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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS - EQA

LABORATÓRIO DE ENGENHARIA QUÍMICA IV

PROFª. DRA. CHRISTIANE SARAIVA OGRODOWSKI

SECAGEM COM ESCOAMENTO DO AR EM PARALELO

BEATRIZ BORGES GRILLO – 63542

MARCELLA LUIZE GAIO - 72843

RIO GRANDE/2019
ÍNDICE DE FIGURAS

Figura 1: Curva de secagem típica em condições constantes de secagem. .... 10


Figura 2: Curva da taxa de secagem típica em condições constantes de
secagem. .......................................................................................................... 11
Figura 3: Comportamento das curvas de secagem/tempo durante um
experimento a propriedades constante. ........................................................... 13
Figura 4: Vista frontal de um secador com escoamento do ar em paralelo. ..... 16
Figura 5: Amostras de arroz, farinha de milho e areia no interior do secador .. 22
Figura 6: Aparelho para a medição de temperatura de bulbo seco e bulbo úmido.
......................................................................................................................... 22
ÍNDICE DE TABELAS
NOMENCLATURA
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 6

2. OBJETIVO ................................................................................................... 7

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 8

3.1 SECAGEM DE SÓLIDOS ......................................................................... 8

3.2 CLASSIFICAÇÕES DOS SECADORES................................................... 8

3.3 PRINCÍPIOS DA SECAGEM .................................................................... 9

3.4 COMPORTAMENTO GERAL NA SECAGEM .......................................... 9

3.5 EQUIPAMENTOS PARA SECAGEM ..................................................... 14

3.5.1 Secadores de Bandeja ..................................................................... 14

3.5.2 Secadores indiretos de prateleiras a vácuo ..................................... 17

3.5.3 Secador de túnel contínuo ............................................................... 18

3.5.4 Secadores rotativos .......................................................................... 18

3.5.5 Secadores de tambor (drum dryers)................................................. 18

3.5.6 Secadores pulverizadores (spray dryers) ......................................... 19

3.6 EQUACIONAMENTO ............................................................................. 19

3.7 APLICAÇÃO INDUSTRIAL ..................................................................... 19

4. MATERIAIS E MÉTODOS ........................................................................ 21

4.1 MATERIAIS ............................................................................................ 21

4.2 MÉTODOS.............................................................................................. 21

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES .............................................................. 23

6. CONCLUSÃO ........................................................................................... 24

REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS ................................................................. 25


1. INTRODUÇÃO

A secagem refere-se ao processo de remoção de líquido de um sólido por


evaporação. Quando o calor necessário para evaporar a água é fornecido ao
material, ocorrem transferências simultâneas de calor, para evaporar o líquido,
e de massa, na forma de líquido ou de vapor dentro do sólido e na forma de
vapor a partir da superfície.

A secagem de sólidos é uma das mais antigas e usuais operações


unitárias encontradas nos mais diversos processos usados em indústrias
agrícolas, cerâmicas, químicas, alimentícias, farmacêuticas, de papel e celulose,
mineral e de polímeros. É também uma das operações mais complexas e menos
entendida, devido à dificuldade e deficiência da descrição matemática dos
fenômenos envolvidos de transferência simultânea de calor, massa e quantidade
de movimento nos sólidos, baseado em extensiva observação experimental e
experiência operacional.

Os secadores são escolhidos e projetados de modo a combinar da melhor


forma possível os fatores de custo e a qualidade do produto final. O fator custo
é norteado principalmente, pelos gastos com energia, que basicamente depende
das condições de secagem utilizadas, sendo função direta da umidade final do
produto e do tempo de secagem necessários. Os processos de secagem
geralmente são classificados em contínuos e descontínuos, e em relação à
circulação de ar durante a secagem (natural ou forçada).

Este trabalho aborda o tipo de disposição do escoamento do ar em


paralelo, sendo realizadas as secagem do arroz, farinha de milho e areia. Então,
a partir dos dados obtidos na prática determina-se os gráficos típicos de
secagem para a determinação dos parâmetros de umidade de equilíbrio, crítica
e transiente. Também determina-se a constante de secagem e a difusividade
efetiva.
2. OBJETIVO

A prática tem como objetivo verificar o comportamento de diferentes


materiais frente à operação unitária de secagem e através dela, a construção da
curva de velocidade de secagem do processo. Além de determinar
experimentalmente os valores da constante de secagem (K), a difusividade
efetiva (Def), umidade de equilíbrio (xe), umidade crítica (xc), transiente e o
tempo teórico de secagem. Ao final comparar os parâmetros do secador de
escoamento do ar em paralelo com o secador de fluxo perpendicular.
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 SECAGEM DE SÓLIDOS


A secagem é uma operação que visa reduzir a umidade de materiais,
mantendo ao máximo a sua qualidade. Uma boa secagem preserva a aparência
e a qualidade nutritiva do produto. Esta operação é normalmente feita em
secadores, sendo de vital importância a operação correta dos mesmos, pois
permite economizar tempo, mão-de-obra, combustível e reduzir os riscos de
incêndio. A umidade do produto após a secagem deve ser de acordo com os
valores recomendados para armazenagem.

Na secagem de alimentos este processo é importante, principalmente para


um armazenamento seguro do mesmo. Além disso, os alimentos são entidades
biológicas extremamente sensíveis à ação do calor e da temperatura, que
podem, quando excessivos, causar danos importantes nas características dos
mesmos. Alguns atributos de qualidade e funcionais dos alimentos podem ser
seriamente comprometidos pelas agressões térmicas.

A escolha do método de secagem e do tipo de secador depende de fatores


como o nível tecnológico do produto, a possibilidade de investimento, o volume
de produção, preços de mercado, as condições climáticas da região e a
disponibilidade de espaços livres. Uma boa secagem preserva a aparência e a
qualidade nutritiva do produto, sendo muitas vezes considerada a operação mais
importante de um processo industrial.

3.2 CLASSIFICAÇÕES DOS SECADORES


Não existe uma forma simples de se classificar os equipamentos de secagem.
Muitos secadores são contínuos e outros operam em batelada, muitos agitam o
sólido e outros são essencialmente não agitados. Operações com vácuo podem
ser utilizadas para reduzir a temperatura de secagem. Muitos secadores podem
ser manuseados para uma infinidade de matérias, enquanto outros possuem
limitações quanto à alimentação.

A maior divisão pode ser feita entre secadores em que o sólido é diretamente
exposto ao gás quente (normalmente ar), secadores em que o calor é transferido
para o sólido a partir de um meio externo, tal como vapor condensando,
usualmente através de uma superfície metálica com que o sólido entra em
contato, e secadores que são aquecidos por dielétricos, radiação, ou a energia
de micro-ondas. Secadores que espoem o sólido a um gás quente são chamados
de adiabáticos ou secadores diretos. Aqueles em que o calor é transferido de um
meio externo são conhecidos como não adiabáticos ou secadores indiretos.
Muitos modelos possuem mais de um modo de transferir calor, tal como o gás
quente mais superfície aquecida, ou gás quente mais radiação.

3.3 PRINCÍPIOS DA SECAGEM


Devido a grande variedade de materiais a serem secos no comércio de
equipamentos, e da quantidade de equipamentos a serem usados, não há uma
única teoria capaz de representar todos os materiais e equipamentos.

Entretanto, observa-se que dois fenômenos ocorrem simultaneamente


quando um sólido úmido é submetido à secagem.

 Transferência de energia (calor) do ambiente para evaporar a umidade


superficial. Esta transferência depende de condições externas de
temperatura, umidade do ar, fluxo e direção de ar, área de exposição do
sólido (forma física) e pressão.
 Transferência de massa (umidade) do interior para a superfície do
material e sua subsequente evaporação devido ao primeiro processo. O
movimento interno da umidade no material sólido é função da natureza
física do sólido, sua temperatura e conteúdo de umidade. Esse
processo manifesta-se sob um comportamento típico, que pode ser
observado na curva de secagem. Cada sólido possui uma curva
característica.

3.4 COMPORTAMENTO GERAL NA SECAGEM

O comportamento geral de um sólido úmido durante a secagem utilizando um


gás à uma determinada temperatura é sempre um certo tipo já esperado,
traçando um perfil típico sobre o teor de umidade no sólido. Imediatamente após
o contato da amostra e do meio secante, a temperatura do sólido ajusta-se até
atingir um regime permanente. Este período é conhecido como regime
transiente. As temperaturas no interior do sólido tendem ser iguais à temperatura
de bulbo úmido do gás. Uma vez que as temperaturas do sólido tenham atingido
a temperatura de bulbo úmido do gás, elas permanecem bastante estáveis e a
taxa de secagem também permanece constante. Este período de secagem é o
período de secagem a taxa constante, e termina quando o sólido atinge o teor
de umidade crítico (xc). Além desse ponto, a temperatura da superfície aumenta
e a taxa de secagem cai rapidamente, dando início ao período de secagem a
taxa decrescente, que pode ser bem mais dilatado que o período de secagem a
taxa constante, porém a remoção de umidade é muito menor. A taxa de secagem
aproxima-se de zero, num certo teor de umidade de equilíbrio, que é o menor
teor de umidade atingível.

Figura 1:Curva de secagem típica em condições constantes de secagem.

Fonte: Foust (1982)


Figura 2:Curva da taxa de secagem típica em condições constantes de secagem.

Fonte: Foust (1982)

Podemos descrever os trechos das figuras acima, da seguinte madeira:

Trecho AB: A temperatura do sólido é menor que a temperatura ambiente.


O calor transferido do ar para o sólido é maior do que o calor retirado do sólido
para evaporar água.

Trecho BC: Período de taxa constante. A temperatura do sólido é igual a


temperatura ambiente. É caracterizado pela velocidade de secagem ser
inalterada com a diminuição do teor de umidade. O calor é transferido para a
superfície de secagem do sólido basicamente por convecção.

Em linhas gerais, a temperatura do sólido e a velocidade de secagem


podem aumentar ou diminuir para chegarem às condições de regime
permanente. Nesse regime, as temperaturas no interior do sólido tendem a ser
iguais à temperatura de bulbo úmido do gás, permanecendo estáveis e a taxa de
secagem também permanece constante.

Trecho CDE: período de taxa decrescente. Inicia quando a umidade do


sólido atinge um valor determinado chamado umidade crítica. Este trecho pode
ser dividido em duas zonas: zona de superfície de secagem não saturada e zona
em que o fluxo interno de água controla o processo. Além desse ponto, a
temperatura da superfície eleva-se e a taxa de secagem cai rapidamente .
xE (Ponto E): A taxa de secagem aproxima-se de zero, num certo teor
de umidade de equilíbrio, que é o menor teor de umidade atingível no processo
de secagem. [4]

Para os trechos CD e DE tem-se seguem observações:

Zona de superfície de secagem não saturada (trecho CD): Segue-se


imediatamente a umidade crítica. Neste estágio, a superfície do sólido apresenta
áreas secas que se ampliam na proporção em que a secagem prossegue.
Consequentemente a taxa de secagem diminui uma vez que a mesma é relativa
a toda a área do sólido em contato com o ar. A evaporação ocorre na superfície
do sólido e a resistência a difusão interna do líquido é pequena comparada com
a resistência para remover o vapor da superfície. A temperatura do sólido
aumenta, pois recebe do ar a mesma quantidade de calor que corresponderia ao
período de taxa constante, sem, no entanto, ocorrer igual evaporação. Em outras
palavras, parte da energia que era utilizada para a evaporação na fase anterior,
acaba sendo utilizada para elevar a temperatura do sólido.

Zona em que o fluxo interno de água controla a operação (Trecho


DE): Caracteriza-se pelo fato de que o fluxo interno de água controla a taxa de
secagem. Os fatores que influenciam a taxa de secagem são os mesmo que
afetam a difusão da água através de sólidos. Observa-se que a umidade do ar
não tem efeito na taxa de secagem, mostrando que esta depende da resistência
a difusão da água. A medida que a quantidade de umidade diminui por causa da
secagem, a velocidade da difusão interna da umidade decresce. A evaporação
ocorre dentro da estrutura do sólido.

A evolução das transferências simultâneas de calor e de massa no


decorrer da secagem faz com esta operação seja delineada em sub curvas,
denominadas de curva de evolução do teor de água do produto (x), curva de sua
temperatura (T) e curva da velocidade de secagem (dx/dt), também chamada de
taxa de secagem, ao longo do tempo, para um experimento utilizando ar de
propriedades constantes.
Figura 3: Comportamento das curvas de secagem/tempo durante um
experimento a propriedades constante.

Fonte: PARK (2007)

A curva A representa a diminuição do teor de água do produto durante a


secagem (conteúdo de umidade do produto, x = x BS,em relação à evolução do
tempo de secagem t), isto é, é a curva obtida pesando o produto durante a
operação numa determinada condição de secagem.

A curva B representa a velocidade (taxa) de secagem do produto


(variação do conteúdo de umidade do produto por tempo, dx/dt em relação à
evolução do tempo t), isto é, é a curva obtida diferenciando a curva A.

A curva de velocidade de secagem resulta da derivação da curva de


secagem em relação à quantidade de umidade, e pode ser dividida em período
de taxa constante de secagem e período de taxa decrescente de secagem.

Verificam-se os dois períodos de secagem:

 Período de taxa constante de secagem: é o representado pelo segmento


“1”. No período de taxa constante, a superfície do material é mantida num
nível de umidade tal que a secagem ocorre como se fosse água pura
evaporando. Se o sólido for poroso, a maioria da água evaporada no
período de taxa constante é proveniente do interior do sólido. Este período
só continua desde que a água seja provida à superfície tão rápido quanto
é evaporada.
 Período de Taxa Decrescente de Secagem: Este período compreende o
segmento “2”. Quando a quantidade de água na superfície do produto
começa a diminuir há o abaixamento progressivo da pressão parcial de
vapor da água na superfície e, consequentemente, a velocidade de
secagem também diminui, até que, ao final desse período, o produto esta
em equilíbrio com o ar (igualdade de pressões parciais de vapor) e a
velocidade de secagem torna-se nula.

A curva C representa a variação da temperatura do produto durante a


secagem (variação da temperatura do produto, T em relação à evolução do
tempo t), isto é, é a curva obtida medindo a temperatura do produto durante a
secagem.

3.5 EQUIPAMENTOS PARA SECAGEM

3.5.1 Secadores de Bandeja


É o tipo mais simples de secador, também são chamados de secadores de
prateleiras, gabinetes ou compartimentos, o material, que pode ser um sólido
granulado ou pastoso, é espalhado uniformemente em uma bandeja metálica até
uma espessura de 10 a 100mm. O secador de bandeja é, essencialmente, uma
câmara onde o material a ser seco é colocado em bandejas.

É uma unidade de operação descontínua, usada para operações em pequena


escala. O secador pode ter espaço para dez, vinte ou mais bandejas, e estas
podem ter o fundo inteiriço, com o ar circulando entre o topo da bandeja na base
inferior e o fundo da que fica sobreposta, ou pode ter o fundo telado, com a
circulação do ar controlada de modo que o escoamento se faça através das
bandejas e dos sólidos nelas contidos.

O material a ser seco, no caso de ser constituído por folhas, pode também
estar suspenso em cavaletes ou em ganchos.

As operações de secagem são controladas com simplicidade e podem ser


modificadas com facilidade, de modo que o secador é especialmente apropriado
para operações de laboratório ou para secagem de materiais que exigem
modificações das condições de secagem à medida que o processo avança.
Quando as condições externas controláveis são constantes, as condições de
secagem serão constantes em qualquer bandeja com os sólidos úmidos. Então,
o decorrer da secagem, em qualquer ponto dado, será exatamente igual ao que
descrevemos acima. As bandejas mais próximas da entrada de ar, no entanto,
estarão sujeitas a condições que são nitidamente diferentes daquelas nas quais
se encontram as bandejas localizadas no final da trajetória da corrente de ar. Por
isso, o material em algumas bandejas seca com maior rapidez que a média,
enquanto o material em outras seca menos rapidamente que a média. Este efeito
não tem importância com material que não seja sensível ao calor; porém, quando
a secagem em excesso pode provocar o chamusco do material, as bandejas
devem ser retiradas em instantes diferentes, ou então a temperatura do ar deve
ser reduzida à medida que o processo de secagem se aproxima do seu término.
Alguns secadores têm instalado um dispositivo para a inversão do fluxo de ar.

Em secadores a bandeja, o meio secante pode ser o vapor de água, gás ou


o ar aquecido eletricamente, nos casos usuais.

O custo de energia corresponde a maior parte do custo total do processo.


Para conservar a energia e também controlar a umidade do ar em níveis que
forneçam produto com qualidade, é possível reciclar uma parte do ar. O ar
descarregado dos secadores recebe mais energia na forma de calor latente, mas
mais energia como calor sensível. O resultado é uma economia direta de energia
no combustível, embora seja necessário, proporcionalmente, um período de
secagem mais dilatado.

Alguns materiais não podem ser satisfatoriamente secos ao ar em pressão


atmosférica normal, seja por se deteriorarem nas temperaturas necessárias para
se terem taxas de secagem razoáveis, seja por reagirem com o oxigênio do ar.

Os secadores de bandeja podem ser construídos para excluir o ar atmosférico


e usarem outros meios como vapores orgânicos superaquecidos, ou então o ar
rarefeito de um vácuo. É o tipo mais simples de secador e está representado
esquematicamente na figura 4.
Figura 4:Vista frontal de um secador com escoamento do ar em paralelo.

Fonte: Próprias autoras.

Ar aquecido a vapor é recirculado por um ventilador sobre e paralelamente à


superfície das bandejas. Aquecimento elétrico também é usado, especialmente
para baixas cargas térmicas. Aproximadamente 10 à 20% do ar que passa sobre
as bandejas é ar fresco, sendo o restante ar recirculado.

Após a secagem, o gabinete é aberto e as bandejas são substituídas por uma


nova batelada de bandejas. Uma modificação deste tipo é o tipo “bandejas-
carrinho”, no qual as bandejas são dispostas em carrinhos que são empurrados
para dentro do secador. Isso economiza um tempo considerável, já que os
carrinhos podem ser carregados e descarregados fora do secador.

No caso de materiais granulados, o material pode ser carregado em telas que


são o fundo de cada bandeja. Então, neste secador de “circulação direta”, o ar
quente passa através do leito permeável, resultando em tempos de secagem
menores devido à maior área superficial exposta ao ar.

Os secadores de bandeja podem tornar-se contínuos pelo deslocamento


contínuo dos sólidos úmidos através da câmara de secagem. Esta operação
pode se efetivar seja pela montagem das bandejas em vagonetes, seja pelo
transporte do material mediante uma esteira transportadora, ou então na
disposição do material sob a forma de folha, pela movimentação da folha úmida
apoiada em roletes, através do secador.

O fluxo de ar pode ser transversal ao deslocamento do material, ou pode ser


em contracorrente com o material, ou em corrente paralela. Em qualquer caso,
o material fica sujeito a um meio secante de condições variáveis ao longo do
percurso de secagem. Por isso, a curva de secagem característica é fortemente
alterada. Por exemplo, o período a “taxa constante” não exibe na realidade uma
taxa de secagem constante. A taxa diminui à medida que a temperatura do ar de
secagem diminui, mesmo que a temperatura superficial do material permaneça
constante.

3.5.2 Secadores indiretos de prateleiras a vácuo


São secadores batelada indiretamente aquecidos, similares a secadores de
bandejas. Como um secador consiste de um gabinete feito de ferro fundido ou
chapas de aço provido de portas adequadamente fechadas de forma que possa
ser operado sob vácuo. Prateleiras perfuradas de aço são fixadas
permanentemente dentro da câmara e são conectadas em paralelo com a
entrada e saída de vapor. As bandejas contendo os sólidos a serem secos
apóiam-se sobre as prateleiras perfuradas. O calor é conduzido através das
paredes metálicas e adicionado por radiação da prateleira acima. Para operação
à baixa temperatura, água de aquecimento circulando é usada em lugar de vapor
para fornecer o calor para vaporizar a umidade. Os vapores usualmente passam
para um condensador.

Estes secadores são usados para secar materiais caros, sensíveis à


temperatura ou facilmente oxidáveis. Eles são úteis para o manuseio de
materiais com solventes tóxicos ou de valor.
3.5.3 Secador de túnel contínuo
São freqüentemente compartimentos de bandejas ou carrinhos batelada,
operados em série. Os sólidos são colocados em bandejas ou em carrinhos que
se movem continuamente através de um túnel com gases quentes passando
sobre a superfície de cada bandeja. O escoamento do ar quente pode ser em
contracorrente, concorrente, ou uma combinação. Muitos alimentos são secos
desta forma.

Quando partículas granulares de sólidos devem ser secas, esteiras


transportadoras contínuas perfuradas ou de tela são freqüentemente usadas. Os
sólidos granulares úmidos são transportados como uma camada de 25 a
aproximadamente 150mm de profundidade em uma tela ou esteira perfurada
enquanto ar quente é soprado para cima ou para baixo, através do leito. O
secador consiste de várias seções em série, cada uma com um secador e
serpentinas de aquecimento. Uma porção do ar é descarregada para a atmosfera
por um ventilador. Em alguns casos materiais pastosos podem ser moldados em
cilindros e colocados no leito para serem secos.

3.5.4 Secadores rotativos


Consistem de cilindros perfurados que são rodados e usualmente levemente
inclinados em direção à saída. Os sólidos granulares úmidos são alimentados do
lado mais alto e se movem através do casco enquanto ele roda. O calor é
adicionado por contato direto com gases quentes escoando em contracorrente.
Em alguns casos o aquecimento é por contato indireto através da parede
aquecida do cilindro.

As partículas granulares se movem lentamente uma curta distância antes de


serem despejadas para baixo através dos gases quentes.

3.5.5 Secadores de tambor (drum dryers)


Consistem de um cilindro metálico aquecido, no lado externo do qual uma
fina camada de líquido ou pasta é evaporada até secar. O sólido seco final é
removido do cilindro, o qual está girando lentamente.

Secadores de tambor são adequados para manusear lamas ou pastas de


sólidos em fina suspensão e para soluções. O tambor funciona em parte como
um evaporador e também como um secador. Outras variações do tipo tambor
simples são dois tambores rotativos com alimentação por imersão ou pela parte
superior dos dois tambores. Pasta de batata é seca usando secador de tambor,
para gerar flocos de batata.

3.5.6 Secadores pulverizadores (spray dryers)


Uma solução líquida ou pastosa é pulverizada em uma corrente de gás
quente na forma de uma névoa de finas gotículas. A água é rapidamente
vaporizada das gotículas, deixando partículas de sólido seco que são separadas
da corrente de gás. O escoamento de gás e líquido na câmara de pulverização
pode ser em contracorrente, concorrente ou uma combinação.

As finas gotículas são formadas da alimentação líquida por bicos


pulverizadores ou discos pulverizadores rodando a uma alta velocidade, dentro
de uma câmara cilíndrica. É necessário garantir que as gotículas ou partículas
úmidas de sólido não batam e fiquem aderidas às superfícies sólidas antes de
ter se dado a secagem. Por isso, são usadas câmaras grandes. Os sólidos secos
são descarregados no fundo da câmara através de uma rosca transportadora.
Os gases de exaustão escoam através de um ciclone para remover partículas
finas. As partículas produzidas são usualmente leves e relativamente porosas.
Leite em pó seco é feito através da secagem por pulverização do leite.

3.6 EQUACIONAMENTO

Biaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

3.7 APLICAÇÃO INDUSTRIAL


Esta operação é muito utilizada na indústria de alimentos, tendo uma ampla
aplicação principalmente na secagem de grãos, sendo utilizado, também, para
secagem de leite, cereais, frutas, amido, entre outros.
A secagem em bandejas é conveniente quando a capacidade de produção é
pequena. Teoricamente pode secar qualquer produto, mas o trabalho necessário
para o carregamento e descarregamento dá origem a custos de operação
elevados. Logo, é mais frequentemente usado em materiais com maior valor
agregado como corantes e produtos farmacêuticos (McCABE et al, 2005).

Exemplos de utilização de secadores de bandeja é o processamento de


maçãs desidratadas, tomates secos, figos secos e as bananas passas. Vale
salientar que esta é uma alternativa bastante utilizada para produção em
pequena escala, logo existe uma grande variedade de produtos vegetais nos
quais esta técnica empregada.
4. MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 MATERIAIS

Equipamentos:

 Bandejas
 Balança analítica digital
 Bastão de vidro
 Becker
 Régua
 Estufa
 Cápsulas de secagem
 Medidor de temperatura do ar seco e ar úmido
 Cronômetro digital
 Secador em bandejas

Amostras:

 Farinha de milho
 Arroz
 Areia

4.2 MÉTODOS
As bandejas e cápsulas foram pesadas e suas taras foram anotadas. As
amostras utilizadas de areia e farinha de milho foram umedecidas até a
saturação em um becker de 1000mL com o auxílio de um bastão de vidro. A
amostra de arroz também foi umedecida. De cada uma das amostras foi retirada
uma pequena parcela, colocadas em cápsulas e posteriormente em uma estufa
a 105ºC pelo período de 24 horas. As amostras, figura 5, foram então pesadas
e colocadas cuidadosamente na bandeja do secador, que então foi levada ao
secador.
Figura 5: Amostras de arroz, farinha de milho e areia no interior do secador

Fonte: Próprias autoras.

Foram feitas pesagens de 15 em 15 minutos pelo período de 2 horas e a


cada 60 minutos nas 4 horas seguintes. A cada pesagem tomava-se nota das
temperaturas de bulbos seco e úmido do interior do secador mediante o aparelho
de medição, psicrômetro, figura 6.

Figura 6: Aparelho para a medição de temperatura de bulbo seco e


bulbo úmido.

Fonte:Próprias autoras.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES
6. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS

FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN,


L. B.; Principles Of Unit Operations; 2ª Edição, 1982

GEANKOPLIS, C. J.; Transport processes and unit operations, 3ª Edição,


1993. 2.

McCABE, W. L., SMITH, J. C., HARRIOT, P. “Unit Operations of Chemical


Engineering”, 7th ed., Mcgraw-Hill Internacional Editions, 2005.

PARK, K.J.; ANTONIO, G.C.; OLIVEIRA, R.A.; Apostila de conceitos de


processo e equipamentos de secagem, Campinas, CT&EA – Centro de
Tecnologia e Engenharia Agroindustrial, 2007

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