Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Este trecho, me lembrou o autor Edison Carneiro, que em 1937, no célebre “Castro Alves –
ensaio de compreensão”
“Penso que a Poesia (assim com P maiúsculo) está necessariamente em todos os atos humanos
não-calculados, por mais banais que possam parecer. Ela é como a própria essência da vida.
Ela é o grande traço de união entre os homens que se encontram nela, que por meio dela se
sentem iguais aos outros homens. Mas, indissoluvelmente ligada às suas origens econômicas,
sofrendo a sua influência, ela reflete, no estado atual da sociedade, o antagonismo entre a
burguesia e o proletariado, os últimos estertores da classe que só continua a dominar em
virtude da lei de energia e os primeiros sinais de vida extra-uterina, forte, insubmissa, livre, da
classe em ascensão. A Poesia, na sociedade de classe, não pode deixar de ser poesia de classe
– isto é, uma arma de guerra, um elemento de propaganda – ocupando assim, nos momentos
críticos, como este, em que os campos se extremam, o seu lugar como elemento ativo da
sociedade. Falta saber (e será a História que dirá a última palavra) qual a poesia que
prevalecerá – se a Poesia da Vida, se a Poesia da morte...
Percebam como está atual a posição do Edison Carneiro. O que os ruralistas querem com a
mudança da legislação ambiental brasileira... precisa de muita poesia para convencê-los...
AMAZONIZAR O MUNDO
ZEH ROBERTO