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Aula 02
1 Introdução ................................................................................................................... 2
2 Revisão de temas importantes ..................................................................................... 3
3 O sistema esquelético .................................................................................................. 4
4 As cartilagens ............................................................................................................... 6
5- Os ossos ......................................................................................................................... 8
5.1 Células do tecido ósseo ............................................................................................................. 12
5.2 A formação dos ossos ................................................................................................................ 14
5.3 Dinamismo ósseo ...................................................................................................................... 15
6 - O esqueleto axial ........................................................................................................ 17
328365
6.1 Os ossos da cabeça .................................................................................................................... 19
6.2 A coluna vertebral ..................................................................................................................... 28
6.3 As costelas ................................................................................................................................. 41
6.4 O esterno ................................................................................................................................... 42
7 - O esqueleto apendicular ............................................................................................. 45
7.1 A cintura escapular ou cintura peitoral..................................................................................... 45
7.2 Os membros superiores braços, antebraços e mãos. ............................................................ 48
7.3 Ossos do carpo .......................................................................................................................... 53
7.4 Ossos do metacarpo e das falanges .......................................................................................... 54
7.5 A cintura pélvica ........................................................................................................................ 55
7.6 Os membros inferiores .............................................................................................................. 59
8- Exercícios ..................................................................................................................... 68
9 Resolução dos exercícios ............................................................................................ 92
10- Resumo da aula ......................................................................................................... 99
11 Bibliografia ............................................................................................................. 101
1 INTRODUÇÃO
Caros alunos, bem vindos à terceira aula de nosso curso. Apresento a vocês um livro
bastante completo, no qual vocês encontraram conteúdo superior ao exigido na sua prova. Como
conhecimento nunca é demais e se guarda para a vida, fico feliz em compartilhar este material
que, certamente, poderá ser utilizado para consulta em outros concursos ou provas que você
eventualmente aplique.
Lembrando que para esta aula, alguns conceitos estudados na aula anterior serão
essenciais. Devemos nos lembrar sempre do conceito de célula e de seu funcionamento, além da
sua organização em tecidos que compõem o corpo. Por falar em corpo, devemos nos lembrar dos
termos que aprendemos na aula passada para nos referir a pontos anatômicos de interesse. Este
conhecimento será muito importante para o entendimento da anatomia dos ossos e dos músculos,
tema desta aula.
Não se esqueça de atentar para os termos em negrito, importantes conceitos que nós já
grifamos para você!
Não fique com dúvidas! Entre em contato com o professor sempre que necessário!
P M“ A DÁ
Biólogo, Perito Criminal
periciahd
Prezado aluno, para esta aula é importantíssimo que você se recorde das definições de
alguns tecidos do corpo. Estudaremos aqui estruturas que são formadas basicamente por tecido
conjuntivo como os ossos. Este tipo de tecido será encontrado também no outro sistema que será
abordado, o sistema muscular. Dentre as características importantes, devemos nos lembrar de que
o tecido conjuntivo consiste de células especializadas, ou seja, diferenciadas, com funções
posto por água, açucares e proteínas.
Imagine uma gelatina com frutas no meio. O tecido conjuntivo seria algo parecido com isso.
Importante lembrar que células tronco especiais chamadas de células mesenquimais dão
origem por mitose às células deste tecido.
Um tipo especial de tecido conjuntivo que estudaremos é o tecido ósseo. Sua matriz é
altamente mineralizada, contendo praticamente 90% do cálcio de todo o corpo, o que o torna um
tecido duro e resistente, e que sustenta todo o peso do corpo. Imagine-se sem os seus ossos! Os
músculos são estruturas moles apesar da capacidade de contração; eles se ligam aos ossos para
gerar e sustentação para o corpo. Sem os ossos, seriamos como um pedaço de carne caído no piso
de um açougue.
Vamos nos recordando aos poucos no decorrer desta aula também. Por isso, tenha calma e
foco nos estudos!
3 O SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético (fig 1), composto por ossos e cartilagens, tem como principais
funções:
Suporte
A coluna vertebral gera suporte para todo o peso do corpo. Como dito anteriormente, caso
não tivéssemos ossos, seriamos uma massa amorfa, mole, com movimentação limitadíssima.
No interior dos ossos, em especial dos ossos longos, temos a medula óssea, que produz
células sanguíneas.
Proteção
O estudo deste sistema deve se iniciar pelo conhecimento das cartilagens, pois estas são
estruturas que dão origem aos ossos. Portanto, para entender a anatomia dos ossos, é necessário
começar pela sua origem, a cartilagem.
4 AS CARTILAGENS
O tecido cartilaginoso compõe totalmente o sistema esquelético humano na sua fase fetal,
ou seja, quando ainda estamos em desenvolvimento no útero materno. Ele é substituído por ossos
no adulto. Alguns destes ossos tendem a se fundir na vida adulta, como veremos à frente.
No entanto, algumas cartilagens ainda persistem no nosso organismo como: nas articulações
sinoviais (que são aquelas presentes no joelho e entre ossos longos), nas paredes da laringe e da
epiglote, na traqueia, nos brônquios, no nariz e nas orelhas.
Na prática, o fato da cartilagem não ser vascularizada faz com que ela seja pouco espessa
podendo apresentar alguns milímetros de largura máxima nas porções do corpo onde se encontra.
A cartilagem hialina é clara com aspecto homogêneo e vítreo. Está na região costal (das
costelas), no nariz, na laringe, na região traqueobronquial (traqueia e brônquios) e na maioria das
articulações. Ela se degenera com o tempo e com o uso. Basta verificarmos a quantidade de
corredores profissionais e outros atletas que apresentam problemas nas articulações. Em parte,
estes problemas podem estar relacionados a desgaste das cartilagens que recobrem os ossos nas
(articulações) gerando atrito entre eles e muita dor.
5- OS OSSOS
Os ossos são estruturas formadas por tecido conjuntivo ósseo, altamente vascularizado,
cuja principal característica é a presença de matriz altamente mineralizada. O osso não é uma
estrutura estática como se imagina, ao compará-lo com a estrutura de um edifício ou de uma casa!
O osso é uma estrutura dinâmica, que tem a capacidade de se regenerar. Ele está constantemente
construindo e consumindo a sua matriz para se adaptar às necessidades do corpo.
Os ossos não podem ser vistos ainda como estruturas secas e mortas. Pelo contrário. São
estruturas vivas e muito bem irrigadas por vasos sanguíneos. Neste contexto temos a irrigação
dos ossos ocorrendo por canais formados na matriz, chamados de canais de Volkman e Canais de
Havers, que se organizam perpendicularmente um ao outro, comunicando-se por uma rede de
canais menores.
Os canais de Haver são, em geral, paralelos a superfície do osso e por ele passam vasos
e nervos.
Os ossos podem se apresentar de diversas formas no organismo. Podem ser longos e duros
como marfim (compactos), ou chatos, podendo apresentar seu interior com cavidades
preenchidas por ar (ossos trabeculares).
Os ossos compactos apresentam uma cavidade interior chamada de cavidade medular que
pode conter medula vermelha produtora de células do sangue ou medula amarela, que serve
como reserva de lipídios.
Ossos longos - apresentam uma região medular que contém a medula óssea produtora de
células do sangue, situada num canal situado em seu interior. Tem comprimento maior do
que a largura. São compostos por duas Epífises que consistem de tecido esponjoso ósseo
(trabecular), localizadas nas extremidades dos ossos longos; a metáfise que consiste da
região entre a diáfise e a epífise; a diáfise consiste na haste alongada situada na região
medial do osso, composta por osso compacto (fig2). Exemplos: fêmur, rádio, tíbia, ulna,
fíbula, úmero.
Ossos curtos - são compactos quando de formatos cúbicos; podem ser formados por tecido
ósseo esponjoso ou trabecular no interior e compacto na superfície. Exemplo: ossos do
carpo presentes nas mãos, ossos do tarso.
Ossos sesamiodes de tamanho pequeno, são encontrados no interior de tecidos
conjuntivos densos. Exemplo: as patelas. Curiosidade: Sesamum é o gênero do gergelim.
Estes ossos levam este nome, pois apresentam formato semelhante à semente.
Ossos laminares são finos e achatados, com duas camadas de tecido compacto
margeando e cobrindo uma camada de tecido esponjoso entre elas; representam grandes
áreas para inserção de músculos. Exemplo: osso frontal do crânio.
Ossos irregulares formas complexas, com prolongamentos e bases como os ossos das
vértebras da coluna.
Os ossos apresentam marcas secundárias que aparecem com o amadurecimento do corpo. São
depressões, protrusões, áreas lisas e rugosidades. Estas marcações têm nomes específicos, por
exemplo: pequenos furos nos ossos são chamados forames. É importante conhecer estes termos,
pois são muito utilizados no estudo anatômico dos ossos. Verifique abaixo alguns deles.
Região
preenchida
por osso
trabecular
Região
preenchida por
medula
Há partes dos ossos onde não se encontram marcações, sendo observada uma superfície lisa
com alguns foramens, em geral nestas partes há inserção de músculos diretamente nos ossos.
Diferentemente, os tendões são em geral ligados a regiões rugosas dos ossos.
matriz óssea, o que torna o osso uma estrutura dinâmica. Cerca de 10% do esqueleto
adulto é remodelado por ano.
A unidade de organização das células dos ossos é chamada de Osteon ou sistema de Haver
(fig3). Consistem de organizações concêntricas de lamelas contendo células ao redor de canais
neurovasculares. Os osteons são a unidade básica do osso compacto. Cada osteon apresenta
canalículos dos seus osteócitos residentes, por onde ocorre a comunicação metabólica entre as
células. Seu diâmetro máximo impede que as células dos ossos não estejam a mais do que 200
micrometros de distância de algum vaso sanguíneo.
Osteon
Canal de Haver
Osteócito canaliculi
Figura 3: à esquerda uma micrografia de osso compacto longo com seta indicando um osteon. À direita um esquema de osteon, com seus
componentes indicados.
tecido medular amarelo, um tecido adiposo que serve como reserva energética do corpo. Estes
ossos apresentam organização irregular com bastante espaçamento entre as porções de matriz.
Endósteo é uma camada celular que recobre a porção interna das cavidades ósseas
como os canais de Haver e a cavidade medular, além da superfície das trabéculas.
Forma um reservatório de células novas para remodelas e regenerar.
A circulação sanguínea nos ossos longos ocorre por vasos que o acessam por perfurações na
diáfise (forames), levando os vasos para a região medular, mais interna e central dos ossos. As
regiões das extremidades dos ossos longos apresentam mais vasos arteriais do que a diáfise.
Os ossos são enervados por neurônios cujos axônios percorrem os canais de Haver.
Quanto mais estresse uma região óssea sofre, mais estímulos são gerados para que os
osteoblastos migrem para aquela região, secretando mais matriz e aumentando o osso localmente.
Esse estresse pode ser gerado pela inserção de músculos. Ou seja, quando praticamos exercício,
estamos fortalecendo não só a musculatura, mas também os ossos.
Os ossos precisam de cálcio para se mater. Logo, este íon deve estar presente na
alimentação, mas não somente. É necessário que o corpo absorva satisfatoriamente o cálcio
consumido na dieta. Neste caso, teremos a ação do calcitriol, produzido nos rins a partir de
vitamina D3. Lembra-se de onde vem esta vitamina? Ela é produzida pela pele!
6 - O ESQUELETO AXIAL
O esqueleto do corpo, para fins de estudo, pode ser dividido em axial e em apendicular. O
esqueleto axial é representado pela cabeça e ossos do crânio, coluna vertebral e tórax (fig.4). Ele
apresenta 80 ossos representando 40% do total de ossos do corpo.
Crânio
Coluna vertebral
Costelas
Esterno
Sacro
Cóccix
Os oito ossos do crânio formam a cavidade craniana (fig5 a 10). A área interna do crânio
apresenta marcações secundárias por onde passam vasos e nervos associados ao cérebro. Na
superfície externa temos majoritariamente a inserção de músculos responsáveis pela
movimentação da cabeça, dos olhos e da mandíbula, como veremos mais à frente. São os ossos do
crânio: occipital, frontal, parietal (duas placas), temporal (duas placas), esfenoide e etmoide. No
occipital, em sua base, encontra-se o forame magno, uma grande abertura por onde passa a
medula oblongada. O osso etmoide apresenta aberturas por onde passam nervos olfatórios. O
esfenoide apresenta aberturas em sua porção superior onde passam nervos ópticos, nervos
maxilares e nervos mandibulares. Na base do osso temporal temos aberturas que permitem a
passagem de nervos relacionados a audição.
Alguns dos ossos do crânio apresentam cavidades cheias de ar, chamadas de sinus ou seios.
Eles são encontrados principalmente na região anterior, próximo ao complexo nasal (na região
medial dos ossos frontal, etmoide, esfenoide e maxilar), chamados de sinus ou seios paranasais.
Eles têm como função:
A membrana ciliada que recobre o interior dos seios paranasais tem como função
encaminhar muco e partículas por meio do movimento ciliar para a região da garganta onde
serão engolidas ou expelidas por meio da tosse. Este tecido mucoso aquece e umidifica o ar e
protege as vias respiratórias.
Os ossos da face separam as cavidades nasais da cavidade oral e servem para a inserção
de músculos que auxiliam na mastigação, além, obviamente, de proteger as entradas dos tratos
digestivo e respiratório. São eles: maxilares, palatinos, nasais, conchas nasais inferiores,
zigomáticos, lacrimais, vômer e mandíbula (fig5 a 10).
Os ossos do crânio se ligam por tecido conjuntivo fibroso em regiões chamadas suturas.
Há quatro suturas que devemos conhecer: sutura escamosa, sutura lambdoide, sutura coronal e
sutura sagital.
A sutura lambdoide tem esse nome devido a seu formato que se assemelha ao da letra
grega lambda. Ela se encontra na porção posterior do crânio, ligando o osso occipital
aos dois ossos parietais.
A sutura escamosa liga o osso temporal ao osso parietal nas laterais do crânio.
A sutura coronal liga os ossos parietais ao frontal, situando-se na região fronto medial
do crânio.
Sete dos ossos craniais formam os complexos orbitais, onde se encaixam os olhos (fig12). A
porção superior da cavidade orbital é composta por parte do osso frontal. O assoalho é composto
pelo maxilar e parte do zigomático. A porção posterior é formada por parte do esfenoide. A região
medial voltada para o alinhamento nasal é formada pelo lacrimal, palatino e etmoide.
Abaixo temos figuras que indicam os nomes dos ossos que foram o crânio. Estude-as com
atenção.
Osso frontal
Osso nasal
Osso parietal
Osso temporal
Osso esfenoide
Osso lacrimal
Osso zigomático
Osso etmoide
Osso maxilar
Osso mandibular
Figura 5: esquema de crânio humano visto de frente. Os nomes dos ossos são indicados ao lado.
Sutura coronal
Parietal
esfenoide
Frontal
Nasal
Sutura
escamosa
Sutura
lambdoide
Zigomático
Maxilar
Occipital
Temporal
Processo
Mandíbula mastoide Meato acústico externo
r
Arco zigomático
Figura 6:esquema de crânio visto na lateral esquerda com nomes dos ossos e algumas marcações.
Região onde
estão os
ossos
temporais
Forame Magno
Região onde está o
osso occipital
Figura 7: a base do crânio. Aqui temos a vista de um crânio cortado horizontalmente. Note a presença de furos nos ossos. Por estes furos
passam nervos e vasos sanguíneos.
Ossos nasais
Osso mandibular
Osso frontal
Osso maxilar
Osso zigomático
Osso palatino
Arco zigomático
Osso vomer
Osso esfenoide
Osso temporal
Osso parietal
Ossos parietais
vistos através
do forame
magno
Figura 8: modelo de crânio humano visto de baixo. Atente para os nomes e posições dos ossos.
Sutura
lambdoide
Sutura
Osso occipital escamosa
Processo
estiloide Processo
mastoide
Mandíbula
Figura 9: modelo de crânio humano visto de trás. Atente para os nomes e posições dos ossos.
Ossos nasais
Osso frontal
Sutura coronal
Osso parietal
Sutura sagital
Sutura
lambdoide
Osso occipital
Figura 10: modelo de crânio visto de cima. Atente para os nomes e posições dos ossos e suturas.
Entalhe supraorbital
Osso frontal
Osso esfenoide
Osso etmoide
Osso lacrimal
Osso palatino
Osso zigomático
Osso maxilar
Figura 12: Esquema mostra ossos que foram o complexo orbital dos olhos.
A coluna vertebral é formada por 24 vértebras, pelo sacro e pelo cóccix (fig.13).
Tem como função suportar o peso da cabeça e pescoço, além de servir de base para o
esqueleto apendicular.
Figura 13: a coluna vertebral El secção transversal, vista à direita. Note a curvatura que ela apresenta e os tamanhos diferentes das
vértebras.
A coluna apresenta quatro curvas espinhais (no sentido crânio caudal): cervical,
torácica, lombar e sacral.
As curvas torácica e sacral são chamadas de curvas primárias, pois aparecem no inicio do
desenvolvimento humano. As curvas lombar e cervical aparecem mais tarde no desenvolvimento,
sendo denominadas curvas secundárias. Eles aparecem permitindo o desenvolvimento da postura
ereta do corpo.
O peso do corpo ao adotar a postura ereta, se distribui na cintura pélvica e nas pernas através
da coluna vertebral. Esta é a função básica das suas curvaturas. Equilibrar o peso do corpo que é
majoritariamente anterior à coluna.
Atenção!
Função das curvaturas da coluna: Equilibrar o peso do corpo.
6.2.1 As vértebras.
A coluna é formada por ossos irregulares chamados vértebras (fig14). Cada vértebra pode
ser dividida em três partes: o corpo vertebral, o arco vertebral e os processos articulares. As
vértebras são interligadas por ligamentos e separadas entre si por discos de fibrocartilagem.
O corpo vertebral estabelece a base sobre a qual será distribuído o peso do corpo.
O arco vertebral apresenta um furo central chamado de forame vertebral, que alinhado às
demais vértebras que formam a coluna geram um canal por onde passa a medula espinhal. Nas
laterais dos arcos encontram-se os processos transversais que se projetam dorsolateralmente
(lembre-se que processos são nomes dados a projeções ósseas). Eles são locais de ligação de
músculos e articulação com as costelas.
Corpo vertebral
Forame transverso
Forame vertebral
Processo transversal
Arco vertebral
Processo espinhoso
A coluna se divide em cinco regiões vertebrais: cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea.
As vértebras de cada região apresentam características distintas (fig 15). A transição entre
estas regiões não ocorre abruptamente, mas sim de forma gradual, de modo que a ultima vértebra
de cada região é semelhante morfologicamente à primeira vértebra da região subsequente.
Há sete vértebras que formam a região cervical, doze que formam a região torácica, cinco
que formam a região lombar. Por convenção elas são nomeadas com uma letra maiúscula que
representa a primeira letra do nome da região da coluna onde está, seguida de um número que é
dado sequencialmente no sentido crânio caudal (da cabeça para os pés). Ou seja, a vértebra C1 se
encontra na região cervical, na primeira posição, logo abaixo do crânio, a vértebra T6 se encontra
na sexta posição ou no meio da região torácica.
O cóccix é formado por três a cinco vértebras cuja porção distal se funde quando o
indivíduo chega próximo à idade da puberdade.
LOMBAR
CERVICAL TORÁCICA
Figura 15: exemplos de vértebras da região cervical, torácica e lombar. Note as diferenças entre as vértebras. Fonte Frederich, 2015.
São as menores da coluna (fig16). O seu corpo vertebral é pequeno se comparado com as
demais vértebras já que a região cervical sustenta somente o peso da cabeça. O forame vertebral
é relativamente grande, já que a medula espinhal é bastante calibrosa (de grande diâmetro) nesta
região, onde contém grande parte dos axônios de neurônios que se conectam com o cérebro. Estas
vértebras apresentam fusão dos processos costais e transversos, formando uma foramina
transversa (uma abertura) por onde passam vasos arteriais e venosos que servem o cérebro. O
processo espinhoso (uma projeção óssea para a porção posterior do corpo) apresenta a ponta
bifurcada.
Figura 16: esquema de esqueleto humano. Em vermelho as sete vértebras cervicais. Repare no tamanho do processo espinhoso da C7.
Devido a isso, as últimas vértebras torácicas se assemelham bastante com as primeiras vértebras
lombares.
Em casos de quedas, essa região é em geral bastante castigada. Cada vértebra torácica se
articula com a cabeça de uma costela em sua porção dorsolateral em regiões chamadas de facetas
costais (fig19). As vértebras T1 a T8 articulam dois pares de costelas, enquanto vértebras T9 a T12
tem somente uma faceta costal de cada lado, articulando com um par de costelas.
Figura 17: As 12 vértebras torácicas em vermelho, vistas de trás. Repare que os processos espinhosos apontam para baixo.
Figura 21: modelos das cinco vértebras torácicas, em diferentes vistas. Repare nos largos e maciços processos espinhosos e no tamanho
alargado do corpo vertebral.
O sacro consiste de cinco vértebras fundidas (fig22). Ele protege os órgãos reprodutivos,
urinários e digestivos e se liga aos ossos da cintura pélvica. A curva do sacro é mais pronunciada
em homens do que em mulheres. O sacro apresenta cristas na sua superfície dorsal onde se
inserem músculos que estabilizam os quadris. Nele encontram-se oito foramens formados pela
fusão das vértebras (fig23).
Sacro
O Cóccix consiste em geral de quatro vértebras fundidas que são região de ligação de
músculos que constringem a abertura anal (fig23). Elas se fundem no decorrer do
desenvolvimento.
Figura 23: modelo do sacro e do cóccix (em vermelho). Note os forames formados nas laterais do sacro.
6.3 AS COSTELAS
As costelas formam, em conjunto com o esterno, uma gaiola óssea que protege o coração,
os pulmões, o timo e demais estruturas corporais que se encontram no interior da cavidade
torácica (fig24 e 25).
Nosso corpo tem vinte e quatro costelas, organizadas em doze pares laterais, classificadas
como:
As costelas são ossos chatos e curvados, que apresentam na porção que articula com a
coluna uma região chamada de cabeça, que se liga a uma região chamada tubérculo por meio de
um pescoço. A cabeça e o tubérculo articulam com as vértebras da região torácica da coluna.
6.4 O ESTERNO
O esterno consiste de três placas ósseas achatadas que se formam na porção anterior do
tronco, onde se ligam às costelas 1 a 10 (fig24 e 25).
O corpo do esterno consiste de um osso chato e alongado, semelhante a uma língua, onde
se ligam por cartilagens as costelas 2 a 7. Consiste no maior osso do esterno situado na sua porção
media.
O esterno somente se ossifica completamente depois dos 25 anos de idade. Até essa idade
ele consiste basicamente de osso e cartilagem.
manúbrio
Costela 1
Corpo do esterno
Cartilagens costais
Costela 7
Processo xifoide
Costela 10
Costela 12
Costela 11
Figura 24: a gaiola torácica vista de frente. Apontados os ossos que a compõe.
Costela 1
esterno
Costela 12
Figura 25: As costelas vistas pelo lado direito do corpo.
7 - O ESQUELETO APENDICULAR
O esqueleto apendicular (fig26) é bastante familiar para nós. Ele permite a exploração do
ambiente que nos cerca pelos movimentos que habilita. Consiste da cintura escapular, cintura
pélvica e dos membros inferiores e superiores.
Importante saber que a única ligação entre a cintura escapular e o esqueleto axial se dá na
articulação que ocorre entre as clavículas e o manúbrio, na porção medial anterior do tronco,
chamada de articulação esternoclavicular. A cintura escapular é sustentada por músculos, o que
lhe confere muita mobilidade, mas pouca força. Aliás, esta relação força VS mobilidade é
interessante, veremos mais adiante que quanto maior a mobilidade permitida por uma
articulação, menor a força e estabilidade dela e, portanto, mais músculos são necessários para
firma-la.
Escápula Clavícula
Úmero
Pélvis
Rádio
Carpos
Ulna
Metacarpos
Falanges
Patela
Fêmur
Fíbula
Tíbia
Tarsos
Metatarsos
Falanges
Figura 26: esquema em azul mostrando os ossos que formam o esqueleto apendicular.
Articulação
Articulação acromioclavicular
esternoclavicular
Clavícula
Escápula
Acrômio
Cavidade
Glenoide
Processo
coracoide
Visão anterior
Figura 27: esquema mostrando posição da clavícula e da escápula, com suas marcações.
O Úmero (fig28) é o único osso do braço. Em sua porção proximal, ele apresenta uma
cabeça que se articula com a escapula. Imediatamente abaixo da cabeça há uma depressão
chamada de pescoço anatômico que marca a região onde acaba a capsula que forma a articulação
do ombro. Há ainda dois tubérculos chamados de tubérculo maior e tubérculo menor, os quais
estabilizam o ombro por meio da ligação de músculos. Entre eles há um sulco chamado de sulco
intertuberular por onde passa um grande tendão.
Tubérculo
menor
Cabeça do
úmero
Pescoço
anatômico
Tuberosidade
deltoide
Fossa oleacrana
Epicôndilo lateral
Epicôndilo medial
tróclea
Ulna
Olecrano e entalhe
troclear
Radio
Cabeça do
Processo Radio
coronoide
Tuberosidade Tuberosidade
Ulnar radial
Processo
Cabeça da estiloide do
Ulna, radio
região do
processo
estiloide
radio
ulna
úmero
Consistem de oito ossos arranjados em duas linhas que contém quatro ossos cada (fig31).
Na linha proximal, próxima da articulação com a ulna e o rádio teremos: osso escafoide,
osso semilunar ou lunato, osso triquetum ou piramidal e osso pisiforme. Os dois primeiros se
articulam com o rádio. O osso piramidal se articula com a ulna. Na linha distal, mais afastada da
articulação com o antebraço, teremos os ossos: trapézio, trapezoide, capitato e hamato. O
capitato é o maior osso do carpo. O trapézio e o trapezoide articulam com o escafoide.
capitato
trapezoide
pisiforme
hamato
trapézio
piramidal
escafoide
lunato
Cinco ossos articulam com os ossos distais do carpo (fig32). Eles são nomeados com
números romanos, iniciando a contagem a partir do dedo polegar. Os ossos do metacarpo se
articulam com os ossos dos dedos. Temos 14 ossos nos dedos chamados de falanges e que são
nomeadas de acordo com a distância do corpo, assim teremos falanges proximais, medias e
distais (lembre-se na aula passada que estudamos os termos anatômicos proximal: próximo ao
centro do corpo; distal: distante do centro do corpo ou do membro). Apenas o dedo polegar
apresenta somente duas falanges: a distal e a proximal.
Falange distal
Falange
distal
Falange medial
Falange
proximal
Falange
proximal
metacarpo
carpos
radio
ulna
Figura 32: esquema mostrando os ossos da mão esquerda, vistos de frente. Em vermelho, os metacarpos.
A cintura pélvica consiste de dois ossos chamados de ossos pélvicos ou ossos do quadril.
Cada osso é formado pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis (fig33 a 35).
O ílio apresenta uma articulação que liga o esqueleto axial à cintura pélvica.
Uma tira de fibrocartilagem une os ossos da cintura pélvica na porção anterior medial do
corpo, formando uma articulação chamada de sínfese púbica.
Cada osso do quadril apresenta em sua lateral um acetábulo que é a região onde ocorre a
articulação com a cabeça do fêmur. Nesta região ocorre o encontro dos três ossos que formam
cada osso da cintura pélvica.
Acima do acetábulo temos um osso largo de superfície curvada, o Ílio. Ele serve como
superfície de ligação de tendões ligamentos e músculos. O ílio apresenta cristas e entalhes por
onde passam nervos e onde se ligam músculos como o glúteo e o nervo ciático, este último,
passando através de uma região chamada o grande entalhe ciático.
O ísquio forma a porção posterior e inferior do osso. Quando nos sentamos, nos apoiamos
em uma região dele chamada de tuberosidade isquial.
O osso púbico (púbis) se encontra com o osso ísquio por meio de prolongamentos ou
ramus , que formam uma abertura chamada de forame obturador. Esta abertura é coberta por
tecido conjuntivo que serve de base para músculos do quadril.
O ílio apresenta uma crista superior e uma crista em sua porção mediana que se desenvolve
de cima para baixo e de trás para frente em relação à pélvis em direção ao osso púbis. Entre estas
marcas encontra-se uma cavidade chamada de fossa ilíaca, cujo formato auxilia no suporte de
órgãos do abdômen.
A pélvis (ou pelve) completa é formada pelos ossos do quadril, unidos ao sacro e ao
cóccix. Estes ossos se ligam por uma grande rede de ligamentos que conectam as laterais do sacro
à crista ilíaca, à tuberosidade isquial, à espinha esquial e à linha do arcute. Outros ligamentos
conectam o ílio à região posterior de vértebras da lombar.
A pelve verdadeira consiste no espaço formado entre os ossos ísquio, púbis e sacro. Ela é
delimitada superiormente pela linha de arcute, estendendo-se inferiormente até o cóccix. A região
compreendida entre os ílios é chamada de falsa pélvis. A cavidade pélvica do abdômen (que vimos
na aula anterior) é formada pela verdadeira pélvis. A superfície que é limitada pelas bordas
inferiores da pélvis se chama períneo, onde encontramos músculos que suportam os órgãos da
cavidade pélvica (verdadeira pélvis).
A pélvis dos homens é levemente diferente da das mulheres. A pélvis feminina em geral é
mais leve e apresenta menos marcações (para inserção de músculos) do que a pélvis masculina.
Ademais a pélvis feminina reage ao hormônio relaxina que é produzido na gravidez e que solta a
sínfese púbica, e os ligamentos sacroiliacos, permitindo aumento da cavidade pélvica. Outra
diferença é que o ângulo do púbis (ou arco púbico) é maior nas mulheres, podendo apresentar
mais do que 100° de abertura, diferente dos homens nos quais não passa de 90°.
Vista anterior
sacro
ílio
púbis
ísquio
Sínfese púbica
Vista posterior
sacro
ílio
ísquio
cóccix
acetábulo
ílio
ísquio
púbis
O esqueleto de cada membro inferior consiste dos seguintes ossos: fêmur, patela, tíbia,
fíbula, ossos do tarso, metatarso e falanges dos pés.
O fêmur é o maior e mais pesado osso do corpo. Apresenta uma região chamada de
cabeça, que se articula com o quadril no acetábulo. Nesta região temos duas projeções chamadas
de trocanters onde se ligam tendões. Entre os trocanters há uma região chamada de linha
entretrocantérica que marca o limite da capsula articular do fêmur com o quadril. O fêmur
apresenta cristas e regiões na haste onde se prendem músculos da coxa. Há projeções na sua
extremidade distal chamadas de epicôndilos que se formam a partir de projeções das referidas
cristas. Os epicôndilos se opõem a côndilos que são projeções da extremidade distal do fêmur.
Nesta região entre os côndilos, encontra-se a superfície patelar, onde estará inserida a patela.
Fêmur
Patela
Fíbula
Tíbia
pélvis
Sacro e cóccix
Acetábulo
Pescoço do fêmur
Cabeça do fêmur
Trocanter maior
Trocanter menor
patela patela
A tíbia assim como o fêmur apresenta processos na porção superior chamados de côndilos,
que articulam com os côndilos lateral e medial daquele osso.
Na sua porção inferior, a tíbia apresenta uma projeção para a porção medial do corpo,
chamada de maléolo tibial ou maléolo medial. Este processo corresponde à elevação interna do
tornozelo, que também podemos sentir sob a pele, próximo ao pé, na região interna da perna.
Na porção externa da tíbia, presa a sua haste, encontra-se uma membrana de tecido
chamada membrana interóssea, semelhante àquela que liga a ulna ao rádio. Ela liga a tíbia à
fíbula.
A fíbula é um osso mais delgado que se liga à tíbia, articulando com ela na sua região de
cabeça, proximal em relação ao corpo. Devido à sua massa, ela não é suficiente para suportar o
peso do corpo, mas configura uma importante superfície para ligação de músculos que
movimentam o pé e seus dedos. Assim como a tíbia, apresenta um prolongamento inferior
chamado de maléolo lateral, que dá suporte aos ossos do tornozelo.
fêmur
Côndilo
Côndilo medial lateral
Côndilo
medial
fíbula
fíbula
tíbia
Figura 40: modelo com vista posterior indicando posição da fíbula e da tíbia.
A porção distal dos ossos cuneiformes e do cuboide se articula com os metatarsos. Estes,
assim como os metacarpos das mãos, são nomeados com números romanos, iniciando-se a
contagem a partir da região medial. Assim sendo o metatarso I seria o osso relacionado ao dedão
do pé.
Assim como nas mãos, o primeiro metatarso se articula com duas falanges. Este dedo é
também conhecido como lux . Os demais metatarsos se articulam com três falanges nomeadas
da mesma forma que nas mãos: proximal, media e distal, totalizando 14 falanges nos dedos dos
pés.
falanges
metatarsos
cuneiformes
navicular
cuboide
talus
cuboide
calcâneo
tíbia
fíbula
Maléolo medial ou
maléolo tibial
navicular
calcâneo
Figura 42: vista posterior dos ossos do pé, mostrando apoio no calcâneo.
8- EXERCÍCIOS
a) Ossos e músculos.
b) Cartilagens e músculos.
c) Ossos e ligamentos.
d) Ossos e tendões.
e) Ossos e cartilagens.
a) Sínfises.
b) Suturas.
c) Gonfoses.
d) Sindesmoses.
e) Sinoviais.
10. Um lutador de Muay Tay, após um combate, reclamou ao médico de fortes dores na
canela. O médico não encontrou lesões musculares ou articulares, suspeitando portanto de fratura
óssea. O osso lesionado, possivelmente era:
a) O fêmur.
b) A fíbula.
c) O úmero.
d) O cóccix.
e) A tíbia.
11. As vértebras da coluna não são iguais. Elas apresentam diferenças devido a desigual
distribuição de forças do peso do corpo. Relacionado a isto, podemos afirmar:
a) Costelas.
b) Ossos do crânio.
c) Vértebras lombares.
d) Ossos da cintura pélvica.
e) Vértebras cervicais.
14. Ao analisarmos um crânio de cabeça para baixo, na base do osso occipital, encontraremos uma
grande abertura. Esta abertura chama-se:
a) Forame omines.
b) Forame magno.
c) Foramina de haver.
d) Canal da carótida.
e) Forame jugular.
15. O osso esfenoide forma a porção mediana da base do crânio. Nesta região, encontramos ao
menos cinco perfurações que permitem a passagem de nervos que irão contralar a região óptica
maxilar e mandibular. Quais os outros ossos que formam a base do crânio?
16. (PCSP 2014) O sistema esquelético é importante na sustentação e proteção dos órgãos vitais
do corpo humano.
17. (PCSP aux necro 2014) Em um cadáver em fase de esqueletização, os ossos que permitem a
identificação do sexo são:
a) Fêmur e úmero.
b) Cranio e pelve.
c) Ossos das mãos.
d) Ossos dos pés.
e) Ossos da coluna vertebral.
18. (PC RJ 2002) Em uma aula prática sobre tipos de ossos, um grupo de alunos recebeu como
tarefa escolher e arrumar quatro ossos de acordo com a seguinte sequência: dois ossos longos, um
osso laminar (plano ou chato), e um osso curto. Assina-lhe a opção em que a tarefa foi cumprida
corretamente.
19. (aux necro PC RJ 2002) Analise as descrições abaixo que se referem a duas estruturas ósseas do
corpo humano:
21. (aux necro PC RJ 2002) Em relação ao número de ossos do esqueleto é correto afirmar que:
a) Aumenta com a idade porque certos ossos se fragmentam formando ossos menores.
b) Diminui após a fase adulta porque certos ossos se degeneram e são absorvidos pelo
organismo.
c) Aumenta do nascimento até a adolescência e diminui após a fase adulta.
d) Diminui com a idade porque certos ossos se soldam durante o desenvolvimento do
indivíduo.
e) É o mesmo do nascimento à senilidade.
22. (PCRJ 2009) Cartilagens são tecidos que desempenham funções esqueléticas e protetoras além
de serem precursoras da maior parte do esqueleto ósseo. A respeito das cartilagens hialinas, as
mais abundantes, é correto afirmar que:
23. (Tec Necro PCRJ 2009) Entre as peças ósseas que constituem a coluna vertebral ocorrem
estruturas flexíveis conhecidas como discos intervertebrais. A respeito dessas estruturas flexíveis, é
correto afirmar que:
c) São constituídos por um núcleo ósseo revestido por cartilagem que garante a sua
flexibilidade.
d) Têm a função de colar as vértebras, mantendo-as firmemente unidas, garantindo o
alinhamento da coluna.
e) Amortecem o impacto entre as vértebras e permitem a flexibilidade da coluna.
24. (Tec Necro PCRJ 2009) A respeito da organização estrutural e da fisiologia de um osso longo
como o fêmur, é correto afirmar que:
a) Por ter matriz calcificada, rígida, impermeável, só é possível encontrar células vivas na parte
superficial da membrana conjuntiva do revestimento externo, onde existem vasos
sanguíneos.
b) Por ser um tecido desprovido de irrigação sanguínea, suas células têm metabolismo muito
reduzido e sua capacidade de regeneração é muito pequena.
c) Possui uma ampla rede de irrigação sanguínea, com vasos capilares percorrendo uma rede
de canalículos.
d) As células ósseas são nutridas por difusão de nutrientes e oxigênio a partir da rede de
capilares existentes no periósteo.
e) A matriz intercelular rígida e calcificada é muito permeável, permitindo a fácil difusão de
oxigênio e nutrientes a partir do endósteo.
25. (PCRJ 2009) O esquema a seguir representa uma articulação onde R corresponde ao rádio e U
ao úmero.
Com relação à articulação esquematizada, é correto afirmar que a cartilagem articular está
representada por:
a) 6
b) 1 e 2
c) 3 e 4
d) 3 e 5
e) 3, 4 e 5
26. (Tec Necro PCRJ 2009) A união firme entre dois ossos numa articulação móvel é garantida por
ligamentos constituídos por:
27. (Tec Necro PCRJ 2009) O alinhamento da coluna vertebral sofre alterações tais como
curvaturas laterais e acentuação exagerada das curvaturas naturais. Essas modificações
comprometem o sistema de sustentação do corpo, acarretando problemas diversos. A respeito
dessas alterações da coluna vértebra, é correto afirmar que:
28. (PCRJ 2009) A simetria bilateral dos vertebrados resulta na possibilidade de dividirmos o corpo
humano longitudinalmente em suas metades que são imagens especulares uma da outra. Muitos
órgãos ocorrem em pares, um do lado direito e outro do lado esquerdo. Internamente esta
simetria não é mantida totalmente. Na região da cabeça, podemos citar como exemplo de osso
único, ímpar:
a) Parietal.
b) Esfenoide.
c) Temporal.
d) Malar ou zigomático.
e) Occipital.
29. Na imagem abaixo podemos observar um crânio humano visto de cima. Os números 1, 2 e 3
indicam, respectivamente:
3
2
30. A pélvis ou quadril é formada por dois ossos, que por sua vez são formados pela fusão de três
ossos. Podemos identificar uma região de encontro destes três ossos em qual região da pélvis?
a) Na pélvis verdadeira.
b) No acetábulo.
c) Na crista do ílio.
d) Na espinha do ísquio.
e) No ramo inferior do púbis.
31. As mãos são formadas por ossos curtos e ossos longos que se articulam com o rádio e a ulna.
Com relação a esta porção do corpo, podemos afirmar:
33. Sobre os ossos que formam o esqueleto dos pés, é correto afirmar que:
a) O dedo 1 do pé tem conformação óssea diferente do dedo 1 das mãos, apresentando três
falanges.
b) O calcâneo sustenta o peso do corpo quando estamos de pé.
c) O talus articula com o primeiro metatarso.
d) O osso cuboide articula com o osso cuneiforme medial.
e) O talus recebe o peso do corpo pela sua articulação com o fêmur.
34. A figura abaixo mostra uma radiografia de um antebraço. As estruturas indicadas pelos
números 1, 2 e 3 são respectivamente:
2 3
35. (mundoEducação) Sabemos que o sistema esquelético é formado por uma grande quantidade
de ossos interligados que formam o esqueleto. Esses ossos são formados pelo tecido ósseo, um
tipo de tecido conjuntivo que é formado por três tipos celulares: osteoblastos, osteoclastos e
osteócitos.
Entre as alternativas a seguir, marque aquela que indica corretamente a função do osteócito.
36. Os ossos podem ser classificados, de acordo com seu formato, em longos, curtos, laminares,
irregulares e sesamoides. Todos os ossos citados a seguir são longos, exceto:
a) Fíbula.
b) Tíbia.
c) Rádio
d) Ulna.
e) ílio.
c) Costela.
d) Rádio.
e) Manúbrio.
39. Uma criança chega ao médico reclamando de intensas dores no cotovelo. Ela relata que
brincava em uma arvore quando caiu e bateu a ponta daquela parte do corpo no piso. O médico
notou intenso inchaço na região. Ao fazer uma radiografia, notou uma fratura num processo da
ulna que articula com o úmero. Este processo se chama:
a) Processo estiloide.
b) Entalhe troclear.
c) Olecrano.
d) Tuberosidade ulnar.
e) Tuberosidade radial.
40. O espaço formado pelos ossos ísquio púbis e sacro, delimitado pela linha arcute e pelo coccix,
corresponde a:
a) Cavidade pélvica
b) Caixa torácica
c) Pélvis verdadeira.
d) Pélvis falsa
e) Fossa ilíaca.
41. (BrasilEscola) Os ossos são responsáveis, além da sustentação do corpo, pela produção de
células sanguíneas, proteção de órgãos vitais e armazenamento de sais minerais. Esses órgãos são
formados por tecido ósseo, que consiste de qual tipo de tecido abaixo elencado?
a) epitelial.
b) muscular.
c) conjuntivo.
d) nervoso.
e) adiposo.
a) 1, 3, 4, 5, 2
b) 1, 2, 4, 3, 5
c) 5, 3, 2, 1, 4
d) 5, 3, 2, 4, 1
e) 1, 4, 5, 3, 2
a) A cintura se articula com o esqueleto axial pela ligação da clavícula com o manúbrio e por
articulações intervertebrais.
b) É formada pela escapula e pela clavícula.
c) Apresenta uma série de músculos ligados à escapula que sustentam a região.
d) Articula-se com o esterno por meio da clavícula.
e) Nas cavidades glenoides articula-se com os úmeros.
a) É um osso longo.
b) A articulação acromioclavicular liga a escapula à clavícula.
c) A cavidade glenóide possibilita a formação da articulação glenoclavicular.
d) O acrômio é um processo interno que não pode ser sentido sob a pele.
e) É formada por três ossos fundidos.
46. A figura abaixo representa uma vértebra humana e algumas estruturas articulares.
A figura representa uma vértebra de qual região? As estruturas indicadas pelos números 1, 2 e 3,
são respectivamente:
47. A figura abaixo mostra a base de um crânio humano. A seta indica um processo chamado de
crista galli. Nesta região há aberturas para passagem de nervos olfativos.
a) Frontal
b) Esfenoide
c) Etmoide
d) Maxilar
e) parietal
48. A gaiola torácica é formada por ossos do esqueleto axial. Um conjunto ósseo presente na
porção anterior medial desta estrutura confere ampla área para inserção de músculos. Além disso
este osso somente se ossifica completamente na fase adulta. Ele é formado basicamente por três
partes, o ....., sua porção mais superior articula-se com a clavícula, o ..... consistindo de uma placa
óssea ampla e o ..... onde se inserem músculos do abdômen.
5 3
Qual das alternativas abaixo apresenta os nomes dos ossos indicados pelos números 1 a 5,
respectivamente?
2. A imagem mostra o arranjo das unidades dos ossos longos e compactos chamada osteon. O
numero 1 indica um canal de haver, o numero 2 indica um osteócito e o número 3 indica
canalículos que se formam a partir dos osteócitos. Resp. c.
3. O periósteo é camada de tecido conjuntivo que recobre a porção externa de ossos, composto
por tecido conjuntivo denso fibrocartilaginoso, rico em colágeno.
4.Os osteons são a unidade básica dos ossos compactos, sendo firmados por organizações
cilíndricas de células ao redor dos canais de haver. Os nutrientes são difundidos pelos canaliculi
formados a partir dos dendritos dos osteócitos, os quais também servem como rota de
comunicação entre estas células. Resp c.
5. Os ossos são estruturas dinâmicas devido a atuação das células osteoblastos e osteoclastos que
constantemente formam e consomem matriz óssea. Logo, são estruturas vivas. Resp. c.
6. O sistema esquelético protege os órgãos internos em, especial coração pulmões e timo, gera
sustentação para o corpo e é uma verdadeira reserva de mineral cálcio. Resp. d.
7. Femur, tíbia, rádio, fíbula e úmero são ossos longos. Patela é osso sesamoide. Escápula, frontal e
ílio são ossos chatos. Resp. b.
9. As suturas são consideradas articulações fibrosas que não permitem movimentos e que unem os
ossos que formam o crânio. Resp. b.
11. As vértebras lombares são as que mais suportam peso do corpo, apresentando processos
espinhosos maciços para a inserção de músculos. Seus corpos vertebrais são os maiores dentre as
vértebras. Resp. e.
12. Resp. A. São formados por vértebras fundidas, não havendo articulação.
13. Atlas e Axis são nomes dados às duas primeiras vértebras cervicais. Resp. e.
14. o forame magno por onde passa a medula espinhal se encontra na base do osso occipital. Resp.
b.
15. Formam a base do crânio os ossos: parietal, frontal, esfenoide, etmoide, temporal e occipital.
Resp. a.
16. Resp. b. Os números indicam ossos do sistema apendicular, sendo 1 o osso do braço úmero, 2 o
osso lateral do antebraço rádio e 3 o osso medial da perna a tíbia.
17. Resp. B. Os ossos da pélvis e do crânio diferem em algumas marcações e tamanhos entre os
sexos, possibilitando essa determinação.
18. resp. d. Os ossos elencados podem assim ser classificados: parietal, frontal, occipital, esterno,
ílio ou ilíaco e escapula são ossos laminares ou chatos; ulna, tíbia, úmero, rádio, fêmur e fíbula são
ossos longos; patela é um osso sesamoide; cóccix é formado por vértebras fundidas podendo ser
considerado um osso irregular; ossos do carpo e do tarso são ossos pequenos ou curtos.
19. resp. c. A cintura pélvica é formada pelos ossos do quadril adicionados ao sacro e ao cóccix. A
caixa torácica é formada pelas costelas, pelas vértebras torácicas e pelo esterno.
20. Resp D. A matriz dos ossos é rica em cálcio o que faz com que 90% deste mineral esteja alocado
neste tecido no corpo.
21. resp. D. Quando o indivíduo nasce os ossos são praticamente constituídos de cartilagem que
será convertida em tecido ósseo. Alguns ossos do corpo como o sacro e o cóccix são compostos
por algumas vértebras que irão se fundir conforme o indivíduo envelhece.
22. Resp. B. A cartilagem hialina apresenta aspecto claro. Ela não é vascularizada e pode se
degenerar com uso e tempo. Esta presente na região traqueobronquial.
23. resp E. Os discos intervertebrais são formados por tecido fibrocartilaginoso e cartilagem hialina
apresentando núcleo pulposo de líquido fibroso. Tem como função amortecer impactos (choques)
da coluna.
24. Resp.C. O tecido ósseo é altamente irrigado. Nos ossos longos há os osteons que são unidades
concêntricas de organização celular ao redor de canais por onde passam os vasos sanguíneos. As
células apresentam dendritos que se comunicam formando os canalículos.
25. Resp. D. 1 e 2 são ligamentos externos; 3 e 5 são cartilagem que reveste a porção óssea da
articulação; 4 é a capsula da articulação sinovial onde há líquido sinovial; 6 aponta o osso ulna.
26. Resp.B. Os ligamentos são constituídos por tecido conjuntivo rico em colágeno, também
chamados de tecidos fibroso, bastante resistente e pouco flexível.
27. Resp. E. O gabarito oficial aponta como correta a letra A. No entanto, a cifose corresponde a
uma curvatura exagerada da região torácica da coluna, gerando a corcunda. A lordose corresponde
A
escoliose é uma lateralização das curvaturas da coluna, podendo ocorrer em qualquer parte.
28. Esta questão foi anulada pela banca do concurso. Se você identificou duas alternativas
corretas, ótimo! As respostas para a questão seriam o osso esfenoide e o osso occipital,
alternativas B e E, ambos ossos únicos na face e no crânio.
29. resp.d. 1 indica o osso frontal, um osso chato. 2 indica a sutura sagital, uma articulação fibrosa.
3 indica o osso parietal, um osso chato.
30. resp. B. na região do acetábulo, onde a cabeça do fêmur articula com o quadril, há o encontro
dos três ossos que formam a pélvis.
31. resp. d. Os ossos da mão são os carpos, metacarpos e falanges. Estão organizados da seguinte
forma, do primeiro metacarpo para o quinto e da porção distal para a proximal: trapézio,
trapezoide, capitato, hamato (linha distal), escafoide, lunato piramidal pisiforme (linha posterior)
rádio e ulna (ossos do antebraço).
32. Resp C. estes ossos são interligados por uma membrana interóssea.
33. Resp. B. o calcâneo, maior osso do pé, recebe todo o peso do corpo.
35. Resp.B. Osteócitos são osteoblastos maduros que estão no interior das lacunas. Eles são
inativos e atuam na manutenção da matriz. A secreção da matriz ocorre pelos osteoblastos.
37. Resp. A. Os ossos são reserva de minerais cálcio e fósforo. A medula óssea produz células do
sangue.
39. Resp.C. O olecrano é um processo que apresenta o entalhe troclear onde a ulna articula com o
úmero. Ele forma a projeção do cotovelo.
40. resp. c. A pélvis verdadeira é o espaço formado entre as estruturas citadas na questão.
42. Resp.B. úmero e rádio são ossos dos membros superiores. Occipital, mandíbula e frontal são
ossos da cabeça. Patela é osso do membro inferior.
43. Resp. D. 1 articulação do ombro, a de maior amplitude no corpo; 2 osso da pélvis formado
pela fusão do ílio, ísquio e púbis; 3- articulação do cotovelo, sinovial e monoaxial, permitindo
movimento somente em um plano; 4- crânio, onde há suturas que são articulações fibrosas; 5-
articulação pélvica do fêmur que ocorre no acetábulo.
44. Resp.A. A única articulação da cintura escapular com o esqueleto axial é a articulação da
clavícula com o manúbrio.
45. Resp B. A escapula é um osso chato que apresenta ampla superfície para ligação de músculos.
Ela apresenta um processo superior chamado acrômio que forma a articulação com a clavícula.
Este processo pode ser sentido sob a pele acima do ombro.
46. Resp. A. 1- núcleo pulposo do disco vertebral; 2- foramina tranversal ou forame transverso; 3-
processo espinhoso. O processo é bifurcado, característica de vértebra cervical.
47. Resp. C. O osso etmoide apresenta na sua porção voltada para o interior da caixa craniana um
processo chamado de crista galli. Nas laterais da crista há foramens por onde passam nervos
olfativos.
48. Resp. C. o esterno é o osso anterior e medial da gaiola torácica formada pelas costelas e pelas
vértebras torácicas. Este osso é composto pelo manúbrio na porção superior, pelo corpo do
esterno na região médio inferior e pelo processo xifoide na região inferior onde se ligam músculos
abdominais.
Os ossos têm como função: suporte, armazenar minerais, proteção, gerar células do sangue
e ser base para movimentação.
As cartilagens compõe o esqueleto na fase fetal. Estas cartilagens se ossificam formando o
esqueleto adulto. Este esqueleto apresenta regiões ósseas que se fundem como o sacro e o
cóccix.
Cartilagens são avascularizadas.
Cartilagens hialinas se encontra nas regiões ósseas das articulações sinoviais.
Cartilagens fibrosas são resistentes e encontradas nos discos intervertebrais.
Cavidade elástica encontrada na orelha apresenta elastina.
Ossos são estruturas dinâmicas e vivas.
Ossos são formados por tecido conjuntivo, de matriz altamente mineralizada.
São células do tecido ósseo: osteoblastos, osteoclastos e osteócitos.
Os osteócitos estão em lacunas e apresentam dendritos que formam canalículos por onde
se nutrem e se comunicam com outras células.
Os ossos apresentam canais por onde passam nervos e vasos chamados de canais de Haver.
Estes são paralelos à superfície do osso.
Os canais de volksman são perpendiculares a superfície do osso e são responsáveis por
distribuição de nutrientes para o osso junto com os canaliculi.
Os ossos podem ser compactos ou trabeculares.
Os ossos compactos apresentam unidade de formação chamada osteon.
Osteons são unidades concêntricas que se formam devido a disposição dos osteócitos ao
redor dos canais de Haver.
Os ossos trabeculares apresentam o interior preenchido por ar ou medula. Podem ser
encontrados nas metáfises dos ossos longos.
Ossos podem ser classificados de acordo com os formatos: longos, curtos, sesamóides,
chatos, laminares, irregulares.
11 BIBLIOGRAFIA
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