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Material Teórico
Sistema Linfático
Revisão Textual:
Prof. ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Sistema Linfático
• Introdução;
• Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático;
• Formação da Linfa;
• Mecanismo de Transporte da Linfa;
• Edema;
• Alterações do Sistema Linfático no Pós-operatório;
• Drenagem Linfática Manual.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Analisar e compreender o envolvimento do Sistema Linfático nas Cirurgias Estéticas e
como a drenagem linfática auxilia o seu funcionamento.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de
aprendizagem.
UNIDADE Sistema Linfático
Introdução
Desejo que você aproveite e desfrute de todo este Material, que foi elaborado
para aperfeiçoar ainda mais seus conhecimentos e proporcionar a formação de
ótimo profissional.
Toda vez que ouvir sobre cirurgias estéticas, você deverá lembrar-se da im-
portância e da relação do Sistema Linfático com esse assunto, pois ele estará
presente tanto na recuperação geral, já que é um Sistema que produz células de
defesa, principalmente, os linfócitos, considerados verdadeiros sentinelas da imu-
nidade, quanto está envolvido, também, nos acontecimentos do pós-operatório,
principalmente no edema.
Reabsorve dos interstícios líquido e produtos que interagiram com o meio ex-
tracelular. Esse líquido é denominado linfa, passa pelos linfonodos, é filtrado e
recebe células de defesa, funcionando como uma “lixeira” do organismo.
Para entender esse funcionamento, precisamos primeiramente conhecer as es-
truturas que compõem esse Sistema.
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• Vaso Linfático Eferente: Carrega a linfa filtrada;
• Troncos Linfáticos: Vasos de maior calibre;
• Ductos Linfáticos: São dois, responsáveis por coletarem toda a linfa do corpo
e se comunicarem com as veias subclávias.
Figura 1
Fonte: Getty Images
Linfonodos
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UNIDADE Sistema Linfático
Válvulas de linfa
Células de Linfoma
(câncer)
Artéria
Veia
Vaso linfático
Linfonodo
Figura 2
Fonte: Adaptado de Getty Images
Os troncos linfáticos surgem a partir dos vasos eferentes, que são vasos calibro-
sos que drenam regiões específicas do corpo, correspondentes à sua nomenclatura:
• Troncos lombares;
• Tronco intestinal;
• Troncos broncomediastinais;
• Troncos subclávios;
• Troncos jugulares e descendentes intercostais.
Observe que eles se concentram em algumas áreas, como a região das axilas, a
região inguinal, a fossa poplítea e, principalmente, na região do pescoço.
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Amígdalas
Timo
Sistema
Plexo Nodo Linfático Linfático
Mamário Axilar
Baço
Duto
Torácico
Linfonodo
Nodo Linfático
Intestinal Intestino
Delgado
Intestino
Grosso
Fluido
Vaso Tissular
Apêndice Linfático
Medula Fluido
Linfonodo Óssea Tissular
Inguinal Fluido
Tissular
Fluido
Tissular
Linfonodo
Figura 3
Fonte: Adaptado de Getty Images
Formação da Linfa
A linfa é formada a partir dos produtos do filtrado do capilar arterial pelos produ-
tos gerados por meio do metabolismo celular, ou seja, o material de descarte celu-
lar, e pelo líquido do interstício. Quando esse líquido penetra os capilares linfáticos,
passa a ser chamado de linfa.
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UNIDADE Sistema Linfático
Vale ressaltar, que as cirurgias plásticas rompem muitos dos capilares linfáti-
cos, o que torna a captação e a filtragem da linfa mais lenta, levando à formação
de edema.
Venule
As paredes dos capilares linfáticos são Arteríola
formadas por células endoteliais, que se
comportam como escamas de peixes
“abrindo” para a filtragem de moléculas Sangue Sangue
para o interior do capilar. Quem estimu-
la essa abertura são os filamentos de an-
coragem. Guarde essa informação, pois Fluido
quando falarmos de drenagem, você pre- Intersticial
Capilar
cisará desse conceito. Linfa Linfático
Mecanismo de Figura 4
Fonte: Adaptado de Getty Images
Transporte da Linfa
Diferentemente do Sistema Venoso, o Sistema Linfático não tem uma bomba
como o coração.
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O estímulo mais importante para a contração é o aumento de volume com
distensão de sua parede, mas há outros estímulos que os acionam, como estí-
mulos alfa-adrenérgicos, movimentos ativos e passivos, batimento arterial contra
sua parede, entre outros. Suas contrações permitem alcançar pressões entre 10 a
55mmHg, podendo atingir 120mmHg nos membros inferiores.
Essas pressões demonstram por que a maioria das técnicas de drenagem linfá-
tica manuais mantém a pressão das mãos entre 30 a 40 mmHg, pois a intensão é
“imitar” um linfângion.
Explor
Qual a importância das válvulas no Sistema Linfático? Você terá a resposta na videoaula
Explor
desta Unidade.
Edema
Refere-se ao grande acúmulo de
líquido nos espaços intercelulares ou
nas cavidades do organismo. Macros-
copicamente, o edema apresenta-se
como aumento de volume dos tecidos
que cedem facilmente à pressão loca-
lizada, dando origem a uma depres-
são que rapidamente desaparece.
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UNIDADE Sistema Linfático
Alterações do Sistema
Linfático no Pós-operatório
Nas cirurgias estéticas, os capilares venosos e linfáticos, assim como os vasos,
são lesados durante o procedimento, seja pelas incisões cirúrgicas, seja pela cânula
de aspiração. Dessa forma, o Sistema Linfático tem sua homeostase prejudicada e,
assim, nossa atuação torna-se imprescindível.
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Figura 6
Fonte: Getty Images
Uma outra alteração comum é a equimose, manchas arroxeadas que vão mu-
dando de cor até desaparecem, decorrentes do extravasamento de sangue dos va-
sos de pequeno calibre que são lesionados durante a cirurgia.
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Após Vodder, outros foram modificando a técnica e até a incorporando em di-
versos tratamentos médicos. Dentre eles, Foldi, Leduc, Godoy & Godoy desenvol-
veram outras manobras manuais, acessórios, associaram exercícios e bandagens.
Albert Leduc foi aluno de Vodder e, por meio da linfocintigrafia, demonstrou
as variações do fluxo de proteínas plasmáticas na circulação linfática, utilizando
técnicas de D. L. M, bandagens e outros dispositivos intermitentes de compressão.
O importante é você saber que, independente da técnica aplicada, a fisiologia
sempre deve ser respeitada e também alguns preceitos para a execução.
Hoje em dia, existem diversas técnicas no Mercado, e todas as citadas contri-
buíram para o aperfeiçoamento.
A drenagem pode ser realizada de forma sistêmica, ou seja, no corpo todo, ou
então, nas áreas mais afetadas pelo edema. Nas videoaulas das Unidades subse-
quentes, teremos demonstração prática para tornar mais dinâmico o aprendizado.
O objetivo da técnica é direcionar o fluido linfático de vias edemaciadas para
os linfáticos saudáveis, livres de edema. A linfa é, então, drenada de volta para a
circulação por meio de rotas alternativas.
Ela atua no deslocamento de proteínas extravasadas para serem reabsorvidas,
equilibrando as pressões hidrostáticas e tissulares, diminuindo o edema.
Pode ser iniciada após 48 horas da cirurgia, mas só pode ocorrer depois da au-
torização médica. Mesmo com drenagem, o edema pode persistir, pois ele também
está relacionado a outros fatores como secreção de cortisol liberado no processo
inflamatório e também ao reparo tecidual e cicatricial.
Os cuidados mais importantes devem ser:
• Velocidade de deslizamento, pois a linfa é carregada para os linfonodos e eles
funcionam como filtros que limitam a velocidade de passagem;
• Pressão exercida entre 30 a 40 mmHg;
• Conhecimento anatômico dos linfonodos e do trajeto linfático.
No caso da drenagem no pós-operatória, ela é um pouco diferente da drenagem
tradicional, pois, em algumas regiões, teremos cicatrizes e também o comprometi-
mento da malha linfática. Daí a necessidade de realizar a drenagem reversa, sempre
buscando o melhor trajeto para a linfa.
Qualquer aumento da velocidade ou da pressão exercida pode acarretar a le-
são do vaso ou do linfonodo. As manobras são suaves e superficiais, não havendo
compressão muscular.
As manobras que serão realizadas são as de evacuação, cuja função é estimular
os linfonodos e as de captação, que leva a linfa para ser filtrada. Dentre elas, utili-
zaremos bombeamentos e braceletes e círculos:
• Evacuação: é a transparência dos líquidos captados longe da zona de captação
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Linfonodos
Mamilo
Figura 10
Fonte: Adaptado de Getty Images
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Nessa imagem, podemos observar os linfonodos da região axilar, muito impor-
tantes para a drenagem das mamas e da porção superior do abdômen.
A drenagem pode ser realizada a seco ou com auxílio de cosméticos, caso seja
com cosméticos, a quantidade deve ser mínima para que tenha atrito na pele e não
um deslizamento profundo, pois dessa forma iremos estimular os filamentos de
ancoragem.
Figura 12 – Esquema de direção da linfa. As manobras de drenagem devem respeitar esse trajeto
Fonte: Getty Images
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Edema e linfedema
http://bit.ly/2ImSRpx
Livros
Reabilitação Linfovenosa
GODOY, J. M. P; BELZACK, C. E. Q, GODOY, M. F. G. Reabilitação Linfovenosa.
Rio de Janeiro: Di Livros, 2005.
Leitura
A eficácia da drenagem linfática
http://bit.ly/2IiLFLc
Análise comparativa das técnicas de drenagem linfática manual: Método Vodder e Método Godoy & Godoy
http://bit.ly/2Ioao0C
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Referências
GODOY, J. M. P; BELZACK, C. E. Q, GODOY, M. F. G. Reabilitação Linfovenosa.
Rio de Janeiro: Di Livros, 2005.
Sites visitados
<https://www.lymphoedemasupportni.org/sites/default/files/lymph%20book%20
pink.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019.
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