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Sumário
Introdução
Objetivos
Material
Procedimento
Higiene Ocular
Higiene Nasal
Higiene auricular
Higiene oral
Lavagem dos cabelos
Riscos potencialmente causados com a má execução da técnica do
banho no leito
Bibliografia
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Introdução
A higiene corporal é uma necessidade humana básica da maior importância, tanto para
pessoas saudáveis quanto para doentes que necessitam de repouso absoluto, ou seja, que
estão sem capacidade para se locomover. O fato do indivíduo estar doente pode levar a
uma diminuição da resistência às infecções e, o fato de estar em um ambiente hospitalar,
onde a presença de bactérias patogênicas é comum, acarreta risco constante de adquirir
uma infecção. SOUZA (1978) afirma que a limpeza da pele durante uma doença é mais
importante do que no estado normal. A pessoa confinada ao leito está privada do
exercício físico, que serve para estimular a circulação. Portanto, o banho com a fricção
cutânea estimula a circulação, substituindo o exercício, um dos fatores essenciais na
manutenção da saúde, além de conservar o paciente sempre limpo e confortável.
Todo paciente internado necessita de algum tipo de banho, e a escolha é, quase sempre,
uma decisão da enfermagem. A enfermagem deve considerar a força, as condições e o
grau de dependência do paciente. Pode ser indicado banho no leito, de imersão
(banheira) ou chuveiro.
FURST (1977), HORTA (1995) e ARAÚJO (1980) enfatizam que o banho, além de
oferecer à enfermagem uma de suas maiores oportunidades para conhecer seu paciente,
identificar seu estado emocional e suas necessidades, possibilita também verificar as
condições da pele, as áreas que estão sofrendo pressão, além de ouvir queixas de dores e
desconforto. Os autores reforçam também que a higienização da pele é de grande valia
para o organismo como um todo.
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minoria dos pacientes normalmente prefere não tomar banho com freqüência. Esta
atitude negativa, além de trazer riscos de infecção cruzada, ainda poderá causar
desconforto físico, diminuição da importância dada à auto-imagem ou até provocar
rejeição pelos outros.
Percebe-se que este cuidado é uma ação considerada de primeira necessidade para o
paciente pela equipe de enfermagem, mas denota-se uma certa “repulsa” por parte
daquele que a realiza, não sendo diferente com os estudantes que, muitas vezes, a
consideram como atividade “doméstica”.
Caso seja possível, todo o material necessário à higiene oral e banho deve ser colocado
na mesa-de-cabeceira ou carrinho móvel do lado da cama, da forma que for mais
funcional para o paciente. A enfermagem deve dar apoio, auxiliando e orientando no
que for necessário.
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Objetivos
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Material
Biombos
Bacia
Luvas de procedimentos
Fralda descartável
Comadre ou papagaio
Toalha
Luva de banho
Hamper
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Procedimento
Lavar as mãos.
Abaixar as grades.
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circulares proporcionar ativação da circulação observando as condições da pele e
mamas
Vestir o paciente
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Levantar as grades
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Higiene Ocular
Deve ser feita com soro fisiológico e compressas de gazes limpas. Em caso de pós-
operatório de cirurgia ocular a gaze deverá se esterilizada.
A limpeza dos olhos deve ser realizada do canto interno do olho para o canto externo,
facilitando a drenagem de eventuais partículas.
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Higiene Nasal
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Higiene auricular
Retirar o excesso de cerume que esteja visível com gaze úmida com água e
sabão.
Não utilizar cotonetes, pois estes podem causar traumatismos no canal auditivo, formar
tampão de cerume no canal auditivo e romper a membrana timpânica, dificultando
a acuidade auditiva.
OBS:
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Higiene oral
Finalidades
Evitar halitose,
Material
Toalha;
Luvas;
Cuba-rim.
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Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar ao paciente o que ser feito;
03 - Calcar luvas;
04 - Reunir o material na mesa de cabeceira;
05 - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada. Em pacientes
inconscientes, colocá-los em decúbito lateral;
06 - Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro
plástico, se necessário;
07 - Proceder a limpeza de toda a boca do paciente usando as espátulas envoltas em
gazes, embebidas em solução anti-séptica diluído em água;
08 - Utilizar cuba-rim para o paciente "bochechar";
09 - Limpar a língua, para evitar que fique seborréia;
10 - Enxugar os lábios com a toalha;
11 - Lubrificar os lábios com vaselina liquida, para evitar rachaduras;
12 - Retirar luvas;
13 - Lavar as mãos;
14 - Recompor a unidade;
15 - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
Obs:
Em pacientes neurológicos com lesão cervical, usar a espátula com gaze, para
retirar o excesso de liquido da solução anti-séptica, sem mobilizar a cabeça;
Material
Seringa de 20 ml,
Aspirador montado,
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Toalha,
Luvas,
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar ao paciente o que ser feito;
03 - Calcar luvas;
04 - Reunir o material na mesa de cabeceira;
05 - Colocar o paciente em posição confortável, com a cabeceira elevada ou em
decúbito lateral se estiver inconsciente. Caso o paciente esteja com sonda nasogastrica,
abri-la, para evitar náuseas e refluxo do conteúdo gástrico para a boca;
06 - Colocar a toalha na parte superior do tórax e pescoço do paciente, com forro
plástico, se necessário;
07 - Verificar se o cuff da cânula endotraqueal esta insuflado, para evitar que a solução
anti-séptica ou salivação penetre na traquéia, durante a higienização;
08 - Instilar água com auxilio da seringa, pelo orifício da cânula de guedel, e fazer
aspiração ao mesmo tempo;
09 - Retirar a cânula de guedel e lavá-la em água corrente na pia do quarto e recolocá-la,
ou proceder a sua troca por outra estéril, caso, seja necessário ou que conforme rotina, já
tenha dado 24 horas apos a sua colocação;
10 - Proceder a limpeza de toda a boca do paciente, usando as espátulas envoltas em
gazes embebidas em solução anti-séptica. Limpar o palato superior e toda a arcada
dentaria;
11 - Limpar a também a língua;
12 - Enxugar os lábios com a toalha e lubrificá-los com vaselina;
13 - Retirar luvas;
14 - Lavar as mãos;
15 - Recompor a unidade;
16 - Anotar no prontuário o que foi feito e anormalidades detectadas.
Obs:
A higiene oral do paciente entubado deve ser feita 01 vez a cada plantão.
Material
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Copo com solução anti-séptica bucal,
Escova de dente,
Cuba-rim,
01 par de luvas,
Toalhas de papel,
Toalhas de Banho,
Biombos,
Técnica
01 - Lavar as mãos;
02 - Explicar ao paciente o que vai fazer;
03 - Reunir o material na bandeja e colocar sobre a mesa de cabeceira do paciente;
04 - Proteger o leito com biombo;
05 - Colocar toalha sobre o tórax do paciente;
06 - Colocar o paciente em Fowler ou sentado quando for permitido;
07 - Calcar as luvas;
08 - Pedir ao paciente que remova a prótese com o uso da toalha de papel. Se o paciente
não puder remover as próteses sozinho, a enfermagem dever fazê-lo em seu lugar, lenta
e cuidadosamente;
09 - Colocar as próteses na cuba-rim, forrada com toalha de papel. Levar ao banheiro;
10 - Colocar a pasta dental ou sabão liquida sobre a escova;
11 - Segurar as próteses na palma da mão e escová-la com movimentos firmes da base
dos dentes para as pontas;
12 - Escovar a área de acrílico em toda sua extensão;
13 - lavá-la sob jato de água fria;
14 - Desprezar o papel toalha da cuba-rim e colocar outro;
15 - Colocar a prótese limpa na cuba-rim;
16 - Lavar a escova com água corrente e colocá-los na cuba-rim;
17 - Lavar as mãos enluvadas;
18 - Oferecer copo com solução anti-séptica bucal, para que o paciente enxágüe a boca;
19 - Entregar a prótese ao paciente ou coloque-a por ele, no caso de impossibilidade do
mesmo;
20 - Colocar o paciente em posição confortável;
21 - Desprezar as luvas;
22 - Limpar e guardar todo o material;
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23 - Lavar as mãos;
24 - Anotar no prontuário.
Obs:
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Lavagem dos cabelos
Material
Shampoo,
Balde,
Bacia,
Toalha de banho,
Pente,
Técnica
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19 - Elevar a cabeça do paciente e espremer os cabelos com cuidado, fazendo escorrer
água;
20 - Retirar a bacia que esta sob a cabeça do paciente;
21 - Descansar e envolver a cabeça do paciente na toalha;
22 - Secar os cabelos com toalha de banho ou forro;
23 - Pentear os cabelos do paciente;
24 - Recolocar o travesseiro e voltar o paciente a posição inicial;
25 - Retirar a toalha, recompor o material no carro de banho, deixando paciente em
posição confortável;
26 - Lavar as mãos;
27 - Anotar na prescrição do paciente.
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Riscos potencialmente causados com a má execução da técnica do banho no leito
Visto que o banho no leito é uma técnica diretamente relacionada à mobilidade, higiene
e conforto, sua execução requer passos criteriosos para que sua finalidade não ocasione
danos ao paciente ou ao profissional envolvido no cuidado. Durante o procedimento de
banho no leito, recomenda-se ao profissional técnico iniciar o procedimento pela
lavagem da cabeça, face, higiene oral seguindo a sequência céfalo-caudal, ou seja,
tronco, braços, dorso, pernas e por último as regiões perineais e anal. Devemos ressaltar
aqui que a região anal deverá sempre ser a última região a ser limpa, descartando-se o
material utilizado em seguida. A higiene oral no paciente crítico tem uma grande
importância clínica, pois sua finalidade é a remoção do acúmulo de saliva gerado pelo
organismo, diminuindo o risco de pneumonia provocada pela ventilação mecânica e a
dimunuição significativa da flora bacteriana presente na cavidade oral.
Risco de Hipotermia
A cada passo realizado durante o banho no leito, o profissional deverá ter o cuidado de
secar a pele e protege-la da temperatura externa, ou seja, evitar que o paciente
permaneça por um maior tempo exposto a baixas temperaturas, diminuindo o risco de
hipotermia.Isso é comum ocorrer em pacientes neurológicos e sedados. Para isso,
muitas UTIs utilizam produtos de banho a seco.
Risco de Infecção
Como foi citado, o banho deverá obedecer a sequência céfalo-caudal, deixando as partes
íntimas e a região anal para a última etapa.
Caso haja contato direto do material (toalha de banho ou lenço) com substâncias
orgânicas, estes deverão ser descartados, evitando a propagação de microorganismos.
Evitar o contato direto das luvas com secreções. Descartar caso isso ocorra. As roupas
de cama sujas deverão ser acondicionadas nos hampers, nunca no chão.
Antes de prescrever o banho no leito, o enfermeiro intensivista tem por obrigação, estar
interado das condições clínicas do paciente. A radiografia de tórax é o melhor
instrumento para avaliação momentânea da função respiratória na busca por atelectasia
ou infiltrado pulmonar difuso. Estas condições direcionam o plano de cuidados e
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estabelecem prescrições de enfermagem embasadas em evidências. Como o banho no
leito requer a mobilização do paciente, ter o conhecimento do seu padrão respiratório é
crucial para a execução da técnica de banho no leito.
Pacientes com atelectasias deverão ser mobilizados sempre do lado contrário ao pulmão
afetado, facilitando assim a expansão pulmonar.
Risco de Queda
Outro risco que o paciente acamado apresenta no momento do banho é a queda do leito.
Para que isso não ocorra, os critérios a serem adotados antes de iniciar o procedimento
baseiam-se nas condições psicomotoras do paciente (agitação, confusão mental),
sedação e superfície corpórera (pacientes obesos requerem uma maior mobilidade da
equipe durante seu posicionamento no leito.
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