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INTRODUÇÃO
O primeiro passo para quem quer estudar consiste em reorganizar a vida de maneira
a abrir espaços para o estudo e planejar o melhor aproveitamento possível. (p. 22)
[...] Como pretende estudar quem não pode estudar? É um ser curioso o aluno que
pretende conciliar o estudo com a impossibilidade de estudar. (p. 22)
Às vezes nos iludimos pensando que entendemos tudo muito bem, mas, ao procurar
formular questões precisas sobre o assunto da aula e ao respondê-las por escrito,
percebemos que não conseguimos. E não vale a desculpa de que entendemos mas
temos dificuldade de expressão. Temos vocabulário e recursos suficientes para
exprimir tudo o que entendemos, embora nos faltem recursos para traduzir tudo o que
sentimos. Ninguém pode ter dificuldade de exprimir idéias claras e distintas; a
presença da dificuldade, pois, atesta que nossas idéias não estão tão claras e
distintas. Quando o aluno se prepara para aula e, por isso mesmo, aproveita-a ao
máximo, o trabalho de revisão torna-se fácil e não toma muito tempo. (pp. 25-26)
É muito importante guardar silêncio exterior para não distrair os outros e silêncio
interior para não distrair a si próprio. O silêncio interior consiste em deixar fora da sala
todo problema que nada tem a ver com a aula. (p. 29)
O silêncio exterior e o interior não devem ser entendidos como imposição externa,
mas como autodisciplina de alunos conscientes de sua necessidade. (p. 30)
Quando reina silêncio exterior e interior, quando a fantasia repousa e a boca se fecha,
o espírito se abre e a inteligência atua em melhores condições. (p. 30)
um argumento que a justifique, um exemplo que a elucide, uma analogia que a torne
verossímil e um fato ao qual ela se aplique são elementos de sustentação da ideia
principal. (p. 38)
O bom leitor não lê palavra por palavra, muito menos sílaba por sílaba; sua vista incide
sobre grupos de palavras; a pausa de reconhecimento deste grupo de palavras é
curta. Mas, esta habilidade é fruto de exercícios e da prática da leitura. (p. 42)
Não basta ler uma, duas, ou até três vezes o mesmo texto. É preciso parar para
analisá-lo, criticá-lo, discuti-lo, questioná-lo, anotá-lo, sublinhá-lo, retê-lo, refraseá-lo
mentalmente e, quando necessário, em resumos escritos; é preciso captar com
discernimento, analisar, associar, assimilar e reter com tenacidade, crescer através
do desenvolvimento interno e não por agregação ou amontoamento desordenado de
informações superficiais e assistemáticas. A leitura cultural é um trabalho de
garimpeiro; é um trabalho, não um passatempo ocioso. (p. 47)