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Profa. Esp.
Geisla Aparecida Maia Gomes
Graduada em Engenharia Civil pelo Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS. Graduada em
Licenciatura Plena em Matemática pela Universidade Vale do Rio Verde - UNINCOR. Mestranda
em Estatística Aplicada pela Universidade Federal de Alfenas – UNIFAL. Pós-graduada em Ma-
temática e Estatística pela Universidade Federal de Lavras - UFLA. Pós-graduada em Física pela
Universidade Federal de Lavras - UFLA. Pós-graduada em Gestão Educacional pela FACECA.
Pós-graduada em Design Instrucional pela Universidade Federal de Itajubá - UNIFEI. Pós-gradu-
ada em Metodologias Ativas pelo Centro Universitário do Sul de Minas - UNIS, Pós-graduanda
em Engenharia de Estruturas pelo Centro Universitário do Sul de Minas - Unis. Pós-graduanda
em Geoprocessamento e Georreferenciamento pela UCAMProminas. Atualmente atua como
professora da Escola Estadual Coração de Jesus, como Engenheira Civil na empresa G&G En-
genharia Civil e como professora na Unidade de Gestão da Educação a Distância do Unis-MG.
48 p.
Unis EaD
Cidade Universitária – Bloco C
Avenida Alzira Barra Gazzola, 650,
Bairro Aeroporto. Varginha /MG
ead.unis.edu.br
0800 283 5665
5
Caríssimo(a),
Podemos entender o termo “topografia” como uma descrição minuciosa de algum lu-
gar. De fato, vem do grego, língua na qual topos significa lugar ou região e grafia significa es-
crever. Então, a topografia é a ciência geográfica que estuda os chamados acidentes do relevo,
especificando suas localizações e situações na superfície terrestre. A topografia também pode
estudar as superfícies de corpos celestes como luas, planetas e asteroides.
Dessa forma, a topografia é uma ferramenta fundamental para a ciência cartográfica,
pois analisa detalhadamente medidas de área, perímetro, altitude, variações do relevo, orien-
tação, entre outros aspectos que auxiliam na construção de cartas topográficas com maior
verossimilhança.
Antes de desenvolver qualquer projeto de construção civil, faz-se necessário realizar
um levantamento topográfico, que mede perímetros e a área total do terreno disponibilizado
para a execução da obra. Através do estudo da topografia do terreno, o engenheiro responsá-
vel pela obra consegue visualizar melhor as imperfeições e declives, identificando a necessida-
de de aterros e se o projeto é viável para a empresa, evitando desperdício de dinheiro.
Sendo assim, espero que vocês aproveitem da melhor forma a disciplina, notando a
importância do estudo Topográfico para as edificações em geral.
Ótimo curso!
Abraço,
Profª Esp. Geisla Ap. Maia Gomes
Ementa
Cálculo de áreas. Planilha de cálculo das coordenadas dos vértices de uma po-
ligonal. Coordenadas. Desenho por coordenadas. Emprego de programas apli-
cativos de topografia. Altimetria. Elevações e acidentes topográficos. Curvas de
nível. Métodos de nivelamento. NBR 13133/94 - Normas p/ topografia. Locação
de obras de engenharia. Noções de aerofotogrametria. Emprego da topografia
em projetos de uso, ocupação e parcelamento do solo.
Orientações
Ver Plano de Estudos da disciplina, disponível no ambiente virtual.
Palavras-chave
Topografia, Altimetria e Curva de Nível.
Unidade I - Revisão em Topografia I 12
1. Introdução 12
1.1. Levantamento Topográfico 12
1.2. Divisões da Topografia 13
Unidade II - Altimetria 16
2. Introdução 16
2.1. Conceitos 16
2.1.1. Nivelamento Topográfico 17
2.2. Termos Técnicos 18
2.2.1. Vertical Local 18
2.2.2. Plano Horizontal Local 18
2.2.3. Nível Médio dos Mares 19
2.2.4. Geoide Terrestre 20
2.2.5. Elipsoide Terrestre 20
2.2.6. Altitude Ortométrica e Cota 23
2.2.7. Ponto Cotado 23
2.2.8. Plano Cotado 24
2.2.9. Referência de Nível Local - RNL 24
2.2.10. Plano de Referência Local - PRL 25
2.2.11. Superfície de Nível Verdadeiro – PRL 25
2.2.12. Superfície de Nível Aparente - SNA 26
2.2.13. Referência de Nível Verdadeiro - RNV 26
Unidade III - Nivelamento Topográfico 28
3.1. Introdução 28
3.2. Nivelamento Topográfico 28
3.2.1. Nivelamento Estadimétrico 28
3.2.1.1. Procedimento de Campo 30
3.2.1.2. Transporte de Cota 31
3.2.1.3. Fontes de Erros no Nivelamento Estadimétrico 32
3.2.2. Nivelamento Geométrico 33
3.2.2.1. Nível Óptico 34
3.2.2.2. Nivelamento de Dois Pontos 35
3.2.2.3. Levantamento Topográfico de um Perfil 36
3.2.3. Nivelamento Trigonométrico 40
3.2. Levantamento Planialtimétrico 42
3.2.1. Cálculo das Distâncias Horizontais – DH 42
3.2.2. Cálculo das Diferenças de Nível – DN 43
3.2.3. Cálculo de Cota da Estação 43
3.2.4. Cálculo de Cota dos Demais Pontos – Cpn 43
3.2.5. Cálculo das Coordenadas Retangulares Parciais (xi; y1) 44
3.2.6. Cálculo das Coordenadas Totais 45
3.2.7. Cálculo Analítico da Área 46
3.3. Desenho da Planta 46
3.3.1. Desenho da Planta 46
3.3.2. Desenho da Planta 47
I Unidade I -
Revisão em
Topografia I
Objetivos da Unidade
• Revisar o conteúdo estudado em Topografia I;
• Introduzir ao aluno o conhecimento teórico de levanta-
mento topográfico, suas necessidades e aplicações.
Unidade I - Revisão em Topografia I
1. Introdução
De acordo com a NBR 13133 (ABNT,1991,P.3), Norma Brasileira para execução de Le-
vantamento Topográfico, ele pode ser definido como: “Processo realizado através de medições
de ângulos horizontais e verticais, de distâncias horizontais, verticais e inclinadas e com ins-
12
trumentação adequada para implantação e materialização dos pontos de apoio no terreno,
determinando suas coordenadas geográficas. A estes pontos se relacionam os pontos de de-
talhe visando a sua exata representação planimétrica numa escala pré-determinada e à sua
representação altimétrica por um intermédio de curvas de nível, com equidistância também
pré-estabelecida e/ou pontos cotados”.
De acordo com BRINKER; WOLF (1977), o trabalho prático de Topografia pode ser dividi-
do em cinco etapas:
Em Topografia I, foi estudado a parte da planimetria, junto com o cálculo dos Azimutes
e Coordenadas parciais e totais, em Topografia II será estudado a altimetria.
A Topografia comporta duas divisões principais, a planimetria e a altimetria (BORGES, 2013).
Na planimetria são medidas as grandezas sobre um plano horizontal. Essas grandezas
são as distâncias e os ângulos, portanto, as distâncias horizontais e os ângulos horizontais. Para
representa-las, teremos de fazê-lo por meio de uma vista de cima, e elas aparecerão projetadas
sobre um mesmo plano horizontal. Essa representação chama-se planta, portanto a planime-
tria será representada na planta (Figura 1)
13
Figura 1 - Representação dos ângulos horizontais.
Para altimetria, fazemos as medições das distâncias e dos ângulos verticais (Figura 2)
que, na planta, não podem ser representados (exceção feita às curvas de nível, que serão vistas
mais adiante). Por esta razão, a altimetria usa como representação a vista lateral, ou perfil, ou
corte, ou elevação; os detalhes da altimetria são representados sobre um plano vertical. A úni-
ca exceção é constituída pelas curvas de nível, que, embora sendo um detalhe da altimetria,
aparecem nas plantas.
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II Unidade II -
Altimetria
Objetivos da Unidade
• Adquirir conceitos básicos em altimetria;
• Tomar conhecimento sobre nivelamento topográfico;
• Obter conhecimentos em alguns termos técnicos de alti-
metria.
Unidade II - Altimetria
2. Introdução
2.1. Conceitos
O que é Altimetria? De acordo com Silva (2002), a Altimetria é a parte da topografia que
estudas os métodos e instrumentos empregados na determinação da variação do relevo do
terreno e de sua representação gráfica.
Estudar o relevo consiste em determinar a inclinação e a forma das vertentes e das en-
costas, determinar a altura e a forma das elevações, a profundidade das depressões, indepen-
dentes de seus tamanhos, bem como analisar as leis que regem a conformação topográfica da
crosta terrestre.
Um dos empregos do conhecimento da altimetria, é determinar as diferenças de alturas
(diferença de nível – DN ou DV) entre dois pontos do terreno, chamado de Nivelamento Topo-
gráfico (Figura 03).
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Figura 3 - Esquema de diferença de nível entre dois pontos
Fonte: www2.uefs.br
• Nivelamento geométrico é o que permite uma maior precisão nos resultados. É reali-
zado com aparelho projetado especificamente para nivelar pontos topográficos – nível
óptico. Este método de nivelamento fundamenta-se no princípio de que a distância ente
dois planos paralelos é a mesma em qualquer posição dos planos. Neste método mede
apenas as distâncias entre as retas.
• Nivelamento estadimétrico baseia-se no princípio da estadimetria. O principal instru-
mento usado é o teodolito. É aplicado quando não se exige grande precisão no nivela-
mento e é ideal para levantamento altimétrico em áreas com relevo mais acidentado
visando obter informações aproximadas do elevo que serão usadas em planejamentos
de obras ou da exploração da área.
• Nivelamento trigonométrico baseia-se no princípio da trigonometria. É ideal para de-
terminar a altura de pontos de difícil acesso ou incessíveis, como exemplo o pico das
17
montanhas, copa de árvore etc. Para fazê-lo, usa-se a estação total.
https://www.youtube.com/watch?v=XQ2fRW7y4yM
Segundo Barreto (2016), é o prolongamento de uma reta que passa pelo centro da ter-
ra e pelo ponto considerado. É também conhecida como “vertical do observador” e pode ser
materializada, no campo, pela direção do fio de prumo quando o instrumento estiver correta-
mente estacionado, mostrado na Figura 04.
Fonte: www.topografiageral.com
18
tical, como especificado pela Figura 05.
Figura 5 - Esquema de um plano horizontal local.
19
2.2.4. Geoide Terrestre
Geoide terrestre é uma superfície que envolve o globo terrestre e caracteriza-se por
apresentar pontos sujeitos à mesma ação da gravidade padrão universal (9,81 m/s2). Na verda-
de, o Geoide é uma superfície ondulada; parecida com a superfície de um lago após a queda
de uma pequena pedra no seu interior, Figura 07. Praticamente se confunde com o prolonga-
mento do nível médio dos mares para o interior dos continentes. Em qualquer ponto do globo
terrestre. Em qualquer ponto do globo terrestre, o geoide será sempre perpendicular à vertical
local. A superfície definida pelo Geoide Terrestre é a superfície referência para o cálculo das
Altitudes Ortométricas dos diferentes pontos do relevo terrestre (Barreto 2016).
20
A maior elevação conhecida é o pico Everest, na Cordilheira do Hi-
malaia-Ásia, com 8.838 m e a maior depressão é a Fossa Mariana com
11.022m, junto das Ilhas Marianas, costa do Chile, no Oceano Pacífi-
co. Diante de uma análise menos exigente, a maior rugosidade “r” da
crosta terrestre (r=11.022m / 6.371.239m:. R = 0,017%) pode ser considerada desprezível
diante de 6.371.239 m do raio médio terrestre.
Ainda não se conseguiu ajustar uma equação matemática que represente, com per-
feição, a superfície terrestre, até porque ela sofre alterações constantemente devido às on-
dulações geoidicas periódicas. A figura geométrica que mais se aproxima de sua forma real
desprezando sua rugosidade, é o elipsoide terrestre universal, que, por definição, representa a
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superfície de revolução gerada pela rotação completa, em torno do eixo polar, de uma elipse
construída a partir dos raios terrestres cujo eixo menor é a linha norte-sul (eixo da terra) e eixo
maior, a linha do equador. Elipsoide terrestre é a superfície de referência para o cálculo das
distâncias interplanetárias (Barreto, 2016). Por convenção internacional, o elipsoide terrestre
universal tem como características ter seu centro coincide com o centro da massa (centro da
gravidade) da terra e a coincidência do plano equatorial do elipsoide com o plano do equador
terrestre.
A compreensão do conceito de elipsoide terrestre para o estudo da altimetria passou
a ter importância fundamental após o advento das técnicas de uso de satélites artificiais para
trabalhos topográficos (planimetria e altimetria) mediante emprego de equipamentos conhe-
cidos como GPS (Global Position System), uma vez que os valores fornecidos (sem as devidas
conversões) por este sistema são referenciados ao Elipsoide Terrestre e não ao Geoide, Figura
08.
https://www.youtube.com/watch?v=WxOm1NGOxkM
22
2.2.6. Altitude Ortométrica e Cota
Fonte: www2.uefs.br
É um ponto que, em planta, traz sua cota inserida a seu lado; preferencialmente abaixo
de sua posição.
23
2.2.8. Plano Cotado
Uma planta planimétrica traz a cota dos pontos topográficos inserida sob suas respec-
tivas posições, como mostra a Figura 10.
Fonte: www2.uefs.br
24
Figura 11 - Plano de Referência
Fonte: topfumec.blogspot.com
É um plano horizontal ideal que passa a uma profundidade (cota) “arbitrada” pelo to-
pógrafo, em relação a uma RNL. Serve de origem (cota zero) para o cálculo das variações locais
do relevo do terreno. É sobre este plano que se faz a projeção ortogonal de todos os detalhes
levantados do terreno, é representado pelo RN na Figura 11.
É a superfície definida pelo Nível Médio dos mares ou o Geoide Terrestre, Figura 13. Fun-
ciona como “plano de referência” para as medidas das variações do relevo terrestre. O ponto de
altitude zero do Brasil fica no litoral Catarinense, na cidade de Imbituba.
Figura 12 - Nível Médio dos Mares
Fonte: www2.uefs.br
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III Unidade III -
Nivelamento
Topográfico
Objetivos da Unidade
• Conhecer as técnicas de nivelamento topográfico;
• Introduzir a parte teórica de cada técnica de nivelamento
• Realizar os cálculos da caderneta de campo, juntamente
com os cálculos das distâncias horizontais, Diferença de Ní-
vel, Cotas, Coordenadas retangulares Parciais e Totais;
• Fazer o desenho da planta planialtimétrica.
Unidade III - Nivelamento Topográfico
3.1. Introdução
Fonte: www2.uefs.br
hi
- tg α = : . S = DH . tg α (eq. 1)
DH
- DN + m = S + hi : . DN = S + hi – m (eq.2)
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Substituindo a equação 1 na equação 2, temos:
DN = DH . tgα + hi – m (eq. 3)
• DH = 115,6 m
• ângulo vertical α = 10°30’
• Fm = 1,55 m
• hi = 1,65 m
Solução:
DH = K . S cosα (eq.4)
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Onde, K = coeficiente estadimétrico = 100
S = estadimetria = Fs – Fi
α = ângulo vertical
a) Estacionar o teodolito sobre um dos pontos e medir a altura do instrumento (hi). Esta al-
tura refere-se à distância entre o ponto e o eixo horizontal da luneta (eixo secundário). Deve
ser medida com um instrumento apropriado para este fim, o bastão topográfico.
b) Visar a mira colocada na vertical sobre o outro ponto, anotar a leitura do limbo vertical,
bem como dos fios estadimétricos e fio nivelador, também é necessário indicar o sentido da
graduação do limbo vertical (zenital ou nadiral).
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Figura 15 - Exemplo de leitura em campo
Fonte: www.istock.com
• Escolher um local qualquer para estacionar o teodolito e cravar um piquete neste local.
Este ponto será conhecido como “estação”;
• Estacionar o teodolito sobre este piquete;
• Fazer Ré no ponto de cota conhecida e anotar as leituras da mira e do lombo vertical;
• Visar o ponto para onde se pretende transportar a cota e anotar as leituras do limbo
vertical e da mira;
• Calcular a diferença de nível entre a estação e a referência de Nível usada (DNes – rn);
• Calcular a cota da estação Ces, fazendo:
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• Calcular a DN entre a estação e ponto “Pn” pretendido (DNes – rn);
• Calcular a cota do ponto pretendido (cota transportada), fazendo:
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c) Erro devido à esfericidade terrestre: O erro cumulativo devido ao efeito da esfericidade
terrestre pode ser avaliado pela relação:
Assim, para se fazer um nivelamento geométrico não se mede ângulo vertical e sim
distâncias entre os planos paralelos. Para medir o desnível entre dois pontos quaisquer basta
medir, com uma régua graduada, a distância vertical entre os planos paralelos que contém
estes pontos. O instrumento utilizado para esse fim é o Nível Óptico (Figura 17), é também é
conhecido como nível de engenheiro ou nível de luneta.
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Figura 17 - Nível óptico
Fonte: www.istock.com
O nível óptico, Figura 18, é um instrumento constituído basicamente por das partes:
luneta estadimétrica e a base, que prende ao tripé, Figura 18. Além dessas partes, vários limbos
ópticos possuem também um limbo horizontal, o que lhes permitem medir ângulos horizon-
tais. Todavia, nenhum nível óptico apresenta limbo vertical. Logo, é impossível medir ângulos
verticais com este aparelho. A luneta estadimétrica, quando corretamente nivelada, descreve
um plano horizontal ao girar em torno do eixo vertical do aparelho.
A luneta do nível óptico é exatamente igual a de um teodolito. Possui um retículo for-
mado por um fio nivelador, ou fio médio (Fm), um fio vertical (fio alinhador) e dois fios estadi-
métricos, o fio inferior (Fi) e o fio superior (Fs). A leitura dos fios é representada pela Figura 18.
Figura 18 - Leitura dos fios estadimétricos
A Diferença de Nível (DN) entre dois pontos pode ser determinada a partir de dois pro-
cedimentos: A) Nível estacionado sobre um dos pontos; B) Nível estacionado em um lugar
qualquer.
Fonte: estagionaobra.blogspot.com
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um plano horizontal, o qual chamamos de Plano da Luneta – PL, que intercepta perpendi-
cularmente a Mira Topográfica colocada sobre os pontos RNL, P0, P1, P2, ... , PN.
O ponto de partida é RN1 (RN local), por isso é considerado como Ré. As leituras de mira
em P0, P1, P2 , ... , PN são consideradas leituras de vantes V0, V1, V2, , ... , VN. Nessas condições, a
DN entre os pontos P0, P1, P2, ... , PN será dada pela diferença de leitura do Fm nestes respec-
tivos pontos, Logo, a DN entre P0 e P1 será: V0 – V1.
Fonte: estagionaobra.blogspot.com
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Figura 21 - M arcação do ponto inicial e dos vértices.
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de vante e assim sucessivamente até terminar todo o estaqueamento.
e) Cálculo da caderneta de campo:
Para seu cálculo, é aconselhável adotar uma sequência:
a) Caso o ponto de partida (Ré) não seja um ponto de cota conhecida (RN local), adotar
uma cota qualquer para este ponto, 10,00 m, por exemplo;
b) Calcular a cota do plano da luneta da 1º estação – PL1, fazendo:
PL1 = Cré – Fm
e) Verificar se o cálculo da caderneta está correto. Se não houver erro de cotas no cálculo
da caderneta, a condição seguinte deve ser:
Cf – Ci = ∑Ré - ∑Vn
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Tabela 1 - Caderneta de campo do nivelamento. Os dados em vermelho, são os calculados, e os de preto, os
adquiridos em campo.
Cf – Ci = ∑Ré - ∑Vn
8,000 – 10,000 = (0,200+2,530+2,660) – (1,900+3,300+2,190)
-2 = -2 (OK!)
https://www.youtube.com/watch?v=Ioox99cH6qA
DN = DH * tgα,
DN = DI * cos α
A Distância Horizontal – DH – entre a estação e cada ponto visado pode ser obtido apli-
cando-se a fórmula:
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DH = 100 * S * cos α
Adotada uma cota para o RNL (no caso 10,00) e calculada a DN entre a Estação e o RNL,
a cota da estação pode ser obtida pela relação:
Aplicando-se a fórmula:
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A Tabela 2, mostra exemplo de caderneta de campo para o cálculo das cotas.
PV DH DN COTA
Po ---- ---- 12,40
P1 80,0 -2,40 10,00
P2 86,0 -4,80 7,60
P3 105,2 +0,40 12,80
Fonte: Arquivo da autora
Imagine um par de eixos cartesianos passando pela estação, onde o eixo das Abcissas
coincida com a direção Leste-Oeste e o eixo das Ordenadas com a direção Norte-Sul. Com isso,
o par ordenado (x1; y1) de cada ponto visado pode ser obtido, respectivamente, pelas relações:
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Azm = 105º30’
DH: 86,0 m
x= 86,0 * sem(105º30’) = 82,87
y= 86,0 * cos(105º30’) = -22,98
Visando eliminar valores negativos encontrados para as coordenadas parciais (x1; y1),
recomenda-se calcular as coordenadas totais (X1; Y1) dos pontos. Para isto, adota-se um par
ordenado (X0; Y0)) para a estação, de tal forma de que todos os X e Y fiquem positivos. O par
ordenado de cada ponto será:
X = X0 + x1 Y = Y0 + y1
Seguindo este roteiro foram calculados os pares ordenados X1; Y1 dos pontos temos:
PV DH AZM x1 y1 X1 Y1
Po ---- ---- 150,00 100,00
P1 80,0 15º30’ 21,38 20,60 171,38 120,60
P2 86,0 105º30’ 82,87 - 21,80 232,87 28,20
P3 105,2 160°00’ 35,98 - 98,86 185,98 1,14
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3.2.7. Cálculo Analítico da Área
Após o cálculo das Coordenadas Totais dos pontos, pode-se facilmente chegar à área
do terreno, fazendo:
2S = ∑XNYN-1 + ∑XNYN=1
232,87*1,14 + 185,98*120,60)
2S = (195,37 + 28.084,12 + 5.244,64) – (4.850,05 + 265,47 + 22.429,19)
2S = 33.524,13 – 27.544,71
2S = 5.979,42
S = 5.979,42 / 2 S = 2.989,71 m2 S = 0,2 ha
Via de regra que o centro de irradiação e os pontos limites são plotados através de suas
coordenadas retangulares totais enquanto que os pontos de detalhes internos são plotados
por meio de suas coordenadas polares (a transferidor) ou pelas Coordenadas parciais.
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100∗(𝑋𝑋máx −Xmin ) 100∗(𝑌𝑌máx −Ymin )
lx = +5 ly = +5
𝐸𝐸 𝐸𝐸
100∗(232,87−185,98)
lx = + 5 = 10
1000
100∗(120,60−1,14)
ly = + 5 = 17
1000
Os pontos limites devem ser plotados através de suas Coordenadas retangulares Abso-
lutas (X1; Y1) e os pontos de detalhes podem ser plotados através de suas Coordenadas Polares
(DH; AZM) usando um transferidor e escalímetro. Desenhada a planta planimétrica, escrevem-
-se as cotas de cada ponto abaixo de suas respectivas posições, formando-se assim o plano
cotado da área, conforme ilustra a Figura 23.
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Figura 23 - Pontos cotados no terreno
Fonte: www.ebah.com.br