);
2. Implantação dos Centros de Aplicação e Monitorização de
Medicamentos Injetáveis (CAMMIs) de Rio Grande e Caxias
do Sul;
3. Ampliação da capacidade de atendimento do CAMMI do
Hospital Conceição de 90 para 150 pacientes/mês;
contratação de profissionais concursados para o CAMMI do
Hospital Sanatório Partenon, resolvendo o grave problema
de solução de continuidade encontrado devido ao término
do convênio que viabilizava seu funcionamento, com
ampliação de sua capacidade de atendimento;
4. Desenvolvimento de projeto de adequação física para futuro
centro de referência com atendimento multidisciplinar
especializado aos portadores crônicos de hepatite, no
Hospital Sanatório Partenon;
5. Elaboração de material educativo com informações sobre as
hepatites A, B e C, formas de transmissão e prevenção
(folder, volante e cartaz) – 150.000 Folders “Bê-a-bá das
Hepatites Virais”, 150.000 folders “Sabe o que está
pegando?” e 12.000 cartazes “Sabe o que está pegando?”;
6. Realização, em outubro, do Mês das Hepatites Virais no
município de Canela – RS, com envolvimento ativo do poder
público municipal e estadual, escolas públicas e privadas,
postos de saúde, lideranças locais e participação de toda a
comunidade;
7. Elaboração de 10.000 cartilhas de Biossegurança para os
profissionais da beleza, manicures, podólogos, cabeleireiros,
além dos tatuadores e body-piercings;
8. Capacitações ministradas aos profissionais das vigilâncias
epidemiológicas das Coordenadorias Regionais de Saúde
(CRS)e municípios, totalizando 110 profissionais;
9. Capacitação em hepatites de 17 profissionais da rede de
serviços de saúde de Santo Ângelo pela 12ª CRS;
10. Participações na Rua da Cidadania, evento do governo do
estado que leva aos municípios serviços de utilidade pública
tais como vacinação contra hepatite B segundo os critérios
do Programa Nacional de Prevenção e o Controle de
Hepatites Virais (PNHV) e Programa Nacional de
Imunizações (PNI), distribuição de material educativo e
orientações à população, dentre outros;
11. Participação em oficinas, fóruns, capacitações e
encontros macroregionais desenvolvidas pelo PNHV;
12. Elaboração pela SES de projetos para a implementação da
notificação/investigação dos casos de hepatites;
13. Elaboração pela SES de projetos de biossegurança e
imunização contra a hepatite B, para populações mais
vulneráveis;
14. Organização preliminar do banco de dados dos casos de
hepatites virais com o objetivo de ampliar a notificação, pelo
PEHV;
15. Estabelecimento de metas conjuntas entre o PEHV com o
Programa de DST/AIDS;
16. Levantamentos dos serviços de saúde para a construção da
rede de atendimento aos portadores de hepatites virais e da
rede de laboratórios para a oferta de exames dos mais
simples aos mais complexos (sorologia, biologia molecular e
biópsias hepáticas);
17. Seleção conjunta com o PNHV de municípios prioritários
para o incremento de ações, a saber, Porto Alegre, Caxias
do Sul, Passo fundo e Rio Grande;
18. Estabelecimento de metas para monitoramento do
Programa Estadual pelo PNHV;
19. Participação e fornecimento de material informativo da SES
no ERONG da Região Sul.

20. Seminários de sensibilização para CREs e CRSs visando


trabalho intersetorial em 2010, no dia 17/11/2009.
21. Realizados pela ONG Via Vida 17 eventos, atingindo
48.120 pessoas;

2010

1. Projeto piloto do PEHV, em parceria com o Programa


Nacional de Hepatites Virais(PNHV), de capacitação para os
profissionais da Atenção Básica em Hepatites Virais, para
todos os municípios da regional de saúde de Cachoeira do
Sul – 31 participantes;
2. Implantação de 6 CAMMIs em Uruguaiana, Passo Fundo,
Santa Maria, Hospital Fêmina-Porto Alegre, Capão da Canoa
e Santo Ângelo;
3. Capacitação em vigilância epidemiológica das hepatites virais
na 14°CRS ( Santa Rosa) -38 participantes;
4. Oficina na FAMURS com os secretários municipais de
Saúde e Educação para a divulgação da implementação da
vacinação em jovens de 11 a 19 anos e orientação das
várias medidas de prevenção às hepatites nesta faixa etária;
5. Oficina com todas as coordenadorias regionais da educação
(CREs) e coordenadorias regionais da saúde (CRSs) para
instrumentalizar as ações intersetoriais;
6. Confecção de material de divulgação para o mês de Maio,
Mês das hepatites e reimpressão de material informativo já
existente (100.000 folders, 10.000 cartazes e 36.000
cartilhas para manicures );
7. Distribuição de material informativo sobre hepatites para
todas as 9.844 escolas estaduais e municipais do estado;
8. Divulgação, informação e reflexão nas escolas estaduais,
através de temas transversais, permeando o cotidiano
escolar e fortalecendo hábitos saudáveis;
9. Elaboração de CD relativo a hepatites virais, para subsidiar
as comunidades escolares;
10. Reuniões entre as equipes da Saúde e da Educação;
11. Monitoramento do trabalho intersetorial nas escolas
estaduais, baseado no levantamento diagnóstico, pela
SEDUC;
12. Distribuição de material informativo para prefeituras
municipais, ONGs e eventos para a sensibilização sobre
hepatites no mês de maio, MÊS DAS HEPATITES no estado;
13. Vacinação das crianças e adolescentes ( 11 a 19 anos) por
vários municípios do estado contra a hepatite B;
14. Vacinação de toda a população não vacinada (todas as
faixas etárias, projeto-piloto) pelo município de Marau, início
maio de 2010, 1° etapa com 15000 vacinados;
15. Cursos para manicures, podólogas, em biossegurança, em
vários municípios do estado – 382 participantes (organizados
pelo PEHV); multiplicação desses cursos em vários
municípios;
16. Intensificação da vacinação contra hepatite B nos grupos
mais vulneráveis de todos os municípios da 8° CRS/SES;

17. Formação da Comitê Técnico para Medicamentos do


PEHV para a análise de processos sobre pedidos de
medicamentos para as hepatites;
18. Organização do Programa de Prevenção e Controle das
Hepatites Virais dos municípios prioritários selecionados pelo
PEHV em conjunto com PNHV: Porto Alegre, Caxias do Sul,
Passo Fundo e Rio Grande;
19. Capacitação em hepatites para as equipes de vigilância
epidemiológica e atenção básica de seus municípios, pela
14° CRS - Santa Rosa – 40 profissionais;
20. Jornada de capacitação em hepatites para as equipes
de vigilância epidemiológica e atenção básica de Osório –
18ª CRS – 160 profissionais;
21. Capacitação em hepatites para profissionais da atenção
básica e vigilância epidemiológica de Porto Alegre, 1°CRS e
2°CRS, pelo PEHV em conjunto com SMS de Porto Alegre –
39 profissionais capacitados.
22. Capacitação em hepatites para médicos da atenção básica e
vigilância epidemiológica de Porto Alegre, 1°CRS e 2°CRS,
pelo PEHV em conjunto com SMS de Porto Alegre, 24
médicos capacitados.
23. I Jornada de Capacitação no Tratamento das Hepatites
Virais Crônicas B E C e Coinfecções realizada pelo PEHV em
conjunto com a SMS de Porto Alegre e Associação Gaúcha
para o Estudo do Fígado – 124 profissionais capacitados.
24. Qualificação do Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN), para estabelecer o perfil das hepatites
virais mais próximo da realidade do Estado, pelo PEHV.
Foram realizados estudos comparativos com os Sistemas de
Informação em Hepatites do AME (58,1% de casos de 2006
a 2009 não notificados no SINAN) e SIM (62,8% de casos de
2008 não notificados), LACEN (63,3% de portadores não
foram notificados), em andamento estudos comparativos
com o SISPRÉNATAL e períodos anteriores a 2008 do SIM.
25. Envio das Declarações de Óbitos de 2010 dos casos não
notificados para que os municípios procedam a investigação
dos óbitos e comunicantes e notifiquem no SINAN pelo
PEHV.
26. Levantamento pelo PEHV da Rede de serviços de saúde de
diagnóstico e atendimento especializados aos portadores de
hepatites, com retorno das informações de 46 municípios até
08/11/2010;
27. Diagnóstico do tempo de espera para a realização das
biópsias, número de exames realizados/mês e demanda
reprimida, nos serviços de referência para este
procedimento – em andamento pelo PEHV;
28. Seleção´pelo PEHV, dos municípios com maiores
coeficientes para hepatites no Estado em para organização
dos programas municipais.

1 Alvorada 10 Garibaldi 19 Santa Cruz


2 Bagé 11 Gravataí 20 Santa Maria
3 Bento Gonçalves 12 Lajeado 21 Santo Ângelo
4 Cachoeira do Sul 13 Montenego 22 São Leopoldo
5 Canoas 14 Osório 23 Sapucaia
6 Caxias do Sul 15 Passo Fundo 24 Uruguaiana
7 Erechim 16 Pelotas 25 Venâncio Aires
8 Esteio 17 Porto Alegre
9 Farroupilha 18 Rio Grande
29. Monitoramento pleo PEHV das ações desenvolvidas pelas
Secretarias de Saúde e de Educação nos municípios do
Estado, a respeito das medidas de prevenção às hepatites
para os escolares e Intensificação da Vacinação contra
Hepatite B. Este projeto está em andamento, bem como
uma avaliação preliminar, já realizada em 56 municípios, da
1ª, 3ª, 5ª, 8ª, 9ª, 10ª e 12ª CRS, em que fica evidenciada
intensa divulgação sobre prevenção nas escolas, busca ativa
de jovens não vacinados e implementação da imunização
deles nas escolas.
30. Participação do PEHV em Encontros Macrorregionais de
Hepatites, DST/Aids (Florianópolis), Congressos (Brasília)
Simpósios e outros eventos na capital e interior do Estado.
31. Palestras sistemáticas do PEHV sobre hepatites para o
Programa Saúde e Prevenção nas Escolas.
32. Inclusão na página da Secretaria da Saúde do Estado
no site do CEVS de banner das hepatites virais com
informações sobre o PEHV, vacinação, protocolos, diretrizes
e material de divulgação.
33. Lançamento pelo Ministério Público, por meio do Centro de
Apoio Operacional de Defesa dos Direitos Humanos
(CAODH), da Cartilha Eletrônica de Prevenção das Hepatites
Virais; esta foi repassada por e-mail inicialmente a 3,7 mil
pessoas que trabalham no Ministério Público Estadual. O
objetivo é que ela seja replicada, e que as informações
atinjam o círculo de convívio das pessoas que recebem essas
orientações.
34. Encaminhamento da Cartilha supracitada, pela Procuradora-
Geral do Estado, ao Conselho Nacional de Procuradores-
Gerais, para que seja distribuída ao Ministério Público de
outros estados.
35. Realizados pela ONG Via Vida 20 eventos, atingindo
34.935 pessoas;
PLANO ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO DAS HEPATITES
VIRAIS NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Introdução
As Hepatites Virais constituem-se em relevante problema de
Saúde Pública em todo o mundo. São doenças provocadas por
diferentes tipos de vírus que tem tropismo pelo fígado, com
diferentes características epidemiológicas, de evolução clínica,
imunológicas e laboratoriais. Os tipos mais importantes são as
causadas pelos vírus A, B e C.
As hepatites podem variar de formas assintomáticas,
anictéricas, formas ictéricas até a insuficiência hepática aguda
grave. As hepatites virais tanto agudas como crônicas cursam de
forma assintomática na sua grande maioria. Na hepatite crônica as
manifestações clínicas surgem em estágios avançados da doença
frequentemente já com cirrose e hepatocarcinoma.
A hepatite A continua sendo um importante problema de saúde
pública em todo mundo. A transmissão do vírus da hepatite A
(VHA) ocorre principalmente pela rota fecal-oral pelo contato com
uma pessoa infectada, ou pela ingestão de água e alimentos
contaminados, particularmente saladas, frutas e moluscos
bivalves, como mariscos e ostras. O VHA eliminado em grande
quantidade pelas fezes de indivíduos infectados, pode alcançar as
águas destinadas ao consumo e à recreação e manter-se viável
durante vários meses, levando à ocorrência de epidemias e de
casos esporádicos de hepatite A.
A ocorrência de hepatite A está relacionada às condições de
saneamento básico, nível sócio-econômico da população, grau de
educação sanitária e condições de higiene da população. Em
nosso meio, embora a incidência tenha diminuído ao longo dos
anos, ainda ocorrem surtos de hepatite A em locais com
deficiência de saneamento básico e precárias condições de
higiene.
No que tange à hepatite decorrente do vírus da hepatite B
(VHB), acredita-se que ao redor de 5% da população mundial
(cerca de 350 milhões de indivíduos) seja portadora crônica do
vírus da hepatite B e, portanto, potencial transmissora do mesmo.
O Brasil, segundo a OMS, ocupa uma posição intermediária entre
os países de baixa e alta prevalência para este vírus. No entanto,
sendo um país continental, apresenta uma distribuição
extremamente variável, dependendo da área geográfica em
estudo. Quando analisada a prevalência de portadores do HBsAg
em inquérito epidemiológico, de base populacional, nas capitais
dos estados na região sul, a mesma foi de 0,5%.
A infecção pelo vírus da hepatite C (HCV) é atualmente
considerada como um grande problema também de saúde
pública. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que
170 a 200 milhões de pessoas no mundo estejam infectadas pelo
HCV. No Brasil, inquérito epidemiológico de âmbito nacional
realizado pela Sociedade Brasileira de Hepatologia apontou
prevalência de 1,23% entre 1.173.406 doadores de sangue. No
entanto, dados da Organização Mundial de Saúde estimam que
2,5 a 4,9% da população em geral esteja infectada pelo HCV,
podendo corresponder à existência de 3,9 a 7,6 milhões de
portadores crônicos do vírus no Brasil. Em Porto Alegre/RS, estudo
de prevalência também em doadores de sangue revelou índices de
1,74% e, mais recentemente, um inquérito epidemiológico de
base populacional, realizado nas capitais dos estados da região
sul, demonstrou uma prevalência próxima a 2%.
O vírus Delta e o vírus E não constituem problema significativo
no RS.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS HEPATITES VIRAIS


NO ESTADO

Analisando- se os dados de Hepatites Virais A, B e C do Estado,


registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação-
SINAN, da série histórica de 1999 a 2009, pode-se observar que
houve a detecção de um total de 3829 casos, sendo 553 de
Hepatite A, 987 de Hepatite B e 2289 de Hepatite C (tabela a
seguir).

A tendência dos coeficientes (por 100 mil habitantes) da


Hepatite Viral A (HAV) foi de declínio, de15,21 em 1999 para 2,56
em 2007 e com leve acréscimo a partir de 2008,quando passou
para 3,21 e em 2009 para 5,07. Neste período analisado os
coeficientes oscilaram ciclicamente mas sempre com valores
inferiores aos coeficientes mais elevados dos anos anteriores,
mantendo assim a tendência de decréscimo.
Os coeficientes da Hepatite B (HBV) apresentaram neste
período analisado uma tendência estável, em 1999 foi de 9,13 e
em 2009 de 9,04. O mesmo ocorreu com os dados da Hepatite C
(HCV) que não oscilaram significativamente,de 19,18 em 1999
passou para 20,97 em 2009.
Para o ano de 2009 a distribuição percentual dos casos de
hepatites por etiologia foi de 14,44 % da HAV, 25,78 %, da HBV
e 59,78 % da HCV do total de casos.

Também para a avaliação do ano de 2009 foram destacadas


algumas variáveis como idade, sexo , distribuição geográfica,
modos de transmissão e coinfecções.
Em relação a faixa etária, de acordo com o esperado para a
Hepatite A, a concentração de casos (coeficientes) ocorreu mais
na população
menor de 15 anos de idade. Para a Hepatite B os coeficientes
mais expressivos foram dos 30 anos até 60 anos de idade. E os
coeficientes da Hepatite C foram bastante elevados dos 30 anos
a 80 anos de idade (gráfico abaixo).
Os casos predominaram no sexo masculino para os 3 tipos de
hepatites, com uma diferença menor, de apenas 4%, entre
homens e mulheres, na hepatite B (gráfico abaixo).

A distribuição geográfica dos casos ocorreu de forma diversa


para os diferentes tipos de hepatites e Coordenadorias Regionais
de Saúde (CRS). A HAV ocorreu mais na 3°CRS ( Pelotas), a
HBV nas 5°CRS (Caxias do Sul), 6°CRS ( Passo Fundo),11°CRS
(Erechim) e 19° CRS (Frederico Wesphalen) e a HCV na 7°CRS e
1°CRS ( Mapas abaixo).
As formas de transmissão para a HAV foram
,predominantemente, por alimentos/água ( gráfico abaixo).

A Hepatite B apresentou percentuais mais elevados de casos


pela transmissão sexual, tratamento dentário e cirúrgico ( gráfico
abaixo).

E a transmissão da Hepatite Viral C ocorreu principalmente por


transfusão sanguínea (anterior a 1993), uso de drogas injetáveis,
tratamento cirúrgico e dentário (gráfico abaixo).
A coinfecção entre a Hepatite B e C foi de 1,75% (tabela
abaixo).
E a coinfecção da Hepatite Viral B com HIV/Aids foi de 7,02 e
da Hepatite Viral C com HIV/Aids foi de 16,9 % ( tabela a seguir).

Estes dados foram obtidos do SINAN em setembro de 2010.


Entretanto, se a magnitude e transcendência das hepatites
virais são inquestionáveis, também são conhecidos os entraves e
as dificuldades na prevenção, vigilância, atendimento e
acompanhamento clínico, diagnóstico laboratorial e tratamento
das hepatites virais no Estado do Rio Grande do Sul e no restante
do Brasil.
O Ministério da Saúde, através da Portaria nº 2080/GM de 31
de outubro de 2003, instituiu o Programa Nacional para a
Prevenção e o Controle das Hepatites Virais (PNHV), a ser
desenvolvido de forma articulada pelo Ministério da Saúde e pelas
Secretarias de Saúde dos Estados, Municípios e Distrito Federal.
Os principais objetivos são o desenvolvimento de ações de
promoção da saúde, prevenção, diagnóstico, vigilância
epidemiológica e sanitária das hepatites virais, acompanhamento
e tratamento dos portadores de hepatites virais, a ampliação do
acesso e da capacidade instalada dos serviços de saúde em todos
os seus níveis de complexidade, bem como de centros de
referência para o tratamento das hepatites e o acompanhamento
e avaliação das ações de saúde para o efetivo controle dessas
doenças.
Considerando a importância da temática aqui exposta e o
interesse do Estado em adequar às condições propostas pelo
PNHV, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul resolve instituir
no ano de 2008, através do Decreto 45.996/08, o Comitê Estadual
Intersetorial de Enfrentamento das Hepatites Virais.
Um dos principais objetivos do Comitê é elaborar o Plano
Estadual de Vigilância, Prevenção e Controle das Hepatites Virais,
com delineamento das ações para implementação do Programa de
Hepatites Virais, qualificação da informação epidemiológica,
organização da rede estadual de assistência aos portadores,
implementação do diagnóstico laboratorial e do programa de
educação em saúde e prevenção e ações em parceria com
movimento social.

Objetivos
Aumentar a taxa de detecção dos casos de Hepatites Virais;
Qualificar o atendimento e tratamento aos portadores de
Hepatites Virais;
Reduzir o surgimento de novos casos da doença.

Metodologia
Os objetivos deverão ser atingidos pela execução das
seguintes ações e projetos, que se encontram descritos em
anexo:
Ampliar, organizar e fortalecer a rede de assistência aos portadores
de hepatites virais, nos 3 níveis.
Garantir o diagnóstico laboratorial das hepatites virais: sorologia,
biologia molecular e histopatologia
Ampliar a notificação de casos suspeitos e confirmados de Hepatites
Virais

Estruturar o plano para ampliação da cobertura de vacinação contra


hepatite B nas populações vulneráveis e alcançar 95% de cobertura
entre crianças e jovens até 19 anos.
Definir posicionamento a respeito de vacinação contra hepatite A no
RS.
Implementar plano de biossegurança para populações vulneráveis .
Promover a articulação entre Escola e Rede Básica de Saúde.

Desenvolver um Plano de Mobilização Social .


Garantir o acompanhamento integral e intersetorial do portador de
hepatites virais crônicas, visando à melhoria de sua qualidade de
vida.
Ampliar o acesso aos transplantes hepáticos, garantindo a medicação
necessária.

Destacar a importância do Saneamento básico junto a gestores


públicos e a população em geral.
ANEXOS

AMPLIAR, ORGANIZAR E FORTALECER A REDE DE


ASSISTÊNCIA AOS PORTADORES DE HEPATITES VIRAIS,
NOS TRÊS NÍVEIS

INTRODUÇÃO

A Rede de Serviços para o atendimento das pessoas com


Hepatites Virais de acordo com o agente etiológico é fundamental
para o atendimento integral.
Deve ser integrada formalmente pela atenção primária,
secundária e terciária, com as referências e contra referências
definidas e os fluxos de encaminhamento estabelecidos.
Também as medidas de prevenção e controle da doença,
através da vigilância em saúde, devem ser implementadas em
toda os serviços.
A atenção básica tem papel relevante no diagnóstico e no
acompanhamento das pessoas com hepatites. Deve estar
qualificada para identificar os casos suspeitos. Solicitar exames
laboratoriais adequados e encaminhar aos serviços especializados
de referência quando necessário, tanto ambulatoriais como
hospitalares.
Os serviços especializados devem reunir profissionais
especialistas (de várias formações) para o atendimento e
tratamento de pessoas portadoras de hepatites virais. Realizar ou
solicitar biologia molecular e biópsia hepática e o exame
anatomopatológico. No entanto municípios que contam apenas
com o médico especialista também podem realizar o
acompanhamento e tratamento dos casos.
Os Centros de Aplicação e Monitorização dos Medicamentos
Injetáveis para os portadores de Hepatites devem ser mais um
componente da rede que permitem uma adesão muito importante
ao tratamento, além de um serviço qualificado para este
procedimento.
A internação dos casos com complicação deve ser prevista e
o transplante hepático quando indicado.

JUSTIFICATIVA

Para se constituir uma rede de serviços de atendimento aos


portadores de hepatites há necessidade da integração dos serviços
de saúde de baixa, média e alta complexidade que abranja todo o
Estado.
A atenção primária após identificar e diagnosticar o caso
com os marcadores sorológicos, e confirmando ou ainda a
confirmar por exames mais complexos (PCR, Biópsia), necessita
de serviço mais diferenciado para um atendimento completo e
digno.
Os serviços precisam estar articulados entre si (referência e
contra–referência).
Não apenas os serviço especializados devem suprir as
necessidades, mas os médicos especialistas podem também fazer
a diferença nos municípios que contam com este profissional.
Existem no interior do Estado 17 serviços especializados ,dos
quais 9 são referências regionais. Em Porto Alegre temos 5
serviços, sendo referências para a região metropolitana.
Também de acordo com levantamentos do PEHV vários
municípios contam com médico especialista que acompanha e
trata casos de hepatites. Já tendo sido criados 9 CAMMIs no
Estado.

OBJETIVO GERAL
Constituir a rede de serviços de baixa, média e alta complexidade
em todo o Estado para o atendimento aos portadores de Hepatites
Virais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Qualificar e equipar os serviços de atenção básica para o


atendimento e diagnóstico, em todos municípios do Estado.
Ampliar a quantidade de serviços especializados de referência, em
pelo menos um por CRS.
Aumentar o n° de municípios com médicos especialistas
(prioritariamente nos municípios mais populosos e naqueles com
elevados coeficientes de Hepatites).
Criar uma REDE articulada de serviços de atendimento aos
portadores de hepatites em todas as CRS, liderada por esta última
e conjuntamente com a COGERE

.INDICADORES DE AVALIAÇÃO

Monitorar a realização das metas estabelecidas, através do


cálculo das coberturas alcançadas.
GARANTIR O DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS
HEPATITES VIRAIS: SOROLOGIA, BIOLOGIA MOLECULAR
E HISTOLOGIA

Introdução

Os exames específicos para o diagnóstico das Hepatites


Virais são os sorológicos e os de biologia molecular. Os testes de
função hepática indicam dano do parênquima, porém não são
específicos. Os testes de biologia molecular são utilizados para
detectar a presença do ácido nucléico do vírus. Podem ser
qualitativos (indicando presença ou ausência), quantitativos (carga
viral) ou de genotipagem. Na prática os testes de biologia
molecular são utilizados para o monitoramento terapêutico da
Hepatite B e diagnóstico inicial e monitoramento terapêutico na
Hepatite C.
O tratamento dos casos de hepatite crônica é indicado com
base no grau de acometimento hepático observado por exame
anatomopatológico do tecido obtido por biópsia.
Assim, podemos dividir os exames indicados na
hepatite em:
- testes de função hepática
- exames sorológicos
- biologia molecular
- biópsia hepática.
Considerando-se a prevalência estimada de hepatites no RS
avalia-se que a demanda anual potencial de exames sorológicos e
biologia molecular para a hepatiteB e C é de:

Estima-se uma necessidade de biópsias hepáticas em 2500


exames/ano VHC e 500 exames /ano VHB.

Justificativa

A aplicação dos protocolos nacionais evidencia uma carência


na cobertura laboratorial, especialmente no que se refere a
marcadores sorológicos, biologia molecular e biópsias, havendo
necessidade de adequação da rede laboratorial e de serviços para
biópsia. O sistema deve ser capacitado para o atendimento de
toda a demanda anual potencial, otimizando-se os recursos
disponíveis e agregando outros que se fizerem necessário.
Objetivo Geral

Garantir o atendimento da demanda de exames para


diagnóstico e acompanhamento do tratamento das Hepatites
Virais de acordo com os protocolos do PNHV.

Objetivos Específicos
Otimizar a capacidade instalada do IPB-LACEN, garantindo
regularidade dos exames sorológicos para a vigilância
epidemiológica e biologia molecular para o diagnóstico e
acompanhamento do tratamento.
Ampliar a rede de laboratórios credenciados para sorologia e
biologia molecular.
Descentralizar a autorização dos exames de biologia molecular
para fins de confirmação diagnóstica (PCR-HCV) para as CRSs e
municípios.
Incluir a Biópsia Hepática em todos os contratos de Hospitais
Universitários e Hospitais com Serviços de Atendimento
Especializado para as Hepatites Virais.
Aumentar em 100% a capacidade de realização de biópsia
hepática no serviço de referência do Hospital Sanatório Partenon
(HSP).
Ampliar a capacidade instalada do IPB-LACEN em 100% da atual.
Contratualizar serviços para sorologia e biologia molecular nas 19
CRSs.
Implantar rotinas de autorização de exames de biologia molecular
para HCV nas 19 CRSs.
Contratualizar biópsia hepática com 100% dos hospitais
universitários.

Indicadores de Avaliação
Número de serviços contratualizados (19).
Número de exames sorológicos e de biológica molecular
realizados pelo IPB-LACEN.
Número de exames sorológicos e de biológica molecular
realizados pela rede credenciada.
Número de biópsias hepáticas realizadas.
AUMENTAR A NOTIFICAÇÃO DE CASOS SUSPEITOS E
CONFIRMADOS DE HEPATITES VIRAIS, NO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL

INTRODUÇÃO

A notificação obrigatória das hepatites virais ocorre no


estado desde 1978.

Em 1996 foi implantado o Sistema de Informação de


Agravos de Notificação - SINAN, alimentado com informações
coletadas a partir da Ficha de Notificação/Investigação de
Hepatites Virais nos serviços de saúde e digitadas nas secretarias
de saúde municipais ou em nível regional (CRS), pelos serviços de
vigilância epidemiológica.

O preenchimento da ficha a apenas ocorre após a detecção


de casos suspeitos ou confirmados por parte dos serviços de
saúde e com a sua comunicação ao serviço de vigilância
epidemiológica. Isto é necessário para que ocorra a investigação
do caso e a dos seus comunicantes para a tomada de medidas de
controle e registro no SINAN.
A obrigatoriedade de comunicar a suspeita de casos à
vigilância epidemiológica é universal, de todos os serviços e de
qualquer cidadão, não apenas do setor saúde mas este possui
papel preponderante (portaria n°5/ 2006 DNC).

Cabe à vigilância epidemiológica criar formas de


implementar a notificação, capacitando a rede de serviços de
saúde para a suspeita e confirmação de casos de hepatites virais e
posterior notificação e investigação dos mesmos e dos
comunicantes, assim identificando e prevenindo novos casos.

Por outro lado os serviços de atenção à saúde, em seus


vários níveis de complexidade, deverão dispor de meios para o
diagnóstico e detecção das hepatites, como a sorologia, biologia
molecular e biópsia hepática e de condições para desenvolver e
acompanhar o tratamento.

Justificativa

A necessidade de aumentar a notificação dos casos


suspeitos e confirmados deve-se pela subnotificação dos mesmos,
principalmente por parte dos profissionais e serviços de saúde.

A detecção e posterior notificação de casos principalmente


na fase crônica ocorre pelas características das hepatites, que se
apresentam na fase aguda de forma assintomática em número
elevado, principalmente na hepatite C, e em crianças.

A notificação e a investigação sistemática dos comunicantes


de portadores de hepatites aumentam a probabilidade de
detecção de casos, inclusive na fase aguda, possibilitando maior
controle da doença.

Objetivo Geral:
Aumentar a notificação de casos suspeitos e confirmados de
hepatites virais.

Objetivos Específicos:

Ampliar as fontes notificadoras para além da rede de


serviços de atenção à saúde, principalmente, para os laboratórios
de análises clínicas;

Incluir a ficha de notificação entre os documentos exigidos


ao médico assistente dos portadores de hepatites virais, por
ocasião da solicitação à SES, da biologia molecular e dos
medicamentos excepcionais;

Analisar os sistemas de informações que registram dados de


hepatites virais e comparar com os dados do SINAN;

Formar monitores para desenvolverem as capacitações dos


profissionais da atenção à saúde e da vigilância, nas diversas
regiões do estado.

Metas

Capacitar 100% dos profissionais da rede de serviços de


saúde, nos diferentes níveis de complexidade, dos municípios com
maior coeficiente de detecção de casos de hepatites virais e dos
municípios prioritários ( Caxias do Sul, Passo Fundo, Porto Alegre
e Rio Grande).

Capacitar 100% das equipes de vigilância epidemiológica


dos municípios com maior coeficiente de detecção de casos de
hepatites virais e dos municípios prioritários;

Aumentar para 100% os laboratórios que notificam os casos


com exames positivos para hepatites virais;

Incluir em 100% dos pedidos de biologia molecular e de


medicamentos a ficha de notificação;
Comparar 100% das fichas do SINAN com os dados dos
sistemas de informações do AME, SIM, SISPRENATAL, SIS-CTA,
banco de dados dos exames realizados pelo LACEN central e dos
pedidos de Biologia molecular da CPAF.

Metodologia

O PEHV qualificará as equipes de Vigilância Epidemiológica


das CRSs para coordenarem as capacitações municipais em
hepatites virais. Também estimulará a formação de monitores
para as regionais.

A vigilância epidemiológica dos municípios deverá formar


cadastro dos laboratórios de análises clínicas ou obtê-lo da
vigilância sanitária visando formalizar a implantação ou
implementação da notificação dos casos com exames positivos de
hepatites virais.
O PEHV deverá acordar com a CPAF a inclusão da ficha de
notificação entre os documentos exigidos do médico assistente
(LMA) na solicitação da biologia molecular e de medicamentos
específicos para os portadores de hepatites.

A vigilância epidemiológica das CRSs deverá acessar o


Sistema de Informações de Medicamentos (AME) junto a
assistência farmacêutica de suas regionais para complementar as
suas notificações/ investigações a partir de 2010.

O PEHV enviará às CRSs, as declarações de óbitos onde as


hepatites virais constem como causa básica ou associada, para
verificar a notificação no SINAN e a notificação e investigação dos
comunicantes.

O PEHV deverá comparar dados do SINAN com os do AME,


com o banco de dados de pedido de biologia molecular (CPAF),
com o banco de dados dos exames registrados pelo LACEN,
SISPRENATAL, SIS-CTA e também com as declarações de óbitos
do SIM para uma avaliação da subnotificação de casos de
hepatites do SINAN, visando aumentar as notificações pelo SINAN.
Para alcançar este propósito o PEHV precisará contar com a
disponibilização destes Sistemas de Informações pelos seus
gestores.

INTENSIFICAR VACINAÇÃO CONTRA A HEPATITE VIRAL B

INTRODUÇÃO

A partir de 1998 a vacinação contra a Hepatite Viral B foi


estendida para os menores de 20 anos de idade e já está
disponível em toda a rede do SUS desde 1996 para os menores de
1 ano de idade. No entanto, a aplicação da vacina teve início a
partir de 1994 com a inclusão dos profissionais de saúde e alguns
outros segmentos populacionais considerados mais vulneráveis à
Hepatite Viral B.

No Estado, as coberturas vacinais, nas diferentes faixas


etárias, não têm atingido 95% do valor estimado como ideal para
o controle da doença.

A cobertura vacinal da Hepatite Viral B, em menores de 1


ano de idade, no Estado, foi de 92, 43% em 2009. A avaliação da
série histórica de vacinação do período de 1999 a junho de 2009
mostrou que 783.759 pessoas de 1 a 19 anos de idade não foram
vacinadas.

Em 2009 foi implementada a vacinação da hepatite B na


população de 11 a 19 anos de idade no Estado através de parceria
entre a Secretara Estadual da Saúde com a Secretaria de
Educação e com apoio do Ministério da Saúde e municípios (nota
técnica, implementação da Vacinação contra Hepatite B, maio de
2009). Nova intensificação está ocorrendo em vários municípios do
Estado a partir de maio de 2010.

A vacinação é a maneira mais eficaz de prevenir a Hepatite


Viral B na população mais vulnerável.

Justificativa
A imunoprofilaxia é a medida de melhor custo benefício para
controlar a infecção causada pelo vírus da Hepatite B, a infecção
crônica e a transmissão viral.
A cobertura vacinal é que garante a prevenção específica
para a Hepatite Viral B.
A vacina da Hepatite Viral B tem eficácia de 90 a 95%.
Objetivo Geral:
Aumentar a cobertura vacinal contra Hepatite Viral B nas
populações mais vulneráveis no período de 2010 a 2014.

Objetivos Específicos:
1- Vacinar a população menor de 20 anos do Estado.
2- Vacinar as populações mais vulneráveis na 8°CRS (projeto
piloto) e nos municípios prioritários: Rio Grande, Passo Fundo,
Caxias do Sul e Porto Alegre.
3- Vacinar toda população do município de Marau como projeto
piloto.
Metas

Vacinar 95% dos menores de 20 anos do Estado.

Para os municípios da 8ªCRS e prioritários:


Vacinar 100 % das gestantes;
Vacinar 100% dos recém-nascidos;
Vacinar 100% dos apenados;
Vacinar 100% dos indígenas;
Vacinar 100% dos profissionais da saúde;
Vacinar 100% dos militares, policiais militares e civis e bombeiros;
Vacinar 100% das manicures, pedicures, tatuadores, barbeiros e
colocadores de piercing.

Metodologia:
O projeto será coordenado pelo PEHV, mas desenvolvido
juntamente com os demais setores do Centro Estadual de
Vigilância em Saúde – CEVS/SES. Contará com a participação
principalmente do Programa Estadual de Imunizações, Divisão de
Vigilância de Saúde do Trabalhador, Divisão de Vigilância
Sanitária, bem como, com os setores da Assistência à Saúde da
SES tais como, Saúde da Mulher, Saúde da Criança e do
Adolescente, Saúde da Família, Saúde Bucal, das CRSs e também
com a SEDUC (comunidade escolar) e ONGs de hepatites virais.

A- Nos menores de 20 anos:


Incrementar a vacinação na rotina das Unidades Básicas de
Saúde – UBSs reforçada com as atividades de informação e
reflexão nas escolas a respeito das Hepatites Virias, através de
parceria SES e SEDUC.

B- Nas populações mais vulneráveis:


Intensificar a vacinação das gestantes de acordo com a nota
técnica (NT n°39/09/MS) e de recém-nascidos (de acordo com a
portaria n°1067/GM de 04 de julho de 2005) que deverá ser
monitorada pelas coordenações do PEHV e pelo Programa
Estadual de Imunização e das equipes de saúde dos municípios.

A vacinação dos profissionais da saúde será exigida pela


Vigilância Sanitária dos municípios dos Serviços de Saúde nas suas
fiscalizações anuais, bem como a saúde do Trabalhador deverá
reforçar o cumprimento da NR32.

As Coordenadorias Regionais de Saúde - CRSs deverão


monitorar a realização, nos municípios, da vacinação em
profissionais do Exército, Brigada Militar, Polícia Civil e Bombeiros.
As secretarias municipais de saúde a partir de levantamento dos
recursos humanos dessas corporações acompanharão o
quantitativo de vacinados.
A monitorização da vacinação nos presídios e nas aldeias
indígenas, onde houver, ocorrerá conjuntamente com as equipes
de saúde prisional e saúde indígena da FUNASA.

Vacinar as manicures, pedicures, tatuadores, barbeiros e


colocadores de piercing, de acordo com a norma técnica conjunta
n° 1/2008 ( PEI e PEHV).

As demais populações mais vulneráveis à Hepatite Viral B


não contempladas neste projeto continuarão a receber a vacina
nas UBSs e nos CRIEs, de acordo com o parecer técnica
04/2010/CGPNI/DEVEP/SBS/MS.

Segundo orientações do Programa Nacional de Imunizações


as vacinas aplicadas são registradas no campo "adultos vacinados
20 e +" no SI-API (Avaliação do Programa de Imunizações), uma
vez que não possuem identificação por grupo especifico. Está
previsto a inclusão desses campos para 2011. As vacinas aplicadas
em 2010 contarão com registro em separado.

O Ministério da Saúde, a SES/RS e os municípios ficam


responsável pela disponibilização de vacinas, seringas, capacitação
de recursos humanos e área física para implementar a vacinação
proposta.

C- Em toda população:
Projeto Piloto para vacinar toda a população do município de
Marau (projeto em anexo).

Indicadores de avaliação:
Coberturas vacinais anuais em menores de 20 anos de
idade.
Percentual de vacinados das populações mais vulneráveis.
Percentual de vacinados da população do município de
Marau.

PROPOSTA DE VACINAÇÃO CONTRA HEPATITE A - ESTADO


DO RIO GRANDE DO SUL

Introdução

As vacinas contra o VHA atualmente em uso no mundo, na sua


grande maioria, são compostas por vírus inativos, sendo seguras e
altamente eficazes quando administradas antes e após a
exposição ao VHA. O esquema vacinal mais freqüentemente
adotado consiste em duas doses, administradas com intervalos de
6-18 meses.
A maioria dos vacinados responde muito bem a uma única dose.
Cerca de 1 mês após a primeiras dose da vacina, 97%-100% das
crianças e adolescentes apresentam níveis protetores de
anticorpos e 1 mês após segunda dose 100% ficam protegidos.
Países ou regiões que introduziram a vacina nos seus programas
de imunização registraram impacto considerável na incidência da
hepatite A. Em 1999, Israel se tornou o primeiro país a
implementar um programa de vacinação universal contra hepatite
A, direcionado a crianças de 18 meses, com reforço 6 meses após.
Esquemas de imunização com uma só dose da vacina também
podem fornecer excelente proteção. Em 2005, a Argentina tornou-
se o segundo país do mundo, a introduzir a vacina contra hepatite
A no calendário nacional, no esquema de uma dose aplicada aos
12 meses. A incidência nacional de 10,2/100.000 de casos de
hepatite A em 2007 representou uma redução de 88% em
comparação à taxa média de incidência do período de 1998-2002
e foi observada em todos os grupos etários mostrando
significativa imunidade coletiva.
Recentemente, Ellis e colaboradores (2007) concluíram que a
escolha do esquema vacinal, com uma ou duas doses, está
diretamente relacionado às variações das taxas de prevalência da
população na qual a vacina será introduzida. Em áreas de alta
prevalência, o uso de esquemas de duas doses mostrou maior
impacto na redução da morbimortalidade entre os vacinados e
seus contatos. Sendo assim, o Estado do Rio Grande do Sul,
considerado área de endemicidade intermediária, poderia se
beneficiar de uma única dose. O estudo soro-epidemiológico de
base populacional para hepatite, A, B e C recentemente concluído
nas capitais brasileiras e que considerou a região Sul de baixa
prevalência para hepatite A ainda requer maior detalhamento.

Justificativa
Justifica-se a proposta, considerando que:

O Estado do Rio Grande do Sul apresenta uma endemicidade


intermediária para o VHA, com incidência maior de casos entre
crianças e adolescentes, e ocorrência eventual de surtos.
Os excelentes resultados observados na Argentina com a
utilização de vacina em dose única;
A importância das conseqüências econômico-financeiras
determinadas pela doença;
A possibilidade de alcançar altas coberturas vacinais da população
com redução de custos com uma única dose, permitida a
continuidade dessa medida nos anos subseqüentes;

No Brasil, a vacina contra hepatite A ainda não foi incorporada no


calendário básico de vacinação do Ministério da Saúde
encontrando-se disponível nos Centros de Referência de
Imunobiológicos Especiais (CRIE) para grupos específicos da
população.

A sociedade Brasileira de Pediatria vem recomendando a


vacinação de crianças desde 1998, inicialmente na dependência da
possibilidade de disponibilidade, a partir de 2005, como indicação
universal aos 12 meses de idade com dose de reforço seis meses
após.

Objetivo Geral

-Vacinar crianças entre 1- 4 anos de idade no Estado


- Esquema de uma dose
- Incluir no calendário básico de vacinação do Estado.

Indicador de Avaliação

Taxas de cobertura vacinal na faixa etária sugerida


IMPLEMENTAR PLANO DE BIOSSEGURANÇA PARA
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS

Introdução

As exposições ocupacionais a materiais biológicos


potencialmente contaminados representam um sério risco aos
profissionais em seus locais de trabalho. Estudos desenvolvidos na
área da saúde mostram que os acidentes envolvendo sangue e
outros fluidos orgânicos correspondem às exposições mais
frequentemente relatadas.
Neste documento, serão considerados trabalhadores da área
de saúde, todos os profissionais e trabalhadores do setor saúde
que atuam, direta ou indiretamente, em atividades em que há
risco de exposição a sangue e a outros materiais biológicos,
incluindo aqueles profissionais que prestam assistência domiciliar
e atendimento pré-hospitalar, além das ações de resgate
realizadas por bombeiros ou outros profissionais.
Outras categorias profissionais podem estar sob risco, como
tatuadores, colocadores de piercings, manicures, pedicures,
barbeiros, acupunturistas, profissionais dos serviços de segurança
e emergência, da limpeza urbana, dentre outras, assim como
também outros grupos vulneráveis da população.
O vírus da Hepatite B e o vírus da Hepatite C e o HIV-1 são
os agentes mais frequentemente envolvidos nessas infecções
ocupacionais.
Embora o risco para aquisição ocupacional de Hepatite B
seja conhecido desde 1949, um plano sistemático para redução
dos riscos de exposição só foi desenvolvido após o aparecimento
da epidemia de AIDS.
Já foi demonstrado que, em temperatura ambiente, o VHB
pode sobreviver em superfícies por até uma semana. A
possibilidade de transmissão do VHB a partir do contato com
superfícies contaminadas foi demonstrado em investigações de
surtos de Hepatite B entre pacientes e trabalhadores de unidades
de hemodiálise.
Em relação à Hepatite C, o principal risco de infecção
também é o contato com sangue.
O risco de transmissão pela exposição a outros materiais
biológicos não foi quantificado, mas acredita-se que seja muito
baixo.
Apesar de todos estes riscos, a falta de registro e notificação
destes acidentes é um fato concreto. No Brasil, de acordo com
dados publicados em anais de congressos, o cenário dos acidentes
ocupacionais envolvendo material biológico é semelhante aos
observados em outros países, quando comparamos a incidência de
acidentes e de sub-notificação.
A prevenção da exposição ao sangue ou a outros materiais
biológicos é a principal medida para que não ocorra infecção por
patógenos de transmissão sanguínea nos serviços de saúde.
Precauções básicas ou precauções padrão são normatizações que
visam a reduzir a exposição aos materiais biológicos. Essas
medidas devem ser utilizadas na manipulação de artigos médico-
hospitalares e na assistência a todos os pacientes,
independentemente do diagnóstico definido ou presumido de
quaisquer doenças infecciosas.
Evitar o acidente por exposição ocupacional é o principal
caminho para prevenir a transmissão dos vírus das hepatites B e
C.
Entretanto, a imunização contra Hepatite B e o atendimento
adequado pós-exposição são componentes fundamentais para um
programa completo de tratamento dessas infecções e elementos
importantes para a segurança no trabalho.

Objetivo Geral

Estabelecer sistemática de atendimento nos diferentes níveis


de complexidade que permita diagnóstico, condutas, medidas
preventivas e notificação da exposição a material biológico,
prioritariamente na transmissão do vírus da Hepatite B (HBV) e do
vírus da Hepatite C (HCV).

Objetivos Específicos

Estabelecer sistemática de atendimento dos acidentes com


exposição à material biológico em todas as regiões abrangidas
pelas coordenadorias regionais de saúde, nos três níveis de
complexidade.
Garantir a execução dos exames laboratoriais previstos nos
protocolos técnicos para todos os envolvidos (paciente(s) fonte(s)
e trabalhador(es) acidentado(s), no momento e no seguimento do
acidente.
Proporcionar a execução de exames de biologia molecular para o
HBV e HCV, nos casos indicados nos protocolos técnicos.
Realizar a capacitação dos profissionais responsáveis pelo
atendimento dos acidentes com exposição a material biológico,
com ênfase no acolhimento e orientação dos trabalhadores,
definição do risco de transmissão ocupacional e de indicação de
quimioprofilaxia, seguimento do acidente e prevenção da
transmissão secundária.
Ampliar a notificação dos acidentes nos sistemas de vigilância
(SIST e/ou SINAN).
Realizar ações de vigilância aos acidentes ocupacionais, nas
instituições de saúde.
Estabelecer sistemática de atendimento dos acidentes com
exposição à material biológico nas 19 coordenadorias regionais de
saúde do estado.
Garantir a execução dos exames laboratoriais previstos nos
protocolos técnicos para 100% dos envolvidos (paciente(s)
fonte(s) e trabalhador(es) acidentado(s) ) no momento e no
seguimento do acidente.
Proporcionar a execução de exames de biologia molecular para o
HBV e HCV, em 100% dos casos indicados nos protocolos técnicos
em todas as coordenadorias regionais de saúde.
Ampliar a notificação dos acidentes nos sistemas informação
vigilância (SIST e/ou SINAN) em 50%, em relação à série histórica
dos últimos 3 anos.
Realizar ações de vigilância em estabelecimentos de saúde
públicos e privados, em conjunto com a vigilância sanitária
municipal e regional em todas as coordenadorias regionais de
saúde.

Indicadores de Avaliação

Notificação dos acidentes com exposição à material biológico


no SIST e/ou SINAN.
Número de exames sorológicos HBsAG, Anti-HBc-IgM, Anti-
HBs, Anti-HCV e PCR para HCV relacionados ao controle da
profilaxia por exposição ocupacional ao HBV e HCV e
seguimento dos acidentes.
Ações de vigilância em saúde em estabelecimentos de saúde
públicos e privados, em conjunto com a vigilância sanitária
municipal e regional.
PROMOVER A ARTICULAÇÃO ENTRE ESCOLA E REDE
BÁSICA DE SAÚDE

JUSTIFICATIVA

Propiciar interação entre saúde e educação;


Levar informação e reflexão à comunidade escolar;
Facilitar o acesso entre escola e UBS.

DESCRIÇÃO GERAL DO PROJETO E DOS SERVIÇOS A


SEREM GERADOS:
Mobilizar uma equipe composta por técnicos da saúde,
educação, gestores municipais de saúde e educação;
Articular as coordenadorias regionais de saúde e educação.

ETAPAS

NOME DA ETAPA DESCRIÇÃO VARIÁVEIS


Seminário- Um ano da Reunião com as CRÊS para a realização
Criação do Comitê de um trabalho intersetorial no ano de
Estadual Intersetorial 2010 no qual as escolas terão papel
de Enfrentamento das crucial na informação e reflexão relativa
Hepatites Virais às hepatites virais, com culminância na
vacinação de estudantes de 11 a 19 anos.

Reuniões e contatos Articulação de competências: Envolvimento dos


com representantes • Sensibilizar gestores em todos os vários níveis de
das SES, SEDUC, níveis através de discriminação parceria;
ASSEDISA, de tarefas; Disponibilidade dos
UNDIME,FAMURS • Articular Capacitação dos profissionais;
profissionais da educação e Gestores
saúde (CREs e CRS); comprometidos;
• Descentralização do trabalho Agilidade temporal no
para os Municípios através das cumprimento de
CREs e CRS com o prazos;
comprometimento das SMS e Comprometimento das
SMED; SMS se fazerem
• Capacitação dos profissionais da presentes nas escolas
saúde e educação e, por meio das UBS, ESF
multiplicação nas escolas,
visando informação e reflexão
sobre hepatites e vacinação da
hepatite B;
• UBS e ESFs garantirem a
vacinação nas escolas para
estudantes de 11 a 19 anos
• A Secretaria Municipal de Saúde
deverá disponibilizar horário
para a efetivação das vacinas nas
escolas.
• As escolas deverão disponibilizar
horário para efetivação das
vacinas;

Recursos Envio da nota técnica e Distribuição de


Material de apoio (folders, cartazes) que
servirão de referência para as
capacitações e trabalho pedagógico de
educar para a saúde com os alunos e
comunidade escolar.

PLANO DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL PARA O


ENFRENTAMENTO DAS HEPATITES VIRAIS

Introdução

A implementação do Plano de Enfrentamento das Hepatites


Virais necessita, pelas características do problema, que se
desenvolva um amplo movimento de mobilização social, tendo em
vista a importância da participação de todos os setores da
sociedade na prevenção da doença assim como na estruturação
adequada da rede de atenção.
Para otimizar os resultados de referida mobilização
estabeleceu-se o presente plano, que vai a seguir descrito.

Justificativa

As hepatites virais constituem-se em um grave problema de


saúde pública no mundo, sendo necessário, para seu
enfrentamento, um esforço conjunto para sensibilização de
governos e cidadãos no sentido do desenvolvimento de ações de
promoção da saúde, prevenção, diagnóstico e tratamento dessa
patologia.
Considera-se de fundamental importância que as pessoas
obtenham maior número de informações sobre essas patologias,
principalmente sobre as formas de transmissão da doença e as
medidas de controle. No mundo inteiro foram constituídas
associações e organizações não governamentais com o intuito de
obter os instrumentos necessários para que, conjuntamente com
as esferas governamentais desenvolvam medidas de prevenção,
diagnóstico e tratamento, além da fiscalização e controle de
práticas que possam veicular a infecção.
A mídia, em seus mais diversos veículos de comunicação,
exerce, nesse contexto, um papel de fundamental importância,
seja na difusão de orientações e informações de interesse coletivo
em relação a procedimentos sanitários básicos, seja na formação
da opinião pública quanto à promoção da saúde.
Neste contexto, e objetivando promover a informação e o
conhecimento, buscando o engajamento dos diversos segmentos
da sociedade, considera-se fundamental a elaboração de um Plano
de Mobilização Social para o Enfrentamento das Hepatites Virais.

Objetivo Geral

Promover a informação e o conhecimento sobre as Hepatites


Virais no Rio Grande do Sul, buscando o engajamento dos
diversos setores da sociedade.

Objetivos específicos

Estimular os representantes de organizações


governamentais e não governamentais, comunidades, entidades
de classe, sindicatos, clubes de serviço, sociedades, federações,
associações, comitês, grupos e conselhos – a promover e a
participar de ações de mobilização social, em defesa da redução
da morbi- mortalidade das Hepatites Virais, em seus campos de
atuação específicos;

Sensibilizar e estimular profissionais da mídia a agirem no


processo, como cidadãos e formadores de opinião;

Sensibilizar e estimular a população gaúcha a agir como co-


responsável no processo;

Monitorar e avaliar o processo de mobilização social do


Plano estadual de Enfrentamento das hepatites virais.

Fundamentos
O termo mobilização social designa, em geral, o somatório
de esforços para a resolução dos mais variados problemas de
interesse público. O processo de mobilização, portanto, é algo
bem amplo, em que se busca arregimentar recursos dos
diferentes atores sociais, criar vínculos entre eles e, de certa
forma, organizar e orientar as ações pretendidas. Mobilizar é,
assim, condição essencial para a participação.
Podemos dizer que a mobilização social é uma “reunião de
sujeitos que definem objetivos e compartilham sentimentos,
conhecimentos e responsabilidades para a transformação de uma
dada realidade, movidos por um acordo em relação a determinada
causa de interesse público” (BRAGA; HENRIQUES; MAFRA, 2004,
p. 36).
A mobilização social é um processo comunicativo que
corresponde a um esforço estratégico, não apenas para gerar e
manter os vínculos entre as pessoas e instituições que se
mobilizam , mas também para que o grupo mobilizado consiga
posicionar-se publicamente em relação a seus objetivos.
Desta forma, Mobilização social abrange, entre outras
iniciativas:
Sensibilização
Comunicação social
Interesse social
Participação social
Controle social
Construção de parcerias
Ações intersetoriais
Apoio técnico

Ações Propostas

1. Elaborar, confeccionar e editar materiais didático-


comunicacionais sobre Hepatites Virais, direcionados à população
em geral, aos profissionais de saúde, de educação, de
comunicação social e aos grupos vulneráveis;
2. Promover e organizar encontros, fóruns, seminários, palestras e
outros eventos com enfoque nas ações preventivas de Hepatites,
dirigidas aos diversos públicos-alvo, bem como fornecendo
orientações sobre a rede de apoio existente;
3. Publicizar o PEEHV e suas ações, por meio da mídia, web,
eventos, entre outros;
4. Subsidiar organizações governamentais e não governamentais,
entidades de classe, associações e comunidades, de abrangência
municipal, com informações sobre o Plano e suas ações;
5. Promover e realizar eventos (mutirões) que propiciem a
facilitação de acesso a recursos diagnósticos;
6. Realizar pesquisas, qualitativas e quantitativas, a cada etapa do
processo de mobilização social do Plano, criando indicadores para
o monitoramento e avaliação das ações.

Ação Metas Responsável/parceir


os
-Sensibilizar
gestores públicos
para a importância
da difusão da
informação,
mobilização social e
Comitê
comprometimento
com o
enfrentamento das
Hepatites Virais nos
níveis estadual e
municipal
Elaborar, - 2 novos materiais
confeccionar e didático-
editar materiais instrucionais,
didático- direcionados a
comunicacionais públicos distintos,
sobre Hepatites elaborados e
Virais, direcionados publicados por ano; SES, SEDUC,
à população em - Distribuição de Ministério da
geral, aos material informativo Saúde, etc.
profissionais de em ao menos 5
saúde, de grande eventos
educação, de comunitários par
comunicação social ano;
e aos grupos
vulneráveis
Promover e - Uma capacitação SES, SEDUC, ONGs,
organizar cursos, dos profissionais da Sociedades
encontros, fóruns, mídia (capital e Científicas;
seminários, interior) realizada
palestras e outros por ano;
eventos com - Um grande evento
enfoque nas ações por ano realizado
preventivas de no mês de maio; parcerias FAMURS,
Hepatites, dirigidas
ASSEDISA,
aos diversos
UNDIME,
públicos-alvo, bem
como fornecendo
orientações sobre a
rede de apoio
existente
Publicizar o PEEHV - Uma capacitação
e suas ações, por dos profissionais da
meio da mídia, mídia (capital e
web, eventos, entre interior) realizada
outros por ano;
- inserção na
grande mídia
GARANTIR O ACOMPANHAMENTO INTEGRAL E
INTERSETORIAL DO PORTADOR DE HEPATITE VISANDO A
MELHORIA DE SUA QUALIDADE DE VIDA

Introdução
O paciente portador de Hepatite Viral, especialmente nas
formas crônicas, apresenta, além das vicissitudes próprias da
enfermidade e de seu tratamento, carências decorrentes da atual
situação social do país e da organização do sistema de saúde.
Tais dificuldades se refletem na qualidade de vida, sendo
fator de diminuição da auto estima e do bem estar individual e
familiar.
O amplo e profundo conjunto de mudanças sociais e
econômicas, que a sociedade vem apresentando implica num novo
equacionamento da responsabilidade de participação dos diversos
segmentos sociais, na busca de soluções para questões como
melhoria de qualidade de vida.
As Organizações não Governamentais devem somar esforços
com instituições governamentais, empresariado e entidades de
saúde profissional na busca de alternativas que venham minimizar
as carências destes pacientes portadores de hepatites, garantindo-
lhes a manutenção do seu bem estar, aumento da qualidade de
vida através de melhores serviços a serem prestados por um
segmento altamente representativo e importante em nossa
comunidade.
Temos hoje no RS 15 Organizações Não Governamentais
que se preocupam em apoiar estes pacientes , assim como em
articularem-se com as entidades públicas na busca de uma melhor
assistência.

JUSTIFICATIVA
A estruturação de uma rede de atenção aos pacientes
portadores de hepatite implica em uma grande articulação dos
serviços públicos com o terceiro setor. Constata-se a necessidade
de ampliação, qualificação e requalificação profissional da Área da
Saúde, bem como à criação de centros previamente
identificados por zoneamento, voltadas a incentivar o potencial
das necessidades do portador.

Objetivo Geral
Oferecer melhor qualidade de vida bem como restabelecer sua
dignidade quanto cidadão, através de garantias de
acompanhamento integral e intersetorial do portador.

Objetivos Específicos

Articular as ONGs voltadas para as Hepatites Virais com a rede


assistencial, por intermédio do PECVHV e das unidades de média
e alta complexidade.
Apoiar a articulação entre as ONGs envolvidas.
Apoiar programas específicos de apoio a pacientes portadores de
Hepatite Viral
Produzir material educativo sobre Hepatites Virais.

Indicadores de Avaliação
Número de ONGs articuladas com a coordenação do PECVHV.
Número de programas de apoio desenvolvidos.
Cobertura de apoio por Centro de Referência ou CAMMI.
Número de pacientes em programas de apoio.
Número de reuniões de ONGs realizadas.
Número de publicações editadas/ano.
AMPLIAR O ACESSO AOS TRANSPLANTES HEPÁTICOS,
GARANTINDO A MEDICAÇÃO NECESSÁRIA

Introdução

O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de


transplantes de órgãos e tecidos do mundo. A demanda anual de
transplantes hepáticos é estimada em 4.160.
A hepatite B apresenta a tendência de cronificar em
aproximadamente 5% a 10% dos indivíduos adultos infectados.
Em torno de 20 na 25% dos casos crônicos com evidência de
replicação viral evoluem para doença hepática avançada (cirrose e
hepatocarcinoma).
A cronificação ocorre em 70% a 85% dos casos de hepatite C,
sendo que, em média, um quarto a um terço destes pode evoluir
para formas graves ou cirrose em 20 anos , se não houver
intervenção terapêutica. A infecção pelo HCV já é a maior
responsável por cirrose e transplante hepático no Mundo
ocidental.
O Programa Nacional de Hepatite Virais define protocolos de
tratamento que devem ser providos pelos gestores por intermédio
dos serviços de média e alta complexidade.
As compet~encias nos diferentes níveis de atendimento devem
ser adaptadas às realidades regionais em função da organização
dos serviços na área.
A Constituição Federal do Brasil define, em seu artigo 196 que a
saúde é um direito de todos e dever do Estado, garantido
mediante políticas sociais e econômicas, que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e
recuperação. As ações e serviços públicos de saúde integram uma
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:
descentralização, atendimento integral, e participação da
comunidade, nos termos do artigo 198 da Constituição Federal.
Justificativa

A lista de espera para transplantes de fígado no Estado encontra-


se em cerca de 300 pacientes, havendo carência de captação de
órgãos, embora haja capacidade instalada potencial nos serviços
de alta complexidade.
A captação de órgãos no Estado mostra uma tendência
decrescente, evidenciando a necessidade de política mais
adequada para que se retome a condição de liderança já
vivenciada.
Solucionar conflitos de direitos no acesso à assistência
farmacêutica tem adquirido relevância entre as preocupações no
âmbito da saúde pública, o que se evidencia pelo número
crescente de ações judiciais.

Objetivo Geral

Assegurar a correta aplicação dos protocolos de tratamento das


Hepatites virais, garantindo o acesso aos serviços públicos a todo
paciente de acordo com as indicações médicas.

Objetivos Específicos
Ampliar o acesso aos transplantes hepáticos.
Diminuir do número de pessoas em lista de espera por órgão no
RS,
Elevar o número de doadores de órgãos no Estado.
Garantir o acesso e uso racional de medicamentos pelos
pacientes.
Manter os protocolos clínicos atualizados de acordo com o PNHV.
Garantir a correta aplicação dos Protocolos clínicos pela rede
assistencial.
Descentralizar e agilizar os processos de dispensação de
medicamentos.

Indicadores de Avaliação

Percentual de doações de fígado.


Cobertura de transplantes.
Número de pacientes em lista de espera/mês para tratamento
medicamentoso e para transplantes.
Percentual de pacientes com indicação terapêutica em tratamento.
SANEAMENTO BÁSICO E PREVENÇÃO DA HEPATITE A

Introdução

Saneamento é o conjunto de medidas, visando a preservar


ou modificar as condições do meio ambiente com a finalidade de
prevenir doenças e promover a saúde.
Saneamento básico se restringe ao abastecimento de água e
disposição de esgotos, mas há quem inclua o lixo nesta categoria.
Outras atividades de saneamento são: controle de animais e
insetos, escolas, locais de trabalho e de lazer e habitações.
Normalmente qualquer atividade de saneamento tem os
seguintes objetivos: controle e prevenção de doenças, melhoria da
qualidade de vida da população, melhorar a produtividade do
indivíduo e facilitar a atividade econômica.
O sistema de esgotos existe para afastar a possibilidade de
contato de despejos, esgoto e dejetos humanos com a população,
águas de abastecimento, vetores de doenças e alimentos. Ajuda a
reduzir despesas com o tratamento tanto da água de
abastecimento quanto das doenças provocadas pelo contato
humano com os dejetos.
Existem mais de 100 doenças relacionados ao Saneamento
básico, entre as quais destacam-se a HEPATITE A, a cólera, a
amebíase, vários tipos de diarréia, peste bubônica, meningite,
pólio e a leptospirose.
Apesar de todo o conhecimento da relação entre
saneamento básico e saúde, o tratamento de esgoto é reduzido.
Segundo avaliação da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a se
manter o atual nível de investimento em obras, o País só
conhecerá a universalização do acesso ao esgoto tratado em
2122.
Embora o risco de infecção pelo vírus da hepatite A, seja
alto em todas as Regiões do país, pode-se presumir que, de modo
semelhante às outras doenças de transmissão fecal-oral, as áreas
menos desenvolvidas apresentem risco ainda mais elevado.
Todas as cidades do RS apresentam grande déficit de
serviços de esgotamento sanitário, baixa universalização do
atendimento e falta de Estação de Tratamento de Esgoto (ETE),
pois as redes coletoras atendem apenas uma parcela da
população urbana e a capacidade das ETEs é muito limitada. Por
isso as águas residuais poluídas são despejadas sem tratamento
nos mananciais, rios, lagos e no mar. (Dal Maso,2008,FEE).
Segundo o IBGE (2009) apenas 18,1% dos domicílios
gaúchos têm rede de esgoto e 35,8% com fossa séptica ligada a
esta rede. A coleta de lixo ocorre em 91,7% dos domicílios e a
rede de abastecimento de água em 85,7% dos domicílios.
A Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2008 mostra
o Rio Grande do Sul no ranking dos 10 estados brasileiros com
pior tratamento de esgoto nos municípios. Apenas 15,1% das
cidades gaúchas contavam com o serviço em 2008.

Justificativa

O Saneamento Básico é forma efetiva de prevenir a Hepatite


A, constituindo-se o déficit de serviços de esgotamento sanitário
no Estado fator de estímulo à transmissão da doença.
Disponibilidades de financiamento público existem, devendo
ser desenvolvidos projetos municipais adequados.

Objetivo Geral

Aumentar a cobertura de saneamento básico no Rio Grande


do Sul com vistas a prevenir a hepatite A.
Objetivos Específicos

Conscientizar os gestores municipais quanto à importância do


Saneamento Básico na prevenção da Hepatite A.
Estimular o desenvolvimento de Projetos municipais de
saneamento.
Desenvolver práticas de Educação Ambiental.

Indicadores de Avaliação

Eventos realizados.

Publicações editadas.

Cobertura de Esgoto Sanitário Tratado.

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